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A Dinâmica da Transferência

In: FREUD, S. Obras Completas, v. 10: A


Dinâmica da Transferência (1912). trad.
Paulo César de Souza, 1ª ed. São Paulo:
Cia das Letras, 2010. p. 133 – 146.
• A condução da vida erótica (condições para enamorar-se) de
cada indivíduo, ocorre por meio da ação combinada de sua
disposição inata e das influências sofridas durante os
primeiros anos.

• As condições que estabelece para o amor, os instintos que se


satisfaz e nos objetivos que determina para si: Clichê
estereotípico que é constantemente repetido (reimpresso), no
decorrer da vida, na medida que as circunstâncias externas e
a natureza dos objetos permitam.
• Somente uma parte desses impulsos que determina a vida amorosa
perfaz o desenvolvimento psíquico; estando à disposição da
personalidade consciente, fazendo parte da realidade.

• Outra parte desses impulsos libidinais, foi retida no curso de


desenvolvimento e permanece na fantasia ou no inconsciente.

• Se a necessidade de amar não é inteiramente satisfeita a pessoa


está fadada a aproximar-se de cada nova pessoa que encontre com
ideias libidinais antecipadas e, a libido será formada pelas partes
conscientes e inconscientes.
• É Perfeitamente normal que o investimento libidinal de uma pessoa
parcialmente insatisfeito, esperançosamente em prontidão, dirija-se
também para a figura do médico. Este será incluído na séries
psíquicas que o paciente formou (imagos paterna, materna e
fraterna).

• As questões acerca disso são:

1 – Por que a transferência é mais intensa em indivíduos neuróticos


em análise?

2 – Por que na análise a transferência surge como uma resistência?


1 – Por que a transferência é mais intensa em indivíduos
neuróticos em análise?

• Na verdade as características da transferência não


devem ser atribuídas à psicanálise e, sim à própria
neurose.
2 – Por que na análise a transferência surge como uma
resistência?

• A parte da libido que se acha dirigida para a realidade é


diminuída e a parte inconsciente se vê aumentada. Como a
libido regrediu e passou a reviver as imagos infantis, o
tratamento analítico procura torná-la acessível à consciência e
útil à realidade.

• O que faz a libido regredir, entra em resistência (para manter


as coisas como são).
• Quando algo serve para ser transferido para o
terapeuta, essa transferência é realizada,
produz a associação seguinte e se anuncia por
resistências.
• Se vencida esta resistência, a superação de
outras partes do conflito não apresenta
dificuldades.
• Porém é fundamental distinguirmos os tipos de
transferência, positiva e negativa.
• Transferência Positiva:
Sentimentos amigáveis capazes de consciência e
prolongamentos no inconsciente (estas com fontes
eróticas).
São todos vinculados aos desejos puramente
sexuais, e não sensuais.
Pessoas que são admiradas ou respeitadas, podem
ainda ser objetos sexuais para nosso inconsciente.
• Transferência Negativa:
São as pulsões agressivas, como inveja, ciúme, rivalidade,
voracidade, ambição desmedida,, algumas forma de
destrutividade etc.

• Transferência como resistência: se negativa ou se positiva


com impulsos eróticos.

• Se a transferência é abolida, tornando-se consciente, a


desligamos da pessoa do médico e com isso, obtém-se o
sucesso da análise.
CONTRATRANSFERÊNCIA
• Freud (1910) – resistência inconsciente do analista como
sendo um obstáculo que o impediria de ajudar o seu paciente.
• Haveria a necessidade do terapeuta ter uma distância afetiva
do paciente e, ao mesmo tempo, ser sensível ao paciente.
• Freud – sentimentos que surgem no inconsciente do
terapeuta como influência dos sentimentos inconscientes do
paciente, e a necessidade do terapeuta superar essas
necessidades.
• Recomendações de Freud – análise pessoal do terapeuta.

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