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A Prática da Psicoterapia

1935 - Princípios básicos da prática da psicoterapia 1

II - O que é psicoterapia? 4

Alguns aspectos da psicoterapia moderna 6

IV - Os objetivos da psicoterapia 7

V - Os problemas da psicoterapia moderna 10

Psicoterapia e visão de mundo - 1942 15

Medicina e psicoterapia 17

Psicoterapia e atualidade 19

Questões básicas da psicoterapia 20

1935 - Princípios básicos da prática da


psicoterapia
Psicoterapia é um tipo de procedimento dialético, isto é, de um diálogo ou discussão entre
duas pessoas, e não um método aplicável de forma estereotipada por qualquer pessoa.

Essa mudança de definição se deu pois se percebeu que era possível interpretar os dados
da experiência de diferentes maneiras e não somente de uma forma.

Os diversos métodos desenvolvidos mostraram que diferentes métodos baseiam-se em


pressupostos diferentes e produz resultados específicos. E cada um desses métodos e
teorias têm sua razão de ser, não só pelo êxito obtido em certos casos, como também por
mostrarem realidades psicológicas que comprovam amplamente os respectivos
pressupostos.

OU SEJA, DIVERSOS MÉTODOS TÊM SENTIDO.

Assim como a natureza da luz também apresenta contradições, assim também a


psicoterapia apresenta, mas nem por isso devem ser desconsideradas.

As teorias contraditórias sobre algo mostram que aquilo só pode ser apreendido através de
antinomias.

Assim como a luz, a essência do psiquismo só pode ser descrita por antinomias.
A primeira:

A psique depende do corpo, e o corpo depende da psique

Há provas das duas afirmações, então estas são verdades que só podem ser tidas como
relativas por enquanto, ou seja, relativas ao sistema psíquico sobre o qual se fala. Como a
individualidade é variável, então há uma infinidade de afirmações relativas, mas como a
individualidade é apenas um complemento ao homem comum e possível de ser comparado,
então é possível que haja algo comparável.

A segunda:

O individual não importa perante o genérico, e o genérico não importa perante o


individual.

Nesse sentido, como psicoterapeuta, posso fazer apenas afirmações sobre o homem
genérico, porque não há como julgar a individualidade ali a sua frente.

“tenho que renunciar à minha superioridade no saber, a toda e qualquer autoridade e


vontade de influenciar.”

Por conta disso, tenho que optar pelo método dialético, que consiste em confrontar as
averiguações mútuas.

Para isto, preciso deixar o outro apresentar todo seu material sem limitá-lo aos meus
pressupostos.

O efeito que a individualidade dele causa em mim é a única coisa que posso oferecer
ao paciente individual e legitimamente.

Essa atitude do terapeuta é a única que se justifica cientificamente.

O desvio dessa atitude significa terapia por sugestão, onde o individual não importa perante
o genérico. É quando se aplica o conhecimento de outras individualidades. As técnicas, por
exemplo, pressupõem que todos os indivíduos são iguais. Se o terapeuta tem um método e
confia nele, alcançará efeito terapêutico, dentro das limitações do homem coletivo.

Há pessoas que são coletivas com individualidade subdesenvolvida. Há pessoas que são
individuais sem uma adaptação ao coletivo. Dependendo do caso, a terapêutica será
diferente.

É necessário evitar todos os métodos, renunciar seus pressupostos.

“O terapeuta não é um sujeito ativo, ele vivencia junto um processo individual.”

O método dialético surge a partir de várias ideias.


A primeira é que o terapeuta tem suas questões e aquilo que não conseguimos reconhecer,
impedimos que se torne consciente no paciente também, em detrimento dele. Por isso, é
necessário que haja análise do analista, visando então o método dialético. Pois, no método
dialético, o terapeuta se relaciona não mais para perguntar apenas, mas também para
responder; não mais como superior, perito, juiz ou conselheiro, mas como alguém que
vivencia junto, que no processo dialético se encontra em pé de igualdade com o paciente.

A segunda fonte da ideia do método dialético é que existem diversas possibilidades de


interpretação para um conteúdo simbólico. Ex: uma fixação infantil na imagem parental.

Interpretação regressiva: se trata de um retorno da libido que se fixa no conteúdo parental


ou dela nunca se libertou;

Interpretação progressiva: uma parte infantil da personalidade que se encontram como que
no colo materno, passíveis de crescimento.

OU SEJA, os conteúdos têm interpretação dúbia. Na prática, há grande diferença entre as


duas interpretações.

O diálogo analítico tem que incluir a personalidade do médico, porque o rapport, a


transferência, faz parte do método.

OU SEJA, O EFEITO TERAPÊUTICO DEPENDE, POR UM LADO, DO RAPPORT, A


TRANSFERÊNCIA, E TAMBÉM A FORÇA DE PERSUASÃO E PENETRAÇÃO DA
PERSONALIDADE DO MÉDICO.

Isso não significa que as formas anteriores de interpretação estão erradas. Até porque um
paciente às vezes precisa de uma interpretação mais redutiva ou uma dose de bom senso e
não um mergulho profundo na personalidade. Agora, se for alguém mais inteligente e com
questões mais complexas, é momento de deixar as técnicas de lado e zelar pela
individualidade para servir de ponto de referência para o paciente.

Pessoas cultas e inteligentes, ao contrário de pessoas mais coletivas, podem resistir a


mudanças na personalidade. Neste caso, o que resta é o método dialético, gerando o
processo de individuação.

Aqui o inconsciente passa para o primeiro plano, que passa a compensar a consciência,
através dos sonhos, por exemplo. E esses sonhos vão substituir os reguladores coletivos
anteriores: as crenças e pensamentos.

Após o surgimento de motivos no sonho, como a água ou a mulher desconhecida, “o que se


pode dizer, é que a evolução psíquica individual produz a princípio algo muito parecido
como velho mundo das fábulas.” É como se recuasse a tempos antigos, o que a terapia
deveria impedir, a princípio.

A neurose precisa desse retorno aos conteúdos míticos para que haja alguma evolução,
pois os métodos racionais da consciência já não podem alcançar este objetivo.
Terapeutas podem até apelar para visões míticas quando perceberem que o paciente está
pronto para isso.

A religião cumpre um papel expressivo nisso porque ela faz com que o homem se ligue a
pontos da profundidade humana.

Se o paciente encontra o sentido de sua vida e a cura de sua inquietação e


desarmonia dentro do quadro de uma das formas de confissões existentes - inclusive
um credo político, o terapeuta deve aceitá-lo. Afinal, a preocupação do médico deve
ser o doente e não o curado.

A diferenciação moral do terapeuta é tão importante quanto o seu saber. Pois ao aderir ao
processo dialético, o terapeuta também sai do anonimato e presta contas ao paciente sobre
sua personalidade.

Por isso a psicoterapia é difícil.

A psicoterapia traz uma variedade de casos. Por um lado, às vezes o paciente precisa
somente de um bom senso. Em segundo lugar, precisa de uma confissão para que seja
curado, a ab-reação. Alguns processos precisam de uma análise redutiva de seus sintomas.
Seja através de Freud ou de Adler, tratando do princípio infantil de busca pelo prazer ou a
busca de poder e de estar por cima.

Quando as sessôes começam a ficar monótonas, é necessário partir para a análise


sintética.

O tempo vai depender do caso, mas depois de um tempo é bom espaçar para que o
paciente siga com a própria vida e não dependa mais do médico.

II - O que é psicoterapia?

Inicialmente, a terapia por sugestão era a mais comum, que se tratava de reprimir o sintoma
através das técnicas como a hipnose, e conselhos.

Com o advento da psicanálise, a tomada de consciência das causas, exigida pela terapia
FREUDiana, tornou-se o "leitmotiv" e a condição básica preliminar de todas as formas mais
recentes de psicoterapia. Viu-se que essa tomada de consciência das causas era MAIS
terapêutico.

A princípio, tivemos a teoria do trauma, no qual a catarse dos traumas sexuais e choques
eram o objetivo do tratamento para poder reduzir o sintoma.
Mas se viu que nem todas as neuroses se explicavam por traumas sexuais.

Daí o próprio FREUD não tardou em superar a teoria do trauma, e lançou a teoria do
recalque. Esta teoria é bem mais complexa e, conseqüentemente, o tratamento passou a
diferenciar-se. A teoria do recalque considera que as neuroses típicas são muito mais
distúrbios do desenvolvimento propriamente ditos. Seriam tendências sexuais da infância
que passariam ao inconsciente. Ao descobrir que essas fantasias se mostravam nos
sonhos, Freud começou a trabalhar com eles, e isso foi o início da terapia individual, porque
este método não tem como aplicar numa multidão. Não é algo rotineiro.

Então, o tratamento individual é aquele que mais mostra o respeito ético do médico e
seriedade científica.

As neuroses são produto de uma evolução defeituosa, que demorou anos e anos para se
formar, e não existe processo curso e intensivo que a corrija.

O tempo é um fator insubstituível na cura.

A neurose é mais uma doença psicossocial do que uma doença em si, ou seja, mostra mais
como a pessoa está se relacionando com a vida e com os outros. Seria um ponto de vista
de doença que inclui a relação da pessoa com a vida, e não mais um bem estar do corpo
individual.

Essa evolução mais recente vem procurando estabelecer como meta terapêutica não só a
conscientização dos conteúdos e das tendências causadoras das doenças, mas, além
dela, também a volta (redução) aos instintos primitivos e simples, a fim de
restabelecer no paciente sua condição humana natural e sem deformações.

Freud e Adler propõe diferentes meios de lidar com as neuroses.

Jung insiste na necessidade de uma maior individualização do método terapêutico e na


irracionalização ao fixar as suas metas, a fim de garantir a maior imparcialidade possível.

É importante que o médico deixe imperar a NATUREZA e que evite, na medida do possível,
influenciar o paciente com seus próprios pressupostos filosóficos, sociais e políticos.

Ainda que todos os cidadãos suíços sejam iguais perante a lei, eles são bastante desiguais
entre si, e por isso, cada indivíduo só pode alcançar a felicidade a seu próprio modo.
Com isso, não se visa o "individualismo" mas unicamente uma forma de estabelecer a
condição prévia indispensável a todo ato responsável, que é que cada qual se conheça a si
mesmo e sua própria maneira de ser, e que tenha a coragem de assumi-la. O homem só
passa a ser responsável e capaz de agir, quando existe a seu modo; se não, não passaria
de um "maria-vai-com-as-outras", ou de um moleque de recados, sem personalidade
própria.

A psicoterapia é difícil e o médico precisa não só de conhecimentos psiquiátricos, mas


também de conhecimentos filosóficos e sociais.
O tempo da cura é mais demorado mesmo. Isso contribui para o que o paciente vá se
tornando responsável pelo seu processo, e uma análise breve e intensiva não
necessariamente traz benefícios, mesmo porque o processo neurótico se instalou há muito
tempo na vida da pessoa.

Cada vez mais se exige do terapeuta.

Alguns aspectos da psicoterapia moderna

A psicologia moderna e a psicoterapia são procedimentos que tem-se atido ao individual e


depende do médicos para isso.

É difícil a entrada da psicologia nas faculdades de medicina.

Isso decorre do preconceito com relação ao pensamento de Freud, com diversos choques.
Mas ainda assim a visão de Freud é materialista e não atende às disposições naturais da
psique humana.

Freud atribuía ao inconsciente um papel extremamente importante, se não essencial; mas é


importante também valorizar a consciência do ser humano também, então não valorizar
tanto assim.

A neurose depende muito mais da atitude da pessoa do que aconteceu na infância dela. A
pessoa tem que acabar se conformando e só vai fazer isso tomando a atitude adequada. A
atitude é a maior importância.

Freud achava que a cura da neurose vinha da conscientização das causas. Mas isso
não contribui na verdade, sendo que o que vai mudar é a atitude consciente.

A tarefa da psicoterapia consiste em mudar a atitude consciente e não em correr


atrás de reminiscências submersas da infância. Esta última ajuda a compreender,
mas o foco é a atitude. Ainda porque muitos neuróticos gostam de ficar presos ao
passado e querer justificar tudo desta forma.

Ainda assim, a análise retrospectiva é importante. O sonho e tão genuíno quanto a


albumina na urina, o que afinal pode ser tudo, menos fachada.

A tendência regressiva pode ser interpretada de formas diferentes. Ao contrário do que


Freud veria numa regressão sendo uma tentativa de incesto, Jung vê uma necessidade de
inocência infantil, segurança, proteção, amor mútuo, confiança e fé.

Então é importante regredir também, mas em busca de reconhecer esses desejos. Isso
mostra que o paciente está em busca de si mesmo.
PARÁGRAFO 58 - ELE DIZ QUE A INTEÇÃO DELE É CURAR. Há uma contradição aqui
ou algum erro de tradução ou contexto?

Como a criança recém-nascida, que chega ao mundo com o cérebro pronto e altamente
desenvolvido, e cuja diferenciação foi formada pela experiência acumulada dos seus
antepassados, no decorrer de séculos e séculos sem conta. Assim também a psique
inconsciente é formada por instintos, funções e formas herdadas, já pertencente à psique
ancestral.. Essa herança coletiva não consiste em noções herdadas, mas na possibilidade
de semelhantes noções - em outras palavras, em categorias "a priori" de tipos de funções
possíveis. Essa herança pode ser chamada de instinto, no sentido original da palavra. Aliás,
o assunto não é tão simples assim; trata-se, ao contrário, de uma complicadíssima rede de
condições, que costumo chamar de arquetípicas. Este fato implica que, em dada situação, o
homem terá um comportamento provavelmente idêntico ao dos seus antepassados, nos
tempos de Matusalém. Logo, o inconsciente é visto como uma pre-disposição ao
conservadorismo extremo, ou como que uma garantia que jamais acontecerá algo de novo.

Ao mesmo tempo que o inconsciente é conservador no sentido de ser a fonte de


comportamentos semelhantes ao passado, da mesma forma ele é a fonte da criatividade,
de onde surgem as inspirações, que não se compara ao pensamento consciente, por
exemplo.

Essa ideia é paradoxal, mas é assim mesmo porque o homem é paradoxal.

É só na alma que vamos retomar nossa postura

IV - Os objetivos da psicoterapia
NESTE TEXTO, JUNG APONTA DIVERSOS INDICADORES QUE SÃO NADA MAIS DO
QUE ALERTAS PARA O PERIGO DA UNILATERALIDADE

As teorias de Freud e Adler tem sua razão de ser porque de certa forma tiveram projeção a
partir das identificações das pessoas, ou seja, não podemos ignorar e dizer que não fazem
sentido, porque fazem, dá pra ver pela experiência.

Mas ao mesmo tempo não podemos escolher UMA DELAS COMO VERDADEIRA. Existem
casos que se explicam de uma forma e casos que se explicam da outra forma.

Jovens: os métodos de Freud e Adler podem bastar pois o objetivo é ajustar o jovem à
sociedade Ele está sob o signo do amanhecer e a neurose provém da hesitação ou do
recuo do caminho a seguir.

Velho: está sob a contração de forças, da confirmação do que já foi alcançado e da


diminuição da expansão. Sua neurose consiste em querer continuar uma atitude infantil.
Assim como o jovem neurótico teme a vida, o velho recua diante da morte.

IDADE DO PACIENTE - É UM INDICADOR IMPORTANTE PARA SE PRESTAR


ATENÇÃO NA TERAPIA.

Ainda na fase juvenil, é preciso ver se o caso precisa ser visto a partir de Freud ou a partir
de Adler. Para isso, é bom seguir as resistências e levá-las a sério. Isso porque não
sabemos necessariamente mais do que os pacientes e muitos psiquismos não se encaixam
em nenhum dos esquemas existentes.

ATITUDE DA CONSCIÊNCIA E FUNÇÕES É OUTRO INDICADOR IMPORTANTE

TEMPERAMENTO MATERIALISTA OU ESPIRITUAL, sendo ainda que qualquer um deles


manifesto pode ser uma negação do outro de forma inconsciente.

A psique humana é ambígua, então sempre temos que nos perguntar se determinado
comportamento é verdadeiro ou uma compensação de caráter.
Isso ressalta a postura de não ter objetivos, porque como é difícil saber, então é melhor
esperar e deixar que a própria natureza se expresse e se equilibre.

As grandes decisões da vida estão mais relacionadas aos instintos do que a decisões
racionais.

Não existe um sapato que sirva para todos, cada pessoa tem que lidar com a sua parte
irracional.

Pacientes muito racionais e/ou que já passaram por terapia sem sucesso não toleram muito
terapias racionais, então é necessário ir para o irracional.

Jung diz que ⅓ de seus pacientes sofrem porque estão sem sentido na vida.

Quando o consciente encalha, o inconsciente vai reagir a essa estagnação insuportável.

Essa estagnação é uma vivência que se repetiu na humanidade várias vezes, inclusive
tornando-se tema de mitos e contos, onde se encontra uma chave especial que vai abrir a
porta, ou quando vem um animal que ajuda a encontrar um caminho.

O que fazer?

Olhar para os sonhos!

Apelamos aos sonhos porque neles se dá início à imaginação, o que é melhor que nada.

O meu esforço é ser eficaz.

O que importa é o efeito, mas não que tenhamos que saber porque esse efeito ocorre.
O paciente sonhou que sua sobrinha estava doente e relacionou isso ao seu interesse por
ocultismo, como se isso fose patológico e estivesse lhe causando problemas. Independente
do que pensamos ou deixamos de pensar, houve um impacto com essa ideia e é isso que
importa. Essa percepção lhe causou uma mudança de atitude e essas ligeiras mudanças
que não surgem da razão é que colocam as coisas em movimento.

O médico também pode contribuir com as suas impressões, se causar efeito, tanto melhor
pois só nos deixamos sugestionar por aquilo que já estamos meio preparados para receber.

Às vezes nos enganamos, mas tudo bem.

É necessário encontrar junto com o paciente a coisa eficaz, ou quase sendo, a coisa
verdadeira.

Os conteúdos primitivos, históricos e mitológicos servem para enriquecer as inspirações dos


pacientes. Fazer com que coisas sem sentido se encham de significado.

Médico e paciente estão fantasiando juntos. E é isso mesmo!

O meu esforço consiste justamente em fantasiar junto com o paciente.

Toda obra humana é fruto da fantasia criativa. Se assim é, como fazer pouco caso do poder
da imaginação?

Além disso, é difícil a fantasia errar porque ela está ligada com a profundidade da alma e do
ser humano.

O poder da imaginação eleva o homem, o tira de seu estado de pequenez, e o leva ao


lúdico.

O homem só é totalmente homem quando brinca. Schiller

A ideia é produzir fluidez, transformação.

Regra: não ir além do significado contido no fator eficaz; a ideia é a sua conscientização
para que ele perceba que nele há uma dimensão que ultrapassa o nível pessoal. É preciso
que a pessoa entenda que algo não acontece somente a ela, mas que acontece com várias
pessoas. Da mesma forma, é importante ela ir além do momento presente, no sentido de
compreender a continuidade histórica, que é imprescindível a função religiosa, que tem uam
função psíquica de grande alcance.

Pode-se ficar na interpretação dos sonhos, o paciente fica na dependência da interpretação


do terapeuta ou na dependência dos sonhos, mas pode também ser mais ativo e passsar a
pintar as suas fantasias., por exemplo.

Pintar essas fantasias é ficar independente do médico e deixar que o desconhecido aja em
você.
No começo da vida, é necessário que o jovem acredite que as coisas vem da sua vontade.
É necessário que ele se olhe dessa forma para que se possa ajustar à sociedade. Já na
segunda metada da vida,

As criações pintadas provém do inconsciente coletivo. As imagens brotam de uma


necessidade natural, e esta, por sua vez, é por elas satisfeita.

A psique remonta ao estado primitivo e de certa forma ela consegue se manter em diálogo
com o consciente de forma que as exigências conflitantes da psique seja, satisfeitas.

Não basta só pintar. É necessário compreender estas pinturas intelectualmente,


emocionalmente a fim de integrá-las ao consciente, não só racionalmente, mas também
moralmente.
A ilusão para Jung pode ser o que a alma deseja, como o corpo precisa de oxigênio. O que
chamamos de ilusão pode ser uma realidade psíquica de extrema importância.

Para a alma, real é aquilo que é eficaz.

Verificar as imagens e interpretações simbólicas como o mais eficaz.

V - Os problemas da psicoterapia moderna


As pessoas tendem a confundir psicoterapia com psicanálise, sendo que são coisas
diferentes. A segunda tem que se embasar nas teorias de Freud.

Por que o interesse pela alma humana nos dias de hoje? Jung não responde mas pergunta.
E diz que as diferentes psicologias estão tentando se acercar do fenômeno.

Etapas do trabalho

Confissão >

Há uma relação entre a confissão e o tratamento analítico. Quando surge o pecado, surge a
parte oculta do psiquismo, o segredo. Esse segredo é um veneno para a comunidade e são
criados rituais e mistérios para lidar com isso e não contaminar a comunidade, ainda que
esse segredo seja um componente precioso para a diferenciação individual.

Quando se tem consciência de que e do que se oculta é melhor, pois quando não é
conscientemente encoberto, o conteúdo se separa da consciência na forma de um
complexo autônomo, que vive uma existência autônoma e não é perturbado pela
consciência.
Os complexos têm um efeito indireto no consciente, pois não ficam na consciência, e
causam pequenas neuroses, sendo as principais as falhas de consciência: lapsos de
memória, mal-entendidos, esquecimentos, movimentos desastrados, interpretação errônea
de coisas ditas e ouvidas.

Tudo isso mostra que um conteúdo inconsciente pertubou a consciência.

Pessoas que tinham um segredo inconsciente de suicídio causam a si mesmas acidentes,


isso é um exemplo que um segredo inconsciente, como a vontade de se suicidar, pode ser
bem perigoso que um segredo consciente.

Qualquer segredo pessoal atua como culpa ou pecado, ainda que não seja considerado
assim, por conta da nossa moral.

Outra forma de ocultar é conter, e o que pode ser contido é o que nos afeta, ou seja, os
afetos.

Se a contenção for pessoal e independente de uma convicção religiosa, ela pode ser tão
perigosa quanto um segredo.

Mal humor e irritabilidade dos virtuosos pode-se explicar pela contenção de afetos. Causa
isolumento, culpa e perturba.

A natureza não nos perdoa quando ao guardarmos um segredos passamos a perna na


humanidade. Do mesmo modo ela nos leva a mal quando ocultamos os nossos afetos aos
nosso semelhantes.

Nada é mais insuportável do que prolongar uma harmonia baseada em afetos contidos.
Emoçoes reprimidas e segredos são a mesma coisa.

Segredo e contenção são danos que a natureza reage com a doença. Só são danosos
quando são de ordem PESSOAL

Por conta disso, a confissão verdadeira tem a sua importância.

“Solta o que tens, e serás acolhido….”

Esse primeiro passo levou o nome de método catártico - levar o paciente a um estado de
introspecção, que possa entrar em contato com conteúdos inconsciente nele, coisas que
forma recalcadas ou esquecidas. Isso é benéfico, embora desagradável, pois as qualidades
inferiores e até as condenáveis nos pertence, e nos dão substancialidade e corpo: é nossa
sombra. Ao retomar minha sombra, posso lembrar-me novamente como sou um ser
humano como os demais.

O método catártico visa à confissão completa, ou seja, não é só a constatação


intelectual dos fatos pela mente, mas também à liberação dos afetos contidos: à
constatação dos fatos pelo coração.
Entrentanto, o método catártico não se mostrou um remédio universal. Porque é bem difícil
levar a pessoa a acessar o inconsciente; pessoas muito consciente querem ficar falando de
suas questões racionalmente e resistem muito a tocar no inconsciente. resistindo assim a
confessar a sua sombra.

Esclarecimento >

Depois que houve a confissão, a catarse, o paciente pode melhorar, a neurose


desaparecer, mas ele pode ficar ligado ao médico. Se for cortada, vão ter consequências
ruins.

Por outro lado, a pessoa pode ficar ligada não no médico, mas em si mesma, realizando
catarses consigo próprias, ligada ao inconsciente.

O esclarecimento começa nas fixações.

O vínculo a que a pessoa fica ligado médico tem uma natureza de pai-filho. Vira uma
dependência infantil, apesar da sua racinoalidade. Não é que essa infantilidade surgiu
agora, mas ela estava inconsciente reprimida e agora que aflorou. Quer retomar a situação
infantil com o pai que tinha desaparecido.

Freud chamou isso de transferência.

A dependência é causada pela existência de fantasia inconscientes. De certa forma


INCESTUOAS. São elas que produzem o complexo de sintomas de transferência.

A transferência não é anormal.

A diferença entre a confissão e o esclarecimento é que a primeira devolve ao eu conteúdos


que normalmente deveriam fazer parte da consciência; já o esclarecimento da transferência
traz â tona conteúdos que, naquela forma, jamais teriam tido condições de se tornarem
inconscientes.

Agora com relação à pessoa que não se fixa na figura do médico, mas acaba se fixando em
si mesma, ocorre aqui que a imagem dos pais permanecem na forma de representações da
fantasia que posseum o mesmo poder de atração e a mesma dependência da transferência.

Aqueles que resistem à catarse ainda estão identificados com os pais, o que lhe confere
autoridade, independência e espírito crítico. São pessoas cultas e diferenciadas que
acabaram não sendo vítmias indefesas da atuação inconsciente da imagem dos pais, mas
se apoderaram dessa atividade através de sua identificação.incosnciente com os pais.
Freud desenvolveu o método interpretativo, pois nessas casos só a confissão não adianta.
Então ele precisava interpretar a transferência, explicar o que estava acontecendo.

Mas essa explicação de Freud é redutiva. Ela é destrutiva, quando exagerada e unilateral.

Mas o grande avanço de Freud foi ele comprovar que a humanidade tem um lado escuro.

O ERRADO É PENSAR QUE O LUMINOSO DEIXA DE EXISTIR QUANDO EXPLICADO O


SEU LADO ESCURO. Freud errou nisso.

Essa forma de pensar introduz um relativismo filosófico, que se mostra ainda na matemática
e na física de Einsten.

Nada mais ineficaz que ideias intelectuais. Mas quando essa ideia é uma realidade
psíquica, ela vai tomando conta sem a menor relação causal história. nessa hora é bom
prestar atenção. Porque as ideias que são realidades psíquicas representam forças
irrefutáveis e inatacáveis, do ponto de vista da lógica e da moral. São mais poderosas do
que o homem e sua cabeça; Ele acha que as produz, mas na verdade ele é apenas uas
porta veoz.

Quando a fixação é explicada, a pessoa desce do pedestal da autoridade ou reconhece que


fazer exigências aos outros é produto de um comodismo infantil de deve ser substituída por
uma maior responsabilidade pessoal.

Aqui a pessoa para de olhar para o paraíso da infância e se coloca para se adaptar ao
mundo normalmente e te rpaciência com a propria insuficência., eliminando ilusões e
emoçoes, virando as coisas para o inconsciente, como se fosse sua fraquza.

As pessoas sem dificuldades na área do ajustamento social e da posição social podem ser
analisadas pelo prisma do prazer com maior probabilidade de acerto, do que as que se
encontram num estágio insuficiente de adaptação, isto é, as que, devido à sua inferioridae
social, têm necessidade de prestígio e poder.

Educação para o ser social >

Adler, ao tratar seus paciente a parti do princípio do poder, parte já do esclarecimento e não
espera demais do insight, mas reconhece que além dele se faz necessária a educação
social. Ele não deixa o doente lá, como uma criança abandonada com o conhecimento de
si, mas tenta torná-lo uma pessoa normalmente ajustada, medianto todos os recursos da
educação.

Adler quase que nega o inconsciente e começa o trabalho a partir de onde Freud nos
deixou. Por que olhar para o que há de ruim no pantanal do inconsciente? Budismo primitivo
desapegou-se de dois milhoes de deuses, assim também a psicologia é obrigada a se
distanciar dessa essência negativa que é o inconsciente freudano.

Pouco importa ter conhecimento das causas dos males, isso não leva a cura
necessariamente.
A árvore só consegue crescer com a ajuda de um bom jardineiro quando ela foi machucada
e ferida.

Há provas contundentes de todas as fases do trabalho: catarse, esclarecimento por Freud,


educação por Adler e todas tem sua verdade. A verdase é tão preciosa que ninguém quer
largar mão dela. E quem ousar duvidar da verdade é inevitavelmente tratado com um sujeito
desleal. É por isso que a discussão sempre vem mesclada de um tom de fanatismo e
intolerância.

Toda vida é história viva.

Todas as 3 etapas não são verdades que se engoliram e se substituíram, mas pelo
contrário, trata-se muito mais de aspectos dos princípios de um mesmo prpblema, sem
íntimas contradições entre si, assim como não há contradição entre a confissão e a
absolvição.

Transformação >

Quando se pergunta: o que a alma deseja além de se tornar um ser ajustado socialmente?

Ser normal é a média, que vale como objetivo para aquele que não consegue se ajustar por
conta de sua neurose.

Agora para pessoas que conseguem alcançar mais sucesso e satisfação, ser normal é algo
insuportável, sem esperança.

Dois tipos de neuróticos: uns que adoecem porque são APENAS normais e outros que
adoecem porque não conseguem tornar-se normais.

As exigências e necessidades do homem não são iguais para todo mundo. O que é para
uns salvação, para outros é prisão.

Há uma ideia de que o homem é um ser gregário, e alguém que fica melhor vivendo de
outra forma, sozinho e antisocial, parece ser algo ruim.

É de desesperar que na psicologia verdadeira não existam normas ou preceitos


universais.

O médico deve se desfazer se deus pressupostos e usá-los apenas como hipótese para
esclarecimento do caso.

Não se trata de ensinar ou convencer, mas mostra como o médico reage ao paciente.

No tratamento, há fatores irracionais que provacam transformações mútuas. Ao final, será


decisiva a personalidade mais forte.
Você tem que ser a pessoa com a qual você quer influir seu paciente.

Psicoterapia e visão de mundo - 1942


É certo que o fisiológico é um dos polos dos fenômenos psíquicos. Mas sabe-se que o fator
perturbador, por exemplo aquele que age num recalque, não é fisiológico, mas psíquico, ou
seja, o fator perturbador é mais complexo, podendo ser uma representação racional, ética,
estética, etc. Estas compõem o outro polo da psique e muitas vezes têm uma energia ainda
maior do que o polo fisiológico.

Problemática dos opostos, é o mais profundamente próprio da psique.

Segundo a teoria, um instinto reconhecido DEVERIA ser sublimado. Mas isso é algo difícil.

Podemos apelar para a razão, mas não podemos nos esquecer que o homem é tão
irracional quanto racional, e que por vezes a razão não basta para que um instinto se
modifique.

O terapeuta precisa ter uma convicção recomendável, defensável e de grande credibilidade,


com provas de eficácia, inclusive pelo fato de ter resolvido ou evitado dissociações
neuróticas em si mesmo.

Um complexo só se torna patológico quando achamos que não o temos.

A filosofia de vida é o polo oposto da psique fisiologicamente condicionada.

Uma convicção pode se tornar uma autoafirmação, uma rigidez, mas uma convicção sólida
é suave e flexível e progride melhor com os erros.

Nós, psicoterapeutas, deveríamos ser médicos e filósofos.

Nossos paciente sofrem da falta de liberdade por conta da neurose. Quando tentamos
adentrar no inconsciente, temos que nos defender da mesma neurose que encontramos lá.

Os distúrbios do paciente podem afetar o terapeuta. Quando a natureza do paciente se


rebela contra a coletividade, então cabe ao terapeuta buscar novas ideias filosóficos-
religiosas correspondentes aos seus estados emocionais.
O terapeuta precisa então questionar a sua próprias convicções.

O instinto sempre se apresenta junto com uma visão de mundo. Ele nos dá o que pensar.
Se não for pensado livremente, se tornará um pensamento compulsório. Nem o instinto nem
o espírito podem se liberar unilateralmente, estão sempre ligados. Mas essa ligação nem
sempre é tranquila, mas doloridade. Por isso a psicoterapia é para ajudar o paciente a ter
paciência em suportar o sofrimento.

O pecado original, a dor e o sofrimento cristão são importantes para a terapia nesse
sentido. Mais do que o fatalismo islâmico.

O trabalho com os pacientes há o lago de excepcional que é os arquétipos que surgem e


que precisam ser visto a partir de um visão pré e extra cristã.

Não podemos fechar os olhos para a realidade de que a neurose não tem existência em si,
mas é a própria psique perturbada pela doença.

O fator fisiológico e o fator espiritual têm que ser considerados em nível de igualdade.

Medicina e psicoterapia

Qual a posição da psicoterapia com relação à medicina?

Com base em neuroses psíquicas, vamos ver as três etapas do procedimento médico, mas
do ponto de vista psicoterapêutico.

Anamnese

Ao contrário da que é feita na medicina, o psicoterapeuta não pode se dar por satisfeito,
pois sabe que o relato pode estar influenciado pelas próprias dificuldades da pessoa. Então
precisa, não só a partir dos seus conhecimentos, mas também de ideias e intuições, fazer
perguntas que talvez não tenham nada a ver com o caso em si apresentado.

A neurose procede da totalidade da pessoa humana.

Quanto mais o terapeuta se impressionar por fatores hereditários eventuais, mais terá a sua
capacidade comprometida.

O diagnóstico para a terapia é irrelevante, porque só levará a um nome mais rebuscado


para a neurose do paciente. E nada vai dizer do prognóstico ou da terapia.
Ao contrário da medicina que dá um determinado tratamento a algum diagnósticos, na
terapia identificar o diagnóstico nada mais significa do que uma necessidade de terapia.

A constatação do terapeuta é de caráter psicológico e não serve para ser comunicada, de


acordo com o tato e com a terapia.

Entender que o paciente é um “filhinho de papai” vai dizer mais sobre o processo de terapia
do que um nome específico como uma fobia, uma histeria, ou etc.

O reconhecimento da doença depende muito mais dos complexos envolvidos do que do


quadro clínico.

O diagnóstico psicológico visa ao diagnóstico dos complexos e à formulação de fatos que


poderiam ficar escondidos atrás de um nome de um quadro clínico. O mal tem que ser
encontrado no complexo, que tem autonomia própria.

O complexo comprova sua existência ao se impor frente à consciência e à vontade.

O conteúdo da neurose vai surgindo ao longo do processo, não aparece a partir de nenhum
exame. Por isso se mostra o paradoxo de que só no final do processo é que pode-se saber
o verdadeiro diagnóstico.

Ao contrário da medicina que durante um diagnóstico de um doença já é possível ver qual


remédio será necessário, na neurose psíquica a única coisa que se pode afirmar é que seu
tratamento é psíquico.

Todo psicoterapeuta não tem seu método, mas ele é o seu próprio método.

As teorias são auxiliares, não podem se tornar artigos de fé. Pois a psique humana não
pode ser apreendida numa teoria, e nem o mundo.

O terapeuta precisa saber que seu objeto não é a neurose, mas uma pessoa doente. Então
do que ela precisa? Diferentes métodos podem servir para diferentes pessoas.

É necessário tratar o homem psíquico inteiro.

A psique simplesmente é o espelho do SER, é o conhecimento dele e tudo se move nela.

A psique contempla a consciência e o inconsciente. Sendo que este não é somente o


depósito de coisas recalcadas, mas sim a fonte de tudo.

E essa ideia não se trata de ideias herdadas, mas de um

APRIORISMO

Uma determinação pré-natal de modos de comportamento e funções.


Presume-se que existam determinadas maneiras de pensar, sentir e imaginar,
comprovadamente iguais no mundo todo, independentemente da tradição ou da cultura.

As neuroses estão ligadas a distúrbios dos instintos. Estes não são impulsos cegos, mas
precisam ter a imagem de ambiente que o favorece em sua expressão para que ele exista.

Assim também as imagens que aparecem nos mitologemas são as que estão mais
intimamente ligada ao impulso dos instintos. Por isso que é necessário compreender isso na
psicoterapia.

Psicoterapia e atualidade

Como olhar para o que está acontecendo no mundo hoje?

Não tem como recortar um fenômeno humano e dizer que somente aquilo faz parte do que
a psicoterapia pode se haver.

Mas há dificuldades.

A ciência não tem limite, ela sempre interfere nas outras áreas da vida.

Por mais que tentemos concentrar-nos no mais pessoal da pessoa, a nossa terapia não
teria sentido sem a pergunta: de que mundo vem o nosso doente, e a que mundo deve ele
ajustar-se?

Sabe-se que a imagem dos pais forma as crianças e ao longo da adaptação ela vai
entrando em embate até que, deixe de se projetar e se volte para a alma da pessoa.

E antes que não tínhamos esse conhecimento moderno, essa transição de criança para
adulto ou para pais era feita através de rituais nos primitivos.

A igreja católica também retém as imagens de pai e mãe por meio do papa e de própria
igreja.

Lembro-as apenas para mostrar que o tratamento da alma, nos tempos que nos
antecederam, visava as mesmas realidades fundamentais da vida humana que a
psicoterapia moderna.

A igreja faz com que a imagem dos pais não se destrua, ou seja, faz como que não seja
possível se livrar dela.
É possível desligar a imagem de pai e mãe dos outros e isso por vezes é um sucesso
terapêutico.

Pode passar para o médico; o que vai acontecer se for trabalhada a quebra dessa ligação
com ele?

Questões básicas da psicoterapia

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