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DA REDE APAE
AUTISMO E MÓDULO 1
EDUCAÇÃO
INCLUSIVA: A
MEDIAÇÃO
PEDAGÓGICA
Mara Monteiro da Cruz
E-mail: secretariauniapae@apaebrasil.org.br
21 Dicas de Leitura
46 Tarefa Prática
PROFESSORES
IZABEL NEVES FERREIRA
MARA MONTEIRO DA CRUZ
AUTISMO E EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
• O conceito de autismo;
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MÓDULO 1
res, que perguntam:
O Conceito de Autismo
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Encontramos, também, publicações onde o autismo é de-
nominado, como psicose infantil, transtorno invasivo do desen-
volvimento, além de transtorno global do desenvolvimento. Em
2013, no DSM-5, foi denominado como transtorno do espectro
autista – TEA. O termo espectro foi utilizado para significar que
o transtorno abrange ampla gama de diagnósticos, isto é, englo-
ba vários distúrbios. Neste documento, há, ainda a informação
de que neste transtorno os sintomas aparecem precocemente,
como também o prejuízo por eles causado na vida social é clini-
camente significativo, podendo haver ou não déficit intelectual.
De acordo com o DSM-5, os sintomas são observados
nas seguintes áreas:
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fonte: https://now.tufts.edu/articles/temple-grandin-looking-through-eyes-a-
MÓDULO 1
nimals
Grandin também se ofereceu para fazer exames de ima-
gem, a fim de que seu cérebro fosse estudado. Os médicos con-
cluíram que estes exames, como a Ressonância Magnética Nu-
clear (RMN) podem esclarecer bastante como são as estruturas
do cérebro, mas, é a relação complexa entre as diversas partes
deste órgão que faz com que ele funcione. Estes exames, muito
utilizados na pesquisa, não são solicitados também na prática
médica para fazer o diagnóstico do TEA porque não existem al-
terações na anatomia cerebral dessas pessoas, isto é, não existe
uma lesão.
O que se manifesta no autismo são diferentes formas de
desenvolvimento relacionadas ao modo como o cérebro funcio-
na, mas não há um padrão. Existem particularidades que têm a
ver com o espectro, isto é, maior ou menor comprometimento
nas diferentes áreas afetadas. Do mesmo modo, os cérebros nor-
mais apresentam variações entre si.
Grandin fala muito bem e dá palestras sobre sua condi-
ção. Há, entretanto, outras pessoas com TEA que, mesmo sem ter
desenvolvido a fala, têm se expressado por escrito nas redes so-
ciais, como Ido Kedar.
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Fonte: https://www.intrinseca.com.br/blog/tag/o-que-me-faz-pular-naoki-hi-
gashida/
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O livro “O que me faz pular” consiste em perguntas que
as pessoas fazem sobre autismo e respostas que ele elabora na
intenção de esclarecer como age, pensa e sente.
Ele esclarece que as pessoas com autismo não con-
seguem controlar nem modular a voz, por isso falam tão alto e
de forma estranha. Elas também, às vezes, “repetem perguntas
como se fossem papagaios.” Isto ocorre porque sua memória é
ruim, então seu modo de lembrar é “repetindo”. Repetir é uma
forma de peneirar as lembranças em busca de pistas sobre aqui-
lo que a pessoa quer saber. Por outro lado, a repetição é diverti-
da, é gostoso brincar com sons e ritmo.
“Eu juro que conversar é um trabalho muito duro” – diz
Naoki, e continua: “para ser compreendido, é como se eu tivesse
que falar numa língua estrangeira desconhecida a cada minuto de
cada dia”.
As pessoas com autismo são repreendidas, inúmeras ve-
zes, porque fazem coisas que não devem fazer: “Quantas vezes
eu tenho que dizer isto?” Naoki justifica que não é por maldade,
é porque esquecem mesmo. “Crianças com este problema devem
ser tratadas normalmente, como as outras crianças da sua idade,
não como bebês”– ele pede.
A demora em responder perguntas também se deve, na
sua opinião, à dificuldade de organizar o pensamento e expres-
sá-lo. Relata que também não tem controle sobre seu próprio
corpo e compara- “é como comandar por controle remoto um robô
com defeito.”
Naoki fala de seu sofrimento por não conseguir se comu-
nicar direito e justifica: “não é por não querermos falar, é porque
não conseguimos e sofremos por causa disso”. “A solução que en-
contrei foi a comunicação por escrito e o computador.”
“O próprio ato de ler demanda um grande esforço, porém,
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MÓDULO 1
do estou pulando, posso sentir melhor as partes do meu corpo – as
pernas saltando, as mãos batendo- e isso me faz muito bem. Pular
é como se eu estivesse me libertando das cordas que me prendem.”
Outra dificuldade refere-se à alimentação em certas pes-
soas com autismo. Parece que variar as refeições é complicado,
pois gostam mais das comidas que já conhecem e estão acostu-
madas a comer. Precisam de mais tempo para aprender a apreciar
os diferentes alimentos.
A mesma dificuldade acontece com o fato de ter de va-
riar a roupa de acordo com o clima e a mudança de temperatura.
A noção de tempo é outro conceito muito complexo para
uma mente autista, da mesma forma que a velocidade e os inter-
valos, Diz Naoki: “Para nós, um segundo pode ser muito longo e 24
horas pode passar num piscar de olhos”.
“Os autistas costumam adorar ficar girando e girando”. Diz
Naoki: “É fascinante ver objetos a girar, dá alegria admirar o movi-
mento perfeito, regular.” “Coisas constantes nos confortam, existe
beleza nelas.”
A mesma necessidade desta regularidade é que faz com
que arrumar as coisas em fileiras seja quase uma obsessão. Na
opinião de Naoki “quando brincamos assim, sentimos nosso cére-
bro centrado e revigorado”.
“A repetição é sempre uma garantia de alegria” – diz.
Outra situação que dá prazer é ficar na água – “dentro
d’água é tão calmo e eu me sinto livre e feliz. Lá ninguém nos inco-
moda”.
Naoki afirma: “mesmo que pareça que a gente gosta de fi-
car sozinho, a verdade é que amamos ter companhia.”
Ao final de seu livro, diz que “quero crescer aprendendo
um milhão de coisas”. Reconhecendo que não consegue estudar
sem ajuda, diz que “precisa de mais tempo e de diferentes estraté-
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EDUCAÇÃO
gias e abordagens”.
Naoki explica a necessidade de o professor dar deixas e in-
centivos, assim: “Da mesma forma que não atravessamos a rua antes
de o sinal ficar verde, não consigo ativar meu próximo movimento
até que o cérebro receba o comando adequado; por exemplo: vamos,
tome o suco.”
E avisa que os professores precisam “ter mais paciência ain-
da do que nós.”
Em um estudo realizado em 2015, Braga comparou os cri-
térios diagnósticos do DSM-5 com os relatos de pessoas autistas e
encontrou outras características, relatadas pelos próprios autistas,
como:
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- sensibilidade aos sons altos e súbitos, como nos sons
de alarmes, em geral; o estouro de balões de ar. Alguns autistas
não conseguem ouvir quando várias pessoas falam ao mesmo
tempo ou o fazem rápido demais. Algumas famílias se queixam
que o filho autista não gosta de comemorar o aniversário, por
exemplo, porque ouvir cantar parabéns com o barulho das pal-
mas é insuportável para seus ouvidos.
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EDUCAÇÃO
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MÓDULO 1
um bom trabalho educacional. Isto, porém, não é fácil. A inteli-
gência dos autistas tem sido muito subestimada, pois os testes
mostram mais os déficits. Mas, é necessário conhecer bem os
pontos fortes de cada um para possibilitar um apoio melhor. Por
exemplo, em geral, as pessoas com autismo têm dificuldade em
ver o todo, mas são mais capazes de observar detalhes; por isto,
descobrem rapidamente figuras ocultas em um fundo complexo.
Outra característica comum é a memória de longo prazo
que, geralmente é melhor que a de curto prazo. A memória tam-
bém se mostra ruim para rostos e nomes.
Embora não se possa deixar de trabalhar os pontos fra-
cos, dando-se a ajuda necessária, como, por exemplo, desenvol-
ver as habilidades sociais para inserir o aluno com TEA na socie-
dade, ele deve ser estimulado a desenvolver seus pontos fortes.
Carlos1, um menino que frequentava o Jardim de Infân-
cia, não estava mais sendo aceito pela escola porque estava
batendo nos colegas; a professora sugeriu que a mãe procuras-
se outra escola, queixando-se de seu comportamento que ela
não estava conseguindo controlar. A mãe relatou que estava de
mudança de residência e que, enquanto não acontecia a troca,
estava, provisoriamente, na casa dos avós, que era muito movi-
mentada, diferente do ambiente em que estava acostumado o
menino na sua própria casa.
A professora não levou em consideração esta situação,
nem soube dizer o que acontecia, na sala, que poderia estar pro-
vocando a reação de agredir do aluno. A mãe disse que a criança,
ao chegar em casa, descrevia tudo que aprendia na escola, em-
bora não demonstrasse seu aprendizado para a professora.
A criança foi transferida de escola, e logo se encantou
com a nova, pois descobriu que tinha piscina. Havia aprendido
a nadar e mergulhar sozinho, no seu condomínio, apesar de sua
1 Nome fictício
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EDUCAÇÃO
pouca idade. Adora ficar na água, onde consegue rir e brincar com
as outras pessoas que estão nadando.
Atualmente, está com atendimento especializado em fono-
audiologia e todos notam a diferença de seu comportamento, até
em festinha de aniversário; antes, não suportava a movimentação
das crianças nas festas; agora, participa das brincadeiras e dos jo-
gos com os animadores. Um comentário de uma vizinha, cujo neti-
nho tem a mesma idade e era colega na escola anterior, é esclare-
cedor: “Se a gente não sabe que ele é autista, não percebe nada de
diferente no comportamento dele.”
Observar e desenvolver os pontos fortes pode ser uma ala-
vanca para erguer muitos outros pontos fracos; neste caso, a nata-
ção e a fonoaudiologia ajudaram muito.
Dica multimídia:
Se seus alunos são crianças, assista com eles o ví-
deo da Turma da Mônica elaborado para uma cam-
panha de conscientização sobre autismo:
https://www.youtube.com/watch?v=3lqLNmlh3ZE
Se seus alunos são jovens ou adultos, assista O cé-
rebro de Hugo:
https://www.youtube.com/watch?-
v=PKhS4WlG234
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MÓDULO 1
do autismo, esta relação é afirmada, mesmo que ainda não se
tenha estudos científicos que a comprovem.
O DSM-5 (APA, 2014) apresenta três níveis de gravidade
para o TEA. Veja nas tabelas a seguir como os sintomas estão
classificados neste manual:
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DICAS DE LEITURA
MÓDULO 1
Como ajudar os alunos que apresentam comportamen-
tos autistas, tais como, dificuldade de interação social e de co-
municação, hipersensibilidade a ruídos?
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EDUCAÇÃO
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MÓDULO 1
tual,é preciso conhecer o sujeito em sua singularidade e avaliar-
mos todas as suas potencialidades, levando em consideração
não só o indivíduo com funcionamento intelectual limitado, mas,
também, a interação que ele estabelece com seu ambiente e ain-
da os suportes ou apoios que o meio oferece a esta pessoa.
A limitação intelectual não é algo que o sujeito tem ou é,
de modo absoluto, mas uma condição relativa, pois depende do
que é proporcionado pelos diversos fatores ambientais que po-
dem favorecer ou não o desenvolvimento intelectual. Esta con-
cepção tem um caráter mais dinâmico e dialético com relação aos
conceitos mais antigos, e foi assim estabelecida pela Associação
Americana de Deficiência Intelectual e de Desenvolvimento, a
partir de 2002:
O que é...
Deficiência intelectual: distúrbio originado antes dos
18 anos, que se caracteriza por limitações significativas
tanto no funcionamento intelectual, quanto no com-
portamento adaptativo, manifesto através de habilida-
des conceituais, sociais e práticas (AAIDD, 2002).
Filmes
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EDUCAÇÃO
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MÓDULO 1
necessidades dos alunos com deficiência.
O sistema educacional precisa considerar esta nova con-
cepção de deficiência que leva em conta a interação entre as
possibilidades do indivíduo com deficiência e as facilidades ou
obstáculos encontrados no meio ambiente.
Da mesma forma que a escola deve ter espaço físico pla-
nejado para facilitar a acessibilidade dos alunos com deficiência
física, como as rampas que podem facilitar a autonomia no des-
locamento destes estudantes, o ambiente pedagógico também
precisa dispor de um planejamento e organização para facilitar
e apoiar a aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual,
incluídos no mesmo espaço e projeto educacional dos alunos
sem deficiência. Trata-se do paradigma da inclusão, aplicado à
comunidade escolar.
Atualmente, sabe-se o quanto é importante a influência
do meio para o desenvolvimento da criança com deficiência; é
urgente que toda a sociedade seja conscientizada sobre a ne-
cessidade da inclusão destas pessoas em todas as situações de
vida comunitária. É um direito ser matriculada nas escolas para
conviver e aprender junto com as outras crianças, que também
vão aprender com a criança que tem deficiência.
O conhecimento do desenvolvimento intelectual do alu-
no com deficiência pode dar ao professor condições de media-
ção mais eficientes na aprendizagem deste aluno.
Um trabalho feito pela Secretaria de Educação do Esta-
do do Rio de Janeiro (Coordenação de Educação Especial: 2001-
2002), intitulado “Identificando o aluno com deficiência mental”,
alerta para a importância de se reverem as práticas de identifica-
ção de pessoas com necessidades educacionais especiais e ex-
plica os critérios para se fazer esta identificação, não para rotular
os alunos e excluí-los do sistema educacional, mas para ajudar
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EDUCAÇÃO
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MÓDULO 1
etc. No item de vida familiar, o professor deve entrevistar a fa-
mília para conhecer o grau de colaboração que o aluno dá den-
tro de sua casa, indicando as atividades em que presta alguma
ajuda.
Em habilidades sociais, pode ser analisado o nível de
socialização e integração social do aluno, obtendo-se informa-
ções sobre sua adaptação a diferentes ambientes, seu respeito
às regras de grupo, suas brincadeiras com amigos, seus compor-
tamentos inadequados etc. No item relacionado ao uso comuni-
tário, verificam-se as habilidades de reconhecer onde mora, de
usar transportes, de andar e brincar pela vizinhança, de utilizar
o comércio local, de participar de festas, atividades desportivas,
religiosas e de clubes na comunidade. Observa-se ainda a capa-
cidade de fazer atividades com certa independência, cuidando
de sua saúde e de sua segurança, evitando perigos e reconhe-
cendo riscos.
Em funcionalidade acadêmica, o professor deve observar
as habilidades que facilitam a aprendizagem, tais como: atenção,
concentração, percepção, memória, orientação espacial, coorde-
nação motora, linguagem, raciocínio matemático etc. Torna-se
ainda necessário tomar conhecimento de suas habilidades nas
áreas de lazer e trabalho para obter informações sobre sua ca-
pacidade de aprender fora do ambiente acadêmico, ou seja, de
modo mais informal. O professor deve descrever os pontos for-
tes e fracos do aluno nas habilidades adaptativas, as defasagens
e as necessidades de suporte ou apoio, procurando descobrir o
ambiente mais favorável ao desenvolvimento do aluno.
O professor tem importante função na identificação das
potencialidades e dificuldades do estudante com DI porque, de-
vido ao trabalho que realiza, tem maiores oportunidades de de-
senvolver um olhar mais individualizado sobre ele.
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EDUCAÇÃO
NO- não foi possível observar. Aos itens que mostram presença ou
ausência, usaremos:
S-sim
N-não
Os itens deste inventário não são padronizados; foram fei-
tos a partir de um trabalho conjunto com professoras e coordena-
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MÓDULO 1
mas o professor que quiser usar este instrumento de avaliação
pode enriquecer a lista de comportamentos, fazendo as devidas
adequações à realidade de seus alunos ( podem ser acrescenta-
dos ou suprimidos comportamentos).
Escola___________________________
Aluno__________________________________
Data do nascimento_______________________
Prof--_____________Série__________turma________turno______
Frequência do aluno (percentual de presença/ média mensal)___
Habilidades Adaptativas
1- COMUNICAÇÃO HABILIDADES
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EDUCAÇÃO
• Reproduz histórias
• Descreve objetos e pessoas
• Descreve gravuras, quadros e cenas
• Argumenta, defende seu ponto de vista
• Compreende o ponto de vista do outro
• Articula corretamente as palavras
• Desenha formas reconhecíveis
• Mantém diálogo
Habilidades Adaptativas
2- AUTOCUIDADO HABILIDADES
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Habilidades Adaptativas
Habilidades Adaptativas
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EDUCAÇÃO
Habilidades Adaptativas
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MÓDULO 1
• Sabe dizer onde mora
• Sabe dizer o caminho que percorre até a sua casa
• Identifica os ônibus que costuma usar
• Reconhece símbolos e códigos necessários à vida
em sociedade
• Utiliza transporte coletivo de modo adequado
• Brinca ou passeia sozinho pela vizinhança
• Atravessa sozinho a rua
• É capaz de utilizar adequadamente o comércio da
vizinhança
• Locomove-se independentemente pelas ruas próxi-
mas à residência ou à escola, obedecendo aos sinais
de trânsito
• Participa de atividades desportivas (futebol, na-
tação, andar de bicicleta)
• Participa de festinhas ou celebrações junto à família.
Frequenta clubes, cinemas, igrejas, comportando-se
adequadamente.
Habilidades Adaptativas
6- AUTONOMIA HABILIDADES
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Habilidades Adaptativas
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e do uso de medicação
MÓDULO 1
• Entende e respeita regras de segurança
• Toma cuidado com ferramentas e objetos perigosos
• Reconhece códigos que identificam situações de perigo e
proteção
• Reconhece sinais de trânsito
• Sabe atravessar as ruas corretamente
• Aplica as aprendizagens acadêmicas relativas à saúde e se-
gurança.
Habilidades Adaptativas
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EDUCAÇÃO
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MÓDULO 1
• Atribui o valor convencional às letras (sabe o som das letras)
• Representa uma sílaba por uma letra
• Faz leitura de palavras com apoio de imagens
• Faz leitura de palavras sem imagens
• Faz leitura de frases com apoio de imagens
• Faz leitura de frases sem imagens
• Arrisca representar a escrita, usando caracteres não conven-
cionais (rabiscos, pseudo-letras)
• Usa letras convencionais na escrita
• Reconhece seu nome por escrito
• Reconhece o nome dos colegas por escrito
• Escreve seu nome
• Escreve algumas palavras
• Escreve palavras ditadas pela professora
• Descobre como se escreve palavras novas mesmo com erros
• Redige pequenos textos
• Desenha a figura humana de forma reconhecível
• Nomeia seus desenhos após fazer a figura
• Diz o que vai desenhar antes de fazê-lo, mostrando a inten-
ção de seu ato
• Desenha cenas
• Copia figuras geométricas simples ( círculo, quadrado, triân-
gulo).
Habilidades Adaptativas
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EDUCAÇÃO
9. LAZER HABILIDADES
• Brinca de faz-de-conta
• Brinca com jogos de regras
• Participa das brincadeiras próprias de seu grupo de idade
• Escolhe atividades de lazer
• Joga socialmente
• É criativo nas brincadeiras
• Participa das atividades recreativas da comunidade
• Interage socialmente nas atividades de lazer
• Tem interesses próprios de sua idade e grupo de colegas?
• Assiste a programas de televisão
• Gosta de brincar sozinho
TRABALHO
HABILIDADES
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MÓDULO 1
- Interage de forma apropriada com seus colegas de trabalho
- Toma iniciativa
- Realiza atividades de forma independente
- É pontual nas atividades
- Aceita a hierarquia.
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EDUCAÇÃO
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MÓDULO 1
dicados ou apresentarem problemas; São elas: a sociocomuni-
cação (como déficit de atenção compartilhada), a capacidade de
imitar ou brincar simbolicamente e a flexibilidade comportamen-
tal (quando a criança apresenta comportamentos repetitivos, in-
teresses restritos, ecolalia, e rituais elaborados).
Este diagnóstico se refere à área pedagógica, mas deve
ser complementado por um avaliação interdisciplinar que inclui
a área médica, e também, o fonoaudiólogo, o psicólogo, a assis-
tência social, o fisioterapeuta e se necessário, outros profissio-
nais.
Texto complementar
Leia o artigo de Zanon, Backes e Bosa (2017)
sobre a investigação precoce do diagnóstico do
TEA em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pi-
d=S1516-36872017000100009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt.
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EDUCAÇÃO
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Querida Turma,
MÓDULO 1
Hoje convidamos vocês a sonhar. Vamos ler o poema “Um
sonho” e depois sonhar. E mais adiante, estimular nossos alunos
também a sonhar.
Como seria esta escola? O que ela teria diferente da nossa? O que
ela teria de especial?
Sonhe você também: como seria a escola do seu sonho? Que tal
sonhar com uma escola na qual todo e qualquer aluno pudesse
aprender? Como ela seria?
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EDUCAÇÃO
Um sonho
Eu queria uma escola que educasse seu corpo e seus movimentos que
possibilitasse seu crescimento físico e normal.
Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a natureza, o ar, a
matéria, as plantas, os animais, seu próprio corpo, Deus. Mas, que ensi-
nasse primeiro pela observação, pela descoberta, pela experimentação.
Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a nossa história e a
nossa terra, de uma maneira viva e atuante.
Eu queria uma escola que ensinasse a vocês a usarem bem a nossa lín-
gua, a pensarem e a se expressarem com clareza. Eu queria uma escola
que ensinasse a vocês a amarem a nossa literatura e a nossa poesia.
Eu queria uma escola que, desde cedo, usasse materiais concretos para
que vocês pudessem ir formando corretamente os conceitos matemáti-
cos, os conceitos de números, as operações, usando palitos, tampinhas...
só porcaria!!!... fazendo vocês aprenderem brincando.
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MÓDULO 1
Deus que livre vocês de uma escola em que tenham que copiar pontos.
Deus que livre vocês de decorar sem entender nomes, datas , fatos.
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TAREFA PRÁTICA
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