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As dificuldades para inclusão da criança autista no contexto escolar.

2020

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4
OBJETIVO 6
JUSTIFICATIVA 7
DISCUSSÃO 7
CONSIDERAÇÕES FINAIS 14
BIBLIOGRAFIA 15

1. Introdução
2. Objetivos
3. Justificativa
4. Discussão
5. Considerações Finais
6. Referências
7. Anexos
INTRODUÇÃO

- DEFINIÇÃO

O autismo, também conhecido como TEA’s (transtornos do espectro autista),


são transtornos que afetam aspectos significativos na interação social, sendo esta
sua principal característica definidora. A condição e o termo autista foi descrita e
usada inicialmente pelo Dr. Leo Kanner, em 1943. Kanner analisou cerca de 11
crianças com um “distúrbio inato do contato afetivo”, ou seja, elas chegam ao mundo
sem o interesse habitual nas outras pessoas e no contato social. Em sua análise,
percebeu que as crianças exibiam uma resistência à mudança, sendo este um dos
comportamentos mais típicos, vistos com mais frequência em crianças autistas
atualmente, junto com as chamadas estereotipias, comportamentos motores
aparentemente sem propósito. Kenner ainda discorre sobre a linguagem, umas das
áreas que o autismo pode afetar. Para ele, mesmo que a linguagem de uma criança
autista se desenvolvesse ela seria anormal, podendo apresentar dificuldades de
entonação (fala como a de um robô, por exemplo), ecolalia (eco na linguagem) e
confusão de pronomes pessoais. Kanner em seu relato inicial considerava que havia
dois elementos essenciais para o diagnóstico do autismo, sendo o primeiro
isolamento social e o segundo comportamentos anormais e insistência nas mesmas
coisas.
Já na década de 1970, houve um consenso de que o autismo era
caracterizado pelo déficit no desenvolvimento social, comparado às crianças sadias,
déficit na linguagem e habilidades de comunicação, resistência à mudanças ou
insistência nas mesmas coisas (estereotipias, adesão inflexível a mudanças, etc) e
tendo início nos primeiros anos de vida. Em 1980, o transtorno foi incluído na
terceira edição das diretrizes diagnósticas oficiais da American Psychiatric
Association (um livro intitulado Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais; DSM-III [APA, 1980]). Para que o transtorno entrasse no DSM-III foi
preciso encontrar uma classe ao qual o autismo poderia pertencer, foi escolhida a
designação de transtorno pervasivo do desenvolvimento (TPD). Mas foi com o
DSM-IV, após algumas décadas de revisões, que houve uma ampliação nas
condições, indo muito além do autismo dentro da categoria do TPD.
A definição de Kenner é considerada clássica, mas ela não foi a única, sendo
assim algumas correções em sua fala precisam ser feitas. Para Kenner, crianças
com autismo tinham uma inteligência normal, visto que elas se saiam muito bem em
certas partes do teste de inteligência (QI). Mas crianças com autismo tendem a ser
boas em certas coisas, como resolver enigmas, mas quando se volta para a
linguagem em si nós podemos perceber as dificuldades.

- CAUSAS

Apesar de existirem vários estudos para se encontrar o motivo, a causa do


autismo ainda não é conhecida. Acredita-se que existam de 3 à mais de 10 genes
ligados à doença, fora que o espectro autista tem sido relacionado à uma
anormalidade de todos os cromossomos (Carvalheira, Vergani, Brunoni, 2004).
São várias as controvérsias em relação aos genes apontados como causa do
autismo, mas também se têm motivos para acreditar que, com esses genes se
tornando conhecidos, possam influenciar no surgimento de novos agentes
terapêuticos que poderão agir em alvos moleculares específicos. Os trabalhos
realizados também apontam que os defeitos sociais e cognitivos se relacionam à
uma ampla variação fenotípica do autismo (Carvalheira, Vergani, Brunoni, 2004).
Assim sendo, mesmo que se tenha ampliado os estudos para descobrir qual a
causa da doença, ainda não se têm uma resposta específica para seu surgimento,
mas o aumento do espectro fenotípico do autista poderá ajudar a encontrar os genes
que à abrangem para que dessa maneira em breve possa encontrar uma resposta
do seu agente (Carvalheira, Vergani, Brunoni, 2004).

- TRANSTORNO DE ASPERGER

O transtorno de Asperger é caracterizado pela sua dificuldade na interação


social, problemas motores significativos, interesses limitados, assim como é notado
no autismo. Por serem considerados do mesmo espectro e ter algumas
semelhanças, o Autismo e a Síndrome de Asperger (Transtorno da Personalidade
Autista), de acordo com DSM-5, estão classificados na mesma condição.
Ao longo do desenvolvimento precoce do TA, é notório uma ausência do
retardo na linguagem pronunciada e também em sua percepção, como em seu
cognitivo, suas habilidades no que se diz respeito ao seu autocuidado e curiosidades
relacionadas ao ambiente (Klin, 2006).
Geralmente o transtorno é descoberto aproximadamente aos três anos,
diferente do autismo, que é percebido na criança por volta de um ano de idade.
Apesar de sua dificuldade na interação social, as pessoas com esse transtorno têm
interesse pelo convívio em sociedade, o que na maioria das vezes não se encontra
no autista, este por sua vez têm um pouco interesse no convívio em sociedade. O
TA é acompanhado por uma hiperatividade, maneiras impulsivas e antissociais de
agirem, além de movimentos e falas repetitivas (Assis, 2017).
Mesmo tendo suas características específicas, o tratamento de ambos deve
ser feito com terapias, mas no caso do autismo existem também remédios que
ajudam na melhoria da qualidade de vida. Contudo, o acompanhamento em terapias
ocupacionais, psiquiatria, fonoaudiólogos, também é essencial para auxiliar nas
dificuldades do desenvolvimento do indivíduo (Assis, 2017).

- TRATAMENTO

Nas décadas de 1950 e 1960, o tratamento para pessoas autistas era focado
principalmente na correção de problemas relacionados a privação emocional. A
partir de pesquisas feitas na década de 1960, em que sugerem uma forte base
cerebral para o transtorno, as intervenções começaram a mudar. Em 1970, a partir
de trabalhos efetuados, foi possível concluir que intervenções estruturadas com
grandes componentes comportamentais e de educação especial surtiam mais
efeitos do que a psicoterapia estruturada.
O planejamento do tratamento deve ser estruturado conforme a idade do
paciente, assim, com crianças pequenas por exemplo, a prioridade seria com
terapias de fala, interação social/linguagem, educação especial e suporte familiar. Já
na adolescência, o foco seria as habilidades sociais, terapia ocupacional e
sexualidade. Já na fase adulta, o foco seria com questões de moradia e tutela.
OBJETIVO
Analisar as dificuldades enfrentadas pela criança com autismo para a inclusão
na escola.
Objetivos específicos: realizar pesquisa bibliográfica sobre o tema em
questão.

JUSTIFICATIVA

Ao percebermos a complexidade de inclusão da criança autista no âmbito


escolar, complexidade esta que foi encontrada a partir de relatos familiares e relatos
de atuação prática, intuímos, a partir de estudos sobre pessoas com deficiência, que
seja importante a quebra do estigma social a respeito da incapacidade muitas vezes
relacionada às pessoas que se enquadram no espectro autista. O intuito do presente
trabalho é demonstrar que em muitas vezes o autista é capaz e inteligente, porém
tem dificuldades em seu desenvolvimento por ter pouco apoio no que se diz respeito
à educação oferecida na escola.
DISCUSSÃO

- O QUE SERIA EDUCAÇÃO?

A origem da palavra educação é visto no latim como “educare” que tem por
significado, orientar, guiar. Mas hoje, etimologicamente, pode se dizer que a
educação do verbo educar, significa “trazer luz a ideia” com sentido de disciplinar ou
preparar uma pessoa para o mundo.
As tendências educacionais quase sempre são decorrentes do momento
histórico, é difícil dizer quando começou, mas pode-se imaginar que sempre existiu,
podemos assim citar um grande avanço que acontece na Grécia, para alguns até o
início do que se chama de educação.
A formação grega tinha por objetivo a busca do “homem virtuoso” (aristos),
isso falando especificamente do período anterior a Platão – ou período homérico.
Segundo Jaeger (2013, p.23) , o conceito de areté é importante para se
compreender a educação Grega. Areté, muito embora seja traduzido por “virtude”,
“excelência”, talvez fosse um termo mais apropriado. E tal conceito é, deveras,
praticamente impossível de ser desconciliado do ideal de formação do homem
grego.
A questão educativa grega não era elaborada – num sentido metodológico -
especificamente por alguma organização institucional. Na verdade, a educação era
iniciada nas relações familiares e era tida como algo comum e natural (JAEGER,
1986,p.17). Então, segundo MURARI, AMARAL e PEREIRA (2009, p 06) algo
importante a se considerar é “que a educação do chamado período homérico não
se preocupava com métodos de aprendizagem, mas, estava direcionada ao seu fim,
ou seja, à determinação da finalidade da educação e aos meios para concretizá-la.”
Aristóteles em Ética a Nicômaco começa a desenvolver seu pensamento
sobre a virtude. Ele analisa o que seriam atributos de um homem bom ou mau em
relação a conceito de areté (MANIERI, 2017, p17). O objetivo da educação era o de
formação do homem com o equilíbrio entre o preparo físico e a formação espiritual
com a poesia e a música. Inclusive, de acordo com Ferreira (2010,p 28), “Os
Gregos davam grande importância ao ensino destas duas artes que então não
estavam tão separadas como hoje”. Lembremos que parte da poesia, sobretudo a
lírica, destinava-se a ser cantada e que não havia distinção entre o poeta e o
músico. Junto do citarista e do gramatista, os jovens aprendiam a cantar e a recitar
as obras dos grandes autores, algumas delas de cor.”
A formação grega tinha o intuito de ser algo muito amplo; passando pela
linguagem, matemática, ciências da natureza e educação do físico. A princípio tais
valores educativos eram trazidos pelos poetas gregos que mediante sua poesia,
eram transmitidos os valores, ideais de moralidade, ética e política (Ragusa e
Brunhara, 2017, p11).
Mas no sentido para um compreensão mais ampla a educação não se deve
levar em consideração somente o ato de ensinar e aprender, pois a educação está
relacionada ao processo de desenvolvimento físico, cognitivo e social. A
concepção de educação de Freire está fundada no caráter inconcluso do ser
humano. O homem não nasce homem, ele se forma homem pela educação. (Cf.
FREIRE, 2000b, p. 40).
Levando em consideração essas ideias podemos pensar que a educação é o
meio fundamental de socialização, transmissão de hábitos, costumes,
comportamentos, valores de uma geração para outra geração, a educação hoje
busca possibilitar crescimento individual como a reprodução social e cultural. É
também a melhor ferramenta de luta contra qualquer tipo de exclusão e contra todo
tipo de injustiça, pois a educação forma o sujeito.
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho. Significa portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de se estar com
outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança aos conhecimentos
amplos da realidade. (Brasil,1998, p 23). Diz o artigo 205 da Constituição Federal de
1988: "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho".
- O QUE SERIA EDUCAÇÃO INCLUSIVA?

A Educação Inclusiva, favorece a diversidade dentro de uma escola regular,


com o objetivo de permitir a convivência e a integração social dos alunos com algum
tipo de deficiência.
É preciso compreender que as pessoas pensam, sentem, agem e vivem o
mundo de forma diferente, independentemente se tem ou não alguma deficiência.
Com isso, dentro de uma escola tomar consciência da diversidade dos alunos,
atender às diferenças individuais, respeitar as necessidades, valorizar todos por
igual inclusive àqueles que têm dificuldades de aprendizagem ou no
desenvolvimento já são práticas importantíssimas de inclusão.
Porém, Educação Inclusiva vai além em apenas aceitar e compreender as
condições físicas e sociais dos alunos. É preciso uma adaptação geral para receber
todos por igual em um mesmo ambiente. Como cita Carvalho, Rosita: “Inclusão não
é o aluno que se molda ou se adapta à escola, mas a escola consciente de sua
função coloca-se a disposição do aluno”.
Primeiro, os professores de uma Educação Inclusiva, precisam de
informações apropriadas, um suporte técnico, se possível especializações na área,
trabalhar sempre em conjunto com a direção da escola e essa com a secretaria de
educação municipal dando continuidade ao desenvolvimento profissional de cada
um e aprofundando no conhecimento, para andar junto com o crescimento da
sociedade e as demandas que ela proporciona, porque todas as crianças com
deficiência têm o mesmo direito à escolarização o mais próximo possível do normal
e o objetivo é que elas atinjam o seu potencial máximo.
A infraestrutura é também de suma importância, não tem como haver inclusão
se o acesso é restrito. O acesso físico do ambiente, deve ser bem elaborado,
pensando na boa comodidade para todos, desde rampas, corredores largos,
carteiras apropriadas, salas amplas até materiais pedagógicos específicos para cada
tipo de deficiência.
E por fim, a escola precisa ter parceria com os pais que é essencial nesse
processo de inclusão e também ser integrada à comunidade para que o processo se
concretize de maneira mais eficaz e flua o mais natural possível. Bom, ainda é um
assunto bem complexo, falar de inovação e inclusão na escola. Há controversa até
mesmo nos educadores, quanto mais na população em geral. Mas não tem como
camuflar o que realmente precisa ser feito para uma Educação Inclusiva funcionar
de maneira correta.
Essa chamada Educação Inclusiva iniciou-se nos Estados Unidos em 1975,
dando certo com vários projetos pelo país e esses programas se estendem por
vários outros principais países do mundo. Inclusive no Brasil, um pouco tardio, mas
também foi regulamentada a Lei, onde o artigo 208 da Constituição brasileira
específica que é dever do Estado garantir “atendimento educacional especializado
às pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”, condição
que também consta no artigo 54 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Diferente da educação normalizada, a educação inclusiva visa fazer a criança
com deficiência alcançar toda a sua capacidade dentro da escola regular,
fornecendo suporte através da formação técnica de seus profissionais e
equipamentos necessários (MRECH, 1988). Ou seja, diferentemente da educação
normalizada em que o aluno com necessidades especiais precisa se provar capaz
de se manter na sala comum, na educação inclusiva, o aluno com deficiência recebe
o incentivo de atingir toda a sua capacidade dentro da sala comum.

- DESAFIOS PARA A INCLUSÃO DA PESSOA AUTISTA

De acordo com o artigo “Inclusão escolar e autismo: uma análise da


percepção docente e práticas pedagógicas”, vê-se uma análise sobre as
perspectivas de docentes em relação a esse tema. A pesquisa feita com os
profissionais da área da educação deu lugar de fala aos que cotidianamente
trabalham com essa realidade.
O corpo docente abordado por essa pesquisa diverge em alguns pontos e
convergem em outros, juntos listaram as dificuldades de se lecionar no dia-a-dia da
sala de aula com um portador de TEA.
Entre essas destaca-se o despreparo dos docentes, falta de conhecimento
sobre o transtorno e a inquietação e irritabilidade dos alunos em sala de aula. Em
uma primeira fala, os docentes se colocaram na posição de despreparados para
enfrentar um ambiente com um portador de TEA, principalmente ao se falar em
alfabetização. Muitos questionam a aplicação da inclusão, mesmo sendo favoráveis
a essa, questionam a falibilidade do sistema e com isso se veem como inaptos para
a efetivação desse processo.
Outro aspecto abordado foi a que os professores se viram em um terreno
desconhecido ao se falar de autismo, muitos dos entrevistados não sabem muito
bem o que é autismo e sua diferença com outros transtornos de origem social. Ao
relatarem suas experiências, suas falas eram marcadas de inapropriações e
carregadas de uma falta de conhecimento que não se imaginava que um docente
teria em relação ao transtorno. Relataram a ideia de que o autismo poderia ter uma
romantização em seus processos e a impossibilidade de um agente exterior “entrar
no mundo do autista”.
Ao final, também falaram da cotidiana dificuldade do controle de uma criança
que sofre com esse problema em um espaço limitado e cheio como é uma sala de
aula. A inquietação e irritabilidade por parte do aluno com TEA, cria de acordo com
os profissionais uma dificuldade para inclusão e aprendizado.
Em suma, a partir dessa pesquisa apresentada, podemos entender que ainda
há um longo caminho a ser percorrido pelos profissionais e pelos alunos no tangente
a questão autista. Podemos vislumbrar um futuro promissor nesse caminho, sem
deixar de com toda certeza afirmar que ainda há pedras a serem retiradas, novos
trajetos a serem construídos e aplainados.

- LEGISLAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

As Legislação de Diretrizes e base da educação, LDB, em vigor apresentam


um capítulo específico para a educação especial. Nele, afirma-se apoio
especializado na escola regular para atender as peculiaridades da clientela de
educação especial, também afirma que o atendimento educacional seria feito em
classe, escolas ou serviços especializados, sempre em função das condições
específicas. Além disso, o texto trata da formação dos professores e de currículos,
métodos, técnicas e recursos para atender as necessidades das crianças com
deficiências, transtorno globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação. É importante destacar algumas dessas leis:

1961 lei N4.024. - A lei de Diretrizes e base da educação nacional (LDBEN).


A educação de excepcionais deve enquadrar-se no sistema geral de educação, a fim
de integrar-se na comunidade.
1971 lei N5.692 - Segunda lei educacional no Brasil na época da ditadura
militar (1964 a 1985), substituiu a anterior. A lei afirma que deficientes mentais ou
deficientes físicas e superdotados tenham tratamento especiais.
1988 Constituição Federal - O artigo 208 trata da educação básica
obrigatória e gratuita dos 4 ao 17 anos à todos os portadores de deficiência. No
artigo 205 e 206 se dá o exercício da cidadania e a qualificação e igualdade para
todos e a permanência na escola.
1989 lei N7.853 - Afirma que o poder público deve se responsabilizar pela
matrícula nos cursos regulares públicos ou particulares, acesso ao material e bolsa
de estudos garantido.
1994 Políticas nacionais de educação especial - Propõe a chamada
Integração institucional que permite ingressar a criança com inclusão para tentar
desenvolver e acompanhar atividades e ritmo de alunos normais.
1999 Decreto-lei N 3.298 - O Decreto regulamenta a lei 7.853/89 que dispõe
a Política Nacional para integrar a pessoa portadora de deficiência e consolida as
normas de proteção e outras providências, integram a pessoa com deficiência no
contexto socioeconômico e cultural do país.
2001 Lei 10.172 - Afirma que a educação especial tem como modalidade de
educação escolar e deveria ser promovida em todos os diferentes níveis de ensino
que garante vagas a todos os níveis de deficiência.
2001 Resolução CNE/CEB N2 - O Conselho Nacional (CNE) institui diretrizes
para a educação especial na educação básica. Dá direito a documentação,
atendimento escolar, atendimento especializado e intervenção com a família e a
comunidade, atendendo a necessidade educacional especializado.
2002 Resolução CNE /CP número 1/2002 - A Resolução curriculares
nacionais para a formação de professores da educação básica, em nível superior,
curso de licenciatura, de graduação sobre a educação inclusiva. A formação deve
incluir conhecimento sobre adulto, criança, jovens, adolescentes com deficiências
especiais.
2002 A lei número 10.436/02 - Reconhece o meio legal de comunicação e
expressão a língua brasileira de sinais (LIBRAS).
- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O autismo seria um transtorno que afeta aspectos significativos na interação


social, ou seja, os indivíduos autistas chegam ao mundo sem o interessa habitual
nas outras pessoas e no contato social entre elas. O autismo várias em níveis
diferentes, afetam os indivíduos de diferentes formas, umas mais fortes outras nem
tanto. A maioria das crianças autistas apresentam dificuldades para mudanças,
apresentam estereotipias e muitas não se expressam, pois o autismo pode afetar a
questão da linguagem. Muitos cientistas tentam descobrir as origens e causas do
autismo, mas apesar de existirem vários estudos sobre o assunto a causa ainda é
desconhecida. O tratamento mais eficaz para as pessoas que se enquadram no
espectro autista seriam intervenções estruturadas com componentes
comportamentais.
**Um ponto importante que deve ser levado em conta na vida de todos os
indivíduos seria a educação. De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal de
1988, a educação seria um direito de todos e um dever do Estado e da família…”.
Sendo assim, crianças autistas teriam o direito à educação como todas as outras,
mas o tipo seria diferente, seria uma educação inclusiva. A educação inclusiva seria
um tipo de educação que favorece a diversidade dentro de uma escola regular, com
o objetivo de permitir a convivência e a integração social dos alunos com algum tipo
de deficiência. Para a educação inclusiva se desenvolver de forma correta é preciso
que a escola seja adequada, capacitando seus professores, a infraestrutura do lugar
deve ser bem elaborada, é preciso também que a escola tenha uma certa parceria
com os pais e com a própria comunidade para que o processo de inclusão se
concretize de maneira mais eficaz.
**Na prática, porém, não é bem isso que acontece A partir de pesquisas
realizadas com docentes foi visto que muitos deles são despreparados para atuar
com uma criança portadora de TEA, principalmente na parte da alfabetização, existe
muito falta de conhecimento sobre o transtorno. Muitos ainda questionam a
aplicação da inclusão, apesar de serem favoráveis a ela. Outra dificuldade
apresentada pelos docentes seria a dificuldade de controle de um criança com este
contorno, visto que ela está em um espaço limitado e cheio, como a sala de aula,
além de causar certa irritabilidade aos outros indivíduos da sala. O que muitos não
sabem é que geralmente se tem apenas um professor para cuidar de uma sala de
30 alunos, mais os alunos de inclusão. Então é preciso que em salas de inclusão
tenham um auxiliar, para que a criança com autismo possa ser bem estimulada,
alfabetizada de maneira correta e para que o processo de inclusão seja realizado de
maneira eficaz. Além de se ter um auxiliar, é preciso que o assunto seja mais
trabalhado, tanto com os educadores, para que eles tenham o conhecimento devido
sobre o transtorno, quanto para a escola no geral, juntamente com os pais, para que
se tenha uma conscientização conjunta de toda a comunidade.
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