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Enfermagem de Saúde
Mental e Psiquiatria
Relação de Ajuda/
Comunicação Terapêutica
António Ferreira
p7833@ipluso.pt
Maria do Céu P. D. Monteiro
p7510@ipluso.pt
29 de Fevereiro 2024
Relação de Ajuda
Sumário
29 de Fevereiro 2024
Relação de Ajuda
Questões
O que é a Relação de Ajuda?
Estamos sempre em Relação de Ajuda?
A enfermagem
surge como a “profissão que, (…) tem como objectivo prestar
cuidados de enfermagem ao ser humano, (…) de forma a manter,
melhorar e recuperar a saúde, ajudando a atingir a sua máxima
capacidade funcional, tão rapidamente quanto possível”
(art.4.ºn.º1, REPE).
Cuidados de Enfermagem
Carl Rogers foi uma das figuras de proa da chamada terceira força da psicologia, a
psicologia humanista, alternativa às posições essencialistas e deterministas das
psicanálises e dos comportamentalismos.
O seu modelo teve impato no Ensino e no Cuidar.
Potencialidades do Modelo
O modelo de ensino não-directivo baseia-se nos estudos sobre
psicoterapia centrada no cliente de Carl Rogers e de Abraham Maslow.
Congruência
O enfermeiro tem que ser aquilo que é.
Empatia
O enfermeiro é sensível as vivências
experienciais do outro.
Chalifour (2008)
Relação de Ajuda
Pré-requisitos do Terapeuta
Domínio de técnicas Comunicação/Interação
Comunicação
Espaço Mental (julgamentos, preconceitos, ideias pré-elaboradas, pensamentos …)
Os Sentimentos (acesso ao mundo interior…)
As necessidades (centram-se no cliente…)
As acções do cliente (expetativas…)
(Thomas D` ansemboug 2001 in Sequeira, 2016)
Psicoterapeuta – Livro Deixe de ser simpático, seja verdadeiro
Relação
Saber (conhecimentos)
Saber Ser (Atitudes – empatia, autenticidade, consideração positiva, aceitação
incondicional)
Saber Fazer (Competências, habilidades) (Benner, 2005)
Relação de Ajuda
Relação Terapêutica
Desenvolvimento pessoal
(Desenvolver cada uma delas)
a) Competência interativa
c) Competências reflexivas
Relação de Ajuda
Desenvolvimento pessoal
a) Competência interativa
Desenvolvimento pessoal
c) Competências reflexivas
- Conhecimento teórico e clínico
-Capacidade de mobilizar os conhecimentos para intervir, relacionados
com a situação particular do cliente..
CICLO de GIBBS
Fonte: RETO apud ESE Maria Fernanda Resende Departamento de Educação em Enfermagem — Alguns
contributos para a reflexão sobre a orientação de estudantes e ensino clínico: texto de apoio para a discussão
sobre o trabalho em parceria. Lisboa: s.n.., 2000.
Autoconhecimento
O “o enfermeiro como Instrumento Terapêutico”
Autoconhecimento é a capacidade de introspecção e a habilidade de se
reconhecer a si mesmo como um indivíduo separado do ambiente e
outros indivíduos.
É a capacidade de reconhecer e compreender seus estados
internos, emoções, bem como, seus efeitos sobre o outro.
Implica conhecer as suas forças e seus limites e ter certeza de seu próprio
valor.
• A presença
• A centração na pessoa
• A vontade de não julgar
• A escuta
• A consideração positiva
• A não diretividade
Chalifour (2008)
Relação de Ajuda
A PRESENÇA:
A CENTRAÇÃO NA PESSOA
Trata-se da qualidade da relação de ajuda que faz com que a pessoa que
ajuda se preocupe em primeiro lugar com a própria pessoa, com as suas
emoções e os seus sentimentos, as suas reacções, as suas necessidades e os
seus desejos, mais do que interessar-se prioritariamente com a sua doença ou
os seus problemas existênciais.
Relação de Ajuda
A ESCUTA
A ESCUTA
A CONSIDERAÇÃO POSITIVA
Só é conseguida:
A NÃO DIRECTIVIDADE
Em Síntese - A RELAÇÃO
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
• VERBAL consciente
• NÃO VERBAL inconsciente
reacção no receptor da
comunicação
Mensagem tem 2 componentes:
Informativa (o quê da mensagem) - domínio cognitivo
Afetiva (o como da mensagem) - domínio sensitivo/emocional
Relação de Ajuda
A COMUNICAÇÃO É REALMENTE IMPORTANTE EM QUALQUER
RELAÇÃO
A INFLUÊNCIA DA COMUNICAÇÃO DA ENFERMEIRA/O
DÁ-SE:
* Pelo tom da sua voz
* Pela sua atitude
* Pela sua maneira de ser
* Pela qualidade da sua presença
*Pela intencionalidade das suas
palavras e dos seus gestos
A CT implica:
* ter intencionalidade terapêutica – visa dar resposta a um objetivo especifico;
* ter em conta a realidade especifica de cada pessoa;
* permitir identificar as verdadeiras necessidades de saúde das pessoas;
* ter valor terapêutico autónomo (tranquilizar, capacitar,…)
ou complementar (aumentar a eficácia de outra intervenção);
* promover sentimentos de confiança nas pessoas
(Coelho, 2015).
Relação de Ajuda
Comunicação Terapêutica
OBJETIVOS
▪Favorecer contacto físico (pelos sentidos) e afetivo;
▪Assegurar que o cliente se sente compreendido e entendido;
▪Personalizar e responder às expectativas do cliente;
▪Estabelecer um clima de confiança, de calor e de respeito;
▪Favorecer uma participação otimizada do cliente;
▪Transformar a experiência relacional uma ocasião de aprendizagem e
desenvolvimento para o cliente;
Modalidades da COMUNICAÇÃO
A. Comunicação não verbal ou psicobiológica
Envolve a utilização do corpo com as suas características fisiológicas,
físicas e gestuais. Inclui a distancia mantida entre as pessoas e as
posturas corporais.
B. Comunicação verbal ou psicolinguística
Envolve a utilização da palavra pelo homem com a finalidade de
expressar as suas necessidades ao mundo que o rodeia
Relação de Ajuda
Comunicação Terapêutica
Comunicação Não Verbal
CuriosidadeS
Génese dos Códigos não-verbais:
A. Programas neurobiológicos herdados
Investigações cientificas comprovaram que a expressão das emoções por
intermédio do corpo se deve a processos neurobiológicos. EX: crianças
invisuais.
Intervenções autónomas
Tomada de
Passa necessariamente por envolver a
decisão
pessoa capacitando-a em diversas áreas
Responsabilidade
contribuindo deste modo para as pessoas
ganharem controlo sobre as suas
próprias vidas. Empowerment.
( Phaneuf, 2005; Sequeira, 2016)
Relação de Ajuda
ESTILOS COMUNICACIONAIS
*São 4.
*Não são mais do que formas diferentes de abordar a situação
interpessoal.
*Há um estilo que prevalece sempre, perante determinada
situação.
*A utilização de determinado estilo de forma indiscriminada que
dá origem a problemas interpessoais. Respeito pelo Outro
Alto Baixo
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ESTILOS COMUNICACIONAIS
AGRESSIVO
Procura:
•Dominar os outros;
•Valorizar-se á custa dos outros;
•Ignorar e desvalorizar sistematicamente o que
os outros fazem e dizem.
ESTILOS COMUNICACIONAIS
AGRESSIVO
Motivos:
ESTILOS COMUNICACIONAIS
PASSIVO
Tem medo de importunar os outros;
• Deixa que os outros abusem dele;
• Tem medo de avançar e decidir:
• Sente-se bloqueado, paralisado perante
um problema para resolver.
ESTILOS COMUNICACIONAIS
PASSIVO
ESTILOS COMUNICACIONAIS
(São 4: agressivo; passivo; manipulador; assertivo)
AUTO-AFIRMATIVO
O que se afirma:
• Á vontade na relação face a face;
• Verdadeiro consigo, com os outros;
• Procura compromissos realistas em caso de desacordo;
• Negoceia na base de interesses mútuos e não mediante
ameaças;
• Não deixa que o pisem;
• Relação fundada na confiança e não na dominação e
calculismo;
• Coloca as coisas muito claramente;
• Negoceia na base de objetivos precisos e claramente
determinados.
Relação de Ajuda
ESTILOS COMUNICACIONAIS
AUTO-AFIRMATIVO
A atitude auto-afirmativa também pode ser
chamada de «assertividade».
ESTILOS COMUNICACIONAIS
Técnica de Afirmação
Bower (1976)
*Esta técnica permite o treino e o desenvolvimento da
atitude de AUTO-AFIRMAÇÃO
*DESCREVER – D
*EXPRESSAR – E
*ESPECIFICAR –S
*CONSEQUÊNCIA - C
Relação de Ajuda
ESTILOS COMUNICACIONAIS
Técnica de Assertividade
ESTILOS COMUNICACIONAIS
Caso Prático
ESTILOS COMUNICACIONAIS
Só um idiota como tu e que apresenta essa Como chegaste a essa solução? Quais as
solução. consequências dessa solução?
Se encontrares um homem com fome, não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar
(Confúcio cit. Lazure, 1994) “Cuidar com…” e não “Cuidar para…” (Collière, 1999)
I Caso Prático
http://youtu.be/8OCLZIwAG7I?t=43s
Tema: Comunicação
Thomas D`Ansembourg, psicoterapeuta, Francês.
Reflexões sobre mantendo o respeito por si mesmo e pelo outro
-Deixe de ser simpático, seja verdadeiro (2016). Lisboa: Pergaminho.
ISBN: 9789896873745
- Como se relacionar bem, usando uma linguagem não violenta (2018)
FONTES
Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros (REPE)
(Aprovado pelo Decreto- Lei nº 161/96 de 4 de Setembro)