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Manipulação neurótica – por falta de auto apoio a pessoa se torna dependente dos
outros. Responsabiliza os outros pela resolução de questões suas.
Ex: Um cadeirante está dentro de casa, com vontade de ir ao quintal tomar um sol. Se a
pessoa toca sua cadeira até o quintal, ou se pede diretamente que alguém o leve até o
quintal, está usando de auto apoio. Já se fica utilizando de chantagem emocional,
falando que lá fora deve estar mais agradável, mas não pede diretamente para ser levado
para fora está manipulando de forma neurótica. Além disso, o manipulador se ressente
se os outros não adivinham o que ele queria pedir e não pediu.
O conceito de interpretação no texto de Perls é de uma técnica psicoterápica que o
terapeuta da o significado de algo para o cliente. Há dois problemas: cria a possibilidade
de dependência
Catarse é uma explosão de energia. Ex: a pessoa perdeu o pai quando era
criança, ela nunca tinha se debruçado sobre sofrer pelo pai, quando vai a terapia
começa a chorar muito; houve explosão intensa de sentimentos. A catarse pode
provocar aumento do desequilíbrio e pode provocar também aumento da
vivacidade se for bem lidada.
Resistencia: Alguém que resiste é alguém que está dividido em duas partes
distintas
4 fases do contato
Pré-contrato: a pessoa identificar suas próprias necessidades
Contato final: última ação realizada
Pós-contato: a figura central do meu interesse muda
Ciclo de contato: Relações que estabelecemos com o meio através da figura / fundo.
O que determina o que é figura e o que é fundo, depende do meu interesse.
Pré-contato saudável: Identificação da necessidade; Identificação no ambiente
do que pode suprir.
Contato propriamente dito: Ação real no mundo. Ex; pode ser tomar água/
Responder alguém.
Pós-contato: A figura deixa de ser figura e volta a ser fundo e aí outra figura
acontece.
Patologia do contato: figura obscura, figura fugidia, apatia e figura rígida.
Patologia:
Figura obscura: aparece com problema no pré-contato. São 2 formas: 1º não
consigo identificar o que supre a necessidade; 2º não consigo identificar a
própria necessidade.
Apatia: apesar da pessoa identificar a necessidade e supri-la ela fica paralisada.
Figura fugidia: figura que foge antes de concentrar esforços para supri-la.
Deixa de ser figura permanente.
Figura rígida: algo continua sendo figura mesmo quando já fiz ação concreta
para supri-la ela não vai para o fundo.
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Posturas, procedimentos e técnicas terapêuticas
Posturas são modos de agir constantes durante a psicoterapia, modos de agir que a
psicoterapia deve manter durante todas sessões.
Ex: -Aceitação incondicional, genuinidade, empatia;
-Hermenêutica compreensiva (significa que o terapeuta vai estar atendo aos sentidos e
aos significados daquilo que o terapeutizando faz e fala- o terapeuta não interpreta e não
diz o significado daquilo que o cliente fez, ele próprio deve encontrar);
-Avaliações múltiplas (reações corporais, sentimentos, possíveis resultados, adequação
ao projeto de vida e aos valores);
-Focalização (inclui polaridades; aprofundar em todas questões).
Técnicas são intervenções especificas que acontecem numa temporalidade mais curta.
Ex: -Perguntas auto apoiadoras (texto de Perls)
-Devolução da pergunta (existem a maneira direta e a indireta- essa técnica tem uma
singularidade na fenom. pois pede-se que o terapeuta seja genuíno, mas ele não deve
responder perguntas manipulativas ou afirmativas disfarçadas).
-Espelhamento verbal (o terapeuta repete para o cliente o que foi dito, sem acrescentar
nada. Ao ouvir o que ele mesmo falou o cliente pode reformular a frase e etc.)
-Espelhamento corporal (o terapeuta imita o gesto que a pessoa fez)
-Feedback corporal (o terapeuta descreve para a pessoa o que você percebeu no corpo
do cliente)
-Listagem de pontos positivos e negativos (ex: pedir o cliente para fazer uma lista de
coisas sobre a questão que ele trouxer; os pontos positivos e negativos andam juntos)
-Listagem das mudanças (muito usada em terapia de casal e terapia de família; pode ser
usada quando tem um conflito- pede-se a pessoa para escrever sobre o que ela queria
que o outro mudasse em ordem de importância e também o que ela acha que o outro
quer que ela mude)
-Listagem das características (listagem de coisas imprescindíveis, importantes,
interessantes, desinteressantes, insuportáveis em uma situação)
-Cadeira vazia (serve para você abordar divisões externas e situações mal resolvidas
internamente)
-Imaginação de vivência (pedir para que o cliente imagine a situação da cadeira vazia,
pode ajudar a pessoa a fazer escolhas futuras)
-Corporificação de metáforas (o terapeuta pega algo que foi dito de forma metafórica e
transforma aquilo em uma atuação completa; ex: pedir a pessoa para levantar e colocar
uma mochila pesada nas costas após ela mencionar que carrega a família nas costas) é
uma técnica confrontativa.
-Ampliação (você pega o que a pessoa te disse e exagera aquilo até ficar estereotipado)
Em fenom. acredita-se que o que promove a cura são as posturas e não as técnicas.
Técnica serve apenas para aumentar a velocidade do processo, isso significa que a
pessoa pode ser um ótimo terapeuta sem domínio técnico, mas não pode ser um ótimo
terapeuta se não mantiver as posturas adequadas. Uma pessoa que consegue manter os 4
tipos de posturas será um bom terapeuta, quer ele tenha domínio técnico ou não. Quanto
mais o terapeutizando estiver fragilizado, mais o terapeuta deve usar técnicas
acolhedoras.
Em fenom. os movimentos corporais não tem significados fixos para todas as pessoas
em todos os momentos.
As listagens trabalham técnicas mais especificas de avaliar, que é o modo cognitivo-
puxam mais pelo pensamento, raciocínio. São técnicas mais na direção do acolhimento.
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JUNG
Psiquiatra suíço; nasceu em uma família muito religiosa, o seu contato precoce com a
religião tem influencia em sua teoria- ele é considerado um dos dois precursores da
psicologia da religião. Trabalhou com esquizofrênicos em hospitais psiquiátricos; nesse
trabalho percebeu que muito dos delírios e alucinações pareciam com mitos. Jung foi
por anos discípulo de Freud; as divergências teóricas entre os dois e Jung foi expulso da
psicanalise e abriu sua própria escola de pensamento. A primeira divergência entre eles
foi o conceito de libido:
para Freud libido é uma energia sexual, para Jung é uma energia orgânica
para Freud a estrutura da personalidade se constrói ate o final do Édipo,
enquanto para Jung a personalidade vai se modificando até o final da vida
a importância que Jung dava para religião e Freud dava importância negativa
para tal
Princípios básicos da teoria:
homeostase (equilíbrio): o ser humano tende a saúde. Essa homeostase é
concebida através do segundo princípio, que diz da compensação entre o ego e
os inconscientes. Para Jung sempre que um conteúdo estiver exagerado no ego,
o oposto desse conteúdo vai se fortalecer nos ics, os ics passam então a mandar
recados equilibratórios para o ego. Precisamos entender os recados do ego- ics
para caminharmos no sentido da saúde.
Estrutura psíquica:
sua teoria tem aspectos fenom. (tendência a saúde) e psicodinâmicos
(formulação da estrutura psíquica- composta pelo ego, o ics individual e o ics
coletivo)
O ego para Jung parece muito com o ego Freudiano, é a parte mais volitiva,
mais consciente, que faz escolhas. A única diferença entre eles é que para Jung
existe o primado da consciência -> o ego tem capacidade de barrar parcialmente
e modificar o que vem dos ics.
O ics. Individual é marcado pelo deposito de todas experiencias que
aconteceram com o indivíduo. É onde existem os complexos (é uma ideia
carregada de energia; se forma quando a pessoa vive um fenômeno que é tão
energético, que é tão forte que esse não consegue ser metabolizado pelo
organismo; essas experiencias não metabolizadas se transformam no complexo).
O complexo funciona como um imã, puxando para si todas experiencias
parecidas.
O ics. Coletivo é tb formado pelo deposito de todas as experiencias que
aconteceram com todos os seres humanos. Quanto mais a experiencia se repete
com mais pessoas, quando mais universal é a experiencia, mais forte fica a
marca da experiencia no ics. Coletivo. Essas marcas fortes deixadas por
experiencias universais formam os arquétipos (imagem em movimento
carregada de energia). Quando o ego é invadido por um arquétipo, ou é
influenciado por um arquétipo, a tendência do ego é funcionar de forma típica, é
repetir aquele funcionamento arquetípico. Isso pode trazer tanto saúde quanto
doença. Ex: devido na pré-história a noite ser ligada ao perigo, durante anos o
medo da escuridão se prevaleceu, formando um arquétipo. Uma criança criada
em um apartamento tem medo do escuro, se os pais falam que há um monstro
no escuro será uma experiencia ics. Individual, porem há crianças que
desenvolvem o medo pelo escuro sem que os pais falem algo, devido ao
arquétipo do ics. Coletivo. Pais que incentivem o arquétipo podem influenciar o
filho no sentido da doença.
Jung chama essa energia arquetípica de numem. O ics. Coletivo está em constante
mudança; foi construído na pré-história, porque 90% da vida se deu nessa época, por
isso a formação do ics. Coletivo é derivado dessa época.
Um arquétipo se faz presente na consciência quando existe uma experiencia ambiental
que chama por ele, ou seja, eles vão sendo ativados. Quando as imagens arquetípicas
chegam ao ego, eu tenho uma tendência a repetir comportamentos e emoções ligados
aquele arquétipo. É por meio dos mitos, religiões, delírios e alucinações e os sonhos que
os arquétipos se mostram.
Na teoria Junguiana há alguns arquétipos que são mais comuns:
Arquétipos familiares:
Arquétipo da adaptação social (persona): a experiencia de ter que se adaptar em
um grupo é universal, sempre que uma pessoa tem que se adaptar a um grupo ela
tem uma tendência de agir e sentir de uma determinada forma.
Arquétipo da sombra: tem a ver com a conceituação da projeção de sombra.
Arquétipos contrasexuais: dizem respeito ao oposto do sexo oposto das pessoas.
As mulheres tem ânimos (homem interior) e os homens tem animas (mulher
interior). Para uma pessoa ser saudável, a pessoa tem q desenvolver tanto as suas
características femininas, quanto masculina. Ele divide o que é masculino e o
que é feminino por meio de duas fontes: o tauismo (religião/filosofia oriental-
yin yang; aspectos masculinos e femininos) e as vivencias pré-históricas dos
grupos humanos