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O A U T IS M O
Q U A IS AS CAUSAS DO AU TISM O ?
QUE O U TR AS CARACTERÍSTICAS
APRESENTAM O AUTISTA?
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Ili|)(M ;iiiviclaclc‘ fisica marcante ou extrema passividade.
1 K IS I KM TR ATAM EN TO S EFETIVOS?
16
< <»MO RECONHECER
/\ C RI A N C A A U T IS TA
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desencadeassem o problema. Começou a apresentar problemas de
comunicação e de conduta, não se misturava com as outras crianças,
mostrava-se apático e agressivo, rejeitava meus carinhos e aconchego.
Alexandre desmontrava todas as características de um autista: agia como
se fosse surdo; resistia a qualquer aprendizagem; não demonstrava medo
do perigo; não aceitava mudança de rotina; ria em horas inadequadas;
não mantinha contato físico e não conseguia imitar os gestos de outra
pessoa; girava objetos, sem parar; era agressivo e destrutivo; respostas
anormais dos sentidos; não controlava as reações fisiológicas; fazia
caretas constantemente; parecia uma marionete, sempre condicionado
a fazer alguma coisa, embora fugisse de qualquer tentativa de ajudar;
ignorava qualquer aproximação. Com tudo isso, Alexandre conseguiu
progredir e chegar onde chegou. Fiz tudo o que estava em meu alcance,
não foi fácil vencer tantas barreiras.
Nem sempre isso acontece. Um colega do Alexandre, com a mesma
idade dele, iniciou o tratamento na mesma época e teve assistência de
um bom médico e de profissionais competentes, mas não conseguiu
ficar numa escola e nem superar seus sintomas. Há outros casos como
este. Mesmo que os pais se dediquem não consegue êxito, este fato faz
com que fique uma lacuna difícil de superar.
Alexandre, graças a muito esforço, gradativamente, superou quase
todos os seus sintomas. Hoje, consideram-no um jovem limítrofe.
Os autistas são estranhos, têm dificuldade para prestar atenção
sendo dispersos. Parecem estar sempre ausentes - de corpo e alma. É
difícil penetrar no mundo deles e entendê-los. Até fisicamente, observam-
se os sinais do autista, o seu fechamento. Eles mantêm o dedo ou a
mão íeeha-dos. São voltados para si mesmos. Por outro lado, parecem
ter boa saúde e boa aparência. O autista é muito ligado á mãe ou
também a algum objeto que traz sempre consigo e com o objetivo
escolhido pelo artista ele emite sons, e não permite que ninguém o
separe do objetivo.
Parece que a convivência com pesscas normais ou com crianças
limítrofes ajuda muito. A linguagem de Alexandre era confusa e não
conseguia coordenar frases. Na escola, convivendo com outras crianças,
is
i i " mil ii ,i falar com o maior desembaraço e a responder de modo
iMin iH .is perguntas que lhe são feitas.
Como )a dissemos, o autismo se manifesta de forma diferenciada
...........cr. vezos ele não é corretamente identificado e nem adequadamente
i. ii Ij : ulo entre pais, professores etc. Durante uma palestra, uma
i•i •'Ii .ora mencionou que existia uma criança em sua classe que
i|>H m iava sistematicamente um comportamento diferente. Ela se
. i índia atrás de uma carteira e tinha uma carteira de sua preferência.
N 1.1 aceitava que a trocassem. Às vezes, ficava com olhar perdido e não
ui interessava pela aula. Parecia estar em outro mundo. Então,
i" i a miou-me se achava que a criança era autista. Disse-lhe que deveria
»• . 11\<i sar com os pais e orientá-los para que procurassem um médico
i<i< pudesse fazer um diagnóstico correto.
o autismo também pode se apresentar associado a outros
di nu hios. Dai, a necessidade de um bom diagnóstico. Frequentemente
■ 111ics de eletroencefalografia e tomografia não apresentam alterações.
II i necessidade de se observar o comportamento da criança, realizar
ii iles etc.
Atualmente, existem muitos estudos e pesquisas so-bre o assunto.
ii importante é que o autista receba um atendimento o mais cedo
I••- >m vel e seja tratado com compreensão e amor para que possa se
■ li i nvolver médicos, cientistas e especialistas de diversas áreas tem se
d. dii ido ao estudo desta sindrome há mais de cinquenta anos, baseados
..............mpilaçõesde pesquisas realizadas. Este livro aborda em uma
............. <in acessível, temas importantes e de certa forma polêmicos,
........ i «,msa ou fatores que desencadeiam o autismo ainda são uma
n........mi i vendo assim, temos diversas abordagens (clínica, pisicológica,
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genética, neuropsicologica, neurológica que procuram ilucidar esta
sindrome ainda não pode ser delimitada.
.
s u b s íd io s s o b r e o a u t is m o
I - INTR OD UÇÃO
III - GENERALIDADES
IV - SIN TO M A S DO A U TIS M O
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....... lo ;inormal de relacionamento com pessoas, objetos, lugares
i l.iin Modo incomum de pensar.
\loiim.is crianças autistas manifestam alguns ou to-dos os sintomas.
ui il ......as crianças, os sintomas são severos, ern outras, moderados
ui laveis.
I mudo ao fato de que nenhum sintoma, por si só, é exclusivo do
•oi um os diagnósticos são freqüentemente confusos e desorientadores,
......ipalmente quan-do o médico não está bem informado.
f C A USAS DO A U TIS M O
Iatores genéticos;
dano letal intra-uterino ou na hora do parto;
iimdilicaçáo no equilíbrio dos neurotransmissores.
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desenvolvimento, maiiisfestam-se um ou mais sintomas revelador
Outro aspecto a ser lembrado é que a criança apresenta sintomas m
brandos e. consequentemente, é de prognóstico mais favorável
identificação e o treinamento precoce podem tirá-los do mundo
nada e levá-los ao mundo da realidade. Sabe-se ainda que o autisi ,
pode ocorrer independente das condições sociais, econômicas e raci
da familia. O seu grande problema é a sua percepção caótica do rnuti
exterior, o que o distingue é a sua incapacidade de relacionar-
normalmente com as pessoas, em decorrência do distúrbio da comunit
ção e conduta. É difícil dimensionar a população provável de autis
no Brasil, pois existem autistas não diagnosticados e internados, st
diagnóstico. Estes casos são camuflados para fins estatísticos.
O problema é sério e de grande dimensão. 0 impor tante é que i
pais, os especialistas e a sociedade em geral se empenhem na luta pai
a reabilitação dos autistas.
A u tism o é u m a a lte ra çã o grave no d esen v o lvim en to , n
com unicacão e na conduta, desde a primeira infância, por isso
importante uma relação integrada de educadores, criança e pais. |
É importante que educadores, pais e a criança atuem em conjun
para obter o máximo de informação e, assim unidos, dar o apoio qt i
a criança necessita. , i
De qualquer modo, torna-se difícil para a mãe de um autist
enfrentar todos os problemas. Alexandre passou por diversas escolas
Foi alfabetizado numa escola estadual. A sua professora teve muit
paciência com ele e percebeu que, dentro de uma classe especial cor
12 crianças, existia uma que vivia num estranho mundo, mas tento
pesquisar sobre o assunto e não abandonou o caso, embora sempr
fosse surpreendida por um novo fato. Ela desconhecia as característica
do autismo, mas aceitou o desafio. Certo dia. ficou pasma, pois <
ensino era individual e Alexandre caminhava aos poucos. Ela havia lhe
passado números de 50 a 100, e ele ao invés de escrever os números
estava com um lápis na m ão, girando de um lado para o outro
totalmente ausente do lugar. Os outros alunos chegavam ao quadro
negro e cada um escrevia os números pedidos pela professora. Ai,
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mi M> mm.In mui I........I tili tmio\tiniiMios(|u<aAnnCecíliapassou?
I It Mini...... I.....I.....nil e lui p,n in quadro negro e escreveu de
Ni i I............. mu I Hu mmIiikmiIc fslr.inho?
I i. in ...........u.i i|iu' Alexandre eslava cm sou mundo mas sabia o
it ii mill I ii .in sell m ini
M i» milt r I>ri >}•I <(Ii11 n;i escola, convivendo com crianças normais
liinlii''Ii I" l(i unos r ele passou a frequentar a escola Nosso
iiiiiIil111 Iii I n;i nlm liastaiileem lodos os aspectos tendo grande exito.
............I" lin n íillio, pela primeira vez frequentou um colégio de
ii i Huh i • anos. Ficou em uma classe normal, embora vivesse
Mlnn mi ' m .cu mundo e não se relacionava com as outras crianças. A
•.li ■' i iii'iil imaginava o porque de tal comportamento, mas passou
M i i ""li .imor por ele. Os autistas percebem quando são amados. No
m u ........ nrreio, ficava sentado, enquanto outras crianças brincavam.
mi i". i lien a ficava junto dele, até o momento em que as crianças
...... .... mi o recreio. Ele não era agressivo e tinha bom comportamento,
ili' ii ii li' .1 nipre estava sob minha observação. Gostava de ir à escola.
■ |'"i if (is meses, começou a mostrar interesse pelo escorregadore,
.tu pmu us, começou a descobrir que em sua volta existia um outro
" 11*i*I" Começou a ficar na fila, quando entrava para a classe, ficava
e i ■ mil" .empre uma folha, usando um lápis preto. Mas não conversava,
............. .. ili/.ia sim ou não e quando alguém o chamava, agia como se
■ mute uniu, parecia um boneco, não dava a mínima atenção e, sempre
tin i""ii.i ficava deitado com um carrinho ou trenzinho e ali passava
liohiN Cm fato curioso aconteceu nesta escola que ficava na mesma
i|. " li. ui.lis ou menos a uns cinco quarteirões. Ele ia correndo sozinho
" i" "..ii la, algumas coisas já ha-viam mfljlado em sua vida na escola.
- ii- di.i rçtava na classe do jardim, enquanto as crianças tentavam tirar
.........li «enlio através de rabiscos, Alexandre se pôs de pé, dirigiu-se à
l" nii IH.i que estava na mesa e apon-tava com o dedo para o lápis, a
io "li oi ,i disse: - Pede o que quiser e eu lhe dou.- Mas ele persistia,
i||" hI.iih Io com o dedo e, de repente, disse em voz alta: o lápis.
I Me fato demostrou que Alexandre possuía dentro de si um bloqueio
..........lonal de uma forma teria que ser trabalhada.
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Naquele dia. a professora não conseguiu mais trabalhar de lan
emoção. Depois desta escola, Alexandre frequentou mais duas e li
parar numa escola estadual, em classe especial. Freqüentou oito am |
a escola estadual. Embora muitas coisas tenham acontecido, semp •
teve sorte com boas professoras, compreensivas e cheias de amor. f |
primeira escola estadual, achei que não ia dar certo, a diretora, se
saber do problema, disse que ficasse, iria passar por uma experienci
tornou-se um grande problema, mas deu certo. Foi alfabetizado, mas
professora ficava sempre confusa diante de uma criança estranha. I
ensino em classe especial é diferente, pois é individual, e assim f
alfabetizado. Já ia para o recreio e houve uma grande mudança em st
vida. Embora ainda houvesse o problema de não saber coordenar frase
escrevia, fazia ditado, números, e teve uma base de ensino até a quar
série. Depois continuou mais três anos na escola estadual até qii
completou 14 anos, mas já se ajustava às crianças, seguia as normas e
escola. A gora está numa e sco la, há seis anos e gosta muito,
oportunidade que se oferece a um autista é importante, dependend
do estágio, que se encontra.
Alexandre teve muita sorte, pois todas as portas lhe foram aberta*
de todas as formas. É claro que houve problemas durante todo o tempo
mas sempre ignorei tudo o que acontecia. O que me interessava er
sempre o dia de amanhã. 0 fato de sempre estar com pessoas normai
e em escolas, com crianças limítrofes, ajudou-o muito. Há problema
da parte da sociedade. A rejeição sempre aconteceu, e diversas criança
ficam sem chan-ce de ajuda, e quando isto acontece, temos que parti)
.11 « ui medo, enfrentando lodos os obstáculos.
u i ( In i..................
o i* ui • . mu i , i . «111«■ leni t|iie ser muito trabalhados, e há uma
•a • > i>I u le ili um lug.ii especial.
O N I MIHUIÇA O D A M Ú S IC A
AMA O A U T ISM O
*a DNVMA
principalmente as canções infantis e que falam de trem. Pede para compra
os discos e, quando está sozinho, fica o tempo todo ouvindo músicas. Parece
também, que o girar do disco se integra aos sons, para ele.
É importante não deixar o autista sozinho, sem ativi-dades e sen
contato com pessoas, pois a sua tendência é voltar-se para si mesmo,
Alexandre freqüenta escola e está em contato com pessoas dl
realizando atividades. Procuro evitar que ele se isole no seu mundo
trazendo-o para a realidade. Desenvolve diferentes tipos de atividades
com destaque para os trabalhos manuais e a música.
Tenho facilidade para ajudar o Alexandre porque, desde 1970
tenho me dedicado à música. Dirigi um coral de 40 jovens, durante
três anos. Trabalhei, depois, durante seis anos com alunos das primeiras
séries do I o grau e depois com jovens de nove a doze anos. Desenvolvi
também, com esses grupos, um trabalho de fantoches, fknelógrafo,
fitas de video, dramatização etc. Este trabalho continua até hoje e, de
certa forma, tem envolvido o excepcional pois é de grande valia.
Durante três anos, a partir de 1970, desenvolvi na Escola Alfredo!
Paulino um trabalho normais e com excepcionais (limítrofes, deficientes
auditivos etc). Desenvolvi a bandinha ritmica e usava mimica para ensinar
a música. Além das atividades musicais, desenvolviam-se: o esquema cor- j
poral, a integração olho e mão, a imitação e a coor-denação motora fina e
grossa. As crianças sentavam-se, le-vantavam, pulavam, giravam, batia
palmas, batiam os pés. Usávamos métodos audiovisuais e fazíamos gran
des descobertas. As crianças demonstravam alegria. Os deficientes auditivos
que faziam parte da bandinha não falavam, mas tocavam os seus instrumentos]
musicais no ritmo certo. A diretora da escola convocava todas as classes e
<>pálio ficava repleto de alunos. As crianças sentiam-se importantes, quando |
aplaudidas. Nessa mesma escola, organizei algumas programações para o
pré-primário, para comemorar eventos especiais, formatura etc.
Em 1981, participei das atividades programadas para o projeto
férias, na Escola Estadual Daniel Fontes, no bairro do Rio Pequeno.
Durante quinze dias, vivi uma experiência fantástica com crianças de
periferia que passavam o dia na escola, pois era oferecida uma ó tim a'
refeição. A programação era variada e a música estava presente em todos
............... . • I ui ti u i ui ii (or.il com (>() crianças e uma bandinha rítmica.
\ ................ - .11 <■111(•■ . desse bairro podiam trocar seus momentos
........... . mo .iii ibulaçoes por momentos de alegria e de realização. No
m «I • ................ laça», mais de SOO pessoas aplaudiram as crianças que
w i .li........ bom desempenho. Não foi fácil trabalhar com essas crianças
|| ttftiln ia que apresentam um comportamento difícil de se lidar,
jui ll.n lenir, esses projetos não têm continuidade, nem com crianças
•m i ......... nem com excepcionais. As crianças de escola pública não
h I..........iportiinidades de desenvolver um trabalho com a música. A
H i. i (Irai nalização e outras formas de expres-são artística poderiam
m i ........ ....lo os alunos nas escolas, revelando talentos.
\ atividades artísticas, m usicais e dram áticas propiciam o
...............himento da expressão corporal, contribuindo para que o autista
........i>a n seu bloqueio emocional.
\ musica estimula a comunicação dos autistas e facilita muitas
.......... di/agens, pois os autistas podem ter excelente m em ória.
li nulre, por exemplo, tem boa capacidade de percepção e memória.
............. . com facilidade, as letras das músicas, lembra-se de caminhos
11 pmrorridos, de horários de ônibus e trens, datas específicas, etc.
........... também tem facilidade de montar jogos, quebra-cabeça.
1'n vsentemente, quer aprender a tocar flauta doce e está memorizando
i tu das musicais. Na escola, gosta de ser sempre o solista. No momento
In •incuta a Escola Nosso Cantinho desde 1987.
1'mvavelmente, A lexandre tenha tam bém recebido algum a
" Um. ik ia musical, pois a familia de meu marido se dedica à música.
........não toca flauta doce, violino e saxofone. Os primos de Alexandre
li" mi diversos instrumentos. Eu toco flauta doce e trompinha, embora
" n.ibalho que mais aprecio seja a educação musical das crianças.
'.......pre tentei me envolver com este trabalho, pois é gratificante para
iitlm
\lguns autistas demonstram grande prazer, satisfação e sensibilidade
tu * niiviver com a música. São afinados e conseguem perceber leves
iliiT.içoes na frequência de uma nota musicai. Por outro lado, podem
ui n.n se ao ouvir barulho ou ruídos fortes.
Aos seis anos, Alexandre costumava sentar-se perto do pai, m
orquestra. Depois de um certo tempo, ao ouvir determinados ruídos
às vezes, começava a gritar, saía correndo, raspando o braço na parede
irritado.
Outras vezes, começava a bater as mãos e até pulava. Por isso
embora a música seja importante para o autista, é importante sabei
quais os ritmos ou sons mais indicados para não provocar reaçõè!
adversas. O próprio Alexandre viveu uma experiência, nesse sentido
Na escola onde estudava, havia um professor que tocava acordeom ma;
que não tinha conhecimentos específicos de música. Ele formava um
círculo com as crianças e ficava tocando bem alto. As crianças cantavan
gritando. Alexandre, então, mostrava-se irritado, saia, pulava, batií
com as mãos etc.
Eu e outra mãe fomos falar com a diretora da escola e ela
simplesmente nos disse que as crianças estavam ali para seguir as
normas da escola. Muitas vezes, professores e coordenadores não aceitam
que os pais ob-servem seus filhos na escola. Acontecem coisas
inadequadas e desagradáveis e, às vezes, os diretores não dão crédito
aos pais, apoiando indevidamente profissionais despreparados e não
vocacionados para lidar com crianças problema.
Seria necessário que as escolas selecionassem criteriosamente os
seus profissionais e os orientassem pedagogicamente para que planejem
as atividades que devem ser desenvolvidas com os excepcionais,
principalmente quando no grupo houver diferentes tipos de excepcionais:
limítrofes, autistas etc.
Nas aulas de música, por exemplo, às vezes, a criança se recusa a
sentar, outras não querem tocar determinado instrumento. Conheço
um mocinho que carrega sempre consigo uma ou duas sacolas com
discos e uma vitrola. Às vezes, recusa-se a entrar na sala de aula, m a s !
quando a professora pega a sacola e promete tocar os discos, ele
prontamente entra na sala de música e acaba participando, desde que
a promessa seja cumprida, aí os discos são tocados e ele fica realizado.
Os autistas têm comportamentos característicos e algumas ma
nias. O professor de música deve co n hecê-lo s e saber como ministrar
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H I nil I 11H< .miando sempre atividades variadas para não torná-las
.............. ... I 1 I .iiivuhuli's, utilizadas coino musicoterapia, devem se
.III* I...................... .ml.is convencionais e serem trabalhadas envolvendo-os
imti I....... brincadeiras, enfim de forma lúdica. O professor, por
.......... .1" 11<ide começar a inventar uma história de dois meninos perdidos
IM llm • u I m seguida, pedirá sugestões ao grupo para continuar a
in .............. . dizer o nome de determinados objetos que fazem parte da
lii ......... I ui aluno pode dizer, por exem-plo, árvore e, em seguida, ser
............I.idn para ir ao quadro negro desenhar uma árvore, ou um sol,
ai . undo um desenho mais fácil, de acordo com a capacidade da
<i iiiiu.a
1 mui .1 atividade lúdica da qual os alunos gostam muito é a seguinte:
................ .... aluno para vir na frente da classe. Vedamos os seus olhos e
...........p<> i anta uma musiquinha:
lllM l**i
l< ui ,r verificado, cientificamente, que os bebês, cujas m ar, lo
mui iilmieiidas à musicoterapia nascem mais tranqiillos.
\ 11ii ma música que a gestante ouviu tem o poder de aconchegai
ti lu ItO toi i aminho deste mundo ainda desconhecido para ele (1 o
•limn d i ( volução humana continua... Os sentidos vão se apurando du
ipo Um o.s primeiros sons são emitidos, ouvidos e classificado',
• ••mm V i a Imitação...)
•i ir momento, a estimulação sensória motora da criança pot le
• i d. i iivolvida através da Musicoterapia. "A escolaridade segue tam
1■ ui «ii * urso rítmico. Jogos infantis como a amarelinha e brinca
d* o i dr i *ida se misturam com livros e cadernos, sonhos e realidade.
I n udo indar o carrossel da vida..."
I ...........movimento onde musicoterapeuta trabalhara o dr,envoi
mi....... .. Iimco e intelectual da criança.
........... loria, a sociabilização, a coordenação motora, a criatividade
• ...................ulras atividades podem ser executadas com as criança', qm
V 1"I- ui ou não algum distúrbio. "Tudo se transforma rilmica un nie
• ui eu * Mente estão em busca de realizações. Na adolescência, o alu em
• I.......lu a, os contos de fada são substituídos por aventuras vivida', e
ili 1 * i " , ( onlidos."
in I Ipliua, amadurecimento e orientação, esses são os objelivos
•i'n ' musicoterapia atinge nessa fase onde os adolescentes passam
i i" 1. seus processos de angústias e revolta de muito mais ritmo e
mi ii mi tal qual funcionando como catarse.
,W
"No cotidiano da vida, o estresse abate... os ritmos são camufiado:
pelos ruidos. Murmúrios por todos os lados. Carros que buzinam
passos... passos... o apito da fábrica. O suor do corpo. A noite n;i<
chega... cansaço... cansaço..." Também através da Musicotcrapia que <1
homem reduz seu nível de ansiedade e estresse, um fator existente n:
vida adulta do ser humano, devendo ser levado a sério. Em todas as
empresas, indústrias e comércios. Só assim haverá harmonização entro
servir a comunidade e usufruir da vida.
Nada se perde. Tudo se transforma... "Angústia, depressão, tristeza ou
solidão podem abater. A musicoterapia devolve a todos a alegria de viver"
A U T IS M O
C O N T R IB U IÇ Ã O DE ESPECIALISTAS
/ \a r/ de cestruturação
" nr 1 1dc estruturação do nível da criança, quanto mais baixo o
■ 'i ............deverá ser o grau de estruturação do ambiente.
.............. pela qual é necessário um grau mais alto de controle é a
li ulilii' li \ criança tem dificuldade em organizar o próprio ambiente,
Mimll l ' ' iii que ela vai desenvolvendo esta capacidade, o ambiente
mli Ini ii ir rc mais permissivo e a criança pode ter mais espaço.
8. Integração
Integração na comunidade, no lar e na escola, de acordo com i
capacidade e prontidão de cada criança. Deve-se ter cuidado para nâ
forçar a integração.
Para Bernard Rimland, cio Institute for Child Behavior Researclj
todas as crianças, especialmente as autistas, necessitam de ensinj
objetivo, bem planejado e aplicado, se é que desejamos que alcancei
limite na escala de aprendizagem que lhes é própria. Por muito tempo]
acreditou-se que os autistas precisavam de educação permissiva
desestruturada, mas isto se provou ser abordagem muito fraca e
muito importante que os autistas, crianças inaptas para aprendizagem]
hiperativas e com outras deficiências conseqíientes, recebam un]
ensino altamente estruturado e cuidadosamente planejado.
De acordo com J . Rispens e I. A. Van Berckelaer Onnes, dj
42
tiú t i i i. i . i i n Iii.il de l.cvdcu Holanda, a pesquisa teórica e a
pi ui tu .............. i .11>i mi.ii .mi p.u a ,i postulação dos seguintes conceitos
i 1 .1 o i*1 i • I iImh u .io do autismo infantil precoce.
45
Se Deus nos conceder mais alguns anos de vida, temos muito
trabalho pela frente no trabalho com o autista, muito se tem que aprender
para poder ajudá-lo a se desenvolver de uma forma eficiente.
O seu irmão cresceu jun to com você, sei que fo i d ijjcilpa ssar
p or tudo, principalm ente quando vocêJreqiientava a mesma escola.
Ficava em casa, triste por deixar o Alexandre naquela situação. Foi
duro pra mim . Sei que muitas vezes, sem perceber, passava uma
preocupação pra você. Eu o linha como meus olhos, na escola, mas
graças ã diretora e ao módico, acordei e separei o Alexandre, dando-
lhe o direito de sua liberdade. Embora sendo o irmão mais novo, sei
que você se preocupa com o Alexandre.
Júnior, como você deixa o Alexandre fa liz, quando fa z uma
apresentação m usical. Você é um grande músico, este é um dom
que você recebeu e que enche a sua alma e a nossa casa defelicidade.
Você ajudou mu Ho e. assim, a paz tomou conta de nosso lar e ju n
tos conseguimos ter o direito de sermosfelizes.
D IV U L G A N D O O A U T IS M O