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Conceitualização de caso
Terapia Cognitiva –
Definição
Psicoterapia breve, estruturada, orientada para o presente,
para a solução de problemas e modificação de
comportamentos e pensamentos disfuncionais (Beck, 1964).
Terapia focal baseada num modelo que afirma que os
transtornos psicológicos envolvem pensamentos
disfuncionais.
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Terapia Cognitiva –
Definição
O modo como uma pessoa sente e se comporta é
influenciado pelo como estrutura suas experiências.
Modificar o pensamento disfuncional melhora os sintomas.
Modificar crenças disfuncionais conduz à melhora duradoura.
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Modelo Cognitivo
Situação Pensamentos Emoção
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Modelo Cognitivo
Situação Pensamentos Emoção
Comportamentos
Respostas Fisiológicas
Modelo Cognitivo
Situação Pensamentos Emoção
Esquemas Cognitivos
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Modelo Cognitivo
Exemplo
Fico irritado por que alguém esbarra em mim no ônibus.
Meu pensamento foi: Que sujeito chato e desastrado.
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Terapia Cognitiva
Terapia Cognitiva
Princípios Gerais
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Terapia Cognitiva
Princípios Gerais
Terapia Cognitiva –
Duração
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Avaliação e formulação
(Wright e cols., 2008)
Avaliação e conceitualização de caso na TCC – baseia-se em um
modelo abrangente de tratamento
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Avaliação
Contra indicações da TCC
Demência avançada
Outros transtornos amnésicos severos e estados de confusão mais
transitórios como o delirium ou intoxicação por drogas
Transtorno de personalidade anti social grave
Simulação
Outros quadros clínicos que comprometem marcadamente o
desenvolvimento de uma relação terapêutica colaborativa e baseada na
confiança
Avaliação
Candidatos ideais para tratamento único com TCC – pessoas de
“fácil tratamento” – adulto saudável com transtorno de ansiedade
aguda ou de depressão não psicótica, que tem boas habilidades
verbais, obteve algum sucesso nos relacionamentos no passado e
motivado para aproveitar a terapia
Em geral respondem bem a qualquer tratamento ou até remissão
espontânea
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Avaliação
1) Cronicidade e complexidade
Problemas presentes há muito tempo geralmente demandam um
curso mais longo de terapia
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Checar com o paciente sobre qual tratamento ele acha que seria
melhor para ele. (se ele acha que medicamentos são muito mais
importantes que a terapia e que está ali só porque seu médico
“mandou”, as chances de sucesso são pequenas)
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Em geral, pacientes que sabem usar melhor seus recursos (ou tem
disponibilidade para aprender a fazer isso) têm melhores
resultados na TCC - tendência a achar que os problemas têm
solução e utilizar métodos ativos na resolução de problemas
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6) Capacidade de envolver-
envolver-se em uma
aliança terapêutica
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Conceitualização de Caso
Mapa de orientação para seu trabalho com o paciente
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Conceitualização de Caso
Conceitualização de Caso
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Dilema de Procrusto:
personagem mitológico.
Dizia que qualquer
pessoa convidada a sua
casa, não importando a
altura que tivesse,
caberia na cama do seu
quarto de hóspedes. O
que ele não dizia aos seus
convidados era que ele
estava disposto a cortar
as pernas dele ou esticá-
las em uma armação para
O que essa história pode ter a ver com a conceitualização de que se adequasse a cama.
caso em TCC?
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Nivel 1 - descritiva
Nível 2 - transversal
Nível 3 -
Longitudinal
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Caso Sarah
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Caso Sarah
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Filha de “pais velhos” segundo ela mesma, quando nasceu a mãe já tinha
42 anos e o pai 58 anos. Teve um irmão 2 anos mais velho que ela e que
faleceu de câncer quando Célia tinha 7 anos. O pai faleceu aos 69 anos de
AVC quando Célia tinha 11 anos. Ao falecer, o pai deixou-lhes a casa e uma
aposentadoria de 2 salários mínimos. A mãe não trabalhava fora de casa e
com a falta do “extra” que o pai ganhava por ajudar numa quitanda, Célia
foi trabalhar no lugar dele neste local. Trabalhou nesta quitanda junto com
o dono (sr Sergio ) até se formar na faculdade de matemática que fez com
muito custo e ajuda do governo. Era aluna muito dedicada e diz que logo
cedo percebeu que teria que “tomar contas de seu próprio destino,
trabalhar e estudar para se manter”. Todo o seu tempo livre era para
estudo. Ao terminar a faculdade logo começou a lecionar. Considera-se
professora competente e diz gostar de dar aulas. Sobre a mãe (Adélia),
Sobre a mãe (Adélia), Célia diz que era pessoa cumpridora dos serviços
da casa. Parecia nunca estar de bem com a vida, reclamava sempre da falta
de dinheiro e por inúmeras vezes contava a Célia a história que acontecera
com eles: O marido havia colocado todas as suas economias num negócio
com um amigo e este amigo o passou para trás, deixando-o sem nada e
fugiu. Dizia à Célia que o pai dela tinha sido um tolo e que por isto eles
estavam sempre naquela vida apertada. Recomendava a Célia que ela
nunca confiasse em ninguém e dizia que “amigo é amigo da onça, o que as
pessoas querem é tirar vantagens” .
Adélia não era pessoa carinhosa e segundo Célia, ela só se lembra da
mãe tecendo elogios ao outro filho. Dizia que ele era esperto,
engraçadinho, liderava a criançada. Quando ele ficou doente, Célia tinha 6
anos. Lembra que ele foi ficando cada vez mais e mais magro e feio. Via a
mãe chorar freqüentemente nesta época e separar para o filho “tudo que
era bom de comer”.
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Após a morte deste filho, a mãe ficou ainda mais amarga e quando o esposo
faleceu 4 anos depois, ela pareceu viver a partir daí sem interesse pela vida.
Não ia a médicos, não tinha lazer. Só arrumava a casa e fazia as compras. Não
tinha contato com familiares nem com vizinhos.
O pai, Carlos, era ausente. Pouco falava, não era carinhoso, parecia
sempre cansado de levar a vida. Dormia logo que chegava do trabalho e
acordava cedo para abrir a quitanda. Célia lembra de tê-lo visto chorar
quando o filho morreu.
José, irmão era um menino alegre e divertido até ficar doente. ”Ele
sempre fazia brincadeiras” ”tinha amigos e não queria brincar comigo
porque eu era menina”. Conta que até ele ficar muito doente “ele brilhava
naquela casa triste” e ela queria ser como ele. Invejava o fato dele ter a
atenção da mãe e os elogios dela. “Parecia que todo mundo gostava dele e
ninguém de mim”, “eu não sabia que ele ia morrer e quando isto aconteceu
me senti culpada”
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