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Desconcentração – característica neurótica onde a pessoa não consegue focalizar sua

atenção no momento presente, gerando um gasto supérfluo de energia com o passado ou


futuro. Ex: Pessoa gasta tempo sofrendo com a morte futura dos pais e não concentra
em se relacionar bem com eles hoje, não liga pra eles e nem os visita.

Auto apoio – ligado à saúde. A pessoa utiliza suas capacidades e habilidades na


consecução de seus objetivos.

Manipulação neurótica – por falta de auto apoio a pessoa se torna dependente dos
outros. Responsabiliza os outros pela resolução de questões suas.
Ex: Um cadeirante está dentro de casa, com vontade de ir ao quintal tomar um sol. Se a
pessoa toca sua cadeira até o quintal, ou se pede diretamente que alguém o leve até o
quintal, está usando de auto apoio. Já se fica utilizando de chantagem emocional,
falando que lá fora deve estar mais agradável, mas não pede diretamente para ser levado
para fora está manipulando de forma neurótica. Além disso, o manipulador se ressente
se os outros não adivinham o que ele queria pedir e não pediu.
O conceito de interpretação no texto de Perls é de uma técnica psicoterápica que o
terapeuta da o significado de algo para o cliente. Há dois problemas: cria a possibilidade
de dependência

O método fenom. Foi criado por Russel


Pressupostos básicos:
É impossível a qualquer ser humano ou qualquer teoria abarcar toda realidade, qualquer
teoria é uma verdade parcial. Essa parcialidade da teoria faz com que seja possível para
um mesmo objeto de conhecimento duas teorias diferentes, falarem coisas diferentes e
ambas estarem corretas.
O que vai determinar o que o ser humano vai pegar da realidade dele é a cultura, as
próprias características desse sujeito e o método q ele utiliza para chegar ao
conhecimento.
A fenom. é uma forma rigorosa de conhecermos a realidade, essa forma rigorosa se
difere de uma forma neutra de conhecer a realidade.
-Não há neutralidade cientifica, sempre vai interferir na realidade que ele está intervindo
e ele vai interferir de forma posicionada. Dizer que a ciência é posicionada significa
dizer que o lugar que eu ocupo no mundo geograficamente, minhas características
identitárias, o tempo histórico que eu ocupo, todas as minhas caract. Interferem naquilo
que eu produzo, na forma que eu me coloco no mundo. Em termos da psicologia clinica
significa que posso me posicionar sendo genuíno (sempre falar algo verdadeiro sobre
meu próprio respeito)
O método fenom. é uma filosofia epistemológica. Ele possui 3 etapas (3 reduções):
1) Redução fenom. ou époque: suspensão de juízo de valor. Meus valores não
valem para nenhuma pessoa, a não ser eu mesmo. Eu não posso querer que meu
terapeutizando não haja no mundo de acordo com meus valores. Para ser
saudável o cliente deve agir de acordo com seus próprios valores. Na pesquisa
fenom. o époque acontece quando o pesquisador da voz aquilo que seu
interlocutor lhe diz, parte do que a pessoa diz.
2) Redução eidética: a essência do fenômeno é encontrada através da descrição
detalhada. Em fenom. buscamos a essência do fenom. não na coisa, a essência
do fenom. se centra na relação do ser q conhece do que é conhecido. É nessa
descrição que a essência do fenômeno vai ficar clara. Em termos de pesquisa eu
vou descrever o que é observável.
3) Redução transcendental: atentos aos conteúdos da consciência (emoções,
memorias, pensamentos...). Em uma pesquisa procura-se saber o que se passa na
consciência do sujeito, sem colocar meu julgamento. Na clínica também
procura-se saber o que se passa no mundo interno do cliente. É importante uma
diferenciação quanto aos conteúdos, podendo nomear os acontecimentos. Ela dá
mais importância para os padrões do que para os fenômenos. Algo que se repete
é mais relevante do que algo que acontece apenas uma vez, fenômenos mais
intensos são mais importantes do que os menos intensos. Podemos contar nossas
experiencias e nossos conteúdos da consciência para o cliente.

Congruência: ser congruente coloca o sujeito na direção da saúde. Se divide em 2:


 Abordagem centrada na pessoa: o seu pensamento, sentimento, comunicação e
ação precisa estar todos na mesma direção. Se a pessoa está na direção oposta
ela está incongruente. Ex: uma pessoa que está num relacionamento tóxico e tem
dificuldades de terminar porque tem sentimentos e pensamentos pela pessoa,
nesse sentido, o seu sentimento e pensamento são incongruentes. Na clínica,
sempre que há incongruência o terapeuta pode descrever a situação para o
cliente “fulana, vc percebe que seus pensamentos e sentimentos estão em
direções opostas? Como vc lida com isso?”. Parte do pressuposto que o
organismo humano necessita estar completamente integrado e essa integração é
avaliada pelo pensamento, sentimento e etc. na mesma direção.

 Gestalt: acredita-se que o ser humano é uma composição, ou seja, copulação de


eus. É como se existissem varias pessoas diferentes no mesmo organismo. Logo,
seguindo o mesmo exemplo anterior, pode ser que uma parte da pessoa avalia o
namoro como toxico e outra parte ame o namorado. Só será incongruência se a
pessoa frente a essa divisão interna não fazer uma escolha saudável. Nesse
exemplo, se a mulher consegue terminar o namoro ou escolher continuar
namorando sem ansiedade, sem culpa e intuindo as possíveis consequências ela
está sendo congruente. Na clínica, sempre que o terapeuta percebe uma divisão
interna ele tem que dar voz a todos os sujeitos internos; o papel do terapeuta é ir
mudando a pessoa de lugar a cada argumento apresentado; essa técnica acaba
quando a pessoa toma uma decisão ou quando naquela sessão o assunto se
esgota. Não é papel do terapeuta escolher pelo outro, nem pressionar o cliente
frente a uma escolha e nem silenciar uma das polaridades dessa pessoa.
 Polaridade é um tipo especifico de composição, é uma composição pelo oposto,
partes opostas que formam o sujeito; geralmente tem uma parte dominante. Ex:
uma pessoa se construiu para ser uma mulher doce, então o que ela mostra é uma
polaridade de não agressiva. Ser agressiva é uma polaridade não trabalhada dela.
Essas polaridades não trabalhadas podem ser projetadas no outro.

 Catarse é uma explosão de energia. Ex: a pessoa perdeu o pai quando era
criança, ela nunca tinha se debruçado sobre sofrer pelo pai, quando vai a terapia
começa a chorar muito; houve explosão intensa de sentimentos. A catarse pode
provocar aumento do desequilíbrio e pode provocar também aumento da
vivacidade se for bem lidada.
 Resistencia: Alguém que resiste é alguém que está dividido em duas partes
distintas

Em todo fenômeno humano existem aspectos hiléticos e noéticos.


Hiléticos: esferas biológicas e psíquicas do ser humano
Noética: esferas cultural e espiritual
Uma pessoa com fome abre a geladeira, por meio da visão ela enxerga o que está lá
dentro. O ato sensorial de enxergar é hilético. Ao avaliar se irá comer um bolo de
chocolate que está na geladeira, esse processo avaliativo é noético. Após ter avaliado, a
pessoa pode escolher ter uma ação concreta e partir uma fatia e comer, essa escolha
também é noética. Na nossa cultura bolo de chocolate é considerado uma coisa gostosa,
logo essa questão cultural precisa ser levada em conta e é noética.
Para o terapeuta entender os aspectos do cliente ele deve levar em conta os aspectos
hiléticos e noéticos dos fenômenos que acontecem dentro do processo terapêutico e das
questões relatadas pelo terapeutizando. Quando o terapeuta pergunta como a pessoa está
sentindo após contar certa coisa, como o corpo dela está se sentindo e como ela se
sentiu na situação contada, ele está mirando na questão hilética. Quando se pergunta o
significado daquele ato, da importância daquele acontecimento, quando pergunta o que
mudou na vida da pessoa após o acontecimento ele está mirando na questão noetica. As
descrições físicas e emocionais são hileticas, os significados, os sentidos são sempre
noeticas. Um bom entendimento fenomenológico tem que passar pela compreensão da
hiletica e da noetica.
Psicologia fenom. da religião: 3 fenômenos religiosos vivenciados pelo ser humano
(maravilhamento, redenção e fé).
 Maravilhamento é uma reação emocional e corporal forte a respeito de algo,
junto com uma avaliação de que aquilo tem uma importância. Ex: um homem foi
até o vaticano e chegando lá ficou 5 min paralisado olhando o lugar, aquela
vivencia causou nele um forte impacto emocional e corporal. Tem como base a
hilética.
 Redenção implica necessariamente na mudança das ações concretas do mundo, a
pessoa deixa de agir de uma forma e começa agir de outra. Ex: uma pessoa
alcoólatra ao se converter para de beber. Essa mudança de comportamento de
parar de beber for para pessoa um aspecto de ganho de saúde para ela própria é
um exemplo de redenção.
 Fé é uma crença que não está ligada diretamente aos acontecimentos concretos,
a fé não pode depender do resultado. Ex: Uma pessoa com câncer está em
tratamento médico e decide fazer uma novena, se a fé da pessoa só vai se manter
se ela for curada, isso para fenom. não é fé verdadeira, é considerado uma
barganha religiosa. Para ser fé de verdade, a pessoa mesmo não sendo curada,
deve perceber que Deus fez o que era melhor para ela.

Figura fundo: é importado da fenom. vindo de uma teoria experimental. Refere-se a


maneira como observamos o mundo, a figura é a parte do ambiente interno e externo
Percepção integrada: surgiu na psicologia da Gestalt. Diz que não percebemos os
objetos de forma separada, a percepção do objeto se da dentro de um ambiente
externo e interno

Patologia: ao contrário do que acontece no senso comum, para fenom. patologia e


saúde são um contínuo e não duas coisas separadas. Isso significa que o funcionamento
de uma pessoa saudável e o funcionamento de uma pessoa doente é diferente em:
intensidade e frequência, mas não é um modo completamente diferente de funcionar.
Ninguém é 100% saudável nem 100% doente, o que é denominado como doente,
neurótico, é uma forma de funcionar, essa forma de funcionar é variável. Mudanças
ambientais, mudanças internas, podem modificar nossa forma de estar no mundo, isso
significa dizer que a patologia é um processo e não uma estrutura. É um processo por
ser fluida, devido a sua capacidade de mudança ao longo do tempo, essa mudança pode
ser na direção da piora ou da melhora, isso vale para todas as pessoas. Como doença e
saúde são contínuo temos que voltar na ontologia (noção de ser humano de determinada
teoria), no texto sobre psicose na Gestalt nos é apresentado o conceito de self (si
mesmo) e este é juntado com outros dois conceitos ontológicos: dasein (o ser humano é
um processo e o foco é na relação) e organismo (um ser humano é complexo). O self vai
dizer tanto da sua auto imagem quanto da sua ação no mundo e assim como acontece no
dasein, o self acontece no contanto. Todos nós somos dentro do ambiente no qual
estamos inseridos, logo somos influenciados pelo o que acontece dentro e o que
acontece fora e prioritariamente do contato entre o dentro e o fora. Neste texto (quest. 5)
apresenta duas nomenclaturas para doença: neurose e psicose, tanto a neurose quanto a
psicose têm a ver com o funcionamento do ser humano, com o self. Cada autor usa uma
definição diferente para doença. No texto saudável é a pessoa que consegue utilizar
ajustamentos criativos, esse ajustamento depende do ambiente externo e interno.
Quando o ajustamento criativo age de forma pior, nós entramos no mundo da doença,
quanto pior está funcionando mais doente a pessoa está. Na neurose o ajustamento
criativo é pior que em uma pessoa saudável, na psicose é pior que na neurose. O self é
dividido em 3 funcionamentos diferentes: id (diz da parte hilética dos fenômenos,
sensação corporal, desejos, da parte nossa que temos menos controle- sensação de tudo
que está no ambiente, exceto o que estamos prestando atenção no momento), ego (todas
nossas ações, incluindo pensamentos deliberados, inclui também a percepção sensorial
do que estamos prestando atenção no momento) e a personalidade (diz sobre nossa auto
imagem, da forma como nós nos percebemos, está o tempo inteiro fluindo e mudando).
Para o autor a psicose é um mau funcionamento do id de si mesmo; como o id está
comprometido o psicótico não lida bem com suas emoções, com as reações corporais. Já
o neurótico tem problema na função ego e na função personalidade. O psicótico está
mais comprometido que o neurótico.

4 fases do contato
Pré-contrato: a pessoa identificar suas próprias necessidades
Contato final: última ação realizada
Pós-contato: a figura central do meu interesse muda

Importado para fenomenologia experimental


Psicologia da Gestalt – percepção integrada, vai dizer que não percebemos o objeto de
forma separada. Inclui sempre o ambiente interno e externo. É o contexto todo mais que
as parte.
Figura / fundo: Falamos da maneira que percebemos o mundo. Aquilo que estamos
prestando atenção no momento atual.
 Fundo: Coisas que você já viveu. Todo o resto que não é o foco principal da
atenção.
 Figura: Parte do ambiente externo ou interno que estou prestando atenção no
agora.
OBS: Percepção da figura vem junto com a percepção de fundo.
 Figuras múltiplas: O ser humano é complexo, por isso pode ter ao mesmo tempo
mais de uma figura. É o fato de termos composição. Pode ser resolvida de forma
saudável ou neurótica. Ex: 2 festas em cidades diferentes.

Ciclo de contato: Relações que estabelecemos com o meio através da figura / fundo.
O que determina o que é figura e o que é fundo, depende do meu interesse.
 Pré-contato saudável: Identificação da necessidade; Identificação no ambiente
do que pode suprir.
 Contato propriamente dito: Ação real no mundo. Ex; pode ser tomar água/
Responder alguém.
 Pós-contato: A figura deixa de ser figura e volta a ser fundo e aí outra figura
acontece.
Patologia do contato: figura obscura, figura fugidia, apatia e figura rígida.

Patologia:
 Figura obscura: aparece com problema no pré-contato. São 2 formas: 1º não
consigo identificar o que supre a necessidade; 2º não consigo identificar a
própria necessidade.
 Apatia: apesar da pessoa identificar a necessidade e supri-la ela fica paralisada.
 Figura fugidia: figura que foge antes de concentrar esforços para supri-la.
Deixa de ser figura permanente.
 Figura rígida: algo continua sendo figura mesmo quando já fiz ação concreta
para supri-la ela não vai para o fundo.
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Posturas, procedimentos e técnicas terapêuticas
Posturas são modos de agir constantes durante a psicoterapia, modos de agir que a
psicoterapia deve manter durante todas sessões.
Ex: -Aceitação incondicional, genuinidade, empatia;
-Hermenêutica compreensiva (significa que o terapeuta vai estar atendo aos sentidos e
aos significados daquilo que o terapeutizando faz e fala- o terapeuta não interpreta e não
diz o significado daquilo que o cliente fez, ele próprio deve encontrar);
-Avaliações múltiplas (reações corporais, sentimentos, possíveis resultados, adequação
ao projeto de vida e aos valores);
-Focalização (inclui polaridades; aprofundar em todas questões).
Técnicas são intervenções especificas que acontecem numa temporalidade mais curta.
Ex: -Perguntas auto apoiadoras (texto de Perls)
-Devolução da pergunta (existem a maneira direta e a indireta- essa técnica tem uma
singularidade na fenom. pois pede-se que o terapeuta seja genuíno, mas ele não deve
responder perguntas manipulativas ou afirmativas disfarçadas).
-Espelhamento verbal (o terapeuta repete para o cliente o que foi dito, sem acrescentar
nada. Ao ouvir o que ele mesmo falou o cliente pode reformular a frase e etc.)
-Espelhamento corporal (o terapeuta imita o gesto que a pessoa fez)
-Feedback corporal (o terapeuta descreve para a pessoa o que você percebeu no corpo
do cliente)
-Listagem de pontos positivos e negativos (ex: pedir o cliente para fazer uma lista de
coisas sobre a questão que ele trouxer; os pontos positivos e negativos andam juntos)
-Listagem das mudanças (muito usada em terapia de casal e terapia de família; pode ser
usada quando tem um conflito- pede-se a pessoa para escrever sobre o que ela queria
que o outro mudasse em ordem de importância e também o que ela acha que o outro
quer que ela mude)
-Listagem das características (listagem de coisas imprescindíveis, importantes,
interessantes, desinteressantes, insuportáveis em uma situação)
-Cadeira vazia (serve para você abordar divisões externas e situações mal resolvidas
internamente)
-Imaginação de vivência (pedir para que o cliente imagine a situação da cadeira vazia,
pode ajudar a pessoa a fazer escolhas futuras)
-Corporificação de metáforas (o terapeuta pega algo que foi dito de forma metafórica e
transforma aquilo em uma atuação completa; ex: pedir a pessoa para levantar e colocar
uma mochila pesada nas costas após ela mencionar que carrega a família nas costas) é
uma técnica confrontativa.
-Ampliação (você pega o que a pessoa te disse e exagera aquilo até ficar estereotipado)

Em fenom. acredita-se que o que promove a cura são as posturas e não as técnicas.
Técnica serve apenas para aumentar a velocidade do processo, isso significa que a
pessoa pode ser um ótimo terapeuta sem domínio técnico, mas não pode ser um ótimo
terapeuta se não mantiver as posturas adequadas. Uma pessoa que consegue manter os 4
tipos de posturas será um bom terapeuta, quer ele tenha domínio técnico ou não. Quanto
mais o terapeutizando estiver fragilizado, mais o terapeuta deve usar técnicas
acolhedoras.
Em fenom. os movimentos corporais não tem significados fixos para todas as pessoas
em todos os momentos.
As listagens trabalham técnicas mais especificas de avaliar, que é o modo cognitivo-
puxam mais pelo pensamento, raciocínio. São técnicas mais na direção do acolhimento.

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JUNG
Psiquiatra suíço; nasceu em uma família muito religiosa, o seu contato precoce com a
religião tem influencia em sua teoria- ele é considerado um dos dois precursores da
psicologia da religião. Trabalhou com esquizofrênicos em hospitais psiquiátricos; nesse
trabalho percebeu que muito dos delírios e alucinações pareciam com mitos. Jung foi
por anos discípulo de Freud; as divergências teóricas entre os dois e Jung foi expulso da
psicanalise e abriu sua própria escola de pensamento. A primeira divergência entre eles
foi o conceito de libido:
 para Freud libido é uma energia sexual, para Jung é uma energia orgânica
 para Freud a estrutura da personalidade se constrói ate o final do Édipo,
enquanto para Jung a personalidade vai se modificando até o final da vida
 a importância que Jung dava para religião e Freud dava importância negativa
para tal
Princípios básicos da teoria:
 homeostase (equilíbrio): o ser humano tende a saúde. Essa homeostase é
concebida através do segundo princípio, que diz da compensação entre o ego e
os inconscientes. Para Jung sempre que um conteúdo estiver exagerado no ego,
o oposto desse conteúdo vai se fortalecer nos ics, os ics passam então a mandar
recados equilibratórios para o ego. Precisamos entender os recados do ego- ics
para caminharmos no sentido da saúde.
Estrutura psíquica:
 sua teoria tem aspectos fenom. (tendência a saúde) e psicodinâmicos
(formulação da estrutura psíquica- composta pelo ego, o ics individual e o ics
coletivo)
 O ego para Jung parece muito com o ego Freudiano, é a parte mais volitiva,
mais consciente, que faz escolhas. A única diferença entre eles é que para Jung
existe o primado da consciência -> o ego tem capacidade de barrar parcialmente
e modificar o que vem dos ics.
 O ics. Individual é marcado pelo deposito de todas experiencias que
aconteceram com o indivíduo. É onde existem os complexos (é uma ideia
carregada de energia; se forma quando a pessoa vive um fenômeno que é tão
energético, que é tão forte que esse não consegue ser metabolizado pelo
organismo; essas experiencias não metabolizadas se transformam no complexo).
O complexo funciona como um imã, puxando para si todas experiencias
parecidas.
 O ics. Coletivo é tb formado pelo deposito de todas as experiencias que
aconteceram com todos os seres humanos. Quanto mais a experiencia se repete
com mais pessoas, quando mais universal é a experiencia, mais forte fica a
marca da experiencia no ics. Coletivo. Essas marcas fortes deixadas por
experiencias universais formam os arquétipos (imagem em movimento
carregada de energia). Quando o ego é invadido por um arquétipo, ou é
influenciado por um arquétipo, a tendência do ego é funcionar de forma típica, é
repetir aquele funcionamento arquetípico. Isso pode trazer tanto saúde quanto
doença. Ex: devido na pré-história a noite ser ligada ao perigo, durante anos o
medo da escuridão se prevaleceu, formando um arquétipo. Uma criança criada
em um apartamento tem medo do escuro, se os pais falam que há um monstro
no escuro será uma experiencia ics. Individual, porem há crianças que
desenvolvem o medo pelo escuro sem que os pais falem algo, devido ao
arquétipo do ics. Coletivo. Pais que incentivem o arquétipo podem influenciar o
filho no sentido da doença.
Jung chama essa energia arquetípica de numem. O ics. Coletivo está em constante
mudança; foi construído na pré-história, porque 90% da vida se deu nessa época, por
isso a formação do ics. Coletivo é derivado dessa época.
Um arquétipo se faz presente na consciência quando existe uma experiencia ambiental
que chama por ele, ou seja, eles vão sendo ativados. Quando as imagens arquetípicas
chegam ao ego, eu tenho uma tendência a repetir comportamentos e emoções ligados
aquele arquétipo. É por meio dos mitos, religiões, delírios e alucinações e os sonhos que
os arquétipos se mostram.
Na teoria Junguiana há alguns arquétipos que são mais comuns:
 Arquétipos familiares:
 Arquétipo da adaptação social (persona): a experiencia de ter que se adaptar em
um grupo é universal, sempre que uma pessoa tem que se adaptar a um grupo ela
tem uma tendência de agir e sentir de uma determinada forma.
 Arquétipo da sombra: tem a ver com a conceituação da projeção de sombra.
 Arquétipos contrasexuais: dizem respeito ao oposto do sexo oposto das pessoas.
As mulheres tem ânimos (homem interior) e os homens tem animas (mulher
interior). Para uma pessoa ser saudável, a pessoa tem q desenvolver tanto as suas
características femininas, quanto masculina. Ele divide o que é masculino e o
que é feminino por meio de duas fontes: o tauismo (religião/filosofia oriental-
yin yang; aspectos masculinos e femininos) e as vivencias pré-históricas dos
grupos humanos

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