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25/06/2023

25/06/2023 AGF 1

➲ 55% a 60% é composto por plasma de seu volume total

➲ Glóbulos vermelhos ou hemácias que transportam o


oxigênio ligado à hemoglobina

➲ Glóbulos brancos com a função de defesa

➲ As plaquetas fazem parte do mecanismo de coagulação

➲ 70 ml / Kg para adultos

➲ 80 ml / Kg para crianças

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DEFINIÇÃO:

 É a perda de sangue devido ao rompimento


de um vaso sanguíneo

 Pode ser venosa, arterial ou capilar

 Hemostasia, são as técnicas para controle do


sangramento

 Pode ser interna ou externa quanto a


localização

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 Quanto maior a quantidade de sangue perdida


mais grave é a hemorragia

 Quanto maior a velocidade também

 Hemorragias graves não tratadas levam ao


estado de choque

 Hemorragias lentas levam ao quadro de


anemia

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QUADRO CLÍNICO:

 Perdas de até 15% (750 ml) – geralmente


não causam alteração. São compensadas
pelo próprio organismo

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 Perdas maiores que 15% e menores que 30% (750 a 1500


ml) – geralmente causam estado de choque compensado
(sem hipotensão arterial)
 Ansiedade
 Sede
 Taquicardia (FC: 100 a 120 bpm)
 Pulso radial fraco
 Pele fria
 Palidez
 Suor frio
 FR> 20 /mim
 Enchimento capilar lentificado . 2 seg.

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 Perdas acima de 30% (maiores que 1500 ml) – levam


ao choque descompensado com hipotensão
 Alteração das funções mentais, agitação, confusão ou
inconsciência
 Sede intensa
 Pele fria
 Palidez
 Suor frio
 FC> 120 bpm
 Pulso radial ausente ( PA)
 Taquipnéia importante
 Enchimento capilar lento

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A PARTIR DE MAIS DE 50%


DO VOLUME SANGUÍNEO
CAUSA MORTE

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MANTER O ABC DA VIDA

TÉCNICAS DE HEMOSTASIA

 COMPRESSÃO DIRETA DA LESÃO


 COMPRESSÃO INDIRETA
 TORNIQUETE

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Controlar a hemorragia tem PRECEDÊNCIA sobre acesso venoso e


infusão de líquidos.
1) Primeira opção é a pressão direta sobre o sítio.

* Cuidado: não comprimir sobre objeto impalado e sim em volta.

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A perssão direta é subtituída pelo curativo compressivo (gazes sobre


o sítio e envolver com bandagem elástica) após controle da hemorragia
ou quando é preciso liberar as mãos do socorrista.

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2) Torniquetes são 2ª opção com base em evidências.

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Protocolo para torniquete:

➢ Deve ser largo (10 cm).

➢ Aplicar um palmo fechado acima da lesão.

➢ Monitorar o sítio para controle da hemorragia. Se não controlar, apertá-lo


mais ou aplicar um 2º torniquete, proximal ao primeiro.

➢ Seguro até 120 a 150 min. Após isso, afrouxar e checar: se ressangrar
reapertá-lo, caso contrário, substituir por curativo compressivo.

➢ Não pode afrouxar se sinais de choque grau III-IV ou amputação ou


torniquete > 6h).

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CLASSIFICADOS COMO:

 Hipovolêmico: causado pela perda de fluido em quantidade


suficiente para evitar o enchimento do sistema cardiovascular

 Cardiogênico : incapacidade do coração de bombear o sangue com


eficiência

 Distributivo: produzido pela dilatação dos vasos sanguíneos, que


torna o volume sanguíneo insuficiente para encher o sistema
circulatório, mesmo que este volume em termos absolutos seja
normal

 Obstrutivo: devido a obstrução do retorno venoso ao coração ou do


bombeamento cardíaco.

A ocorrência de um ou mais destes fatores pode causar o estado de


choque

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CAUSA DO ESTADO DE CHOQUE:

 Hipovolêmico: hemorragias internas e externas, perdas de plasma


em queimaduras graves ou por situações clínicas acompanhadas
por desidratação intensa

 Cardiogênico : é causado principalmente pelo IAM c/ destruição do


músculo cardíaco

 Distributivo: é causado pela dilatação dos vasos sanguíneos.


Existem vários tipos de choque distributivo. (neurogênico, séptico
e anafilático)

 Obstrutivo: devido a obstrução do retorno venoso ao coração ou


do bombeamento cardíaco. As principais causas são o
pneumotórax hipertensivo e o tamponamento cardíaco

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AVALIAÇÃO DO CHOQUE
SINAIS COMPENSADO DESCOMPENSADO

Taquicardia acentuada, pode


Pulso Taquicardia
haver bradicardia
Palidez cérea, sudorese
Pele Palidez, úmida
intensa

Pressão arterial Normal Diminuída

Consciência Não alterada Alterada

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TRATAMENTO
Hipovolêmico:
 Curativos compressivos
 Pinçamento e ligadura de vasos
 Reposição volêmica com sangue e/ou soluções
hidroeletrolíticas
Cardiogênico:
 Dopamina BIA
 Dobutamina
 Noradrenalina
 vasodilatadores

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Neurogênico:
 Oxigênio (para todos)
 HV (para todos)
 Solução de cristalóides
 Dopamina em altas doses
 Fenilefrim®
Séptico:
 Repor volume
 Antibiótico terapia
 Remoção cirúrgica do foco infeccioso
 Corticosteróide
 Heparina (disseminação de coágulos intravascular)

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Anafilático:
 Epinefrina venosa
 Solução aquosa de epinefrina
 Diphenidramina ( Benadryl® IM)
 Glucocorticoide – A

 Aerossol β – agonista

 Aminofilina
Obstrutivo:
 Identificar as causas o mais rápido possível
 Realização de medidas salvadoras

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Acesso Venoso/ líquido

➢Exceto casos de remoção demorada, acesso venoso para expansão


volêmica é obtido NA VIATURA, A CAMINHO do hospital.

➢Estudo mostrou benefício confirmado com tempo de cena ou


transporte > 30 minutos (Lewis, FR. J Trauma 26:804, 1986).

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Expansão Volêmica em Hemorragia


não Controlada

➢ A expansão volêmica pré-hospitalar faz sentido empírico, mas carece


de evidência de benefício prognóstico.

➢ Expansão em bolus parece piorar prognóstico. Tendência atual é


Expansão Contínua (i.e. restrita ou controlada) – RL ≈ 35 ml/kg/h
com melhores resultados – com Hipotensão Permissiva (PAM ≈ 40 a
50 mmHg).

Excessão: choque + TCE.

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Immediate Versus Delayed Fluid


Resuscitation For Hypotensive Patients
With Penetrating Injuries.
Bickell, William H.; Wall, M atthew J. Jr.; Pepe, Paul E.; M artin, R. Russell;
Ginger, Victoria F.; Allen, M ary K.; Mattox, Kenneth L.
(N Engl J Med 1994;331:1105-9.)

“Conclusão: Para pacientes hipotensos com lesões penetrantes de torso , o

atraso de fluidoterapia agressiva até intervenção operatória melhora os

resultados.”

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CONTINUOUS FLUID RESUSCITATION FOR


TREATMENT OF UNCONTROLLED
HEMORRHAGIC SHOCK FOLLOWING
MASSIVE SPLENIC INJURY IN RATS
Oussama Abu-Hatum, Yulia Bashenko, Mark Hirsh, and Michael M. Krausz
The Bruce Rappaport Faculty of Medicine, Technion-Israel Institute of
Technology, Haifa, Israel (SHOCK, Vol. 18, No. 6, pp. 574–579, 2002)

“Em conclusão, a infusão contínua de RL, Na7,5%, e HES após lesão

esplênica maciça.. aumento significativo no sangramento intra-abdominal,

mas...sobrevivência na primeira hora permaneceu inalterada, em contraste com

a infusão em bolus, que aumenta a mortalidade precoce.”

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CHOQUE HEMORRÁGICO
Soluções Intravenosas

➢ Cristalóides: Ringer Lactato é a melhor. NaCl 0,9% em grandes

volumes pode causar hipercloremia e acidose metabólica paradoxal.

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CHOQUE HEMORRÁGICO
Soluções Intravenosas
➢ Salina Hipertônica: não há diferença demonstrável ainda.

Efficacy of hypertonic 7.5% saline and 6% dextran-70 in treating


trauma: a meta-analysis of controlled clinical studies.
Wade CE, Kramer GC, Grady JJ, Fabian TC, Younes RN. Department of
Neurobiology, Physiology, and Behavior, University of California, Davis, USA
(Surgery. 1997 Sep;122(3):609-16.)

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CHOQUE HEMORRÁGICO
Soluções Intravenosas
➢ Colóides: não há diferença demonstrável ainda.

➢ Problemas com alergia e CIVD com colóides sintéticos, sobretudo


Hidroxietilamido (HES).

A Comparison of Albumin and Saline for Fluid Resuscitation in the


Intensive Care Unit. The SAFE Study Investigators*
(N Engl J Med 2004;350: 2247-56.)

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CHOQUE HEMORRÁGICO
Soluções Intravenosas – Perspectivas futuras

Substitutos sanguíneos:

➢ Perfluorcarbonos

➢ Carreadores de Oxigênio Baseados em Hemoglobina (HBOC)

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Hemorragia Não Controlada

Choque classe I ou II
Choque classe III ou IV

Infusão de
cristalóide Suspeita de Sem suspeita de
em KVO* lesão encefálica lesão encefálica

Titular Titular
cristalóides para cristalóides para
PAs > 90 mmHg PAs= 90 ou
PAM= 60 mmHg

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Hemorragia Controlada e choque II-IV

Bolus 1 a 2l de RL*

Resposta Rápida Resposta Transitória,


Mínima ou Ausente**

Expandir Volemia
Suspeita de Sem suspeita de
até normalizar
lesão encefálica lesão encefálica
sinais vitais

Titular Titular
cristalóides para cristalóides para
PAs > 90 mmHg PAs= 90 ou
PAM= 60 mmHg

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ACESSO INTRAÓSSEO

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Um grande abraço a todos!

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