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GUIA DA
DISCIPLINA
2020
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância
1. HISTÓRICO DO AUTISMO
Objetivo
Desvendar a trajetória histórica do conceito de autismo, podendo assim entender as
mudanças de paradigma em relação as novas formas de compreensão diagnóstica.
Introdução
Atualmente se estima que 70 milhões de pessoas no mundo possuem algum tipo de
autismo. Este transtorno atinge ambos os sexos e todas as etnias, mas tem suas maiores
ocorrências entre o sexo masculino. É de suma importância que seja diagnosticado
precocemente, para que o portador receba tratamento adequado, minimizando assim
prejuízos sociais e de funcionamento cognitivo. Infelizmente a falta de informação ainda é
empecilho para que muitas crianças sejam diagnosticadas e precocemente tratadas.
Perpassando pela literatura é notório perceber que boa parte da população já ouviu
falar sobre autismo, porém a percepção geral é que o autista seja um indivíduo isolado, que
balance o corpo e fixe atentamente para um determinado objeto ou para alguma parte de
seu corpo. Provavelmente essa cena estereotipada ilustra o que muitos abordam de “viver
em um mundo paralelo”. Utilizaremos a imagem retratada nessa descrição para facilitar a
compreensão da etimologia de autismo.
Estes critérios, os quais ficaram conhecidos como “os quatro ‘A’s de Bleuler, são:
Alucinações;
Afeto desorganizado;
Incongruência;
Autismo.
Considerado um transtorno de
neurodesenvolvimento, o autismo geralmente
se manifesta nos primeiros três anos de vida e
não existe cura documentada. Os indivíduos
levemente afetados podem ter uma vida
aparentemente normal e serem apenas
considerados peculiares por apresentarem
Fonte da imagem:
comportamentos pouco ajustados. Já os http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/Image/CabecalhoAutismo.
png
indivíduos afetados severamente podem até
mesmo ser incapazes de cuidar de si mesmo. Uma intervenção precoce e intensiva, se feita
até os cinco anos de idade, pode fazer diferenças significativas no desenvolvimento e na
qualidade de vida da criança e da família.
EUA, 1943
• Dr. Henry Maudsley • Psicólogo Bruno
descreve crianças com Bettelheim.
atraso do • Dr.Leo Kanner estudou um • "As mães geladeiras":
desenvolvimento da grupo crianças com mães frias, sem
linguagem. `transtorno de sentimentos, que levavam
desenvolvimento` os filhos a um isolamento
• Diagnosticou como mental.
Psicose. • Identificou a característica
: Incapacidade de se
relacionar com as
pessoas.
Chicago,
Inglaterra, 1867 1950-60
descrevia assim: “Aprendeu a falar frases muito cedo e a se expressar como um adulto.
Nunca conseguiu se integrar a um grupo de crianças brincando, falando sem timidez,
mesmo com estranhos. Outro fenômeno estranho foi a ocorrência de movimentos
estereotipados”.
No passado, o autismo era compreendido com uma forma de psicose, mas a partir
de 1980 foram surgindo novas tecnologias de estudo, que permitiam uma investigação mais
minuciosa do funcionamento do cérebro. Conhecida como década do cérebro contava com
exames como tomografia ou ressonância magnética que permitiam estudar as doenças por
uma perspectiva mais detalhista e cuidadosa.
Somente em 1980 foi denominado como transtorno autista, pois existia uma
dificuldade na escolha do diagnóstico pelo fato de que as características se sobrepunham.
O Autismo também chegou a ser considerado uma subcategoria do TGD (transtornos
globais do desenvolvimento), que caracterizou melhor as particularidades do autismo, mas
ainda gerava diagnósticos confusos.
Conclusão
Iniciamos nessa unidade a oportunidade de refletir sobre os principais impactos
históricos que foram essenciais na transformação do conhecimento em relação ao
transtorno do espectro autista. De fato, cada contribuição trouxe a possibilidade de ampliar
autonomia no dia-a-dia das pessoas portadoras desse transtorno, bem como de todos
aqueles que atuam e convivem com esse público.
avanços clínicos, fazendo com que os portadores do transtorno possam ampliar sua
autonomia e reduzir os danos.
2. COMPREENDENDO O AUTISMO
Objetivo
Revelar como a pessoa autista enxerga o mundo, quais são seus comportamentos
e os critérios de funcionalidade para realizar atividades simples e desenvolver o intelecto.
Introdução
Para compreender o desenvolvimento humano é necessário conhecer que
parâmetros são considerados importantes para cada fase da vida, partindo da gestação até
a fase adulta. Quando falamos do autismo, tais parâmetros se tornam essenciais para
identificar precocemente sintomas que configurariam traços do transtorno ou até os casos
mais severos.
Nesse sentido alguns autores argumentam que o TEA se configura mais como um
desvio qualitativo do desenvolvimento do que pelo seu atraso (Bosa, 2009; Kupfer et al.,
2009). São desvios que se referem tanto à manifestação atípica de um determinado
comportamento (e.g. estereotipias) quanto à ausência de habilidades que deveriam estar
presentes (e.g. atenção compartilhada) em cada faixa etária.
Para todos aqueles com traços ou diagnóstico de autismo, uma coisa é universal: o
contato social é sempre prejudicado. É possível observar que muitos se isolam em seus
"mundinhos" por serem extremamente sensíveis, sendo assim o contato social lhes parece
algo ameaçador.
Conclusão
Agora que já descobrimos um pouco mais sobre o autismo é possível associar que
ele funcione como um espectro de cores, que iria do branco até́ o preto, passando por todos
os tons de cinza. E de acordo com as variações da tríade de funcionamento autístico que
engloba as áreas social, de comunicação e de comportamento, cada caso apresentaria
uma tonalidade de cinza que estabeleceria um determinado funcionamento.
Objetivo
Compreender a definição do Transtorno Espectro Autista e suas características
diagnósticas.
Introdução
O principal objetivo dessa unidade é apresentar uma revisão acerca do que vem a
ser o transtorno do espectro autista e ressaltar os fatores fundamentais que devem ser
considerados durante o processo diagnóstico.
Interação Social
Comunicação
Comportamento
De acordo com Belisário Filho (2010) esse transtorno se caracteriza pela presença
de um desenvolvimento acentuadamente prejudicado na interação social e comunicação,
além de um repertório marcantemente restrito de atividades e interesses. Para quem
acompanha o ambiente escolar é possível verificar que as manifestações desse transtorno
variam imensamente e os alunos com TEA apresentam diversas formas de ser e agir, com
respostas diferentes entre si.
Desse modo, profissionais da saúde, educação e áreas afins, que tenham a infância
como especialidade, devem estar cada vez mais preparados para se deparar com casos
de autismo nas suas práticas. Embora já existam grandes avanços em relação à
identificação precoce e ao diagnóstico de autismo, muitas crianças, especialmente no
Brasil, ainda continuam por muitos anos sem um diagnóstico ou com diagnósticos
inadequados.
Após a observação, caso algum aluno apresente esses sinais de risco ou alerta,
informe o mais breve possível seus pais e/ou responsáveis para um rápido
encaminhamento para os profissionais de saúde. Lembrem que o diagnóstico precoce
reduz a possibilidade de maiores danos no neurodesenvolvimento desse aluno.
• Classificação do
indivíduo buscando
Área Médica critérios clínicos.
Encaminhamento
para especialistas.
Para compreender melhor, o lado mais leve do espectro (a cor branca ou o tom mais
claro de cinza), encontramos pessoas com apenas "traços" de autismo, que não teriam
todos os comprometimentos, mas apenas algumas dificuldades por apresentarem certas
características autísticas.
Na próxima gradação da escala, ainda mais próximo do tom de cinza mais escuro
do espectro estão os indivíduos de alto funcionamento com autismo, sendo caracterizados
como indivíduos que não apresentam déficits cognitivos, ou seja, retardo mental, mas que
tiveram atraso na linguagem.
Conclusão
Com base no que vimos, é importante lembrar que os sintomas do TEA se
apresentam de forma heterogênea, ou seja, cada criança possui um jeito muito particular
de ser. Eles variam intensamente quanto ao grau de comprometimento, associação ou não
com deficiência intelectual e com presença ou não de fala.
PARA RELEMBRAR!
Objetivo
Apresentar dados e questões que implicam o transtorno espectro autista.
Introdução
Compreender o fenômeno do Autismo vem sendo um grande desafio para ciência e
principalmente para os profissionais da área da saúde e da educação que lidam diretamente
com esta demanda tão diversa, pois as manifestações desse transtorno imensamente
dependendo do nível de desenvolvimento e idade.
Fonte:https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8
&ved=2ahUKEwjH7LO_5_TdAhVEjJAKHVIhDHcQjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Ftismoo.us
%2Fdestaques%2Fcdc-divulga-novos-numeros-utismo-nos-eua-1-para-
59%2F&psig=AOvVaw2KDv5sCN0zOpLqWMHqf-3v&ust=1539018131961186
Para tanto, a intervenção em pessoas com TEA precisa ser acompanhada por ações
mais amplas, tornando ambientes físicos, sociais e comportamentos mais acessíveis,
inclusivos e de apoio. Porém, a realidade é outra, conforme aponta o psiquiatra Estevão
Vadasz, coordenador do Projeto Autismo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas
de São Paulo: “A situação dessas pessoas pode ser considerada alarmante. Há cerca de 2
milhões de autistas no país. Desses, 95% estão completamente desassistidos, nem
diagnóstico têm”. (REVISTA SAÚDE, 2015). Ele ressalta ainda, sobre a lei que garante a
eles os mesmos direitos de outros indivíduos com alguma deficiência, mas que ainda não
se concretizou efetivamente.
A lei 12.764 que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
TEA, considera as pessoas autistas como pessoas com deficiência dando-lhes assim, os
mesmos direitos nas políticas de inclusão e principalmente no que tange à saúde e
educação. Esta legislação teve muita importância por propiciar para as pessoas com
autismo os mesmos benefícios das leis para as pessoas com deficiência:
Neste sentido, deve-se pensar a educação especial como um espaço que favoreça
o desenvolvimento de um trabalho que possibilite aos docentes lidar com as restrições,
limitações e as dificuldades dos alunos com ou sem deficiência. Vimos que a lei em si não
garante a inclusão na prática, e esta não pode ser vista apenas como tarefa do professor,
mas de toda a escola e da rede de ensino.
TRATAMENTOS
Equoterapia
Equoterapia, como relata Freire e
Potsch (2005), destacam que as terapias
usando cavalo podem ser consideradas
como um conjunto de técnicas
reeducativas que agem para superar
danos sensoriais, motores e
comportamentais, através de uma
Fonte da imagem:
atividade lúdico-desportiva, que tem como http://enfrentandooautismo.blogspot.com/2012/09/equoterapia-
pode-estimular-fala-e.html
meio o cavalo.
Fonoaudiologia
Na fase de 0 a 2 anos, o
acompanhamento da criança com um
fonoaudiólogo é essencial, pois isso irá
ajudá-la a desenvolver a linguagem não-
verbal. A estimulação pode ser feita através
de jogos e brincadeiras, contação de
histórias e conversas
Fonte da imagem: https://medium.com/tismoo-biotecnologia/a-sutil-
diferen%C3%A7a-entre-o-autismo-e-a-apraxia-de-fala-8a9a48927430
Conclusão
Ao contextualizar questões pertinentes ao Transtorno Espectro Autista, referente à
incidência de pessoas com algum traço autista apresentando dados da OMS, bem como a
lei que regulamenta TEA como deficiência garantindo direitos educacionais e diretrizes de
atenção na rede de saúde, é necessário para compreender o universo que este transtorno
está inserido e suas peculiaridades. Vimos que garantir a inclusão da pessoa com TEA no
âmbito educacional é uma responsabilidade de todos os atores educacionais e como
aprofundar o conhecimento pode propiciar estratégias de intervenção e desenvolvimento
de habilidades permitindo a integralidade da pessoa humana.
Objetivo
Conhecer as intervenções mais indicadas para o tratamento de pessoas com TEA.
Introdução
A intervenção da pessoa com TEA conforme vimos anteriormente é fundamentada
no atendimento especializado multiprofissional abordando as condições heterogêneas e
complexas de cada criança. Deste modo a abordagem terapêutica é composta de várias
estratégias psicoeducacionais, psicológicas, fonoaudiólogas e sensoriais para que a
criança se desenvolva na sua integralidade.
Os modelos mais adotados em pacientes com TEA são o TEACCH (Treatment and
Education of Autistic and related Communication handicapped CHildren), o ABA, e o PECS
(Picture Exchange Communication System) porém com pouca bibliografia no Brasil.
Para Mello (2007) o método consiste na avaliação do perfil da criança frente seus
pontos fortes e suas dificuldades. Baseia-se na organização do ambiente físico através de
rotinas – organizações de quadros, painéis ou agendas, sistemas de trabalho, de forma a
adaptar o ambiente para tornar mais fácil para a criança compreende-lo, assim como
compreender o que se espera dela. (Mello, 2007, p. 35)
Pereira apud Lima (2015) aponta que todo comportamento é aprendido, desde modo
é possível ensinar a criança a exibir comportamentos mais adequados no lugar de
comportamentos – problema. Envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades
incluindo comportamentos sociais, tais como contato visual e comunicação funcional;
comportamentos acadêmicos, como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; além
de atividades da vida diária como higiene pessoal, questões necessárias para que o
indivíduo possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida possível. Tem como
base os princípios da Análise do comportamento para aumentar o repertório de
comportamentos funcionais (ex.: reforço positivo, esquemas de reforçamento, imitação,
Fonte:
http://www.universoautista.com.br/auti
smo/modules/works/item.php?id=14
Integração Sensorial
Para Mello (2007), a teoria da integração
sensorial visa integrar as informações que chegam ao
corpo da criança por meio de brincadeiras, sensações
táteis etc.
Intervenção Fonoaudióloga
Algumas pesquisas reportam a linguagem oral como a habilidade mais comumente
afetada, ocorrendo perda de palavras em cerca de 20% dos indivíduos com TEA (Backes et
al., 2013; Lord et al., 2004).
Equoterapia
Equoterapia é outra sugestão de intervenção conforme aponta Pereira por ser um
método que:
Objetivo
Introduzir práticas de aprendizagem e estratégias pedagógicas no processo
educacional da pessoa com TEA.
Introdução
Pensar sobre a inserção do aluno com
TEA no ambiente educacional faz com que
família e escola sejam parceiros
imprescindíveis no que tange à educação da
criança. Sabemos que a presença de alguém
com um transtorno neurológico modifica
completamente a vida de todos lhe rodeiam,
principalmente na família e na escola.
Fonte: https://ludovica.opopular.com.br/blogs/viva-a-
diferen%C3%A7a/viva
Barberini (2016) aponta que para execução das práticas pedagógicas, se faz
necessário a busca de aprimoramento dos professores para atender as necessidades dos
alunos com TEA. Além, de alterar as já existentes para favorecer os alunos autistas, precisa
propor atividades para os outros alunos, uma vez que é na relação com outros pares que o
processo de aprendizagem acontece e a inclusão escolar se efetiva. A autora ressalta ainda
que dentro da sala de aula trabalhar questões da realidade é fundamental para explorar o
raciocínio, avaliação e reflexão.
De acordo com Cunha (2014) o aluno aprende ao passar pelos estágios em que ele
depende do incentivo e da presença do professor (Diretivo); quando o aluno já possui um
conhecimento prévio e tem iniciativa para realizar atividades (Autonomia); quando este
aprendizado propõe uma experiência transformadora criando uma forma nova de executar
ou manusear materiais (Criativo); e por fim quando consegue socializar o saber adquirido
(Colaborativo).
Ainda de acordo com Cunha (2013), para o professor é fundamental trazer o olhar
do aluno para as atividades que ele está fazendo, enriquecer a comunicação, trabalhar a
função simbólica por meio de livros, contação de histórias, música, artes e outros canais
sensoriais privilegiando os vínculos afetivos. É necessário que aluno possa encontrar
significado nas atividades pedagógicas de forma concreta para estabelecer sentido ao que
está aprendendo.
Ex.: Contar 1, 2, 3, 4 pode não fazer sentido, porém pedir para o aluno contar * * * *
(estrela) possa estar relacionado ao seu mundo afetivo.
Cunha (2013) ressalta outras ferramentas que podem ser exploradas no processo
de aprendizagem: material sensorial; para firmeza e controle do traço; que visa o
desenvolvimento matemático como encaixes geométricos, jogos e atividades que utilizem
novas tecnologias digitais; que visa o desenvolvimento motor, coordenação motora;
atividades da vida prática; que visa o desenvolvimento da linguagem como jogos coletivos,
livros, pareamento concreto com simbólico; jogos que estimule o raciocínio lógico.
http://www.criandocomapego.com/painel-sensorial-no-estilo-
montessori-para-bebes-e-criancas/
http://www.edupp.com.br/2015/05/aplicacao-do-material-
dourado-montessoriano-em-sala-de-aula/
Conclusão
O processo de aprendizagem da pessoa com TEA requer questões que envolva
a inclusão na sua integralidade, bem como estratégias pedagógicas que facilite a
interação social, comportamental e cognitiva. Como podemos observar o aprimoramento
do professor é fundamental para que se desenvolva um trabalho específico e estruturado
de acordo com o currículo, mas a escola como um todo deve estabelecer espaço para
este desenvolvimento
É preciso considerar que a escola, para ser inclusiva, precisa ser um lugar
acolhedor, onde não haja preconceito, e deve ser um espaço que promova o
desenvolvimento das habilidades da criança com o transtorno. Como vimos, os
profissionais devem ser qualificados, conhecedores do espectro autista e a família
devidamente orientada.
Objetivo
Compreender a importância das intervenções educacionais e comportamentais e os
benefícios do atendimento educacional especializado (AEE).
Introdução
O trabalho com crianças que apresentam TEA exige uma mudança significativa e
diária no contexto escolar. Para que essa transformação aconteça é necessário identificar
as peculiaridades que cada aluno apresenta através de avaliações que mensurem as
competências.
Conclusão
Como vimos, a inclusão está diretamente relacionada com o processo de ensino-
aprendizagem, não basta só́ incluir, a escola deve ofertar um ensino de qualidade e para
isso o professor deve desenvolver metodologias diversificadas e flexíveis para esse público
tão diverso que é o TEA.
Objetivo
Visualizar propostas que apresentem adequação e adaptação curricular para os
alunos com TEA.
Introdução
Em uma escola inclusiva, o aluno é o foco central de toda ação educacional.
Sabemos que a educação deve oferecer as condições necessárias e suficientes para o
acesso, a permanência e o êxito acadêmico de todos os alunos, sem distinção, nas
múltiplas dimensões (domínio de conhecimentos, socialização, dentre outras competências
humanas) que o envolvem (ECHEITA, 2010).
Compreendemos que a escola inclusiva é aquela que conhece cada aluno, respeita
suas potencialidades e necessidades, com qualidade pedagógica. Para que isso realmente
aconteça, vamos lembrar do documento importante chamado PEI (Programa de Ensino
Individualizado).
Além disso, também existem programas para aperfeiçoar o atendimento dos alunos
com TEA e que irão auxiliar aspectos específicos do desenvolvimento. Como vimos na
De acordo com (BOSA, 2007), esse programa tem como princípio a combinação de
diferentes materiais visuais com foco para o aperfeiçoamento da linguagem, da
aprendizagem e da redução de comportamentos inapropriados do aluno com TEA.
Conclusão
Todas as experiências aqui relatadas reiteram a importância adaptação curricular e,
consequentemente, do olhar voltado para as necessidades práticas dos alunos com TEA.
Vimos, que todas as ações visam facilitar os processos de ensino aprendizagem para esse
grupo tão peculiar que são os alunos com TEA.
Objetivo
Conhecer alguns quadros clínicos que fazem referência aos três níveis de gravidade
do TEA e as técnicas que podem ser aplicadas.
Introdução
Atualmente, a Associação Americana de Psiquiatria relaciona o diagnóstico por meio
das características da díade do TEA composta por (a) déficit na interação social e
Comunicação e (b) comportamentos e interesses restritos e repetitivos (APA, 2014).
Muitos profissionais também sugerem que assim que os pais percebam qualquer
alteração na criança, verifiquem fotos, vídeos, gravações realizadas na escola e em
aniversários, pois poderão ter mais clareza em quais comportamentos houveram
alterações. Caso isso aconteça, também é apropriado solicitar relatórios das escolas,
creches e estes responderem com detalhes e com informações significativas. E por fim,
conversar muito com os pais a fim de explicar bem o diagnóstico e a importância de tratá-
lo.
RELATOS DE CASO
Os relatos de caso foram retirados do livro: SILVA, Ana
Beatriz Barbosa; GAIATO, Mayra Bonifácio; REVELES,
Leandro Thadeu. Mundo Singular: Entenda o autismo. Rio de
Janeiro: Ed. Objetiva Ltda, 2012
Primeiro Caso
Paulo Eduardo não desenvolveu a fala. Suas crises de birra reduziram muito
quando começou a trocar figuras para se comunicar. Treinamos com ele os diversos
significados e consequências. Atualmente ele consegue montar algumas frases e até́
fazer pedidos em restaurantes com a troca de figuras. Essa técnica melhorou muito
sua capacidade de se comunicar; não fica tão angustiado quando quer algo e os pais
relatam melhoras inclusive na socialização, já́ que agora se faz entender.
(SILVA, Ana Beatriz Barbosa; GAIATO, Mayra Bonifácio; REVELES, Leandro Thadeu. Mundo Singular: Entenda o
autismo. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva Ltda, 2012-pag. 154)
Segundo Caso
Conclusão
Nossas experiências até aqui retrataram que para superarmos os desafios
encontrados na atuação das pessoas com TEA, precisamos trabalhar em equipe e que
cada um tenha em mente, que deve fazer a sua parte da melhor maneira possível, para
assim potencializar o trabalho do outro.
A cada capítulo vimos a necessidade de criar todo o tipo de parceria, seja com a
família, a escola, e os profissionais de saúde. Vimos, que serão através delas que iremos
desenvolver atividades que promovam mais desenvolvimento e autonomia para nossos
alunos com TEA.