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E-BOOK

Fisioterapia no Transtorno do
Espectro Autista
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O que é o autismo ou transtorno do
Espectro autista?

HISTÓRIA E LEIS DO AUTISMO

1908 - O termo autismo foi criado pelo psiquiatra


suíço Eugen Bleuler para descrever a fuga da
realidade para um mundo interior observado em
pacientes esquizofrênicos.1943

1943 - O psiquiatra Leo Kanner publica a obra


“Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo”,
descrevendo 11 casos de crianças com “um
isolamento extremo desde o início da vida e um
desejo obsessivo pela preservação da mesmices”.
Ele usa o termo “autismo infantil precoce”, pois os
sintomas já eram evidentes na primeira infância,
e observa que essas crianças apresentavam
maneirismos motores e aspectos não usuais na
comunicação, como a inversão de pronomes e a
tendência ao eco.
1944 - Hans Asperger pediatra austríaco escreve
o artigo “A psicopatia autista na infância”,
destacando a ocorrência preferencial em
meninos, que apresentam falta de empatia, baixa
capacidade de fazer amizades, conversação
unilateral, foco intenso e movimentos
descoordenados.

1950 - A Associação Americana de Psiquiatria


publica a primeira edição do Manual Diagnóstico
e Estatístico de Doenças Mentais DSM-1. Os
diversos sintomas de autismo eram classificados
como um subgrupo da esquizofrenia infantil,
não sendo entendido como uma condição
específica e separada.

Durante os anos 50, houve uma crença que dizia


sobre o autismo seria causado por pais
emocionalmente distantes (hipótese da “mãe
geladeira”, criada por Leo Kanner).
No entanto, nos anos 60, crescem as evidências
sugerindo que o autismo era um transtorno
cerebral presente desde a infância e encontrado
em todos os países e grupos socioeconômicos e
étnico-raciais.

1965 – Uma psicóloga e zootecnista americana e


autista, a Temple Grandin foi Diagnosticada com
Síndrome de Asperger na época e criou a
“Máquina do Abraço”, aparelho que simulava um
abraço e acalmava pessoas com autismo. Também
revolucionou as práticas de abate para animais.

1978 - O psiquiatra Michael Rutter classifica o


autismo como um distúrbio do desenvolvimento
cognitivo, criando um marco na compreensão do
transtorno.
Abaixo 4 critérios para se enquadrar no
diagnóstico:
atraso e desvio sociais não só como deficiência
intelectual;
problemas de comunicação não só em função de
deficiência intelectual associada;
comportamentos incomuns, tais como
movimentos estereotipados e maneirismos; e
início antes dos 30 meses de idade.
1980 – Michael Rutter foi a primeira pessoa a ser
nomeada professor de psiquiatria infantil no
Reino Unido. Ele foi descrito como o "pai da
psicologia infantil". Neste ano ouve uma
crescente nas pesquisas relacionadas ao Autismo
influenciam a elaboração do DSM-3. Nesta edição
do manual, o autismo é reconhecido pela
primeira vez como uma condição específica e
colocado em uma nova classe, a dos Transtornos
Invasivos do Desenvolvimento (TID), que seriam
dificuldades acentuadas na socialização e
comunicação, com início precoce e que
impactam várias áreas do desenvolvimento.

1981 - A psiquiatra Lorna Wing desenvolve o


conceito de autismo como um espectro e cunha
o termo Síndrome de Asperger, em referência à
Hans Asperger.
Seu trabalho revolucionou a forma como o
autismo era considerado, e sua influência foi
sentida em todo o mundo. Como pesquisadora e
clínica, bem como mãe de uma criança autista,
ela defendeu uma melhor compreensão e
serviços para indivíduos com TEA e suas
famílias.
1988 – Neste ano é lançado o Rain Man um dos
primeiros filmes comerciais a caracterizar um
personagem com autismo, para conscientizar e
sensibilizar, porém houve interpretação
incorreta sobre o autismo.

1994 – Neste ano começa a aumentar as


pesquisas e novos critérios para o autismo foram
avaliados em um estudo internacional
multicêntrico.

Os sistemas do DSM-4 e da CID-10 (Classificação


Estatística Internacional de Doenças) tornaram-se
equivalentes para evitar confusão entre
pesquisadores e clínicos.
A Síndrome de Asperger é adicionada ao DSM, que
passa a incluir casos mais leves, em que os
indivíduos tendem a ser mais funcionais.
1998 - A revista Lancet publicou um artigo do
cientista Andrew Wakefield, no qual afirmava
que algumas vacinas poderiam causar autismo.
Em maio de 2014, o cientista perdeu seu registro
médico e a revista Lancet se retratou e retirou o
estudo de seus arquivos pela falta de
comprovação dos resultados.

2007 - A ONU instituiu o dia 2 de abril como o


Dia Mundial da Conscientização do Autismo
para chamar atenção da população em geral para
importância de conhecer e tratar o transtorno.

2012 - É sancionada, no Brasil, a Lei Berenice


Piana (12.764/12), que instituiu a Política Nacional
de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista. Este foi um
marco legal relevante para garantir direitos aos
portadores de TEA. A legislação determina o
acesso a um diagnóstico precoce, tratamento,
terapias e medicamentos pelo Sistema Único de
Saúde.
2013 - O DSM-5 passa a abrigar todas as
subcategorias do autismo em um único
diagnóstico: Transtorno do Espectro Autista
(TEA). Os indivíduos são agora diagnosticados
em um único espectro com diferentes níveis de
gravidade. A Síndrome de Asperger não é mais
considerada uma condição separada e o
diagnóstico para autismo passa a ser definido
por dois critérios: as deficiências sociais e de
comunicação e a presença de comportamentos
repetitivos e estereotipados.

2014 – Foi realizado um estudo grande sobre as


causas do autismo revelou que os fatores
ambientais são tão importantes quanto a
genética para o desenvolvimento do transtorno.
Isto contrariou.
2015 - A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (13.145/15) cria o Estatuto da Pessoa
com Deficiência, que aumenta a proteção aos
portadores de TEA ao definir a pessoa com
deficiência como “aquela que tem impedimento
de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial”.

2020 - Entra em vigor a Lei 13.977, conhecida


como Lei Romeo Mion. O texto cria a Carteira de
Identificação da Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista (Ciptea), emitida de forma
gratuita, sob responsabilidade de estados e
municípios. O documento é um substituto para o
atestado médico e tem o papel de facilitar o
acesso a direitos previstos na Lei Berenice Piana.

2022 - A nova versão da Classificação Estatística


Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde, a CID 11, segue o que foi
proposto no DSM-V, e passa a adotar a
nomenclatura Transtorno do Espectro do
Autismo para englobar todos os diagnósticos
anteriormente classificados como Transtorno
Global do Desenvolvimento.
Atualmente...

DECRETO Nº 67.634, DE 6 DE ABRIL DE 2023 –


Institui o Plano Estadual Integrado para Pessoas
com Transtorno do Espectro do Autismo – PEIPTEA
e dá providências correlatas.
Artigo 1º – Fica instituído, nos termos deste decreto,
o Plano Estadual Integrado para Pessoas com
Transtorno do Espectro do Autismo – PEIPTEA,
desenvolvido com base na cultura inclusiva, na
participação e na convivência entre todas as pessoas,
e com o objetivo de articular e ampliar os serviços de
atendimento à pessoa com Transtorno do Espectro
do Autismo – TEA no âmbito do Estado de São
Paulo. Parágrafo único – Observadas as normas
legais e regulamentares aplicáveis, a implementação
do PEIPTEA dar-se-á por meio da conjugação de
ações da sociedade civil organizada, de órgãos e
entidades da Administração Pública do Estado e dos
Municípios que dele decidirem participar, com a
atuação coordenada das seguintes Secretarias:
1. Secretaria da Saúde;
2. Secretaria da Educação;
3. Secretaria de Desenvolvimento Social;
4. Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência,
a quem cabe a coordenação da implementação do
PEIPTEA.

Fisiopatologia do Transtorno do
espectro autista

Definição
O autismo é um transtorno do
neurodesenvolvimento caracterizado pelo
comprometimento da interação social e
comunicação, associado a interesses restritos e
comportamentos estereotipados, bases
neurobiológicas e alta herdabilidade.

Sua etiologia é heterogênea, inúmeras bases


genéticas, fatores ambientais e mecanismos
epigenéticos têm sido reconhecidos
Características

As características diagnosticadas do autismo são


prejuízos na comunicação social e presença de
comportamento restrito e repetitivo (associação
americana psiquiatria OMS 2015)

A comunicação social inclui indicações sociais, o


entender, expressar um comportamento, podendo
ser não verbal e se comunicar com gestos.

Comportamento restritivo e repetitivo: inclui


comportamento ou fala estereotipia, interesse em
assuntos específicos

Diferenças
DSM IV - tríade : interação social + comunicação +
comportamento

DSM V - Duo : Comportamento + comunicação


social e interação
Entra como Grau leve, moderado e severo ( ainda
é CID 10)
Epidemiologia
Hoje se sabe que uma das causas podem ser
genéticas

Os avanços tecnológicos foram importantíssimos


para a evolução do conhecimento e a identificação
de genes relacionados à etiologia do TEA.

De acordo com informações obtidas em agosto de


2019, no site da Simons Foundation (SFARI genes),
1.089 genes relacionados com o autismo. Mas sabe
que cada indivíduo é único e não tem apresentado
a mesma alteração.

Temos que ter em mente que o TEA é uma


condução multigênica e multifatorial com
combinação de variantes genéticas raras e
comuns que podem ou não ser herdadas. O exame
genético permite o conhecimento acerca das
comorbidades associadas bem como outras
condições de saúde.
Causas
Alterações genéticas ( em vários cromossomos,
não é um só)
Perfil enzimático
Nutrientes não digeridos – neurotoxina
Alterações na permeabilidade intestinal
Absorção errática de proteínas semi digeridas
(gluten e leite)
Idade gestacional mulher mais que 40 anos e
homens mais que 45 anos

Infecções graves durante a gestação


Gestação múltipla
Exposição materna a medicação (ácido valpróico e
altas doses de ácido fólico)
Depressão materna (medicações que a mãe faz
uso)
Sofrimento fetal – Nascimento prematuro, baixo
peso ao nascer
Fatores ambientais
O modelo do copo

O modelo genético que explica o TEA foi chamado de


“modelo de copo” e é um modelo de herança e limiar
multifatorial que apresenta os impactos das variantes
genéticas e ambientais com maior ou menor risco
associado ao TEA, representados por círculos de
tamanhos diferentes.

No “modelo de copo”, os indivíduos do sexo


masculino são representados por copos de tamanho
menor, em relação ao sexo feminino, demonstrando
uma diferença para atingir o limiar de diagnóstico
(Figura 2). Estudos científicos mostraram que
mulheres com TEA tem um número muito maior de
variantes genéticas associadas ao transtorno se
comparadas a homens com TEA, sugerindo que
indivíduos do sexo feminino são mais resistentes a
tais mutações
Poda neural

A criança possui vários neurônios que ainda estão


se formando e começando a se comunicar e eles vão
sendo cada vez mais utilizados no desenvolvimento
infantil.

Os estímulos de aprendizagem e desenvolvimento o


organismo filtra e avalia o que você mais utiliza e
mais tem participado do seu desenvolvimento e
mantém. Os estímulos que não são utilizados com
tanta frequência sofrem a poda.

A poda neural acontece em três etapas/ idades aos


3, 5 e 7 anos.

A neuroplasticidade são transformações recorrentes


da poda neural e o organismo vai se desenvolvendo e
tendo mais habilidades.
“Os neurônios que disparam juntos permanecem
juntos”

Apesar da morte dos neurônios ser um processo


irreversível, não significa que seja um quadro
imutável. Isso porque devido a neuroplasticidade
cerebral nós conseguimos fazer intervenções que são
eficazes para o desenvolvimento das habilidades
perdidas e também de novas habilidades.

Bases neurológicas

Vários estudos mostram prejuízos em regiões


cerebrais, como a amígdala, o cerebelo, o
hipocampo, o corpo caloso, os gânglios da base,
bem como aumento dos ventrículos cerebrais.

Na região temporal, existem alterações no


sulco temporal superior, importante região
para a percepção dos estímulos sociais. Assim,
no TEA, há uma hipoativação na percepção de
faces e cognição social.
O cerebelo é visto como uma das principais
estruturas comprometidas no autismo, em que
há uma redução das células de Purkinje e das
células glandulares na estrutura cerebelar; as
células de Purkinje são relevantes, pois recebem o
maior número de sinapses do sistema nervoso
central (SNC).

O comprometimento da amígdala e do tálamo


aparece também nas bases neurológicas do TEA. A
amígdala está ligada diretamente às emoções e à
sociabilidade;

O tálamo funciona como um mediador,


retransmitindo aferências ao SNC ao recebê-las

Outros aspectos das alterações neuronais do TEA


estão comprometidos na fisiologia e morfologia
cerebral – aumento do volume total do cérebro,
modificação das conexões neurais em
decorrência de alterações, tanto na eliminação
(poda sináptica ineficiente) quanto na formação
das sinapses e na migração dos neurônios.
Comorbidades é a ocorrência de duas
ou mais doenças relacionadas no
mesmo paciente e ao mesmo tempo.
Epilepsia

Crise epiléptica é definida como a ocorrência


transitória de sinais e/ou sintomas devido a uma
atividade neuronal síncrona ou excessiva no
cérebro. Esses sinais ou sintomas incluem
fenômenos anormais súbitos e transitórios tais
como alterações da consciência, ou eventos motores,
sensitivos/sensoriais, autonômicos ou psíquicos
involuntários percebidos pelo paciente ou por um
observador.

Distúrbio gastrointestinal

Sabe-se que os distúrbios gastrointestinais podem


ser constipações (prisões de ventre), diarreias e
refluxos gastrointestinais.
Não possui causa clara para isso, mas as crianças
com autismo tendem a ter mais do que as crianças
com desenvolvimento típico. O que se sabe
também é que quem tem TEA possui um
desequilíbrio nas bactérias do intestino. Alguns
estudos mostram que a microbiota intestinal de
um autista é diferente, há uma alteração do
equilíbrio da microbiota caracterizada pela perda
de massa bacteriana benéfica.

Distúrbio do sono
As principais dificuldades de sono dessa população são:

Recusar ir para a cama


Protelar ou precisar da presença de um dos pais
ou cuidadores até adormecer
Dificuldade em adormecer e de permanecer
dormindo
Dormir por curtos períodos ou não dormir o
suficiente todas as noites
Problemas de comportamento diurno associados
a sono insuficiente à noite
Problemas de sono podem tornar ainda mais graves
os desafios comportamentais em crianças e
adolescentes. Além do sono de boa qualidade
contribuir para o estado geral de saúde, é consenso
em todo o mundo que ele é fundamental para o
descanso restaurador, para a capacidade de aprender
e memorizar informações, para o metabolismo e para
a saúde emocional.

TDHA – Transtorno do déficit de


atenção com hiperatividade

O Transtorno de Déficit de Atenção e


Hiperatividade (TDAH) afeta crianças e adultos.
Os principais sintomas são: desatenção
(dificuldade de manter o foco), hiperatividade
(movimentação excessiva inadequada ao
ambiente) e impulsividade (atos precipitados e
impulsivos).
Muitos sintomas de TDAH, como hiperatividade,
dificuldade em permanecer parado por muito tempo
e falta de atenção, são comuns nas crianças pequenas.
A diferença é que no TDAH, a hiperatividade e a
desatenção são maiores que o esperado para a idade e
causam sofrimento e / ou dificuldades em casa, na
escola ou com amigos.

Existem três tipos de TDAH:

tipo desatento (TDA)


tipo hiperativo / impulsivo
tipo combinado

Deficiência intelectual
A deficiência intelectual é caracterizada pelo
funcionamento cognitivo que não corresponde à
média esperada, ou seja, que esteja abaixo do que
é considerado normal.
Há que se lembrar que o transtorno tem como
ponto de partida o fato de caracterizar uma
alteração no desenvolvimento do cérebro do
paciente. As causas podem ser originadas, então,
por fatores genéticos, problemas ocorridos
durante o parto ou na gestação.

Há sinais que podem indicar que algo não está dentro


da normalidade.

Falta de interesse pelas atividades dadas em sala de


aula;

Pouca interação com os colegas e com a professora;

Dificuldade em coordenação motora (grossa e fina);

Dificuldade para identificar letras, desenvolver a


fala de maneira satisfatória (a comunicação é uma
das faculdades afetadas);

Dificuldade em se adaptar aos mais variados


ambientes;
Quando a criança perde ou esquece o que já
havia aprendido (e demonstrado habilidade);

Déficits motores
O desenvolvimento motor é caracterizado por
mudanças em diferentes áreas de desempenho.

O ser humano inicia o seu desenvolvimento desde


a formação intra útero e vai evoluindo em várias
fases da sua vida.

O da motricidade é importante para distinguir


duas classes de habilidades motoras as especificas (
ddesenvolvimentoesenvolvimento é do
aprendizado da criança) e das habilidades motoras
filogenéticas (são habilidades que dependem da
maturação da criança, sendo mudanças
espontâneas do desenvolvimento.
Déficit motor global
Déficit no equilíbrio estático e dinâmico
Déficit na propriocepção
Fraqueza muscular
Hipotonia
Pé equino
Coordenação motora grossa
Coordenação motora fina
Organização temporal
Organização espacial
Esquema corporal
Rigidez articular

Os déficits no desenvolvimento das habilidades


motoras podem estar relacionados a danos
neurológicos e anormalidades estruturais e
funcionais na rede cerebral, especificamente em
áreas de controle motor subjacente e
aprendizagem, e podem estar associados
diretamente com o nível intelectual abaixo da
normalidade.
Estudos como os de Jarczok et al. (2016); Kirkovski
et al. (2016) e Floris et al. (2016) utilizaram
avaliações de neuroimagem, eletroencefalograma
(EEG), ressonância magnética e estimulação
magnética transcraniana (TMS) e forneceram
resultados indicando anormalidades nas redes
neurais que, em consequência, levam à deficiência
motora em indivíduos com TEA.

Avaliação
Estratégias

Comunicação entre terapeuta e família

Observar se o paciente possui padrão restrito ou


repetitivo de comportamento

Observar comunicação

Receber a queixa da família e do paciente

ANAMNESE – com família


(responsáveis), escola.
Dados da criança (nome, data de nascimento, idade)
Dados dos pais ou responsáveis (nome, data de
nascimento, idade)
De onde veio o encaminhamento ( médico,
espontânea, escola, algum outro serviço)
Histórico familiar
Doenças pré-existentes dos pais
HMP/HMA: concepção, gravidez planejada, de
forma natural ou inseminação, histórico de abortos,
pré-natal, uso de medicação, alguma doença ou
exame na gravidez
Trabalho de parto: expectativa e como foi, qual
tipo de parto, tempo de duração, teve alguma
intercorrência. Nasceu de quantas semanas, cm,
kilos, apgar, hospital ou em casa, teve algum
desconforto, chorou ao nascer.
Teve internações? Qual motivo
Doenças infantis?
Medicações
Exames: pezinho, olhinho, ouvido, precisou
realizar algum outro.
Faz algum acompanhamento com terapeuta ou
médico.

ALIMENTAÇÃO: come via oral? come sozinho,


sonda, dieta, alguma restrição alimentar

SONO: sozinho, na cama com os pais, no quarto


com os pais

COMPORTAMENTO: faz birra, é nervoso, chora,


agressivo

COMUNICAÇÃO: se é verbal, se comunica com


Pac’s,
Exame Físico e Observação

AVALIAÇÃO DA MARCHA - Avaliação funcional da


marcha (fase de balanço para observar pé caído)

Levar em consideração órteses, andadores, muletas

Teste de caminhada de 6 e 10 metros


Teste de caminhada de 6 minutos
Timed up and go

EXAMES DE IMAGEM: quadril, tornozelo, coluna,


escanometria.

Escalas de Rastreio
M-CHAT - A M-CHAT é uma escala de
rastreamento que pode ser utilizada em todas as
crianças durante visitas pediátricas com objetivo
de identificar traços de autismo em crianças de
idade precoce. Cadastre-se e tenha acesso a esse
e outros e-books gratuitos.
CARS - A escala CARS (CHILDHOOD AUTISM
RATING SCALE, em português ESCALA DE
PONTUAÇÃO PARA AUTISMO NA INFÂNCIA) é um
questionário frequentemente utilizado por
profissionais da área da saúde para averiguar a
possibilidade da presença de autismo em crianças.
Costuma ser aplicada a crianças a partir dos 2 anos
de idade e é considerada uma ferramenta pré-
diagnóstica bastante confiável. Dentre todas as
escalas de avaliação do autismo, a CARS é a de
maior validação e preferência.

Escalas de Avaliação

MABC – 2 - é um teste composto por oito tarefas


que envolvem habilidades de destreza manual,
habilidades relacionadas ao equilíbrio estático e
dinâmico. O tempo é cronometrado e registrado
em segundos, bem como o número de acertos e
erros que vai identificar o grau de dificuldade
motora.
Os escores variam de 1 a 19. Quando o resultado
mostra desempenho abaixo do quinto percentil
supõe dificuldades no movimento; entre o sexto e
decimo quinto percentil indica risco e quando o
percentil se enquadra ao décimo sexto a criança
não possui dificuldade motora.

Ramalho et al. (2013), traduziu, adaptou e verificou


a validade.

TGMD – 3 – É o test of gross motor development,


avalia o desenvolvimento motor de crianças de 3 anos
completos a 10 anos e 11 meses. É composto por treze
habilidades motoras fundamentais, subdivididos em
dois sub- testes. Sendo seis habilidades de locomoção e
sete de habilidades motoras de controle de objetos.

Os resultados são pontuados por 0 para não


realizado e 1 para realizado.

Essa escala é validada.


Tratamentos

Dentro da fisioterapia existe uma gama de técnicas que


podemos utilizar no tratamento da criança do espectro
autista.

Tratamentos
Criança ser o foco central do tratamento
Bem estar geral (emocional, físico)
Poder de escolha da criança e da família para
participar ativamente
Parcerias
Intervenção precoce
Prática baseada em evidência
Ambiente
Tempo
Rotina
Exploração
Intervenção

Dentre elas estão:

Pediasuit
Bobath
Equoterapia
Cinesioterapia
Pilates
Hidroterapia
Psicomotricidade

Cinesioterapia
Alongamentos – Ativo ou passivo?

Fortalecimento muscular – Qual grupo muscular é


mais importante para eu fortalecer?
Descarga de peso

Utilizar quais recursos terapêuticos?

Pilates

É um conjunto de exercícios que são realizados


no solo ou em equipamentos exclusivos,
podendo ser realizados pelas crianças de forma
adaptada quando necessário.

Tem como objetivo promover o aumento da


qualidade de vida, força muscular, qualidade de
vida e mobilidade.

Bobath
O Conceito Bobath está definido como uma
abordagem de resolução de problemas para
avaliar e tratar indivíduos com distúrbio da
função, movimento e controle postural, devido a
uma lesão do sistema nervoso central,
independente do grau de incapacidade.
E seu objetivo é que a criança alcance essa função
com a máxima e qualidade possível, considerando
os limites do indivíduo e do ambiente,
otimizando desta forma sua Atividade e
Participação, e subsequente qualidade de vida.
Sendo desta forma congruente com a CIF
(Classificação Internacional de Funcionalidade).

Pediasuit
É uma terapia intensiva onde a criança fica com o
fisioterapeuta 80 horas mensais divididas em 20
horas semanais (4 horas diárias).

Possuem três princípios: macacão terapêutico


ortopédico; terapia intensiva quatro horas por
dia 5 vezes na semana por 4 semanas – podendo
ser repetida de acordo com a necessidade da
criança; participação motora do paciente.

Este protocolo consiste fases: aquecimento,


colocação do pediasuit, exercícios de solo, spider
cage (gaiola), treino de marcha, monkey cage
(fortalecimento através de roldanas), atividades
de motricidade fina.
Hidroterapia
A Hidroterapia, também conhecida como
Fisioterapia Aquática, é realizada dentro de uma
piscina aquecida (entre 32º à 34º), com o objetivo
de auxiliar no tratamento de algumas condições
físicas e lesões.

Dentro da piscina é utilizado técnicas para que


melhore força muscular, coordenação e parte
respiratória da criança.

Psicomotricidade
É uma ciência que estuda o corpo humano, a
integração das funções motoras e psíquicas em
consequinecia da maturação neurológica e da
compreensão do funcionamento do cérebro..
Comprovada por lei n° 13794 (03 de janeiro de
2019).

Que possui um tripé: afeto, cognitivo, motor.

Está associada ao movimento, a cognição e a


emoção. Tem relação com o meio.
Equoterapia

Equoterapia é um método terapêutico, que utiliza


o cavalo dentro de uma abordagem
interdisciplinar, nas áreas de saúde e equitação,
buscando o desenvolvimento biopsicossocial de
pessoas portadoras com ou sem deficiência.

Tem por objetivo acalmar, melhorar força


muscular, coordenação motora, postura, sentidos.

Brincar
O brincar estimula imaginação, imitação,
repertório motor, planejamento motor entre
outros objetivos.

É através do brincar que eu consigo me


conectar com a criança e estabelecer vínculo e
respeito.
Terapia Combinada

Terapeuta ocupacional
Fonoaudiólogo
Psicólogo
Acompanhante terapêutico
Educador físico
Musicoterapeuta
ESCALA CARS
Relações pessoais:
1 Nenhuma evidência de dificuldade ou
anormalidade nas relações pessoais: O
comportamento da criança é adequado à sua idade.
Alguma timidez, nervosismo ou aborrecimento
podem ser observados quando é dito à criança o que
fazer, mas não em grau atípico;
2 Relações levemente anormais: A criança pode
evitar olhar o adulto nos olhos, evitar o adulto ou ter
uma reação exagerada se a interação é forçada, ser
excessivamente tímida, não responder ao adulto
como esperado ou agarrar-se ao pais um pouco mais
que a maioria das crianças da mesma idade;
3 Relações moderadamente anormais: Às vezes, a
criança demonstra indiferença (parece ignorar o
adulto). Outras vezes, tentativas persistentes e
vigorosas são necessárias para se conseguir a atenção
da criança. O contato iniciado pela criança é mínimo;
4 Relações gravemente anormais: A criança está
constantemente indiferente ou inconsciente ao que o
adulto está fazendo. Ela quase nunca responde ou
inicia contato com o adulto. Somente a tentativa
mais persistente para atrair a atenção tem algum
efeito.
II. Imitação:

1 Imitação adequada: A criança pode imitar sons,


palavras e movimentos, os quais são adequados
para o seu nível de habilidade;

2 Imitação levemente anormal: Na maior parte do


tempo, a criança imita comportamentos simples
como bater palmas ou sons verbais isolados;
ocasionalmente imita somente após estimulação ou
com atraso;

3 Imitação moderadamente anormal: A criança


imita apenas parte do tempo e requer uma grande
dose de persistência ou ajuda do adulto;
freqüentemente imita apenas após um tempo (com
atraso);

4 Imitação gravemente anormal: A criança


raramente ou nunca imita sons, palavras ou
movimentos mesmo com estímulo e assistência.
III. Resposta emocional:

1 Resposta emocional adequada à situação e à idade: A


criança demonstra tipo e grau adequados de resposta
emocional, indicada por uma mudança na expressão
facial, postura e conduta;

2 Resposta emocional levemente anormal: A criança


ocasionalmente apresenta um tipo ou grau
inadequados de resposta emocional. Às vezes, suas
reações não estão relacionadas a objetos ou a eventos
ao seu redor;

3 Resposta emocional moderadamente anormal: A


criança demonstra sinais claros de resposta
emocional inadequada (tipo ou grau). As reações
podem ser bastante inibidas ou excessivas e sem
relação com a situação; pode fazer caretas, rir ou
tornar-se rígida até mesmo quando não estejam
presentes objetos ou eventos produtores de emoção;
4.Resposta emocional gravemente anormal: As
respostas são raramente adequadas à situação. Uma
vez que a criança atinja um determinado humor, é
muito difícil alterálo.Por outro lado, a criança pode
demonstrar emoções diferentes quando nada mudo

ESCALA CARS

IV. Uso corporal:

1 Uso corporal adequado à idade: A criança move-se


com a mesma facilidade, agilidade e coordenação de
uma criança normal da mesma idade;

2 Uso corporal levemente anormal: Algumas


peculiaridades podem estar presentes, tais como
falta de jeito, movimentos repetitivos, pouca
coordenação ou a presença rara de movimentos
incomuns;
3 Uso corporal moderadamente
anormal:Comportamentos que são claramente
estranhos ou incomuns para uma criança desta
idade podem incluir movimentos estranhos com os
dedos, postura peculiar dos dedos ou corpo, olhar
fixo, beliscar o corpo, auto-agressão, balanceio, girar
ou caminhar nas pontas dos pés;

4 Uso corporal gravemente anormal: Movimentos


intensos ou freqüentes do tipo listado acima são
sinais de uso corporal gravemente anormal. Estes
comportamentos podem persistir apesar das
tentativas de desencorajar as crianças a fazê-los ou
de envolver a criança em outras atividades.
V. Uso de objetos:

1 Uso e interesse adequados por brinquedos e outros


objetos: A criança demonstra interesse normal por
brinquedos e outros objetos adequados para o seu
nível de habilidade e os utiliza de maneira
adequada;

2 Uso e interesse levemente inadequados por


brinquedos e outros objetos: A criança pode
demonstrar um interesse atípico por um brinquedo
ou brincar com ele de forma inadequada, de um
modo pueril (exemplo: batendo ou sugando o
brinquedo);

3 Uso e interesse moderadamente inadequados por


brinquedos e outros objetos: A criança pode
demonstrar pouco interesse por brinquedos ou
outros objetos, ou pode estar preocupada em usá-
los de maneira estranha. Ela pode concentrar-se em
alguma parte insignificante do brinquedo, tornar-se
fascinada com a luz que reflete do mesmo,
repetitivamente mover alguma parte do objeto ou
exclusivamente brincar com ele;
4 Uso e interesse gravemente inadequados por brinquedos e
outros objetos: A criança pode engajar-se nos mesmos
comportamentos citados acima, porém com maior freqüência
e intensidade. É difícil distrair a criança quando ela está
engajada nestas atividades inadequadas.
VI. Resposta a mudanças:

1 Respostas à mudança adequadas à idade: Embora a criança


possa perceber ou comentar as mudanças na rotina, ela é
capaz de aceitar estas mudanças sem angústia excessiva;

2 Respostas à mudança adequadas à idade levemente anormal:


Quando um adulto tenta mudar tarefas, a criança pode
continuar na mesma atividade ou usar os mesmos materiais;

3 Respostas à mudança adequadas à idade moderadamente


anormal: A criança resiste ativamente a mudanças na rotina,
tenta continuar sua antiga atividade é difícil de distraíla. Ela
pode tornar-se infeliz e zangada quando uma rotina
estabelecida é alterada;

4 Respostas à mudança adequadas à idade gravemente


anormal: A criança demonstra reações graves às mudanças. Se
uma mudança é forçada, ela pode tornar-se extremamente
zangada ou não disposta a ajudar e responder com acessos de
raiva
ESCALA CARS

VII. Resposta visual:

1 Resposta visual adequada: O comportamento visual da criança


é normal e adequado para sua idade. A visão é utilizada em
conjunto com outros sentidos como forma de explorar um
objeto novo;

2 Resposta visual levemente anormal: A criança precisa,


ocasionalmente, ser lembrada de olhar para os objetos. A
criança pode estar mais interessada em olhar espelhos ou luzes
do que o fazem seus pares, pode ocasionalmente olhar
fixamente para o espaço, ou pode evitar olhar as pessoas nos
olhos;

3 Resposta visual moderadamente anormal: A criança deve ser


lembrada freqüentemente de olhar para o que está fazendo, ela
pode olhar fixamente para o espaço, evitar olhar as pessoas nos
olhos, olhar objetos de um ângulo incomum ou segurar os
objetos muito próximos aos olhos;
4 Resposta visual gravemente anormal: A criança evita
constantemente olhar para as pessoas ou para certos objetos e
pode demonstrar formas extremas de outras peculiaridades
visuais descritas acima.
VIII. Resposta auditiva:

1 Respostas auditivas adequadas para a idade: O


comportamento auditivo da criança é
normal e adequado para idade. A audição é utilizada junto
com outros sentidos;

2 Respostas auditivas levemente anormais: Pode haver


ausência de resposta ou uma
resposta levemente exagerada a certos sons. Respostas a
sons podem ser atrasadas e os sons podem necessitar de
repetição para prender a atenção da criança. A criança
pode ser distraída por sons externos;

3 Respostas auditivas moderadamente anormais: As


respostas da criança aos sons variam. Freqüentemente
ignora o som nas primeiras vezes em que é feito. Pode
assustar-se ou cobrir as orelhas ao ouvir alguns sons do
cotidiano;

4 Respostas auditivas gravemente anormais: A criança


reage exageradamente e/ou
despreza sons num grau extremamente significativo,
independente do tipo de som
IX. Resposta e uso do paladar, olfato e tato:

1 Uso e resposta normais do paladar, olfato e tato: A criança


explora novos objetos de um modo adequado a sua idade,
geralmente sentindo ou olhando. Paladar ou olfato podem ser
usados quando adequados. Ao reagir a pequenas dores do dia a
dia, a criança expressa desconforto, mas não reage
exageradamente;

2 Uso e resposta levemente anormais do paladar, olfato e tato:


A criança pode persistir em colocar objetos na boca; pode
cheirar ou provar/experimentar objetos não comestíveis. Pode
ignorar ou ter reação levemente exagerada à uma dor mínima,
para a qual uma criança normal expressaria somente
desconforto;

3 Uso e resposta moderadamente anormais do paladar, olfato e


tato: A criança pode estar moderadamente preocupada em
tocar, cheirar ou provar objetos ou pessoas. A criança pode
reagir demais ou muito pouco;
4 Uso e resposta gravemente anormais do paladar, olfato e tato:
A criança está preocupada em cheirar, provar e sentir objetos,
mais pela sensação do que pela exploração ou uso normal dos
objetos. A criança pode ignorar completamente a dor ou reagir
muito fortemente a desconfortos leves.
ESCALA CARS
X. Medo ou nervosismo:

1 Medo ou nervosismo normais: O comportamento da


criança é adequado tanto à situação quanto à idade;

2 Medo ou nervosismo levemente anormais: A criança


ocasionalmente demonstra muito ou pouco medo ou
nervosismo quando comparada às reações de uma
criança normal da mesma idade e em situação
semelhante;

3 Medo ou nervosismo moderadamente anormais: A


criança demonstra bastante mais ou bastante menos
medo do que seria típico para uma criança mais nova ou
mais velha em uma situação similar;

4 Medo ou nervosismo gravemente anormais: Medos


persistem mesmo após experiências repetidas com
eventos ou objetos inofensivos. É extremamente difícil
acalmar ou confortar a criança. A criança pode, por outro
lado, falhar em demonstrar consideração adequada aos
riscos que outras crianças da mesma idade evitam.
XI. Comunicação verbal:

1 Comunicação verbal normal, adequada à idade e à


situação;

2 Comunicação verbal levemente anormal: A fala


demonstra um atraso global. A maior parte do discurso
tem significado; porém, alguma ecolalia ou inversão
pronominal podem ocorrer. Algumas palavras peculiares
ou jargões podem ser usados ocasionalmente;

3 Comunicação verbal moderadamente anormal: A fala


pode estar ausente. Quando presente, a comunicação
verbal pode ser uma mistura de alguma fala significativa
e alguma linguagem peculiar, tais como jargão, ecolalia ou
inversão pronominal. As peculiaridades na fala
significativa podem incluir questionamentos excessivos
ou preocupação com algum tópico em particular;

4 Comunicação verbal gravemente anormal: Fala


significativa não é utilizada. A criança pode emitirgritos
estridentes e infantis, sons animais ou bizarros, barulhos
complexos semelhantes à fala, ou pode apresentar o uso
bizarro e persistente de algumas palavras reconhecíveis
ou frases
XII. Comunicação não-verbal:

1 Uso normal da comunicação não-verbal adequado à idade e


situação;

2 Uso da comunicação não-verbal levemente anormal: Uso


imaturo da comunicação não verbal; a criança pode somente
apontar vagamente ou esticar-se para alcançar o que quer, nas
mesmas situações nas quais uma criança da mesma idade pode
apontar ou gesticular mais especificamente para indicar o que
deseja;

3 Uso da comunicação não-verbal moderadamente anormal: A


criança geralmente é incapaz de expressar suas necessidades
ou desejos de forma não verbal, e não consegue compreender a
comunicação não-verbal dos outros;

4 Uso da comunicação não-verbal gravemente anormal: A


criança utiliza somente gestos bizarros ou peculiares, sem
significado aparente, e não demonstra nenhum conhecimento
do significados associados aos gestos ou expressões faciais dos
outros.

XIII. Nível de atividade:

1 Nível de atividade normal para idade e circunstâncias:


A criança não é nem mais nem menos ativa que uma
criança normal da mesma idade em uma situação
semelhante;
ESCALA CARS

2 Nível de atividade levemente anormal: A criança


pode tanto ser um pouco irrequieta quanto um
pouco “preguiçosa”, apresentando, algumas vezes,
movimentos lentos. O nível de atividade da criança
interfere apenas levemente no seu desempenho;

3 Nível de atividade moderadamente anormal: A


criança pode ser bastante ativa e difícil de conter.
Ela pode ter uma energia ilimitada ou pode não ir
prontamente para a cama à
noite. Por outro lado, a criança pode ser bastante
letárgica e necessitar de um grande estímulo para
mover-se;

4 Nível de atividade gravemente anormal: A criança


exibe extremos de atividade ou inatividade e pode
até mesmo mudar de um extremo ao outro.
XIV. Nível e consistência da resposta intelectual:

1 A inteligência é normal e razoavelmente consistente em


várias áreas: A criança é tão inteligente quanto crianças
típicas da mesma idade e não tem qualquer habilidade
intelectual ou problemas incomuns;

2 Funcionamento intelectual levemente anormal: A


criança não é tão inteligente quanto crianças típicas da
mesma idade; as habilidades apresentam-se
razoavelmente regulares através de todas as áreas;

3 Funcionamento intelectual moderadamente anormal:


Em geral, a criança não é tão inteligente quanto uma
típica criança da mesma idade, porém a criança pode
funcionar próximo do normal em uma ou mais áreas
intelectuais;

4 Funcionamento intelectual gravemente anormal:


Embora a criança geralmente não seja tão inteligente
quanto uma criança típica da mesma idade, ela pode
funcionar até mesmo melhor que uma criança normal da
mesma idade em uma ou mais áreas.
XV. Impressões gerais:

1 Sem autismo: a criança não apresenta nenhum


dos sintomas característicos do autismo;

2 Autismo leve: A criança apresenta somente um


pequeno número de sintomas ou somente um grau
leve de autismo;
3 Autismo moderado: A criança apresenta muitos
sintomas ou um grau moderado de autismo;

4 Autismo grave: a criança apresenta inúmeros


sintomas ou um grau extremo de autismo.
ESCALA CARS

Pode ser pontuada utilizando valores intermediários =1,5; 2,5;


e 3,5.

15-30 = sem autismo


30-36 = autismo leve-moderado
36-60 = autismo grave
Professor Aline Camargo
E-book oferecido pelo
Centro Educacional Sete de Setembro
"Fisioterapia no Transtorno do Espectro Autista".

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