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Terapia

Existencial e Humanista
Terapia EXISTENCIAL e
HUMANISTA,
o que isso significa?
Bases filosóficas
e suas influências
oExistencialismo:
-“A existência precede a essência” (Sartre).
-Importância da responsabilidade pelo que o homem fizer de
si.
-ser-no-mundo; homem-em-relação

oHumanismo:
-Homem como centro;
-Potenciais e limites; lidar com o positivo (saudável);
Bases filosóficas
e suas influências
oFenomenologia :
-Fenômeno: aquilo que aparece
-O que? Como?
-Valorização da vivência imediata
-Descrição subjetiva (primeira pessoa/tempo presente)
Uma pequena introdução...

E quando o cliente chega na sessão?


oComo ele está vivenciando o “problema” que o trouxe para a
terapia?
oUm olhar para experiências anteriores (a partir do agora)
oProcesso de redescobrir o presente/ ressignificar a vida
Diferenciações importantes

Psicanálise Correntes Humanistas Behaviorismo

Freud Perls/ Rogers/Maslow... Skinner, Pavlov, Wundt

Por que? O que? Como? Qual comportamento deve ser


modificado?

Associação livre Método fenomenológico Estímulo-Resposta

Passado Presente (Aqui-e-Agora) Presente x Previsão / mudança


comportamental

Interpretação Investigação Preocupação com a validade


científica

Fala livre Valorização de uma relação terapêutica Mudança concreta


horizontalizada (comportamento)
Palavras-chave

RESPONSABILIDADE E ESCOLHA

O cliente precisa ser autor da sua história, e se responsabilizar


pelas escolhas que faz na vida.
Objetivo

O objetivo da psicoterapia é (...) ampliar a visão perceptiva


do paciente para que ele possa ter uma concepção de
mundo mais abrangente e repleta de possibilidades
( ANGERAMI-CAMON, 2015).
Um panorama sobre a terapia:

oProposta da terapia: fomentar o crescimento, a liberdade,


a autodeterminação e a autorrealização do cliente

oFocaliza mais o processo do que o conteúdo

oDiálogo como base do processo terapêutico

oPresença ativa do terapeuta


Resumo

oÊnfase na experiência;

oBusca a conscientização

oValoriza o potencial humano ao mesmo tempo que


responsabiliza;

“o objetivo é tornar os clientes conscientes (aware) do que estão


fazendo, como estão fazendo, como podem transformar-se e, ao
mesmo tempo, aprender a aceitar-se e valorizar-se” (PERLS,1977).
Maslow e a Hierarquia de
necessidades
Maslow

• O homem é um ser indigente - afirma Maslow. - Mal uma


das suas necessidades é satisfeita, aparece outra no seu
lugar.
• Este processo é interminável. Dura desde o nascimento até
à morte.
• Descobre que as necessidades humanas estão organizadas
numa série de níveis, segundo uma hierarquia de
importância.
Maslow

• As necessidades de autorrealização são as de dar vida às


nossas potencialidades, de nos desenvolvermos ou
aperfeiçoarmo-nos continuamente, de sermos criativos, de
realizarmos um projeto pessoal de vida, de realizar aquilo
que de melhor há em nós.
As necessidades de nível mais
baixo devem ser satisfeitas antes
das necessidades de nível mais
alto.
Rogers e ACP
ROGERS - ACP
• Paciente -> Cliente
• Ideia de atividade do cliente
• Terapia Centrada no Cliente (ou na pessoa)
• Rejeitou a ideia de uma neurose básica
• Aposta na personalidade humana como tendente à
saúde
• Psicoterapia: um trabalho de cooperação entre
psicólogo e cliente, cujo objetivo é a liberação desse
núcleo da personalidade, obtendo-se com isso a
descoberta ou redescoberta da auto-estima, da auto-
confiança e do amadurecimento emocional.
Tendência Atualizante...

• Esse é o postulado básico da ACP;

• Seria uma tendência para a manutenção,


crescimento e reprodução do organismo.
• Também é uma abertura para o novo, para a
criatividade.
• Parte daí a crença de que é o próprio cliente
quem vai encontrara a saída para os seus
problemas, desde que lhe sejam dadas as
condições básicas para que estes problemas
sejam superadas.
Tendência Atualizante...

• Esta tendência atualizante pode,


eventualmente, segundo Rogers "ser frustrada
ou desvirtuada, mas não pode ser destruída
sem que se destrua o organismo".
• O comportamento neurótico, segundo Rogers
"é o produto dessa dissociação dessa
tendência à realização".
• Fácil adaptação, por ser aberta a novas
Experiências: uma característica patente
numa pessoa psicologicamente saudável.
A pessoa em
funcionamento pleno...

Esta pessoa teria algumas características básicas, tais como:


maior abertura para o novo, percepção de si, não como uma
estrutura rígida e imutável, mas como um ser humano pleno de
possibilidades e que pode se reconhecer em sua experiência,
porque ele "é" a sua experiência.
A pessoa em
funcionamento pleno...

Para Rogers o cliente: "descobre-se a experimentar [...]


sentimentos de modo amplo, completo, no relacionamento, de
modo que, em um dado instante, ele "é" o seu medo, a sua ira,
a sua ternura, a sua força. E quando vive estes sentimentos
amplamente diversos, em todos os graus de intensidade,
descobre que teve uma experiência de si próprio, que ele é
tudo o que sente".
Relação terapeuta x cliente

Três condições básicas:

✓Consideração positiva incondicional;


✓Empatia
✓Congruência
Relação terapeuta x cliente

1) Consideração positiva incondicional (ou aceitação incondicional)


- aceitar o outro como este é, em seus defeitos, angústias, etc. É
receber a aceitar a pessoa como ela é e expressar um afeto positivo
por ela, simplesmente por que ela existe, não sendo necessário
que ela faça ou seja isto ou aquilo.
Relação terapeuta x cliente

2) Empatia - capacidade de sentir o que o outro quer dizer, e de


entender seu sentimento. Consiste na capacidade de se colocar
no lugar do cliente, ver o mundo pelos olhos deles e sentir como
ele sente, comunicando tal situação para ele, que receberá esta
manifestação como uma profunda e reconfortante experiência de
estar sendo compreendido, não julgado.
Relação terapeuta x cliente

3) Congruência - ser o que se sente, sem mentir para si e para os


outros. Condição que permitirá ao profissional, embora nutrindo
um afeto positivo e incondicional por seu cliente e tendo a
capacidade de “estar no lugar” dele, a habilidade de expressar de
modo objetivo seus sentimentos e percepções, de modo a permitir
ao cliente as experiências de reflexão e conclusão sobre si mesmo.
Perls e Gestalt-terapia
PERLS

•Enfatiza realmente a experiência direta, não apenas de forma


conceitual.

•É integralmente ontológica, pois reconhece tanto a atividade


conceitual quanto a formação biológica de Gestalten (dar forma,
dar uma estrutura significante). É, portanto, autossustentada e
realmente experiencial.

•Objetivo do terapeuta: é ampliar o potencial humano através do


processo de integração do indivíduo consigo mesmo, com seus
interesses.
PERLS

•Acredita que quando o indivíduo tenta viver de acordo com ideias


pré-concebidas de como o mundo “deveria” ser, ele se afasta de
seus próprios sentimentos e necessidades. O resultado desta
alienação dos sentidos é o bloqueio de seu potencial e a distorção
de sua perspectiva.
PERLS

• Respondendo a “deverias”, o indivíduo atua num papel que não é


apoiado pelas suas necessidades genuínas. Evita encarar suas
limitações e desempenha papéis sem base no seu potencial.
PERLS

•Gestalt = Boa forma; estrutura;

•Influência da Psicologia da Gestalt-> Percepção


(o todo e parte; figura e fundo; figura e fundo; aqui-e-agora;)

• Noção de organismo como sendo um todo ...


noção de autorregulação organísmica- capacidade do individuo de
regular-se.
PERLS

Ribeiro afirma que; “[...] é pelo contato com o outro que me


percebo como existente” (2007b, p. 11), isso significa que a terapia
do contato está presente nas relações intra e interpessoais dos
indivíduos enquanto seres existenciais.
PERLS
PERLS
1. A awareness é eficaz somente quando tem base na energia
(necessidade) dominante atual do organismo, isto é, só estaremos de fato
conscientes (termos conscientização) do que se passa conosco se formos
realmente capazes de nos colocarmos em contato direto com o que está
acontecendo aqui e agora;
2. A awareness não se completa sem o conhecimento direto da realidade
da situação, novamente a conscientização; como a qualidade do contato
no aqui e agora e de como se está na situação. É fundamental que este
processo seja sucedido pela aceitação de si e da escolha e
responsabilidades posteriores;
3. A awareness está sempre mudando evoluindo e transcendendo.
Referências:

• ERTHAL, T. C. Psicoterapia Vivencial: uma abordagem existencial em


psicoterapia. São Paulo: Livro Pleno, 2004.

• MASLOW, A. Introdução à Psicologia do Ser. Rio de Janeiro: Eldorado, 1988.

• PERLS, F. A. Abordagem Gestáltica e testemunha ocular da terapia. São


Paulo: LTC, 1988.

• ANGERAMI-CAMON, V. Psicoterapia existencial. São Paulo: Thomson


Pioneira.

• SARTRE. J.P. O Existencialismo é um humanismo. São Paulo: Abril, 1973.

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