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AVISO AO ALUNO: Este material é preparado baseado nas informações contidas no respectivo livro. É um
material direcionado e focado para concursos com o objetivo de direcionar o seu estudo. O Curso Psiu!
afirma, categoricamente, que o aluno, para seu melhor aproveitamento, deve adquirir e ler o livro original,
sendo de sua inteira responsabilidade utilizar apenas esta apostila para os estudos.
PARTE 1
Comentário da professora: Essa primeira parte da apostila dá um panorama geral das principais psicoterapias
existentes, seus objetivos e técnicas. Atenção: Essa parte é muito cobrada nos concursos
d) Psicoterapia Interpessoal
Teoria: é uma psicoterapia breve para o tratamento da depressão. Os problemas interpessoais que
poderiam concorrer para o agravamento dos episódios depressivos são:
Luto e perdas mal-elaboradas
Conflitos interpessoais não resolvidos
Transições de papel
Déficits interpessoais
Técnica: muitas vezes utilizada em associação com psicofármacos. Inicialmente é feita uma avaliação
do paciente, não só dos seus sintomas, mas também da existência de problemas nas relações
interpessoais que possam ter relação com o quadro depressivo. O terapeuta, ativo, utiliza técnicas
cognitivas, comportamentais, psicoeducacionais, de apoio e psicodinâmicas
Objetivos: o maior é o alívio dos sintomas. O foco é no presente e no contexto social e nas
disfunções sociais decorrentes da depressão.
Indicações: Pacientes com depressão maior que:
o Tenham dificuldades interpessoais associadas ao luto ou perdas significativas; mudanças
de papeis; conflitos interpessoais ou déficit em habilidades sociais
o Boa capacidade de introspecção
o Motivação para examinar padrões de relacionamento
o Consigam estabelecer um bom vínculo com o terapeuta
Contra-indicações:
pacientes com depressão psicótica
quando não são identificados padrões disfuncionais de relações interpessoais
e) Psicoterapia de Apoio
f) Terapia Comportamental
Teoria: baseia-se na teoria da aprendizagem para explicar tanto o surgimento como a eliminação de
sintomas psicopatológicos mediante a aplicação de suas técnicas
Técnica:
avaliação detalhada dos problemas do paciente
avaliação das atitudes reforçadoras do ambiente familiar, as cognições (pensamentos automáticos)
que os acompanham, os mecanismos desenvolvidos pelo paciente para diminuir a ansiedade
são propostas técnicas comportamentais para corrigir pensamentos automáticos disfuncionais
exige alta motivação para aderir ao tratamento, expor-se a situações provocadoras de ansiedade e
uma boa aliança de trabalho
Indicações:
fobias específicas
agorafobia
fobia social
transtorno obsessivo-compulsivo
disfunções sexuais
dependência a drogas
estresse pós-traumático
déficits em habilidades sociais
deficiências de controle esfincteriano
como terapia coadjuvante no tratamento da obesidade, hipertensão, insônia, asma, dor crônica
terapia coadjuvante em vários transtornos mentais
Contra-indicações:
níveis de ansiedade muito elevados
depressão severa
personalidade esquizóide
em pacientes que não toleram o aumento dos níveis de ansiedade
uso concomitante de benzodiazepínicos ou do álcool
g) Terapia Cognitiva
Teoria: baseia-se em conceitos da psicologia cognitiva e social, da teoria do processamento patológico
das informações, da teoria psicanalítica e na investigação empírica clínica. As emoções sentidas em
determinadas situações podem desencadear pensamentos automáticos sobre os quais o paciente não
tem controle e que podem determinar um incremento ainda maior das emoções, tornando-as disfuncionais.
Isto depende dos sistemas de crenças subjacentes que criam um terreno propício para interpretações
distorcidas dos fatos – distorções cognitivas
Técnica:
Breve
Uma série de intervenções destinadas a identificar e a corrigir emoções, cognições distorcidas,
crenças subjacentes, pensamentos automáticos, esquemas disfuncionais.
Indispensável a boa relação terapêutica
Terapeuta ativa
Paciente colaborador
Estruturada
psicoeducacional
Indicações:
nas depressões unipolares de intensidade leve ou moderada, não psicóticas
nos transtornos de ansiedade
dependência a drogas e ao álcool
em crises agudas
problemas conjugais e familiares
Pré-requisitos:
alto grau de disfunção cognitiva, claramente identificada
capacidade de identificar pensamentos disfuncionais e comunicá-los
curioso e inquisitivo sobre si mesmo
tenha mantido, no passado, vínculos afetivos fortes e de confiança com pessoas significativas
inteligência média ou acima da média
não ter psicose, patologia grave de caráter boderline ou anti-social
h) Terapia Familiar e de Casal
Teoria: problemas psicopatológicos individuais devem ser entendidos no contexto familiar, que os
reforça, criando verdadeiros círculos viciosos ou terem um papel importante na sua solução. Sistema é um
conceito-chave. O terapeuta da família dá atenção simultaneamente à estrutura familiar. Baseia-se na
teoria geral dos sistemas da comunicação, dos pequenos grupos, na teoria psicodinâmica.
Técnica:
Sessões semanais com todos os membros presentes. Posteriormente, passam a ser quinzenais ou
até mensais, com apenas parte dos membros presentes (subsistema)
Modelos de Terapia de Família:
o Estrutural (Minuchin), estratégico/sistêmico (Harley, Ackerman) para problemas
decorrentes dos arranjos hierárquicos e papéis, bem como as reações em suas mudança
o Comportamental (Patterson, Margolin) problemas que podem ser mantidos ou
estimulados pelas atitudes da família
o Psicoeducacional (Anderson, Goldstein) informativo envolvendo o manejo de doenças
crônicas, redução do estresse, manejo de crises
o Psicodinâmico (Ackerman) ênfase nos mecanismos de defesa grupais e na busca de
insight, ou nos conflitos intergeneracionais
Terapia de Casal: considera que há vantagens em se resolver de forma mais rápida os conflitos
que surgem na vida de um casal. Baseia-se na teoria psicodinâmica
Objetivos:
Melhorar a comunicação entre os membros
Desenvolver a autonomia e a individualização dos diferentes indivíduos
Descentralizar e tornar mais flexíveis os padrões de liderança e de tomada de decisões
Reduzir os conflitos interpessoais, os sintomas, além de melhorar o desempenho individual
Indicações:
da Terapia de Família:
o conflitos conjugais ou familiares (especialmente quando há um bode expiatório)
o questões típicos da adolescência “normais”
o doença física ou mental severa
o crises evolutivas típicas da família
o divórcio, separação, novo casamento e as complexas interações
o conflitos típicos com as famílias de origem
da Terapia de Casal:
o conflitos importantes nas suas relações interpessoais, que se agravam com o tempo
o padrões de interação destrutiva que podem levar à violência e à quebra da relação
o dificuldades na intimidade
o disfunções que surgem em função de mudanças de um dos parceiros
o disfunções sexuais
Contra-indicações:
situações nas quais membros importantes da família não poderão estar presentes
tendência irreversível à ruptura familiar
patologia psiquiátrica grave ou esquizóides muito intensas
problemas individuais crônicos
um ou ambos os cônjuges não podem ser honestos Ex: Infidelidade
transtorno grave do caráter
quando a individuação de um ou mais membros ficaria comprometida caso a terapia fosse levada
adiante
i) Psicoterapia de Grupo
Teoria: há uma série de fatores terapêuticos na situação de grupo que podem ser aproveitados para a
resolução dos mais diferentes problemas:
A percepção de outras pessoas com os mesmos problemas e se sentindo melhores faz com que os
pacientes tenham mais esperança
A universalidade do problema, permitindo uma visão mais realista do mesmo
O altruísmo: possibilidade de ser útil aos outros
A socialização desenvolvida pelo convívio em grupo ou com técnicas de role-playing (contato
visual, apertar as mãos)
O comportamento imitativo pela simples observação das outras pessoas
A catarse
A recapitulação corretiva, no grupo, de experiências vividas no seu grupo familiar primário
O tratamento de temas ou problemas existenciais auxilia as pessoas a lidar com eles
A coesão grupal: o sentido de pertencer a um grupo melhora a auto-estima e favorece a
aprendizagem grupal
Técnica:
Focam no aqui-e-agora
Objetivos claros e estruturados
Terapeuta ativo, transparente, assinalando também aspectos de realidade que surgem
Indicações:
Psicoterapias de grupo e orientação dinâmica: modificação de padrões de relacionamento considerados
desadaptativos
Grupos de auto-ajuda:
Ajuda psicológica de pacientes ou familiares de pacientes que têm um problema ou situação em
comum e que estão passando por situações semelhantes
Pacientes agudos internados em hospitais psiquiátricos, na preparação da alta, no uso de
medicações complexas, no acompanhamento de egressos
Situações de crise ou estresse agudo ou em eventos vitais
Situações médicas, com a finalidade de difundir informações médicas relativas a um problema
comum e buscar alternativas para lidar com limitações ou complicações decorrentes da doença ou
situação
Oferecer apoio mútuo para superar sentimentos de angústia, depressão e desadaptações
provocadas pela doença; oferecer orientação ao paciente e aos seus familiares quanto aos
cuidados gerais, recursos e etc.
Contra-indicações:
Incompatibilidade com as normas do grupo
Pacientes que não toleram o setting grupal
Incompatibilidade severa com um ou mais membros do grupo
Tendência a assumir papel desviante dos demais membros do grupo
Ausência de controle de impulsos agressivos, fortes tendências destrutivas e de expressar na
conduta suas ansiedades
Ansiedade ou sintomas psicóticos graves
PARTE 2
Comentário da professora: Essa segunda parte da apostila é destinada ao aprofundamento de algumas
psicoterapias voltadas para as principais patologias e suas formas de tratamento
Caplan: fator essencial para ocorrência de uma crise é um desequilíbrio entre a dificuldade do problema
e os recursos disponíveis para resolvê-lo
Crise (para Caplan):
1ª fase: elevação das tensões iniciais aciona as respostas habituais de solução de problemas
2ª fase: tensão aumenta com a falta de êxito; diminuição da eficiência habitual da pessoa
3ª fase: pessoa mobiliza suas reservas
o Solução: através de redefinição do problema
novos métodos de solução
diminuição do estímulo
o Não-solução tensão progride para patamares insuportáveis
cronificação de defesas regressivas
Quando a pessoa consegue redimensionar sua psicodinâmica interior e de
relacionamento com pessoas do ambiente, resolução da crise pode ser
amadurecimento e crescimento emocional
Lemgruber: as três fases de Caplan são o estágio potencialmente crítico. A crise propriamente dita só
ocorreria na última fase ruptura
Sifneos: dois tipos de psicoterapias breve:
Supressoras de ansiedade diminuir ou eliminar a ansiedade através do uso de técnicas de
apoio.
o Psicoterapia breve de apoio dois meses a um ano. Pode ser útil para: transtornos de
personalidade ou quadros psicóticos crônicos
o Psicoterapia breve de apoio em crise não ultrapassa dois meses. Útil para: pessoas em
momentos críticos
Provocadoras de Ansiedade (dinâmicas) proporciona insight com clarificação e perguntas;
interpretações; foco; terapia mais curta
o Psicoterapia breve provocadora de ansiedade (Psicanálise) dois meses a um ano
o Psicoterapia breve provocadora de ansiedade em crise não ultrapassa dois meses
Técnicas das psicoterapias breve:
Lista de problemas de forma hierárquica
Na intervenção em crise supressora de ansiedade reasseguramento; clarificação; exame
detalhado das tentativas de solução para cada um dos itens da lista; encorajamento; relaxamento;
apoio de familiares; hospitalização breve e medicamento, se necessário; terapeuta acessível
Na intervenção em crise provocadora de ansiedade confrontação e interpretação; lista de
problemas; conflitos subconscientes associados à crise; insight; foco; ajudar a pessoa a entender
um pouco mais seus sintomas e dificuldades
QUESTÃO DE CONCURSO! Nas intervenções em crise, quando a superação da crise for
atingida, o tratamento deve ser interrompido. Caso não atinja a meta, a psicoterapia deve ser
reorientada para outro encaminhamento
Essas psicoterapias em crise podem ter a ambientação de uma enfermaria, hospital, sala de
emergência, enfermaria psiquiátrica.
Seleção:
Intervenção de apoio em crise pessoas com história de relações confusas; poucos recursos
psicológicos para problemas cotidianos; quadros psiquiátricos graves; situações clínicas que não
se deva usar intervenção ansiogênica (pré ou pós operatório)
Intervenção provocadora de ansiedade em crise pessoas que estão em crise, mas que tinham
condições psicológicas favoráveis antes
Indicações de intervenções em crise:
Hospital geral crises depressivas reacionais; ansiedades pré e pós-operatória; adaptação a
situações clínicas novas; reações emocionais frente a hospitalização; familiares de pacientes na
UTI; reações agudas de luto
Ambulatórios situações que ocorrem em pessoas que já estão em tratamento
Comunidade medidas de intervenção em crise para manutenção e medida preventiva de quadros
psiquiátricos maiores
PEGADINHA!Prevenção em suicídio é discutida essa intervenção nesses casos,
porque a atitude paternalista e autoritária do terapeuta reforça a dependência e a
fantasia de impotência do paciente
VAMOS TRATAR A DEPRESSÃO?
Indicações das terapias psicodinâmicas de longo prazo nos diferentes quadros depressivos:
Episódio depressivo grave, transtorno depressivo recorrente e transtorno afetivo bipolar
terapia + acompanhamento farmacoterápico
Ciclotimia e Distimia indicação de terapias psicológicas de longa duração (psicanálise ou
expressiva de longo prazo). Em casos que o sintoma causa prejuízos ao paciente, a
psicofarmacoterapia é indicada como concomitante
Reação a estresse grave e transtornos de ajustamento com humor depressivo abordagens
psicoterápicas breves; longo prazo quando o paciente quer conhecer melhor a si mesmo.
b) Ansiedade Generalizada
Alvos do tratamento: preocupação excessiva e manifestações físicas autonômicas
PEGADINHA!Interpretação das situações induz e mantém a ansiedade
Tratamento:
o explicar a natureza da ansiedade, apresentando o modelo cognitivo da doença e um
racional para o tratamento;
o substituir cognições distorcidas por realistas;
o exposição;
o relaxamento;
o impedir o comportamento ritualístico;
o técnicas de administração de tempo;
o técnicas de solução de problema
c) Fobia Social
Sintoma principal é o medo de ser avaliado pelos outros
Pode ser fobia social generalizada (maioria das situações sociais) ou específica (uma ou outra
situação)
Tratamento: reestruturação cognitiva com exposição
Psicoterapia X Aconselhamento
Psicoterapia
- tratamento psicológico que objetiva mudar pensamentos, sentimentos e comportamentos
desadaptados através de relacionamento de apoio com o terapeuta.
- na dq, deve tratar os comportamentos aditivos e pensamentos e sentimentos que mantêm ou
estimulam o resultado
- junto com a abstinência, trata outros assuntos da vida do paciente que contribuem para o uso
QUESTÃO DE CONCURSO! Algumas drogas podem diminuir o desconforto emocional subjetivo –
assim, relação entre sintomas psiquiátricos e uso de drogas é chamada Hipótese da Automedicação se
a psicoterapia diminui o desconforto, o paciente pode diminuir ou para com as drogas
Aconselhamento
- intervenção psicossocial mais usada em dq
- acredita-se que a abordagem com dependente deveria ser feita por ex-dependentes
- manejo regular de pacientes dependentes por meio de apoio, proporcionando estrutura,
monitoração e acompanhamento da conduta e encorajamento da abstinência, além de proporcionar
tarefas concretas
- 12 passos do AA
- não se propõe a abordar aspectos psicológicos