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UNIDADE CURRICULAR

Enfermagem de Saúde
Mental e Psiquiatria
Relação de Ajuda/
Comunicação Terapêutica
António Ferreira
p7833@ipluso.pt
Maria do Céu P. D. Monteiro
p7510@ipluso.pt

29 de Fevereiro 2024
Relação de Ajuda

Sumário

Enquadrar o conceito de Relação de Ajuda (RA), numa perpetiva Rogeriana,


nos Cuidados de Enfermagem;

Explorar a comunicação como elemento da Relação de Ajuda

Exemplificação da Relação de Ajuda


Visualização de um filme. Reflexão

29 de Fevereiro 2024
Relação de Ajuda

Questões
O que é a Relação de Ajuda?
Estamos sempre em Relação de Ajuda?

O que significa comunicação?


O que é a comunicação terapêutica?
Quais são as técnicas de comunicação terapêutica?

Quais são os estilos comunicacionais?


Como defino assertividade e como incluí-la no meu
estilo comunicacional?
Relação de Ajuda

A enfermagem
surge como a “profissão que, (…) tem como objectivo prestar
cuidados de enfermagem ao ser humano, (…) de forma a manter,
melhorar e recuperar a saúde, ajudando a atingir a sua máxima
capacidade funcional, tão rapidamente quanto possível”
(art.4.ºn.º1, REPE).

Cuidados de Enfermagem

têm como foco de atenção a pessoa, no respeito pela sua dignidade,


concretizando-se através de uma relação que procura a “promoção dos
seus projectos de saúde”. (OE- Padrões de Qualidade dos cuidados de Enfermagem.
Enquadramento conceptual. Enunciados descritivos:8)
Relação de Ajuda
Cuidados de Enfermagem
Devem ter por base três fundamentos éticos:
o compromisso de cuidado;
o reconhecimento do Outro e da sua dignidade;
o poder enquanto capacidade (Nunes, 2011).

O processo de cuidado constitui-se como uma relação


interpessoal, em que a competência do enfermeiro se
fundamenta no seu compromisso de cuidar do Outro e na
intenção de o afirmar como pessoa, configurando um cuidado
protetor (Nunes, 2011:57).

RELAÇÃO DE AJUDA (RA)


RA → uma relação de natureza terapêutica (Phaneuf, 2005);
A relação é a essência dos cuidados de enfermagem e a
pessoa está no centro dos cuidados de enfermagem (ib.);
Relação de Ajuda

A qualidade da relação terapêutica interfere marcadamente na


adesão do doente ao tratamento.
Relação significa o encontro de duas pessoas
Ajudar significa o ato de capacitação. (Phaneuf, 2005)

Terapêutica (tradução do grego therapeutiké)


significa a arte, a ciência de escolher as
terapias adequadas às diversas doenças
(Rezende, 2010).

O enfermeiro deverá ter um papel dinamizador neste


processo desenvolvendo uma série de competências visando
ganhos em saúde.
Relação de Ajuda
Perspetiva Humanista Existencial do cuidado, relação e comunicação
terapêutica de enfermagem.
A ORIGEM DA RELAÇÃO DE AJUDA - Rogers
Inspira-se na Terapia Centrada no Cliente
Psicólogo americano do séc. XX (1902-1987) de orientação humanista
baseada no conceito de autonomia.
No seu trabalho como psicólogo clínico acreditou na existência do
lado positivo do ser humano, suas capacidades de se desenvolver e
evoluir.
Compara o ser humano com a bolota de um carvalho, tem tudo o que é preciso para
se tornar numa grande árvore.

A esta força de transformação ele chama de tendência actualizante –


desenvolvimento das potencialidades lactentes até à autonomia.
A relação com o outro é primordial, é instrumento de cura, é ajuda para a auto-realização.
É uma relação do aqui e do agora.
A/o enfermeira/o cria primeiro uma relação de confiança que lhe permite a aliança
terapêutica
Relação de Ajuda
Perspetiva Humanista Existencial do cuidado, relação e comunicação
terapêutica de enfermagem.
Inspira-se na Terapia Centrada no Cliente
“uma abordagem cuja hipótese central defende que os indivíduos possuem dentro de si
vastos recursos para a autocompreensão e para a modificação do seu
autoconceito, das suas atitudes e do seu comportamento autónomo. Esses recursos
podem ser estimulados se houver um clima, passível de definição de atitudes
psicológicas facilitadoras” (Rogers: 38).
PrincípioS
*Esta perspetiva tem subjacente, entre outros, a tendência individual para o
crescimento, Saúde e adaptação que todo o indivíduo possui;

*Para a enfermagem a Pessoa está no centro do cuidado, é vista como um ser


único,singular na sua globalidade,com capacidade de fazer escolhas e de se responsabilizar
por elas, ou seja,tem uma Dignidade e é “um fim em si mesmo” (Kant),que tem que ser
integrada na relação interpessoal enfermeiro–cliente.
Relação de Ajuda

Carl Rogers foi uma das figuras de proa da chamada terceira força da psicologia, a
psicologia humanista, alternativa às posições essencialistas e deterministas das
psicanálises e dos comportamentalismos.
O seu modelo teve impato no Ensino e no Cuidar.

Potencialidades do Modelo
O modelo de ensino não-directivo baseia-se nos estudos sobre
psicoterapia centrada no cliente de Carl Rogers e de Abraham Maslow.

Estes dois psicoterapeutas norte-americanos


acreditam que as pessoas crescem melhor
psicológica e emocionalmente rodeadas de
relações humanas positivas, francas,
afectuosas e autênticas.
No ensino - O objectivo é levar o aluno a passar por quatro
etapas de crescimento pessoal: libertação dos sentimentos e
emoções; tomada de consciência; acção; integração em
direção a uma nova orientação .
Relação de Ajuda
Perspetiva Humanista Existencial do cuidado, relação e comunicação
terapêutica de enfermagem.

Abordagem Centrada no Cliente - cuidado entendido como interação


única e irrepetível que nasce e se constrói entre o enfermeiro e o seu
cliente/família

….este “espaço de encontro” reveste-se de uma enorme


complexidade, que exige aos enfermeiros
um sólido e alargado conhecimento teórico específico, competências
acrescidas de comunicação terapêutica, de um elevado nível de
desenvolvimento pessoal e conhecimento de si, bem como de
bem- estar, que lhes permitam integrar e mobilizar este conhecimento, na
sua prática clínica e no espaço/tempo de encontro, seletivamente
adaptado os seus clientes,
quer nas intervenções individuais quer em grupos.
Relação de Ajuda

Relação de Ajuda, Rogers


Autenticidade
Aceitação positiva Incondicional – O
Enfermeiro tem atitude calorosa, positiva
e recetiva para com o que esta no outro.

Congruência
O enfermeiro tem que ser aquilo que é.

Empatia
O enfermeiro é sensível as vivências
experienciais do outro.

Outros Autores Alertaram para outros aspetos da


Relação de Ajuda.
RA – Consideração positiva incondicional

Quando o enfermeiro manifesta uma atitude calorosa, positiva e


recetiva para com aquilo que está no cliente, isso facilita a
transformação (Rogers, 2009:89).

Chalifour → Compaixão → face ao sofrimento de uma pessoa o


enfermeiro em vez de sentir tristeza ou ficar em sofrimento,
como nos casos de simpatia, o enfermeiro faz eco do sentimento
da pessoa, partilhando com ela este sofrimento, reconfortando,
dando-lhe forças.

Chalifour → Esperança → a crença de que as intervenções em


curso terão os resultados esperados → atitude essencial.
(Ajustar as expetativas)
(Chalifour, 2008)
RA - Congruência

Quando o enfermeiro é aquilo que é, quando as suas relações


com o cliente são genuínas e sem máscara nem fachada,
exprimindo abertamente os sentimentos e as atitudes que nesse
momento nele ocorrem (Rogers, 2009:89).

Chalifour → Autenticidade →o agir do enfermeiro deve


demonstrar ao cliente que é um ser genuíno e digno de
confiança.

Será capaz de o fazer na medida em que tiver adquirido um


elevado conhecimento de Si e a capacidade de se comportar em
acordo com aquilo que é (Chalifour, 2008).
RA - Empatia

Quando o enfermeiro é sensível aos sentimentos e às reações


pessoais que o cliente experimenta, quando pode apreendê-los
de dentro tal como o cliente os vê, e quando consegue transmitir
com êxito alguma coisa dessa compreensão ao cliente (Rogers,
2009: 89).

Chalifour → Compreensão empática → compreender o conteúdo


comunicado, mas também reconhecer aquilo que o cliente sente
e vive.

Chalifour → Respeito caloroso → reconhecer que o cliente é


único no seu modo de estar no mundo e que este modo é digno
de interesse e merece ser valorizado acima de tudo.
Abordagens Psicoterapêuticas e Psicossociais
Modelo Geral de IntervençãoTerapêutica

Chalifour (2008)
Relação de Ajuda

Pré-requisitos do Terapeuta
Domínio de técnicas Comunicação/Interação
Comunicação
Espaço Mental (julgamentos, preconceitos, ideias pré-elaboradas, pensamentos …)
Os Sentimentos (acesso ao mundo interior…)
As necessidades (centram-se no cliente…)
As acções do cliente (expetativas…)
(Thomas D` ansemboug 2001 in Sequeira, 2016)
Psicoterapeuta – Livro Deixe de ser simpático, seja verdadeiro
Relação
Saber (conhecimentos)
Saber Ser (Atitudes – empatia, autenticidade, consideração positiva, aceitação
incondicional)
Saber Fazer (Competências, habilidades) (Benner, 2005)
Relação de Ajuda

Pré-requisitos do Terapeuta (Cont.)

Relação Terapêutica

Esta caracteriza-se por um processo com características próprias e diferentes


de outros tipos de relação, que se estabelecem nos meios sociais.
Relação singular
Implica um processo de Crescimento
Tem uma estrutura e evolui de acordo com determinado processo
Destina-se a um objetivo especifico (ir ao encontro das necessidades do
doente/família – Objetivos terapêuticos
Requer conhecimentos e competências (formação geral e especializada)

(Phaneuf, 2005; Chalifour, 2009; Sequeira e Sampaio,


2020)
Relação de Ajuda

AS HABILIDADES A DESENVOLVER PARA SE


ESTABLECER A RELACÃO DE AJUDA SÃO
COMPLEXAS E EXIGE DA/O ENFERMEIRA/O UMA
COMPREENSÃO DOS VALORES E DO SENTIDO
QUE LHE SÃO SUBJACENTES.

A primeira condição prévia é, portanto, um trabalho pessoal


para se conhecer e chegar à utilização terapêutica de si
mesmo (“O Enfermeiro como instrumento terapêutico”). É
necessário um percurso interior da/o enfermeira/o e a
capacidade de se pôr em questão, levando a um
desenvolvimento pessoal
Este processo é comum e transversal a toda a prática de
enfermagem mas em psiquiatria em que o principal
instrumento de trabalho é mesmo a relação, assume
uma maior importância.
Relação de Ajuda

Desenvolvimento pessoal
(Desenvolver cada uma delas)

a) Competência interativa

b) Estar em relação construtiva com o outro

c) Competências reflexivas
Relação de Ajuda

Desenvolvimento pessoal

a) Competência interativa

* Capacidade do profissional de “saber fazer”;

*Capacidade do terapeuta de saber estar em presença, e manter o


contacto com o outro;
* Inclui as palavras, a expressão facial, a postura corporal, a voz

*É o conjunto da comunicação verbal e não verbal que vai permitir


modular a intensidade e duração dos afetos primitivos dando-lhes
sentido.
Relação de Ajuda

Desenvolvimento pessoal

b) Estar em relação construtiva com o outro


Estabilidade afetiva do profissional (regulação emocional), abertura,
não defensivo, capacidade de experimentar afetos e capacidade de
manter laços empáticos com o outro.

c) Competências reflexivas
- Conhecimento teórico e clínico
-Capacidade de mobilizar os conhecimentos para intervir, relacionados
com a situação particular do cliente..

Ex: Intrumento útil também ensino Clínico – Ciclo de GIBBS


Relação de Ajuda

CICLO de GIBBS

Fonte: RETO apud ESE Maria Fernanda Resende Departamento de Educação em Enfermagem — Alguns
contributos para a reflexão sobre a orientação de estudantes e ensino clínico: texto de apoio para a discussão
sobre o trabalho em parceria. Lisboa: s.n.., 2000.
Autoconhecimento
O “o enfermeiro como Instrumento Terapêutico”
Autoconhecimento é a capacidade de introspecção e a habilidade de se
reconhecer a si mesmo como um indivíduo separado do ambiente e
outros indivíduos.
É a capacidade de reconhecer e compreender seus estados
internos, emoções, bem como, seus efeitos sobre o outro.

Implica conhecer as suas forças e seus limites e ter certeza de seu próprio
valor.

O autoconhecimento muda as pessoas…


…quando as pessoas mudam o mundo muda……
Relação de Ajuda

OS PRELIMINARES À RELAÇÃO DE AJUDA

SÃO OS FACTORES ESSENCIAIS PARA PODERMOS


VIR A ESTABELECER A RELAÇÃO DE AJUDA, E
PASSAM POR ATITUDES DA PESSOA QUE AJUDA E
POR QUALIDADES RELATIVAS À PRÓPRIA
RELAÇÃO QUE QUEREMOS INICIAR

• A presença
• A centração na pessoa
• A vontade de não julgar
• A escuta
• A consideração positiva
• A não diretividade
Chalifour (2008)
Relação de Ajuda

OS PRELIMINARES À RELAÇÃO DE AJUDA

A PRESENÇA:

“Estar lá e estar com a pessoa”, é possibilitar a confiança e tranquilidade


em que a enfermeira transmite calma, esperança e segurança.
Estado de proximidade física e de disponibilidade afectiva e calorosa
graças ao qual a pessoa que ajuda fica em alerta às necessidades da pessoa a
ajudar. Trata-se também da impressão de força serena e de competência que
ela lhe comunica e que suscita a sua confiança e a tranquiliza.

A CENTRAÇÃO NA PESSOA

Trata-se da qualidade da relação de ajuda que faz com que a pessoa que
ajuda se preocupe em primeiro lugar com a própria pessoa, com as suas
emoções e os seus sentimentos, as suas reacções, as suas necessidades e os
seus desejos, mais do que interessar-se prioritariamente com a sua doença ou
os seus problemas existênciais.
Relação de Ajuda

OS PRELIMINARES À RELAÇÃO DE AJUDA

A VONTADE DE NÃO JULGAR


Escutar não é acusar, é abrir-se às palavras, gestos, experiências e sofrimento
do outro sem fazer juízos de valor.
É escutar sem criticar nem avaliar, reconhecendo como recomendava
Rogers, que o lugar de avaliação e do julgamento, que o centro da
responsabilidade se encontra na própria pessoa. Tem a ver com os nossos
preconceitos e costumes.
Trata-se da qualidade de escuta própria da relação de ajuda que conduz a
enfermeira/o a deixar-se envolver sem preconceito nem reserva, pelo que
exprime a pessoa ajudada pelo seu comportamento verbal e não verbal sem
estimar o valor das suas palavras e dos seus comportamentos.

Esta atitude assenta na aceitação incondicional do outro, no respeito pela


sua dignidade e numa compreensão profunda dos seus comportamentos e
motivações.
Relação de Ajuda

OS PRELIMINARES À RELAÇÃO DE AJUDA

A ESCUTA

A escuta é principalmente o estado de disponibilidade emocional e afectivo da/o


enfermeira/o perante a pessoa ajudada.

Todos os nossos sentidos estão em jogo nesta interacção. Assim


podemos captar as emoções e os não ditos.

A escuta é simultaneamente silêncio e palavra


aplicados com a sensibilidade necessária afim de levar o outro a exprimir-se.
Relação de Ajuda

A ESCUTA

PARA UMA ESCUTA EFICAZ DEVEMOS


IGNORAR A NOSSA VOZ INTERIOR,
FALAR POUCO,
ESCUTAR,
OBSERVAR COMO A MENSAGEM É
TRANSMITIDA,
NÃO INTERROMPER A PESSOA

PORQUE MESMO QUE AS PALAVRAS


SE PERCAM
AS EMOÇÕES ESTÃO LÁ
VIVAS
Relação de Ajuda
OS PRELIMINARES À RELAÇÃO DE AJUDA
A ESCUTA não se realiza
•Se estamos distraídos
•Se mantivermos pensamentos
paralelos
•NÃO ESTAMOS A ESCUTAR
•Se estamos preocupados com os
nossos problemas •“SOFREMOS DE SURDEZ
PSÍQUICA”
•Se interrompemos a pessoa
•ESTAMOS DESMOTIVADOS
•Se nos ligamos mais às palavras do que
à sua significação profunda •SOMOS PRECONCEITUOSOS
•Se nos detivermos apenas numa parte •ESTAMOS EM ESCUTA PASSIVA
da informação transmitida •OU ESTAMOS SIMPLESMENTE A
•Se julgamos os factos antes de a FINGIR QUE ESCUTAMOS
pessoa se exprimir E
IMPOSSIBILITAMOS O
SENTIDO PROFUNDO DA
RELAÇÃO
Relação de Ajuda

OS PRELIMINARES À RELAÇÃO DE AJUDA

A CONSIDERAÇÃO POSITIVA
Só é conseguida:

No respeito pelo outro


Na confiança que a enfermeira/o pode oferecer
Na tolerância
No reconhecimento do valor do outro
No reconhecimento da sua dignidade, mesmo perante as suas
dificuldades
Promover o Empowerment

A NÃO DIRECTIVIDADE

Responsabilizar o outro para utilizar as suas potencialidades e recursos


próprios em direcção à autonomia. É facilitadora da mudança.
Relação de Ajuda

Em Síntese - A RELAÇÃO

O ENCONTRO SIGNIFICATIVO COM O OUTRO


Ligações etimológicas da palavra relação ------ oferenda
Fértil
Definição:
“o encontro de duas pessoas”.
Comunicação profunda.
Comunicação direccionada para um objectivo.
Duas pessoas em presença que se reconhecem e respeitam como seres
humanos iguais.
O cliente é pessoa de corpo inteiro e não um ser inferiorizado pela perda
de poder que traz a doença.

A aceitação e o respeito → relação significativa e calorosa numa


conivência terapêutica essencial a um trabalho profissional.
Relação de Ajuda

Relação de Ajuda – Uma Relação de natureza Terapêutica

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO

• VERBAL consciente
• NÃO VERBAL inconsciente

reacção no receptor da
comunicação
Mensagem tem 2 componentes:
Informativa (o quê da mensagem) - domínio cognitivo
Afetiva (o como da mensagem) - domínio sensitivo/emocional
Relação de Ajuda
A COMUNICAÇÃO É REALMENTE IMPORTANTE EM QUALQUER
RELAÇÃO
A INFLUÊNCIA DA COMUNICAÇÃO DA ENFERMEIRA/O
DÁ-SE:
* Pelo tom da sua voz
* Pela sua atitude
* Pela sua maneira de ser
* Pela qualidade da sua presença
*Pela intencionalidade das suas
palavras e dos seus gestos

A influência da enfermeira/o não deve limitar a liberdade da pessoa ajudada,


não se trata de manipular o outro, mas sim de respeitá-lo, duma forma
autêntica e responsável, não fazendo prevalecer as suas ideias, mas a mudança
positiva do comportamento esperado na pessoa cuidada.
Pontes, et. al.(2007)
Relação de Ajuda

Comunicação Terapêutica (CT)

É um processo consciente e deliberado, usado para reunir informações


relacionadas com o estado de saúde da pessoa como um todo e
responder com uma abordagem verbal ou não-verbal que promova o seu
bem estar, melhore a forma como esta entende os cuidados prestados
(Wold, 2013 cit. Coelho, 2015)
e permita estabelecer uma relação terapêutica (Williams & Davis, 2005 cit.
Coelho, 2015).

A CT implica:
* ter intencionalidade terapêutica – visa dar resposta a um objetivo especifico;
* ter em conta a realidade especifica de cada pessoa;
* permitir identificar as verdadeiras necessidades de saúde das pessoas;
* ter valor terapêutico autónomo (tranquilizar, capacitar,…)
ou complementar (aumentar a eficácia de outra intervenção);
* promover sentimentos de confiança nas pessoas
(Coelho, 2015).
Relação de Ajuda

Comunicação Terapêutica
OBJETIVOS
▪Favorecer contacto físico (pelos sentidos) e afetivo;
▪Assegurar que o cliente se sente compreendido e entendido;
▪Personalizar e responder às expectativas do cliente;
▪Estabelecer um clima de confiança, de calor e de respeito;
▪Favorecer uma participação otimizada do cliente;
▪Transformar a experiência relacional uma ocasião de aprendizagem e
desenvolvimento para o cliente;
Modalidades da COMUNICAÇÃO
A. Comunicação não verbal ou psicobiológica
Envolve a utilização do corpo com as suas características fisiológicas,
físicas e gestuais. Inclui a distancia mantida entre as pessoas e as
posturas corporais.
B. Comunicação verbal ou psicolinguística
Envolve a utilização da palavra pelo homem com a finalidade de
expressar as suas necessidades ao mundo que o rodeia
Relação de Ajuda

Comunicação Terapêutica
Comunicação Não Verbal
CuriosidadeS
Génese dos Códigos não-verbais:
A. Programas neurobiológicos herdados
Investigações cientificas comprovaram que a expressão das emoções por
intermédio do corpo se deve a processos neurobiológicos. EX: crianças
invisuais.

B. Experiências comuns aos seres humanos


Relacionadas com a satisfação das necessidades humanas básicas: bocejar,
“barulhos” do estômago situação de fome, humedecimento dos lábios
situação de sede

C. Cultura, classe social e experiências familiares


Cultura: Variações na intensidade e na expressão de sentimentos (EX:
latinos versus nórdicos). Classe social: Posturas assumidas, modos de se
deslocar. Familiares: gestos de cumplicidade (EX: olhares)
Relação de Ajuda
Comunicação Terapêutica
Comunicação Não Verbal
Tipos de Comunicação não-verbal:
Cinésica Linguagem do corpo, movimentos, mímicas e gestos…
Proxémica Espaços interpessoais, distâncias entre pessoas em interação…
Táctil Como instrumento de sensação e de expressão da afetividade…
Para linguagem ou para verbal Tom de voz, articulação, ênfase dada a
determinadas palavras, grunhidos emitidos, silêncio …

Princípios da Linguagem Cinésica:


Centralidade do rosto na expressão da maior parte das emoções
Todo o movimento ou expressão corporal tem um significado
face ao contexto em que ocorre
A postura e os movimentos culturais são culturalmente
determinados
As atividades corporais têm significados socialmente
reconhecidos e válidos
Relação de Ajuda

Os cuidados de enfermagem centram-se na


relação interpessoal e empática com a pessoa
(princípios básicos da relação de ajuda- uma relação
De natureza Terapêutica ) (Phaneuf, 2005)

Intervenções autónomas

Iniciativa Projecto terapêutico da pessoa

Tomada de
Passa necessariamente por envolver a
decisão
pessoa capacitando-a em diversas áreas
Responsabilidade
contribuindo deste modo para as pessoas
ganharem controlo sobre as suas
próprias vidas. Empowerment.
( Phaneuf, 2005; Sequeira, 2016)
Relação de Ajuda

ESTILOS COMUNICACIONAIS
*São 4.
*Não são mais do que formas diferentes de abordar a situação
interpessoal.
*Há um estilo que prevalece sempre, perante determinada
situação.
*A utilização de determinado estilo de forma indiscriminada que
dá origem a problemas interpessoais. Respeito pelo Outro

Alto Baixo

Alta ASSERTIVIDADE AGRESSIVIDADE

Baixa PASSIVIDADE MANIPULAÇÃO

39
ESTILOS COMUNICACIONAIS
AGRESSIVO
Procura:
•Dominar os outros;
•Valorizar-se á custa dos outros;
•Ignorar e desvalorizar sistematicamente o que
os outros fazem e dizem.

Atitudes agressivas nas relações hierárquicas:

•Dominante: autoritarismo, frieza, menosprezo, intolerância.

•Subordinado: contestação sistemática, hostilidade “a priori”


contra tudo o que vem de cima.
Relação de Ajuda

ESTILOS COMUNICACIONAIS
AGRESSIVO

Sinais clínicos do agressivo:


- Arvorar um sorriso irónico;
- Olhar de revés o seu interlocutor;
- Fazer barulho com os seus afazeres enquanto os
outros se exprimem;
- Não controlar o tempo enquanto está a falar;

Motivos:

- Uma elevada taxa de frustração no passado


- O medo latente
- O desejo de vingança
Relação de Ajuda

ESTILOS COMUNICACIONAIS
PASSIVO
Tem medo de importunar os outros;
• Deixa que os outros abusem dele;
• Tem medo de avançar e decidir:
• Sente-se bloqueado, paralisado perante
um problema para resolver.

Sinais clínicos do passivo:


• Roer as unhas;
• Bater com os dedos na mesa:
• Riso nervoso;
• Mexer frequentemente os pés;
• Frequentemente ansioso;
• Tem insónias.
Relação de Ajuda

ESTILOS COMUNICACIONAIS
PASSIVO

Frases ouvidas com maior frequência por


uma pessoa passiva

- «Não queria dramatizar».

- «É preciso deixar as pessoas à vontade».

- «Admito que os outros sejam directos comigo, mas eu tenho


receio de os ferir».

- «Não sou o único a lamentar-me».


Relação de Ajuda
ESTILOS COMUNICACIONAIS
MANIPULADOR
• Parece um actor de teatro;
• Fala por meias palavras;
• Especialista em rumores (diz-que-disse);
• Hábil a criar conflitos;
• Tira partido do sistema (das leis e das
regras);
• A arma preferida é a culpabilidade;
• Faz chantagem moral;
• Apresenta-se sempre cheio de boas
intenções.
Consequências das atitudes manipuladoras
O manipulador perde a sua credibilidade à medida que os
seus «truques» forem descobertos.
Uma vez descoberto, o manipulador tende a vingar-se dos
outros e, se tem poder, utiliza-o para isso.
Dificilmente recupera a confiança dos outros.
Relação de Ajuda

ESTILOS COMUNICACIONAIS
(São 4: agressivo; passivo; manipulador; assertivo)

AUTO-AFIRMATIVO

O que se afirma:
• Á vontade na relação face a face;
• Verdadeiro consigo, com os outros;
• Procura compromissos realistas em caso de desacordo;
• Negoceia na base de interesses mútuos e não mediante
ameaças;
• Não deixa que o pisem;
• Relação fundada na confiança e não na dominação e
calculismo;
• Coloca as coisas muito claramente;
• Negoceia na base de objetivos precisos e claramente
determinados.
Relação de Ajuda

ESTILOS COMUNICACIONAIS
AUTO-AFIRMATIVO
A atitude auto-afirmativa também pode ser
chamada de «assertividade».

A auto-afirmação ou auto-afirmar-se significa evidenciar os seus


direitos e admitir a sua legitimidade sem ir contra os direitos dos
outros.

Pessoa assertiva: pronuncia-se de forma serena e


construtiva, desenvolve a sua capacidade de se
relacionar com o mundo e privilegia a responsabilidade
individual.
Relação de Ajuda

ESTILOS COMUNICACIONAIS
Técnica de Afirmação

Bower (1976)
*Esta técnica permite o treino e o desenvolvimento da
atitude de AUTO-AFIRMAÇÃO

*Reduz as tensões entre as pessoas.

A técnica de auto-afirmação é chamada D.E.S.C.


São as iniciais de:

*DESCREVER – D
*EXPRESSAR – E
*ESPECIFICAR –S
*CONSEQUÊNCIA - C
Relação de Ajuda

ESTILOS COMUNICACIONAIS

Técnica de Assertividade

*Descreve: O Sr.A descreve o comportamento do sr. B


de uma forma tão precisa e objectiva quanto possível.

*Expressar: O Sr. A transmite ao Sr.B o que pensa e sente


em relação ao seu comportamento, sentimentos,
preocupações, desacordos ou críticas.

*Especificar (Specify): O Sr.A propõe ao Sr.B uma forma


realista de modificar o seu comportamento.

*Consequência: «O Sr.A tenta interessar ao Sr.B pela solução


proposta, indicando-lhes possíveis consequências benéficas de
nova atitude que lhe é proposta.
Relação de Ajuda

ESTILOS COMUNICACIONAIS
Caso Prático

Sr. D está muito insatisfeito no seu trabalho porque o chefe


frequentemente lhe pede para realizar tarefas que considera
humilhantes, que não pertencem, de modo algum, às suas
atribuições.
Todas as manhãs lhe pede para ir comprar cigarros.
Trata-se de um problema que afecta a relação entre subordinado e
superior?
O subordinado está insatisfeito; sente-se humilhado.

Como resolver esta insatisfação, utilizando a técnica D.E.S.C ?


Relação de Ajuda

ESTILOS COMUNICACIONAIS

Resolução do Caso Prático...


Descreve « o senhor pede-me todas as manhãs para lhe ir comprar
cigarros»
« Devo dizer-lhe que não me parece que esse serviço faça
Expressa parte das minhas atribuições. Para além disso, sinto uma
grande humilhação em relação aos meus colegas»
Especifica « Proponho que, daqui para diante, encarregue o porteiro
(Specify) desse serviço, porque faz parte das suas funções»
« Isso far-me-ia ganhar tempo para realizar atempadamente e
Consequências com perfeirção o meu trabalho. E o senhor seria melhor
servido, com certeza».
Relação de Ajuda
ESTILOS COMUNICACIONAIS
Elementos para um
comportamento Assertivo

“Os sujeitos assertivos olham mais enquanto falam do que os


O olhar
sujeitos pouco assertivos.”

“ A pessoa assertiva adoptará uma expressão facial que


A expressão Facial
esteja de acordo com a mensagem que quer transmitir.”

A postura Corporal “ A pessoa assertiva adoptará geralmente uma posição


próxima e erecta , olhando de frente para a outra pessoa.”
“ Os gestos assertivos são movimentos desinibidos. Sugerem
Os Gestos
franqueza, segurança e espontaneidade por parte daquele
que está a falar.”
“ A área paralinguística ou vocal diz respeito ao modo como
Componentes Paralinguísticos
se transmite a mensagem.”
“ Os elementos verbais influenciam de forma decisiva o facto
Componentes Verbais de uma comunicação ser interpretada como assertiva51 ou
não.”
Relação de Ajuda

Atitudes de uma pessoa Assertiva

O Assertivo não diz….. O Assertivo diz…..

Eu gostaria de realizar o meu trabalho sem


Estas sempre a interromper o meu trabalho. interrupções. Pode ser?

Tu não és de confiança Eu senti-me traído na confiança que tinha em ti.

Há tarefas em relação a tua função que tens de


És um incompetente. aprender a fazer para seres mais competente.

Só um idiota como tu e que apresenta essa Como chegaste a essa solução? Quais as
solução. consequências dessa solução?

“Ousemos melhorar a qualidade das nossas


52
relações”
Castaneyer (2006)
Relação de Ajuda
Assertividade

Comunicação – A palavra comunicar provém do latim comunicare que


significa «pôr em comum», «entrar em relação com».

Sendo assim, comunicar é essencial para o ser humano porque se trata de


um processo que faz do homem aquilo que ele é e permite que se
estabeleça a relação interpessoal.

Se se quiser comunicar com eficácia e com integridade,


isto é, promovendo os seus direitos e não violando os
direitos dos seus interlocutores
=
COMUNICAÇÃO ASSERTIVA.
Relação de Ajuda

O processo de cuidado constituí-se como uma relação interpessoal

Qual a Atitude ao cuidar

Se encontrares um homem com fome, não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar
(Confúcio cit. Lazure, 1994) “Cuidar com…” e não “Cuidar para…” (Collière, 1999)
I Caso Prático

Como escutar eficazmente?

http://youtu.be/8OCLZIwAG7I?t=43s

“Falar é uma necessidade,


escutar é uma arte” 19
Goethe
Relação de Ajuda

“ Ainda que a investigação dos últimos anos se tenha debruçado


afincadamente sobre o processo terapêutico e os diferentes
componentes deste processo, como a aliança terapêutica (Zilda-
Mano et. Al.,2016), as características dos terapeutas (Goldberg at. al.,
2016)os sistemas de feedback (Miller et. al., 2015), há sempre a questão
essencial de serem os clientes os grandes protagonistas do
processo.
(Leal, 2018:24)

Cuidar sem deixar de se cuidar


Relação de Ajuda
Leituras Interessantes

Tema: Comunicação
Thomas D`Ansembourg, psicoterapeuta, Francês.
Reflexões sobre mantendo o respeito por si mesmo e pelo outro
-Deixe de ser simpático, seja verdadeiro (2016). Lisboa: Pergaminho.
ISBN: 9789896873745
- Como se relacionar bem, usando uma linguagem não violenta (2018)

Marshall Rosenberg, psicólogo, Americano


Reflexões - método comunicativo – comunicação não violenta
-Comunicação não violenta: técnicas para aprisionar relacionamentos
pessoais e profissionais (2006)
- Vivendo a comunicação não violenta (2019)
Relação de Ajuda
Referências Bibliográficas

Azevedo, L. de. (2006). Comunicar com assertividade. Lisboa: Instituto de


Emprego e Formação Profissional.
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ISBN: 989-558-05 25.
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Relação de Ajuda
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Sequeira, C. 2006). Introdução à prática clínica. do diagnóstico à intervenção em enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica.
Coimbra: editora quarteto. ISBN 989-558-083-5.
Sequeira, C. (2016. Comunicação Clínica e Relação de Ajuda. Lisboa: Lidel. ISBN: 978-989-752-168-3.
Sequeira, C. e Sampaio, F. (2020). Enfermagem em Saúde Mental – Diagnósticos e Intervenções. Lisboa: Lidel.
ISBN: 978-989-752-413-4.

FONTES
Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros (REPE)
(Aprovado pelo Decreto- Lei nº 161/96 de 4 de Setembro)

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