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PMSC ME-60-001

ESTADO DE SANTA CATARINA


POLÍCIA MILITAR
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

MANUAL DE TRABALHOS ACADÊMICOS DA


POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA

2023

1
PMSC ME-60-001

ESTADO DE SANTA CATARINA


POLÍCIA MILITAR
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

MANUAL DE TRABALHOS ACADÊMICOS DA


POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA

2023
Comandante-Geral
Coronel PM Aurélio José Pelozato da Rosa

Subcomandante-Geral
CoronelPM Alessandro José Machado

Chefe do Estado-Maior Geral


Coronel PM Jailson Aurélio Franzen

Diretor da Academia de Polícia Militar da Trindade


Coronel PM Adriano Madeira

Organização
Tenente-Coronel PM Alfredo Schuch
3º Sargento PM Edson Rosa Gomes da Silva
Prof.ª. Dr ª. Ana Paula Knaul
Prof.ª. Dr ª. Dilva Páscoa De Marco Fazzioni
Prof. Esp. Fábio Luiz Raulino
Prof.ª. Esp. Henriete Jacobsen
Prof.ª. Dr ª. Luciana Mara Silva
Prof.ª. Dr ª. Mayara Atherino Macedo
Prof.ª. Dr ª. Vera Lúcia Andrade Bahiense

P762

Polícia Militar de Santa Catarina. Academia de Polícia Militar


da Trindade.
Manual de trabalhos acadêmicos – 1. ed. - Florianópolis:
PMSC, 2023.
157 p. : il.

ISBN: 978-65-999438-0-5

1. Metodologia científica. 2. Normalização - ABNT. 3.


Metodologia da pesquisa. I. Polícia Militar de Santa Catarina. II.
Academia de Polícia Militar da Trindade. III. Título.

CDD:
001.42

Ficha catalográfica elaborada por:


Dilva Páscoa De Marco Fazzioni - CRB: 14/636 e
Luciana Mara Silva - CRB: 14/948.
Biblioteca da APMT (Cap Osmar Romão da Silva).

__________________________________________________________________________

Como referenciar esta publicação:

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA. Academia de Polícia Militar da Trindade. Manual


de trabalhos acadêmicos da Polícia Militar de Santa Catarina. 1. ed. Florianópolis:
PMSC, 2023.
__________________________________________________________________________
ESTADO DE SANTA CATARINA
POLÍCIA MILITAR
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

ATO Nº 387/APMT/PMSC/2023.

Pág. 01 de 02 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo PMSC 00053316/2021 e o código F605VK4C.
Aprova o Manual de Trabalhos Acadêmicos da Polícia Militar
de Santa Catarina (PMSC ME-60-001).

O DIRETOR DA ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA


TRINDADE, no uso de suas atribuições, fundamentado no art. 12, das Instruções Gerais nº.
10-002/PMSC/2023,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar o Manual de Trabalhos Acadêmicos da Polícia


Militar de Santa Catarina (PMSC ME-60-001), que com este baixa.

Art. 2º Este Ato entra em vigor na data desua publicação.

Florianópolis – SC, 05 de abril de 2023.

[documento assinado eletronicamente]


ADRIANO MADEIRA
Coronel PM – Diretor da APMT

(Publicado no Boletim Eletrônico da Polícia Militar nº. 14, de 05 de abril de 2023)

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 - Sociologia da Mudança e Sociologia da Regulação..............................................19


Ilustração 2 - Paradigmas para Ciência Social ...........................................................................20
Ilustração 3 - Ciências. ...............................................................................................................23
Ilustração 4 - Visão de Piaget sobre Multi, Inter e Transdisciplinaridade, que também é destacada
por Sommerman (2008)...............................................................................................................26
Ilustração 5 - Propositura da Dedução/Indução...........................................................................30
Ilustração 6 - Três momentos do Método Dialético......................................................................31
Ilustração 7 - Algumas indagações que o projeto de pesquisa deverá responder.......................40
Ilustração 8 - Elementos básicos que usualmente constituem o projeto de pesquisa................41
Ilustração 9 - Checklist de verificação do tema de pesquisa.......................................................42
Ilustração 10 - Formulação do Objetivo Geral..............................................................................47
Ilustração 11 - Requisitos preenchidos por uma pesquisa científica...........................................55
Ilustração 12 - Fases do planejamento de uma pesquisa............................................................56
Ilustração 13 - Esquema Gráfico do Protocolo de Pesquisa........................................................59
Ilustração 14 - Operadores Booleanos........................................................................................61
Ilustração 15 - Portal da CAPES..................................................................................................62
Ilustração 16 - Resultado da Pesquisa do termo “Maria da Penha”............................................63
Ilustração 17 - Três momentos do desenvolvimento do trabalho científico.................................66
Ilustração 18 - Mancha gráfica....................................................................................................68
Ilustração 19 - Modelo de sumário..............................................................................................72
Ilustração 20 - Modelo de glossário.............................................................................................74
Ilustração 21 - Modelo de apêndice.............................................................................................75
Ilustração 22 - Modelo de anexo..................................................................................................76
Ilustração 23 - Modelo de índice..................................................................................................77
Ilustração 24 - Citações diretas e indiretas..................................................................................79
Ilustração 25 - Estrutura da monografia.......................................................................................99
Ilustração 26 - Modelo de capa.................................................................................................100
Ilustração 27 - Modelo da folha de rosto....................................................................................101
Ilustração 28 - Modelo de errata................................................................................................102
Ilustração 29 - Modelo de folha de aprovação...........................................................................103
Ilustração 30 - Modelo de dedicatória........................................................................................104
Ilustração 31 - Modelo de agradecimentos................................................................................105
Ilustração 32 - Modelo de epígrafe como elemento pré-textual.................................................106
Ilustração 33 - Modelo de epígrafe na folha de abertura da seção primária.............................107
Ilustração 34 - Modelo de resumo em língua vernácula............................................................108
Ilustração 35 - Modelo de resumo em língua inglesa.................................................................109
Ilustração 36 - Modelo de lista de ilustrações............................................................................110
Ilustração 37 - Modelo de lista de ilustrações próprias (gráficos)..............................................111
Ilustração 38 - Modelo de lista de tabelas..................................................................................111
Ilustração 39 - Modelo de lista de siglas.....................................................................................112
Ilustração 40 - Modelo de lista de abreviaturas.........................................................................112
Ilustração 41 - Modelo de lista de símbolos...............................................................................113
Ilustração 42 - Modelo de tabela inserida no texto....................................................................114
Ilustração 43 - Área superior de folha contendo modelo de tabela que continua na folha seguinte
modelo de tabela que continua na folha seguinte.....................................................................115
Ilustração 44 - Área superior de folha contendo modelo de tabela que começa em folha anterior_
..................................................................................................................................................115

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Ilustração 45 - Área superior de folha contendo modelo de final de tabela que começa em folha
anterior.......................................................................................................................................116
Ilustração 46 - Modelo de lista de referências em ordem alfabética sistemas autor-data.........116
Ilustração 47 - Descritivo dos itens do projeto de pesquisa.......................................................118
Ilustração 48 - Modelo de capa do projeto de pesquisa.............................................................119
Ilustração 49 - Modelo do anverso da folha de rosto.................................................................120
Ilustração 50 - Elementos pós-textuais......................................................................................122
Ilustração 51 - Passos para a construção da Introdução...........................................................124
Ilustração 52 - Modelo do artigo técnico e/ou científico (elementos pré-textuais).....................127
Ilustração 53 - Modelo do artigo técnico e/ou científico (destaque para os elementos pós-
textuais)....................................................................................................................................128
Ilustração 54 - Elementos de um relatório técnico-científico.....................................................131
Ilustração 55 - Lombada é um elemento opcional segue a norma NBR 12225........................132
Ilustração 56 - Modelo de resumo indicativo como atividade acadêmica..................................137
Ilustração 57 - Modelo de resumo informativo no TCC.............................................................138
Ilustração 58 - Modelo de resumo informativo como atividade acadêmica...............................139
Ilustração 59 - Modelo de resenha ou recensão como atividade acadêmica............................141
Ilustração 60 - Modelo de pôster impresso................................................................................143
Ilustração 61 - Modelo de Position Paper..................................................................................145
Ilustração 62 - Modelo de Fichamento.......................................................................................147

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Pressupostos da natureza da Ciência Social e da Sociedade..................................18


Quadro 2 - Teorias da Sociedade: ordem e conflito.....................................................................19
Quadro 3 - Definições encontradas para multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade, interdiscipli-
naridade e transdisciplinaridade..................................................................................................25
Quadro 4 - Comparativo entre Dedução e Indução.....................................................................30
Quadro 5 - Resumo quanto ao objetivo da pesquisa...................................................................37
Quadro 6 - Pesquisa do ponto de vista dos procedimentos técnicos..........................................37
Quadro 7 - Modelo de protocolo de pesquisa..............................................................................57
Quadro 8 - Exemplificação do Protocolo de Pesquisa Preenchido.............................................58
Quadro 9 - Processos de Filtragem.............................................................................................59
Quadro 10 - Possibilidade do emprego dos comandos em buscas simples................................60
Quadro 11 - Operadores Booleanos.............................................................................................61
Quadro 12 - Divisão das seções, subseções, alíneas e subalíneas.............................................70
Quadro 13 - Sistemas de chamada para citações.......................................................................78
Quadro 14 - Indicação de data.....................................................................................................86
Quadro 15 - Síntese de formatação do relatório........................................................................129
Quadro 16 - Elementos integrantes da capa.............................................................................132
Quadro 17 - Composição da folha de rosto (anverso)...............................................................133
Quadro 18 - Elementos opcionais e obrigatórios para confecção do pôster................................142

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SUMARIO

CAPÍTULO 1 - METODOLOGIA CIENTÍFICA.............................................................................14


1.1. METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA  .................................................................15
1.1.1 Discussão sobre a epistemologia do conhecimento científico  ..........................................17
1.1.2 Método e o conhecimento verdadeiro.................................................................................21
1.1.3 Coesão disciplinar à hiperespecialização............................................................................22
1.1.4 As Integrações disciplinares................................................................................................24
1.2 MÉTODOS DA PESQUISA CIENTÍFICA.............................................................................28
1.2.1 Métodos de base lógica de investigação.............................................................................28
1.2.1.1 Método dedutivo..................................................... ......................................................29
1.2.1.2 Método indutivo..............................................................................................................29
1.2.1.3 Método dialético..............................................................................................................31
1.2.1.4 Método hipotético-dedutivo..........................................................................................32
1.2.1.5 Método fenomenológico................................................................................................32
1.2.2 Métodos de meios técnicos de investigação.......................................................................33
1.2.2.1 Método sistêmico...........................................................................................................33
1.2.2.2 Método estatístico..........................................................................................................34
1.2.2.3 Método comparativo......................................................................................................34
1.3 TIPOS DE PESQUISA..........................................................................................................35
1.3.1 Pesquisa do ponto de vista da sua natureza.......................................................................35
1.3.2 Pesquisa do ponto de vista da forma de abordagem..........................................................35
1.3.3 Pesquisa do ponto de vista de seus objetivos.....................................................................36
1.3.4 Pesquisa do ponto de vista dos procedimentos técnicos....................................................37
1.4 TRIANGULAÇÃO DOS DADOS...........................................................................................39
1.5 COMPOSIÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA............................................................40
1.5.1 Tema da pesquisa................................................................................................................42
1.5.2 Problema de pesquisa.........................................................................................................43
1.5.3 Pergunta de pesquisa.........................................................................................................44
1.5.4 Objetivo da pesquisa...........................................................................................................46
1.5.5 Hipóteses de pesquisa.........................................................................................................50
1.5.6 Justificativa da pesquisa......................................................................................................50
1.5.7 Revisão da literatura............................................................................................................50
1.5.8 Amostragem e instrumentos de coleta de dados................................................................51
1.6 ELABORAÇÃO DE TRABALHO CIENTÍFICO.....................................................................54
1.6.1 Planejamento da pesquisa..................................................................................................55
1.6.2 Protocolo de pesquisa.........................................................................................................56
1.6.3 Comandos e operadores Booleanos...................................................................................60
1.6.4 Acessando fontes de informação.........................................................................................62
CAPÍTULO 2 - NORMAS DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS.................66
2.1 FORMATAÇÃO COMUM AOS TRABALHOS ACADÊMICOS............................................67
2.1.2 Espaçamentos...................................................................................................................69
2.1.3 Paginação...........................................................................................................................69
2.1.4 Títulos e autores..................................................................................................................69
2.1.5 Indicativo de seção e numeração progressiva....................................................................70
2.1.6 Sumário...............................................................................................................................71
2.1.7 Nota de rodapé e nota explicativa.......................................................................................73
2.1.10 Glossário...........................................................................................................................74
2.1.8 Apêndice.............................................................................................................................75

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2.1.9 Anexo..................................................................................................................................76
2.1.11 Índice(s).............................................................................................................................77
2.1.12 Citação..............................................................................................................................78
2.1.12.1 Citação direta................................................................................................................80
2.1.12.2 Citação indireta (Paráfrase)........................................................................................81
2.1.12.3 Particularidades das citações.....................................................................................81
2.1.13 Referências.......................................................................................................................85
2.2.13.1 Modelos de referências................................................................................................87
2.2 MONOGRAFIA E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO......................................................99
2.2.1 Elementos pré-textuais......................................................................................................101
2.2.1.1 Folha rosto - anverso...................................................................................................101
2.2.1.2 Errata.............................................................................................................................102
2.2.1.3 Folha aprovação...........................................................................................................103
2.2.1.4 Folha de Dedicatória(s)...............................................................................................104
2.2.1.5 Agradecimentos...........................................................................................................105
2.2.1.6 Epígrafe........................................................................................................................106
2.2.1.7 Resumo.........................................................................................................................108
2.2.1.8 Lista de ilustrações, tabelas, abreviaturas, siglas e símbolos................................110
2.2.1.9 Sumário.........................................................................................................................113
2.2.2 Elementos textuais............................................................................................................113
2.2.2.1 Elementos que podem compor o desenvolvimento do trabalho............................114
2.2.3 Elementos pós-textuais.....................................................................................................116
2.2.3.2 Glossário.......................................................................................................................117
2.2.3.3 Apêndice(s)...................................................................................................................117
2.2.3.4 Anexo(s)........................................................................................................................117
2.3 PROJETO DE PESQUISA E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO..................................118
2.3.1 Parte externa (capa).........................................................................................................119
2.3.2 Parte interna (elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais)........................................120
2.3.2.1 Elementos pré-textuais................................................................................................120
2.3.2.2 Elementos textuais.......................................................................................................121
2.3.2.3 Elementos pós-textuais...............................................................................................122
2.4 ARTIGO CIENTÍFICO E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO.........................................123
2.5 RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO OU EVENTO DE ENSINO E SUA FORMA DE
APRESENTAÇÃO....................................................................................................................129
2.5.1 Formatação (numeração e contagem de páginas)...........................................................129
2.5.2 Estrutura............................................................................................................................131
2.5.2.1 Parte Externa (capa e lombada)..................................................................................132
2.5.2.2 Parte Interna (elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais)....................................133
2.5.2.2.1 Elementos pré-textuais ..............................................................................................134
2.5.2.2.2 Elementos textuais .....................................................................................................135
2.5.2.2.3 Elementos pós-textuais ..............................................................................................135
2.6 RESUMO, RESENHA, RECENSÃO E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO..................136
2.6.1 Resumo.............................................................................................................................136
2.6.2 Resumo indicativo.............................................................................................................137
2.6.3 Resumo informativo............................................................................................................138
2.6.4 Resenha e recensão.........................................................................................................140
2.7 PÔSTER TÉCNICO E/OU CIENTÍFICO E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO............142
2.8 POSITION PAPER/SHORT PAPER E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO...................144
2.9 MODELO DE FICHAMENTO..............................................................................................147

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2.10 DOCUMENTOS TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS.........................................................147


REFERÊNCIAS.........................................................................................................................150
APÊNDICE A - Termo de aceite de orientação..........................................................................154
APÊNDICE B - Ficha de acompanhamento de orientação........................................................155
APÊNDICE C - Termo de autorização.......................................................................................156
APÊNDICE D - Declaração de inexistência de plágio...............................................................157

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CAPÍTULO 1
METODOLOGIA CIENTÍFICA

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CAPÍTULO 1 - METODOLOGIA CIENTÍFICA

A comunidade científica estabelece, a utilizada, a forma de apresentação e os pro-


partir dos parâmetros constituídos pelas au- cedimentos, entre outros, são analisados para
toridades científicas, o que pode ou não ser se classificar o conhecimento produzido. To-
considerado válido e aceito como conheci- dos esses aspectos que envolvem a pesqui-
mento científico. O conhecimento científico sa científica, desde as abordagens escolhidas
surgiu com pensadores como Galileu Galilei, para observar os problemas de pesquisa es-
Francis Bacon e René Descartes1. Assim, por tão ligadas a um modo filosófico de perceber
volta do século XV se iniciou o que se conhe- o mundo, a partir dos critérios estabelecidos
ce hoje como ciência moderna. pelo pesquisador, mas que serão levados em
A noção de ciência permeia as inúmeras conta pela comunidade científica na apresen-
áreas de conhecimento e as disciplinas do sa- tação dos resultados de sua investigação.
ber humano. O critério de cientificidade é dado Neste sentido, reitera-se a relevância da
pela comunidade científica, que coloca à pro- disciplina de metodologia da pesquisa para a
va descobertas e avanços desenvolvidos por efetivação dos conhecimentos produzidos no
inúmeras pesquisas. O processo de validação escopo da disciplina de metodologia de pes-
da ciência depende de uma série de porme- quisa científica para conclusão dos trabalhos
nores, como a utilização de um método de acadêmicos, pois estes gravitam no mundo
pesquisa adequado e seus respectivos instru- das pesquisas científicas, que é a força motriz
mentos correspondentes à especificidade do das várias ciências.
conhecimento pesquisado. Isso significa que, Diante disso, o objetivo da elaboração
com a utilização de um método comumente deste Manual de Trabalhos Acadêmicos da
aceito pela comunidade científica, o produto APMT é disponibilizar aos alunos dos cursos,
da pesquisa pode ser entendido como uma maior segurança para o desenvolvimento das
descoberta científica ou avanço científico. pesquisas e objetividade na formalização dos
Desta forma, a significância da aborda- estudos da Academia de Polícia Militar da
gem dada ao problema de pesquisa, a ino- Trindade - APMT.
vação agregada ao assunto, a metodologia

René Descartes publica, em 1637, na Holanda, a obra “Discurso sobre o método para bem conduzir a razão na
1.

busca da verdade dentro da ciência”, que constitui, ao lado de Meditações sobre filosofia primeira (Meditationes
de prima philosophia), Princípios de filosofia e Regras para a direção do espírito (Regulae ad directionem ingenii),
a base da epistemologia do filósofo, sistema que passou a ser conhecido como cartesianismo.
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1.1. METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA

Para começar a falar sobre “ciência”, Os diferentes modos de encontrar o sa-


é imperativo que se apresente o significado ber, ou seja, a verdade - estão ligados aos pa-
da palavra, para esclarecer o entendimento radigmas de produção do conhecimento cien-
sobre o objeto ao qual se pretende discorrer tífico. Além da aletheia (verdade), de origem
neste caderno. O dicionário geral da língua grega, Garcia (2001, p. 252) destaca duas ou-
portuguesa define ciência como conhecimen- tras origens do termo, sendo:
to ou saber (Dicionário Aurélio, 2002), indican-
do que, etimologicamente, a palavra deriva do [...] do latim, no qual a verdade se diz
latim scientia (“conhecimento”), o mesmo do veritas, que se refere à precisão, ou
verbo scire (“saber”) que designa a origem da seja, relaciona-se ao rigor e à exati-
dão de um relato, no qual se diz, com
faculdade mental do conhecimento (GARCIA,
detalhes, com pormenores e com fi-
2001). Sampaio (2009, p. 1) corrobora com o
delidade, o ocorrido.
entendimento quando menciona que: [...] do hebraico no qual verdade se
diz emunah, e significa confiança, a
[...] a etimologia da palavra ciência
verdade é uma crença com raiz na
vem do latim scientia que significa
esperança e na confiança, relaciona-
conhecimento. Mas não podemos pa-
das ao futuro, ao que será ou ao que
rar por aí, atualmente a palavra ciên-
virá. Sua forma mais elevada é a re-
cia se contextualizou e traz consigo,
velação divina e sua expressão mais
além da ideia do conhecimento, a
ideia da incessante busca pela verda- perfeita é a profecia.
de através de métodos específicos.
Garcia (2001, p. 252) destaca que é
Pode-se perceber que saber e verda- possível ter diferentes concepções filosóficas
de estão entrelaçados no sentido da pesquisa sobre a natureza do conhecimento verdadei-
científica, pois a busca do saber está relaciona- ro, isto depende de “qual das três ideias de
da intimamente à verdade. Não há sentido em verdade” se baseia no indivíduo, sendo pre-
buscar um saber que não esteja ancorado na dominantes nesse tipo de pensamento. As-
verdade, pois seria deslealdade com a ciência. sim, verificará em qual se pretende aceitar e
Segundo Aristóteles, há 6 (seis) modos apresenta sua interpretação:
do “saber” (scire) que em grego está ligado
à palavra aletheia, que tem seu significado a) quando predomina a do grego ale-
como “verdade”, no sentido de desvendamen- theia: considera-se que a verdade
está na evidência, isto é, a visão
to, o mesmo que não oculto, não escondido
intelectual e racional da realidade,
(GARCIA, 2001). tal como é em si mesma, alcançada
pelas operações de nossa razão ou
de nosso intelecto.
Estes seis modos do saber que es- b) quando há o predomínio do latim
tão ligados à palavra verdade são: veritas: considera-se que a verda-
1. TÉKHNE (arte, habilidade do ho- de depende do rigor e da precisão
mem em saber modificar os ob- na apresentação do relato.
jetos da natureza); c) quando predomina a do hebraico
2. PHRÓNESIS (sabedoria prática); emunah: considera-se que a ver-
dade depende de um acordo ou de
3. EPISTÉME (ciência);
um pacto de confiança entre os in-
4. NOUS (inteligência, intelecto);
divíduos, que definem um conjunto
5. SOPHIA (sabedoria) e,
de convenções universais sobre o
6. DOXA (opinião, conhecimento do conhecimento verdadeiro, que deve
senso comum) (GARCIA, 2001). ser respeitado por todos (GARCIA,
2001, p. 252).

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Na verificação da realidade se observa, Abordando o termo pela perspectiva da


muitas vezes, a necessidade de um conheci- questão empírica, seria necessário descrever
mento mais pragmático para as soluções de o que tem sido chamado de ciência ao longo
problemas e, nesta perspectiva, emerge do do tempo. Perceber-se que ao longo dos tem-
conhecimento tecnológico a solução. Assim, pos há uma mudança gradual, pois a prática
há necessidade de formalizar (veritas) esse científica sobre mudanças, e esta discussão
conhecimento para ser aceito pela comunida- se enquadraria no campo de uma “disciplina
de de pesquisadores (emunah). meta-científica” e não filosófica (MARTINS,
Observa-se que para se chegar ao 1999). Uma disciplina meta-científica pode
aprofundamento pretendido sobre ciência, ser entendida como uma ciência da ciência,
é prudente verificar por meio da epistemo- disciplina de segundo grau constituindo domí-
logia, ou seja, analisando como se dá o nio da epistemologia e que tem o seu próprio
próprio processo de construção desse co- objeto e o seu próprio método.
nhecimento. Na segunda perspectiva, axiomática,
Martins (1999, p. 6) afirma que não se questiona-se como a ciência deveria ser, ou
pode entender “o que é a ciência” sem antes seja, se sua utilização é correta ou não, e isso
perceber sua contextualização, pois, segundo implicaria fazer juízo de valores do ponto de
o autor, a abordagem pode ser: vista ético. Segundo Martins (1999), estes va-
lores podem ser internos (melhorar o conheci-
mento da natureza) ou externos (beneficiar a
humanidade) e esses pontos cabem à filoso-
fia responder.
A terceira perspectiva é a analítica e
foca no que pode ou não ser considerado ciên-
“QUESTÃO DE FATO” cia e, neste caso, pode ser visto de diferentes
maneiras. Assim, apresentam-se três indaga-
Questão empírica:
ções a respeito da perspectiva abordada por
O que tem sido ciência?
Martins (1999, p. 8) para reflexão futuras:

a) quais as diferentes concepções de


ciência que já existiram;
b) quais as diferentes concepções de
ciência que se pode inventar;
c) o que é filosoficamente possível ou
impossível na ciência.
QUESTÃO DE “COMO
SE DEFINE O TERMO” Algumas destas indagações podem ser
respondidas pela filosofia, por fazerem parte
Questão analítica:
das questões filosóficas à visão de ciência. Des-
O que poderia ser ciência?
ta forma, o que a filosofia apresenta em sua
base em relação à ciência/conhecimento?

QUESTÃO DE “NATUREZA
NORMATIVA”

Questão axiomática:
O que deveria ser ciência?

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1.1.1 DISCUSSÃO SOBRE A EPISTEMOLOGIA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO

A discussão sobre pensamento filosófico O materialismo filosófico se apoia na


afirma que ao observar o mundo, este é cons- conclusão da ciência para explicar o mundo,
tituído de fenômenos e objetos. Estes, por sua o homem e a vida.
vez, são de natureza espiritual e material.
Como fenômenos e objetos materiais es-
tão toda realidade objetiva fora da consciência No materialismo podem-se destacar,
(rio, morro, terra, lápis, água etc.). Como fenô- de acordo com Triviños (2008), os ti-
menos ideais ou espirituais, as que se produzem pos existentes como:
em nossa consciência (pensamentos, ideias, a) materialismo ingênuo: realidade
sentimentos, juízos etc.) (TRIVIÑOS, 2008). objetiva é tal como é percebida;
b) materialismo espontâneo: realida-
de objetiva fora da consciência po-
O critério de prioridade mobiliza a dendo ser levado ao empirismo ou
discussão do que surge primeiro, ou positivismo;
seja, a matéria ou o espírito. Assim,
emergem dois campos: o idealismo e c) materialismo mecanicista: reduz
o materialismo. todos os processos da natureza
em processos mecânicos;
d) materialismo vulgar: relação entre
Os indivíduos adeptos do idealismo filo- o cérebro e a ideia, no qual o pri-
sófico consideram que o espírito, a ideia e o meiro produz o segundo de forma
pensamento vêm como princípio primeiro e o relacional; e
material, em segundo. Já os adeptos ao ma- e) materialismo dialético: como
terialismo filosófico sustentam que a ideia é o essência do mundo a matéria,
aspecto secundário e a matéria surge antes. sendo esta anterior a consciência
Os idealistas podem ser reduzidos aos e a realidade objetiva tendo suas
que são representados pelo idealismo subjeti- leis cognoscíveis.
vo e pelo idealismo objetivo.
Segundo Triviños (2008, p. 19), para
o idealista subjetivo “existir significa ser per- Na possibilidade de conhecimento re-
cebido”, assim a “única realidade é a cons- side o problema fundamental da filosofia, no
ciência do sujeito, o conjunto de sensações, qual se destaca a prioridade, como foi vista
vivências, estado de ânimo e sensações.” a primazia entre matéria e espírito, e na cog-
Neste sentido, descobrir algo ou pesquisar noscibilidade mundo. No contexto desses fun-
tem a ver com a visão do indivíduo. damentos navegam os filósofos que negam a
O idealista objetivo foca na ideia supre- possibilidade do ser humano de conhecer o
ma ou espírito absoluto e rejeita a ideia que mundo e os que acreditam que o homem é
o primário seja a consciência individual. Para capaz de conhecer o mundo.
o idealista objetivo, a percepção por parte do Para os filósofos da primeira visão, os
indivíduo se manifesta pela comunicação do idealistas, a dificuldade de conhecer está na
meio que atinge o imaginário dos indivíduos, complexidade das abstrações para o desen-
formando a imagem de representação das volvimento das ideias, pois o homem apenas
coisas de maneira coletiva. Assim, as ideias consegue interagir parcialmente com os fe-
percebidas são comuns aos seres humanos nômenos e não compreende perfeitamente o
e não há espaço para abstrações verifica- mundo, assim o mundo é uma representação
das disformemente da realidade, ou seja, não parcial da visão percebida pelo ser humano.
ocorre apenas na consciência de cada sujeito. A segunda visão, dos materialistas, aponta

17
PMSC ME-60-001

que mesmo com toda complexidade o homem


consegue, pelo intelecto, absorver correta- denotar uma visão implícita ou explícita
mente a visão proporcionada pela interação da realidade”. Desta forma, o paradig-
entre ele e o mundo. ma pode ser interpretado como sendo
Assim, na observação do mundo pelo ho- a visão de mundo do pesquisador.
mem, sobre os diferentes aspectos possíveis,
pode-se alcançar uma determinada percepção,
podendo ser muito variável a maneira de ex- Morgan (2007) apresenta quatro para-
por essa visão, mobilizando as pessoas para digmas para sustentação no desenvolvimento
pensarem de forma diferente do usual e aceitar de trabalhos científicos, que focam a nature-
maneiras de entender a realidade posta. za da ciência social e a natureza da socie-
Neste sentido, o critério de verdade, dade, sendo que este último, segundo alguns
que é considerado por muitos como a base entendimentos, refere-se à prática social. Para
da ciência, pode ser alcançado com auxílio, o autor, a natureza da ciência social pode ser
em última análise, do paradigma que vai bali- objetiva ou subjetiva. Por sua vez, a natureza
zar o método de pesquisa a ser utilizado para da sociedade está ancorada na sociologia da
abordar um problema científico. regulação e na sociologia da mudança radical
Burrell e Morgan (1979) trabalharam a (BURREL; MORGAN, 1979), conforme pode-
noção dos paradigmas e das metáforas nos mos verificar no Quadro 1, a seguir.
estudos organizacionais. A partir disso, os au-
tores destacam que é preciso que cada teóri- Quadro 1 - Pressupostos da natureza da
co saiba bem no que se fundamenta sua teo- Ciência Social e da Sociedade
ria, para poder conhecer o que fundamenta
os demais teóricos que lhes são opostos. Isso Pressupostos Caracterização
implica em conhecer bem seus próprios fun-
damentos e conhecer os demais utilizados, Natureza da Ciên- Objetivista
podendo assim saber adequadamente as cia Social Subjetivista
fronteiras entre os fundamentos de sua teo-
ria e das teorias de outros teóricos. Entretan-
to, mesmo que alguns teóricos não tenham Sociologia da
consciência das suposições desenvolvidas Natureza da Regulação
para fundamentar suas pesquisas, e alguns Sociedade Sociologia da
até acreditam que não precisam, cabe salien- Mudança Radical
tar que eles estão pautados em algumas teo-
rias, mesmo que não tenham clareza disso. Fonte: Burrel e Morgan (1979). Com adaptação.
As escolhas metodológicas e conceituais que
fundamentam a pesquisa, determinam a linha Burrel e Morgan (1979) caracterizam a
teórica de compreensão do conhecimento. Natureza da Ciência Social em paradigmas
Assim, a consciência sobre estas suposições com quatro pressupostos, sendo eles:
faz com que os teóricos tragam para seu ob- 1) ontologia: como é a realidade a ser
jeto de estudo um quadro de referência que investigada;
reflete uma série inteira de suposições sobre 2) epistemologia: como o conheci-
a natureza do mundo social e a maneira na mento é obtido;
qual ele pode ser investigado. 3) natureza humana: relação do ser
humano com seu ambiente;
4) metodologia: como abordar o obje-
Para Morgan (2007, p. 13), “o paradig- to de pesquisa.
ma é, portanto, utilizado aqui em seu No desenrolar da análise, verifica-se a
sentido metafórico ou filosófico, para percepção sobre a natureza da sociedade,
no qual se faz presente ao debate, a ordem
e o conflito. A ordem está caracterizada pela

18
PMSC ME-60-001

busca da regulação e o conflito pela busca da


mudança radical. Assim, entende-se que há a
sociologia da regulação e a sociologia da mu-
dança radical (BURREL; MORGAN, 1979). O
Quadro 2, a seguir, expõe essa visão.
Quadro 2 - Teorias da Sociedade: ordem e conflito

A visão da ordem ou integração O conflito ou visão da coerção


da sociedade enfatiza: da sociedade enfatiza:

Estabilidade Mudança
Integração Conflito
Coordenação Funcional Desintegração
Consenso Coerção

Fonte: Burrel e Morgan (1979). Com adaptação.

As Teorias Funcionais (regulação) estão visão sobre o mundo gerando uma percepção
envolvidas com processos que servem para para direcionar o pesquisador, assim se con-
manter os padrões dos sistemas: estão inte- segue uma matriz que apresenta os possíveis
ressadas na explanação do status quo. As Teo- entendimentos sobre a natureza da ciência (ob-
rias do Conflito (mudança) buscam explicar o jetiva e subjetiva) e a natureza da sociedade (so-
processo e a natureza da mudança estrutural. ciologia da mudança e sociologia da regulação).
A visão apresentada pretende orientar a A Ilustração 1, a seguir, sintetiza o entendimento.

Ilustração 1 - Sociologia da Mudança e Sociologia da Regulação

Sociologia e Mudança Radical

l Estr
dica utu
Ra ra
o
ism

Ra
an

dic
Hum

al

Subjetivista Objetivista
Inte

ta
lis
rp

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o
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a Fu

Sociologia da Regulamentação

Fonte: Burrel e Morgan (1979). Com adaptação.

19
PMSC ME-60-001

Nos quadrantes estão dispostos os pa- Em cada um dos quadrantes, há olha-


radigmas que pelos autores são tidos como res diferentes de abordagem que se apoiam
funcionalista, interpretativista, humanista radi- na visão objetiva e na subjetiva, em uma so-
cal e estruturalista. Na Ilustração 2, a seguir, cial regulação e uma social dominação da
temos uma síntese dessas visões de uma mudança radical.
maneira mais contextualizada.

Ilustração 2 - Paradigmas para Ciência Social

Sociologia e Mudança Radical

Busca livrar o ser humano das


restrições sociais, critica-se status quo, Destaca o conflito estrutural, os modos
vê a sociedade como anti-huma- de dominação, contradições e
na. Do ponto de vista da privações; Do de vista da
ciência social é ciência social é social é
nominalista, volunta- realista, positivista,
rista, anti-positivis- l Estr determinista e
dica ut
ta e ideográfica. Rao
ur nomotético.
a
ism

Ra
an

dic
Hum
Subjetivista

Objetivista
al

Busca
Inte

entender o
ta
li s

mundo social a Explicações do


rp

ta
na
re

ci o
partir da tiv status quo, da
is t a n
experiência Fu ordem social, da
subjetiva do integração social,
indivíduo; considera o da solidariedade, e
indivíduo parte impor- da necessidade de
tante no processo de satisfação. Do ponto de
construção da teoria; do ponto de vista de ciência social, é: realista
vista da ciência social é nominalista, positivista, determinista e nomotético;
anti-positivista, voluntarista e ideográfi- busca explicações racionais para o
co; também busca compreender o mundo social.
status quo, a ordem social, o consenso,
integração social e coesão.

Sociologia da Regulamentação

Fonte: Burrel e Morgan (1979). Com adaptação.

20
PMSC ME-60-001

Nessas visões está a “ciência” com seus frente ao posicionamento que o autor apre-
modelos de dominação intelectual imposta senta dentro do critério de que é impossível
por “autoridades intelectuais” como mencio- de se construir uma ciência fundamentada,
na Hughes (1980), utilizando, por exemplo, os que seja puramente dedutiva ou indutiva.2
conceitos de verdade já apresentados na se-
ção anterior.
Estas autoridades intelectuais, que são Entretanto, romper o atual es-
a elite da comunidade científica, escolhem e tágio e evoluir para um patamar mais
ditam o padrão das publicações, assim como elevado de ver a produção científica,
escolhem o que é ou não desenvolvido a par- representa, para muitos, sair de seus
tir dos critérios científicos aceitáveis pela co- confortáveis nichos de conhecimento
munidade. e se aventurarem em meio a estradas
Embora aconteçam rupturas nos mode- tortuosas de um novo paradigma de
los, essas quebras de paradigmas não acon- construção científica. Esta atitude nos
tecem de forma abrupta, mas de forma gra- faz refletir se, nos seus primórdios, a
dual para que seja ministrada e digerida em ciência era desenvolvida de acordo
doses homeopáticas pela elite científica que com os parâmetros hoje utilizados ou
dita o que é ciência. ocorreram mudanças na forma de in-
Esta forma de pensar tolhe o desenvol- terpretação dos fenômenos para facili-
vimento de teoria e avanços tal como a idade tar a busca do saber e da verdade.
média o fez, porém de forma mais polida, mas
não menos perversa.

1.1.2 MÉTODO E O CONHECIMENTO VERDADEIRO

Todo mundo parece ter uma ideia do Não ficaria nada mal também enten-
que seja ciência, mas é difícil articular clara- der a etimologia da palavra método...
mente estas ideias para definir com exatidão. a palavra advém do grego methodos
e significa caminhos para se chegar a
O fato é que ciência é mais bem definida atra- um fim. Portanto, o método científico
vés de uma metodologia científica ou método nada mais é do que um conjunto de
de adquirir ou produzir conhecimento. regras ou caminhos a serem sempre
A produção de conhecimento científi- seguidos com o propósito de se des-
co é balizada por métodos que conduzem a cobrir a verdade sobre determinado
eliminação de incerteza e conduzem o pes- evento (SAMPAIO, 2009, p. 1).
quisador a alcançar a verdade.
A própria palavra método nos apresen-
ta esta ideia, pois vem do grego, methodos, Utilizar um método é tentar ordenar
composta de meta: através de, por meio, e o caminho para alcançar os objetivos
de hodos: via, caminho - como resume Felipe projetados. Assim, pode-se entender o
Sampaio: método como o conjunto de normas e
procedimentos padronizados para le-
Assim, corrobora-se com a visão de var uma investigação ao seu objetivo
Martins (1999) ao mencionar o desenvolvi- (um resultado confiável e aceito).
mento de uma visão não proibitiva de ciência,

Dedutiva: partindo das concepções gerais para as concepções específicas do objeto de pesquisa. Indutiva: partindo
2.

das particularidades do objeto de pesquisa e buscando generalizações.

21
PMSC ME-60-001

Gil (1999) define método científico como píricas (baseadas na experiência) verificáveis
um conjunto de procedimentos intelectuais e e que estão baseadas na observação siste-
técnicos adotados para se atingir o conheci- mática e controlada da realidade observada.
mento. Para que um conhecimento possa ser Geralmente essas evidências são resultantes
considerado científico, ou seja, aceito pela co- de experiências vividas ou das pesquisas de
munidade e autoridade científica é necessário campo que são analisadas com o uso da lógica
identificar as operações mentais e as técnicas (SEWALD JÚNIOR et al., 2016).
que permitiram sua verificação. Particularmente, pode-se entender o
Neste sentido, o método científico refe- método como um protocolo que ordena os
re-se, em linhas gerais, a um aglomerado de passos a ser seguidos na busca do conheci-
regras instituídas visando organizar determi- mento sobre um determinado assunto. Assim,
nados procedimentos que produzem o conhe- pesquisam-se os dados, trabalha sua formali-
cimento científico, podendo ser na forma de zação, apresenta as informações contextuali-
um novo conhecimento, uma correção (evolu- zadas e chega a um entendimento.
ção) do já existente ou um aumento na área Os métodos científicos foram gradati-
de incidência de conhecimentos anteriormen- vamente avançando, bem como as técnicas
te existentes. Para Araguaia (2009, p. 2) a empregadas na pesquisa, ao longo dos sé-
ciência refere-se a: culos melhoraram e as mudanças foram sa-
lutares para sociedade. A não existência de
Investigação racional ou estudo da um único método, embora alguns sejam mais
natureza, direcionado à descoberta difundidos e utilizados que outros, garanti-
da verdade. Tal investigação é me- ram a diversidade de pesquisa e possibilitou
tódica ou de acordo com o método o afastamento da miopia científica. Métodos
científico, um processo de avaliar o disciplinares são colocados à prova dentro de
conhecimento empírico.
novos contextos. As mudanças na forma de
Corpo organizado de conhecimento
adquirido por pesquisa. A ciência é o
observar o mundo sofrem constantes trans-
conhecimento ou sistema de conhe- formações (SEWALD JÚNIOR et al., 2016).
cimentos que abarca verdades gerais Contudo, o emprego de métodos para
ou a operação de leis gerais obtidas e dar suporte à pesquisa está longe de ser
testadas através do método científico. extinto, o que se pretende nestes novos
tempos é buscar maneiras inovadoras de
Destaca-se que a maioria das disciplinas interpretar o mundo, mas sempre com au-
científicas consiste em juntar evidências em- xílio dos métodos.

1.1.3 COESÃO DISCIPLINAR À HIPERESPECIALIZAÇÃO


A busca pelo conhecimento verdadeiro pela verdade era feita por meio da generali-
sempre foi uma constante ao longo da história zação do conhecimento e pela possibilidade
da humanidade. Os primeiros pensadores pro- de transitar e discorrer sobre estes diferentes
curavam interpretar a realidade do mundo, an- temas à luz da filosofia.
tes do século XIII, por meio da contemplação, do Entretanto, foram ocorrendo mudanças
êxtase e da revelação (SOMMERMAN, 2008). e a emergência de rupturas que abalaram a
Para alcançar este objetivo, recorriam à forma de interpretar o mundo. A primeira rup-
mãe das ciências, ou seja, a filosofia. Neste tura (século XIII - renascimento) vislumbrou a
período, os temas eram abordados não de for- divisão entre a teologia mística e a teologia
ma singular, mas buscando uma interligação racional, hermenêutica espiritual e hermenêu-
para compreensão dos fenômenos e da rea- tica racional (SOMMERMAN, 2008). A segun-
lidade, pois todos os pensadores tinham uma da ruptura (influenciada pelo Iluminismo do
formação universal (SOMMERMAN, 2008). século XVIII), consequência da primeira, se-
A compreensão do mundo e a busca para a fé da razão e eleva esta última à condi-

22
PMSC ME-60-001

ção de faculdade cognitiva suprema. drivium = aritmética, geometria, astronomia e


Diante disso, pode-se mencionar que música) (SOMMERMAN, 2008).
se consolidou, em decorrência das rupturas, Desta forma, a hegemonia do pensa-
uma separação entre a ciência e a filosofia. mento reducionista teve grande apoio dos
É prudente destacar que posições epistemo- cientistas da época. Afinal, esta separação fez
lógicas foram geradas e se destacam como com que se focasse na especialização para
exemplo: reducionismo, mecanicismo, ceticis- entender um determinado problema, com um
mo, subjetivismo, relativismo e criticismo. recorte pormenorizado.
A consequência foi a redução do campo Com este acontecimento, que foi se de-
do conhecimento considerado como verda- senvolvendo com o tempo, é possível apresen-
deiro. Como destaque e para exemplificação, tar a ocorrência do predomínio do Racionalis-
citam-se o ceticismo, que nega a possibilida- mo, do século XVII ao XIX, e do Positivismo
de de conhecimento, o relativismo e subjeti- e Empirismo do século XIX, de certa forma,
vismo, que negam a possibilidade de um co- até a atualidade (SOMMERMAN, 2008). Estas
nhecimento absoluto (SOMMERMAN, 2008). últimas correntes encontraram apoio na socie-
Este processo ruptural culmina com a dade industrial que auxiliou no estabelecimen-
separação praticamente intransponível entre to de uma nova estrutura hierárquica das ciên-
as Ciências Exatas (trivium = gramática, retó- cias, sendo consideradas as divisões, como
rica e dialética) e as Ciências Humanas (qua- apresenta Sommerman (2008, p. 23):

Ilustração 3 - Ciências

Fundamentais Matemática Astronomia Física Química Biologia Sociologia

Ciências Descritivas Zoologia Botânica Mineralogia Psicologia

Aplicadas Engenharia Agricultura Educação

Fonte: Sommerman (2008). Com adaptação.

Estas divisões vão ao encontro de uma fez com que ocorresse uma divisão disciplinar
transformação que procura atingir uma hipe- e que campos de conhecimento emergissem
respecialização disciplinar, isso “na metade para facilitar sua compreensão do mundo,
do século XX” (SOMMERMAN, 2008, p. 24). mesmo que isso reduzisse o diálogo entre as
Este processo de hiperespecialização ocor- disciplinas.
reu com “o crescimento exponencial do vo- Esta hiperespecialização atingiu pata-
mares indissociáveis que dificultam a com-
lume e da complexidade dos conhecimentos
preensão ou explicação de fenômenos con-
pela multiplicação e sofisticação tecnológica”
siderados cada vez mais complexos. Outro
(SOMMERMAN, 2008, p. 24), fazendo com ponto fundamental é a refutação de axiomas
que fosse sobrepujada a circularidade das que a ciência tinha como inquestionáveis. Isso
ciências em prol da fragmentação disciplinar em decorrência das novas descobertas por
do saber. meio de pesquisas balizadas pelos avanços
Dessa forma, a fragmentação disciplinar científicos. Essas descobertas fizeram com

23
PMSC ME-60-001

que paradigmas3 fossem questionados e ou- prol de um movimento de reaproximação dos


tros emergissem para dar conta desta neces- saberes e entre as disciplinas para explicar a
sidade de explicações robustas e verdadeiras complexidade do nosso mundo, por meio de
em novos e velhos contextos (SOMMERMAN, uma visão que propicie a integração das dis-
2008). Dessa forma, gerando mudanças em ciplinas para resolução de problemas.

Saiba mais assistindo o vídeo “Como nascem os paradigmas”.


3.

1.1.4 AS INTEGRAÇÕES DISCIPLINARES


Antes de abordar a integração disciplinar de acordo com as classificações atualmente
aceitas, é prudente entender o conceito de disciplinar, pois, por mais conhecimento que
disciplina. Dentre os significados da palavra, uma disciplina tenha, esta é insuficiente para
cabe aqui apossar-se do que mais se adé- representar a complexidade do nosso mundo.
qua ao desígnio pretendido dentro do con- Assim, concorda-se com Santomé (1998 apud
texto de trabalho. SOMMERMAN, 2008, p. 27) quando diz:

Apesar de o método de recortar cada


Dessa forma, a palavra disciplina tem problema em partes para compreen-
a mesma etimologia da palavra “discí- dê-lo melhor e de as epistemologias
pulo”, que significa “aquele que segue”. racionalista e empirista fragmentarem
Também é um dos nomes que se pode um número cada vez maior de ciên-
dar a qualquer área de conhecimento cias e disciplinas, vimos que sempre
houve, em algum nível, certa aspira-
estudada e ministrada em um ambien-
ção à unidade do saber.
te escolar ou acadêmico. Geralmente
diz respeito a uma ciência ou técnica,
A resposta à aspiração e à unificação do
ou subderivados destas. Aqueles que
saber pode ser encontrada nas emergentes
seguem uma disciplina podem, assim,
propriedades da multidisciplinaridade, pluri-
ser chamados de discípulos e o intuito
disciplinaridade, interdisciplinaridade e trans-
de um discípulo é adquirir conhecimen-
to para alcançar o saber do mestre.
disciplinaridade.
Estas abordagens surgem pela neces-
sidade que é apresentada por Sommerman
(2008, p. 28) que coloca:
Machado (2009, p. 3) apresenta a de-
finição da palavra disciplina como “conjunto No que diz respeito à pesquisa aca-
específico de conhecimentos com suas pró- dêmica, começaram a reaparecer na
prias características sobre o plano do ensino, metade do século XX propostas que
da formação dos mecanismos, dos métodos e buscavam compensar a hiperespe-
das matérias”. cialização disciplinar e propunham
diferentes níveis de cooperação en-
Mesmo na definição apresentada por
tre as disciplinas, com a finalidade
Machado (2009), há duas palavras que me- de ajudar a resolver os problemas
recem destaque: “conjunto e conhecimento”. causados pelo desenvolvimento tec-
Ao observar e ligar estas duas palavras, po- nológico e pela falta de diálogo en-
de-se chegar à expressão conjunto de conhe- tre os saberes decorrentes dessa
cimento. Esta expressão extrapola a barreira hiperespecialização.

24
PMSC ME-60-001

Embora muitas sejam as definições en-


contradas para multidisciplinaridade, pluridiscipli-
naridade, interdisciplinaridade e transdisciplinari-
dade, procura-se, aqui, apresentar as definições
que coadunam com nosso entendimento em
uma perspectiva de unidade científica.

Quadro 3 - Definições encontradas para multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade, interdiscipli-


naridade e transdisciplinaridade
Multidisciplinaridade

“Evoca basicamente um aspecto quantitativo, numérico, sem que haja um nexo ne-
cessário entre as abordagens, assim como entre os diferentes profissionais.” (COIM-
BRA, 2000, apud SOMMERMAN, 2008, p. 28).
Pode-se perceber que para trabalhar multidisciplinarmente não há necessidade de
uma ligação explícita entre as abordagens, ou seja, não precisa haver a manifestação
das relações entre os ramos dos conhecimentos utilizados na pesquisa. Não existe
cooperação dos saberes.

é a existência de relações complementares entre disciplinas mais


Pluridisciplinaridade

ou menos afins. É o caso de contribuições mútuas das diferentes


histórias (da ciência, da arte, da literatura, etc.) ou das relações
entre diferentes disciplinas das ciências experimentais (ZABALA,
2002, apud SOMMERMAN, 2008, p. 29).

Nesse processo, a afinidade é apresentada e a cooperação entre os saberes fica mais


evidente, assim como a coordenação, que se dará em decorrência da disciplina ou
conhecimento que tiver mais força ou presença na pesquisa.

Consiste num tema, objeto ou abordagem em que duas ou mais disciplinas intencio-
nalmente estabelecem nexos e vínculos entre si para alcançar um conhecimento mais
Interdisciplinaridade

abrangente, ao mesmo tempo diversificado e unificado. Verifica-se, nesses casos, a


busca de um entendimento comum (ou simplesmente partilhado) e o envolvimento dire-
to dos interlocutores (COIMBRA, 2000, apud SOMMERMAN, 2008).
Na interdisciplinaridade há um nexo entre as abordagens utilizadas, pode também
ocorrer o empréstimo de métodos de uma disciplina ou abordagem para alcançar a
resolução de um problema. A busca por soluções de problemas complexos tangencia
os limites das disciplinas e capta essências fundamentais para atingir os objetivos
pretendidos.
Transdisciplinaridade

É a constituição de uma super disciplina que transbordaria o campo das possíveis co-
nexões entre disciplinas (LEFF, 2000).
Nesta abordagem não se consegue distinguir os limites entre as disciplinas. Há emer-
gência de outra disciplina que apresenta características distintas de abordagens e que
faz surgir conceitos novos que desacreditaram os axiomas existentes.

Fonte: PMSC (2022).

25
PMSC ME-60-001

É importante destacar que outras for-


mas de entendimento da multidisciplinarida-
de, pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade
e transdisciplinaridade são definidas em con-
gressos, encontros e outros eventos da co-
munidade científica. Pode-se destacar a visão
proposta por Piaget que, segundo Santomé
(1998, p. 70), pode ser vista na Ilustração 4..

Ilustração 4 - Visão de Piaget sobre Multi, Inter e Transdisciplinaridade, que também é destacada
por Sommerman (2008)

Nível Trata-se da construção de um sistema total, sem fronteiras


Trans sólidas entre as discplinas.

Nível A cooperação entre várias disciplinas provoca


Inter intercâmbios reais, ou seja, verdadeira recipro-
Piaget

cidade e enriquecimentos mútuos.

Nível Para solucionar um problema,


Multi busca informação e ajuda em
várias disciplinas, sem que tal
interação contribua para
modificá-la ou enriquecê-la.

Fonte: Sommerman (2008). Com adaptação.

Nowotny (2008) aponta que a transdis- perspectivas na identificação, formulação e


ciplinaridade procura responder questões bá- resolução de problemas comuns. A transdis-
sicas como a sensação da perda da unidade ciplinaridade é, portanto, uma forma de trans-
do conhecimento e a contribuição para uma gredir as fronteiras, ou seja, avançar as fron-
solução conjunta de problemas que vão além teiras disciplinares e buscar ou apresentar
da justaposição e que ultrapassam as frontei- novos conhecimentos. Ela pode ser conside-
ras delimitadas de uma ou outra disciplina. O rada fruto da emergência de uma nova forma
intuito é a solução conjunta de problemas, en- de produção do conhecimento, sendo, assim,
tão os meios devem prever a integração das um segundo modo de pensar sobre a ciência.

26
PMSC ME-60-001

Há um clamor por outras abordagens para descrever o que está acontecendo por
meio de outras formas de pesquisa. Isto é constatado quando se observam alguns atri-
butos deste novo modo de produção de conhecimento como menciona Nowotny (2008).

1. Primeiro atributo: os problemas são formulados, desde o início, a partir de um diá-


logo entre um grande número de diferentes atores e suas perspectivas. O contexto é
definido por um processo de comunicação entre as várias partes interessadas. Como
já mencionado, isso requer muita paciência.

2. Segundo atributo: refere-se ao fato de que múltiplos atores trazem uma heterogenei-
dade essencial de habilidades e competências para o processo de resolução de pro-
blemas. Além disso, percebe-se o surgimento de estruturas organizacionais flexíveis,
hierarquias horizontalizadas e cadeias de comando abertas. Embora, as universida-
des sejam exatamente o tipo oposto de tais organizações.
3. Terceiro atributo: tentativa de transmitir pela noção de transdisciplinaridade que, no
segundo modo de produção do conhecimento, uma discussão é gerada e fornece um
enfoque distinto para o esforço intelectual, e isso pode ser bastante diferente da es-
trutura disciplinar tradicional.

No sistema caracterizado como de pri- pois a dificuldade é grande, embora por ve-
meiro modo de produção do conhecimento, o zes pareça simples. Acredita-se que o mais
foco do esforço intelectual das fontes dos pro- importante seja utilizar uma definição aceita
blemas desafiadores surge, em grande par- pela comunidade científica, pois canalizar es-
te, dentro das disciplinas. Entretanto, outras forços para desenvolver pesquisas que não
estruturas da atividade intelectual estão sur-
serão aceitas prejudica os avanços científi-
gindo, mas que nem sempre podem ser redu-
cos. Os pesquisadores devem realizar o en-
zidas a elementos da estrutura disciplinar. O
foco, assim, está na mudança de perceber os quadramento, quando necessário, da pesqui-
problemas e na forma diferenciada de propor sa dentro dos padrões aceitáveis se guiando
soluções que satisfaçam e expliquem os fenô- por métodos bem definidos e inovadores para
menos complexos de nosso mundo. se atingir o propósito da ciência, ou seja, a
Talvez o propósito seja a discussão, descoberta do conhecimento.

27
PMSC ME-60-001

1.2 MÉTODOS DA PESQUISA CIENTÍFICA

Para tratar o entendimento sobre méto- (GIL, 1999, p. 26) que estão envolvidos no
dos científicos, adota-se a perspectiva plura- desvendar dos problemas, visando assim
lista, pois há uma grande gama de possibili- atingir certos objetivos para sociedade por
dades a serem estudadas. meio do avanço da ciência.
Destaca-se que, como todo assunto a Já o método científico pode ser conside-
ser pesquisado, pode haver uma infinidade rado como o conjunto de processos ou ope-
de abordagens e entendimento e depende do rações mentais que se devem empregar em
autor, que pode chegar a determinados enfo- uma dada investigação. Esta é a linha de ra-
ques. ciocínio adotada no processo de pesquisa.
Desta forma, não é pretensão buscar Nesse sentido existem os métodos de
exaurir o assunto, mesmo pelo fato da impos- pesquisa de base lógica e de técnica de in-
sibilidade de se conseguir tal proeza neste vestigação, sendo eles:
campo. Assim, o propósito é informar sobre • Métodos com base lógica de investiga-
algumas percepções sobre os métodos cien- ção, a exemplo: método dedutivo, método
tíficos. indutivo, método dialético, método hipoté-
Como já verificado, a pesquisa é desen- tico dedutivo, método fenomenológico.
volvida por meio do processo cognitivo inte-
lectual do pesquisador, que deve valer-se de • Métodos de meios técnicos de investi-
um método para guiar os passos dados du- gação, a exemplo: método sistêmico, es-
rante todo caminho percorrido. tatístico, comparativo, entre outros.
Assim, entender a investigação cien-
tífica consiste em dominar o “conjunto de Na sequência, apresenta-se um breve
procedimentos intelectuais e técnicos” detalhamento de cada um deles.

1.2.1 MÉTODOS DE BASE LÓGICA DE INVESTIGAÇÃO

Os métodos com base lógica de investi- serão apresentados na sequência), apontando


gação possibilitam ao pesquisador verificar o o caminho traçado que levou a conclusão da
alcance de sua investigação, em nível de abs- investigação. Desse modo, cada método está
tração dos fenômenos. Assim, nesses tipos de atrelado a uma corrente filosófica que se pro-
métodos em questão, mesmo considerando o põe a explicar como o conhecimento científico
seu nível de abstração, o conteúdo da inves- é construído (PRODANOV; FREITAS, 2013).
tigação é construído e apresentado dentro de Nessa seção serão abordados os mé-
uma lógica adotada para o conhecimento do todos: dedutivo, indutivo, dialético, hipotético-
fenômeno/objeto de estudo, a depender do -dedutivo e fenomenológico.
tipo de método de base lógica escolhido (que

28
PMSC ME-60-001

1.2.1.1 Método dedutivo 1.2.1.2 Método indutivo

O Método Dedutivo foi proposto pelos


racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz. O método Indutivo foi proposto pelos
Este método pressupõe que só a razão é ca- empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume.
paz de levar ao conhecimento verdadeiro. Os teóricos consideram que o conhecimento
O raciocínio dedutivo tem o objetivo de é fundamentado na experiência, não levan-
explicar o conteúdo das premissas por inter- do em conta princípios preestabelecidos. No
médio da ordenação do raciocínio de manei- raciocínio indutivo, a generalização deriva
ra descendente, que desenvolve a análise do de observações de casos da realidade con-
geral para o particular e chega-se assim a creta. As constatações particulares levam
uma conclusão (GIL,1999; LAKATOS; MAR- à elaboração de generalizações (GIL, 1999;
CONI, 1993). LAKATOS; MARCONI, 1993).
Para compreender na prática como o Para compreender na prática como o mé-
método dedutivo ocorre, analise a ocorrência todo indutivo ocorre, observe os Fenômenos:
dos fatos a seguir.

Método Indutivo
• Pedro, José, João, ... são mortais.
Método Dedutivo
Descobre a relação entre os fenô-
• Os seres humanos são mortais. menos;
Pela observação verifica-se que os • Pedro, José, João, ... são homens.
homens são seres humanos.
Há relação entre ser homem e ser
• Pedro, José, João, ... são homens. mortal para estes casos observados;
Há relação de causa e efeito? Conclui dentro da análise realizada:
• Ser humano e mortal. • Todos os homens são mortais.
Logo verifica-se que: Pela observação, verifica-se que to-
• Pedro, José, João, ... são mortais. dos os homens são mortais.

29
PMSC ME-60-001

Diferença Entre Indução e Dedução

No geral estes dois métodos podem ser entendidos como apresenta a Ilustração 5 5, a seguir.
Ilustração 5 - Propositura da Dedução/Indução

Particulariza

u
Ded ção

Universal Particular

In d u ç ão

G e n e r a li z a

Fonte: GIL (1999). Com adaptação.

Enquanto um sai das concepções universais procurando particularizar a visão, o outro ini-
cia-se das concepções particulares buscando generalidades.

Quadro 4 - Comparativo entre Dedução e Indução


Dedução Indução

Se todas as premissas são ver- Se todas as premissas são verdadei-


dadeiras, a conclusão deve ser verdadei- ras, a conclusão é provavelmente, mas não ne-
ra. cessariamente, verdadeira.
O método visa explicar o con- O método visa ampliar o alcance do co-
teúdo das premissas. Toda a informação nhecimento através da generalização. A conclu-
ou conteúdo da conclusão já estava, pelo são tem informações que não estão nas premis-
menos implicitamente, nas premissas. sas.

Fonte: PMSC (2022).

30
PMSC ME-60-001

1.2.1.3 Método dialético

A palavra dialética pode ser entendida, Normalmente a visão repassada sobre


enquanto método, como caminho entre as o método consiste na parte da tese (questão),
ideias. O Método Dialético, usualmente refe- segue para antítese (contraponto) e chega a
rido apenas como Dialética, é uma forma de uma síntese (composição).
discurso entre duas ou mais pessoas, que Desta forma, percebe-se claramente
têm diferentes pontos de vista, sobre um mes- três momentos que são, por um lado, uma
mo assunto, mas que pretendem estabelecer maneira de descrever o método axiomático
a verdade através de argumentos fundamen- (busca da verdade), que foi usado na filosofia
tados e não simplesmente vencer um debate por Spinoza, e, por outro, um uso particular
ou persuadir o opositor. desse método.

Ilustração 6 - Três momentos do Método Dialético

O primeiro momento (a tese) corresponde ao axioma.

O segundo momento (a antítese) corresponde à definição (que Spinoza


notava conter também uma negação).

O terceiro momento (a síntese), que corresponde ao teorema, é um


resultado necessário, porém novo, não estando simplesmente contido
nos momentos anteriores.

Fonte: PMSC (2022).

Neste sentido, o método procura discutir mos trabalhando com a totalidade correta,
claramente os conceitos envolvidos na ques- não obstante a teoria forneça indicações.
tão analisada. A utilização deste método pro- A teoria dialética alerta nossa atenção
cura trabalhar a visão do todo, que é necessá- para as sínteses, identificando as contradi-
ria para enxergar e encaminhar uma solução ções concretas e as mediações específicas
a um problema. Hegel dizia que a verdade é que constituem o “tecido” de cada totalidade,
o todo. Que se não enxergamos o todo, pode-
sendo que a contradição é reconhecida pela
mos atribuir valores exagerados a verdades
dialética como o princípio básico do movimen-
limitadas, prejudicando a compreensão de
uma verdade geral. Essa visão é sempre pro- to pelo qual os seres existem.
visória, nunca alcança uma etapa definitiva e Na dialética fala-se, também, na volati-
acabada, caso contrário, a dialética estaria lidade dos conceitos. Isso porque a realida-
negando a si própria. de sempre está assumindo novas formas e,
Logo, é fundamental enxergar o todo. assim, o conhecimento (conceitos) precisa se
Todavia, nunca temos certeza de que esta- moldar constantemente.

31
PMSC ME-60-001

1.2.1.4 Método hipotético-dedutivo

A partir das críticas da indução, o mé- ladas conjecturas ou hipóteses. Das


todo hipotético-dedutivo foi cunhado por Karl hipóteses formuladas, deduzem-se
Popper. Nesse método, o pesquisador tem hi- consequências que deverão ser tes-
tadas ou falseadas. Falsear significa
póteses que respondem ao seu problema de
tornar falsas as consequências de-
pesquisa. Essas hipóteses são testadas com duzidas das hipóteses. Enquanto no
o objetivo de serem comprovadas. “[...] Em método dedutivo se procura a todo
função dos resultados desses testes, as hipó- custo confirmar a hipótese, no méto-
teses podem ser modificadas, dando início a do hipotético-dedutivo, ao contrário,
um novo ciclo, até que não haja discrepân- procuram-se evidências empíricas
cias entre a teoria (ou o modelo) e os experi- para derrubá-la (GIL, 2008, p. 12).
mentos e/ou as observações” (PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 33). São quatro os principais elementos do
Complementando a abordagem dos au- método hipotético-dedutivo:
tores, Gil (2008, p. 12) descreve como o ocorre 1) observação e formulação de um
problema;
o processo de investigação dentro da perspec-
2) formulação das hipóteses a partir
tiva do método hipotético-dedutivo, comparan-
das observações e intuições do pes-
do-o inclusive com o método dedutivo:
quisador;
[...] quando os conhecimentos dis- 3) teste, análises e interpretações
poníveis sobre determinado assunto que buscam responder às hipóteses,
são insuficientes para a explicação 4) conclusão dos testes que confir-
de um fenômeno, surge o problema. mam, refutam ou corrigem as hipó-
Para tentar explicar as dificuldades teses testadas (UNIVERSIDADE
expressas no problema, são formu- FUMEC, 2013).

1.2.1.5 Método fenomenológico

O método fenomenológico foi iniciado pergunta ou problema para orientar o


no Século XX, sendo o filósofo Husserl um estudo e deriva conclusões que forne-
dos grandes precursores desse movimento fi- cerão a base para futuras pesquisas
e reflexões. Na ciência fenomenoló-
losófico. Este possui um caráter descritivo e
gica sempre existe uma relação entre
qualitativo em relação a apresentação e trata- a percepção externa da natureza dos
mento dos dados na pesquisa. objetos e percepções internas, me-
A pesquisa fenomenológica demanda mórias e julgamentos (MOUSTAKAS,
do investigador uma aproximação do cam- 1994, p. 46, tradução nossa).
po de estudo do objeto da pesquisa livre de
julgamentos, para perceber o que emerge O método fenomenológico consiste
da realidade pesquisada, considerando que nas seguintes fases: redução, descrição e in-
“aquilo que se revela, que aparece, não pode terpretação. Na fase de redução coloca-se
e não deve ser considerado independente- “entre parênteses” o julgamento prévio, ou
mente das experiências concretas de cada in- hipóteses possíveis, buscando conhecer o fe-
divíduo” (HOLANDA, 1997). nômeno em sua essência direta. Na fase de
descrição, aborda um elemento central desse
Nos estudos fenomenológicos, o pes- tipo de pesquisa que é extremamente descriti-
quisador se abstém de fazer suposi- va, tentando enumerar os elementos vistos do
ções, enfoca um tópico específico de fenômeno, ainda suspendendo o processo de
forma recente e ingênua, constrói uma subjetivação e interpretação do que foi visto.

32
PMSC ME-60-001

Na fase de interpretação, o investigador ana-


lisa os dados percebidos com a aproximação
feita ao fenômeno em relação ao que descre-
veu do mesmo, para então iniciar o processo
de categorização dessas informações que o
levarão à construção da análise desses ele-
mentos (FRANÇA, 1989).

1.2.2 MÉTODOS DE MEIOS TÉCNICOS DE INVESTIGAÇÃO

Os métodos de meios técnicos de in- rem seguidos pelo pesquisador dentro


vestigação auxiliam o pesquisador a definir os de determinada área de conhecimen-
to. O(s) método(s) escolhido(s) deter-
procedimentos que serão adotados para se
minará(ão) os procedimentos a serem
obter a compreensão do objeto de pesquisa. utilizados, tanto na coleta de dados e
informações quanto na análise (PRO-
[...] Assim, os métodos de procedi- DANOV; FREITAS, 2013, p. 36).
mento, também chamados de especí-
ficos ou discretos, estão relacionados Nessa seção serão abordados os méto-
com os procedimentos técnicos a se- dos sistêmico, estatístico e comparativo.

1.2.2.1 Método sistêmico

Levando em consideração que o obje- não caótica” (MEZZAROBA, 2014, p. 79). Po-
tivo dos métodos científicos é responder, da de-se perceber então que ele trata de um sis-
melhor maneira possível, às questões levan- tema dinâmico, já que há interação entre os
tadas pelos pesquisadores, pode-se entender elementos e, possivelmente, até com o meio
que o método sistêmico apresenta uma forma em que está inserido. Dessa forma, pode-se
diferente de verificar os problemas. considerar o sistema como aberto devido a
O método sistêmico procura desen- essas interações.
volver a análise de maneira a identificar o O fato de elementos poderem estar fora
todo e as partes relacionadas ao sistema e do sistema não prejudica sua capacidade de
buscar entender suas inter-relações, visan- interação com os outros elementos sistêmicos.
do a propor soluções (SILVA, 2016). Para melhor entender, deve-se saber
Observa-se que uma das consequên- que não há somente o sistema, dentro deles
cias da utilização do método sistêmico é que podem existir subsistemas, que também inte-
o pesquisador pode focalizar nas possíveis e ragem entre si.
necessárias relações entre as disciplinas e Desta forma, pode ocorrer a análise dos
verificar as possíveis contribuições entre elas, problemas como sendo um sistema ou até
o que caracteriza uma interdisciplinaridade parte dele, que devem ser analisados buscan-
(VASCONCELLOS, 2009). do a relação entre as partes e o todo, visando
A definição de sistemas de Bertalanffy observar como as interações podem ser afe-
refere-se ao “conjunto de elementos inter-re- tadas para mitigar ou superar o problema.
lacionados, mas cuja interação é ordenada e

33
PMSC ME-60-001

1.2.2.2 Método estatístico 1.2.2.3 Método comparativo

O método comparativo permite analisar


O Método Estatístico possibilita que o o dado concreto, deduzindo dele os elementos
pesquisador realize sua análise e tire as con- constantes, abstratos e gerais. É empregado
clusões ou efetue as predições necessárias em estudos de grande alcance (desenvolvi-
com base nos dados coletados. O objetivo mento da sociedade capitalista) e de setores
do pesquisador quando utiliza este método é concretos (comparação de tipos específicos
encontrar uma base concreta e segura de in- de eleições), assim como para estudos quali-
formações que serão analisadas, porém nem tativos (diferentes formas de governo) e quan-
sempre os resultados deduzidos são real- titativos (taxa de escolarização de países de-
mente necessários às pesquisas ou, então, senvolvidos e subdesenvolvidos).
há chance de as observações consideradas Comparar é confrontar elementos dife-
rentes levando em conta suas distinções e
não serem corretas (MEZZAROBA, 2014).
semelhanças, para que, no fim, seja possí-
Este método permite tratar um conjunto
vel estabelecer as devidas relações. Estudos
de dados, que têm caráter matemático, e que procuram discutir as relações entre método
são importantes a um fato social observado comparativo, observando suas forças e fra-
no campo das Ciências Sociais. quezas, e exemplos de estudos que o utiliza-
ram como um método de investigação (MEZ-
ZAROBA, 2014).
O método em si possibilita analisar os A comparação pode ser utilizada junta-
dados, mas os resultados dependerão mente com diversos métodos, podendo esta-
da interpretação do pesquisador para belecer relações no presente ou no passado.
alcançar as conclusões pertinentes ao É um método que tem grande utilidade prática
problema e verificar se podem ser cons- por possibilitar o estudo/comparação de gran-
tatadas ou percebidas no mundo real. de quantidade de objetos.

34
PMSC ME-60-001

1.3 TIPOS DE PESQUISA

A pesquisa pode ser estruturada em uma dada classificação para facilitar o entendimento
do pesquisador e do objeto de pesquisa. Assim, se faz importante verificar algumas possíveis
classificações.

1.3.1 PESQUISA DO PONTO DE VISTA DA SUA NATUREZA

Um destaque importante é falar sobre a sim, envolve verdades e interesses universais.


classificação das pesquisas: de natureza bá- Por sua vez, a Pesquisa Aplicada obje-
sica ou aplicada. tiva gerar conhecimentos para aplicação práti-
A Pesquisa Básica objetiva gerar co- ca dirigida à solução de problemas específicos,
nhecimentos novos, úteis para o avanço da e, assim, envolve verdades e interesses locais.
ciência sem aplicação prática prevista e, as-

1.3.2 PESQUISA DO PONTO DE VISTA DA FORMA DE ABORDAGEM

Do ponto de vista da forma de aborda- -quanti ou pesquisa mista, combina aborda-


gem de uma pesquisa, esta pode ser de abor- gens quantitativas e qualitativas. Antes de de-
dagem qualitativa, quantitativa ou quali-quanti cidir pela pesquisa mista, o pesquisador deve
(pesquisa mista). verificar se o enfoque do seu problema requer
A Pesquisa Quantitativa considera que uma abordagem múltipla, ou se uma das abor-
tudo pode ser quantificável, o que significa dagens somente seria suficiente para se che-
traduzir em números opiniões e informações gar às respostas das perguntas de pesquisa.
para classificá-las e analisá-las. Requer o uso
de recursos, programas e de técnicas esta- [...] No planejamento desses procedi-
tísticas (porcentagem, média, moda, media- mentos, os pesquisadores precisam
na, desvio-padrão, coeficiente de correlação, transmitir a intenção da pesquisa de
métodos mistos e suas aplicações
análise de regressão etc.).
nas ciências sociais e humanas. Os
A Pesquisa Qualitativa considera que procedimentos, então, envolvem a
há uma relação dinâmica entre o mundo real identificação do tipo de estratégia
e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável en- de investigação de métodos mistos,
tre o mundo objetivo e a subjetividade do su- das abordagens de coleta e análise
jeito que não pode ser traduzido em números. de dados, do papel do pesquisador
A interpretação dos fenômenos e a atribuição e de uma visão da estrutura geral da
de significados são básicas no processo de pesquisa de métodos mistos que nor-
pesquisa qualitativa. Não requer o uso de mé- teia o estudo proposto (CRESWELL,
todos e técnicas estatísticas. O ambiente na- 2007, p.18).
tural é a fonte direta para coleta de dados e o
Nesse sentido, é o pesquisador que preci-
pesquisador é o instrumento-chave. Esse tipo
sa avaliar a necessidade de cercar o seu objeto
de pesquisa é construída de forma extrema-
de estudo utilizando de outros métodos e seus
mente descritiva. Os pesquisadores tendem a
respectivos instrumentos, dependendo dos da-
analisar seus dados indutivamente. O proces-
dos que serão necessários obter para elaborar
so e seu significado são os focos principais de
uma análise acerca do tema em questão.
abordagem (SILVA; MENEZES, 2001).
A pesquisa quali-quantitativa ou quali-

35
PMSC ME-60-001

1.3.3 PESQUISA DO PONTO DE VISTA DE SEUS OBJETIVOS

Observa-se que do ponto de vista de Pode ser uma Pesquisa Explicativa,


seus objetivos, segundo Gil (1999), a pes- que visa identificar os fatores que determinam
quisa pode se configurar como Exploratória, ou contribuem para a ocorrência dos fenôme-
quando visa proporcionar maior familiaridade nos, aprofundando, assim, o conhecimento da
com o problema com vistas a torná-lo explíci- realidade porque explica a razão, o “porquê”
to ou a construir hipóteses. das coisas.

A pesquisa exploratória envolve: A pesquisa explicativa, quando realiza-


• levantamento bibliográfico; da nas ciências naturais, requer o uso
• entrevistas com pessoas que tive- do método experimental, e nas ciên-
ram experiências práticas com o cias sociais requer o uso do método
problema pesquisado; observacional (GIL, 1999).
• análise de exemplos que estimu-
lem a compreensão;
• assume, em geral, as formas de Em síntese, a pesquisa exploratória tem
pesquisas bibliográficas e estudos como o objetivo conhecer melhor um determi-
de caso. nado tema, a pesquisa descritiva busca um
aprofundamento sobre o tema e a explicativa
procura conectar as ideias para compreender
Pode ainda ser tida como Pesquisa Des- causas e efeitos.
critiva, que visa descrever as características
de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis.

A pesquisa descritiva envolve:


• o uso de técnicas padronizadas de
coleta de dados: questionário e ob-
servação sistemática;
• assume, em geral, a forma de le-
vantamento (GIL, 1999).

36
PMSC ME-60-001

Quadro 5 - Resumo quanto ao objetivo da pesquisa


Pesquisa Pesquisa Pesquisa
Exploratória Descritiva Explicativa
Objetivo

Descobrir ideias e pensa- Descrever características Compreender causas e


mentos. e funções. efeitos.

O pesquisador deve
iniciar um processo de O pesquisador tem como O pesquisador procura
busca de informações objetivo descrever as explicar a razão, o porquê
Passos

com vistas a aprimorar características de uma dos fenômenos, uma vez


ideias, alcançar discerni- população, de um fenô- que aprofunda o conheci-
mento sobre o assunto e, meno ou de uma expe- mento de uma dada reali-
posteriormente, construir riência. dade observada.
hipóteses.

Fatores que influencia- Redução dos crimes de


Exemplo

Recrutamento de meno-
ram a queda dos índices roubo em estabelecimen-
res como mão de obra
criminais em determina- tos comerciais por meio
para o tráfico de drogas.
da localidade. das rondas preventivas.
Fonte: Elaboração dos autores (2021).

1.3.4 PESQUISA DO PONTO DE VISTA DOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS

Os procedimentos técnicos da pes- experimental, levantamento, estudo de caso,


quisa estão ligados aos contornos dados aos pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação e a
passos a serem executados pelo pesquisador pesquisa participante (GIL, 1999). Sucinta-
no desenvolvimento da pesquisa. Estes pro- mente, Gil (1999), se refere a procedimentos
cedimentos relacionam-se com a pesquisa e técnicas, com segue.
bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa

Quadro 6 - Pesquisa do ponto de vista dos procedimentos técnicos

a. Pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituí-


do principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponi-
bilizado na internet.

b. Pesquisa documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam


tratamento analítico.

c. Pesquisa experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se


as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definem-se as formas de controle e
de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.

37
PMSC ME-60-001

d. Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo


comportamento se deseja conhecer, ou seja, pode ser entendido como um tipo de pes-
quisa que se realiza para a obtenção de dados ou informações sobre características
ou opiniões de um grupo de pessoas.

e. Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos


objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.

f. Pesquisa ex-post-facto: quando o “experimento” se realiza depois dos fatos.

g. Pesquisa-ação: quando concebida e realizada em estreita associação com uma ação


ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e membros represen-
tativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou partici-
pativo para uma ação. É uma forma de investigação baseada em uma autorreflexão
coletiva empreendida pelos participantes de um grupo social de maneira a melhorar a
racionalidade e a justiça de suas próprias práticas sociais e educacionais, como tam-
bém o seu entendimento dessas práticas e de situações onde essas práticas aconte-
cem (KEMMIS; MC TAGGART, 1988).

h. Pesquisa participante: se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e


participantes das situações investigadas com a função de envolver e estimular a pro-
tagonização emancipatória, individual e coletiva, em geral, de grupos oprimidos, mar-
ginalizados ou excluídos.

Fonte: PMSC (2022).

Estes entendimentos pro- IMPORTANTE


curam direcionar a percepção
do pesquisador quanto ao cor- Contudo, destaca-se que os tipos de pesquisa apre-
reto delineamento da pesqui- sentados, por meio das diversas classificações, não
sa para elaboração do trabalho são estanques ou excludentes. Uma mesma pesquisa
científico. pode estar, ao mesmo tempo, enquadrada em várias
classificações, desde que obedeça aos requisitos ine-
rentes a cada tipo atendendo a sua peculiaridade.

38
PMSC ME-60-001

1.4 TRIANGULAÇÃO DOS DADOS

Visando o processo de análise, surge a Os métodos de análise de dados de-


triangulação de dados, como estratégia para vem ser elegidos de acordo com o tipo de
depurar os diferentes tipos de dados obtidos pesquisa. Podemos ter uma análise de dados
com a investigação, a partir do uso de múlti- quantitativa (estatísticas, frequências etc). Ao
plos métodos para obtenção de informações. mesmo tempo, podemos ter uma análise de
A origem do conceito de triangulação vem das dados qualitativa (análise de conteúdo, aná-
ciências militares. “Decorrente da navegação e lise do discurso etc). Sugere-se, assim, a de-
da topografia, a triangulação é frequentemen- pender da escolha feita, buscar nas obras de
te entendida como um método para fixar uma metodologia o referido método de análise de
posição” (COX; HASSARD, 2005, p. 109). dados para um melhor aprofundamento.
Existem alguns tipos de softwares, como
A triangulação pode combinar méto- o AtlasTI4 e NVivo5, por exemplo, que auxiliam
dos e fontes de coleta de dados qua- na categorização dos dados qualitativos, de
litativos e quantitativos (entrevistas, caráter descritivo, facilitando a organização e o
questionários, observação e notas
desenvolvimento das categorias que surgiram
de campo, documentos, além de ou-
tras), assim como diferentes métodos a partir dos dados obtidos. A depender do tipo
de análise dos dados: análise de con- de dado obtido, resultante dos procedimentos
teúdo, análise de discurso, métodos adotados, existe um tipo de software (Zotero6,
e técnicas estatísticas descritivas e/ Mendley7, EndNote8) para o tratamento dos
ou inferenciais etc. (AZEVEDO et al. dados, que pode auxiliar no processo.
2013, p. 4).

4.

5.

6.

7.

8.

4.
AtlasTI 5.
NVivo 6.
Zotero 7.
Mendley 8.
EndNote

39
PMSC ME-60-001

1.5 COMPOSIÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA

A partir da compreensão filosófica e Ilustração 7 - Algumas indagações que o pro-


epistêmica sobre a ciência, do conhecimento jeto de pesquisa deverá responder.
teórico dos métodos e tipos de pesquisa exis-
tentes, chegamos ao momento de entender o
que é e quais os elementos necessários na
elaboração de um projeto de pesquisa. TEMA
O projeto de pesquisa “compreende
uma das fases da pesquisa. É a descrição O que pesquisar?
da sua estrutura” (ABNT, 2011). O projeto de
pesquisa pode ser tido, portanto, como um OBJETIVOS
documento que irá apresentar os planos para
o desenvolvimento de possíveis atividades
Para que pesquisar?
realizadas durante a pesquisa (SILVA; MENE-
ZES, 2001).
Desta forma, o Projeto de Pesquisa é JUSTIFICATIVA
um documento que tem por finalidade antever
os passos e discriminar as etapas operacio- Por que pesquisar?
nais do trabalho de pesquisa. Nele serão tra-
çados os caminhos que deverão ser trilhados METODOLOGIA
para alcançar seus objetivos de pesquisa. O
documento permitirá a avaliação antecipada Como pesquisar?
da pesquisa pela comunidade científica e po-
derá ser apresentado para obter-se aprova-
ção e/ou financiamento para sua execução Fonte: Dirk Wouters / Pixabay (2022). Com adap-
(GIL, 2010). tações.
O projeto de pesquisa define os rumos
tomados pelo pesquisador contendo as ques- Estas indicações apresentadas também
tões de estudo, uma maneira de abordar a rea- são normalmente chamadas de elementos
lidade. Seguir objetivos evita o desperdício de estruturantes do trabalho científico.
tempo e diminui o custo elevado da pesquisa. O projeto de pesquisa depende do mo-
O projeto de pesquisa deverá responder delo adotado pela instituição de ensino, mas
a algumas indagações: usualmente ele é constituído por alguns ele-
mentos básicos, conforme disposto na Ilustra-
ção 8, a seguir.

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PMSC ME-60-001

Ilustração 8 - Elementos básicos que usualmente constituem o projeto de pesquisa

Tema

Problema de Pesquisa
(pergunta de pesquisa)
Objetivos

ELEMENTOS BÁSICOS Hipóteses


QUE CONSTITUEM
O PROJETO DE PESQUISA
Justificativa

Base Teórica

Método

Referências
Fonte: PMSC (2022).

É importante verificar que cada um des- IMPORTANTE


tes elementos estão ligados a toda a propos-
ta de desenvolvimento da pesquisa que é ex- É importante destacar que o projeto de
posta por meio do projeto de pesquisa. pesquisa não é a sua pesquisa final,
Os modelos de projetos de pesquisa mas um planejamento do que você pre-
utilizados na APMT estão disponibilizados na tende desenvolver. No decorrer da pes-
segunda parte deste documento de trabalhos quisa haverá adaptações e mudanças
acadêmicos. em muitos aspectos do projeto.

41
PMSC ME-60-001

1.5.1 TEMA DA PESQUISA

O tema de pesquisa é o assunto de inte-


resse a ser pesquisado, que foi definido pelo Exemplos de Temas:
pesquisador ou em conjunto com o orienta-
dor. O tema não deve ser muito abrangente. Aspectos práticos da implantação do
Assim, procure centrar-se em: CONSEG.
a) um único assunto;
b) um grupo (público-alvo) específico;
Atuação da Polícia Militar na proteção
das atividades desportivas.
c) um período de tempo;
d) uma causa ou num efeito; Rede de Proteção da PMSC para atuar
em consonância com a Lei Maria da
e) um argumento ou ponto de vista.
Penha (LMP).
O tema de pesquisa guarda uma estrei-
ta relação com algumas informações impor-
Fornecimento dos gêneros alimentícios
tantes como atualidade, interesse, relevância
e pertinência.
no trabalho operacional.

Ilustração 9 - Checklist de verificação do Projetos para captação de recursos para


tema de pesquisa PMSC.

Reformulação do atendimento de ocorrên-


cia com as novas tecnologias.

TEMA DE PESQUISA
O tema deve se relacionar ao problema
de pesquisa de maneira que este possa for-
ATUAL malizar a pergunta de pesquisa.
Inserção do tema no
contexto atual.

INTERESSE DO AUTOR
Vínculo do autor com o tema.

RELEVÂNCIA DO TEMA
Importância social, jurídica,
política etc.

PERTINÊNCIA DO TEMA
Contribuição do tema para o
debate na instituição (PMSC).

Fonte: PMSC (2022).

42
PMSC ME-60-001

1.5.2 PROBLEMA DE PESQUISA

O problema de pesquisa está liga-


do intimamente à problemática que se Exemplos de problemas de pesquisa:
pretende trabalhar. Como problemática
pode-se entender a forma que é apre-
sentada o problema de pesquisa por- Tema Aspectos práticos da implantação do
menorizado, ou seja, o modo como são CONSEG.
apresentadas as dificuldades e desafios As dificuldades na implantação de
Problema
enfrentados no contexto de origem, de um CONSEG.
onde surgiu a necessidade e interesse
em realizar a pesquisa sobre determina- Tema Atuação da Polícia Militar na proteção
do tema. Nesse sentido, elencar esses das atividades desportivas.
aspectos, desde os pontos positivos aos A preparação das ações de policiamento
Problema
negativos, sustenta a apresentação e para segurança das práticas desportivas.
justificativa do problema.
Na introdução do trabalho, por Rede de Proteção da PMSC para atuar
exemplo, você deve contar a história Tema em consonância com a Lei Maria da
que lhe motivou a pesquisar determi- Penha (LMP).
nado tema de maneira formal e impar-
O atendimento das vítimas de crimes
cial explicando qual problema o trabalho Problema
domésticos pela Polícia Militar.
está abordando ao longo do seu desen-
volvimento.
O problema de pesquisa é a Fornecimento dos gêneros alimentícios
Tema no trabalho operacional.
mola propulsora de todo trabalho de
pesquisa. Depois de definido o tema De que maneira é feita a fiscalização
e tendo claro e justificado o problema Problema da distribuição de alimentos para o
de pesquisa, levanta-se uma questão serviço operacional.
para ser respondida que é conside-
rada a pergunta de pesquisa. Essa Projetos para captação de recursos para
pergunta refere-se a uma certa in- Tema
PMSC.
quietude que precisa ser observada
e desenvolvida para um melhor en- A atuação dos setores da PMSC na
Problema
tendimento ou até uma resolução por elaboração de projetos.
meio dos dados e informações traba-
lhados na argumentação explicitada Reformulação do atendimento de ocorrên-
Tema
no trabalho. cia com as novas tecnologias.
O autor da pesquisa, no caso, A percepção do policial militar na
criará um questionamento para definir a Problema
adaptação ao uso das tecnologias
abrangência de sua pesquisa, que será
desenvolvida através da formulação do
problema de pesquisa.

43
PMSC ME-60-001

1.5.3 PERGUNTA DE PESQUISA

Com a definição do problema de pes- Algumas características são necessá-


quisa é possível partir para a elaboração da rias para conseguir fazer uma boa pergunta,
pergunta de pesquisa, mas isso não é tudo, conforme destacamos na sequência.
pois tem de ocorrer um bom enlace entre uma a) Conhecimento global da literatura:
e outra. não é o conhecimento de toda a lite-
ratura da área, pois isso seria impos-
sível, mas é preciso estar antenado
às publicações e descobrimentos re-
IMPORTANTE levantes, e não se restringir apenas
a temática específica que se quer
Ao desenvolver uma pesquisa, o pes- abordar.
quisador não se destaca pelas respos- b) Questionar as verdades que são
tas que são dadas, mas pelas perguntas consideradas absolutas: algumas
que propõe para iniciar a investigação. afirmações acabam se tornando dog-
Desta forma, percebe-se que a constru- mas devido à falta de ceticismo. Se o
ção da pergunta de pesquisa é funda- texto científico faz uma citação de re-
mental para se conseguir um bom re-
sultado de outro texto, procure sem-
sultado (SILVA; MENEZES, 2001).
pre verificar o trabalho original para
evitar propagações catastróficas de
A elaboração da pergunta de pesqui- conclusões incorretas.
sa está fortemente relacionada ao problema c) Ter expertise na área: você ou seu
de pesquisa apontado. Observa-se que mui- orientador devem saber quais são os
tas vezes a dificuldade de resposta é devida problemas da área, quais são as me-
à criação de perguntas inadequadas. Mesmo todologias usadas e compreender os
que se tenha disponível tempo, mão de obra, aspectos a serem examinados.
recursos e habilidade técnica, sem a pergunta Importante ter em mente que você pre-
certa pode-se não chegar a nenhum resulta- cisa ter um foco para finalizar a pesquisa e,
do. Assim, verifica-se a necessidade de se ter para tanto, não há tempo para se envolver em
em mente a pergunta de pesquisa e caso seja uma pesquisa que não terá tempo ou meios
prudente se deve ajustá-la. para finalizar.

Assim, fique atento às possíveis armadilhas no que se refere às perguntas ideais e


às perguntas certas para sua pesquisa.

Pergunta ideal: a pergunta ideal apresen- Pergunta certa: a pergunta certa apre-
ta-se como algo com relevância e impacto senta-se como uma derivação da per-
no conhecimento científico. Seria maravi- gunta ideal, sendo geralmente uma parte
lhoso respondê-la, mas talvez falte tem- que precisa ser investigada, talvez exa-
po, dinheiro ou mesmo habilidade técnica tamente a parte que você tem condições
para atingir esse propósito. para responder.

44
PMSC ME-60-001

Destaca-se que a per- Exemplos de pergunta de pesquisa:


gunta de pesquisa se refere Tema Aspectos práticos da implantação do CONSEG.
Tema
a uma ou mais indagações à Tema Aspectos práticos da implantação do CONSEG.
Tema
Problema As dificuldades
Aspectos nada
práticos implantação
implantaçãodedo
umCONSEG.
CONSEG. Tema
qual se precisa responder ao Problema As dificuldades na implantação de um CONSEG. Tema
final da pesquisa. Claro que Problem
Problema Quais as ações necessárias
As dificuldades parade
na implantação Implantação
um CONSEG.do
Problem
Pergunta Quais
CONSEG?as ações necessárias para Implantação do
não de maneira direta, mas Pergunta CONSEG? Problem
Quais as ações necessárias para Implantação do
apresentando razões advin- Pergunta CONSEG? Pergunt
das da pesquisa realizada. Pergunt
Atuação da Polícia Militar na proteção das ativi- Pergunt
A pesquisa científica é Tema Atuação
dades da Polícia Militar na proteção das ativi-
desportivas.
um emaranhado de passos or- Tema Atuação da Polícia Militar na proteção das ativi- Tema
dades desportivas. Tema
denados. Assim da pergunta Tema A preparação
dades das ações de policiamento para
desportivas.
Problema A preparação
dasdas açõesdesportivas.
de policiamento para Tema
de pesquisa emerge o objetivo Problema
segurança práticas
Problem
A preparação
segurança dasdas açõesdesportivas.
práticas de policiamento para
da pesquisa. Problema Como é desenvolvido Problem
segurança das práticaso desportivas.
planejamento do policia-
Pergunta Como édesportivo?
mento desenvolvido o planejamento do policia- Problem
Pergunta Como
mento édesportivo?
desenvolvido o planejamento do policia- Pergunt
Pergunta mento desportivo? Pergunt
Pergunt
Rede de Proteção da PMSC para atuar em
Tema Rede de Proteção
consonância com adaLei PMSC
Mariapara atuar em
da Penha (LMP).
Tema
Tema Rede de Proteção
consonância com adaLei PMSC
Mariapara atuar em
da Penha (LMP).
Tema
Tema O atendimento
consonância comdasa vítimas de da
Lei Maria crimes
Penhadomésticos
(LMP).
Tema
Problema O atendimento
pela das vítimas de crimes domésticos
Polícia Militar. Problem
Problema O atendimento
pela das vítimas de crimes domésticos
Polícia Militar. Problem
Problema QuaisPolícia
pela as formas de atuação da Polícia Militar nas
Militar. Problem
Pergunta Quais as formas
ocorrências deàatuação
afetas Lei Mariadada
Polícia
PenhaMilitar nas
(LMP)? Pergunt
Pergunta Quais as formas
ocorrências deàatuação
afetas Lei Mariadada
Polícia
PenhaMilitar nas
(LMP)? Pergunt
Pergunta ocorrências afetas à Lei Maria da Penha (LMP)? Pergunt
Aspectos
Aspectos práticos
práticos da
da implantação
implantação do
do CONSEG.
CONSEG. Fornecimento dos gêneros alimentícios no
Fornecimento dos gêneros alimentícios no traba- traba-
Tema
Tema lho
lho operacional.
operacional.
ema
ema As
As dificuldades
dificuldades na
na implantação
implantação de
de um
um CONSEG.
CONSEG.
De
De que
que maneira
maneira éé feita
feita a
a fiscalização
fiscalização da
da distri-
distri-
Quais
Quais as
as ações
ações necessárias
necessárias para
para Implantação
Implantação do
Problema
Problema buição
unta
do buição de
de alimentos
alimentos para
para oo serviço
serviço operacional.
operacional.
unta CONSEG?
CONSEG?
Como
Como éé verificado
verificado o
o padrão
padrão de
de qualidade
qualidade dos
dos
Pergunta
Pergunta alimentos fornecidos para os policiais?
alimentos fornecidos para os policiais?
Atuação
Atuação da
da Polícia
Polícia Militar
Militar na
na proteção
proteção das
das ativi-
ativi-
dades desportivas.
dades desportivas. Tema
Tema Projetos
Projetos para
para captação
captação de
de recursos
recursos para
para PMSC.
PMSC.
A
A preparação
preparação das
das ações
ações de
de policiamento
policiamento para
para
ema
ema segurança das práticas desportivas. A
A atuação
atuação dos
dos setores
setores da
da PMSC
PMSC na
na elaboração
elaboração
segurança das práticas desportivas. Problema
Problema de projetos.
de projetos.
Como
Como éé desenvolvido
desenvolvido o
o planejamento
planejamento do
do policia-
policia-
unta
unta mento Qual
Qual éé a
a maneira
maneira de
de desenvolver
desenvolver projetos
projetos visando
mento desportivo?
desportivo? Pergunta visando
Pergunta captação
captação de
de recursos
recursos na
na PMSC?
PMSC?

Rede
Rede de
de Proteção
Proteção da
da PMSC
PMSC para
para atuar
atuar em
em Reformulação
Reformulação do
do atendimento
atendimento de
de ocorrência
ocorrência com
com as
as
Tema
Tema novas
consonância com
consonância com aa Lei
Lei Maria
Maria da
da Penha
Penha (LMP).
(LMP). novas tecnologias.
tecnologias.
O
O atendimento
atendimento das
das vítimas
vítimas de
de crimes
crimes domésticos
domésticos A
A percepção
percepção do
do Policial
Policial Militar
Militar na
na adaptação
adaptação ao
ao
ema
ema pela Polícia Militar. Problema
Problema
pela Polícia Militar. uso das tecnologias
uso das tecnologias
Quais
Quais as
as formas
formas de
de atuação
atuação da
da Polícia
Polícia Militar
Militar nas
nas Qual
Qual a
a percepção
percepção do
do policial
policial militar
militar sobre
sobre a
a
unta
unta ocorrências Pergunta
Pergunta
ocorrências afetas
afetas à
à Lei
Lei Maria
Maria da
da Penha
Penha (LMP)?
(LMP)? adaptação
adaptação ao
ao uso
uso das
das tecnologias?
tecnologias?

45
PMSC ME-60-001

1.5.4 OBJETIVO DA PESQUISA

No seu projeto de pesquisa, bem público-alvo. O objetivo geral e os objetivos


como no seu trabalho de conclusão do curso, específicos devem estar atrelados ao desenho
você deve ter de maneira bastante pragmá- do estudo, ou melhor, ao protocolo de pesqui-
tica a descrição do “objetivo”. É por meio do sa desenvolvido (SILVA; MENEZES, 2001).
objetivo que você informa o leitor sobre o que O objetivo é a meta do seu trabalho,
você quer alcançar com seu estudo. pois diz respeito ao lugar em que o pesquisa-
O texto deve ser redigido de forma dor quer chegar com a pesquisa. Assim, des-
clara e direta, pois em publicações científicas taca-se que ele deve ser claro e preciso, sen-
deve-se evitar textos rebuscados, tendo em do apresentado com verbos no infinitivo, que
vista que a meta será informar com clareza ao determinam ação.

Seguem alguns exemplos de emprego de verbos a serem utilizados nos objetivos,


dependendo do que será desenvolvido na pesquisa:
a) determinar estágio cognitivo de co- d) determinar estágio cognitivo de
nhecimento: os verbos apontar, arro- análise: os verbos analisar, classifi-
lar, definir, enunciar, inscrever, regis- car, comparar, constatar, criticar, de-
trar, relatar, repetir, sublinhar e nomear; bater, diferenciar, distinguir, examinar,
b) determinar estágio cognitivo de provar, investigar e experimentar;
compreensão: os verbos descrever, e) determinar estágio cognitivo de
discutir, esclarecer, examinar, explicar, síntese: os verbos articular, compor,
expressar, identificar, localizar, traduzir constituir, coordenar, reunir, organizar
e transcrever; e esquematizar;
c) determinar estágio cognitivo de f) determinar estágio cognitivo de
aplicação: os verbos aplicar, demons- avaliação: os verbos apreciar, avaliar,
trar, empregar, ilustrar, interpretar, inven- eliminar, escolher, estimar, julgar, prefe-
tariar, manipular, praticar, traçar e usar; rir, selecionar, validar e valorizar.

A Ilustração 10, a seguir, demonstra


uma forma de construção do objetivo geral de
uma pesquisa.

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PMSC ME-60-001

Ilustração 10 - Formulação do Objetivo Geral

Temos aqui o problema:

Quais os motivos da evasão escolar no colégio “Fulano de Tal”?

Com base nele, formularemos o objetivo geral, podendo ser assim expresso:

Analisar os motivos da evasão escolar no colégio “Fulano de Tal”.

Analisar Verbo no infinitivo.

Complementação, a qual revela


os motivos da evasão escolar a finalidade da pesquisa.

Cenário em que será


no colégio “Fulano de Tal”. desenvolvida a pesquisa.

Fonte: Silva e Menezes (2001). Com adaptação.

47
PMSC ME-60-001

Na sequência, apresentamos alguns exemplos de objetivos gerais.

Tema Aspectos práticos da implantação do CONSEG.

Problema As dificuldades na implantação de um CONSEG.

Pergunta Quais as ações necessárias para Implantação do CONSEG?


Objetivo Analisar os procedimentos necessários para Implantação do CONSEG.

Tema Atuação da Polícia Militar na proteção das atividades desportivas.


A preparação das ações de policiamento para segurança das
Problema práticas desportivas.
Pergunta Como é desenvolvido o planejamento do policiamento desportivo?
Objetivo Verificar como é desenvolvido o planejamento do policiamento desportivo.

Tema Rede de Proteção da PMSC para atuar em consonância com a Lei


Maria da Penha (LMP).
Problema O atendimento das vítimas de crimes domésticos pela Polícia Militar.

Pergunta Quais as formas de atuação da Polícia Militar nas ocorrências afetas


à Lei Maria da Penha (LMP)?
Quais as formas de atuação da Polícia Militar nas ocorrências afetas
Objetivo
a Lei Maria da Penha (LMP)?

Tema Fornecimento dos gêneros alimentícios no trabalho operacional.


De que maneira é feita a fiscalização da distribuição de alimentos para
Problema
o serviço operacional.

Pergunta Como é verificado o padrão de qualidade dos alimentos fornecidos para


os policiais?
Apresentar os critérios necessários para aferir o padrão adequado de
Objetivo
qualidade dos alimentos fornecidos para os policiais.

Já em relação aos objetivos específicos,


estes são formulados para ajudar a direcionar
o desenvolvimento de cada seção do projeto
para alcançar o objetivo geral.

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PMSC ME-60-001

IMPORTANTE

Não é aconselhável ter mais de quatro objetivos específicos. Como o trabalho mo-
nográfico tem três seções, um dos capítulos pode ficar com dois objetivos específicos.
No caso do artigo, que é composto por seções, cada objetivo específico pode ser
abordado em uma seção.

Na sequência, demonstramos como os


Podemos pensar em alguns objetivos específicos podem estar alinhados
exemplos de objetivos específicos a ao sumário ou seções.
partir de um tema com a Lei Maria da 1) Introdução.
Penha, conforme segue. 2) Os aspectos da Lei Maria da Penha
Verificar os aspectos da Lei Ma- para redução das ocorrências.
ria da Penha para redução das ocor- 3) As possíveis atuações no atendi-
rências. mento das ocorrências envolvendo
Identificar as possíveis atuações violência doméstica.
no atendimento das ocorrências. 4) A forma de atuação da PMSC nos
Analisar a forma de atuação da casos envolvendo vítimas ampara-
PMSC nos casos envolvendo vítimas das pela lei.
amparadas pela lei. 5) As ações proativas para melhorar a
Apresentar as ações proativas atuação da PMSC.
para melhorar a atuação da PMSC. 6) Considerações finais.
7) Referências.
Diante disso, é importante entender que
para direcionar o objetivo geral podem ser
Quando os objetivos específicos estão criadas hipóteses para resolução do proble-
alinhados, podem dar o contorno do sumário ma de pesquisa apontado.
ou indicativo das seções, no caso do artigo.

49
PMSC ME-60-001

1.5.5 HIPÓTESES DE PESQUISA

Hipóteses são suposições colocadas Quando analisados os instrumentos


como respostas plausíveis e provisórias para adotados para a coleta de dados, é possível
o problema de pesquisa. As hipóteses são reconhecer as hipóteses subjacentes (implíci-
provisórias porque poderão ser confirmadas tas) que conduziram a pesquisa (GIL, 1999).
ou refutadas como desenvolvimento da pes- O processo de formulação de hipóte-
quisa. Um mesmo problema pode ter muitas ses é de natureza criativa e requer experiên-
hipóteses, que são soluções possíveis para a cia na área. Gil (1999) analisou a literatura re-
sua resolução. As hipóteses orientarão o pla- ferente à descoberta científica e concluiu que
nejamento dos procedimentos metodológicos na formulação de hipóteses podem-se usar
necessários à execução da sua pesquisa. as seguintes fontes:
O processo de pesquisa estará volta- a) observação;
do para a procura de evidências que compro- b) resultados de outras pesquisas;
vem, sustentem ou refutem a afirmativa feita c) teorias;
na hipótese. A hipótese define até onde você d) intuição.
quer chegar e, por isso, será a diretriz de todo Como mencionado, a hipótese de
o processo de investigação. pesquisa nada mais é do que a suposição de
A hipótese é sempre uma afirma- coisas que podem responder ao problema de
ção, uma resposta possível ao problema pesquisa.
proposto. As hipóteses podem estar ex- Contudo, há interação da formu-
plícitas ou implícitas na pesquisa, desta lação de hipóteses e da justificativa a ser
forma não são obrigatórias no desenvolvi- formulada para pesquisa?
mento do projeto de pesquisa.

1.5.6 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

A justificativa da pesquisa visa informar Quais os pontos positivos que você per-
a importância do tema pesquisado tanto para cebe na abordagem proposta?
a sociedade como para a instituição. Que vantagens e benefícios você pres-
Desta forma, observa-se que nesta supõe que sua pesquisa irá proporcionar?
etapa do projeto de pesquisa você deve Tenha em mente que a justificativa de-
refletir sobre “o porquê” da realização da verá convencer quem lerá o projeto da impor-
pesquisa procurando demonstrar as ra- tância e da relevância da pesquisa proposta.
zões da preferência pelo tema escolhido e Assim, a sua justificativa é a sua chance de
sua importância em relação a outros possí- provar ao seu orientador e a qualquer pessoa
veis temas. que leia o seu projeto, que seu assunto é re-
Para pensar sobre isso, elencamos a levante e merece ser pesquisado, analisado
seguir algumas questões que podem ajudar. e discutido.
O tema é relevante, e, se é, por quê?

1.5.7 REVISÃO DA LITERATURA

A revisão da literatura, que também quisadas para demonstrar a viabilidade da


pode ser chamada de estado da arte ou base pesquisa por meio de trabalhos ou livros já
teórica, depende do contorno dado ao proto- desenvolvidos no campo em questão.
colo de pesquisa. A revisão da literatura nada No desenvolvimento da funda-
mais é que, na fase da elaboração do projeto mentação teórica no projeto de pesquisa,
de pesquisa, a apresentação preliminar de al- você deverá responder às questões dis-
gumas fontes bibliográficas, que foram pes- postas a seguir por meio da formulação de

50
PMSC ME-60-001

um argumento explicitado.
• Quem já escreveu e o que já foi O levantamento bibliográfico contribui-
publicado sobre o assunto? rá para:
• Quais aspectos já foram aborda- a) obter informações sobre a situação
dos por outros autores/pesquisa- atual do tema ou problema pesqui-
dores? sado;
• Quais as lacunas existentes na li-
b) conhecer publicações existentes
teratura?
sobre o tema e os aspectos que já
Pode-se entender que o “estado da
foram abordados;
arte” pode se apresentar como: revisão teóri-
ca, revisão empírica, revisão sistemática, revi- c) verificar as opiniões similares e di-
são narrativa, revisão histórica etc. ferentes a respeito do tema ou de
A revisão de literatura é fundamental, aspectos relacionados a ele ou ao
porque fornecerá elementos para evitar a du- problema de pesquisa que você
plicação de pesquisas sobre o mesmo enfo- está desenvolvendo.
que do tema. Além disso, favorece também a
definição de contornos mais precisos do pro- Para tornar o processo de revisão de
blema a ser estudado. literatura produtivo, você deverá seguir alguns
O levantamento bibliográfico é aque- passos básicos para sistematizar seu traba-
le baseado na análise da literatura já publica- lho e canalizar seus esforços. Geralmente,
da em forma de livros, revistas, publicações deve-se estruturar um protocolo de pesquisa
avulsas, imprensa escrita e até eletronica- para direcionar os trabalhos a serem desen-
mente, estando disponibilizada na internet. volvidos, visando facilitar a formalização do
trabalho de pesquisa.

1.5.8 AMOSTRAGEM E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Metodologia de pesquisa é o con- que tipo de pesquisa será desenvolvida e quais


junto de métodos, processos ou técnicas técnicas serão empregadas para coleta das in-
que, combinados sistematicamente entre formações nas fontes de dados disponíveis.
si, nos levam ao desenvolvimento do tra- Definirá, ainda, caso necessário, a po-
balho científico. pulação (universo da pesquisa), a amostragem,
O vocábulo método deriva de duas os instrumentos de coleta de dados e a forma
outras palavras de origem grega: metá = a se- como pretende tabular e analisar seus dados.
guir e hodós = caminho, estrada etc. Assim, População (ou universo da pesquisa) é a tota-
método pode ser entendido como “caminho a lidade de indivíduos que têm as mesmas ca-
ser seguido”. racterísticas definidas para um determinado
O caminho a ser percorrido pelo pes- estudo. Amostra é parte da população ou do
quisador deve ser trilhado a partir de procedi- universo, selecionada de acordo com uma re-
mentos estipulados ordenadamente para atin- gra ou plano de amostragem. A amostra pode
gir o propósito da pesquisa. ser probabilística e não-probabilística (SILVA;
Assim, você deverá explicitar qual MENEZES, 2001).
método científico será empregado no trabalho,

51
PMSC ME-60-001

Amostras não-probabilísticas podem Amostras probabilísticas são compos-


ser: tas por sorteio e podem ser:
amostras acidentais: com- amostras casuais simples:
postas por acaso, com pes- cada elemento da população
soas que vão aparecendo; tem oportunidade igual de ser
incluído na amostra;
amostras por quotas: diver-
sos elementos constantes da amostras casuais estratifi-
população/universo, na mes- cadas: cada estrato, definido
ma proporção; previamente, estará represen-
tado na amostra;
amostras intencionais: es-
colhidos casos para a amostra amostras por agrupamento:
que representem o “bom julga- reunião de amostras repre-
mento” da população/universo sentativas de uma população
(SILVA; MENEZES, 2001). (SILVA; MENEZES (2001).

A definição do instrumento de cole-


ta de dados dependerá dos objetivos que se
pretende alcançar com a pesquisa e do uni-
verso a ser investigado. Elencamos, na se-
quência, os instrumentos de coleta de dados
tradicionais.

Observação: quando se utilizam os sentidos de observação para a obten-


ção de dados de determinados aspectos da realidade. A observação pode ser:
• observação assistemática: não tem planejamento e controle previamente
elaborados;
• observação sistemática: tem planejamento, realiza-se em condições contro-
ladas para responder aos propósitos preestabelecidos;
• observação não-participante: o pesquisador presencia o fato, mas não par-
ticipa;
• observação participante: é uma técnica em que o observador partilha, quan-
do as circunstâncias lhe permitem, as atividades, os andamentos, os inte-
resses e as inclinações que verifica.
• observação individual: é realizada por apenas um pesquisador que apresen-
ta sua visão particularizada do fenômeno;
• observação em equipe: feita por um grupo de pessoas, ou seja, possibilita
verificar o fenômeno observado por vários ângulos, criando a oportunidade
de confrontar os dados coletados;
• observação na vida real: registro de dados à medida que ocorrem;
• observação em laboratório: onde tudo é controlado (SILVA; MENEZES, 2001).

52
PMSC ME-60-001

Entrevista: é a obtenção de informações de um entrevistado, sobre deter-


minado assunto ou problema. A entrevista pode ser:
• padronizada ou estruturada: roteiro previamente estabelecido;
• não-estruturada: não existe rigidez de roteiro. Podem-se explorar mais am-
plamente algumas questões.

Questionário: é uma série ordenada de perguntas que devem ser respon-


didas por escrito pelo informante. O questionário deve ser objetivo, limitado em
extensão e estar acompanhado de instruções. As instruções devem esclarecer o
propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração do informan-
te e facilitar o preenchimento. As perguntas do questionário podem ser:
1) abertas: quando abordam uma questão, por exemplo, “Qual é a sua opi-
nião?” e a resposta pode ser dissertativa;
2) fechadas: duas escolhas: sim ou não;
3) de múltiplas escolhas: fechadas com uma série de respostas possíveis.

Algumas recomendações úteis são en- perguntas que, de antemão, já se sabe


contradas na literatura sobre a construção de que não serão respondidas com ho-
questionários: nestidade (SILVA; MENEZES, 2001).
• o questionário deverá ser construído
• Formulário: é uma coleção de ques-
em blocos temáticos obedecendo a
tões anotadas por um entrevistador
uma ordem lógica com um encadea-
numa situação face a face com a ou-
mento de ideias na elaboração das
tra pessoa (o informante).
perguntas;
O instrumento de coleta de dados es-
• a redação das perguntas deverá ser
colhido deverá proporcionar uma interação
feita em linguagem compreensível ao
informante. A linguagem deverá ser efetiva entre você, o informante ou ambiente
acessível ao entendimento da média da pesquisa e a investigação que está sendo
da população estudada. A formulação realizada.
das perguntas deverá evitar a possi- Para facilitar o processo de tabulação
bilidade de interpretação dúbia, suge- de dados por meio de suportes computacio-
rir ou induzir a resposta; nais, as questões e suas respostas devem ser
previamente codificadas. Hoje, há a possibili-
• cada pergunta deverá focar apenas dade de aplicar os instrumentos de coleta de
em um ponto de maneira que não dados de forma on-line.
reste dúvidas sobre o entendido da A coleta de dados estará relacionada
questão pelo informante; com o problema, a hipótese e os pressupos-
• o questionário deverá conter apenas tos da pesquisa, objetivando, assim, obter
as perguntas relacionadas aos objeti- elementos para que os objetivos propostos na
vos da pesquisa. Devem ser evitadas pesquisa possam ser alcançados.

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PMSC ME-60-001

1.6 ELABORAÇÃO DE TRABALHO CIENTÍFICO

O trabalho científico consiste em uma É importante que o pesquisador seja


informação científica organizada segundo pa- criativo no seu estudo, que delimite pro-
drões específicos, com o objetivo de cumprir blemas, aponte soluções, forneça infor-
regras da comunidade científica e acadêmica, mações completas e de forma ordenada
com o que se espera dessa produção. sobre o objeto de seu estudo, enfim, que
Pode-se comparar um trabalho científi- contribua para a produção de conhecimen-
co a um filme ou uma história, em que devem to científico.
coexistir três partes harmônicas, a saber: prin- Para o desenvolvimento de um trabalho
cípio, meio e fim. Deve existir, também, uma de cunho científico devem ser observadas algu-
nítida ligação entre essas três partes, como o mas regras e, no nosso caso, também as pro-
“enredo” do filme. postas pela Associação Brasileira de Normas
O Trabalho de Conclusão de Curso Técnicas (ABNT). É importante destacar que
(TCC) é um tipo de trabalho acadêmico de algumas instituições de ensino superior têm as
base científica que figura no meio educacional próprias regras estabelecidas em manuais.
brasileiro. É amplamente utilizado em cursos
superiores e técnicos, como forma de efetuar
uma avaliação final dos estudantes, de modo O artigo científico, por sua vez,
que contemple a diversidade dos aspectos de tem por finalidade apresentar publica-
sua formação educacional. mente os resultados originais de uma
dada pesquisa.

IMPORTANTE
Em ambos os casos, ou seja, monogra-
fia e artigo, abordam-se as ideias por meio de
A monografia e o artigo são tipos de um protocolo ordenado de ações. Este proto-
TCC e são empregados como finaliza- colo visa guiar o pesquisador no desenvolvi-
ção de uma etapa acadêmica, que visa mento da pesquisa, que resultará na produ-
consolidar os conhecimentos adquiri- ção do artigo científico.
dos no curso em forma de uma pesqui- Segundo a ABNT (2018, p. 2), o artigo
sa estruturada e com possibilidade de científico pode ser definido como a “parte de
apresentação. uma publicação, com autoria declarada, de
natureza técnica e/ou científica.”
A partir dessa definição, é relevante
questionar a diferença demarcada entre um
A monografia é um trabalho cien- artigo e uma monografia. A resposta ao ques-
tífico que se caracteriza pela especifica- tionamento poderá ser, por exemplo, indicar
ção, ou seja, a redução da abordagem que o artigo possui uma forma mais simplifi-
a um só assunto, a um só problema. cada de exposição da pesquisa do que uma
Desta maneira, monografia é um traba- monografia.
lho escrito de um tema específico que No artigo, há a hipótese de que a conci-
resulte de interpretação científica com o são seja a característica que demarca a dife-
escopo de apresentar uma contribuição rença entre a monografia e o artigo. O primei-
relevante e pessoal à ciência. ro passo é compreendermos que enquanto
na monografia existe a possibilidade de se
esmiuçar um determinado assunto, estenden-
O caso é tratar um tema com os rigores do-o nos três capítulos por meio de várias se-
que a ciência determina. Estes rigores serão ções, no artigo científico tal aspecto não pre-
analisados publicamente pela banca de mo- valece. Como se trata de um texto que prima
nografia que avaliará o trabalho. pela objetividade dos dados apresentados,

54
PMSC ME-60-001

ele precisa passar por um critério rigoroso de Quanto ao conteúdo abordado no arti-
correção, no sentido de verificar a estrutura- go, este pode apresentar distintos aspectos,
ção dos parágrafos e frases, garantindo a cla- como também pode cumprir outras tarefas,
reza e objetividade retratadas pela linguagem. conforme nos revelavam Marconi e Lakatos
(2005, p. 262), que apresentam algumas pos-
sibilidades, podendo:
IMPORTANTE
a) versar sobre um estudo pessoal,
uma descoberta, ou dar um enfo-
É importante mencionar que num arti- que contrário ao já conhecido;
go, o revisor (avaliador) precisa estar b) oferecer soluções a questões
livre para se posicionar frente ao obje- controvertidas;
to de análise, levando em considera- c) levar ao conhecimento do público
ção alguns aspectos voltados para a intelectual ou especializado no as-
análise dos argumentos apresentados, sunto novas ideias, para sonda-
checagem do valor científico atribuído gem de opiniões ou atualização
ao texto em questão, verificação da de informações;
d) abordar aspectos secundários,
possibilidade de se tornar público (es-
levantados em alguma pesqui-
tar disponível a outras pessoas), con- sa, mas que não seriam nela
firmação da possibilidade de abertura utilizados.
a possíveis reavaliações em função
de novas descobertas e, consequen- Observa-se que para o desenvolvimen-
temente, apresentação de melhores to de um trabalho científico há necessidade
resultados. Verificando, inclusive, a de planejar a pesquisa visando obter os me-
coerência existente entre objetivos, lhores resultados possíveis.
metodologia e análises realizadas.

1.6.1 PLANEJAMENTO DA PESQUISA Ilustração 11 - Requisitos preenchidos por


uma pesquisa científica
Com a leitura deste material, nosso ob-
jetivo é que seja possível compreender que a
pesquisa, é a construção de um conhecimen-
to original de acordo com certas exigências
científicas. Contudo, para que o seu estudo
seja considerado científico, você deve obede-
cer aos critérios de coerência, consistência, A existência de uma
pergunta que se
originalidade e objetivação. deseja responder.
Assim sendo, é desejável que uma
pesquisa científica preencha os seguintes
A elaboração de um
requisitos: conjunto de passos
que permitam chegar
à resposta.

A indicação do grau
de confiabilidade na
resposta obtida.

Fonte: Goldemberg (1999, p.106). Com adaptação.

55
PMSC ME-60-001

Já o planejamento de uma pesquisa de- Para entender o significado do plane-


penderá basicamente de três fases, vistas na jamento da pesquisa científica seria interes-
Ilustração12. sante ter em mente que se trata da realização
concreta de uma investigação que será pla-
Ilustração 12 - Fases do planejamento de uma
nejada e desenvolvida de acordo com as nor-
pesquisa
mas consagradas pela metodologia científica.
Normalmente, o planejamento da pesquisa
é materializado por meio do projeto de pes-
Referente à escolha do tema, à
Fase quisa, como veremos na sequência, de forma
Decisória definição e à delimitação do
problema de pesquisa. mais detalhada.

Referente à construção de um
Fase
Construtiva plano de pesquisa e à execução
da pesquisa propriamente dita.

Referente à análise dos dados


e informações obtidas na fase
Fase construtiva. É a organização
Redacional
das ideias de forma sistemati-
zada visando à elaboração do
relatório final.

Fonte: PMSC (2022).

1.6.2 PROTOCOLO DE PESQUISA

Para evitar dispersão e perda de tempo


no processo de seleção e de leitura de tex- A elaboração de um protocolo de
tos é importante levantar os aspectos que se- pesquisa visa:
rão abordados sobre o tema. Para isso, você a) dar harmonia ao processo que liga os
deve elaborar um esquema provisório (tam- elementos estruturantes da pesquisa
bém chamado de protocolo de pesquisa) para ao desenvolvimento do trabalho;
sua revisão de literatura, onde listará de for- b) ser um instrumento orientador e re-
ma lógica as abordagens que pretende fazer gulador da condução da estratégia
referentes ao tema ou problema de sua pes- de pesquisa;
quisa. Quando se fala em provisório, significa
c) criar checklist para o pesquisador
que ocorreram ajustes ao longo da coleta nas
desenvolver a pesquisa;
fontes de pesquisa. O pesquisador reformu-
d) permitir que a pesquisa seja re-
lará, gradativamente, os termos de pesquisa
plicada para possibilitar o avanço
e também as fontes de pesquisa. Estas refor-
científico.
mulações deverão ser formalmente incorpo-
radas ao texto elaborado no processo de for-
malização da pesquisa. O protocolo de pesquisa envolve: esco-
No esquema criado, deve-se listar as lha do método de pesquisa; tipo de pesquisa
palavras (termos) para pesquisa, pois servirá e o procedimento de pesquisa.
de guia no processo de seleção e de leitura Exemplo:
na coleta das informações nos textos recupe- • Escolha do método de pesquisa:
rados nas fontes de informação. método dedutivo.

56
PMSC ME-60-001

• Tipo de pesquisa: pesquisa explo-


ratória. Para chegar às palavras-chave que
• Procedimento de pesquisa: pes- servirão para iniciar a busca das refe-
quisa bibliográfica. rências na área, primeiramente devo
Nesse sentido, o protocolo de pesqui- entender do assunto para desenvolver
sa caminha para as etapas de detalhamen- uma lista de palavras ligadas ao tema,
to, definições e especificações do que será como por exemplo:
desenvolvido. • Maria da Penha;
• violência doméstica;
• atuação policial.
No caso da pesquisa bibliográfica,
por exemplo, no protocolo busca-se
responder às seguintes indagações: Essas palavras devem variar, depen-
• em quais locais pesquisarei para dendo do idioma de pesquisa utilizado. Em
explorar as bibliografias? seguida, estabeleça a escolha de uma ou
• quais bibliografias buscarei? mais bases de dados para retirar as bibliogra-
• quais bases de dados usarei? fias. No Quadro 7, a seguir, indicamos como
elaborar um protocolo de pesquisa.

Quadro 7 - Modelo de protocolo de pesquisa

Questões Tema Principal

O que pesquisar?

De que forma pesquisar?

Qual o período de pesquisa?

Qual o idioma de pesquisa?

Como pesquisar? (termos)

Extrapolar pesquisas (termos auxiliares)?

Onde pesquisar?
Fonte: Elaboração dos autores (2021).

No Quadro 8 a seguir, apresentamos um exemplo de Protocolo de Pesquisa preenchido.

57
PMSC ME-60-001

Quadro 8 - Exemplificação do Protocolo de Pesquisa Preenchido

Pergunta Tema Principal (TP) Teoria de Base para TP

Tema: E-participação
- Artigos relacionados
Tema: Teoria da Agência - Artigos
ao governo eletrôni-
1 O que pesquisar? relacionados à teoria da agência
co na modalidade de
aplicados a gestão pública.
e-participação na área
da segurança pública.

De que maneira Pesquisar artigos revi- Pesquisar artigos revisados por


2
pesquisar? sados por pares. pares.

3 Período de pesquisa? 1998 até 2014. 1998, até 2014

Inglês, espanhol e
4 Idioma de pesquisa Inglês, espanhol e português.
português.

1. Agency Theory (princi-


pal-agency problem);
1. e-participation
2. Teoria de la Agencia (pro-
5 Como pesquisar? 2. e-participación
blema principal agente);
3. e-participação
3. Teoria da Agência (pro-
blema principal-agente)

1. gestão pública (português)


Termo auxiliar para
6 Não utilizado 2. public management (inglês)
pesquisa
3. la gestión pública (espanhol)

Portal de Periódicos da
7 Onde pesquisar? Portal de Periódicos da CAPES
CAPES

Fonte: Silva (2016).

Com a formalização do protocolo, você dos condizentes ao escopo da pesquisa.


deve utilizar um modelo de busca e seleção. O foco passa a ser a análise dos docu-
O processamento para realização das tarefas mentos encontrados, feita a partir de uma leitu-
envolve a busca, o filtro, a análise e a seleção ra atenta, para avaliar os títulos dos trabalhos;
das bibliografias no repositório de pesquisa. os resumos dos textos; da introdução, das se-
O Quadro 9, a seguir, demonstra como fica a ções específicas ou dos trabalhos na íntegra;
tabulação dos resultados. bem como de proceder à leitura da conclusão.
Depois de criar o protocolo de pesqui- Na Ilustração 13, a seguir, oferecemos
sa e recuperar os textos que serão avaliados, mais um exemplo do processo de aplicação
você deve realizar um processo de exclusão do protocolo de pesquisa.
dos documentos que não apresentam resulta-

58
PMSC ME-60-001

Quadro 9 - Processos de Filtragem.


Processos de Filtragem do Terceiro Passo Estágios de Filtragens

Total de Documentos (textos) resultantes segundo passo. 207


Restaram depois da Leitura do título e palavras-chave. 145
Restaram depois da leitura do resumo. 87
Disponível na íntegra para leitura. 70
Restaram depois da leitura da introdução. 42
Total para leitura na íntegra 13
Fonte: Silva (2016).

Ilustração 13 - Esquema Gráfico do Protocolo de Pesquisa

281 “Que instrumentos são utilizados para avaliar a


resultados Qualidade no Bloco Operatório?”

Leitura 110
do título resultados

Leitura
do resumo

69 • 2 artigos de revisão
resultados • 3 artigos de opinião
• 1 livro
• 27 artigos não disponíveis
• 36 artigos

Leitura
dos artigos

13 artigos para
revisão integrativa

Fonte: Silva e Menezes (2001). Com adaptação.

59
PMSC ME-60-001

1.6.3 COMANDOS E OPERADORES BOOLEANOS

Na busca de informações, você pode buscas simples possibilita:


simplesmente digitar uma palavra (por exem- No sistema de ajuda de cada site ou
plo, qualidade) na janela indicada e clicar para repositório, será possível identificar quais são
buscar. Possivelmente uma lista com centenas os comandos que poderão ser usados.
de documentos serão mostrados sobre o as-
sunto. Contudo, esse tipo de busca pode não
satisfazer, ou seja, não recuperar resultados Geralmente os comandos utiliza-
significativos, pois você não terá tempo para dos na busca de informações são:
analisar o grande volume de documentos re- • uso de sinais: o sinal de inclusão
sultantes de uma pesquisa tão ampla e vaga. + (mais), o sinal de exclusão - (me-
As ferramentas de busca oferecem nos), aspas “ ” e o asterisco *;
comandos e recursos para você resolver
este problema, isto é, possibilitam que suas • uso de operadores booleanos:
buscas tenham resultados mais depurados AND (e), OR (ou) e AND NOT (não)
e precisos. O emprego dos comandos em e também o uso dos parênteses ( ).

Quadro 10 - Possibilidade do emprego dos comandos em buscas simples

O uso de aspas (“ ”): as aspas são utilizadas para que a ferramenta de busca con-
sidere as palavras como sendo uma frase. Por exemplo, ao colocar três palavras
entre aspas, “maria da penha”, a busca ficará limitada a documentos que conte-
nham exatamente essa frase.

O uso do sinal de mais (+): o sinal de inclusão + deve ser utilizado antes de uma
palavra ou frase para informar ao programa de busca que ele deve selecionar os
documentos que tenham obrigatoriamente todas as palavras precedidas do sinal +,
em qualquer ordem que seja.

O uso do sinal de menos (-): o sinal de exclusão deve ser utilizado antes de uma
palavra ou frase para informar ao programa de busca que ele não deve incluir os
documentos que contenham aquelas palavras(s) ou frase(s). Por exemplo: +enge-
nharia -“engenharia de produção”.

O uso do asterisco (*): o asterisco é utilizado para solicitar ao programa de busca


todos os documentos que contenham a parte inicial da palavra (até o asterisco)
com qualquer terminação. Por exemplo: produ* para recuperar produção, produti-
vo, produto, produtos, produtividade. O uso de sinais pode ser combinado e utiliza-
do de forma lógica; a primeira palavra ou frase deve ser sempre a de inclusão. Veja
este exemplo: +”inteligência artificial” -“redes neurais artificiais”.

Fonte: PMSC (2022).

60
PMSC ME-60-001

No caso citado, a ferramenta trará como Quadro 11 - Operadores Booleanos


resultado da pesquisa uma lista de documen-
tos que tenha a expressão “inteligência artifi- Busca todos os registros onde
cial”, mas que não contenha a expressão “re- OR haja qualquer um dos termos
des neurais artificiais”. indicados.
A relação lógica entre os termos a se-
rem pesquisados, é chamada de expressão Busca todos os registros onde
booleana e é estabelecida pelos operadores AND ocorrem simultaneamente os
lógicos também conhecidos como operadores termos indicados.
booleanos. Tais operadores derivam da teo-
ria de conjuntos e são de uso universal para
Busca todos os registros onde
aplicação na recuperação da informação. Os AND
ocorre o primeiro termo, com
operadores booleanos são usados nas bus- NOT
exceção do segundo termo.
cas para possibilitar a ampliação ou a restri-
ção (refinamento) dos resultados. Apresenta- Fonte: Silva e Menezes (2001). Com adaptação.
mos no Quadro 11, a seguir, os operadores
válidos numa expressão de pesquisa.

A Ilustração 14, a seguir, representa o significado no âmbito da lógica de conjuntos empre-


gados aos termos no processamento da pesquisa.

Ilustração 14 - Operadores Booleanos

AND OR NOT (ou AND NOT) Combinando operadores

ão G
raç

es
Administ

tão
N u cle ar

(Administração OR Gestão) AND Nuclear


Administração AND Nuclear Administração AND Gestão Administração NOT Pública Tudo da área de administração e
gestão relacionado à área nuclear.

Fonte: Biblioteca Universitária da UFSC (2020). Com adaptação.

Os elementos de busca apresentados podem ser empregados em muitos repositórios. Por


isso, é importante escolher o repositório ideal para coletar as bibliografias necessárias para a
pesquisa.

61
PMSC ME-60-001

1.6.4 ACESSANDO FONTES DE INFORMAÇÃO

Com a propagação da internet, as A Coordenação de Aperfeiçoamento


pesquisas passaram a ganhar cada vez mais de Pessoal de Nível Superior (CAPES) tem
visibilidade na rede. Os repositórios de pes- um portal de periódicos e nele é disponibili-
quisa estão disponibilizados em grande quan- zado um volume grande de periódicos cien-
tidade na rede. Contudo, é importante utilizar tíficos, além de livros, artigos, revistas etc. A
um repositório de pesquisa que seja confiável. Ilustração 15, a seguir, apresenta a página ini-
cial do Portal da CAPES.

Ilustração 15 - Portal da CAPES

Fonte: Portal da CAPES (2020).

As buscas podem ser realizadas confor-


me o interesse do pesquisador, basta que ele
siga as formas desejadas. Na Ilustração 16, a
seguir, apresentamos o resultado da pesqui-
sa do termo “Maria da Penha”. Verifica-se que
obteve-se o resultado de 207 documentos en-
contrados.

62
PMSC ME-60-001

Ilustração 16 - Resultado da Pesquisa do termo “Maria da Penha”

Fonte: Portal de Periódicos da CAPES (2021).


Destaca-se que há muitos periódicos gos deve seguir uma lógica apurada. Deve-se
que não estão indexados no portal da Coor- verificar, em primeiro lugar, se o periódico foi
denação de Aperfeiçoamento de Pessoal de avaliado por pares e possui Qualis CAPES. O
Nível Superior (CAPES), mas podem ser utili- extrato Qualis é o conjunto de procedimentos
zados como fonte de pesquisa para selecionar utilizados pela CAPES para a estratificação da
artigos. A importância na seleção desses arti- qualidade da produção intelectual.

O Qualis CAPES para periódicos é caracterizado e estratificado da seguinte forma:


• A1 e A2: contempla periódicos de excelência internacional;
• B1 e B2: abrange os periódicos de excelência nacional;
• B3, B4, e B5: considera os periódicos de média relevância;
• C: contempla periódicos de baixa relevância, ou seja, considerados não científicos e
inacessíveis para avaliação.

Como o processo de avaliação é Pode-se destacar a “Oficina sobre Fontes de


contínuo, os periódicos podem ser reavalia- Informação em Segurança Pública”, que pode-
dos e subir de posição na classificação. rá, inclusive, estar prevista no cronograma da
É importante mencionar que outras disciplina e ser ofertada, dependendo do for-
fontes de pesquisa poderão ser oportunamen- mato escolhido, de maneira integrada aos cur-
te trabalhadas, por meio da solicitação de ofici- sos disponibilizados na APMT
na para os profissionais da biblioteca na APMT.

63
PMSC ME-60-001

64
PMSC ME-60-001

CAPÍTULO 2

NORMAS DE APRESENTAÇÃO DE
TRABALHOS ACADÊMICOS

65
PMSC ME-60-001

CAPÍTULO 2 - NORMAS DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Nos trabalhos acadêmicos científicos, maneira a atender um objetivo pretendido


as fundamentações teórico-metodológicas pelo pesquisador no desenvolvimento do tra-
que embasam a pesquisa e que visam garantir balho solicitado no curso em questão.
sua cientificidade são tão relevantes quanto à Assim, apresenta-se de suma importân-
forma (formato) que ele é apresentado, sendo cia a formatação dos trabalhos acadêmicos
este último outro fator primordial. Nesse quesi- na APMT, para garantir que sejam respeita-
to de formatação, a apresentação gráfica dos dos todos os requisitos necessários em uma
trabalhos acadêmicos é regida por normas de
publicação científica. Portanto, nessa publi-
informação e documentação da ABNT. Nelas,
cação vamos ilustrar exemplos e eventuais
você encontrará detalhes sobre os elementos
padrões dos trabalhos no âmbito da APMT.
e/ou partes que compõem as respectivas es-
truturas, bem como a obrigatoriedade de cada Indica-se que seja desenvolvido o ple-
um deles, suas definições e forma de apresen- no conhecimento das normas mencionadas
tação (formato). no decorrer deste documento, pois nele tra-
Estes momentos são integrados e com- balhamos os exemplos, formatos e também
plementares. A simultaneidade das ações em templates, além de abordar as normas, que
curso gera um processo gradativo de amplia- apresentam conceitos necessários para o co-
ção dos conhecimentos sobre o assunto, de nhecimento a respeito dessa produção.

Ilustração 17 - Três momentos do desenvolvimento do trabalho científico

O desenvolvimento do
trabalho científico
prescinde de três
03
O
ÇÃ
IZA

FOR
MAL
momentos, sendo um
o planejamento, outro
02
EX
EC

ÃO
a execução da
pesquisa e, por fim, a
01 formalização dos
TO
EN
JAM
ANE
PL
resultados de pesquisa.

Fonte: PMSC (2022).

Os tipos de trabalhos acadêmicos • Artigo científico.


abordados neste documento, que concer- • Relatório técnico-científico/relatório
nem aos trabalhos acadêmicos utilizados técnico (Relatório Final de curso ou
nos diferentes cursos da APMT, estão dis- evento de ensino).
postos a seguir. • Resumo, resenha e recensão.
• Projeto de pesquisa. • Poster técnico/científico.
• Monografia. • Position paper/ short paper.

66
PMSC ME-60-001

2.1 FORMATAÇÃO COMUM AOS TRABALHOS ACADÊMICOS

Nesta seção, apresen-


taremos a formatação adota- Por isso, considerando os elementos que são
da pela APMT, que está de comuns nos trabalhos acadêmicos, nesta seção
acordo com as normas da abordaremos os seguintes itens:
ABNT. Ainda que cada tipo • o formato (fonte, margens, espaçamento);
de produção acadêmica te- • dicas para título e autoria de trabalhos;
nha os elementos obriga- • o indicativo de seção/numeração progressiva;
tórios e opcionais distintos, • a formatação de nota explicativa;
algumas partes servem para • o sumário;
todos os tipos. • glossário e índice; e,
• anexo e apêndice.

A formatação dos trabalhos acadêmicos na APMT deve obedecer aos seguintes requisitos:

IMPORTANTE

papel branco ou reciclado, formato parágrafo com recuo de 1,25


A4 (21,0 x 29,7 cm) para documen- cm a partir da margem esquer-
tos impressos; da;

anverso da folha (parte da frente da citação longa (com mais de


folha) para os elementos pré-tex- três linhas) com recuo de 4 cm
tuais, textuais e pós-textuais; a partir da margem esquerda;

texto dever ser na cor preta, mas nota de rodapé digitada den-
as ilustrações podem ser coloridas; tro das margens indicadas, de-
vendo ficar separada do texto
fonte tamanho 12 para o texto; por um traço de 5 cm a partir
da margem esquerda.
fonte tamanho 10 para citações
longas (com mais de três linhas), a natureza do trabalho (o tipo
notas de rodapé, legendas e fontes de trabalho desenvolvido) que
das ilustrações e tabelas, pagina- aparece na folha de rosto e na
ção e natureza do trabalho; folha de aprovação, deve cons-
tar, a partir do meio da mancha
fonte arial; gráfica para a margem direita.
Mancha gráfica, ver Ilustração
adotar as margens: 188 a seguir.
• superior de 3 cm;
• inferior de 2 cm;
• esquerda de 3 cm;
• direita de 2 cm.

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PMSC ME-60-001

Ilustração 18 - Mancha gráfica

3 cm

Mancha gráficas: área


destinada ao texto,
ilustrações e demais
informações integrantes
do trabalho.

2 cm
Margem superior e
margem esquerda

3 cm

Margem inferior e
2 cm margem direita

Fonte: PMSC (2022).

68
PMSC ME-60-001

2.1.2 ESPAÇAMENTOS

O espaçamento, ou seja, os espaços en- c) espaço simples para:


tre linhas que são adotados na formatação, na • resumo;
APMT independentemente do tipo de trabalho
acadêmico que esteja elaborando deve seguir: • citações com mais de três linhas;
a) espaço 1,5; • notas de rodapé;
• todo o texto.
• referências;
b) um espaço de 1,5;
• separa o texto da citação longa do tex- • legenda e fonte das ilustrações e tabelas;
to anterior e posterior; • natureza do trabalho;
• separa cada título das seções e sub-
seções, do texto que os precede e do • entre uma referência e outra, na lista
texto que os sucede. de referências ao final do trabalho.

2.1.3 PAGINAÇÃO

Os trabalhos acadêmicos paginados timo algarismo a 2 cm da borda direita


devem ter as folhas numeradas sequencial- da folha. Quando o trabalho for digi-
mente, em algarismos arábicos. Observe as tado ou datilografado em anverso e
particularidades, para: verso, a numeração das páginas deve
ser colocada no anverso da folha,
a) na monografia e no projeto de pes-
no canto superior direito; e no verso,
quisa a contagem será feita a partir no canto superior esquerdo (ASSO-
da folha de rosto. A numeração, no CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
entanto, deve aparecer somente a TÉCNICAS, 2011, p. 10-11).
partir da primeira folha textual (intro-
dução) e ser consecutiva até o final
do trabalho;
b) em artigo técnico e/ou científico e re- IMPORTANTE
sumo, a contagem é feita a partir da
primeira página. Contudo, a numera- OBSERVAÇÃO: a paginação da(s)
ção deve aparecer na segunda folha e referência(s), do(s) anexo(s) e do(s)
ser consecutiva até o final do trabalho apêndice(s) deve ser numerada se-
O número da página deve aparecer: quencialmente, no trabalho. As pági-
nas que não permitem a inclusão de
[...] no canto superior direito da folha, números também são contadas.
a 2 cm da borda superior, ficando o úl-

2.1.4 TÍTULOS E AUTORES

De acordo com Volpato (2007), o título que o autor que mais cuidou da condução me-
deve ser curto, informar exatamente o con- todológica do estudo seja o primeiro autor e o
teúdo do trabalho para que o leitor entenda responsável pela orientação intelectual do tra-
do que trata seu trabalho. balho seja o último, com os demais distribuí-
Para Volpato (2007), a sequência dos dos do segundo lugar em diante, por ordem
autores não tem regra fixa, o mais comum é decrescente de prioridade.

69
PMSC ME-60-001

2.1.5 INDICATIVO DE SEÇÃO E NUMERAÇÃO PROGRESSIVA

Seção é a divisão do texto do trabalho


acadêmico, aplicada somente aos elemen-
tos textuais (desenvolvimento) e visa facilitar
a sua melhor compreensão. As seções tam-
bém podem ser subdivididas em subseções,
de acordo com a NBR 6024. Para cada seção
e/ou subseção, é necessário um texto rela-
cionado a ela.
Quadro 12 - Divisão das seções, subseções, alíneas e subalíneas
SEÇÃO PRIMÁRIA SEÇÃO SECUN- Seção terciária Seção quinária
Seção quaternária
Tipo de Seção (maiúsculas em DÁRIA (em negrito, com (em itálico, com
(1ª letra maiúscula)
negrito) (maiúsculas) 1ª letra maiúscula) 1ª letra maiúscula)

Seção 1 1.1 1.1.1 1.1.1.1 1.1.1.1.1

Subseção 2 2.1 2.1.1 2.1.1.1 2.1.1.1.1

a) (inicial em letra minúscula);


Alíneas
b) (inicial em letra minúscula);
• (inicial em letra minúscula);
Subalíneas
• (inicial em letra minúscula).

3 3.1 3.1.1 3.1.1.1 4.1.1.1.1

4 4.1 4.1.1 4.1.1.1 4.1.1.1.1

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (2012, p. 3). Com modificações.

IMPORTANTE

É importante destacar que essa subdi-


visão em seções existe para demons-
trar objetivamente o encadeamento
das ideias construídas no texto, de
modo a indicar sobre qual tema o pró-
ximo título e seu respectivo conteúdo
está submetido ou exerce função au-
tônoma, como o título de uma seção,
por exemplo.

70
PMSC ME-60-001

2.1.6 SUMÁRIO

O sumário deve apresentar seções e pondente à ordem no texto. O texto pode ser
subseções do trabalho, transcritas na mesma subdividido em várias seções e subseções,
ordem e grafia com que aparecem no texto, mas, no sumário, a apresentação deve limi-
alinhadas à margem esquerda, em espaço tar-se até a seção quinária.
1,5, sucedidas pelo número da página corres-

As seções devem ser destacadas da mes próprios) e sem negrito;


seguinte forma:
e) Seção quinária: apenas a primei-
a) SEÇÃO PRIMÁRIA: todas as le-
tras maiúsculas, em negrito; ra letra maiúscula (salvo nomes
próprios), em itálico.
b) SEÇÃO SECUNDÁRIA: todas No sumário, as REFERÊNCIAS,
as letras maiúsculas (sem ne- GLOSSÁRIO, APÊNDICE(S), ANEXO(S)
grito);
e ÍNDICE(S) são elementos pós-textuais,
c) Seção terciária: apenas a pri- que não têm número de seção, seus títu-
meira letra maiúscula (salvo no- los digitados em maiúsculas e em negri-
mes próprios), em negrito; to. Para obras em mais de um volume, o
d) Seção quaternária: apenas a pri- sumário completo deve ser disponibilizado
meira letra maiúscula (salvo no- em todos os volumes.

71
PMSC ME-60-001

Ilustração 19 - Modelo de sumário

3 cm

Fonte tamanho 12. SUMÁRIO Utilizar o mesmo


letras maiúsculas, destaque tipográfico
negrito e centralizado. 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................11 do texto.
Um espaço de 1,5 2. METODOLOGIA CIENTÍFICA....................................................................................12 Alinhamento
entre título e o texto. 3. NORMAS DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS......................71 justificado, com fonte
3.1. FORMATAÇÃO COMUM AOS TRABALHOS ACADÊMICOS.................................73 tamanho 12.
3.1.1. Formato (tipo de papel, tamanho da fonte, margens).............................................74 Espaçamento 1,5.
3.1.1.1. Citação direta............................................................................................................ 85
3.1.1.1.1. Título quinário.........................................................................................................86
4. CONCLUSÃO.................................................................................................................. 87
REFERÊNCIAS....................................................................................................................88 2 cm
No sumário, a
GLOSSÁRIO.........................................................................................................................89
apresentação dos
APÊNDICE A – Termo de autorização...............................................................................90
tópicos tratados no
DESEMPENHO....................................................................................................................91
trabalho deve se
ANEXO A – Normas da ABNT............................................................................................92
limitar até a seção
ÍNDICE..................................................................................................................................87 quinária, mantendo a
mesma formatação
dos títulos
apresentados no
trabalho.

3 cm

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

72
PMSC ME-60-001

2.1.7 NOTA DE RODAPÉ E NOTA EXPLICATIVA

As notas de rodapé e/ou notas


explicativas são utilizadas para refe- Exemplo de explicativa:
renciar, esclarecer, explicar, comentar, No texto:
acrescentar, ou complementar as ideias “A APMT1 também oferta cursos de pós-gra-
expostas no texto. Os recursos de no- duação Lato Sensu1 para os policiais milita-
tas de rodapé, conforme a NBR 10520 res de Santa Catarina” (SILVA, 2021, p. 13).
(ABNT, 2002) devem configurar-se:
a) no espaço delimitado das margens No rodapé da página:
estabelecidas para o trabalho aca-
dêmico; 1
Pós-graduação Lato Sensu são cursos de especia-
lização ofertados pela APMT para atualizar e aperfei-
b) em espaço simples; çoar conhecimentos no campo da Ciência Policial..

c) em fonte tamanho 10;


Exemplo de nota de rodapé (quando esti-
d) sem espaço entre linhas; ver utilizando nota de referência)
e) notas separadas do texto por espa-
ço simples de entrelinhas; No texto:
“A APMT também oferta cursos de pós-gra-
f) abaixo de um traço de 5 cm, a partir duação Lato Sensu para os policiais militares
da margem esquerda. É importante de Santa Catarina”1
verificar se o editor de texto já está
configurado desta forma; No rodapé da página:
g) com alinhamento à esquerda para
nota de rodapé, e alinhamento justi-
1
SILVA, 2021, p. 3.
ficado para nota explicativa.

73
PMSC ME-60-001

2.1.10 GLOSSÁRIO

Consiste em uma lista de palavras ou internet, pois as pessoas necessitavam de um


expressões técnicas que precisam ser defini- maior suporte para compreensão de termos
das para o entendimento do texto pelo leitor da técnicos empregados em pesquisas interdisci-
pesquisa. Era comumente utilizado antes da plinares ou multidisciplinares, por exemplo.

Ilustração 20 - Modelo de glossário

3 cm

O glossário é GLOSSÁRIO Fonte tamanho 12.


elaborado em ordem letras maiúsculas,
alfabética Ciclo de vida dos dados: negrito e centralizado.
Todas as fases da existência dos dados desde a criação até a eliminação ou preservação digital. Um espaço de 1,5
entre título e o texto.
Ciência Aberta:
É um movimento que busca refletir sobre atividades, processos, métodos, avaliações e
produções científicas, visando sua transparência, colaboração e abertura. Envolve diversos
movimentos como Acesso Aberto, Dados Abertos, Recursos Educacionais Abertos, Código
Aberto, Hardware Aberto, Caderno de Laboratório Aberto, Revisão por Pares Aberta, Redes
Sociais Científicas e Ciência Cidadã. Cada um desses grandes temas formam o ecossistema
da Ciência Aberta.

Ciência Cidadã: Texto com fonte


Metodologias que se valem da contribuição direta de cidadãos com recursos, cognição, dados tamanho 12,
3 cm e propriamente como pesquisadores. 2 cm espaçamento
entrelinha de 1,5,
Colaboração científica: justificado. Separados
Interação que facilita não só a realização de tarefas, mas, também, o compartilhamento do por um espaço 1,5. O
significado desta tarefa, relacionada a um objetivo maior compartilhado entre dois ou mais
verbete e/ou a expressão
deve estar em negrito,
cientistas.
sucedidos por dois
pontos.

2 cm

Fonte: Elaboração dos autores (2022). Conceitos extraídos de FIOCRUZ (2021).

74
PMSC ME-60-001

2.1.8 APÊNDICE

O apêndice, tido como elemento opcio- Normalmente em trabalhos monográ-


nal, é inserido ao final do trabalho. Apêndice, ficos, os apêndices são utilizados para des-
segundo a ABNT (2011), consiste em um texto crever o protocolo de pesquisa visando não
ou documento elaborado pelo próprio autor, a deixar o trabalho muito extenso. O texto do
fim de complementar sua argumentação, sem trabalho deverá conter elementos que deixem
prejuízo da unidade do trabalho. Apesar de ser
elucidada a visão, assim, o apêndice deve
um elemento opcional para ABNT, em determi-
ser utilizado como suporte às maiores espe-
nadas pesquisas, a apresentação de apêndices
é fundamental para validação do que foi desen- cificidades da pesquisa. Alguns instrumen-
volvido. Os apêndices são identificados por le- tos utilizados como o questionário aplicado,
tras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos ou roteiro de observação e até de entrevistas
respectivos títulos empregados para especificar (quando houver), por exemplo, compõem o
o documento produzido. apêndice da pesquisa.

Ilustração 21 - Modelo de apêndice


O título do apêndice
deve seguir a estrutura
3 cm abaixo:
• APÊNDICE A - Espe-
cificação do documen-
APÊNDICE A – Questionário para coleta de dados Fonte tamanho 12,
letras maiúsculas
O presente questionário destina-se à coleta de dados para elaboração do trabalho de conclusão
(somente a palavra to que se refere
de curso do Curso de Formação de Sargentos.
apêndice), negrito,
1 – Qual a instituição a qual você pertence:
centralizado. Um • APÊNDICE B - Espe-
__________________________________________________________________________ espaço de 1,5 entre cificação do documen-
2 – Qual a sua formação:
o título e o texto.
to que se refere
( ) Graduação
2 cm
( ) Especialização
( ) Mestrado
( ) Doutorado
Outro, especifique: __________________________________________________________

3 – Quais das atividades desenvolvidas no posto que você desempenha:


( ) Operacional
( ) Aquisição
( ) P-4
( ) Referência
Outro, especifique: __________________________________________________________
3 cm

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

75
PMSC ME-60-001

2.1.9 ANEXO

O anexo aparece ao final do trabalho Os anexos são identificados por letras


e é tido como elemento opcional. Segundo a maiúsculas consecutivas, travessão e pelos
ABNT (2011), consiste em um texto ou docu- respectivos títulos. Normalmente a análise de
mento, não elaborado pelo autor, que serve uma legislação específica pode acabar por
de fundamentação, comprovação e ilustração. deixar a lei como anexo do trabalho e discutir
apenas alguns artigos conflitantes.

Ilustração 22 - Modelo de anexo


ANEXO A - Especificação do
Fonte tamanho 12, letras maiúsculas
(somente a palavra anexo), negrito, documento que se refere
centralizado. Um espaço de 1,5 entre ANEXO B - Especificação do
o título e o texto.
documento que se refere

3 cm

ANEXO A – Oração das forças especiais e oração da caveira


Diferença entre
Apêndice e Anexo
ORAÇÃO DAS FORÇAS ESPECIAIS
E ORAÇÃO DA CAVEIRA Apresentaremos, na
sequência, a diferença
Oração das Forças Especiais Oração da Caveira primordial entre anexo
Ó Poderoso Deus! Só peço a ti meu Deus, e apêndice:
Que és o autor da liberdade e o Não me deixe perecer.
campeão dos oprimidos,
Escutai a nossa prece!
Sou guerreiro combatente, numa luta
para valer. 2 cm
• anexo é um texto ou
Nós, os homens das Forças Especiais Nunca temo o oponente, com certeza documento não ela-
Reconhecemos a nossa dependência no vou vencer.
Senhor Sou homem da selva valente, borado pelo autor do
Na preservação da liberdade humana.
Estejais conosco,
Domino o meu habitat,
Vou e volto no mesmo passo, Trabalho Científico
Quando procurarmos defender os
indefesos
Nunca temo mal algum,
Pois tenho a Caveira no braço
(TC) (monografia,
E libertar os escravizados.
Possamos sempre lembrar,
O que não é para qualquer um.
Aos Deuses dos combatentes,
tese etc.);
Que nossa nação, cujo lema é: Ordem Da crença dos mais descrentes,
e Progresso, Só faço a ti um pedido: • apêndice é um tex-
Espera que cumpramos com nosso Dai-me força para lutar,
dever, Solidão para me acompanhar, to ou documento
3 cm Por nós próprios, com honra,
E que nunca envergonhemos a
Sofrimento para aprender,
Capacidade para planejar,
elaborado pelo au-
nossa fé, nossas famílias ou nossos
camaradas,
Energia para me refazer,
Ousadia para emboscar
tor do TC, ou seja,
Dai-nos sabedoria da tua mente,
A coragem de seu coração,
E um inimigo para vencer. foi necessário você
Caveira!
A força de seus braços criar uma entrevis-
E a proteção das suas mãos.
É pelo Senhor que nós combatemos ta, um relatório ou
E a ti pertence os louros por nossa
vitória. qualquer documen-
Pois Teu é o Reino, o Poder e a Glória
para sempre, amém. to com o escopo
Operações Especiais!
Caveira!
de complementar
sua argumentação
2 cm
(ABNT, 2011).

Fonte: PMSC (2022).

76
PMSC ME-60-001

2.1.11 ÍNDICE(S)

O índice é um elemento opcional. Para alfabeticamente. Para trabalhos com conteúdo


trabalhos acadêmicos, é utilizado, comumente, exaustivo, com muitas páginas, vale a pena in-
o índice geral (assuntos e autores), ordenados serir o índice para facilitar o leitor.

Ilustração 23 - Modelo de índice

3 cm

Fonte tamanho 12. ÍNDICE


letras maiúsculas,
negrito e centralizado. Polícia, 12, 95 Texto com fonte
Um espaço de 1,5 Atividade policial, 32, 55, 100 tamanho 12,
entre título e o texto. Ocorrência, 25 alinhamento à
Legislação, 60 esquerda,
Procedimento Operacional Padrão, 61, 159
espaçamento do texto
1,5, podendo ser
Termo circunstanciado, 20
dividido em colunas.
Boletim de ocorrência, 15
Lavratura, 73
Ocorrência, 17, 68-69 2 cm
Páginas alternadas, Termo de Manifestação da Vítima., 14, 35, 45, 78
usar vírgulas. Crime Militar, 26,38
Infração penal, 26
Recuo progressivo
Menor potencial ofensivo, 27
para subcabeçalhos.
Prisão, 73-79, 84
Páginas consecutivas, Apreensão, 53
usar hífen.

3 cm

O índice pode ser


ordenado em ordem
alfabética, sistemática,
cronológica, numérica
e alfanumérica.

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

77
PMSC ME-60-001

2.1.12 CITAÇÃO

As citações são inseridas no texto re- te para dar base a sua afirmação.
ferenciando autores que trabalharam com o Existem momentos em que você vai
assunto que você está abordando no traba- procurar firmar um novo entendimento, mas
lho. A citação é a menção no texto de uma mesmo assim vai utilizar argumentações dife-
informação ou de trechos extraídos de outra rentes das suas para reforçar a sua visão de
fonte com a finalidade de esclarecer, ilustrar ponto de vista. Desta maneira, até as opiniões
ou sustentar o tema apresentado. conflitantes com as suas podem ser empre-
É importante lembrar que o trabalho gadas para gerar uma discussão sobre o as-
científico é uma pesquisa e toda e qualquer sunto.
afirmação deve ser corroborada pela comu- Há três maneiras de você fazer as ci-
nidade científica. Esta é alcançada por meio tações no texto. A norma da ABNT denomi-
das citações empregadas, pois elas vieram na “sistemas de chamadas”, que são: sistema
do conjunto de bibliografia selecionadas no numérico, nota de referência e sistema autor-
processo guiado com ajuda do protocolo de -data. O Quadro 13 ilustra a diferença entre
pesquisa. Mesmo que você tenha uma infor- os sistemas.
mação que foi verificada deve achar uma fon-

Quadro 13 - Sistemas de chamada para citações


Sistema
Apresentação das
de Apresentação da citação
referências
Chamada
A indicação da fonte é
As referências
feita pelo sobrenome do(s) Exemplo:
aparecem ao final do
Autor-data autor(es) ou entidade Gonçalves (2021) ou
trabalho em ordem
responsável, seguida pela (GONÇALVES, 2021)
alfabética
data de publicação.
As referências
aparecem no final
A indicação da fonte é feita de Exemplo:
de cada seção ou
Sistema forma numérica consecutiva “A Constituição aponta a
final do trabalho,
numérico crescente, em algarismos importância das garantias
seguindo a mesma
arábicos sobrescritos. fundamentais”1.
numeração utilizada
no texto.

A indicação da fonte é feita de Exemplo:


forma numérica consecutiva “A Constituição aponta a
crescente, em algarismos importância das garantias
arábicos sobrescritos. Em fundamentais”1 As referências
Nota de nota de rodapé aparece a 1
BRASIL. [Constituição aparecem ao final do
referência indicação da referência. A (1988)]. Constituição da trabalho em ordem
primeira referência deve República Federativa do alfabética
configurar completa e as Brasil de 1988. Brasília,
demais podem ou não ser DF: Presidência da Repú-
abreviadas. blica, 1988.

Observações:
Não podemos misturar os sistemas de chamada para citações, padronizando assim a produção
acadêmica.
Fonte: PMSC (2022).

78
PMSC ME-60-001

IMPORTANTE

Na APMT, padronizamos os trabalhos acadêmicos com o uso do sistema autor-data.

Ilustração 24 - Citações diretas e indiretas

Citações

Diretas Indiretas

Curtas Longas

Mais de 3 linhas,
Independente do
destacada do texto em
número de linhas, a
parágrafo separado com
Até 3 linhas, citadas no ideia do autor é
recuo de 4 cm, espaça-
texto entre aspas apresentada com as
mento simples e fonte
palavras do pesquisador
menor do que o corpo do
e indicação da fonte.
texto (não usa aspas).

Fonte: PMSC (2022).

79
PMSC ME-60-001

2.1.12.1 Citação direta

Na citação direta, é feito um cópia lite- to. Você pode utilizar ambas as formas no seu
ral do texto de uma outra fonte. Nesse caso texto, veja exemplos a seguir.
é referenciada a obra com autor, ano da pro- A citação direta curta é utilizada quando
dução e página da obra original, utilizando os tem no máximo três linhas de texto. Nesses ca-
parênteses com o nome do autor dentro ou sos, a citação deve ficar alocada no corpo do
fora, dependendo da forma de conduzir a ar- texto, mas distinguida do restante do texto pelo
gumentação para uma melhor fluidez no tex- uso de aspas, conforme exemplo a seguir.

Exemplo
Segundo Bastos Júnior (2006, p. 31) “o primeiro comandante da Força Policial de Santa
Catarina foi o alferes Joaquim Antônio de S. Thiago, que permaneceu no cargo de 22 de
janeiro de 1836 a 11 de maio de 1838”.
OU
“O primeiro comandante da Força Policial de Santa Catarina foi o alferes Joaquim Antônio
de S. Thiago, que permaneceu no cargo de 22 de janeiro de 1836 a 11 de maio de 1838”
(BASTOS JÚNIOR, 2006, p. 31).

A citação direta longa é utilizada para Ou a menção aos autores e sua refe-
excertos que contenham mais de três linhas. renciação pode anteceder a citação, confor-
Ela deve ser alocada com recuo de 4,0 cm me exemplo a seguir: a menção aos autores
no texto e espaçamento simples, conforme e sua referenciação pode anteceder a cita-
exemplo a seguir: ção, conforme segue. Para Marconi e Lakatos
(2010, p. 154):
Os gráficos, utilizados com habili-
dade, podem evidenciar aspectos
Os gráficos, utilizados com habilida-
visuais dos dados de forma clara
de, podem evidenciar aspectos vi-
e de fácil compreensão. Em geral,
são empregados para dar destaque suais dos dados de forma clara e de
a certas relações significativas. A fácil compreensão. Em geral, são em-
representação dos resultados esta- pregados para dar destaque a certas
tísticos com elementos geométricos relações significativas. A representa-
permite uma descrição imediata do ção dos resultados estatísticos com
fenômeno (MARCONI; LAKATOS, elementos geométricos permite uma
2010, p. 154). descrição imediata do fenômeno.

80
PMSC ME-60-001

2.1.12.2 Citação indireta (Paráfrase)

Na citação indireta, você escreve com As citações são o principal meio para
as suas palavras a ideia original de um autor, demonstrar o quanto o pesquisador foi a
a mesma deve ser referenciada à obra com fundo na pesquisa. Elas garantem e apre-
autor e ano somente, pois não há menção es- sentam todo esforço no trato com o tema
pecífica sobre a parte do texto, por isso não pesquisado. Contudo, há necessidade de
precisa da página. mostrar o rol de documentos pesquisados
Nesse caso da citação indireta, a ideia para dar crédito a quem for de direito pela
pode ser parafraseada, de forma genérica, da elaboração das pesquisas que antecede-
leitura de uma obra, mas como ela não é sua, ram ao trabalho desenvolvido e que foram
precisa ser citada para gerar os créditos devidos utilizadas pelo pesquisador.
ao autor.

Exemplo
Segundo Pessi (2009), a partir da carta magna, há um avanço na democracia com a
crescente participação da sociedade civil nos processos de discussão e de tomada de
decisão relacionados às políticas públicas.
OU
A partir da carta magna, há um avanço na democracia com a crescente participação da
sociedade civil nos processos de discussão e de tomada de decisão relacionados às po-
líticas públicas (PESSI, 2009).
Mais exemplos:
O cupuaçu é frequentemente cultivado em quase toda a área amazônica, incluindo a por-
ção noroeste do Maranhão. A frutificação acontece no primeiro semestre do ano, com o
pico nos meses de fevereiro e abril (CAVALCANTE, 1991; VENTURIERI, 1993).
A Constituição aponta a importância das garantias fundamentais (BRASIL, 1988).

2.1.12.3 Particularidades das citações

• Grifo nosso ou grifo do autor

Quando a obra original apresenta destaque em alguma informação, utiliza-se a expres-


são “grifo do autor”.

Exemplo
“[...] desta forma podemos supor que a graduação de Subtenente nas Polícias Mili-
tares também representa um “diamante lapidado”” (FERNANDES, 2013, p. 33, grifo
do autor).

Quando a obra original não apresenta destaque na informação que você irá utilizar em
seu trabalho, porém você gostaria de enfatizá-la, utiliza-se a expressão “grifo nosso”. Impor-
tante! Ainda que seu trabalho seja de autoria única, utiliza-se a expressão grifo nosso
na terceira pessoa do plural.

81
PMSC ME-60-001

Exemplo
“A PMSC seguiu este Decreto e procedeu da mesma forma, conforme verificado no
Almanaque do Centenário da Força Pública do Estado de Santa Catharina: [sic]
1835-1935 [...]” (FERNANDES, 2013, p. 33, grifo nosso).

• Tradução

Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deve-se incluir, após a chamada da
citação, a expressão tradução nossa, entre parênteses, mesmo para os casos que a autoria
seja única, utilizando a expressão na terceira pessoa do plural.

Exemplo
“Ao fazê-lo pode estar envolto em culpa, perversão, ódio de si mesmo [...] pode julgar-
-se pecador e identificar-se com seu pecado” (RAHNER, 1962, v. 4, p. 463, tradução
nossa).

• Colchetes

São usados para supressão, acréscimo, comentário ou explicação necessária ao texto


mencionado, conforme os exemplos apresentados na sequência.

Supressão
Você pode fazer uso da supressão no início, no meio ou ao final da sentença.

Para Marconi e Lakatos (2010, p. 154) os gráficos, utilizados com habilidade, podem
evidenciar aspectos visuais dos dados de forma clara e de fácil compreensão [...].

Acréscimo

“Para que um custo via rede [internet] seja desenvolvido, é fundamental que seja feito
previamente um plano instrucional detalhado do curso” (KUNHEN, 2001, p. 77).

[sic]
Também se usam colchetes com a expressão “sic” (assim mesmo), para indicar que houve
erro de grafia no texto original.

“Todas as cazas [sic] daquela rua tinham uma arquitetura alemã” (FERNANDES,
1943, p. 29).

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PMSC ME-60-001

• Aspas
Aspas duplas (“ ”) - Usadas na transcrição de citação direta com até três linhas.
Aspas simples (‘ ’) - Usadas nas citações curtas que já contém palavras ou frases entre
aspas duplas. Nesse caso as aspas duplas são substituídas por aspas simples.

Exemplo
“A indagação, sobre ‘de onde vem os postos e graduações’, assim como outros símbolos
da polícia militar” (FONTES, 2017, p. 38).

• Diversos documentos de um mesmo autor/data


São distinguidos pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data
e sem espaçamento, conforme a ordenação alfabética das referências.

Exemplo no texto:
De acordo com Soares (2012b, p. 21) o uso das tecnologias é “xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx”.
O conceito de inovação segundo Soares (2012a, p. 35) é: “xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx”

• Citação de citação = apud


O uso do apud deve ser feito com cautela no texto. Deixa-se para utilizar quando de fato
não há acesso à fonte original. No exemplo abaixo, Carvalho citou em sua obra Young. Veja a
disposição dessas informações no texto e nas referências.

Exemplo no texto:
“Que deve fazer uma nação que não se dispõe a aceitar a derrota, embora seu exér-
cito tenha sido derrotado no campo de batalha?” (YOUNG, 1975, p. 8 apud CARVA-
LHO, 2021, p. 26-27).

Exemplo na lista de referência:


CARVALHO, Lucius Paulo de. Caveira: operações policiais especiais. Florianópolis:
Ed. do autor, 2021.

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PMSC ME-60-001

• Coincidência de sobrenomes de autores


Quando há coincidência de sobrenomes de autores, indica-se o primeiro prenome
abreviado logo após o sobrenome. Se mesmo assim houver coincidência, indica-se o preno-
me por extenso.

Exemplo:
(SILVA, J., 2020) - (SILVA, Juliana, 2020).
(SILVA, H., 2020) - (SILVA, Heloísa, 2020)

• Citação indireta de diversos documentos de uma mesma autoria


Nesse caso, utiliza-se a ordem cronológica para apresentar a citação.

Exemplo:
Schuch (2017, 2020, 2021).

• Citação indireta de diversos documentos de autoria diferente


Nesse caso, utiliza-se a ordem alfabética para apresentar a citação.

Exemplo:
(BARBOSA, 2015; CARVALHO, 2021; SOARES, 2000).

A autoria pode ser de entidade responsável, quando não identificada, a chamada será
pela primeira palavra do título seguida de reticências. Sendo um título iniciado com artigo,
usa-se o mesmo com a palavra seguinte.

Exemplo:
(ANTEPROJETO..., 1987, p. 55).
(A FLOR..., 1988, p. 12).

A citação deve permitir a identificação da obra nas referências. Por isso, deve
estar sempre alinhada com a referência da obra.

84
PMSC ME-60-001

2.1.13 REFERÊNCIAS

As referências apresentadas no texto


devem seguir a ordem alfabética, são alinha-
das à margem esquerda com espaçamento
simples. Entre uma e outra referência temos
um espaço simples.
Apenas as referências dos documentos
citados no texto (de forma direta ou indireta)
devem compor a lista de referências do seu
trabalho.
Para documentos on-line, além dos ele-
mentos essenciais e/ou complementares, de-
ve-se registrar o endereço eletrônico, precedi-
do da expressão “Disponível em:” e a data de
acesso, precedida da expressão “Acesso em:”

NOTA: Não se aplica a mensagens e


documentos eletrônicos, cujos endere-
ços não estejam disponíveis.

Obs.: O uso dos sinais < e > do ende-


reço eletrônico foi abolido.

É preciso sempre identificar o ano


de publicação da obra citada. Quan-
do não está explícito no item, indicar
o ano certo/provável entre colchetes.
Atenção a expressão s. d. (sem data)
não deve ser utilizada.

[2021] = ano certo


[2021?] = ano provável

85
PMSC ME-60-001

- Dúvidas na elaboração de datas

A ABNT (2018) apresenta exemplos (Quadro 14) quando nenhuma data puder ser localiza-
da no documento.

Quadro 14 - Indicação de data


8.6.1.3 Se nenhum ano de publicação, distribuição, copirraite, impressão, entre ou-
tros, puder ser localizado no documento, deve ser indicado um ano, entre colchetes.

EXEMPLO 1
[1971 ou 1972) um ano ou outro
EXEMPLO 2
[1969] ano provável
EXEMPLO 3
[1973] ano certo, não indicado no item
EXEMPLO 4
[entre 1906 e 1912] usar intervalos menores de 20 anos
EXEMPLO 5
[ca. 1960] ano aproximado
EXEMPLO 6
[197-] década certa
EXEMPLO 7
[197-?] década provável
EXEMPLO 8
[18--] século certo
EXEMPLO 9
[18--?] século provável
Fonte: ABNT (2018, p. 44). Com adaptação.

No caso de cidades homônimos,


deve-se adicionar a sigla da unidade fe-
derativa ou do país:
Jacutinga, RS
Jacutinga, MG

Na sequência, serão apresentados mo-


delos de referência conforme a ABNT (2018).

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PMSC ME-60-001

2.2.13.1 Modelos de referências

Na sequência, apresentamos algumas formas de elaborar as referências de diferentes ti-


pos de obras.

LIVROS

Os elementos essenciais para livro e/ou folheto são:

[...] autor, título, subtítulo (se houver), edição (se houver), local, editora
e data de publicação. Quando necessário, acrescentam-se elementos
complementares à referência para melhor identificar o documento (ABNT,
2018, p. 6 ).

Seguem alguns exemplos de referências de livros.


VIGNOLA, Vanilo. A transnacionalidade do trânsito: circulação internacional de veícu-
los e condutores à luz do Código de Trânsito Brasileiro. 1. ed. Florianópolis, SC: Ed. do
autor, 2021.

MARCINEIRO, Nazareno. A melhoria do desempenho policial: uma metodologia mul-


ticritério para aprimorar a tomada de decisão. Florianópolis: Hábitos, 2020.

FERNANDES, Andrei Francisco. Polícia Militar de Santa Catarina origens e evolu-


ção: hierarquia, fardamentos, inclusões, promoções e ensino. Florianópolis: Papa-li-
vro, 2013.

LUCK, Heloisa. Liderança em gestão escolar. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.


TASCA, Jorge Eduardo; SILVA, Augusto César da; PEREIRA, Elaine Aparecida Teixeira
(org.). Pesquisa e inovação em Segurança Pública: uma contribuição do Centro de
Ensino da Polícia Militar de Santa Catarina. Florianópolis: Dois Por Quatro, 2016.

VIOLÊNCIAS e segurança pública na contemporaneidade: um desafio às tecnologias e


inovações sociais. Chapecó: Argos, 2013.

BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge


Zahar, 1999.

ASSIS, Jorge Cesar de. Comentários ao código penal militar: comentários, doutrina, juris-
prudência dos tribunais militares e tribunais superiores. 7. ed. Curitiba: Juruá, 2010.

COSTA NETO, Pedro Luiz de Oliveira; CANUTO, Simone Aparecida. Administração


com qualidade: conhecimentos necessários para a gestão moderna. 3. ed. São Paulo:
Blucher, 2010.

SANTOS, Milton et al. Território, territórios: ensaios sobre o ordenamento territorial. 3.


ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2011. [Espaço, território e paisagem].
VADE mecum. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007. 1 CD-ROM.

87
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CAPÍTULO DE LIVRO

Seguem exemplos:

ROMANO, G. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHMIDT, J.


(org.). História dos jovens 2: a época contemporânea. Jacutinga, RS: Letras Edito-
rial, 1996. p. 7-16.

MANFROI, V. Vinho branco. In: VENTURINI FILHO, W. G. (coord.). Bebidas alcoó-


licas: ciência e tecnologia. São Paulo: Blucher, 2010. v. 1, cap. 7, p. 143-163.

Atenção: Sempre que houver uma das referências com prenomes abreviados, de-
ve-se padronizar todas as demais com os prenomes dos autores também abreviados.

E-BOOK

CONSOLI, R. A. G. B.; OLIVEIRA, R. L. Principais mosquitos de importância sanitá-


ria no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1994. E-book. Disponível em: https://sta-
tic.scielo.org/scielobooks/th/pdf/consoli-9788575412909.pdf. Acesso em: 4 set. 2019.

ARTIGO DE PERIÓDICO

FERREIRA, Brunna Souza. MELO, Arquimedes Fernandes Monteiro de. GUARINO,


Poliana Carvalho, DANTAS, Maria Perpétua Socorro. Crimes violentos letais e intencio-
nais (CVLI): fatores e motivações que os influenciam em consonância com as políticas
de segurança pública. Rev. Bras. Segur. Pública. São Paulo v. 15, n. 2, 12-27. ago./
set. 2021. Disponível em: https://revista.forumseguranca.org.br/index.php/rbsp/article/
view/1174/414. Acesso em: 06 dez. 2021.

WICHINHESKI, Leonardo Cardoso; RAHMEIER, Andrea Helena Petry. O Governo


Provisório de Vargas: um olhar sobre a escrita privada do presidente. Universo Acadê-
mico, Taquara, RS. v. 8, n. 1, jan./dez. 2015. p. 189-221. Disponível em: https://www2.
faccat.br/portal/sites/default/files/10_o_governo.pdf. Acesso em: 12 mar. 2020.

DANTAS, José Alves et al. Regulação da auditoria em sistemas bancários: análise do cená-
rio internacional e fatores determinantes. Revista Contabilidade & Finanças, São Paulo, v.
25, n. 64, p. 7-18, jan./abr. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1519-70772014000100002&lng=en&nrm= iso. Acesso em: 20 maio 2014.

Atenção: In: em itálico com a inicial maiúscula.

88
PMSC ME-60-001

TESE

PAULA, Giovani de. Atividade de inteligência de segurança pública: um modelo de


conhecimento aplicável aos processos decisórios para a prevenção e segurança no
trânsito. 2013.Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) - Universi-
dade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013. Disponível em: https://bu.ufsc.br/
teses/PEGC0306-T.pdf. Acesso em: 06 dez. 2021.

DISSERTAÇÃO

CRUZ, Ronaldo da Silva. A produção textual sob a ótica dos policiais milita-
res do 9º Batalhão de Polícia Militar - SC. 2015. Dissertação (Mestrado em Edu-
cação) - Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2015. Disponível em:
http://200.18.15.60:8080/pergamumweb/vinculos/00005A/00005ADF.pdf. Acesso em: 17
fev. 2022.

PAULA, Giovani de. O ensino de criminologia na formação policial. Florianópolis,


2007. Dissertação (Mestrado em Direito) - Universidade Federal de Santa Catarina, Flo-
rianópolis, 2007. Disponível em: http://www.tede.ufsc.br/teses/PDPC0817.pdf. Acesso em:
06 dez. 2021.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

PACHECO, Giovanni Cardoso. A reestruturação do sistema normativo doutrinário


da PMSC como instrumento de sustentação da administração estratégica. 2013.
Monografia (Especialização em Gestão Estratégica em Segurança Pública) - Universi-
dade do Vale do Itajaí, Florianópolis, 2013. Disponível em: http://biblioteca.pm.sc.gov.br/
pergamum/vinculos/00000C/00000CC2.pdf. Acesso em: 03 dez. 2021.

MIRANDA, Carlos Diego Apoitia. Da (in)viabilidade do mandado de busca e apreen-


são coletivo e a atuação do oficial de polícia militar em tais episódios. 2014. Traba-
lho de Conclusão de Curso (Curso de Formação de Oficiais) - Polícia Militar do Estado
de Santa Catarina, Florianópolis, 2014. Disponível em: http://biblioteca.pm.sc.gov.br/
pergamum/vinculos/00000C/00000CDA.pdf. Acesso em: 03 dez. 2021.

SILVA, Marcelo Della Giustina da. Proposta de aperfeiçoamento do atendimento de


emergências com produtos perigosos no CBMSC. 2021. Trabalho de Conclusão de
Curso (Especialização em Administração em Segurança Pública) - Universidade do Es-
tado de Santa Catarina, Florianópolis, 2021. Disponível em: http://sistemabu.udesc.br/
pergamumweb/vinculos/00008e/00008e64.pdf. Acesso em: 31 jan. 2022.

Obs.: Sempre que possível utilizar o nome do periódico abreviado e em negrito.

89
PMSC ME-60-001

DOCUMENTO GOVERNAMENTAL

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde de A a Z. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2019.


[Documento não paginado]. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z.
Acesso em: 29 jan. 2019.

DOCUMENTOS JURÍDICOS

• LEGISLAÇÃO
A ABNT 6023/2018, 2. ed., apresenta que Constituição, Decreto, Decreto-Lei, Emenda
Constitucional, Emenda à Lei Orgânica, Lei Complementar, Lei Delegada, Lei Ordinária, Lei Or-
gânica e Medida Provisória como Legislação. Para montar a referência desse tipo de material
compreende-se como elementos essenciais:

[...] jurisdição, ou cabeçalho da entidade, em letras maiúsculas;


epígrafe e ementa transcrita conforme publicada; dados da publi-
cação. Quando necessário, acrescentam-se à referência os elementos
complementares para melhor identificar o documento, como: retifica-
ções, alterações, revogações, projetos de origem, autoria do projeto,
dados referentes ao controle de constitucionalidade, vigência, eficácia,
consolidação ou atualização (ABNT, 2018, p. 20, grifo nosso).

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de


1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2015]. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Constituicao/ Constituiçao.htm. Acesso em: 1 jan. 2017.

CURITIBA. Lei nº 12.092, de 21 de dezembro de 2006. Estima a receita e fixa a despe-


sa do município de Curitiba para o exercício financeiro de 2007. Curitiba: Câmara Muni-
cipal, [2007]. Disponível em: http://domino.cmc.pr.gov.br/contlei.nsf/98454e416897038b-
052568fc004fc180/e5df879ac6353e7f032572800061df72. Acesso em: 22 mar. 2007.
[Ano certo, não identificado no item].

BRASIL. Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a informatização do


processo judicial; altera a Lei n 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo
Civil; e dá outras providências. [2006]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11419.htm. Acesso em: 22 jan. 2014.

SÃO PAULO (Estado). Lei nº 11.361, de 17 de março de 2000. Dispõe sobre a obriga-
toriedade da disciplina de educação física. [2000]. Disponível em: https://governo-sp.
jusbrasil.com.br/legislacao/132879/lei-11361-03. Acesso em: 21 jan. 1997.

CURITIBA. Lei nº 12.092, de 21 de dezembro de 2006. Estima a receita e fixa a despesa


do município de Curitiba para o exercício financeiro de 2007. Curitiba: Câmara Municipal,
[2007]. Disponível em: http://domino.cmc.pr.gov.br/contlei.nsf/98454e416897038b052568f-
c004fc180/e5df879ac6353e7f032572800061df72. Acesso em: 22 mar. 2007.

90
PMSC ME-60-001

BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da
União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002. PL 634/1975.

BRASIL. Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. Dispõe sobre a organização da


Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa, e dá outras
providências. In: VADE mecum. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007.

• JURISPRUDÊNCIA
Jurisprudência inclui acórdão, decisão interlocutória, despacho, sentença, súmula, entre outros.

Os elementos essenciais são: jurisdição (em letras maiúsculas);


nome da corte ou tribunal; turma e/ou região (entre parênteses, se
houver); tipo de documento (agravo, despacho, entre outros); núme-
ro do processo (se houver); ementa (se houver); vara, ofício, cartório,
câmara ou outra unidade do tribunal; nome do relator (precedido da
palavra Relator, se houver); data de julgamento (se houver); dados
da publicação. Ao final da referência, como notas, podem ser acres-
centados elementos complementares para melhor identificar o docu-
mento, como: decisão por unanimidade, voto vencedor, voto vencido
(ABNT, 2018, grifo nosso).

Em ementas e epígrafes longas, sugere-se suprimir parte do texto (supressão indica-


da por reticências, entre colchetes) desde que não seja alterado o sentido.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n° 333. Cabe mandado de segurança


contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou em-
presa pública. Brasília, DF: Superior Tribunal de Justiça, 2007. [Documento não pagi-
nado]. Disponível em: http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?&b=TEMA&p=true&-
t=&l=10&i=340#TIT333TEMA0. Acesso em: 19 ago. 2011.

• ACÓRDÃO

SANTA CATARINA. Poder Judiciário de Santa Catarina. (Jurisprudência Catarinense).


Processo: 2015.021051-1 (Acórdão). Apelação Criminal - crime de lesões corporais na
direção de veículo automotor, de omissão de socorro e de embriaguez ao volante (Lei N.
9.503/97, Arts. 303, 304 e 306) - sentença de parcial procedência - recurso defensivo.
Ação penal pública incondicionada - dispensa de representação, ante a embriaguez do
réu - impossibilidade de exame do mérito em relação a duas vítimas, sob pena de refor-
matio in pejus. Apelação Criminal n. 2015.021051-1, de São Francisco do Sul. Origem:
São Francisco do Sul. Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal. Juiz Prolator: Gus-
tavo Schwingel. Classe: Apelação Criminal - Relator: Des. Getúlio Corrêa. Julgado em:
07/07/2015. [Documento não paginado]. Disponível em: http://busca.tjsc.jus.br/jurispru-
dencia/html.do?q=&only_ementa=&frase=&id=AAAbmQAACAANoGjAAZ&categoria=a-
cordao. Acesso em: 10 mar. 2020.

91
PMSC ME-60-001

• Atos administrativos normativos

De acordo com a ABNT (2018), atos administrativos normativos incluem: ato normativo,
aviso, circular, contrato, decreto, deliberação, despacho, edital, estatuto, instrução normativa,
ofício, ordem de serviço, parecer, parecer normativo, parecer técnico, portaria, regimento, regu-
lamento e resolução, entre outros.

Os elementos essenciais são: jurisdição ou cabeçalho da entidade


(em letras maiúsculas); epígrafe: tipo, número e data de assinatura do
documento; ementa; dados da publicação. Quando necessário, acres-
centam-se ao final da referência, como notas, elementos complementa-
res para melhor identificar o documento, como: retificações, ratificações,
alterações, revogações, dados referentes ao controle de constitucionali-
dade, vigência, eficácia, consolidação e atualização (ABNT, 2018, p. 22,
grifo nosso).

• PORTARIA

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Segurança Pública. Polícia Militar. Porta-


ria Nº. 259/PMSC/2020. Institui a Comissão Permanente de Avaliação de Documentos
(CPAD) da Polícia Militar de Santa Catarina. Data de publicação: 25/08/2020. Protocolo
SGPE: PMSC 44943 2020. Florianópolis: PMSC, 2020. [Acesso restrito].

• ATO

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Segurança Pública. Polícia Militar. Ato da


Polícia Militar nº 824/2020. Cria e regula o uso do cinto tático tipo BDU nos uniformes
operacionais. Florianópolis: PMSC, 2020. [Acesso restrito].

• DIRETRIZ

SANTA CATARINA. Polícia Militar de Santa Catarina. Diretriz Específica nº 025/Cmdo-


-G/02. Florianópolis: PMSC, 2002. [Operacionais específicas: emprego de aeronaves].

COMUNICAÇÃO DE OCORRÊNCIA POLICIAL

SANTA CATARINA. Polícia Militar. Registro 0714887/2019-BO-


COP-02011.2019.0004061/(PM - 8ª RPM/5 ºBPM - Tubarão: 01/11/2019 15h12min. Tu-
barão: PMSC, 2019. [Unidade responsável: PC - Central de Plantão Policial de Tubarão.
Acesso restrito].

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BASE DE DADOS

SANTA CATARINA. Polícia Militar. Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP).


Tubarão: PMSC, 2019. [Acesso restrito].

ARTIGO ON-LINE

DAVIDS, Ana. A Constituição de 1934 e o retrocesso de 1937: a Era Vargas e a


Constituição de 1934. [2016]. Disponível em: https://anadavids.jusbrasil.com.br/arti-
gos/325911900/a-constituicao-de-1934-e-o-retrocesso-de-1937. Acesso em: 12 mar.
2020.

ARTIGO DE JORNAL*

TOMAZELA, J. M. Duas pessoas morrem com sintomas de febre maculosa no interior


de SP. ESTADÃO, São Paulo, 03 jan. 2019. Disponível em: https://saude.estadao.com.br/
noticias/geral, duas pessoas-morrem-com-sintomas-de-febre-maculosa-no-interior-de-
-sp, 70002666449. Acesso em: 9 jan. 2019.

TRABALHOS APRESENTADOS EM EVENTOS

A seguir, são apresentados exemplos de referências de parte de evento em publicação periódica.


Os elementos essenciais são: autor, título do trabalho, título do periódico, subtítulo (se
houver), local de publicação, numeração do ano e/ou volume, número e/ou edição, tomo
(se houver), páginas inicial e final, data ou período de publicação, nota indicando o número
e o nome do evento, e ano e local. Quando necessário, acrescentam-se elementos comple-
mentares à referência para melhor identificar o documento.

GONÇALVES, R. P. M. et al. Aspectos hematológicos de cães parasitados por Babesia


canis na cidade de Niterói, RJ entre os anos de 1994 a 2005: parte 1: eritrograma. Ciên-
cia Animal Brasileira, Goiânia, p. 271-273, nov. 2006. Supl. 1. Trabalho apresentado
no 3º Congresso do Centro-Oeste de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais, 2006,
[Brasília, DF].

AMADEI, J. R. P.; FERRAZ, V. C. T. Guia para elaboração de referências. São Paulo:


Universidade de São Paulo, 2019.

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PMSC ME-60-001

TRABALHOS APRESENTADOS EM EVENTOS -


PARTE DE EVENTO EM MEIO ELETRÔNICO

SILVA, F. M. A.; RAMALHO, F. A.; GARCIA, J. C. R. Barreiras informacionais na ciência


aberta. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
(ENANCIB), 20., 2019, Florianópolis. Anais eletrônicos […]. Florianópolis, 2019. Dis-
ponível em: https://conferencias.ufsc.br/index.php/enancib/2019/paper/view/1169/895.
Acesso em: 10 jan. 2020.

ENTREVISTA

PEIXOTO, Luiz. A pena de morte: depoimento [jan. 1977]. Entrevistadores: Júlio Matos
e André Castro. [S. l.]: Comitê de Direitos Humanos, 1977. 1 fita cassete (60 min.), esté-
reo. Entrevista concedida ao Comitê de Direitos Humanos.

PICHAI, Sundar. Rumo a uma terra on-line. [Entrevista concedida a] Filipe Vilicic. Veja,
São Paulo, v. 2523, n. 13, p. 11-15, 29 mar. 2017.

Sem local definido (a cidade não aparece no documento) substituir por S. l. [sine loco]
entre colchetes: [S. l.]:

SITE (página da internet)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Universitária. Serviço


de Referência. Florianópolis: UFSC, [1995]. Disponível em: http://www.bu.ufsc.br. Aces-
so em: 19 maio 2005.

PODCAST*

DRAGÕES DE GARAGEM #137: vó Maria: vacinas e escolhas # semana da vacina.


[Locução de]: Barbara Paes. [S. I.]: Dragões de Garagem, 14 ago. 2018. Podcast. Dis-
ponível em: http://dragoesdegaragem.com/podcast/dragoes-de-garagem-137-vo-mafia-
-vacinas-e-escolhas-semanadavacina/. Acesso em: 9 jan. 2019.

*
Retirado de: AMADEI, J. R. P.; FERRAZ, V. C. T. Guia para elaboração de referências. São Paulo: Universidade de
São Paulo, 2019.

94
PMSC ME-60-001

TWITTER

PMSC. A PMSC, através do Proerd, está lançando uma campanha benefi-


cente e comemorativa do aniversário do Programa. Florianópolis, 06 mar. 2022.
Twitter:https://twitter.com/pmscoficial. Disponível em: https://twitter.com/pmscoficial/sta-
tus/1500565206489092099?cxt=HHwWhsC-8duGitMpAAAA. Acesso em: 11 mar. 2022.

FACEBOOK

PMSC. CPMR e BAPM formam 21 novos pilotos de drone na Capital. Florianópolis, 07


mar. 2022. Facebbok: pmscoficial. Disponível em:https://pt-br.facebook.com/pmscofi-
cial/. Acesso em: 11 mar. 2022.

GOOGLE MAPS

GOOGLE MAPS. Avenida Brigadeiro Silva Paes. [2021]. Disponível em: https://www.
google.com.br/maps. Acesso em: 07 fev. 2021.

FLICKR

ALESC. Flickr. Disponível em: https://www.flickr.com/photos/assembleiasc. Acesso em:


25 out. 2021.

TIKTOK

BITTENCORT, Conceição. Que hoje seu coração permaneça em paz como a água cla-
ra que não precisa mergulhar para ver o fundo. TikTok. @f.nix8. Som original - f.nix8
- f.nix8. Disponível em: https://vm.tiktok.com/ZM8fuB4mS/. Acesso em: 25 out. 2021.
[80.8k; 28.1k, 1023].

PORTIOLLI, Celso. #foryou Consegue? Celso Portiolli. 8-16 TikTok. @festival 2021
chalandonsharne. @. portiolli. Original sound - Celso Portiolli. Disponível em: https://vm.
tiktok.com/ZM8fx75cS/. Acesso em: 25 out. 2021. [9.5MSeguidores57.8MCurtidas, 02:45
segundos].

*
Retirado de: AMADEI, J. R. P.; FERRAZ, V. C. T. Guia para elaboração de referências. São Paulo: Universidade de
São Paulo, 2019.

95
PMSC ME-60-001

SLIDE EM POWER POINT

ALVES, Maria Bernardete Martins. Conhecendo a biblioteca: produtos e serviços. Flo-


rianópolis. 22 fev. 2011.18 slides. Apresentação em Power-point.

CURRÍCULO LATTES

MARCINEIRO, Nazareno. Currículo do sistema currículo Lattes. [Brasília], 23 ago.


2021. Disponível em: http://lattes.cnpq.br/6752102091497108. Acesso em: 09 dez.
2021.

DOCUMENTOS DE ARQUIVO PESSOAL

WENDEL, Minton. [Fotos do arquivo pessoal.]. [S. l.: s. n.], 2016.

BLOG (CIENTÍFICO)

BARRETO, Aldo de A. Redes sociais, memória e esquecimento. Aldo’s Barreto blog.


[S. l.], 3 jun. 2011. Disponível em: http://aldobarreto.wordpress.com/2011/06/03/redes-
-sociais-memoria-e-esquecimento/. Acesso em: 23 jan. 2012..

VÍDEO YOUTUBE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Central. Vídeoaula II:


Portal Capes: busca rápida. YouTube, 15 de julho de 2011. Disponível em: http://www.
youtube.com/user/BIBLIOTECASUFSC. Acesso em: 23 jan. 2014.

BATISTA, Antonio Maria. Nova União MG: conheça a rotina da vida no campo em uma fa-
zenda centenária do Estado. YouTube, 17 de junho de 2013. Disponível em: https://www.
youtube.com/watch?v=DKj7_u26IGQ. Acesso em: 22 dez. 2014.

96
PMSC ME-60-001

INSTAGRAM

PMSC. Aprenda com a PM: segurança do ciclista no trânsito. Florianópolis, 07 mar.


2022. Instagram: #pmscoficial. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CazNgdtL-
ZIJ/. Acesso em: 11 mar. 2022.

E-MAIL

SILVA, L. P. Regulamento vigente. Destinatário: Sandra Mara de Souza. [S. l.], 12 jan.
2002. 1 mensagem eletrônica.

LISTA DE DISCUSSÃO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO.


Lista de discussão da ABECIN. São Paulo, 2016. Disponível em: http://www.abecin.
org.br/home/lista-de-discussao/. Acesso em: 13 fev. 2019.

POP

SANTA CATARINA. PMSC. Procedimento operacional padrão comando de trânsito:


Florianópolis, PMSC, [2019]. Disponível em: https://framework.pm.sc.gov.br/biblioteca/
pop/index. Acesso em: 04 fev. 2022. [POP nº 104.2.1. Acesso restrito].

SANTA CATARINA. PMSC. Procedimento operacional padrão atendimento da ocor-


rência de acidente de trânsito. Florianópolis: PMSC, [2019]. Disponível em: https://
framework.pm.sc.gov.br/biblioteca/pop/index. Acesso em: 04 fev. 2022. [POP 201.6.1.
Acesso restrito].

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Segurança Pública. Polícia Militar de Santa Cata-
rina. Comando Geral. Manual de padronização de procedimentos operacionais da Polícia
Militar de Santa Catarina. Florianópolis: PMSC, 2020. [Manual de POP PMSC compilado
gerado em 01/09/2020 16:49. Acesso restrito].
SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Segurança Pública. Polícia Militar de Santa
Catarina. Comando Geral. Procedimento operacional padrão fiscalização de ordem
pública em estabelecimentos, eventos ou eventos desportivos. Florianópolis: PMSC,
2020. [POP nº 103.2.1. Acesso restrito].

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Segurança Pública. Polícia Militar de Santa


Catarina. Comando Geral. Procedimento operacional padrão atendimento da ocorrên-
cia da Lei Maria da Penha. Florianópolis: PMSC, 2019. [POP 201.4.6. Acesso restrito].

97
PMSC ME-60-001

Obs.: A entrada da referência é estabelecida de acordo com cada documento conforme


apresenta-se na sua publicação. Ou seja, a entrada pode ser por SANTA CATARINA ou
PMSC (conforme documento).

PAP

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Segurança Pública. Polícia Militar de Santa


Catarina. Comando Geral. Procedimento administrativo padrão pregão presencial:
certame. Florianópolis: PMSC, 2020. [PAP nº 405.11. Acesso restrito].

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Segurança Pública. Polícia Militar de Santa


Catarina. Comando Geral. Procedimento administrativo padrão pregão: pós-certame.
Florianópolis: PMSC, 2020. [PAP nº 405.12. Acesso restrito].

Serão apresentadas, nas próximas seções, as orientações firmadas pelas normas da


ABNT específicas para cada tipo de trabalho (projeto de pesquisa, monografia, artigo etc.) com
ilustrações dos elementos pré-textuais, textuais e pós textuais.

98
PMSC ME-60-001

2.2 MONOGRAFIA E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO

O TCC em for-
ma de monografia é A construção da monografia envolve três partes no pro-
um trabalho acadêmi- cesso de formalização do documento. Pode-se identificar es-
co elaborado como do- tas partes como elementos do trabalho científico. Estes ele-
cumento de conclusão mentos são:
de um curso, que pode
ser de graduação ou • pré-textuais; • textuais; • pós-textuais.
pós-graduação. Para
mais informações,
consulte ABNT NBR Na sequência, elencamos os elementos, obrigatórios e opcio-
14724. nais que compõem a estrutura da monografia.

Ilustração 25 - Estrutura da monografia

12
11
10
9
8
7 19
6 18
5 14 17
2 4 13 16
1 3 12 15

3. Folha de rosto (obrigatório)


4. Errata (opcional)
5. Agradecimentos (opcional)
6. Resumo na língua
vernácula (obrigatório)
7. Resumo em língua estrangeira
8. Lista de ilustrações (opcional)
9. Lista de tabelas (opcional)
10. Lista de abreviaturas
e siglas (opcional)
11. Lista de símbolos (opcional)
12. Sumário (obrigatório)

Elementos Elementos Elementos


pré-textuais textuais pós-textuais

Parte Externa Parte Interna


Fonte: PMSC (2022).

99
PMSC ME-60-001

A lombada é um elemento opcional, pois


somente será aplicada a documentos impressos
e deve seguir as recomendações da NBR 12.225
vigente.

Ilustração 26 - Modelo de capa

3 cm

Marca da sua
Instituição de ensino.
Fixe a imagem no
tamanho de 2,5 cm
de altura e largura
POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA
proporcional e
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE
centralizado.
NOME DO AUTOR

Fonte tamanho 12, em


negrito, centralizado e
2 cm
espaçamento 1,5.

Título Principal
subtítulo

3 cm

Local com fonte


tamanho 12, primeira
letra em maiúscula,
centralizado, e com
espaçamento 1,5.
Cidade
Ano em números
arábicos. ano

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

100
PMSC ME-60-001

2.2.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

Nessa seção estarão representados todos os itens que fazem parte dos elementos pré-tex-
tuais do TCC/monografia.

2.2.1.1 Folha rosto - anverso

A folha de rosto é obrigatória para os seguintes tipos de trabalho de conclusão de curso


(TCC): relatório de estágio, monografia, dissertação, tese, projeto de pesquisa e relatórios técnico
e/ou científico. A Ilustração 277 apresenta o modelo adotado na APMT.

Ilustração 27 - Modelo da folha de rosto

3 cm

Natureza do trabalho
e demais dados:
fonte tamanho 10,
alinhado do meio da
POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA mancha para a
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE direita, justificado e
espaçamento simples.
NOME DO AUTOR
Fonte tamanho 12,
em negrito, centralizado
e espaçamento 1,5.

2 cm
Título principal
subtítulo

Este Trabalho de Conclusão de Curso


foi julgado adequado à obtenção do
título de Bacharel em Ciências Policiais
e aprovado em sua forma final pelo
Curso de Graduação Bacharelado em
Ciências Policiais, da Academia de
Polícia Militar da Trindade.

3 cm
Local
_______________, dia
_______ mês
de __________________ ano
de 20_____. Fonte tamanho
12, centralizado,
espaçamento 1,5.
______________________________________________________
Prof. e orientador Nome completo, abreviatura da titulação
Nome da Instituição de Ensino
Abreviaturas:
______________________________________________________
Especialista - Esp.
Prof. Nome completo, abreviatura da titulação
Mestre - Me.
Nome da Instituição de Ensino
Doutor - Dr.
______________________________________________________
Prof. Nome completo, abreviatura da titulação 155,974
Nome da Instituição de Ensino

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

101
PMSC ME-60-001

2.2.1.2 Errata

É possível realizar correções de eventuais erros no trabalho. A(s) folha(s) solta(s) da errata
deve(m) ser inclusa(s) no trabalho depois de impressa, após a folha de rosto. A errata é compos-
ta pela referência do trabalho, seguido do texto, conforme modelo a seguir.

Ilustração 28 - Modelo de errata

3 cm

ERRATA Fonte tamanho 12,


letras maiúsculas,
Referência completa: SILVA, Luciana Mara. O sistemismo de Bunge como base teórico-metodológica para
negrito e centralizado.
pesquisa em Ciência da Informação. Em Questão, Porto Alegre, v. 22, n. 22, maio/ago., 2016.
fonte tamanho 12, p. 1-25. Um espaço de 1,5
alinhamento à esquerda, entre os título e o texto.
espaçamento simples Folha Linha Onde se lê Leia-se
181 7 consumo customização

O restante do
texto deve estar
2 cm
em tamanho 12,
alinhamento em
colunas.
Espaçamento
de 1,5.

3 cm

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

102
PMSC ME-60-001

2.2.1.3 Folha aprovação

Os dados necessários para compor a do, área de concentração;


folha de aprovação são: f) cidade, ano de aprovação;
a) o nome do autor; g) nomes e titulação dos membros da
b) título, subtítulo (se houver); banca examinadora, a instituição a
c) natureza do trabalho; titulação.
d) objetivo; Estes necessitam estar organizados da
e) nome da instituição a que é submeti- seguinte forma:

Ilustração 29 - Modelo de folha de aprovação

3 cm

NOME DO AUTOR Natureza do trabalho


e demais dados: fonte
tamanho 10, alinhado
do meio da mancha
para a direita,
Fonte tamanho 12, justificado e
em negrito, centralizado espaçamento simples.
e espaçamento 1,5.

2 cm
Título principal
subtítulo

Este Trabalho de Conclusão de Curso


foi julgado adequado à obtenção do
título de Tecnólogo em Preservação da
Ordem Pública e aprovado em sua
forma final pelo Curso Superior de
Tecnologia em Preservação da Ordem
Pública, da Academia de Polícia Militar
da Trindade.

3 cm
Local
_______________, dia
_______ mês
de __________________ ano
de 20_____. Fonte tamanho
12, centralizado,
espaçamento 1,5.
______________________________________________________
Prof. e orientador Nome completo, abreviatura da titulação
Nome da Instituição de Ensino
Abreviaturas:
______________________________________________________
Especialista - Esp.
Prof. Nome completo, abreviatura da titulação
Mestre - Me.
Nome da Instituição de Ensino
Doutor - Dr.
______________________________________________________
Prof. Nome completo, abreviatura da titulação 155,974
Nome da Instituição de Ensino

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

103
PMSC ME-60-001

2.2.1.4 Folha de Dedicatória(s)

A dedicatória é um elemento opcional. Esse espaço é reservado para dedicar o desenvol-


vimento do trabalho a uma pessoa, instituição ou situação importante, que considere necessá-
rio enfatizar nesse momento do trabalho.

Ilustração 30 - Modelo de dedicatória

3 cm

2 cm

3 cm

Fonte tamanho 12, Lorem ipsum dolor sit amet, consecte-


Espaçamento 1,5. tur adipiscing elit, sed do eiusmod
tempor incididunt ut labore et dolore
Alinhado a partir do
magna aliqua. Ut enim ad minim
meio da mancha para veniam, quis nostrud exercitation
a margem direita,
posicionado na parte
155,974
ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea
commodo consequat.
inferior da mancha.

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

104
PMSC ME-60-001

2.2.1.5 Agradecimentos

O(s) agradecimento(s) configura(m)-se como um elemento opcional, mas geralmente


muito utilizado, pois é o espaço que você tem para enaltecer as pessoas envolvidas que contri-
buíram consideravelmente no desenvolvimento do seu trabalho ou que lhe apoiaram para que
você conseguisse concluir essa etapa.

Ilustração 31 - Modelo de agradecimentos

3 cm

Fonte tamanho 12, AGRADECIMENTOS


letras maiúsculas,
negrito e centralizado. Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Nulla porttitor rhoncus O restante do texto
Um espaço de 1,5 cursus. Donec placerat venenatis sapien in tempor. Aliquam tincidunt ut ante et feugiat. Nam deve estar em tamanho
entre título e texto. iaculis at orci nec iaculis. Sed ac maximus lacus, quis varius turpis. 12, alinhamento em
Nunc ornare euismod nisi eget mollis. Mauris pretium nisl massa, nec egestas colunas. Espaçamento
massa vestibulum in. Nam eu euismod arcu. Sed accumsan egestas dolor, non malesuada de 1,5.
dolor. Donec placerat augue arcu, sit amet feugiat diam consectetur at. Aenean eget tellus
enim. Interdum et malesuada fames ac ante ipsum primis in faucibus.

2 cm

3 cm

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

105
PMSC ME-60-001

2.2.1.6 Epígrafe

A epígrafe é um elemento opcional e, geralmente, é utilizada para apresentar uma ex-


pressão/citação representativa ao tema.

Ilustração 32 - Modelo de epígrafe como elemento pré-textual

3 cm

2 cm

Para citação com


3 cm
menos de 3 linhas:
fonte 12,
espaçamento 1,5,
alinhamento
justificado, texto
entre aspas duplas.

Para citação com


mais de 3 linhas:
recuo de 4 cm,
“Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Donec feugiat mi sed felis fonte 10,
molestie bibendum. Morbi non congue libero, sed fermentum nulla.” (AUTOR, ano)
espaçamento simples
e sem aspas.
2 cm

Fonte: PMSC (2022).

106
PMSC ME-60-001

Também podemos fazer uso da epígra- va importante extraída da coleta de dados da


fe na folha de abertura das seções primárias. pesquisa. É indicado que seja padronizada no
Nesse caso, a epígrafe pode ser uma citação sentido de ser abordada em todos os capítu-
de um autor de referência relacionado ao con- los, mas com conteúdos adequados de modo
teúdo abordado no capítulo e até uma narrati- que dialoguem com cada seção.

Ilustração 33 - Modelo de epígrafe na folha de abertura da seção primária

3 cm

Epígrafe em abertura de Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Quisque urna tortor, Citação com mais
accumsan condimentum erat sit amet, tincidunt euismod ipsum. Pellentesque leo
seção primária. metus, vestibulum sed luctus eu, vehicula id justo. Proin tincidunt, ligula in ultrices de 3 linhas: recuo
eleifend, tortor nibh venenatis arcu, et tincidunt ligula (AUTOR, ano).
Citação com menos de de 4 cm, fonte 10,
3 linhas: fonte 12, espaçamento simples
espaçamento 1,5, 3 PERSPECTIVAS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA e sem aspas.
alinhamento justificado.
As perspectivas podem tratar de assuntos distintos, dentre eles os que abordaremos
na sequência.

3.1 A GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS NA PMSC


O recrutamento de pessoal é função primordial para uma boa estruturação do seu 2 cm
quadro de colaboradores.

3.1.1 Formas de avaliação de pessoal

3 cm

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

107
PMSC ME-60-001

2.2.1.7 Resumo

O resumo em língua vernácula (língua portuguesa) é um item obrigatório. Ao final do re-


sumo na língua vernácula devem constar as palavras-chave.

Ilustração 34 - Modelo de resumo em língua vernácula

3 cm

Fonte tamanho 12, letras RESUMO


maiúsculas, negrito e
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Phasellus egestas metus ut sapien
centralizado. Um espaço tristique congue. Donec eget bibendum velit, ac accumsan dolor. Praesent condimentum felis Texto com alinhamento
de 1,5 entre título e texto. vitae est accumsan, pharetra placerat ante aliquet. Nullam blandit arcu vel magna aliquet justificado, com fonte
auctor. Maecenas eget fringilla diam. Nulla vitae gravida nisi. Sed consequat, tellus facilisis
gravida maximus, orci nunc vestibulum odio, id ultricies felis lacus vel urna. Nullam tamanho 12.
hendrerit, magna ut tristique faucibus, tortor urna accumsan justo, et elementum justo sapien Espaçamento simples
non turpis. Nunc eget purus id eros commodo tincidunt. Lorem ipsum dolor sit amet,
consectetur adipiscing elit. Duis ullamcorper tempor velit, vel congue mi rhoncus at. e parágrafo único, sem
Vestibulum placerat commodo tempus. Fusce ullamcorper lacus vel ex rutrum sagittis.
recuo.

Palavras-chave: assunto; assunto; assunto. Palavras-chaves separadas


por ponto.

3 cm 2 cm

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

Além do resumo na língua portuguesa, é preciso desenvolver o resumo na língua estran-


geira, constando ao final as palavras-chave, podendo ser da seguinte forma:
• Keywords: (inglês);
• Palabras clave: (espanhol);
• Mots clefs: (francês);
• Parole chiave (italiano).

108
PMSC ME-60-001

Ilustração 35 - Modelo de resumo em língua inglesa

3 cm

Fonte tamanho 12, letras ABSTRACT


maiúsculas, negrito e
Nam congue venenatis nisi nec consectetur. Integer dapibus, orci in aliquam ornare, metus
centralizado. Um espaço erat tempus felis, eu condimentum ipsum tellus eu est. Donec hendrerit a nisl id pharetra. Texto com alinhamento
de 1,5 entre título e texto. Pellentesque eget finibus sapien, vitae tincidunt urna. Sed massa massa, rhoncus a lobortis a, justificado, com fonte
vehicula sed orci. Fusce gravida, enim in dictum ornare, sem velit mattis eros, faucibus
tincidunt felis felis ac nibh. Duis sodales leo a tortor pellentesque pretium. Donec ligula mi, tamanho 12, em itálico.
faucibus nec sapien vitae, suscipit mollis risus. Quisque congue bibendum sagittis. Cras Espaçamento simples
pretium enim sed purus eleifend, eu porttitor quam elementum. Nam congue sed est eget
venenatis. Nulla faucibus sagittis lobortis. Vestibulum pulvinar, nisl eu consequat mattis, e parágrafo único, sem
augue sem tincidunt ipsum, ac varius tellus leo vel lectus. Aliquam erat volutpat. Etiam id
purus non lorem ultricies eleifend. In pulvinar ante id lorem pellentesque commodo.
recuo.

Keyword: word; word; word. Palavras-chaves separadas


por ponto.

3 cm 2 cm

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

109
PMSC ME-60-001

2.2.1.8 Lista de ilustrações, tabelas, abreviaturas, siglas e símbolos

As listas de ilustrações, tabelas, ração de lista própria para cada tipo


abreviaturas, siglas e símbolos são orga- de ilustração (desenhos, esquemas,
nizadas de forma similar. De acordo com a fluxogramas, fotografia, gráficos, ma-
ABNT (2011, p. 8) a lista de ilustrações é pas, organogramas, plantas, quadros,
retratos e outras).
[...] Elaborada de acordo com a or-
dem apresentada no texto, com cada Então, as ilustrações podem constar em
item designado por seu nome espe- lista única ou em lista própria por tipo de ilus-
cífico, travessão, título e respectivo tração. A Ilustração 366 apresenta uma lista de
número da folha ou página. Quando ilustração única, com vários tipos de ilustrações
necessário, recomenda-se a elabo- inseridos, conforme o ordenamento do texto.

Ilustração 36 - Modelo de lista de ilustrações

3 cm

Fonte tamanho 12. LISTA DE ILUSTRAÇÕES


Letras maiúsculas,
negrito e centralizado. Desenho 1 - Sociologia da Mudança e Sociologia da Regulação ..........................................18 Texto alinhado à esquerda,
Um espaço de 1,5 Esquema 2 - Paradigmas para Ciência Social ........................................................................19 com fonte tamanho 12.
entre título e o texto. Figura 1 - Evolução ................................................................................................................20 Espaçamento 1,5.
Figura 2 - Ciências..................................................................................................................23 Numeração das páginas
Gráfico 1 - Visão de Piaget sobre Multi, Inter e Transdisciplinaridade, que também é alinhada à direita.
destacada por Sommerman (2008) .........................................................................................26
Ilustração 1 - Propositura da Dedução/Indução......................................................................30
Organograma 1 - Três momentos do Método Dialético .........................................................31
2 cm

3 cm

A lista de ilustrações
é ordenada de acordo
com a sequência
apresentada no texto.

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

110
PMSC ME-60-001

Agora, vamos mostrar o exemplo de lista de ilustração própria, geralmente utilizada


quando é o tipo de ilustração mais utilizada no trabalho, sendo conveniente destacá-la em lista
própria. Para o exemplo da Ilustração 377, escolhemos gráficos.

Ilustração 37 - Modelo de lista de ilustrações próprias (gráficos)

3 cm

Fonte tamanho 12. LISTA DE GRÁFICOS


Letras maiúsculas,
negrito e centralizado. Gráfico 1 - Sociologia da Mudança e Sociologia da Regulação.............................................18 Texto alinhado à esquerda,
Um espaço de 1,5 Gráfico 2 - Paradigmas para Ciência Social...........................................................................19 com fonte tamanho 12.
entre título e o texto. Gráfico 3 - Evolução...............................................................................................................20 Espaçamento 1,5.
Gráfico 4 - Ciências................................................................................................................23 Numeração das páginas
Gráfico 5 - Visão de Piaget sobre Multi, Inter e Transdisciplinaridade, que também é alinhada à direita.
destacada por Sommerman (2008) .........................................................................................26
Gráfico 6 - Propositura da Dedução/Indução .........................................................................30
Gráfico 7 - Três momentos do Método Dialético...................................................................31
3 cm 2 cm
A lista específica de
ilustrações é ordenada de
acordo com a sequência
apresentada no texto.

Fonte: PMSC (2022).

Vale ressaltar que as tabelas devem obrigatoriamente ser apresentadas em lista única,
independente da quantidade de tabelas que houver no texto. É intitulada “lista de tabelas” e or-
ganizada conforme a ordem de apresentação no texto.
Ilustração 38 - Modelo de lista de tabelas

3 cm

Fonte tamanho 12. LISTA DE TABELAS


Letras maiúsculas,
negrito e centralizado. Tabela 1 - Pressupostos da natureza da Ciência Social e da Sociedade .................................17 Texto alinhado à esquerda,
Um espaço de 1,5 Tabela 2 - Teorias da Sociedade: ordem e conflito.................................................................18 com fonte tamanho 12.
entre título e o texto. Tabela 3 - Definições encontradas para multi, pluri, inter e transdisciplinaridade ................25 Espaçamento 1,5.
Tabela 4 - Dedução e Indução ................................................................................................30 Numeração das páginas
Tabela 5 - Resumo quanto ao objetivo da pesquisa................................................................38 alinhada à direita.
Tabela 6 - Procedimentos técnicos da pesquisa......................................................................39
Tabela 7 - Modelo de protocolo de pesquisa ..........................................................................61

3 cm 2 cm
A lista de tabelas Numeração das
é ordenada de acordo páginas alinhada à
com a sequência direita.
apresentada no texto.

Fonte: PMSC (2022).

111
PMSC ME-60-001

As listas de abreviaturas e as listas de siglas são elementos opcionais, ordenadas alfa-


beticamente.
No decorrer do texto, as siglas devem ser colocadas entre parênteses após a escrita por ex-
tenso do seu significado, na primeira vez em que aparecem no texto. Assim, nas suas demais men-
ções durante o texto, pode aparecer somente a sigla. A Ilustração 399 apresenta o modelo da lista
de siglas.

Ilustração 39 - Modelo de lista de siglas

3 cm

Fonte tamanho 12. LISTA DE SIGLAS


Letras maiúsculas,
negrito e centralizado. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas Texto alinhado à esquerda,
Um espaço de 1,5 APMT – Academia de Polícia da Trindade com fonte tamanho 12.
entre título e o texto. CSPM – Curso superior de Polícia Militar Espaçamento 1,5.
ESFAP – Escola Superir de Formação e Aperfeiçoamento de Praças Numeração das páginas
ESFO – Escola Superior de Formação de Oficiais alinhada à direita.
PMSC – Polícia Militar de Santa Catarina

3 cm 2 cm
A lista de siglas é
elaborada em ordem
alfabética.

Fonte: PMSC (2022).

Dependendo da especificidade do texto, utilizam-se muitas abreviaturas. Para facilitar ao leitor,


sugere-se a inclusão de uma lista de abreviaturas.

Ilustração 40 - Modelo de lista de abreviaturas

3 cm

Fonte tamanho 12. LISTA DE ABREVIATURAS


Letras maiúsculas,
negrito e centralizado. Al. – Aluno Texto alinhado à esquerda,
Um espaço de 1,5 Sd. – Soldado com fonte tamanho 12.
entre título e o texto. Cb. – Cabo Espaçamento 1,5.
Sgt. – Sargento Numeração das páginas
Ten. – Tenente alinhada à direita.
Cap. – Capitão
Maj. – Major

3 cm 2 cm
A lista de abreviaturas
é elaborada em ordem
alfabética.

Fonte: PMSC (2022).

112
PMSC ME-60-001

De uma forma mais específica ainda, há trabalhos que fazem uso de símbolos no decorrer do
texto. Para facilitar ao leitor, sugere-se a inclusão de uma lista de símbolos.
Ilustração 41 - Modelo de lista de símbolos

3 cm

Fonte tamanho 12. LISTA DE SÍMBOLOS


Letras maiúsculas,
negrito e centralizado. $ – Dólar Texto alinhado à
Um espaço de 1,5 C$ – Dólar canadense esquerda, com fonte
entre título e o texto. € – Euro tamanho 12.
¥ – Iene Espaçamento 1,5.
Numeração das
£ – Libra esterlina
páginas alinhada à
R$ – Real
direita.
₩ – Won

3 cm 2 cm
A lista de símbolos é
ordenada de acordo
com a sequência
apresentada no texto.

Fonte: PMSC (2022).

2.2.1.9 Sumário

O sumário é um elemento pré-textual obrigatório e deve ser elaborado conforme instruções e


modelo disposto na seção 2.1.6 que apresenta a formatação comum aos trabalhos acadêmicos.

2.2.2 ELEMENTOS TEXTUAIS

Os elementos textuais são divididos As informações mencionadas no traba-


em introdução, desenvolvimento, conclusão lho, retiradas de outra fonte, são denomina-
ou considerações finais. das citações, e sua apresentação está des-
O desenvolvimento pode ser dividido crita na seção 2.1.12. As referências devem
em seções e subseções. seguir conforme a seção 2.1.13.

113
PMSC ME-60-001

2.2.2.1 Elementos que podem compor o desenvolvimento do trabalho

O uso de gráficos, quadros, tabelas, fotografias, ilustrações, entre outros, são recursos
empregados para fundamentar, expressar variações, sintetizar dados e ilustrar o conteúdo do
trabalho.

IMPORTANTE

Cabe destacar que o que diferencia tabela de quadro é que na tabela trabalhamos com
dados quantitativos (números, estatísticas, porcentagem etc.). Já em quadros, os dados
são qualitativos (organização de ideias, categorias etc.). Quanto ao formato, o quadro é
fechado em suas laterais e a tabela é aberta em suas linhas laterais sendo fechada so-
mente na parte superior e inferior, conforme o exemplo a seguir.

As tabelas são apresentadas conforme recomendado pelas Normas de Apresentação Ta-


bular da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ilustração 42 - Modelo de tabela inserida no texto

3 cm

3 ANÁLISE DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA

Fonte da tabela: Deve Tabela 1 – Produção científica por área de conhecimento. Título da tabela:
ser apresentada Especificação Out./2021 Nov./2021 Dez./2021 Percentual de Indicando a natureza,
abaixo da tabela a crescimento abrangência
que se refere e geográfica e temporal
posicionada de Ciências Humanas 380 420 158 85% dos dados numéricos
acordo com o design apresentados.
Ciências da Saúde 158 580 130 66%
gráfico do trabalho.
Fonte tamanho 12,
Fonte tamanho 10, Engenharias 50 35 157 42% espaçamento 1,5,
espaçamento 3 cm 2 cm alinhamento
Fonte: FAPOM (2022)
simples. justificado.

Fonte: PMSC (2022).

114
PMSC ME-60-001

No decorrer do texto, quando a tabela expressão “conclusão”. As expressões de-


precisar ser separada em duas ou mais fo- vem aparecer sempre entre parênteses, com
lhas, devido à extensão do seu tamanho, ela letras minúsculas, alinhadas à direita e acima
deverá constar na primeira folha a expressão do cabeçalho da tabela. Cada folha deve pre-
“continua”; nas demais folhas a expressão servar as colunas indicadoras e seus respec-
“continuação”; e, no início da última folha, a tivos cabeçalhos.

Ilustração 43 - Área superior de folha contendo modelo de tabela que continua na folha seguinte
modelo de tabela que continua na folha seguinte

3 cm

Tabela 1 – Produção científica por área de conhecimento.


(continua) Para tabelas divididas em mais
Especificação Out./2021 Nov./2021 Dez./2021 Percentual de de uma folha, na primeira deve
crescimento constar a expressão “continua”.
O tamanho da letra em negrito é
Ciências 380 420 158 85% 12 e o alinhamento é à direita.
Sociais
Aplicadas

Ciências 158 580 130 66%


3 cm da Saúde 2 cm

Engenharias 50 35 157 42%

Fonte: PMSC (2022).

Ilustração 44 - Área superior de folha contendo modelo de tabela que começa em folha anterior

3 cm

Tabela 1 – Produção científica por área de conhecimento.


(continuação) Para tabelas divididas em mais
Especificação Out./2021 Nov./2021 Dez./2021 Percentual de de uma folha, na primeira deve
crescimento constar a expressão “continua”.
O tamanho da letra em negrito é
Ciências 380 420 158 85% 12 e o alinhamento é à direita.
Sociais
Aplicadas

Ciências 158 580 130 66%


3 cm da Saúde 2 cm

Engenharias 50 35 157 42%

Fonte: PMSC (2022).

115
PMSC ME-60-001

Ilustração 45 - Área superior de folha contendo modelo de final de tabela que começa em folha
anterior

3 cm

Tabela 1 – Produção científica por área de conhecimento.


(conclusão) Para tabelas divididas em mais
Especificação Out./2021 Nov./2021 Dez./2021 Percentual de de uma folha, na primeira deve
crescimento constar a expressão “continua”.
O tamanho da letra em negrito é
Ciências 380 420 158 85% 12 e o alinhamento é à direita.
Sociais
Aplicadas

Ciências 158 580 130 66%


3 cm 2 cm
da Saúde

Fonte: PMSC (2022).

2.2.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

São os elementos finais do trabalho acadêmico. A parte pós-textual é composta de refe-


rências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s).

Ilustração 46 - Modelo de lista de referências em ordem alfabética sistemas autor-data

3 cm

Fonte tamanho 12. REFERÊNCIAS As referências


letras maiúsculas, são apresentadas em
ARAÚJO, H. A.; MELO, M. M. As múltiplas dimensões da prática docente: representações
negrito e centralizado. ordem alfabética.
sociais entre professores. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (EDUCERE),
Um espaço de 1,5 10.; SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE REPRESENTAÇÕES SOCIAIS, SUBJETIVI-
entre título e o texto. DADE E EDUCAÇÃO (SIRSSE), 1., Curitiba. Anais [...] Curitiba: Pontifícia Universidade
Católica do Paraná, Curitiba, 2011. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/CD2011/pd-
f/6372_3947.pdf. Acesso em: 04 out. 2021.
3 cm 2 cm
BALESTRERI, R. B. Direitos humanos: coisa de polícia. Passo Fundo: CAPEC, 1998.

BASTOS JÚNIOR, E. J. de. Polícia Militar de Santa Catarina: história e histórias.


Florianópolis: Guarapuvu, 2006.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.


As referências devem Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. [Documento não paginado]. Disponível em:
ser digitadas em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 08 out. 2021.
espaço simples BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução Nº 2, de 1 de julho de 2015. Define
separadas entre si por as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de
um espaço simples, licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura)
e para a formação continuada. Brasília: CNE, 2015. Disponível em: http://portal.mec.go-
fonte tamanho 12, v.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=136731-rcp002-15-1&cate-
alinhadas à esquerda. gory_slug=dezembro-2019-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 04 out. 2021.

Fonte: PMSC (2022).

116
PMSC ME-60-001

2.2.3.2 Glossário

O glossário é o elemento que indica uma série de palavras ou expressões utilizadas no con-
texto do trabalho, com seus respectivos significados. Ver modelo na Ilustração 20, na página 74.

2.2.3.3 Apêndice(s)

O apêndice é um texto ou documento produzido pelo próprio autor do trabalho, visando


complementar e/ou ilustrar sua exposição. Ver modelo na Ilustração 24, na página 79.

2.2.3.4 Anexo(s)

O anexo não é um documento produzido pelo autor do trabalho. O intuito do anexo é de


fundamentar, esclarecer, ilustrar e confirmar ideias abordadas no contexto do trabalho. Ver mo-
delo na Ilustração 22, na página 76.

117
PMSC ME-60-001

2.3 PROJETO DE PESQUISA E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO

Um projeto de pesquisa é o tipo de tra- sa. Para mais informações, consulte a ABNT
balho acadêmico que demanda planejamen- NBR 15287.
to, ou seja, o projeto antecede a execução da A seguir, estão dispostos os elementos
pesquisa. Assim, para realizar um TCC (for- obrigatórios e opcionais que compõem a es-
mato de monografia, artigo etc.), é necessá- trutura do projeto de pesquisa da APMT.
rio desenvolver antes um projeto de pesqui-

Ilustração 47 - Descritivo dos itens do projeto de pesquisa

Índice(s)
Anexo(s)
Apêndice(s)
Glossário
Referências
Conclusão
Desenvolvimento
Folhas
contadas Introdução
COM Sumário
numeração Lista de símbolos
impressa
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de tabelas
Lista de ilustrações
Resumo em língua estrangeira
Resumo em língua vernácula
Epígrafe
Folhas Agradecimentos
contadas Dedicatória
SEM
Folha de aprovação
numeração
impressa Errata
Folha de rosto

Capa

Fonte: PMSC (2022).

A formatação do projeto de pesquisa (fonte, margem, espaço etc.) seguem as orien-


tações que já foram indicadas na seção de Formatação comum aos trabalhos acadêmicos.
Em relação ao número total de páginas do projeto de pesquisa, é indicado que te-
nha entre 10 a 15, numeradas.

118
PMSC ME-60-001

2.3.1 PARTE EXTERNA (CAPA)

A capa é um elemento obrigatório, deve ser elaborada conforme as informações contidas


na ilustração a seguir.

Ilustração 48 - Modelo de capa do projeto de pesquisa

3 cm

Marca da sua
Instituição de ensino.
Fixe a imagem no
POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA
tamanho de 2,5cm
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE
NOME DO AUTOR
de altura e largura
proporcional e
Fonte tamanho 12, em centralizado.
negrito, centralizado e 2 cm
espacejamento 1,5.

Título principal
subtítulo

3 cm

Local com fonte


tamanho 12, primeira
letra em maiúscula,
centralizado, e com
espacejamento 1,5. Cidade
Ano em números Ano
arábicos.
2 cm

Fonte: PMSC (2022).

119
PMSC ME-60-001

2.3.2 PARTE INTERNA (ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS, TEXTUAIS E PÓS-TEXTUAIS)

No projeto de pesquisa a parte interna é composta pelos elementos pré-textuais, textuais


e pós-textuais.

2.3.2.1 Elementos pré-textuais

A folha de rosto é um elemento obrigatório, deve ser elaborada conforme as informações


contidas na ilustração a seguir.

Ilustração 49 - Modelo do anverso da folha de rosto

3 cm
cm

NOME DO AUTOR Natureza do trabalho


e demais dados:
fonte tamanho 10,
alinhado do meio da
Fonte tamanho 12, em mancha para a
negrito, centralizado e direita, justificado e
espaçamento 1,5. espaçamento simples.

22 cm
cm
Título principal
subtítulo

Projeto de Pesquisa, para elaboração de


trabalho de conclusão de curso,
apresentado ao Curso de Bacharelado
em Ciências Policiais, na disciplina de
Metodologia da Pesquisa Científica I,
da Academia de Polícia Militar da
Trindade.

Orientador: Prof. Nome completo, abreviatura da titulação


33 cm
cm
Co-orientador (se houver): Prof. Nome completo, abreviatura da titulação
O nome do orientador e/ou
co-orientador são separados por
Local com fonte dois espaços simples.
tamanho 12, primeira Fonte tamanho 12, centralizado
letra em maiúscula, e espaçamento 1,5.
centralizado, e com Abreviatura para:
espaçamento 1,5. Ano Especialista - Esp.
em números arábicos. Cidade Mestre - Me.
Ano Doutor - Dr.

22 cm
cm

Fonte: PMSC (2022).

A lista de ilustrações, tabelas, abreviaturas, siglas e símbolos são opcionais. Já o


sumário é um elemento obrigatório. Esses podem ser elaborados de acordo com os exemplos
já apresentados na formatação comum aos trabalhos acadêmicos.

120
PMSC ME-60-001

2.3.2.2 Elementos textuais

1) INTRODUÇÃO - Espera-se clareza e ra- pesquisa, auxilia no desenvolvimento da


ciocínio na introdução do tema. Capaci- justificativa.
dade de situar o problema apresentado
• Classificação da metodologia: Nessa
em um contexto social mais amplo e de
seção, discorre-se sobre a classifica-
perceber o trabalho profissional da PMSC
ção da pesquisa:
com as condicionantes e limites do referi-
˚ referente aos objetivos;
do contexto.
˚ referente a abordagem;
De acordo com a ABNT, “ na intro-
˚ referente ao método;
dução [...] devem ser expostos o tema do
˚ referente aos procedimentos de
projeto, o problema a ser abordado, a(s)
coleta de dados.
hipótese(s), quando couber(em), bem
• Linha de pesquisa: Citar a linha de
como o(s) objetivo(s) a ser(em) atingido(s)
pesquisa da PMSC aderente ao seu
e a(s) justificativa(s) [...] (ABNT, 2011).
trabalho.
• Definição do problema: Apresentar a
pergunta-problema.
2) PRINCIPAIS REFERENCIAIS TEÓRI-
• Objetivos: O objetivo geral precisa COS - Discorrer sobre a temática do seu
compreender o enfoque macro que a trabalho apresentando os principais refe-
pesquisa busca alcançar, já os objeti- renciais teóricos para dar fundamentação
vos específicos compreendem passos ao assunto. Exige uma extensa busca na
para se alcançar o objetivo geral. É in- literatura de livros, revistas, documentos
dicado que tenha em média três objeti- e informações relevantes produzidas até
vos específicos. então e que relacionam-se com o proble-
• Objetivo Geral: Objetivo macro ma, para que desta forma, seja possível
conhecer as contribuições relevantes de
• Objetivos Específicos: Para alcançar pesquisas já realizadas, abrindo horizon-
o objetivo geral da pesquisa, apresen- tes para uma melhor análise. Registram-
tam-se os objetivos específicos. Suge- -se, nessa etapa, as ideias consideradas
re-se ter em média três objetivos es- relevantes com o cuidado de anotar os da-
pecíficos. dos bibliográficos completos, quando hou-
• Justificativa: Discorrer - Por que e para ver o uso de citações.
que fazer o artigo sobre o tema que você
escolheu? Qual a relevância de sua pes- 3) RESULTADOS ESPERADOS - Discorrer
quisa? A própria explanação do contex- sobre possíveis resultados, contribuição
to no qual está inserido o problema de científica e institucional.

121
PMSC ME-60-001

2.3.2.3 Elementos pós-textuais

1) REFERÊNCIAS - Elemento obrigatório. 2) GLOSSÁRIO - Elemento opcional, elabora-


Listar as referências utilizadas para fun- do conforme Ilustração 20, na página 74.
damentar o projeto, seja por meio de ci- 3) APÊNDICE - Elemento opcional, elabo-
tação direta ou indireta em ordem alfabé-
rado conforme Ilustração 61, na página
tica, alinhadas à margem esquerda com
espaçamento simples. Para elaboração 145.
das referências, consulte a seção 2.1.13 4) ANEXO - Elemento opcional, elaborado
Referências, na página 85. conforme Ilustração 22, na página 76.

Ilustração 50 - Elementos pós-textuais

Anexo(s)

Apêndice(s)

Glossário

Referências

Fonte: PMSC (2022).

O template com a formatação da mono-


grafia na APMT encontra-se disponível no drive
da Biblioteca da APMT, Capitão Osmar Romão
da Silva. Acesse clicando na imagem ao lado.

122
PMSC ME-60-001

2.4 ARTIGO CIENTÍFICO E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO

Segundo a Associação Brasileira de 1) RESUMO - Para elaboração do Resumo


Normas Técnicas (2018a, p. 2), o artigo técni- verificar a seção 2.2.1.7 Resumo, na
co e/ou científico é “parte de uma publicação, página 108.
com autoria declarada, de natureza técnica e/
ou científica.” Para mais informações consulte 2) INTRODUÇÃO DO ARTIGO - A intro-
a NBR 6022 da ABNT. dução é o primeiro elemento textual que
O artigo desenvolvido deve seguir a re- deve ser escrita de modo que o leitor te-
comendação contida na ementa da discipli- nha uma visão do tema abordado.
na ou na comunicação feita pelo professor. Deve apresentar claramente o pro-
Quando não houver disposição contrária, pósito e o alcance do trabalho, indicar as
o artigo deve conter entre 18 e 25 páginas. razões da escolha do tema, apresentar o
Quanto à sua natureza, o artigo pode ser con- problema de pesquisa, as hipóteses (se
figurado como: houver) que conduzirão a sua pesquisa,
os objetivos da pesquisa e mencionar os
procedimentos metodológicos que se em-
a) original ou divulgação: apresen- prega no estado. Importante destacar que
ta temas ou abordagens originais e dependendo do artigo desenvolvido pode
podem ser: relatos de caso, comu- ocorrer a necessidade de criar uma seção
nicação ou notas prévias. específica para trabalhar as questões de
b) revisão ou sobre o estado da metodologia, principalmente quando o ar-
arte: os artigos de revisão analisam tigo está trabalhando com coleta de dados
e discutem trabalhos já publicados, por meio de instrumentos bem delineados.
revisões bibliográficas etc. Costumeiramente esclarece-se que
a introdução é similar ao resumo, mas es-
crito de forma mais pormenorizada e sem
Estão descritos, a seguir, os elementos apresentar os resultados alcançados. Tan-
que compõem a estrutura do artigo científico to no trabalho monográfico quanto no arti-
da APMT com notas explicativas, bem como go científico, os elementos informativos da
sua apresentação gráfica, conforme a NBR introdução guardam similaridades.
6022 da ABNT.

123
PMSC ME-60-001

Desse modo, destaca-se a seguir alguns passos para a construção da Introdução:

Ilustração 51 - Passos para a construção da Introdução

7
0
Estruturação
das seções ou
capítulos:

6
suficiente para

0
explicar o que se
encontrará no
artigo.
Método:
suficiente para
explicar os
5 procedimentos
0
da pesquisa

Objetivo
específicos:
no máximo
4

quatro objetivos
?
0

específicos; cada
um com dois
parágrafos
Objetivo geral:
dois parágrafos

Ab
3
0

Pergunta de
pesquisa:
um parágrafo
2
0

Objeto/tema:
até três
parágrafos
1
0

Problemática:
três ou quatro
parágrafos

Fonte: PMSC (2022).

124
PMSC ME-60-001

3) DESENVOLVIMENTO DO ARTIGO - A de científica. Entretanto, é necessário ter


revisão de literatura, quando se fizer ne- a compreensão e descrever as bibliogra-
cessária, e o reforço dos procedimentos fias que corroboram ou não com o seu po-
metodológicos, visando não deixar a intro- sicionamento, de modo igual ou contrário
dução muito extensa, faz parte do desen- ao pensamento formalizado, que se pre-
volvimento do trabalho. Assim, apresen- tende defender no decorrer das seções.
ta-se um capítulo ou seção repassando É importante seguir o planejamento es-
o método empregado e as demais ações truturado no projeto de pesquisa, mas há
dos procedimentos metodológicos adota- sempre possibilidade de mudanças. Re-
dos. Depois se apresentam os resultados, comenda-se que estas mudanças não se-
que nada mais são do que as análises e jam muito significativas, pois podem atra-
as discussões produzidas. palhar o desenvolvimento da pesquisa.

4) METODOLOGIA DO ARTIGO - Apresen-


Um ponto importante da reda- tar as classificações da pesquisa referente
ção científica é que o texto deve ser aos objetivos, a abordagem, ao método e
escrito na terceira pessoa do sin- aos procedimentos de coleta de dados.
gular, pois o texto científico é impes-
soal. 5) ANÁLISE DOS DADOS DO ARTIGO -
Exemplos: Depois de coletar os dados conforme seu
instrumento de coleta de dados apresen-
• “Neste trabalho, discute-se o tados na seção anterior, chega-se à análi-
tema da prescrição no direito tri- se aprofundada desses dados.
butário.” Você pode recorrer a gráficos, tabelas
• “No capítulo seguinte, analisar- e outros recursos visuais que permitam uma
-se-ão [ou: serão analisadas] as visualização mais clara dos dados coleta-
implicações da análise gráfica dos. Durante esta etapa do nosso método
para o mercado acionário.” de análise de dados, a utilização de softwa-
res pode ser extremamente benéfica.
• “O presente capítulo trata dos
À medida que você for manipulando
efeitos da logística reversa na
os dados, é possível que precise revisar
moderna concepção da admi-
sua pergunta original ou coletar mais dados.
nistração empresarial.”
De qualquer forma, uma revisão inicial aju-
da você a concentrar sua análise de dados
O desenvolvimento dos capítu- para responder melhor à sua pergunta e a
los dependerá do método utilizado, quaisquer objeções que possam aparecer.
pois se o método for dedutivo o de-
senvolvimento do texto vai partir dos
elementos gerais para os específicos. Depois de analisar seus dados e
Se o método for indutivo, o desenvol- possivelmente realizar mais pesqui-
vimento do texto vai partir dos elemen- sas, finalmente é hora de interpretar
tos específicos para generalizações, seus resultados. Ao interpretar sua
como apresentado anteriormente. análise, faça perguntas como:
Respeitando o método escolhido e Os dados respondem à pergunta
as disposições elencadas no sumário ou original? Se sim, de que forma?
estruturação das seções do artigo, o tra- Os dados ajudam você a se de-
balho se desenvolve por meio da leitura fender de qualquer objeção? Se
da bibliografia e da escrita que procura ex- sim, de que forma?
por o entendimento observado Existe alguma limitação nas suas
Esta visão ajudará você a desenvol- conclusões? Se sim, quais?
ver um texto mais voltado para comunida-

125
PMSC ME-60-001

Se a sua interpretação dos dados procure alguma documentação oficial da


se sustentar sob todas essas questões e faculdade e veja qual dos termos é utili-
considerações, provavelmente você che- zado. Leia também trabalhos já entregues
gou a uma conclusão produtiva. e aprovados de outros alunos e, principal-
mente, fale com o seu professor orientador
6) CONSIDERAÇÕES FINAIS DO ARTIGO que, baseado no resultado do seu trabalho
- É a parte final do artigo, em que se apre- de conclusão, poderá te ajudar a escolher.
sentam as conclusões, devendo responder
às questões da pesquisa, correspondentes
aos objetivos e hipóteses. Além disso, de- Para saber um pouco mais
vem apresentar recomendações e suges- sobre o uso adequado de cada
tões para trabalhos futuros. um dos termos, sugerimos que
Apresenta uma síntese interpretati- assista o vídeo “Conclusão ou
va dos principais argumentos usados, que Considerações Finais?” esca-
mostrará se os objetivos foram atingidos e neando o QR Code abaixo.
se a hipótese foi confirmada ou rejeitada.
Deve constar na conclusão uma recapitu-
lação sintetizada dos capítulos ou das se-
ções e a autocrítica, para fazer um balanço
dos resultados obtidos com a pesquisa.
Com relação à escolha pelo uso dos
termos Conclusão ou Considerações fi-
nais, destaca-se:
• o termo conclusão pode dar a enten- O desenvolvimento da conclusão ou
der que a exploração daquele tema se considerações finais dá ao pesquisador
esgotou, que todas as possibilidades uma sensação de dever cumprido, mas
foram analisadas e que essa é a con- ainda não é o final da pesquisa. Existe ain-
clusão única e final; da a necessidade de apresentar o rol de
documentos pesquisados por meio da for-
• percebe-se que realmente é difícil de malização através das referências ao final
acontecer uma conclusão final para um do trabalho nos elementos pós-textuais.
dado tema, pois eles sempre podem ser É importante destacar que mesmo
explorados em outras direções, e assim as questões que não foram respondidas a
conclusões diferentes podem ser toma- partir da pesquisa, incluindo as limitações
das e por isso que algumas instituições identificadas durante o processo de pes-
preferem o termo Considerações Finais; quisa, configuram-se como dados impor-
• já o termo considerações finais, apre- tantes de ser considerados e menciona-
senta uma síntese do trabalho, uma dos nesta seção.
relação da hipótese proposta com o São considerados elementos pós-
objetivo alcançado. Podem constar -textuais: referências (item obrigatório),
também algumas sugestões e indica- glossário, apêndice, anexo e agradeci-
ções para novas pesquisas derivadas mentos (itens opcionais).
do tema em questão;
7) REFERÊNCIAS - Elemento obrigatório.
• o termo “Considerações Finais” deve
Listar as referências utilizadas para fun-
ser utilizado em pesquisas bibliográfi-
damentar o projeto, seja por meio de ci-
cas, em que outro pesquisador, ainda
tação direta ou indireta, em ordem alfabé-
que consultando as mesmas fontes,
tica, alinhadas à margem esquerda com
possa chegar a outras respostas, ou
espaçamento simples. Para elaboração
seja, a outras Considerações Finais.
das referências, consulte a seção 2.1.13
Para saber o termo mais indicado Referências, na página 85.

126
PMSC ME-60-001

8) GLOSSÁRIO - Elemento opcional, elabora- 10) ANEXO - Elemento opcional, elaborado


do conforme Ilustração 20, na página 74. conforme Ilustração 22, na página 76.
9) APÊNDICE - Elemento opcional, elaborado
conforme Ilustração 21, na página 75.

Ilustração 52 - Modelo do artigo técnico e/ou científico (elementos pré-textuais)

3 cm

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA


ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

Título: subtítulo
Título: subtítulo (inglês)

Nome completo do aluno1


Nome completo do aluno2
Nome completo do orientador3 2 cm
RESUMO

O objetivo deste template é apresentar os elementos que constituem a estrutura de um artigo


científico de acordo com a norma para a apresentação de artigo científico, a ABNT/NBR
6022:2018. A elaboração dos resumos segue as orientações da ABNT/NBR 6028:2003. O
resumo deve infirmar os objetivos do artigo, as metodologias utilizadas, s resultados e as Fonte tamanho 12.
considerações finais. O resumo é composto por frases concisas e afirmativas; Os verbos Espacejamento
utilizados devem estar no passado, na voz ativa e na terceira pessoa do singular. Em artigos
simples.
de periódicos os resumos devem conter de 100 a 250 palavras.

Palavras-chave: artigo cientifico; normalização; ABNT/NBR 6022.

ABSTRACT

3 cm The purpose of this template is to present the elements that constitute the scientific paer
structure. The guidelines presented here are based on teh brazilian standard for presenting a
scientific article, NBR 6022:2018. The abstract preparation follows NBR 6028:2003
guidelines. The abstract is composed bu conise and affirmative sentences and should infirm
the article purposes; methodology, results and final considerations. The verbs should be in
the active voice and third person singular form. For journal articles the abstract is 100 to
250 words in length.

Keywords: scientific article; standardization; NBR 6022.

1Posto/Graduação. Formação Profissional - Local de Trabalho. Tradução Acadêmica e Instituição. E-mail. Fonte tamanho 10.
2Posto/Graduação. Formação Profissional - Local de Trabalho. Tradução Acadêmica e Instituição. E-mail. Espacejamento
3Posto/Graduação. Formação Profissional - Local de Trabalho. Tradução Acadêmica e Instituição. E-mail.
de simples.

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

127
PMSC ME-60-001

Caso o autor queira inserir agradecimentos, ao final da redação do artigo, é possível, con-
forme Ilustração 533.

Ilustração 53 - Modelo do artigo técnico e/ou científico (destaque para os elementos pós-textuais)

3 cm

3 TÍTULO DA TERCEIRA SEÇÃO DO ARTIGO

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Morbi tellus mauris, Alinhamento
facilisis ac justo ut, semper feugiat sem. Sed tincidunt nunc lectus, non malesuada justo justificado, com fonte
lobortis ac. In eget vulputate mi, vitae hendrerit elit. Curabitur sapien nulla, facilisis quis tamanho 12.
pretium vel, dictum quis massa. Proin elementum gravida enim sit amet finibus. Espacejamento 1,5.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vestibulum fermentum molestie lacus, eu congue mi facilisis quis. Sed ultricies est
ullamcorper sagittis convallis. Nulla sed mauris sodales, semper nunc id, consectetur mauris. 2 cm
Maecenas pulvinar luctus eros.

REFERÊNCIA

As referências devem SANTOMÉ, J. T. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto


ser digitadas em Alegre: Artes Médicas, 1998.

espaço simples SEWALD JUNIOR, E. et al. Modelagem de sistema de conhecimento em Tribunal de


separadas entre si por Justiça Utilizando COMMONKADS. In: ROVER, A. J. (Org.). Engenharia e gestão do
judiciário brasileiro: estudos sobre E-Justiça. 11. ed. Erechim-RS: Deviant LTDA, 2016, v.
um espaço simples, , p. 265.
fonte tamanho 12,
alinhadas à esquerda. APÊNDICE A - Título
3 cm

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. In gravida pharetra odio..

ANEXO A - Título

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Maecenas sagittis.

AGRADECIMENTO
Fonte tamanho 12,
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Morbi fermentum ipsum alinhamento
nec nisi condimentum, at ultrices urna imperdiet. justificado
espacejamento 1,5.
2 cm

Fonte: PMSC (2022).

O template com a formatação de Artigo Cien-


tífico na APMT encontra-se disponível no drive da
Biblioteca da APMT, Capitão Osmar Romão da Sil-
va. Acesse clicando na imagem ao lado.

128
PMSC ME-60-001

2.5 RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO OU EVENTO DE ENSINO E SUA FORMA DE


APRESENTAÇÃO

O relatório técnico e/ou científico, con- ou técnica” (ABNT, 2015, p. 3).


forme Silva et al. (2021, p. 23), é um trabalho Na apresentação do documento, a
acadêmico elaborado para a apresentação de ABNT (2015) esclarece que, quando opor-
“resultados de investigações, relatar experiên- tuna, é opcional a sua aplicação em outros
cias ou visitas técnicas, descrever análises e tipos de relatório, como os administrativos,
métodos desenvolvidos”. Seu desenvolvimento, de atividades. Aqui incluímos também o re-
toma por base a NBR 10719:2015, a qual defi- latório de evento de ensino. No caso dessa
ne o relatório técnico e/ou científico como “um opção, os documentos devem sujeitar-se,
documento que descreve formalmente o pro- tanto quanto possível, ao disposto na refe-
gresso ou o resultado de pesquisa científica e/ rida norma.

2.5.1 FORMATAÇÃO (NUMERAÇÃO E CONTAGEM DE PÁGINAS)

Quanto à numeração das páginas, é pre no canto superior direito.


necessário considerar que: A recomendação é que a página te-
• a capa não é contada e também nha o formato A4 (21 cm x 29,7 cm), em pa-
não numerada; pel branco ou reciclado. As margens devem
• os elementos pré-textuais são con- manter o seguinte padrão:
tados, mas não numerados, ou • anverso de trabalhos impressos ou
seja, o número de cada página não todas as páginas em trabalhos em
aparece; meio digital - direita e superior de 3
• a numeração aparece a partir dos cm; direita e inferior de 2 cm;
elementos textuais, considerando, a • verso de trabalhos impressos - di-
contagem a partir da folha de rosto. reita e superior de 3 cm e esquerda
Para trabalhos impressos em frente e inferior de 2 cm.
e verso, a numeração é feita na margem ex- Textos devem estar em cor preta,
terna a 2 cm da borda. No caso de trabalhos porém, nas ilustrações, outras cores podem
em meio eletrônico, nos quais não existe o ser utilizadas. O texto deve ser digitado em
verso das páginas, a numeração será sem- espaçamento simples entre as linhas.

Quadro 15 - Síntese de formatação do relatório

Tamanho Espaçamento
Alinhamento/Parágrafo
da fonte entre linhas

10 12 Simples Justificado

Justificado
Trabalho todo x x
Parágrafo recuo 1,5 cm

Citações Justificado
x x
até 3 linhas Parágrafo recuo 1,5 cm

Citações Justificado
x x
+3 linhas Recuo 4 cm da margem esquerda

Notas de rodapé x x À esquerda

129
PMSC ME-60-001

Tamanho Espaçamento
Alinhamento/Parágrafo
da fonte entre linhas

Referências x x À esquerda

Ilustrações
x Centralizada
e tabelas

Título das
ilustrações e x x Centralizada
tabelas

Legendas e fon-
tes das ilustra- x x Centralizada
ções e tabelas

Natureza Alinhado a partir


x x
do trabalho do meio da página

Canto superior
Paginação x
esquerdo ou direito

Fonte: PMSC (2022).

130
PMSC ME-60-001

2.5.2 ESTRUTURA
A parte externa é composta por capa e lombada. A parte interna compreende os elemen-
tos pré-textuais, textuais e pós-textuais.

Ilustração 54 - Elementos de um relatório técnico-científico


11
10
9
8
7 19
6 18
5 14 17
2 4 13 16
1 3 12 15

Elementos Elementos Elementos


pré-textuais textuais pós-textuais

Parte Externa Parte Interna


Fonte: PMSC (2022).

131
PMSC ME-60-001

2.5.2.1 Parte Externa (capa e lombada)

A capa é opcional para Ilustração 55 - Lombada é um elemento opcional segue a


relatório técnico científico. norma NBR 12225
Conforme o Quadro 16, a capa
deve conter:

Quadro 16 - Elementos inte-


grantes da capa.

Relatório
Técnico-Científico
NA E
RI D
ATA NDA
a. nome e endereço da A
C
NT DA
T R I

SA
instituição responsável; DE ITA
R
AR IL
IT A M TOR
IL I U
M LÍC A
AP IA O
ÍC E PO E D
b. número do relatório; MT L
PO IA D NOM
ISSN (se houver), ela- AD
EM
AC
borado conforme a
ABNT NBR 10525;

c. título e subtítulo (se ipal


inc
houver); l o pr
tu ítulo
NOME DO AUTOR

Tí bt
su

d. classificação de segu-
rança (se houver).

Fonte: Elaborado pelos autores,


com base em ABNT (2011, 2015).

A recomendação é que
TÍTULO DO TRABALHO

o espaçamento entrelinhas
na capa seja simples. Não há
previsão na norma quanto ao
alinhamento (à esquerda, cen-
tralizado ou justificado) das in- Ci
da
de
o
formações (SENAC-RJ, 2014). A n

A lombada é opcional.
Reúne as margens internas
das folhas, sejam elas costu-
radas, grampeadas ou cola-
das. A lombada segue a nor-
ma NBR 12225. AN
O

Fonte: PMSC (2022).

132
PMSC ME-60-001

2.5.2.2 Parte Interna (elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais)

A folha de rosto é elemento obrigatório. O Quadro 17 demonstra sua constituição (na or-
dem em que os itens devem ser apresentados) da folha de rosto para o relatório técnico-científico.

Quadro 17 - Composição da folha de rosto (anverso)

a) nome do órgão ou entidade responsável que solicitou ou gerou o relatório;

b) título do projeto, programa ou plano que o relatório está relacionado;

c) título do relatório;

d) subtítulo, se houver, deve ser precedido de dois pontos, caracterizando sua subordina-
ção ao título. O relatório em vários volumes deve ter um título geral. Além deste, cada
volume pode ter um título específico;

e) número do volume, se houver mais de um, deve constar em cada folha de rosto a espe-
cificação do respectivo volume, em algarismo arábico;

f) código de identificação, se houver, recomenda-se que seja formado pela sigla da institui-
ção, indicação da categoria do relatório, data, indicação do assunto e número sequencial
do relatório na série;

g) classificação de segurança, visto que todos os órgãos, privados ou públicos, que desen-
volvam pesquisa de interesse nacional de conteúdo sigiloso, devem informar a classifi-
cação adequada, conforme a legislação em vigor;

h) nome do autor ou autor-entidade, com os respectivos título e qualificação ou a função


do autor podem ser incluídos, pois servem para indicar sua autoridade no assunto. Caso
a instituição que solicitou o relatório seja a mesma que o gerou, suprime-se o nome da
instituição no campo de autoria;

i) local (cidade) da instituição responsável e/ou solicitante (com acréscimo da sigla da uni-
dade da federação, caso haja cidades homônimas).

j) ano de publicação, de acordo com o calendário universal (gregoriano), deve ser apresen-
tado em algarismos arábicos.

Fonte: Elaboração dos autores (2022). Adaptado de ABNT (2011, 2015).

No verso da folha de rosto de relatórios A errata é opcional e nem sempre ne-


técnico e/ou científico, deve constar o nome cessária. Ela é elaborada após o trabalho ser
da equipe técnica da elaboração do relatório e impresso e deve ser inserida logo após a fo-
a catalogação na publicação, quando se apli- lha de rosto, em papel avulso ou encartada e
car. Nas publicações eletrônicas, não impres- é constituída pela referência da publicação e
sas, não há como considerar o verso da pági- pelo texto da errata. Veja exemplo de errata
na, portanto se trata de uma página adicional. na Ilustração 28, na página 102.

133
PMSC ME-60-001

A Dedicatória, o Agradecimentos e a tração 300), Agradecimentos (Ilustração


Epígrafe são elementos opcionais. Para sua 311) e Epígrafe (Ilustração 333).
formatação consulte para Dedicatória (Ilus-

2.5.2.2.1 Elementos pré-textuais

1) RESUMO - O resumo na língua vernácula própria para cada tipo de ilustração (dese-
está previsto como item obrigatório. nhos, esquemas, fluxogramas, fotografias,
gráficos, mapas, organogramas, plantas,
O resumo deve ressaltar sucintamen- quadros, retratos e outros)” (ABNT, 2011).
te o conteúdo de um texto. A ordem e Da mesma forma, devem ser elabo-
a extensão dos elementos dependem radas listas específicas de abreviaturas e
do tipo de resumo (informativo ou in-
de siglas.
dicativo) e do tratamento que cada
item recebe no documento original As listas de ilustrações e tabelas de-
(ABNT, 2021, p. 2). vem ser na ordem em que aparecem no
texto, com indicação do número de página,
Outra recomendação é que seja um como em um sumário. A lista de abreviatu-
único parágrafo, composto por frases con- ras e de siglas devem ser elaboradas em
cisas e sem numeração de tópicos. Em re- ordem alfabética, sem indicação da(s) pági-
latórios técnicos e/ou científicos, deve ter na(s) em que constam. A lista de símbolos é
de 150 a 500 palavras, sendo recomenda-
do o resumo informativo.
Logo abaixo do resumo devem cons- A norma NBR 10719, não trata
tar as palavras-chave (entre três e cinco), de um número mínimo de itens para
antecedidas da expressão “Palavra-cha- que seja elaborada uma lista, no en-
ve” e dois pontos (:). Veja o modelo de re- tanto, como se trata de elementos op-
sumo na língua vernácula na Ilustração cionais, cabe ao autor de cada traba-
34, na página 108. lho decidir se os adotará ou não.
Leia mais sobre este tópico na
seção 2.2.1.8.
Leia mais sobre este tópico no
item Resumo, Resenha e Recensão
na seção 2.6, na página 136. apresentada na ordem em que aparece no
texto, mas sem indicação de páginas.
3) SUMÁRIO - É elemento obrigatório e é o últi-
2) LISTAS DE ILUSTRAÇÕES, TABELAS, mo elemento pré-textual. Para configuração e
ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS modelo do sumário, ver a seção 2.1.6.
- São elementos opcionais. “Quando neces- Os softwares de edição de texto
sário, recomenda-se a elaboração de lista aplicações que permitem a elaboração de
sumário automático.

134
PMSC ME-60-001

2.5.2.2.2 Elementos textuais

Os elementos textuais são compos- te principal do relatório, sendo composto pela


tos por três elementos essenciais, portanto, exposição ordenada do assunto, fundamenta-
obrigatórios: introdução, desenvolvimento e ção teórica, método, resultados e discussões.
considerações finais. Por fim, a parte textual é composta pe-
las considerações finais ou conclusões. É rele-
o texto é composto de uma parte intro- vante que o autor consiga construir seu trabalho
dutória, que apresenta os objetivos do de maneira que ele tenha fluidez. É altamente
relatório e as razões de sua elabora- recomendável que o autor de um relatório te-
ção; o desenvolvimento, que detalha a
nha o domínio do uso de citações (conforme a
pesquisa ou estudo realizado e as con-
siderações finais (ABNT, 2015, p. 7). NBR 10520) e referências (NBR 6023).
Para saber como fazer citações no
O desenvolvimento constitui-se na par- seu texto, recomenda-se a leitura da seção
2.1.12.

2.5.2.2.3 Elementos pós-textuais

1) REFERÊNCIAS - A norma da ABNT que 3) APÊNDICE(S) - O apêndice é um texto


trata de referências é a NBR 6023:2018 ou documento produzido pelo próprio au-
cujo domínio é extremamente necessário tor do trabalho, visando complementar e/
para quem deseja realizar trabalhos aca- ou ilustrar sua exposição. Ver modelo na
dêmicos ou científicos. A NBR 6023 trata Ilustração 21, na página 75.
de referências dos mais diversos tipos de
suporte de informação. Para referenciar 4) ANEXO(S) - O anexo é um documento
as obras utilizadas no seu texto, recomen- não produzido pelo autor do trabalho. O
da-se a leitura da seção 2.1.13. intuito do anexo é de fundamentar, escla-
recer, ilustrar e confirmar ideias aborda-
2) GLOSSÁRIO - O glossário é o elemento das no contexto do trabalho. Ver modelo
que indica uma série de palavras ou ex- na Ilustração 22, na página 76.
pressões utilizadas no contexto do traba-
lho, com seus respectivos significados. Ver 5) ÍNDICE - É elemento opcional e deve ser
modelo na Ilustração 20, na página 74. elaborado conforme a ABNT NBR 6034.
(ABNT, 2011). Para a formatação de um
índice, ver Ilustração 23, na página 77.

135
PMSC ME-60-001

2.6 RESUMO, RESENHA, RECENSÃO E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO

Nessa seção serão abordadas as infor- modelos de apresentação gráfica utilizados


mações e modelos de resumo, resenha e re- na APMT para o resumo, resenha e recensão,
censão, conforme a ABNT NBR 6028/2021. elaborados como atividades acadêmicas.
Neste documento estão descritos os

2.6.1 RESUMO

Segundo a NBR 6028 da ABNT (2021, sumos segue as orientações da ABNT NBR
p. 2), o resumo deve ter a seguinte extensão: 6028:2021. Deve informar os objetivos do arti-
com 150 a 500 palavras nos trabalhos go, a metodologia utilizada, os resultados e as
acadêmicos e relatórios técnicos e/ou cientí- considerações finais. Quanto à sua redação, é
ficos; composto por frases concisas e afirmativas e
com 100 a 250 palavras nos artigos de os verbos utilizados devem estar na voz ativa
periódicos; e na terceira pessoa do singular.
com 50 a 100 palavras nos documentos O resumo é elemento-chave no pro-
não contemplados nas alíneas anteriores. cesso de seleção da sua pesquisa para ser
O resumo apresenta as informações im- utilizada como referencial teórico de outros
portantes de um texto de forma concisa, que pesquisadores. Segundo Silva e Menezes
pode ser indicativa ou informativa. (2001, p. 65) destacam, o resumo é a
Para trabalhos de conclusão de curso apresentação condensada dos pon-
(TCCs) sugere-se o resumo informativo, pois tos relevantes de um texto, no qual você
apresenta o percurso geral do trabalho de for- deve ressaltar de forma clara e sintética a
ma concisa, como o escopo da pesquisa, os natureza e o objetivo do trabalho, o méto-
métodos utilizados e os resultados. A partir do que foi empregado, os resultados e as
do resumo, os leitores podem escolher ler a conclusões mais importantes, seu valor e
obra inteira. Nesses casos, a indicação da re- originalidade.
ferência no próprio resumo não é necessária, As palavras-chave, no idioma do docu-
pois ele refere-se ao documento em questão. mento e em outro idioma, devem vir logo a
Porém, quando “[...] o resumo [...] não estiver seguir dos respectivos resumos. Elas são an-
contido no documento, deve ser precedido tecedidas da expressão “Palavras-chave”, ou
pela referência” (ABNT, 2021, p. 2), ou seja, similar em outro idioma, e são separadas en-
quando for feito de forma separada numa ati- tre si por ponto (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
vidade acadêmica específica, deve apresentar DE NORMAS TÉCNICAS, 2003a).
a referência de origem em seu cabeçalho, con- O resumo, além de ser um elemento obri-
forme será apresentado a seguir. gatório para determinados tipos de trabalho aca-
Os resumos devem ser elaborados em dêmico, pode ser elaborado como atividade ava-
duas versões: uma no idioma do documento liativa em disciplinas e demais fins acadêmicos.
e outra em outro idioma. A elaboração dos re-

136
PMSC ME-60-001

2.6.2 RESUMO INDICATIVO

Os resumos indicativos devem indicar as informações básicas do documento a ser resu-


mido, sem aprofundar dados qualitativos e quantitativos etc. Como atividade de disciplinas da
APMT, a apresentação gráfica do resumo indicativo será formada por: cabeçalho de identifica-
ção, referência do documento, resumo e palavras-chave.

Ilustração 56 - Modelo de resumo indicativo como atividade acadêmica

3 cm

Cabeçalho ACADEMIA DE POLICIA MILITAR DA TRINDADE


de identificação Curso:XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

do acadêmico. Disciplina : xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Espaço simples, Prof.: Nome e Sobrenome

fonte tamanho 12, Aluno: Nome e Sobrenome

alinhamento justificado. Local, dia de mês de 20XX.

SILVA, Luciana Mara. O sistemismo de Bunge como base teórico-metodológica para


pesquisa em Ciência da Informação. Em Questão, Porto Alegre, v. 22, n. 22, maio/ago., A referência deve ser
2016. p. 1-25. digitada em espaço
simples, fonte tamanho
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Phasellus egestas metus ut sapien 2 cm
12, com alinhamento à
tristique congue. Donec eget bibendum velit, ac accumsan dolor. Praesent condimentum felis esquerda.
vitae est accumsan, pharetra placerat ante aliquet. Nullam blandit arcu vel magna aliquet
auctor. Maecenas eget fringilla diam. Nulla vitae gravida nisi. Sed consequat, tellus facilisis
gravida maximus, orci nunc vestibulum odio, id ultricies felis lacus vel urna. Nullam O texto do resumo
hendrerit, magna ut tristique faucibus, tortor urna accumsan justo, et elementum justo sapien indicativo deve ser digitado
non turpis. Nunc eget purus id eros commodo tincidunt. Lorem ipsum dolor sit amet, com espacejamento 1,5,
consectetur adipiscing elit. Duis ullamcorper tempor velit, vel congue mi rhoncus at.
sem recuo de parágrafo,
Vestibulum placerat commodo tempus. Fusce ullamcorper lacus vel ex rutrum sagittis..
fonte tamanho 12, com
alinhamento justificado.
Palavras-chave: assunto; assunto; assunto.
3 cm
Palavras-chave separadas
por ponto e vírgula. Iniciais
em letras minúsculas
(exceto nomes próprios).

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

137
PMSC ME-60-001

2.6.3 RESUMO INFORMATIVO

O resumo informativo deve fornecer in- Esse é o tipo de resumo que deve constar
formações detalhadas sobre o documento nos Trabalhos de Conclusão de Curso da APMT.
que está sendo resumido, tais como: Nesse caso, o resumo deve informar os objeti-
vos do artigo, as metodologias utilizadas, os re-
[...] trabalho que informa finalidades,
sultados e as considerações finais. O resumo é
metodologia, resultados e conclusões
do documento, de tal forma que pos- composto por frases concisas e afirmativas. Os
sa, inclusive, dispensar a consulta ao verbos utilizados devem estar no passado, na
original (ABNT, 2021, p. 1). voz ativa e na terceira pessoa do singular.

Ilustração 57 - Modelo de resumo informativo no TCC

3 cm

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA


ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

Título: subtítulo
Título: subtítulo (inglês)

Nome completo do aluno1


2 cm
Nome completo do aluno2
Nome completo do orientador3

RESUMO

O objetivo deste template é apresentar os elementos que constituem a estrutura de um artigo


científico de acordo com a norma para a apresentação de artigo científico, a ABNT/NBR
6022:2018. A elaboração dos resumos segue as orientações da ABNT/NBR 6028:2003. O
Fonte tamanho 12.
resumo deve infirmar os objetivos do artigo, as metodologias utilizadas, os resultados e as
considerações finais. O resumo é composto por frases concisas e afirmativas. Os verbos Espaçamento
utilizados devem estar no passado, na voz ativa e na terceira pessoa do singular. Em artigos simples.
de periódicos os resumos devem conter de 100 a 250 palavras.

Palavras-chave: artigo cientifico; normalização; ABNT/NBR 6022.

3 cm
Fonte: PMSC (2022).

138
PMSC ME-60-001

Como atividade acadêmica, o resumo informativo será formado por: cabeçalho de identifi-
cação do acadêmico, referência do documento, resumo e palavras-chave.
Ilustração 58 - Modelo de resumo informativo como atividade acadêmica

3 cm

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA


ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

Cabeçalho Curso:XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX A referência deve ser


Disciplina : xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
de identificação Prof.: Nome e Sobrenome digitada em espaço
Aluno: Nome e Sobrenome
2 cm
do acadêmico. simples, fonte tamanho
Local, dia de mês de 20XX.
Espaço simples, 12, com alinhamento à
fonte tamanho 12, SILVA, Luciana Mara. O sistemismo de Bunge como base teórico-metodológica para esquerda.
alinhamento justificado. pesquisa em Ciência da Informação. Em Questão, Porto Alegre, v. 22, n. 22, maio/ago.,
2016. p. 1-25.

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Phasellus egestas metus ut sapien O texto do resumo
tristique congue. Donec eget bibendum velit, ac accumsan dolor. Praesent condimentum felis
vitae est accumsan, pharetra placerat ante aliquet. Nullam blandit arcu vel magna aliquet indicativo deve ser digitado
auctor. Maecenas eget fringilla diam. Nulla vitae gravida nisi. Sed consequat, tellus facilisis com espacejamento simples,
gravida maximus, orci nunc vestibulum odio, id ultricies felis lacus vel urna. Nullam
hendrerit, magna ut tristique faucibus, tortor urna accumsan justo, et elementum justo sapien sem recuo de parágrafo,
non turpis. Nunc eget purus id eros commodo tincidunt. Lorem ipsum dolor sit amet, fonte tamanho 12, com
consectetur adipiscing elit. Duis ullamcorper tempor velit, vel congue mi rhoncus at.
3 cm Vestibulum placerat commodo tempus. Fusce ullamcorper lacus vel ex rutrum sagittis.. alinhamento justificado.

Palavras-chave: assunto; assunto; assunto. Palavras-chave separadas


por ponto e vírgula. Iniciais
em letras minúsculas
(exceto nomes próprios).

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

139
PMSC ME-60-001

2.6.4 RESENHA E RECENSÃO

A resenha, de acordo com a ABNT (2021,


p. 1), é a “[...] análise do conteúdo de um docu-
mento, objeto, fato ou evento”. É caracterizada
pela transmissão da opinião de uma pessoa
sobre determinado conteúdo, que pode ser um
livro, filme ou texto. Antes de analisar os pon-
tos principais, o autor resume brevemente o
material. Já a recensão, é a “[...] análise crítica,
descritiva e/ou comparativa, geralmente ela-
borada por especialista” (ABNT, 2021, p. 1). A
recensão também é conhecida como resenha
crítica. Este resumo caracteriza-se pela análi-
se crítica a um documento.
Em ambos os casos:

Devem fornecer ao leitor uma ideia


do documento ou objeto, analisan-
do e descrevendo seus aspectos
relevantes.
Devem ser compostas por uma se-
quência de frases concisas, sem enu-
meração de tópicos.
Devem ser elaboradas por outrem
que não o autor do documento ou
objeto.
Devem ser precedidas pela referên-
cia, quando forem publicadas sepa-
radamente do documento ou objeto
(ABNT, 2021, p. 2-3).

Atenção! Resenha e recensão não es-


tão sujeitas a limite de palavras.

140
PMSC ME-60-001

Ilustração 59 - Modelo de resenha ou recensão como atividade acadêmica

3 cm

Cabeçalho ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE A referência deve ser


Curso:XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
de identificação Disciplina : xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx digitada em espaço
do acadêmico. Prof.: Nome e Sobrenome simples, fonte tamanho
Aluno: Nome e Sobrenome
Espaço simples, Local, dia de mês de 20XX. 12, com alinhamento à
fonte tamanho 12, esquerda.
alinhamento justificado.
SILVA, Luciana Mara. O sistemismo de Bunge como base teórico-metodológica para
pesquisa em Ciência da Informação. Em Questão, Porto Alegre, v. 22, n. 22, maio/ago.,
2016. p. 1-25.

Nam congue venenatis nisi nec consectetur. Integer dapibus, orci in aliquam ornare, metus O texto do resumo
erat tempus felis, eu condimentum ipsum tellus eu est. Donec hendrerit a nisl id pharetra.
Pellentesque eget finibus sapien, vitae tincidunt urna. Sed massa massa, rhoncus a lobortis a, indicativo deve ser digitado
vehicula sed orci. Fusce gravida, enim in dictum ornare, sem velit mattis eros, faucibus
tincidunt felis felis ac nibh. Duis sodales leo a tortor pellentesque pretium. Donec ligula mi,
com espacejamento simples,
faucibus nec sapien vitae, suscipit mollis risus. Quisque congue bibendum sagittis. Cras sem recuo de parágrafo,
pretium enim sed purus eleifend, eu porttitor quam elementum. Nam congue sed est eget
venenatis. Nulla faucibus sagittis lobortis. Vestibulum pulvinar, nisl eu consequat mattis, fonte tamanho 12, com
augue sem tincidunt ipsum, ac varius tellus leo vel lectus. Aliquam erat volutpat. Etiam id alinhamento justificado.
purus non lorem ultricies eleifend. In pulvinar ante id lorem pellentesque commodo.

Palavras-chave: assunto; assunto; assunto. Palavras-chave separadas


por ponto e vírgula. Iniciais
em letras minúsculas
(exceto nomes próprios).
2 cm
3 cm

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

141
PMSC ME-60-001

2.7 PÔSTER TÉCNICO E/OU CIENTÍFICO E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO

A finalidade do pôster “instrumento de comu-


nicação, exibido em diversos suportes, que sinteti-
za e divulga o conteúdo a ser apresentado” (ABNT,
2006, p. 1), é divulgar visualmente a informação,
em síntese, de um trabalho técnico e/ou científico
a ser exposto em eventos. A ABNT (2006) orien-
ta quanto aos elementos opcionais e obrigatórios
para confecção do pôster.

Quadro 18 - Elementos opcionais e obrigatórios para confecção do pôster


Obrigatório Opcional
Título Subtítulo
Autor Resumo
Conteúdo (evitar o uso de citações dire- Referências
tas e notas de rodapé)
Fonte: Elaboração dos autores (2022).

O pôster pode ser apresentado no formato


impresso ou em meio eletrônico. No caso do docu-
mento impresso, “o pôster deve ser legível a pelo
menos 1 metro de distância.” (ABNT, 2006, p. 3).
O modelo do pôster impresso apresentado
na APMT deverá ser elaborado de acordo com as
orientações a seguir:
a) largura: 60 cm até 90 cm;
b) altura: 90 cm até 1,20 m;
Observação: Para pôster apresentado em
eventos, verificar as normas ou recomendações
particulares de apresentação do pôster.

142
PMSC ME-60-001

Ilustração 60 - Modelo de pôster impresso

de 60 até 90 cm

O poster deve manter


medida na proporção
de 1Lx1,5A.
POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA
ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

O título aparece na
parte superior do

TÍTULO: SUBTÍTULO pôster, em letra


maiúscula.
Nome completo do aluno
Nome completo do orientador O pôster deve conter
também autor(es),
pessoal ou da entidade
e logo abaixo do título.
Espaço destinado ao conteúdo Podem ser
mencionados os nomes
Introdução dos orientadores, no
de 90 cm até 120 cm

caso de trabalhos
Desenvolvimento
acadêmicos.
Metodologia
Principais Resultados
Considerações Finais

REFERÊNCIAS

Referência referência referência referência referência referência referência referência referência


referência referência referência referência referência referência referência referência referência
referência referência referência referência referência referência.

Fonte: PMSC (2022).

143
PMSC ME-60-001

2.8 POSITION PAPER/SHORT PAPER E SUA FORMA DE APRESENTAÇÃO

Como o nome diz, é o posicionamento sition paper. O ponto inicial é “uma leitura
do autor diante de uma questão ou tema.
exploratória, reflexiva e interpretativa e/ou
É um artigo em que, de forma contex-
tualizada e resumida, o(s) autor(es) observar a realidade de forma interpretativa
se posiciona(m) a respeito de um
tema ou questão, ou seja, fornece(m) e crítica”. O segundo passo consiste na iden-
ideias próprias e/ou argumentos para
solucionar ou tratar um problema ou tificação de termos-chave ou indicadores que
uma questão (EMBRAPA, 2016, p. 1).
o autor pretende enfatizar. Por fim, a redação,
Segundo Jacobsen (2015, p. 1), um po-
sition paper que contenha a posição pessoal do autor em
é uma forma de texto utilizado para relação ao assunto tratado.
promover mudança ou manter a si-
tuação atual”. Conforme a autora,
Conforme o documento da Embrapa,
os positions papers são usados com
mais frequência na academia ou na
administração de negócios e auxiliam
o position paper deve ser objetivo e
na tomada de decisões importantes.
Por isso, “deve ser escrito de tal ma-
simples, porém deve conter a devida
neira que uma pessoa que não leu os
artigos que serviram para confeccio-
contextualização da questão de for-
ná-lo possa compreender a resposta
que o autor está oferecendo para a ma a ser compreendido por pessoas
questão” (JACOBSEN, 2015, p. 1).
que não sejam da área de conheci-
De acordo com a PMSC (2010, p. 19),
o position paper não deve ser confundido com mento. O PP deve ser escrito de for-
uma descrição ou resumo do tema em questão.
O autor deve apontar sua posição pessoal. ma a fornecer um panorama sobre a
Um position paper deve primar pela ob-
jetividade, e o autor deve se resguardar em resposta que o autor está oferecendo
emitir argumentos subjetivos e emocionais.
para a questão. É importante consi-
Assim, precisam apresentar alegações funda-
mentadas na lógica, em fatos e em opiniões de derar que o PP é um texto cuja abor-
especialistas. É importante também que seja
estabelecido um único foco no artigo. dagem pode ser usada para auxiliar
Os short papers, ou simplesmente pa-
pers, mantêm os mesmos princípios que os po- a tomada de decisões importantes
sitions papers. Mas diferenciam-se pelo tama-
nho e pela finalidade, pois em geral são textos sobre um determinado assunto ou
a serem apresentados no âmbito das disciplinas
questão (EMBRAPA, 2016, p. 1).
acadêmicas. Assim, podem ter sua organização
determinada pela instituição de ensino ou mes-
mo pelos professores de cada disciplina. Quanto Concisão, objetividade e simplicidade
ao tamanho, a APMT estabelece que o position
paper pode chegar a dez páginas (mínimo de devem ser a tônica de um position paper. Não
sete), o short paper pode chegar a quatro pági-
nas (mínimo de três). existe um formato único, assim o autor pode e
A PMSC (2010, p. 19) aponta três pas-
sos essenciais para a elaboração de um po- deve usar sua criatividade.
144
PMSC ME-60-001

Apesar disso, como qualquer outro texto, é recomendado que contenha:


• introdução;
• desenvolvimento;
• conclusão;
• documentação (referências ou informações que fundamentam a abordagem, con-
forme as normas adotadas pela instituição a qual o autor integra, como por exem-
plo a ABNT, e na formatação específica elaborada pela PMSC).

Ilustração 61 - Modelo de Position Paper

3 cm

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA


ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

Título: subtítulo 2 cm
Título: subtítulo (inglês)

Nome completo do aluno1

RESUMO

O objetivo deste template é apresentar os elementos que constituem a estrutura de um artigo


científico de acordo com a norma para a apresentação de artigo científico, a ABNT/NBR
6022:2018. A elaboração dos resumos segue as orientações da ABNT/NBR 6028:2003. O Fonte tamanho 12.
resumo deve infirmar os objetivos do artigo, as metodologias utilizadas, s resultados e as Espacejamento
considerações finais. O resumo é composto por frases concisas e afirmativas; Os verbos de 1,5.
utilizados devem estar no passado, na voz ativa e na terceira pessoa do singular. Em artigos
3 cm de periódicos os resumos devem conter de 100 a 250 palavras.

Palavras-chave: artigo cientifico; normalização; ABNT/NBR 6022.

ABSTRACT

The purpose of this template is to present the elements that constitute the scientific paer structure.
The guidelines presented here are based on teh brazilian standard for presenting a scientific article,
NBR 6022:2018. The abstract preparation follows NBR 6028:2003 guidelines. The abstract is
composed bu conise and affirmative sentences and should infirm the article purposes; methodolo-
gy, results and final considerations. The verbs should be in the active voice and third person
singular form. For journal articles the abstract is 100 to 250 words in length.

Keywords: scientific article; standardization; NBR 6022.

1Posto/Graduação. Formação Profissional - Local de Trabalho. Tradução Acadêmica e Instituição. E-mail. Fonte tamanho 10.
Espacejamento
2 cm
de simples.

Fonte: PMSC (2022).

145
PMSC ME-60-001

Recomenda-se que nas seções de in- o texto para apresentar e fundamentar sua
trodução, desenvolvimento e conclusão haja perspectiva. “Sobretudo, o texto deve ser bem
a contextualização e importância estratégi- articulado do ponto de vista lógico e funda-
ca do tema; contribuições do participante no mentado na literatura científica” (EMBRAPA,
tema e visão de futuro. A importância estraté- 2016, p. 1).
gica introduz o leitor no assunto, de maneira Como a ABNT não prevê formatações
que leigos possam compreendê-lo. para o position paper, pode-se adotar as mes-
Na contextualização, o autor deve apre- mas regras para artigos, com fonte Arial 12 e
sentar argumentos e ideias, organizando máximo de 25 páginas.

Com base em Jacobsen (2015), porquês) para suportar as posi-


apresentamos a seguir uma lista de as- ções do autor;
pectos que devem ser considerados na ˚ ser evitados quando são ambíguos
elaboração e na revisão final do position ou subjetivos.
paper. • Redação simples e objetiva, evitando
• Um único foco, com uma linha coeren- repetições e palavras desnecessárias.
te de raciocínio. O texto deve ser formal, sem ser pro-
• Definição clara da questão ou proble- lixo.
ma no início. • Estilo adequado para a audiência.
• Os argumentos devem: • Fluxo suave de ideias, com palavras
˚ estar devidamente organizado, com de transição apropriadas.
emprego de lógica ou cronologia; • Revisão gramatical e ortográfica.
˚ ser disponíveis e pertinentes, apre- • Boa organização e apresentação.
sentando as razões que suportam • Citações e referências (no mínimo uti-
as afirmativas e esclareça sua ex- lizar três obras) de acordo com a nor-
posição sobre a questão ou proble- ma ABNT - NBR 6023:2002.
ma; • Ao final, é imprescindível:
˚ ser reais e apoiados em dados, ˚ uma colocação do autor sobre o
estatísticas, fatos, exemplos, opi- tema e sua posição;
niões de especialistas, extraídos ˚ um sumário dos seus argumentos
em artigos, livros ou entrevistas; de suporte;
˚ estão em número suficiente (os ˚ uma afirmação final de sua posição.

146
PMSC ME-60-001

2.9 MODELO DE FICHAMENTO

Quando estamos realizando uma pes- o fichamento de leitura. Nesse tipo de ficha-
quisa, precisamos fazer um levantamento mento, sugere-se incluir as principais partes
bibliográfico para escolha das fontes que do texto que tem alinhamento com a pesqui-
serão utilizadas como embasamento teórico sa em forma de citação. Veja na Ilustração
no texto. Uma técnica simples, mas que fa- 622 o modelo de Fichamento da APMT.
cilita o pesquisador na escrita acadêmica é

Ilustração 62 - Modelo de Fichamento

3 cm

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA


ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

NOME DO CURSO (SIGLA) ANO


DISCIPLINA 2 cm
PROFESSOR:
ALUNO(A):

FICHAMENTO DE LEITURA

Referência Bibliográfica do Documento:

ARAÚHO, Carlos Alberto Avila. A ciência da informação como ciência socal. Ciência
da Informação, Brasília-DF, v. 32, n. 3, p. 21-27, 2003. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ci/v3223/19020.pdf. Acesso em: 15 mar. 2017.

3 cm Texto (citação direta) Página

A corrente “vê a sociedade como um todo formado por partes p. 23


constituintes diferenciadas e interdependentes. O estudo da sociedade
sempre deve ser realizado do ponto de vista das funções de suas
unidades”.(ARAÚJO, 2003, p. 23).

p. 00

2 cm

Fonte: PMSC (2022).

2.10 DOCUMENTOS TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS

Para os TCCs desenvolvidos na APMT, utiliza-se documentos


padronizados que são utilizados pelos alunos e professores durante
o curso, conforme orientação do coordenador da disciplina e/ou pro-
fessor. Segue os modelos:

• termo de aceite de orientação (APÊNDICE A);


• ficha de acompanhamento de orientação (APÊNDICE B);
• termo de autorização de publicação (APÊNDICE C);
• declaração de inexistência de plágio (APÊNDICE D).

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PMSC ME-60-001

148
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REFERÊNCIAS

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PMSC ME-60-001

REFERÊNCIAS

ARAGUAIA, J. Ciência. 2009. Disponível em: http://pt.shvoong.com/social-sciences/communi-


cation-media-studies/1875011-ciência/. Acesso em: 28 maio 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10520: informação e docu-
mentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14724: informação e docu-
mentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6022: informação e docu-
mentação: artigo em publicação periódica técnica e/ou científica: apresentação. Rio de Janeiro:
ABNT, 2018a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6023: informação e docu-
mentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2018b.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6024: informação e docu-
mentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito: apresentação. Rio de
Janeiro: ABNT, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6027: sumário: apresenta-
ção. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6028: informação e docu-
mentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
AZEVEDO et al. A Estratégia de Triangulação: Objetivos, Possibilidades, Limitações e Proximi-
dades com o Pragmatismo. In: ENCONTRO EM ENSINO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO
E CONTABILIDADE, 4., p. 1-16. http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EnEPQ5.pdf
BURRELL, G.; MORGAN, G. Sociological paradigms and organizational. London: Heine-
mann Educational Books, 1979.
COX, J. W.; HASSARD, E. J. Triangulation in Organizational Research: a 14 representation.
Organization, v. 12, p. 109-133, 2005.
CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto
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FERREIRA, A. B. de H. Míni Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 6. ed. Curitiba: Editora
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GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.

150
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GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record, 1999.


HOLANDA, A. Fenomenologia, psicoterapia e psicologia humanista. Estudos de Psicologia, v.
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HUGHES, J. A filosofia da pesquisa social. Rio De Janeiro: Zahar Editores, 1980.
KEMMIS, S.; MCTAGGART, R. Cómo planificar la investigación-acción. Barcelona: Laertes,
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LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo:
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SANTOMÉ, J. T. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre:
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151
PMSC ME-60-001

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blema de agência com a engenharia do conhecimento. Tese (Programa de Pós-Graduação em
Engenharia e Gestão do Conhecimento) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópo-
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SOMMERMAN, A. Inter ou transdisciplinaridade?: da fragmentação disciplinar ao novo diálo-
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UNIVERSIDADE FUMEC. Metodologia científica: a ciência e seus métodos: os diversos
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tifica_02.pdf. Acesso em: 27 jun. 2022.
VASCONCELLOS, M. J. E. de. Pensamento sistêmico: o novo paradigma da ciência. Campi-
nas, SP: Editora Papirus, 2009.

152
PMSC ME-60-001

APÊNDICES

153
PMSC ME-60-001

APÊNDICE A - Termo de aceite de orientação

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA


ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

TERMO DE ACEITE DE ORIENTAÇÃO

Eu, __(nome completo)___________________, _(Posto/Graduação)____, Mat.______-__,

aceito orientar o Grupo de Alunos abaixo identificado:

1. __________________________________________________________________

2. __________________________________________________________________

3. __________________________________________________________________

TEMA: _______________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

Afirmo que tenho ciência das atribuições de orientador e conhecimentos necessários

para auxiliar com o tema de pesquisa escolhido. Como Orientador, disponibilizo-me a realizar os

contatos e intermediar a busca de dados e informações que a equipe necessitar, junto aos órgãos

internos da PMSC ou de outras Instituições.

Comprometo-me em estar presente no dia da defesa do Artigo Científico e integrar a

BANCA de avaliação da equipe, sabendo que a participação em banca é requisito para recebimento

das horas-aula decorrentes da Orientação.

Link do Currículo Lattes: _______________________________________________

Florianópolis, ___ de _____________ de 2022.

__________________________

Assinatura
(nome Completo)
(Posto/Graduação

154
PMSC ME-60-001

APÊNDICE B - Ficha de acompanhamento de orientação

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA


ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

ATIVIDADE DE ORIENTAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC

Curso: _________________________________________________ Data: ______________________.


Acadêmicos (Posto/Graduação, Matrícula/Nome completo):
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________.

Orientador (a) (Posto/Graduação, Matrícula/Nome completo):


__________________________________________________________________________________.

Título do TCC:
___________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________.

Assinatura dos Assinatura do


Data/horário Atividades Desenvolvidas
acadêmicos orientador

155
PMSC ME-60-001

APÊNDICE C - Termo de autorização

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA


ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

TERMO DE AUTORIZAÇÃO

Eu, _________________________________________________________________________
RG nº. :_________________________________CPF nº. : _____________________________
Graduação: __________________________________________________________________
E-mail:______________________________________________________________________
Na qualidade de titular dos direitos autorais da obra já concluída e entregue e cujo título em
português é___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.

Autorizo a Academia de Polícia Militar da Trindade, através do Sistema Pergamum da Bibliote-


ca da APMT, a disponibilizar gratuitamente em seu banco de dados, o texto integral do trabalho
de minha autoria, em formato digital, para fins de leitura e/ou impressão pela internet, a partir
desta data.
A obra se encontra na seguinte nomenclatura/ formato:
 Monografia
 Artigo
 Outros (especificar):
Em conformidade com a Lei nº 13.709 – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) eu
autorizo utilizar os meus dados pessoais contidos no trabalho de conclusão de curso (TCC), para
as finalidades de maximizar a visibilidade da pesquisa.

Local/Data: ________________________________/____/____/_______
Assinatura: ___________________________________________________________

Nome do orientador____________________________________________________________
CPF Nº: _____________________________________________________________________
E-mail: _____________________________________________________________________
Ciente do orientador em: ______/________/_______.
Assinatura do orientador ___________________________________________________.

156
PMSC ME-60-001

APÊNDICE D - Declaração de inexistência de plágio

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA


ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DA TRINDADE

TERMO DE AUTORIZAÇÃO

Eu, _________________________________________________________________________
RG nº. :_________________________________CPF nº. : _____________________________
Graduação: __________________________________________________________________
E-mail:______________________________________________________________________
Na qualidade de titular dos direitos autorais da obra já concluída e entregue e cujo título em
português é___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________.

Autorizo a Academia de Polícia Militar da Trindade, através do Sistema Pergamum da Bibliote-


ca da APMT, a disponibilizar gratuitamente em seu banco de dados, o texto integral do trabalho
de minha autoria, em formato digital, para fins de leitura e/ou impressão pela internet, a partir
desta data.
A obra se encontra na seguinte nomenclatura/ formato:
 Monografia
 Artigo
 Outros (especificar):
Em conformidade com a Lei nº 13.709 – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) eu
autorizo utilizar os meus dados pessoais contidos no trabalho de conclusão de curso (TCC), para
as finalidades de maximizar a visibilidade da pesquisa.

Local/Data: ________________________________/____/____/_______
Assinatura: ___________________________________________________________

Nome do orientador____________________________________________________________
CPF Nº: _____________________________________________________________________
E-mail: _____________________________________________________________________
Ciente do orientador em: ______/________/_______.
Assinatura do orientador ___________________________________________________.

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