Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Não significa que há uma negação da doença, do sofrimento do paciente pelo estado
em que permanece no momento, mas é feito um novo enfoque, com base na constatação de
que através desse estado patológico, ele foi capaz de sobreviver e de chegar até ali, atendendo
mais precisamente o momento no qual a pessoa vive, questionando o cliente, se não há outras
maneiras de viver, e mostrando sua necessidade de organizar- se além da sobrevivência, que
foi necessário, para ele chegar até ali.
“Seja como você é. De maneira que possa ver quem és. Quem és e como és.
Deixa por um momento o que deves fazer e descubra o que realmente fazes.
Arrisque um pouco, se puderes. Sinta seus próprios sentimentos. Diga suas
próprias palavras. Pense seus próprios pensamentos. Seja seu próprio ser.
Descubra. Deixe que o plano pra você surja de dentro de você”. (PERLS,
1975, p. 28)
A relação Eu-Tu, acontece na presença plena, no estar com o outro, com poucos
interesses direcionados a si. Nesta relação o encontro existencial se confirma, é onde se
acolhe a alteridade, a singularidade do outro, implica em reciprocidade e unicidade e ali,
reside a possibilidade do emergir da noção de “eu” (HYCNER, 1995).
Essa abordagem, não trabalha para ajustar o sujeito socialmente, mas sim para tornar o
sujeito autêntico, por isso o terapeuta deve ser também autêntico. Ou seja, tornar a própria
relação terapeuta- cliente, autêntica, congruente, genuína, baseado no diálogo da pessoa para
pessoa, fazendo ampliar a consciência do sujeito, atribuindo significados a sua percepção.
Partindo da sensação imediatas, o cliente vai entrando em contato com suas emoções,
memórias, fantasias, expectativas, em um processo de reciprocidade com o terapeuta, no
caminhar da exploração de suas vivências, descobrindo bloqueios e também possibilidades.
GINGER, S.A. Gestalt: uma terapia do contato. São Paulo: Summus, 1995.