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BRASÍLIA
2023
FACULDADE DOM ALBERTO
JULIANA FERREIRA FELIPE
BRASÍLIA
2023
COMPREENDENDO OS DESAFIOS DA GESTALT-TERAPIA NA PRÁTICA
[1]
Juliana Ferreira Felipe ,
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO
AGRADECIMENTO
Neste momento de gratidão, agradeço a Deus por me permitir ter saúde e determinação
durante esta jornada de conclusão do meu trabalho.
Gostaria também de expressar minha gratidão aos meus pais, Jorge Felipe e Dirce Maria,
por terem sido uma presença constante ao longo de toda a minha trajetória, sempre me
apoiando e servindo de exemplo de garra, persistência e força. Um agradecimento
especial aos meus filhos, que são a razão da minha vida e a inspiração para tudo o que
faço. E, claro, ao meu parceiro de vida, caminhada e melhor amigo Mauro Guimarães.
1. INTRODUÇÃO
Alguns terapeutas podem ter dificuldade em manter uma postura neutra durante as
sessões, especialmente quando lidam com questões que tocam em suas próprias
crenças e valores pessoais. É importante que o terapeuta esteja em constante
formação e atualização, para que possa oferecer um trabalho cada vez mais efetivo e
ético aos seus clientes. A Gestalt-Terapia é uma abordagem dinâmica e em constante
evolução, e os terapeutas devem estar abertos a novas ideias e perspectivas, para que
possam oferecer um trabalho cada vez mais completo e efetivo.
C. Abordando a Resistência do Paciente na Gestalt-terapia: É comum que alguns
pacientes resistam à abordagem da Gestalt-terapia, principalmente quando estão mais
familiarizados com outros estilos terapêuticos. Para superar essa barreira, o terapeuta
deve possuir habilidades interpessoais sólidas, que permitam promover a confiança e a
colaboração do cliente. A evitação de contato pode ser saudável ou patológica,
conforme “sua intensidade, sua maleabilidade, o momento em que intervêm e, de uma
maneira mais geral, sua oportunidade.” (GINGER e GINGER, 1995).
Os Mecanismos de defesa não são bons nem ruins em si mesmos. É o uso e o
funcionamento que o cliente faz deles que pode ser caracterizado como "patológico".
Abaixo, listamos os mecanismos mais citados pelos autores da Gestalt-terapia:
Confluência (Perls) - É um estado de não-contato, ou um momento pré-contato.
Introjeção (Perls) - Significa a incorporação de elementos do meio, de ideias a
sentimentos, relações e valores.Processos de identificação com ambiente são a forma
de constituição de identidade. Projeção (Perls) - Significa atribuir ao meio elementos
fantasiados pelo próprio indivíduo. Para Perls, há aqui um deslocamento da
responsabilidade do indivíduo para o meio. Retroflexão (Perls) - Consiste em voltar
para si mesmo a energia mobilizada para o contato, e fazer a si aquilo que gostaria de
fazer aos outros ou no mundo ou ainda que os outros lhe fizessem. Deflexão (Polster) -
Permite evitar o contato direto, desviando a energia de seu objeto primitivo. Proflexão
(Sylvia Croker) - Uma combinação de projeção e retroflexão, consiste em fazer ao outro
aquilo que gostaríamos que o outro nos fizesse. Egotismo (Goodman) - Consiste em
um reforço deliberado nas fronteiras de contato, pelo foco da energia no ego.
Além disso, é importante que o terapeuta esteja sempre atento às necessidades do
cliente e possua uma abordagem flexível, adaptando-se às demandas e
particularidades de cada caso. A Gestalt-terapia é uma abordagem que valoriza a
vivência do momento presente e utiliza diversas técnicas para promover a
autoconsciência e o autoconhecimento do indivíduo. Por isso, é fundamental que o
terapeuta seja capaz de conduzir o processo terapêutico com empatia, respeito e
acolhimento, buscando sempre o bem-estar e a autonomia do cliente. Com essas
habilidades e competências, é possível abordar com eficácia a resistência do cliente na
Gestalt-terapia e promover transformações significativas em sua vida.
D. Enfatizando o Momento Presente na Gestalt-Terapia: A gestalt-terapia coloca
ênfase na atenção plena e consciência do momento presente, denominada awareness.
No entanto, para alguns clientes, pode ser difícil deixar de lado preocupações passadas
ou futuras e se concentrar no presente. Nesses casos, o terapeuta deve auxiliar o
cliente em desenvolver essa habilidade de consciência plena.
A Gestalt-terapia compreende que a consciência é um evento focalizado no
presente, no aqui-e-agora, isto significa que: para perceber melhor um fenômeno
'dentro' ou 'fora' de mim mesmo, devo estar concentrado em minhas funções de
contato, na relação "ser-no-mundo". Este fluxo de consciência é conceituado em
Gestalt-terapia como "awareness". Quando tal fluxo é interrompido significa que a
consciência deixou de focalizar sua percepção sensorial atual para focalizar também
uma fantasia, antecipando o futuro ou lembrando o passado. Tais fantasias são a base
dos mecanismos de evitação de contato, que podem ter um funcionamento patológico.
Para ajudar o cliente a se concentrar no momento presente, o terapeuta pode utilizar
diversas técnicas, como a respiração consciente, a meditação e a visualização. Essas
técnicas ajudam a acalmar a mente e a focar no presente, permitindo que o cliente
entre em contato com suas emoções e sensações corporais.
Ao enfatizar o momento presente na terapia, a gestalt-terapia ajuda o cliente a
desenvolver habilidades de autoconsciência e auto gerenciamento, que podem ser
aplicadas em todas as áreas da vida. Com o tempo, o cliente aprende a viver de forma
mais consciente e a lidar com os desafios de forma mais eficaz.
E. Avaliação e Mensuração de Resultados Terapêuticos na Abordagem Gestalt-
Terapia: A Gestalt-terapia valoriza a experiência subjetiva e as transformações internas
do cliente, o que pode dificultar a avaliação objetiva e quantitativa dos resultados
terapêuticos. O terapeuta deve estar atento às mudanças subjetivas do cliente e buscar
maneiras criativas de avaliar o progresso terapêutico.
O terapeuta pode avaliar a qualidade do contato do cliente consigo mesmo e com o
ambiente que o cerca, assim como a sua capacidade de autorregulação emocional e de
tomar decisões conscientes e responsáveis.Outra forma de avaliação é através de
questionários ou escalas, que permitem a mensuração de aspectos específicos, como
ansiedade, depressão, autoestima, entre outros. Além disso, a Gestalt-terapia enfatiza a
importância do acompanhamento do cliente após o término do processo terapêutico,
para verificar a manutenção das mudanças e identificar possíveis recaídas de forma
preditiva. O terapeuta também pode incentivar o cliente a estabelecer metas claras e
mensuráveis para o seu processo terapêutico, o que facilita a avaliação dos resultados
e a identificação de novos objetivos a serem alcançados. Cada terapeuta tem suas
próprias dificuldades particulares e, portanto, é fundamental buscar supervisão clínica,
melhorar suas habilidades e estar disposto a aprender continuamente para superar
esses desafios.
6.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este presente trabalho, buscou a definição da clínica Gestalt, para assim ter
entendimento de como ela funciona, suas fragilidades, para um melhor tratamento,
compreendendo como acontece o relacionamento psicoterapeuta e cliente. A GT tem
como melhor particularidade a visão de terapia como processo de “descobrir” verdades.
Além disso, é a Gestalt- terapia um trajeto por caminhos variados, sempre em busca da
verdade, que nada mais é: quem somos nós como pertencentes ao mundo que nos
cerca.
Por esse motivo, a relação terapeuta-cliente é um assunto bastante tratado no ciclo
acadêmico e entre os psicólogos que lidam na clínica. Há abordagens que protegem a
ideia de que o terapeuta deve manter uma certa distância de seu cliente para que
consiga examiná-lo de forma eficiente, com neutralidade e sem envolvimento afetivo.
Quando se fala de Gestalt- terapia, é comum no começo do atendimento clínico, o
psicoterapeuta ser buscado por indivíduos que querem ser curados, falando que
perderam o sentido de quem são, do que estão refletindo, sentindo, fazendo ou falando.
Não estão conscientes de si mesmas, permitem ao outro, no caso o terapeuta, o poder
de curá-las.
O Psicólogo trabalha para que o cliente melhore e aumente a capacidade de se
autorregular, de desenvolver o auto suporte e de acrescer o autoconhecimento, por
meio de contatos saudáveis e aumento de awareness. Entenda-se que o
autoconhecimento permite que cada um liberte-se dos seus “deverias” para achar quem
realmente é, isto é, o autoconhecimento mostra a essência de cada pessoa. Por fim, a
prática clínica da Gestalt necessita então do movimento e da relação criada no contexto
do atendimento psicológico. Os métodos fazem parte deste trabalho e são um auxílio
ao psicólogo para que possa ajudar o cliente em busca de um conhecimento mais
profundo sobre si, sobre o meio que o cerca e sobre a relação entre eles.
REFERÊNCIAS
BUBER, M. (2001). Eu e Tu. Tradução, introdução e notas por: Newton Aquiles Von
Zuben, São Paulo: Centauro
GINGER, S., GINGER, A. Gestalt: Uma terapia de contato. São Paulo: Summus,
1995.
LOFFREDO, A.M. A cara e o rosto: ensaio sobre Gestalt terapia. São Paulo, Escuta,
1994.
Perls, F. S., Hefferline, R. F., & Goodman, P. (2018). Gestalt therapy: Excitement and
growth in the human personality. Souvenir Press.