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Referenciais da abordagem:
- Existencial:
O cliente possui dentro de si a capacidade e autonomia de responder sobre suas
necessidades. A função do terapeuta é acompanhá-lo em seu processo de
autodescoberta;
Cliente x paciente: Na Gestalt terapia vemos a pessoa que busca a psicoterapia
como um sujeito ativo em seu processo de desenvolvimento. Dessa forma a
auto responsabilidade é algo valorizado na abordagem; diferenciando-se de
outras abordagens que adotam a nomenclatura paciente e que portanto fazem
referência a uma postura passiva do sujeito diante do terapeuta que seria a
representação da figura de suposto saber.
- Humanista:
Cada pessoa possui dentro de si um potencial para a saúde possui a capacidade
de encontrar as suas próprias respostas.
- Fenomenologia:
O terapeuta atua como um consultor fenomenológico trazendo luz sobre os
fenômenos que surgem no aqui e agora da sessão. Ajudando, dessa forma, a
pessoa a entrar em contato com essa realidade que antes não estava exposta de
forma tão clara.
Ajudamos a pessoa a se dar conta do seu processo para que, então, ela possa
fazer suas escolhas e os ajustes necessários com maior assertividade. Dessa
forma, o cliente possui autonomia para aplicar o que descobre sobre si mesmo
nas sessões em outros espaços e momentos de sua vida. Assim, não está
dependente de alguém para interpretar a sua vida, fornecendo as respostas por
ela.
- Holismo:
A Gestalt terapia entende que o todo é maior que a soma das partes. Não está
restrita a trabalhar apenas com aquilo que o paciente comunica em sua fala.
Isso a torna uma abordagem rica em recursos para o trabalho terapêutico.
Possui em sua base conceitual referenciais da psicoterapia corporal, para o
trabalho com o corpo. Possui também a referência do psicodrama que nos
permite trabalhar com dramatizações e experimentos vivenciais que
potencializam o contato do cliente com suas questões para que possam
compreender melhor as suas necessidades e de que formas de atendê-las.
Exemplo de experimento: Hot seat.
Um sintoma como uma dor de cabeça faz parte de um todo maior que é o
organismo fazendo ajustes adaptativos ao seu ambiente. Logo esse sintoma é
compreendido como parte de um todo.
Não se faz divisão entre o que é psíquico e o que é orgânico.
Assim como as demais esferas que compõem a vida de uma pessoa: o social, o
espiritual. A pessoa é compreendida como um ser: Bio + Psico + social +
espiritual.
O papel do terapeuta é acompanhá-la na ampliação de sua consciência sobre
como está manejando suas necessidades nessas esferas e no desenvolvimento
de recursos funcionais.
- Saúde:
Todo o processo é desenvolvido a favor de desenvolver as potencialidades
humanas;
- Não há divã:
(diferente da psicanálise) O terapeuta e o cliente trabalham frente a frente, pois
em função da perspectiva holística mencionada acima precisam olhar e
perceber todos os aspectos comunicados (verbais e não verbais).
- Relação horizontal entre cliente e terapeuta:
Um não sabe mais que o outro. Trata-se de uma relação genuína – ambas as
partes podem se expressar nessa relação de forma autêntica. Todavia, tudo
comunicado pelo terapeuta visa ser direcionado a favor do processo do cliente.
Entendemos na Gestalt terapia que uma relação saudável com outro ser
humano como um recurso com potencial terapêutico e transformador.
Possibilita, dessa forma, a ressignificação sobre elementos das relações
interpessoais e intrapessoais.
Diferente de abordagens que adotam a psicodinâmica da psicanálise em que o
terapeuta não compartilha aspectos sobre si mesmo em função da valorização
de uma suposta neutralidade, na Gestalt terapia aquilo que o psicoterapeuta
sente e vive na relação terapêutica, está a serviço do cliente e é usado como
recurso.
- Intervenções lúdicas:
Utilizam-se bonecos, almofadas, dramatizações e experimentos