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UNINDO AS TEORIAS DA PSICANÁLISE PARA SER UM TERAPEUTA MAIS

EFICIENTE.

Autor: Diogo Cezar dos Santos Cabral

RESUMO:

O artigo discute a ideia de que seguir uma única linha de terapia pode limitar a
capacidade de um terapeuta de ajudar seus pacientes, uma vez que nenhuma linha
sozinha consegue resolver todas as demandas psicológicas e emocionais dos
pacientes. O artigo argumenta que as várias teorias da psicanálise podem se
interligar entre si para que o psicanalista possa ser mais completo na hora de
analisar seus pacientes na clínica e, mais importante, ajudá-los com a demanda
independente de qual seja ela. O artigo discute algumas teorias importantes da
psicanálise, incluindo a teoria do inconsciente, a teoria da personalidade, a teoria da
relação entre mãe e filho, a teoria da transferência, e como elas se relacionam entre
si para ajudar o paciente. O artigo também argumenta que, embora as teorias de
Jung e Freud sejam diferentes, elas se complementam e se relacionam entre si, e
podem ser usadas juntas na atuação como psicanalista.

Palavras chave: Terapeutas, linha de terapia, psicanálise, inconsciente,


pensamentos, sentimentos, comportamentos, desejos inconscientes, impulsos
reprimidos, comportamentos excessivos, compulsões, irritação, vícios,
personalidade, consciência, autoestima, autoimagem, experiências ruins, primeira
infância, relação entre mãe e filho, Melanie Klein, primeiras experiências,
desenvolvimento da personalidade, relacionamento, transferência, Sigmund Freud,
sentimentos, relações, teorias de Jung e Freud.

Existe uma ideia muito comum entre terapeutas, a ideia de seguir uma linha de
terapia, mas como um terapeuta será realmente bom em ajudar as pessoas, se ele
seguir apenas uma linha, levando em conta que nenhuma linha sozinha consegue
resolver todas as demandas psicológicas e emocionais dos pacientes?

Aqui quero mostrar como as várias teorias da psicanálise podem se interligar entre
elas para que o psicanalista possa ser mais completo na hora de analisar seus
pacientes na clínica e o mais importante ajudá-lo com a demanda independente de
qual seja ela.

Começando com uma das áreas mais importantes da psicanálise, a teoria do


inconsciente. De acordo com esta teoria, a maioria dos nossos pensamentos,
sentimentos e comportamentos são influenciados por nossos desejos inconscientes,
que são desconhecidos para nós. Isso significa que nossas ações e reações podem
ser motivadas por impulsos e desejos que não somos conscientes.

Aqui o psicanalista pode ajudar o paciente a entender os desejos e impulsos


reprimidos que podem estar gerando comportamentos excessivos, como
compulsões, excesso de irritação, vícios entre outros.

Outra área importante da psicanálise é a teoria da personalidade, que se concentra


no estudo dos diferentes aspectos da personalidade, como a consciência, a
autoestima e a autoimagem. A teoria da personalidade também se concentra na
forma como as pessoas lidam com as experiências ruins do passado,
principalmente na primeira infância, e como elas se desenvolvem ao longo da vida.

Em ambiente clínico o psicanalista entendendo da teoria da personalidade terá uma


visão mais profunda do porque o paciente se comporta, as decisões que toma, as
reações sobre si e os outros.

A teoria da relação entre mãe e filho, feita por Melanie Klein, é outra teoria
importante da psicanálise. Ela afirma que a relação entre a mãe e o filho é a base
para todas as relações futuras que a criança terá. Ela também afirma que as
primeiras experiências da criança com a mãe são fundamentais para o
desenvolvimento da sua personalidade e para a sua capacidade de se relacionar
com os outros.

Essa teoria se torna muito útil para descobrir o que faltou durante a convivência com
a mãe nos primeiros anos de vida que podem estar gerando dificuldades no
relacionamento com outras pessoas, como pessoas do trabalho, cônjuge, filhos,
entre outros.
A teoria da transferência, desenvolvida por Sigmund Freud, é outra teoria importante
da psicanálise. Ela afirma que as pessoas tendem a transferir os sentimentos que
têm por outras pessoas, como pais ou amigos, para o terapeuta. Isso significa que
as pessoas podem sentir sentimentos negativos ou positivos pelo terapeuta,
baseando-se nas relações que tiveram com outras pessoas no passado.

O psicanalista tendo este conhecimento consegue perceber não só quando a


transferência está sendo feita para o terapeuta, mas também, quando está sendo
feita para outras pessoas em contextos diferentes.

E por mais que alguns psicanalistas resistam em relacionar as teorias de Jung e


Freud, é possível sim, usar ambas na atuação como psicanalista, pois, embora as
teorias de Jung e Freud sejam diferentes, elas se complementam e se relacionam
entre si.

A teoria de Jung fornece uma compreensão mais ampla e abrangente da forma


como as pessoas se comportam e reagem, enquanto a teoria de Freud fornece uma
compreensão mais profunda e detalhada das motivações por trás do
comportamento.

Juntas, as teorias de Jung e Freud permitem ao psicanalista uma compreensão


mais completa e abrangente do comportamento humano.

Todas estas teorias podem se complementar e se relacionar entre si, permitindo ao


psicanalista uma visão mais completa e abrangente do comportamento humano. Ao
entender as diferentes teorias da psicanálise, o psicanalista pode ajudar melhor
seus pacientes a compreender e lidar com os seus problemas, para alcançar um
maior equilíbrio psicológico e emocional.

Com isso defendo que todo psicanalista deve priorizar o resultado final da terapia,
deixando de lado a ideia de defender uma linha, mas sim, se comprometer com o
paciente que procurou ajuda e usar todas as “ferramentas” necessárias para ajudar
na melhora daqueles que confiaram sua saúde mental a eles.
Referências:

"Freud e o Inconsciente" Livro por Luiz Alfredo Garcia Roza.

"Amor, Culpa e Reparação e Outras Obras, 1921-1945" de Melanie Klein

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