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Fases do

desenvolvimento -
infância -
desenvolvimento
neuroatípico
Profª Msª Taize de Oliveira
DESENVOLVIMENTO
Significa o aperfeiçoamento gradual e diferencial das várias funções
dos órgãos. É a capacidade do indivíduo adquirir de forma harmônica
habilidades cada vez mais complexas e especializadas. (Gesteira, 1974)
CRESCIMENTO
Refere-se ao aumento do organismo, que se processa de forma
harmônica em todas as partes, mas não ocorre com o mesmo ritmo e
ao mesmo tempo. O crescimento é o aumento da massa do organismo,
ou seja seu peso e altura. (Gesteira, 1977)
MARCOS: DESENVOLVIMENTO TÍPICO

MARCOS: DESENVOLVIMENTO TÍPICO


• Instrumento de Vigilância do Desenvolvimento de crianças de 0 a 12 meses:


CADERNETA DE SAÚDE.
• O teste de triagem foi desenvolvido a partir da Tabela contida no manual
do Crescimento do Ministério da Saúde de 2002.

• Na escala deve ser registrado:


P = marco presente
A = marco ausente
NV = marco não verificado
(BRASIL, 2010)

•A nova caderneta de saúde da criança contém as seguintes informações: 


dados de registro;  direitos das crianças;  direito dos pais;  dados sobre
gravidez, parto e puerpério;  dados do nascimento;  informações sobre
amamentação;  informações sobre um ambiente saudável;  dez passos
para a alimentação saudável;  informações sobre saúde bucal; 
informações sobre saúde auditiva e ocular;  dados de desenvolvimento
infantil;  registro de acompanhamento de saúde;  registro e informações
de vacinação;  acompanhamento do crescimento - gráficos do crescimento


por uma faixa indicativa
• Cada item é representado
da época em que uma criança normal pode
começar a realizar aquela função;
• A incapacidade de realizar um item ultrapassado
por crianças da mesma idade deve ser considerada
importante, principalmente quando há várias falhas
em um setor;
• O teste não faz diagnósticos. Alerta quanto à
presença de deficiências e indica a necessidade de
investigação mais aprofundada.
Fatores extrínsecos que
influenciam o crescimento

consumo de energia. A
 Alimentação  Crescer significa
dieta deve ter frequência, qualidade, quantidade e
consistência adequada para cada idade.
 Infecções  Nos processos febris (acima de 38 oC,
estima-se aumento de 20% das necessidades calóricas e
protéicas da criança.
 Higiene  Do ambiente, da criança, dos alimentos e de
todos os que trabalham com a criança.
 Cuidados gerais com a criança  Relações afetivas
positivas com o mundo que a cerca.

MARCOS DO DESENVOLVIMENTO
TÍPICO: SINAIS PARA PERCEBER
CURSOS DIFERENTES DE
DESENVOLVIMENTO E
DESENVOLVIMENTO ATÍPICO.
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO
TÍPICO: SINAIS PARA PERCEBER
CURSOS DIFERENTES DE
DESENVOLVIMENTO E
DESENVOLVIMENTO ATÍPICO.
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO
TÍPICO: SINAIS PARA PERCEBER
CURSOS DIFERENTES DE
DESENVOLVIMENTO E
DESENVOLVIMENTO ATÍPICO.
TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO
Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) representam uma categoria na
qual estão agrupados transtornos que têm em comum as funções do
desenvolvimento afetados. Posto isso, é importante compreender que nem todos
os estudantes diagnosticados com algum tipo de transtorno mental são
estudantes da Educação Especial – área dos Transtornos Globais do
Desenvolvimento. Nessa categoria, estão incluídos os alunos com diagnóstico de
autismo, Síndrome do Espectro Autista, também chamado síndrome de Asperger,
Transtorno Desintegrativo da Infância (psicose) e Transtorno Invasivo de
Desenvolvimento - sem outra especificação.
Na área TGD é habitual depararmo-nos com os termos síndrome e/ou
transtorno. Assim, é importante esclarecer que a nomenclatura síndrome se
refere a um conjunto de sintomas, não restrito a uma só doença, que
ocorre no indivíduo; o transtorno é aplicado para indicar a existência de um
conjunto de sintomas ou comportamentos que ocorrem no transcorrer da
infância, com um comprometimento ou atraso no desenvolvimento e
maturação do sistema nervoso central. O transtorno não se desenrola de
traumatismo ou doença cerebral adquirida; ele denuncia uma desordem
neurológica e origina-se de anormalidades no processo cognitivo derivados de
disfunção biológica. O autismo e a Síndrome de Asperger compõem um grupo
de problemas que abrange os desvios nos campos do relacionamento social e
da comunicação, denominados de Transtornos Globais do Desenvolvimento
(TGD)

Embora existam critérios para o diagnóstico do autismo


e da Síndrome de Asperger é visível a variabilidade de
apresentações clínicas. De acordo com essas afirmações,
pode-se presumir que não exista um único padrão de
autismo ou de Síndrome de Asperger, mas há variações
no desenho do cérebro social que implicam modos de
funcionamentos distintos, ainda que tenham sempre em
comum uma desadaptação precoce dos processos de
sociabilidade
O cérebro social é definido pela neurociência como um
conjunto de regiões cerebrais que são ativadas durante
a execução de atividades sociais. Concebendo que essas
estruturas estejam ligadas umas às outras, formando o
que se chama de cadeias associativas ou de redes
neurais, é possível afirmar que o modo de agir
socialmente depende do desenho dessas redes. Os
Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), por se
tratarem de um conjunto de sintomas e comportamentos
que transcorrem na infância, com comprometimento ou
atraso no desenvolvimento apresentam, entre a
síndrome e os transtornos que os compõem, uma
sucessão de características que serão detalhadas a
seguir.
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA
O autismo é uma palavra de origem grega (autós), que significa
por si mesmo. O termo é usado pela psiquiatria para denominar
comportamentos humanos que se centralizam em si mesmos,
voltados para o próprio sujeito. Foi descrito, na década de 40, por
Léo Kanner, psiquiatra austríaco, residente nos Estados Unidos,
dedicou-se ao estudo e à pesquisa de crianças que apresentavam
comportamentos estranhos e peculiares, caracterizados por
estereotipias (repetição de gestos), por outros sintomas aliados a
uma imensa dificuldade no estabelecimento de relações
interpessoais.
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA
A terminologia é utilizada pela Psiquiatria para denominar comportamentos
humanos que se centralizam em si mesmos, voltados ao próprio sujeito.
Essa terminologia foi utilizada pela primeira vez por Bleuler em 1919 para
fazer alusão à perda de contato com a realidade e consequente dificuldade
ou impossibilidade de comunicação. O autismo refere-se a um grupo de
transtornos caracterizados por uma tríade de prejuízos qualitativos, quanto
à interação social, à comunicação e a comportamentos, que poderão variar
em menor ou maior agravo para a criança que apresente comportamentos
restritivos, repetitivos e estereotipados. É um transtorno com perturbações
significativas no desenvolvimento do sujeito e começa a manifestar-se antes
dos três anos de idade
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA
•O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por: a)
déficits persistentes na comunicação e interação social em diversos
contextos, que inclui déficits na reciprocidade socioemocional; nos
comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social e
para desenvolver, manter e compreender relacionamentos; b) padrões
restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades, isto é,
movimentos motores, uso de objetos ou falas estereotipadas ou
repetitivas; insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou
padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal; interesses
fixos e restritos e hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou
interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente (APA, 2014).

TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA
•As características do TEA podem causar prejuízos significativos em níveis de
funcionamento pessoal, social, acadêmico e/ou profissional do indivíduo.
Assim, para fins diagnósticos, há três classificações pautadas na necessidade
de cada indivíduo, são elas: 1) exigindo apoio; 2) exigindo apoio substancial e
3) exigindo apoio muito substancial (APA, 2014). Destaca-se que ainda não há
consenso na literatura quanto à etiologia do TEA, contudo, existem indícios de
que sua causa está relacionada a fatores genéticos, fisiológicos e ambientais,
como idade parental avançada, baixo peso ao nascer, exposição fetal ao
ácido valproico, uso de fármacos durante a gestação e infecções (VIANA et
al., 2020; APA, 2014).

TEA X ASPERGER
A distinção entre autismo e síndrome de Asperger não é universalmente
aceita. O quadro de autismo e síndrome de Asperger tem similaridades nos
quesitos de diagnóstico. A diferença está apenas em que a síndrome de
Asperger a memória é privilegiada e os aspectos cognitivos e da linguagem
não apresentam atraso. Hans Asperger descreveu a síndrome de Asperger
em 1944. Este transtorno também é classificado como um transtorno invasivo
do desenvolvimento. Crianças com a síndrome de Asperger podem ter
inteligência normal, sendo que tipicamente apresentam inteligência verbal
maior que a não verbal, (isto é, “falam” melhor do que “fazem”). Embora as
habilidades verbais dessas crianças não apresentem os prejuízos
encontrados nas crianças autistas, elas frequentemente apresentam
profundas dificuldades sociais
TEA X ASPERGER
O desenvolvimento inicial da criança apresenta normal, contudo no decorrer dos
anos seu discurso torna-se diferente, monótono, peculiar e há com frequência a
presença de preocupações obsessivas. É um transtorno de múltiplas funções do
psiquismo, com afetação principal na área do relacionamento interpessoal e no da
comunicação, embora a fala seja relativamente normal. A interação dela com outras
crianças torna-se difícil, é pouco empática, apresenta comportamento excêntrico, sua
vestimenta pode se apresentar estranhamente alinhada e a dificuldade de
socialização pode torná-la solitária. São inflexíveis, tem dificuldades de lidar com
mudanças, são emocionalmente vulneráveis e instáveis, são ingênuos e
eminentemente carentes de senso comum. Há prejuízo na coordenação motora e na
percepção viso espacial. Frequentemente apresenta interesses peculiares e pode
passar horas assistindo ao canal da previsão do tempo na televisão ou estudando
exaustivamente sobre temas ou assuntos preferidos, como dinossauros, Egito, carros,
aviões, mapas de ruas, entre outros.
SÍNDROME DE RETT
A Síndrome de Rett é uma doença de ordem neurológica e de caráter progressivo,
que acomete em maior proporção crianças do sexo feminino, sendo hoje
comprovada também em crianças do sexo masculino. Por volta dos 6-18 meses de
idade, os primeiros sinais clínicos aparecem, estando associados à perda de
aquisições motoras e aquisições cognitivas, ou seja, perda das capacidades
anteriormente adquiridas, iniciando-se, portanto, o curso da doença. Os critérios de
diagnóstico da Síndrome de Rett clássica foram definidos na II Conferência
Internacional sobre Síndrome de Rett em Viena (1984), após o trabalho de Hagberg
et al., publicado em 1985, que se resume em:
SÍNDROME DE RETT
Gênero Feminino: 2. Período pré e perinatal normais; desenvolvimento normal nos
primeiros meses de vida; 3. Perímetro craniano normal ao nascimento com
desaceleração do crescimento da cabeça entre 6 meses e 4 anos de vida; 4.
Regressão precoce das atividades comportamental, social e psicomotora (perda
das habilidades previamente adquiridas); 5. Desenvolvimento de disfunção da
comunicação e de sinais de “demência, ” 6. Perda do uso funcional e/ou intencional
das mãos entre 1 a 4 anos; 7. Tentativas diagnósticas inconsistentes até 3 anos de
idade;
SÍNDROME DE RETT
O quadro clínico que mais está presente nos casos de Síndrome de Rett está
relacionado com desaceleração do crescimento craniano, perda da fala e das
habilidades motoras adquiridas, em particular o movimento ativo da mão. As
pacientes desenvolvem esteriopatias de mãos, irregularidades respiratórias, ataxia
e convulsões. Após um período de pseudo-estabilização e posterior deterioração,
a condição é principalmente caracterizada por retardo mental severo com uma
habilidade de comunicação visual frequentemente notável e relativamente fugaz,
uma escoliose progressiva, graus variados de espasticidade e rigidez muitas vezes
levando a dependência em cadeiras de rodas
Transtorno Desintegrativo da infância (psicose
infantil)
O Transtorno Desintegrativo da Infância (TDI) foi inicialmente retratado por
Theodore Heller, educador austríaco, em 1908. Heller explicitou o caso de
seis crianças que, após um desenvolvimento aparentemente normal nos
quatro primeiros anos de vida, apresentaram uma grave perda das habilidades
de interação social e comunicação. Segundo o Manual de Diagnóstico e
Estatístico de Distúrbios Mentais (DSM-IV), da Associação Americana de
Psiquiatria (1994), o Transtorno Desintegrativo da Infância é também
conhecido como Síndrome de Heller, demência infantil ou psicose
desintegrativa. A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva PNEEPEI (2008) usa a nomenclatura Transtorno
Desintegrativo da Infância (psicoses) ao se referir ao público-alvo do
Atendimento Educacional Especializado (AEE).
TDI
Os sujeitos com psicose apresentam como sintoma a dificuldade para se afastar da
mãe e de compreensão de gestos e linguagens, alterações significativas na forma do
conteúdo do discurso, repetição de palavras e/ou frases ouvidas, ou utilização
estereotipada de formas verbais, sendo usual a inversão pronominal, referindo-se a
si mesma na terceira pessoa do singular ou usando seu próprio nome, e ainda
conduta social embaraçosa
TRANSTORNO INVASIVO DO
DESENVOLVIMENTO SEM OUTRA
ESPECIFICAÇÃO
Os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento são um grupo de transtornos
caracterizados por importante atraso no desenvolvimento, em diferentes áreas de
funcionamento, incluindo a socialização, comunicação e relacionamento
interpessoal. O Transtorno Invasivo do Desenvolvimento - sem outra especificação é
composto por um grupo heterogêneo de crianças com tendências a apresentar
comportamento inflexível, intolerância à mudança e explosão de raiva e birra quando
submetidas às exigências do ambiente ou até mesmo às mudanças de rotina
TRANSTORNO INVASIVO DO
DESENVOLVIMENTO SEM OUTRA
ESPECIFICAÇÃO
Nesta categoria se enquadram as crianças que não apresentam o quadro completo
de sintomas de outros Transtornos Globais do Desenvolvimento, ou seja, casos
atípicos sejam pelos comprometimentos, sejam pela idade de início do
desenvolvimento. No caso do autismo, seria como um quadro atípico com
particularidades que não confirmariam completamente o diagnóstico pela ausência
de comportamentos (ou seja, um autismo mais leve) e assim se enquadram em
Transtornos Invasivos do Desenvolvimento sem outra especificação.
NEUROFISIOLOGIA E O DEFICIENTE
INTELECTUAL
Na quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais a
deficiência intelectual é entendida como um transtorno com início no período do
desenvolvimento que inclui déficits funcionais, tanto intelectuais quanto adaptativos,
nos domínios conceitual, social e prático. Esse manual pressupõe o preenchimento de
três critérios para o diagnóstico dessa afecção: déficits em capacidades mentais
genéricas (critério A); prejuízo na função adaptativa diária na comparação com
indivíduos pareados para idade, gênero e aspectos socioculturais (critério B); e início
da deficiência durante o período do desenvolvimento (critério C)
DI
O que o manual parece dizer é que a deficiência intelectual é reconhecida em função
desses três parâmetros. Um deles, mensurado em teste de inteligência, referese às
funções intelectuais que envolvem raciocínio, solução de problemas, planejamento,
pensamento abstrato, juízo, aprendizagem pela educação escolar e experiência e
compreensão prática. O outro alude aos déficits no funcionamento adaptativo e diz
respeito a quão bem uma pessoa alcança os padrões de sua comunidade em
termos de independência pessoal e responsabilidade social em comparação a
outros com idade e antecedentes socioculturais similares, envolvendo, nessa
perspectiva, percepção de pensamentos, sentimentos e experiências dos outros;
empatia; habilidades de comunicação interpessoal; habilidades de amizade;
julgamento social, entre outros. E o último parâmetro usado para o preenchimento
do diagnóstico refere-se ao reconhecimento da presença de déficits intelectuais e
adaptativos durante a infância ou adolescência.
DI
A melhor forma de definir a DI é por uma visão multidimensional, de acordo com a
qual a DI seria uma incapacidade caracterizada por limitação significativa no
funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo expresso nas habilidades
conceituais, sociais e práticas. Embora as dificuldades resultem dos prejuízos
cognitivos, é evidente que são fortemente influenciadas por fatores ambientais, como
precocidade do diagnóstico, preconceitos, qualidade dos serviços de apoio, inclusão
familiar, entre outros
DI
A DI pode ocorrer por motivos genéticos, problemas na gestação, dificuldades na
hora do parto ou em algum momento após o nascimento. Não é fácil para os
estudiosos da área encontrarem respostas para o que provoca a DI, pois, na grande
maioria dos casos estudados, não é possível determinar alguma causa conhecida ou,
até mesmo, a origem da deficiência. O que se sabe é que existem faixas dentro das
quais se encontra a deficiência intelectual, que pode ser leve ou profunda, sendo que
cada sujeito é um, com capacidades, dificuldades e comportamentos diferentes.
Dessa forma, o desenvolvimento intelectual ocorrerá de forma única, podendo,
inclusive, potencializar sua inteligência através da aprendizagem.
SÍNDROMES GENÉTICAS
Define-se por doença genética qualquer alteração do patrimônio genético. Abrange
todas as alterações gênicas presentes no indivíduo que podem ser transmitidas a
gerações futuras, bem como o aumento ou diminuição da quantidade de DNA, seja
através de cromossomos inteiros ou por frações dos mesmos, através de
deleções, duplicações ou ainda, translocações não equilibradas.
SÍNDROMES GENÉTICAS
A deficiência intelectual é considerada pelo DSM-5 uma condição heterogênea com
múltiplas causas, dentre as quais as etiologias pré-natais como as síndromes
genéticas (variações na sequência ou variações no número de cópias envolvendo
um ou mais genes; problemas cromossômicos), erros inatos do metabolismo,
malformações encefálicas, doença materna (inclusive doença placentária) e
influências ambientais (álcool, outras drogas, toxinas, teratógenos). Existem também
as causas perinatais que englobam eventos no trabalho de parto e no nascimento
que levam à encefalopatia neonatal. E o DSM-5 destaca ainda as causas pós-natais,
que incluem lesão isquêmica hipóxica, lesão cerebral traumática, infecções,
doenças desmielinizantes (qualquer doença do sistema nervoso na qual a bainha de
mielina dos neurônios é danificada), doenças convulsivas (espasmos infantis),
privação social grave e crônica, síndromes metabólicas tóxicas e intoxicações
(chumbo, mercúrio).
De acordo com o DSM-5, ela pode estar associada a uma síndrome genética que em alguns casos apresenta
uma aparência física característica, como é o caso da Síndrome de Down; noutras formas, as evidências
costumam ser expressas exclusivamente no comportamento. De maneira geral, a deficiência intelectual não
tem prognóstico ruim, ou seja, não se apresenta de forma progressiva. No entanto, em algumas doenças
genéticas (Síndrome de Rett), há períodos de piora seguidos de estabilização; em outras (Síndrome de San
Phillippo), ocorre piora progressiva da função intelectual. Considerando os critérios usados para o
fechamento do diagnóstico de DI, o manual destaca a vulnerabilidade social desses sujeitos em decorrência
de dificuldades associadas à avaliação de riscos; ao autocontrole do comportamento, das emoções ou das
relações interpessoais. O DSM-5 diz ainda que se por um lado a falta de habilidades de comunicação pode
predispor a comportamentos disruptivos (algo que interrompe uma ação). Ou agressivos; por outro, a
credulidade da pessoa com diagnóstico de DI costuma ser uma característica que a predispõe à ingenuidade
em situações sociais e à tendência a ser facilmente conduzida pelos outros, o que a tornaria alvo fácil de
fraude, envolvimento criminal não intencional, falsas confissões e risco de abuso físico e sexual. O DSM-5
reconhece, no entanto, que a deficiência intelectual, embora perdure por toda a vida, pode ter seus níveis de
gravidade alterados ao longo do tempo. O curso dessa afecção pode ser influenciado por condições médicas
ou genéticas subjacentes e por condições comórbidas (deficiências auditivas ou visuais e epilepsia). Em
contrapartida, intervenções precoces e continuadas podem melhorar o funcionamento adaptativo na
infância e na vida adulta, de forma que em alguns casos pode ocorrer melhora significativa da função
intelectual, tomando o diagnóstico de deficiência intelectual como não mais apropriado
SÍNDROME DE DOWN
A Síndrome de Down (SD) ou trissomia do 21 é uma condição humana geneticamente
determinada, é a alteração cromossômica (cromossomopatia) mais comum em humanos e a
principal causa de deficiência intelectual na população. A SD é um modo de estar no mundo
que demonstra a diversidade humana. A presença do cromossomo 21 extra na constituição
genética determina características físicas específicas e atraso no desenvolvimento. Sabe-se
que as pessoas com SD quando atendidas e estimuladas adequadamente, têm potencial para
uma vida saudável e plena inclusão social. No Brasil nasce uma criança com SD a cada 600 e
800 nascimentos, independente de etnia, gênero ou classe social. O termo “síndrome”
significa um conjunto de sinais e sintomas e “Down” designa o sobrenome do médico e
pesquisador que primeiro descreveu a associação dos sinais característicos da pessoa com
SD. As diferenças entre as pessoas com SD, tanto do aspecto físico quanto de
desenvolvimento, decorrem de aspectos genéticos individuais, intercorrências clínicas,
nutrição, estimulação, educação, contexto familiar, social e meio ambiente. Apesar dessas
diferenças, há um consenso da comunidade científica de que não se atribuem graus à SD
SÍNDROME DE DOWN
Tendo sido a primeira descrição completa num grupo de pacientes, este conjunto
de sinais e sintomas passou a ser chamado de síndrome de Down, em
reconhecimento a Langdon Down. Infelizmente também se assimilou como uso
corrente o termo “mongolismo”, que deve ser evitado devido à conotação
pejorativa. Lejeune e colaboradores, em 1959, demonstraram a presença do
cromossomo 21 extra nas pessoas com SD. A expectativa de vida das pessoas
com SD aumentou consideravelmente a partir da segunda metade do século XX,
devido aos progressos na área da saúde principalmente da cirurgia cardíaca.
SÍNDROME DE DOWN
Apesar da experiência acumulada nos últimos anos, não é possível prever qual o
grau de autonomia que uma criança com SD terá na sua vida adulta. O potencial a
ser desenvolvido é sempre uma fronteira a ser cruzada diariamente. No entanto, é
consenso para as equipes que atuam no cuidado da pessoa com SD que todo
investimento em saúde, educação e inclusão social resulta em uma melhor
qualidade de vida e autonomia.
O aspecto das crianças com síndrome de Down é bastante típico e não se tem
dúvidas do diagnóstico desde o momento do nascimento. Em geral, costumam
nascer menores que os outros bebês, possuindo grandes bochechas, olhos
amendoados relativamente distantes um do outro, língua protrusa, que geralmente
se projeta para fora da boca. Sua face e expressão como um todo, mostram sinais
característicos, como a prega epicântica e o formato oblíquo da fenda palpebral.
SÍNDROME DE DOWN
O rosto é redondo, pois o crânio é achatado, podendo apresentar retardo no
fechamento das fontanelas (moleiras) e os cabelos são finos e em pouca quantidade. A
baixa estatura é uma das principais características dos indivíduos com síndrome de
Down. Os braços e as pernas são curtos; as orelhas são implantadas um pouco abaixo
do normal; o nariz pequeno e o pescoço curto. As mãos são menores, atravessadas por
uma única prega transversa e o dedo mínimo se mostra ligeiramente curvo. Os genitais
geralmente são pouco desenvolvidos. Os pés possuem um sulco profundo na sola e um
grande afastamento entre o primeiro e o segundo artelho. Um dos sinais mais
encontrados e marcantes é a hipotonia muscular, que vai acompanhar o paciente
durante toda a infância, e às vezes por toda sua vida, responsabilizando-se por
importante retardo no desenvolvimento motor. No exame neurológico praticamente
todos os reflexos pesquisados são fracos e lentos e os marcos de desenvolvimentos
como sentar, levantar e andar surgem lentamente. Nem sempre os sintomas são
encontrados em sua totalidade nos indivíduos afetados. A ausência de alguns sinais,
portanto, não invalida o diagnóstico clínico.
SÍNDROME DE DOWN
Com relação ao seu temperamento, os indivíduos com SD podem ser caracterizados
como dóceis, afetuosos, meigos, alegres e felizes na maioria das vezes. Porém,
existem ideias pré-concebidas que buscam estereotipar esse comportamento a todos
eles, o que não é compatível com o real, pois são únicos e apresentam diferenças em
relação à personalidade e temperamento como qualquer outro indivíduo
SÍNDROME DO X FRÁGIL
Conhecida também como síndrome de Martin -Bell, a síndrome do X Frágil é uma
condição genética que causa debilidades intelectuais, problemas de aprendizado e
de comportamento, além de diversas características físicas peculiares. Ainda que
ocorra em ambos os gêneros, afeta mais frequentemente os meninos e geralmente
com grande severidade. A Síndrome do X Frágil é a forma herdável mais comum de
deficiência intelectual moderado a grave, sendo a SINDROME DE DOWN a primeira
entre todas as causas, porém a síndrome de Down não é herdada e sim uma
fatalidade na maioria das vezes
SÍNDROME DO X FRÁGIL
A síndrome do X Frágil é tão comum que requer consideração no diagnóstico
diferencial de deficiência intelectual e está entre as indicações mais frequentes para
a análise de DNA, a consulta genética e diagnóstica pré-natal. Estima-se que a
incidência da síndrome ocorra em 1 em cada 4.000 nascimentos masculinos e em 1
em 8.000 meninas. O nome “X-frágil” refere -se a um marcador citogenético no
cromossomo X, um sítio frágil no qual a cromatina não se condensa
apropriadamente durante a mitose.

"As características físicas, geralmente, são marcantes no gênero masculino, mas,


podem afetar o gênero feminino (FRYNS, 1986 apud CARVALHO, 2003
X Frágil
Ainda que ocorra em ambos o s sexos, afeta mais frequente mente os meninos e
geralmente com grande severidade. A incidência ocorre, aproximadamente em cada
2000 nascimentos de menino s, 1 é afetado, e em cada 4000 meninas nascidas, 1 é
portadora da mutação, porém com quadro mais brando. A maior frequência em
homens é atribuída ao fato de eles apresentarem apenas 1 cromossomo X. Como
as mulheres apresentam 2 cromossomos X, um sadio compensa o outro

Dentre as características predominantes no gênero masculino, constam: hiperatividade,


impulsividade, concentração reduzida, dificuldade em lidar com os estímulos sensoriais,
impaciência ou agressividade em situações altamente estimulantes, ansiedade social, recusa ao
pedido de interação social,dificuldade de adaptação, desagrado com alterações de rotina, baixa
tolerância à frustração, irritabilidade e explosões emocionais, comportamento ritualístico,
estereotipias, facilidade para imitação, evitação do contato visual e tátil
(CARVALHO, 2003, apud RUIVO, 2010, p.2).
Os indivíduos afetados pela síndrome do X Frágil geralmente tem um atraso no
desenvolvimento da fala e da linguagem aos dois anos. A maioria dos homens com a
síndrome do X frágil tem de ligeira a moderada deficiência intelectual, enquanto cerca de
um terço das mulheres afetadas são intelectualmente deficientes. Crianças com a
síndrome do X Frágil podem também ter ansiedade e comportamento hiperativo, como
inquietação e impulsividade. Podem sofrer ainda de Desordem do Déficit de Atenção
(DDA), o que inclui não conseguir prestar atenção e dificuldade de concentração para
tarefas específicas. Cerca de um terço dos indivíduos com a síndrome do X Frágil tem as
características do autismo de amplo espectro, desordem que afeta a comunicação e a
interação social. Convulsões o correm em cerca de 15 % do s meninos e 5 % das meninas
afetadas com a síndrome do X Frágil.

As características físicas, geralmente, são marcantes no gênero masculino, mas, podem afetar o
gênero feminino. As mais frequentes são: face alongada; orelhas grandes ou em abano;
macrorquidia (testículos aumentados); testa proeminente; palato em ogiva; estrabismo; e
alterações no aparelho osteoarticulatório
ALTAS HABILIDADES /
SUPERDOTAÇÃO

No Brasil, há mais de 2,5 milhões (3,5-5%) de alunos com altas habilidades/superdotação –


AH/SD matriculados nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, de acordo com estimativas da
Organização Mundial da Saúde. No entanto, a falta de identificação desses alunos, nas escolas,
impede a organização de ações voltadas para suas especificidades. Os alunos com AH/SD são
público-alvo da Educação Especial e necessitam de Políticas Públicas que amparem e garantam
sua real inclusão no ensino regular comum, pois percebe-se que estes não têm suas
necessidades atendidas em razão das dificuldades no processo de identificação, assim como
dos mitos que os circundam.
ALTAS HABILIDADES /
SUPERDOTAÇÃO

https://www.youtube.com/watch?v=dYqkMqvKevo
ALTAS HABILIDADES /
SUPERDOTAÇÃO

https://www.youtube.com/watch?v=3UNMdZLXj6Y
Como podemos pensar e
construir espaços
inclusivos?
Pensando em práticas profissionais e sociais

https://www.youtube.com/watch?
v=OHma93eZiBY
Barreiras: discriminação;
estereótipos, estigmas;
preconceito; capacitismo.
Cada deficiência, seus estigmas e
preconceitos sociais atribuidos.
Barreiras afetam na infância: acesso ao social, a
educação básica.

Diferença entre educação espesial e inclusiva


Por definição, a educação inclusiva consiste em ir além da integração, isto é,
além de colocar crianças com e sem deficiência juntas, seria garantir um
ambiente de aprendizado livre da discriminação e com oferta de iguais
oportunidades de conhecimento.
Por sua vez, a educação especial é conhecida como aquela que se volta de
forma exclusiva para a deficiência e as especificidades das crianças, assim,
quase sempre criando um ambiente isolado das escolas regulares,
separando alunos sem deficiência e com deficiência.

https://www.youtube.com/watch?v=4qCbiCxBd2M

Importância do acompanhamento
multidisciplinar na infância

Equipe multi e atendimento especializado


com base nas demandas de estimulação
das crianças;
Alta carga horária de estimulação, de 10h
a 40h semanais;
Dentre as especialidades: Psicologia,
Terapia Ocupacional, Fisioterapeuta,
Fonoaudiologia,
https://www.youtube.com/watch?v=SNRFDkKEqhk
A apraxia da fala na
infância
Transtorno neurológico motor pouco
debatido no Brasil, a Apraxia de Fala na
Infância afeta 2 a cada 1.000 crianças

Pode estar associado ao TEA ou não: é uma condição neurológica > afet
habilidade em producir e sequencializar os sons da fala

INTENÇÃO DE FALA > MENSAGEM DA FALA > NÃO CONSEGUIR FALAR


Primeiros sinais da Apraxia
fala é limitada, com pobre repertório de palavras e/ou apresentam
fala de difícil compreensão (a fala não é clara). Quanto mais extensa a
palavra, maior a dificuldade.

ATENÇÃO AOS COMPS DO BEBÊ: Balbuciar e emitir sons são características que fazem
parte do desenvolvimento do bebê. De acordo com a Dra. Elisabete Giusti,
fonoaudióloga e conselheira técnica da Abrapraxia (Associação Brasileira de Apraxia
de Fala na Infância), os pais devem prestar atenção se a criança é muito quietinha ou
silenciosa. Ela também pode ter dificuldades em mastigar, soprar, sensibilidade para
escovar os dentinhos e até mesmo seletividade alimentar.

DIAGNÓSTICO PRECOCE E INTERVENÇÃO MULTIPROFISSIONAL: URGENTE!


O brincar na infância
neurodvergente, da
criança com deficiência
Importante! Brincar promove
desenvolvimento! O brincar social é ainda
mais protetivo para promoção de
desenvolvimento
https://www.youtube.com/watch?v=I-UMVQ9uSIc&t=9s
O maternar/paternar
atípico

https://www.youtube.com/watch?v=9eyCmr7At04&t=19s

estimulação; afeto; aumento do conhecimento relacionado a


deficiência amplia possibilidades

CONCEPÇÕES METAFÍSICA: ADOÇÃO OU BARREIRA;


CONCEPÇÃO BIOLÓGICA: CAPACITISMO, RECUSA;
CONCEPÇÃO SOCIAL: INCLUSÃO.

INDICAÇÃO: LIVRO DESSEN

Modelo de Ensino pelos


pressupostos da
Psicologia Histórico
Cultural

https://www.youtube.com/watch?
v=KxEaHMxi7wE
FASES DO
DESENVOLVIMENTO -
ADOLESCÊNCIA -
DESENVOLVIMENTO
NEUROATÍPICO

PROFª TAIZE DE OLIVEIRA


ADOLESCÊNCIA
GRUPOS SOCIAIS E
IDENTIDADE
SEXUALIDADE
MERCADO DE TRABALHO ESCOLHA PROFISSIONAL

BARREIRAS ATITUDINAIS: PRINCIPAL IMPACTO NO ADOLESCER ATÍPICO, SEJA POR UM TRANSTORNO, DEFICIÊNCIA OU
CONTEXTO SOCIAL.
BARREIRAS

A DEFICIÊNCIA PODE SER CONGÊNITA


OU ADQUIRIDA;

AS DIFERENÇAS EM BARREIRAS
PODEM ESTAR ATRELADAS AOS
PRECONCEITOS,ESTEREÓTIPO E
ESTIGMAS;

SE HOUVE ESTIMULAÇÃO PRECOCE,


MAIORES SERÃO ALCANCES EM
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO, FISICO
E SOCIOEMOCIONAL

HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?
V=5PRVUDADH-A
IDENTIDADE - SUPORTE EMOCIONAL ADOLESCENTE E
FAMÍLIA
SOCIAL: AMIGOS
FAMÍLIA

COGNITIIVO:
INDEPENDÊNCIA
AUTONOMIA X
CAPACITISMO
EMOCIONAL: COMPARAÇÕES,
ACEITAÇÃO;
HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=7EE-
54IV8Q0
AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA -
ADOLESCER ATÍPICO

IMPORTÂNCIA DA TERAPIA AO LONGO DO DESENVOLVIMENTO;


MORADIAS ASSISTIDAS;
TERAPIA E ORIENTAÇÃO PARENTAL;
DIFERENTES CESSOS = DIFERENTES ALCANCES
1. MUDANÇA DO CORPO
COMO NO TÍPICO: mudanças biológicas
decorrentes da puberdade resultam em um
rápido aumento da altura e do peso, em
alterações nas formas e proporções do corpo
e na maturação sexual.

MUDANÇAS 2. PUBERDADE
Pode seguir curso do desenvolvimento
esperado, ou pode ser tardio. Por exemplo,
se há sindromes, geralmente é tardia a
puberdade.

3. COGNITIVO E MOTOR
Dependendo da deficiência e estimulação pode
ter atraso ou se mostrar avançado.
Fases do
desenvolvimento - Vida
adulta - desenvolvimento
neuroatípico
Aspectos que já haviam
barreiras sociais, podem se
intensificar

Mercado de trabalho;
Relacionamentos e sexualidade: estigmas;
Autonomia e independência;
Acesso e inclusão aos diversos ambientes de lazer e
socialização;
"Produtivismo" e lógica neoliberal;
E quando a deficiência é
adquirida na vida adulta?

Desenvolvimento pode sofrer regressões;


Desenvolvimento pode ampliar quanto as novas
demandas de aprendizagens;
Questões emocionais clínicas passam a ser pincipais
demandas: mudanças de estilos de vida e projetos de
vida;
Construção de novos padrões
DESCOBERTA DE AH-SD - VIDA ADULTA

HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=U1UITF5V7FQ
Já há uma estagnação cognitiva, dependendo da estimulação, pode iniciar
declínios;

Motor também pode sofrer alterações já previstas, quanto ao orgânico e


ambiental, e podem ser acelerados pela aestimulação ou ausência dela.
Barreiras da própria Psicologia:
comunicação e acessibilidade;

Questões emocionais vinculadas ao


social e as barreiras sociais;

Exclusão como demanda clínica.


O Desenvolvimento Adulto

O século XX assistiu a importantes mudanças no que tange à compreensão da psicologia sobre o


desenvolvimento humano. Pode-se dizer que se partiu de uma concepção de desenvolvimento como etapas de
crescimento, estabilidade e declínio. Passou-se à consideração sucessiva da infância e da adolescência como
estágios de desenvolvimento que objetivavam conclusão na fase adulta. Chegou-se, então, a uma noção bem
mais ampla de desenvolvimento humano, que o entende, genericamente, como transformação ou mudanças em
nível de funcionamento e comportamento, que ocorre durante todo o ciclo de vida. Percorre múltiplos caminhos
que se diversificam com o avanço da idade, pelo cruzamento de variáveis biológicas, culturais e uma série de
acontecimentos de vida que marcam comportamentos e personalidades (Fonseca, 2007; Oliveira, 2004). Além
disso, as teorizações sobre o desenvolvimento têm dado progressivo valor à noção dos indivíduos como
produtos e produtores de seu desenvolvimento, exercendo nele papel ativo e intencional.
Novas formas: de se relacionar; de participação social;
de práticas culturais e esportivas

Já há uma estagnação cognitiva, dependendo da estimulação, pode iniciar


declínios;

Motor também pode sofrer alterações já previstas, quanto ao orgânico e


ambiental, e podem ser acelerados pela aestimulação ou ausência dela.
DIFERENÇA MORADIA ASSISTIDA E RESIDÊNCIA INDEPENDENTE

https://www.youtube.com/watch?v=vDaFVU9aLOU
DIFERENÇA MORADIA ASSISTIDA E RESIDÊNCIA INDEPENDENTE

https://www.youtube.com/watch?v=eD5lRq1uNuk&t=20s
RESIDÊNCIA INDEPENDENTE

https://www.youtube.com/watch?v=PqbEltmwhR0
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE

Ressignificar vida e autonomia;


Pode agravar dependência, depende de suporte e
fatores ao longo do desenvolvimento;
Geralmente contam com o suporte da terapia
Ocupacional;
Redes sociais podem estar estabelecidas.
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
APECTOS COMUM NOS ESTUDOS:

qualidade de vida;
sexualidade;
Experiências e inserções sociais;

TENDÊNCIA A INFANTILIZAÇÃO SOCIAL DELES - EM


ESPECIAL COM DI;
NECESSIDADE OU NÃO DE CUIDADORES.
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
Segundo IBGE:
A população idosa representa o grupo que mais cresce no
país (4% ao ano);
As projeções populacionais do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, em 2031, o
número de idosos do país (43,2 milhões) vai superar pela
primeira vez o número de crianças e adolescentes, de 0 a 14
anos (42,3 milhões);
Cerca de 63% dos idosos brasileiros apontaram, no último
Censo Demográfico, ter alguma deficiência;
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
Estereótipos: envelhecer = deficiências. E é?
Perda de funções são comuns no processo do envelhecimento;
Há um Estatuto do Idoso e considera que essa população deve
ter preferência;
No estado de São Paulo, cerca de 60% da população idosa possui
ao menos uma deficiência, segundo dados de 2010;

NECESSIDADE DE POLIICAS ESPECÍFICAS PARA PESSOAS IDOSAS E


COM DEFICIÊNCIA > PROJETO "ENVELHECIMENTO E DEFICIÊNCIA:
DIREITOS E POLÍTICAS PÚBLICAS"

ENVELHECIMENTO DE PCD X ENVELHECIMENTO E DEFICIÊNCIA


ADQUIRIDA
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE

Textos importantes do livro:

1. Eventos de vida e envelhecimento humano;


2. Desempenho de memória e percepção do controle
no envelhecimento saudável;
3. Autoeficácia, memória e envelhecimento;
4. O envelhecimento do cérebro e memória.
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
Eventos de vida e envelhecimento humano

Eventos de vida são importantes para promoção de desenvolvimento > orienta


personalidade, enfrentamento de desafios ao ajuste biológico, social e
psicológico;
Importância de eventos positivos e negativos na determinação de esados de
saúde e bem estar no envelhecimento;
os eventos: como se dão nessa fase;
em que medida o indivíduo tem controle sobre os eventos de vida;
Eventos e psicoterapia clínica.
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
Eventos de vida e envelhecimento humano

Eventos de vida = evento de transição, período de mudanças, entre


dois períodos estáveis;

Exemplos de eventos: morte de um ente, uma viagem, mudança de


cidade, desemprego, aposentadoria, nascimento (filho/neto); >
DEFICIÊNCIA PODE SER EVENTO, QUANDO ADQUIRIDA OU QUANDO
AGRAVADA;

DIFERE DE PEQUENOS EVENTOS ESTRESSORES DO DIA A DIA!


VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
Eventos de vida e envelhecimento humano

EVENTOS ESPERADOS/NORMATIVOS: MENOPAUSA, APOSENTADORIA,


NASCIMENTO NETOS, VIUVEZ; MORTES, ETC;
INESPERADOS/NÃO NORMATIVOS: DEFICIÊNCIA, ACIDENTES, PERDA DE
EMPREGO, ETC;

EVENTOS > ESTRESSE > AVALIAÇÕES COGNITIVAS PARA EFEITOS DE


EVENTOS ESTRESSORES NO DESENVOLVIMENTO > "ACELERA"
PREJUÍZOS COGNITIVOS DA FASE;

EVENTOS CRÍTICOS: RELEVANTE E DESAFIA CRENÇAS DE COMPETÊNCIA,


AUTOEFICÁCIA, AUTOESTIMA E AUTENTICIDADE! > A DEFICIÊNCIA
ADQUIRIDA PODE SER UM EVENTO CRÍTICO!
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
Desempenho de memória e percepção do controle no envelhecimento saudável;

Pesquisas demonstram que a memória operacional e a memória


episódica são vulneráveis ao processo de envelhecimento biológico;
Teorias indicadas nos estudos: diminuoção na velocidade do
processamento das informações; alterações cognitivas; mudança no estilo
de vida (redução nas oportunidades de estimulação cognitiva em virtude
de ou isolamento social);

Menos tarefas de estimulação nessa função: redução da função >


necessidade de estimulação > AUMENTO DE DEMANDA, AUMENTO DE
REPERTÓRIO E FUNÇÃO > CONSIDERAR DEFICIÊNCIA (INTELECTUAL,
POR EXEMPLO);
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
Desempenho de memória e percepção do controle no envelhecimento saudável;

AUTOEFICÁCIA: REPRESENTA A AVALIAÇÃO SOBRE SUA CAPACIDADE DE


DESMPENHAR TAREFA EM DOMÍNIO PARTICULAR; > AFETA MOTIVAÇÃO,
PERSISTÊNCIA E O ESFORÇO > AGRAVO NO CONTEXTO DE PCD (ESTIGMAS,
ESTEREÓTIPOS, CAPACITISMO);

METAMEMÓRIA: COGNIÇÕES SOBRE OS PROCESSOS DE MEMÓRIA:


CONHECIMENTO SOBRE DEMANDAS DE TAREFA OU ESTRATÉGIAS PARA
RESOLVER QUESTÃO MEMÓRIA> AVALIAÇÕES: ESTRATÉGIA, TAREFA,
CAPACIDADE, MUDANÇA, ANSIEDADE, METAS, CONTROLE > RELACIONA
CRENÇAS AOS DESEMPENHOS;
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
Desempenho de memória e percepção do controle no envelhecimento saudável;

CRENÇAS SOBRE MEMÓRIA E O FUNCIONAMENTO COGNITIVO EM IDOSOS;


CRENÇAS RELACIONADOS AO CONTROLE E DESEMPENHO DE TAREFAS;

COMO ESSAS CRENÇAS SÃO CONSTRUÍDAS E REFORÇADAS PELO SOCIAL? COMO


SÃO AGRAVADAS NO CONTEXTO DE SER PCD? POR QUE?
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
Autoeficácia, memória e envelhecimento;

REGRAS SOCIAS E CONVÍVIO REFORÇA CRENÇAS! ESTABELECE E MANTÉM!

JULGAMENTO SOCIAL SOBRE O


IDOSO E SUA AUTOEFICÁCIA >
JULGAMENTO SOCIAL SOBRE
INDEPENDÊNCIA E AUTOEFICÁCIA
DO IDOSO COM DEFICIÊNCIA;

NEM SEMPRE O FISIOLÓGICO,


ORGÂNICO, É DETERMINANTE
PARA AS MUDANÇAS!

ESTRATÉGIAS DE COMPENSAÇÃO
AUXILIAM EM DECLÍNIOS!
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
Autoeficácia, memória e envelhecimento;

DIMENSÕES DA METAMEMÓRIA:

autoeficácia se relaciona a
metamemória > pensar em
contexto clínicos o que mudou de
contexto e o que pode ser
retomado, de outra forma:

exercicios físicos (adaptados);


funcionamento social;

correlação entre atividade cognitiva


e física nessa fase!
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
O envelhecimento do cérebro e memória.

https://www.youtube.com/watch?v=IzcHL1REBis
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
O envelhecimento do cérebro e memória.
DIFERENTES MEMÓRIAS E FUNÇÕES > AO LONGO DA VIDA O CÉREBRO APRESENTA
MUDANÇAS MORFOFUNCIONAIS E BIOQUÍMICAS;
ALTERAÇÃO DO CÉREBRO COM O ENVELHECIMENTO > REDUÇÃO DA MASSA
CEREBRAL;
ALTERAÇÕES QUE ACARRETA DÉFICITS EM CODIFICAÇÃO, ARMAZENAGEM E RESGATE
DA INFORMAÇÃO;
DIMINUIÇÃO DE VELOCIDADE DE PROCESSAMENTO;
VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
O envelhecimento do cérebro e memória.
ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS:
ALZHEIMER (ATROFIA EM ÁREAS FRONTAI, TEMPORAIS, PARIENTAIS E CORTICAIS
ASSOCIATIVAS)

DEMÊNCIAS (ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS EM MEMÓRIAS - FROTOTEMPORAL,


VASCULAR, CORPÚSCULO DE LEWY;

PARKISON > 65% EVOLUEM PARA DEMÊNCIA > ALTERA FUNÇÕES EXECUTIVAS COMO
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DE TAREFAS;

DEMÊNCIAS REVERSÍVEIS: HIPOTIREOIDISMO, DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12,


VASCULITE CEREBRAL, NEUROSSÍFILIS, ENCEFALOPATIAS INFECCIOSAS

NECESSIDADE DE DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL!


VIDA ADULTA TARDIA - VELHICE
O envelhecimento do cérebro e memória.

https://www.youtube.com/watch?v=cl8KTsBzPNk

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