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Autismo e Escola

Um Breve Histórico sobre Autismo


Breve histórico sobre Autismo

Dr. Leo Kanner Eugene Bleuler Hans Asperger


1943 1911 1944

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Bleuler

Foi o primeiro a falar sobre


autismo em 1911, porém seus
estudos não tiverem o
reconhecimento na época.
Kanner
Kanner foi o primeiro a descrever e nomear as características existentes
no autismo, após observar um grupo de crianças pequenas (8 meninos e
3 meninas). Ele observou que essas crianças eram socialmente distantes
e indiferentes, não tinham linguagem, sendo consideradas como mudas,
e as poucas crianças que falavam, apresentam ecolalias (repetência de
palavras e frases ditas por outras pessoas) e fala idiossincrática (uma fala
própria de cada criança, de carácter individual).

(Kanner, 1943, p.241-242)


Autismo infantil precoce
Além disso, Kanner observa outras características que classifica como o
autismo infantil precoce. Ele observou que esse grupo de crianças também
eram:

• Resistentes a mudanças;
• Engajadas em suas próprias rotinas repetitivas;
• Habilidades isoladas;
• Atraso na aprendizagem;
• Diferenças nos graus de distúrbios, podendo ser leve,
moderado e grave.

(Kanner, 1943,p.241-242)

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Asperger
Já Asperger observou um grupo de crianças mais velhas e adolescentes.
Descobrindo assim, outros padrões de comportamento, dos quais
classificou como comportamentos autísticos. E também deu origem ao nome
Asperger, que referia-se ao um determinado grupo autistas que
apresentavam linguagem, não possuíam nenhum tipo de atraso de
aprendizagem, mas apresentavam déficits na socialização.

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Contexto da Época
Ao buscar as causas do autismo, grande parte dos pesquisadores da época alegavam
que as causas do autismo advinham do nicho familiar, sendo assim, enlecavam uma serie
de fatores que poderiam contribuir para a síndrome, tais como:

• Mães frias/ mães geladeiras/ pais frios (referia-se principalmente, a falta de afeto);
• Acreditavam que essas crianças eram normais, isto é, nasciam sem nenhuma
deficiência, e com boa inteligência, mas que foram afetadas e prejudicadas
emocionalmente;
• Os pesquisadores tinha convicção que não havia um patologia envolvida. A partir daí,
surgiram várias teorias ligando a etiologia do autismo com problemas de afetividade.

Com o avanço de novos estudos sobre as etiologia do autismo as concepções


apresentadas anteriormente sobre as causas do autismo foram desmistificadas.
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Tríade

Em 1996 Lorna Wing, apresenta o Espectro do Autismo, na qual foi


unificado pela presença de três comprometimentos subjacentes na
interação social, comunicação e imaginação. Dando origem a
“Tríade”. De acordo com a autora quando esses comprometimentos
estão presentes, o padrão individual de atividades é limitado/restrito e
repetitivo.

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DSM-IV (2002)
O DSM que é um manual das doenças mentais classifica o autismo
como:

O transtorno autista consiste na presença de um


desenvolvimento comprometido ou acentuadamente anormal
da interação social e da comunicação e um repertório muito
restrito de atividades e interesses. As manifestações do
transtorno variam imensamente, dependendo do nível de
desenvolvimento e da idade cronológica do indivíduo.

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DSM-V (2013)
Já o DSM-V apresenta uma definição atualizada sobre a síndrome do
autismo e também traz mudanças na nomenclatura classificando a
síndrome como TEA.
Essa versão fez um agrupamento da síndrome, ou seja, todos os níveis de
autismo, inclusive o asperger foram agrupados, deste modo, não são feitas
mais distinções entre os graus variados de autismo. Além disso, o manual
do DSM-V excluiu o atraso de linguagem da característica principal do
autismo, dessa forma a antiga tríade descrita por Wing (1996), passa a
constituir-se apenas uma díade, das quais são classificados
comportamento excessivos e repetitivos.

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CID-10
O transtorno se acompanha comumente de numerosas
outras manifestações inespecíficas tais como fobias,
perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra
ou agressividade (auto-agressividade).

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CID-11
A nova versão (2018) da classificação une todos esses
diagnósticos no Transtorno do Espectro do Autismo (código
6A02 — em inglês: Autism Spectrum Disorder — ASD), as
subdivisões passaram a ser apenas relacionadas a
prejuízos na linguagem funcional e deficiência intelectual.
A intenção é facilitar o diagnóstico e simplificar a
codificação para acesso a serviços de saúde.

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Prevalência
A média de 40 a 60 casos a cada 10.000 nascimentos (Fombonne,
Zakarian, Bennett, Meng & Mclean-Heywood, 2006).

Estudos atuais no Brasil:

• O único estudo de prevalência sugere que o Autismo e suas variações


afetam um em cada 370 indivíduos, ou 0,3% dessa população,
podendo existir aproximadamente 40 mil crianças e adolescentes com
TEA no Estado de São Paulo (Paula, Ribeiro, Frombone & Mercante,
2011).

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Características
Déficits presente no autismo

Contato visual Imitativos

Atender pelo nome Verbal e não verbal

Brincadeiras de faz de conta Sentido literal

Esperar Linguagem expressiva

Reciprocidade Linguagem receptiva


Comportamento repetitivos presente no
autismo

Ecolalia tardia Fixação por itens

Ecolalia imediata Comportamentos ritualizados

Movimentos estereotipados

Maneirismo
Pode-se observar que as características presentes no autismo compõe um
grupo de comportamentos excessivos, como estereotipias e ecolalias e
também, déficit/restrição de comportamentos, ou seja, ausência de
comportamentos essenciais para a aprendizagem humana.

Excesso de Falta de
comportamentos comportamentos
Sabendo dessas características
presente no autismo, cabe agora,
apresentar modelos estruturados
voltadas para aprendizagem que
contribuem, tanto para a ampliação de
repertório de aprendizagem
(diminuindo os déficits apresentados),
como também, para a diminuição de
comportamentos repetidos que
prejudicam o desenvolvimento de
novas habilidades.
Explique para o aluno o que ele precisa
fazer de uma maneira que ela entenda e
respeitando o seu tempo de aprendizagem
para assimilar as informações

Não superproteja o aluno, crie a


oportunidade para que exponha suas
opiniões, de abertura afim de que ela
participe e tome suas próprias decisões
nas atividades.

Trabalhe rotinas, apresente modelos, seja


claro e objetivo nas orientações e sempre
inclua a pessoa nas decisões de seu dia a
dia.

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