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A CORPOREIDADE E A CONTEMPORANEIDADE NA
GESTALT-TERAPIA
Campo Grande MS
2017
FACULDADE UNIGRAN CAPITAL
A CORPOREIDADE E A CONTEMPORANEIDADE NA
GESTALT-TERAPIA
Campo Grande MS
2017
RAPHAEL MOURA DE PAULA RIBEIRO NETO
A CORPOREIDADE E A CONTEMPORANEIDADE NA
GESTALT-TERAPIA
BANCA EXAMINADORA
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Me. Dionatans Godoy Quinhones
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Campo Grande MS
2017
AGRADECIMENTOS
Às pessoas que passaram pelo meu caminho desde a formação no âmbito escolar até o
meio acadêmico, nas suas contribuições singulares para que eu me encontrasse em processo de
conclusão do curso de psicologia.
Em especial, ao meu avô paterno Raphael Moura de Paula Ribeiro, pela confiança e
investimento na minha educação, que foi de suma importância para que esse momento fosse
possível.
À minha mãe Iraci dos Santos Ribeiro, que além de tudo, foi uma parceira para que esse
sonho se realizasse.
1 INTRODUÇÃO 7
2 GESTALT-TERAPIA E CORPOREIDADE 8
2.1 TEORIA ORGANÍSMICA 8
2.2 CORPOREIDADE NA FALA E EXPRESSÃO 9
2.3 O CORPO EM GESTALT-TERAPIA 10
2.4 GESTALT-TERAPIA, CORPO E CONTEMPORANEIDADE 13
2.5 INTENCIONALIDADE E TIPOS DE AWARENESS 14
3 METODOLOGIA 16
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 16
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 19
6 REFERÊNCIAS 21
APÊNDICE 23
A CORPOREIDADE E A CONTEMPORANEIDADE NA GESTALT-TERAPIA
Raphael Moura de Paula Ribeiro Neto1
Dionatans Godoy Quinhones2
1
Acadêmico do curso de Psicologia Unigran Capital, hefesto30@gmail.com
2
Professor Mestre do Curso de Psicologia da Unigran Capital, Rua Abrão Júlio Rahe, 325, Campo Grande – MS,
godoy.dionatans@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO
2 GESTALT-TERAPIA E CORPOREIDADE
de se regular para equilibra-se. Perls se vale dessa compreensão de Goldstein para explanar a
visão de homem global dentro da Gestalt Terapia, que teve seus princípios teóricos apoiados na
Teoria Organísmica (LIMA, 2005).
Desta forma, para Merleau-Ponty, o corpo próprio reside no mundo com as coisas
e os significados se fazem de acordo com uma situação experienciada. A partir do momento
que eu me aproprio do mundo, meu horizonte existencial se alarga. O corpo é um centro de
perspectiva que não pode possuir o mundo de forma objetiva, mas acrescenta a ele e as coisas
apenas por perfis (ALVIM,2011).
O mundo não está ao redor como “um puro objeto de pensamento sem fissura e
sem lacuna” (MERLEAU-PONTY, 1946/1990, p. 48). O que o indivíduo tem na percepção não
são verdades, mas presenças, onde através de uma síntese corporal, o futuro que se aproxima
pode ser vislumbrado, alcançável como que se pode ser feito estendendo o braço em um gesto,
mesmo sendo um dado ainda não presente.
É o corpo, tal como já propôs Husserl e retoma Merleau-Ponty, que me dá o sentido
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Pode-se perceber que há sujeitos que produzem ajustamentos funcionais diante das
condições oferecidas pela contemporaneidade, enquanto outros, de forma mais disfuncional,
acabam reagindo com depressão, fobias, transtornos dos mais variados, uso de drogas e abuso
de bebidas alcoólicas, dentre muitos outros ajustes criativos, todavia disfuncionais para si
mesmo e para o meio.
No exercício da clínica, descrito como arte do contato, toda vez que um novo
fenômeno é percebido no campo, se este provoca um aumento da awareness na fronteira de
contato, uma nova figura está disponível representando uma nova possibilidade, frente a este
novo horizonte de possibilidades que emerge. A formação de uma figura nítida caracteriza um
bom. Isto se faz implicado em uma clínica que não preconiza teorias do comportamento normal,
“a própria figura fornece um critério autônomo da profundidade e realidade da experiência”
(PHG, 1951, p. 46). De acordo com Perls, Hefferline e Goodman (1951), todo ato de awareness
exige contato, no entanto, não significa que todo contato implique em awareness. O casal
Müller-Granzotto (2007a) descreve a awareness como um processo de orientação que se renova
a cada instante. É caracterizado por formação de gestalten, que ocorre no aqui-e-agora. Só existe
awareness no contato, na percepção do campo organismo e ambiente (sempre no presente).
Dessa forma, a awareness pode ser compreendida como um contato em sua plenitude; uma
integração total do campo organismo e ambiente, havendo uma completa percepção, da parte
de quem percebe, de todos os elementos do campo organismo e ambiente (YONTEF, 1993).
Fazendo-se um apanhado da teoria dos awareness, chega-se a uma divisão didática:
Primeiro nível: Espontâneo – Intencionalidade Operativa, segundo Husserl.
Awareness sensorial: é o sentir, uma abertura para algo novo. Uma figura começa
a se formar, e assim ocorre o excitamento. O sentir mobiliza a ação, pois tem a ver com a
historicidade do fundo de vividos e se apresenta como um co-dado que estava retido no fundo.
É nesse nível que existe a conservação, algo necessário à vida, porque só o que é retido acaba
por formar fundo.
Awareness deliberada irreflexiva: constitui o excitamento, que é mobilizado pela
história do sujeito, visando através de um dado material, as possibilidades futuras que se possam
oferecer ao horizonte já retido. O sentir transforma-se em uma ação motora-verbal, colaborando
para o ajustamento criativo. É uma deliberação para se fazer algo.
Segundo nível: Objetivo – Intencionalidade de Ato de Husserl
Awareness deliberada reflexiva: através da significação objetiva da linguagem, há
reflexão em cima do que ocorreu, utilizando de reflexão para realizá-la (CIORNAI, 1995).
A awareness reflexiva tem importância marcante na detecção de que ponto do
contato há a interrupção, a fim de proporcionar awareness sensórios e motores sem retração.
De acordo ainda com Granzotto (2007), entre esses dois níveis de articulação da
awareness não há ruptura, há integração.
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3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a fenomenologia o corpo não é algo que eu tenho, mas que eu sou (Merleau-
Ponty, 1994. Dito de outra forma: numa compreensão organísmica, "do ponto de vista
psicológico o corpo se apresenta como espaço de expressão subjetiva e lugar de organização de
novos sentidos que apontam para a existência humana" (FREITAS, 2005, p. 35).
A Gestalt –terapia tem como característica trabalhar com o ‘todo’, onde o sujeito é
tido como participante do universo circundante, formando o campo em toda a sua integralidade
(MONTEIRO JR,2010), De acordo com Fadiman e Frager (2004, p. 75), “o princípio
fundamental da abordagem gestáltica é que a análise das partes nunca pode oferecer uma
compreensão do todo, pois o todo consiste das partes mais as interações e interdependências
entre elas”.
Já que corpo, fala e expressão caminham juntos em suas manifestações e que a
contemporaneidade trouxe contatos que se tornaram mais superficiais e imediatistas, percebe-
se um desajuste entre fala e expressão que provavelmente caracterizam a presença de
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sem mesmo perceberem. Há aqui uma quase desconsideração do que o consulente diz, focando-
se no nível não verbal como elemento de mais evidência de afetos. (PERLS, 1977)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS
LIMA, Patrícia Valle de Albuquerque ARTIGO Teoria organísmica Revista IGT na Rede,
V.2, Nº 03, 2005, Disponível em
https://www.igt.psc.br/revistas/seer/ojs/viewarticle.php?id=57&layout=html ISSN 1807-2526
PERLS, Frederick Salomon, 1893-1970 Gestalt-terapia explicada. São Paulo: Summus, 1977
PINHEIRO, Márcia E. Frustração. In: D´ACRI, Gladys, LIMA, Patrícia& ORGLER, Sheila.
Gestaltês: dicionário de Gestalt-terapia. São Paulo: Summus, 2007. p. 117-119.
PLATÃO. A República. Título original em grego: Politéia. Editora Martin Claret. São Paulo,
2015.
ZINKER, Joseph. Processo Criativo em Gestalt-terapia. 2.ed. São Paulo: Summus, 2007
YONTEF, G.M.1993. Processo, Diálogo e Awareness. Tradução de Eli Stern. São Paulo:
Summuns, 1998.
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à dimensão da
corporeidade.
ALVIM, M.B. (2011) Verificar relações entre o A consciência na Gestalt-
VII mundo e o corpo. terapia se manifesta de
forma corpórea e a
percepção se evidencia no
corpo.
ALVIM, M.; ARAUJO, Relacionar o corpo, a fala e a Corpo, fala e expressão
expressão e fazer as devidas
D.; BAPTISTA, C. (2012) caminham juntos em um
ligações.
VIII organismo que tem
ajustamentos funcionais,
onde a fala orna com a
corporeidade.
ULISSES, H. (2013) Estudar a influência da Na abordagem
IX fenomenologia na prática fenomenológica o
clínica da Gestalt-terapia. terapeuta não procura as
causas latentes de acordo
com as leis psíquicas que
regem a consciência.
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