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Núcleo de Educação a Distância

EDUCAÇÃO ESPECIAL 1
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 UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS

PLANO DE ENSINO

CURSO: Licenciaturas

COMPONENTE CURRICULAR: Acessibilidade e Tecnologias Assistivas

SEMESTRE: 6º

CARGA HORÁRIA TOTAL: 80

EMENTA

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Sumário

Sumário
Aula 01_ Apresentação das tecnologias assistivas: Decreto 5296/04, 2 de dezembro de 2004 -
acessibilidade.........................................................................................................................................5
Aula 02_Para que servem as tecnologias assistivas?............................................................................13
Aula 03_ Tecnologia como instrumento de acessibilidade e inclusão..................................................19
Aula 04_Tecnologia assistiva, deficiência e acessibilidade.....................................................25
Aula 05_Tecnologia assistiva – aspectos legais....................................................................................31
Aula 06_Tecnologia assistiva e Comunicação Alternativa I..................................................................37
Aula 07_Tecnologia assistiva e Comunicação Alternativa II.................................................................43
Aula 08_Tecnologia assistiva e Comunicação Alternativa III................................................................48
Aula 09_Tecnologia assistiva e Comunicação Alternativa IV................................................................53
Fonte imagem 1 - A leitura por meio da comunicação alternativa: https://goo.gl/BQPdHH................54
Aula 10_Tecnologia assistiva aplicada a vida diária..............................................................................59
Aula 11_Tecnologia assistiva como auxílio às pessoas com TEA..........................................................64
Aula 12_Tecnologia assistiva: Como auxílio às pessoas com deficiência física.....................................73
Aula 13_Tecnologia assistiva como auxílio às pessoas com deficiência auditiva..................................79
Aula 14_Tecnologia assistiva como auxílio às pessoas com deficiência visual.....................................88
Aula 15_ Tecnologia assistiva como auxílio às pessoas com deficiência intelectual.............................96
Aula 16 – Tecnologia assistiva: O computador no contexto educacional...........................................102
Aula 17_Tecnologia assistiva: simuladores, leitores, mouses.............................................................107

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...........................................................................................................................................................108
Aula 18_ Estudo de caso envolvendo tecnologia assistiva.................................................................113
Aula 19_Tecnologia assistiva - Softwares...........................................................................................120
Aula 20_Tecnologia assistiva: HOLOS – Sistema educacional.............................................................127
Aula 21_Tecnologia assistiva: estimulação sensorial, lazer, recreação e Comunicação Alternativa...133
Aula 22_Tecnologia assistiva: transporte escolar, mobiliário e sala de informática...........................138
Aula 23_Tecnologia assistiva: Aprendizagem tradicional e aprendizagem com TA............................147
Aula 24_Tecnologia assistiva: adaptações físicas e órteses................................................................153
Aula 25_Tecnologia assistiva: DOSVOX..............................................................................................158
Aula 26_Tecnologia assistiva: Estudo de caso: adaptação física.........................................................164
Aula 27_Tecnologia assistiva: objetos de aprendizagem....................................................................170
Aula 28_Tecnologia assistiva: utilização de recursos tecnológicos na prática docente......................174

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................................................177
Aula 29_Tecnologia assistiva – Análise no ambiente de atuação.......................................................180
Aula 30_Tecnologia assistiva: construção de um projeto...................................................................186
Aula 31_Tecnologia assistiva: estudo de caso autismo......................................................................194
Aula 32_Glossário de terminologias da tecnologia assistiva e inclusão..............................................199

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Aula 01_ Apresentação das tecnologias assistivas: Decreto 5296/04, 2 de


dezembro de 2004 - acessibilidade

 A tecnologia assistiva é uma área do conhecimento que envolve serviços e


produtos, tem como objetivo fundamental à inclusão da pessoa com deficiência na
sociedade, com o foco na formação do cidadão, com a possibilidade do exercício
dos seus direitos.

O uso da tecnologia assistiva é fundamental no processo de inclusão da pessoa com


deficiência “para as pessoas sem deficiência a tecnologia torna as coisas mais
fáceis, para as pessoas com deficiência a tecnologia torna as coisas possíveis”
(RADABAUGH, 1993).

  

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Fonte da imagem 1 – Tecnologia assistiva: https://goo.gl/h4y9RB.

A tecnologia assistiva pode tornar possível tudo aquilo que era considerado
impossível para as pessoas com deficiência, uma delas é participar das aulas e
estar presente na rotina de todo o cotidiano escolar.

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Fonte imagem 1 – Tecnologia assistiva: https://goo.gl/h4y9RB

Tecnologia assistiva é um termo relativamente novo. Separadamente essas


duas palavras significam:

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No entanto a tecnologia não está só relacionada a equipamentos mais sim, a


qualquer coisa que pode melhorar, resolver e facilitar a as tarefas de cada  indivíduo
de acordo com a sua necessidade. Já assistiva é uma tecnologia que ajuda,
acompanha e facilita a aprendizagem das pessoas.

No ano de 2008 o Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) foi criado, pela Secretaria de
Direitos Humanos, e ficou definido o uso da terminologia de Tecnologia Assistiva no
Brasil. Mesmo assim, ainda são utilizados manuais e documentos de outros países, 
por isso também é utiliza-se a terminologia “Ajuda Técnica” que tem o mesmo
significado de “Tecnologia Assistiva”.

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Compreende-se que a tecnologia assistiva é:

  

[...] uma área do conhecimento, de


característica interdisciplinar que engloba
produtos, recursos, metodologias, estratégias,
práticas e serviços que objetivam promover a
funcionalidade, relacionada à atividade e
participação, de pessoas com deficiência,
incapacidade ou mobilidade reduzida, visando
sua autonomia, independência, qualidade de
vida e inclusão social” (CAT, 2008).

   

O decreto 5296/04, 2 de dezembro de 2004 é trata da acessibilidade, ou seja, da


preocupação que o estado tem de proteger, tutelar e facilitar a vida das pessoas que
tem deficiência física ou qualquer dificuldade de locomoção e acesso, como em
bancos, estágios de futebol, salas de aula, teatros, etc.,  baseado nas dificuldades
de acesso a qualquer estabelecimento público ou particular.

  

Observe a imagem:

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Fonte imagem 1 – o cadeirante não tem acessibilidade: https://goo.gl/QEZwHF

Segundo o decreto, em seu artigo 8, para os fins de acessibilidade considera - se:

  

I acessibilidade: condição para utilização, com


segurança e autonomia, total ou assistida, dos
espaços, mobiliários e equipamentos urbanos,
das edificações, dos serviços de transporte e
dos dispositivos, sistemas e meios de
comunicação e informação, por pessoa
portadora de deficiência ou com mobilidade
reduzida; II barreiras: qualquer entrave ou
obstáculo que limite ou impeça o acesso, a
liberdade de movimento, a circulação com
segurança e a possibilidade de as pessoas se
comunicarem ou terem acesso à informação,
classificadas em: a) barreiras urbanísticas: as
existentes nas vias públicas e nos espaços de
uso público; b) barreiras nas edificações: as
existentes no entorno e interior das edificações

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de uso público e coletivo e no entorno e nas


áreas internas de uso comum nas edificações
de uso privado multifamiliar; c) barreiras nos
transportes: as existentes nos serviços de
transportes [...]. (BRASIL, 2004).

Observe a imagem:

Foto 2 – imagem de acessibilidade para o cadeirante conseguir ter acesso as tudo e


boa locomoção.

     

O decreto 5296/04 regulamentou e as leis 10.048 e  lei 10.098 que tratam de


acessibilidade dando outras providências. 

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Bem, alunos, a nossa aula chegou ao fim.

Que tal verificar o decreto nº 5.296/2004 e conhecer um pouco mais sobre a


acessibilidade?Até a próxima aula.

     

    

   

Bibliografia:

RADABAUGH, Mary Pat. Study on the Financing of Assistive Technology Devices of


Services for Individuals with Disabilities - A report to the president and the congress
of the United State, National Council on Disability, 1993.

BRASIL, DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004.  Acessibilidade.


Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004
2006/2004/decreto/d5296.htm>. Acesso em: 19 jun. 2018.

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Aula 02_Para que servem as tecnologias assistivas?

Olá, alunos!

A tecnologia assistiva está cada vez mais presente no mundo, ela serve para
promover a funcionalidade e capacidade das pessoas com deficiência ajudando-as
no dia a dia com recursos tecnológicos, adaptações e estratégias.

Segundo a ISO (2002) tecnologia assistiva é também:

  

[...] qualquer produto, instrumento,


estratégia, serviço e prática, utilizado por
pessoas com deficiência e pessoas
idosas, especialmente produzido ou
geralmente disponível para prevenir,
compensar, aliviar ou neutralizar uma
deficiência, incapacidade ou desvantagem
e melhorar a autonomia e a qualidade de
vida dos indivíduos. (ISO, 2002).

     

Observe na imagem para que servem as tecnologias assistivas:

Fonte da imagem 1- Tecnologia assistiva para alunos com deficiência física e


múltipla com severas limitações motoras (aluna com paralisia cerebral usando
cadeira adaptada e óculos)  https://goo.gl/WZ7NmR.

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Fonte da imagem 2 - A bengala que possui uma ponteira que detecta poças de
água, fazendo com que a bengala vibre e o usuário possa, então, desviar da água.
Na outra imagem, vemos um rapaz com baixa visão utilizando uma lupa eletrônica
acoplada a uma televisão.  https://goo.gl/dndwQ7.

    

As três imagens são alguns exemplos da importância da tecnologia assistiva na vida


das pessoas. Nota-se que, para cada deficiência, existe um recurso tecnológico ou
alguma adaptação que pode favorecer e desenvolver a independência e autonomia
de cada usuário, tornando-o capaz de exercer seus diretos como qualquer outro
cidadão.

Existe uma classificação para tecnologia assistiva, de acordo com ISO (2002). São
dez áreas diferentes:

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Observe, a seguir, mais imagens de tecnologia assistiva que ajudam as pessoas a


criarem mais independência e ter uma boa qualidade de vida:

Fonte da imagem 3: http://tecassistiva.blogspot.com/2011/06/categorias-de-


tecnologias-assistivas.html.

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Fonte da imagem 4: http://tecassistiva.blogspot.com/2011/06/categorias-de-


tecnologias-assistivas.html.

Fonte da imagem 5: http://tecassistiva.blogspot.com/2011/06/categorias-de-


tecnologias-assistivas.html.

Fonte da imagem 6: http://tecassistiva.blogspot.com/2011/06/categorias-de-


tecnologias-assistivas.html.

     

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Saber utilizar a tecnologia assistiva é fundamental, pois cada um tem uma


necessidade que precisa ser atendida.

A tecnologia assistiva interrompe as limitações, dando possibilidades e criando


condições para que as pessoas com deficiência consigam se socializar, ganhar
independência e autonomia.Junto com a tecnologia assistiva também está a
comunicação alternativa ou suplementar que se refere:

[...] a todas as formas de comunicação que possam complementar, suplementar


e/ou substituir a fala. Dirige-se a cobrir as necessidades de recepção, compreensão
e expressão da linguagem e, assim, aumentar a interação comunicativa dos
indivíduos não-falantes (VON TETZCHNER; JENSEN, 1996).

A comunicação alternativa é uma área que auxilia as pessoas com grave


comprometimento na comunicação oral, para isso são utilizados alguns recursos de
baixa tecnologia, como fotos, símbolos gráficos pranchas de comunicação e até
mesmo objetos. Alguns recursos tecnológicos também são usados como tablet,
celular, vocalizadores, acionadores e o computador.

O trabalho de comunicação alternativa engloba vários profissionais de várias áreas


como: terapia ocupacional, pedagogia, fonoaudiologia, etc. A participação da família,
da equipe escolar e cuidadores é fundamental, para que o trabalho tenha bons
resultados.

A comunicação alternativa é definida como: “toda e qualquer modalidade de


comunicação diferente da oral e/ou escrita, sendo este o único recurso disponível
para a comunicação por parte de pessoas com severos distúrbios e/ou limitações
motoras e/ou cognitivos e/ou de linguagem” (CAPOVILLA, 2001).

   

Até a próxima aula.        

        

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Bibliografia:

CAPOVILLA, F.C. Comunicação alternativa: modelos teóricos e tecnológicos,


filosofia educacional e prática clínica. In: CARRARA, K. Universidade, sociedade e
educação. Marília: Unesp-Marília-Publicações, 2001.VON TETZCHENER, S.V.
Augmentative d alternative communication: assessment and intervetion - a functional
approach. 1997.

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Aula 03_ Tecnologia como instrumento de acessibilidade e inclusão.

Olá, alunos!

Na aula anterior, vimos a importância da tecnologia assistiva e comunicação


alternativa para as pessoas com deficiência, para que servem e como utilizá-las.

A tecnologia vem mudando gradativamente o mundo em que vivemos.

Por muito tempo, aa visão da sociedade, as pessoas com deficiência eram


consideradas incapacitadas de exercer seu direito como qualquer outro cidadão, ou
seja, existia uma ideia estereotipada sobre a pessoa com deficiência na sociedade,
na escola, no ambiente de trabalho, em qualquer local. Essas pessoas eram sempre
excluídas.

Fonte imagem 1: http://fisiolifealecardoso.blogspot.com/2014/12/.

      

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O tempo foi passando e, aos poucos, as coisas foram se modificando. Atualmente,


as pessoas com deficiência têm o seu espaço garantido por lei em toda sociedade.

Com o objetivo de melhorar ainda mais a socialização, a tecnologia passou a ser


considerada um instrumento de acessibilidade e inclusão dessas pessoas.

A Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência,  Lei nº 7.853, de 24 de


outubro de 1989, determina que é importante:

   

“possibilitar as pessoas com deficiência a


oportunidade em viver de forma independente
e participar plenamente de todos os aspectos
da vida, os Estados Partes tomarão as
medidas apropriadas para assegura as
pessoas com deficiência o acesso, em
igualdade de oportunidades com as demais
pessoas, ao meio físico, ao transporte, à
informação e comunicação, inclusive aos
sistemas e tecnologias da informação e
comunicação, bem como a outros serviços e
instalações abertos ao público ou de uso
público, tanto na zona urbana como na rural.
Essas medidas, que incluirão a identificação e
a eliminação de obstáculos e barreirar à
acessibilidade. (BRASIL, 2010).

       

A tecnologia permite que as pessoas com os mais diferentes tipos de deficiências


exerçam as mais diversas funções de trabalho. Imagine um deficiente visual
trabalhando em um call center? Ou um deficiente físico sem os braços e sem as
pernas trabalhando como analista bancário?

A tecnologia assistiva é um instrumento que engloba soluções tecnológicas, como


pode-se perceber no vídeo. A tecnologia facilita a vida das pessoas com deficiência,
seja temporária ou permanente. Esses recursos tecnológicos possibilitam a
acessibilidade, a mobilidade criando mais autonomia a todos.

Um detalhe arquitetônico comum, uma rampa de acesso para os cadeirantes.


Existem várias faces da tecnologia que beneficiam a necessidade de cada um.

A tecnologia é uma área multidisciplinar que tem por objetivo abranger todos os
setores como a área da educação, saúde, mercado de trabalho e outros. As

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ferramentas tecnológicas são divididas em recursos e serviços. Segundo Bersch


(2013), os recursos podem:

   

“variar de uma simples bengala a um complexo sistema


computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas
adaptadas, computadores, softwares e hardwares
especiais, que contemplam questões de acessibilidade,
dispositivos para adequação da postura sentada, recursos
para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de
comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais,
aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais
protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou
disponíveis comercialmente. Já os serviços são aqueles
prestados profissionalmente à pessoa com deficiência
visando selecionar, obter ou usar um instrumento de
tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar
avaliações, experimentação e treinamento de novos
equipamentos (BERSCH, 2103)”.

     

Observe as imagens que promovem a mobilidade e acessibilidade das pessoas com


deficiência.

Fonte imagem 1 – Bengala e sinalização semafórica sonora para o deficiente


visual: O objetivo da norma é estabelecer um padrão de sinal que seja comum a
todo o país, uniformizando não só os sinais sonoros, visuais e vibratórios do

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equipamento, como também o modo de utilização desse dispositivo. A resolução


será obrigatória a partir de 1º de janeiro de 2020. https://goo.gl/ZyJkhk.

Fonte imagem 2 - O Transporte e o turismo para pessoas com deficiência e


mobilidade reduzida: https://goo.gl/1BaZ2i.

Fonte imagem 3 - Academia adaptada para pessoas com deficiência:


https://goo.gl/rhHsut.

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Fonte imagem 4 - O dispositivo de mobilidade robótica TEK permite ao


cadeirante ficar de pé: https://goo.gl/2b3SBs.

A evolução da tecnológica caminha na direção de tornar a vida mais fácil. Sem


perceber, utilizamos ferramentas desenvolvidas para favorecer e simplificar as
atividades do cotidiano, desde simples talheres, canetas até computadores,
controles remotos carros e outros. Todos esses instrumentos facilitam o
desempenho das pessoas com deficiências, de acordo com as funções pretendidas.

A cada dia, mais pessoas necessitam de um novo tipo de tecnologia e que ela
proporcione a inclusão social. Contudo, a tecnologia assistiva é o único instrumento
que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional que precisa ser
desenvolvida, possibilitando a realização da função desejada que está impedida por
circunstancia da deficiência ou pelo envelhecimento.

Até a próxima aula.

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Bibliografia:

BERSCH, Rita. INTRODUÇÃO à TECNOLOGIA ASSISTIVA Porto Alegre


2013.Disponível em httpm.br/Introducao_Tecnologia_Assistiva.pdf, acessado em
09/06/2018.

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Aula 04_Tecnologia assistiva, deficiência e acessibilidade.

Olá, alunos!

Compreender o significado de tecnologia assistiva, deficiência e acessibilidade é


muito importante, pois a tecnologia assistiva foi desenvolvida com o objetivo de
promover a independência, inclusão e autonomia das pessoas com deficiência,
proporcionando a todos o direito de ir e vir como qualquer outro cidadão.

Segundo o decreto 5.296, de 2 dezembro de 2004 o termo acessibilidade significa:


“incluir a pessoa com deficiência na participação de atividades como o uso de
produtos, serviços e informações. Alguns exemplos são os prédios com rampas de
acesso para cadeira de rodas e banheiros adaptados para deficientes”. (BRASIL,
2004).

    Fonte da imagem 1 – acessibilidade na escola com piso tátil: https://goo.gl/RjBTjq.

A tecnologia assistiva torna tudo mais acessível, por exemplo uma pessoa com
deficiência visual antigamente não conseguiria locomover-se sozinha nas ruas, não
teria independência, ou se tivesse, correria muitos riscos.

Hoje a tecnologia assistiva disponibiliza recursos e serviços adaptados que


garantem a acessibilidade, orientação e mobilidade a partir do tipo de deficiência de
cada pessoa.

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A evolução da tecnologia tem transformado a vida das pessoas com deficiência


tornando o dia a dia delas mais fácil e sem obstáculos.

Segundo Cokey e Hussey (1995) a tecnologia é “uma ampla gama de


equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar
os problemas funcionais encontrados pelos indivíduos com deficiências”. (COOK &
HUSSEY, 1995).

A palavra deficiência diz respeito a limitação física, sensorial ou intelectual que tem
uma pessoa. Do ponto de vista geral, todos os indivíduos sofrem de alguma
deficiência em seu organismo, mas utiliza-se o conceito deficiência para mencionar
um alto grau de disfunção”. (CONCEITOS, 2018).

Existem vários tipos de deficiência que são divididos em cinco conjuntos diferentes,
sendo eles:  deficiência visual; deficiência auditiva; deficiência mental; deficiência
física; deficiência múltipla.

Para compreender cada tipo de deficiência, segundo a Pedagogia ao pé da letra


(2018), observe a tabela abaixo:

       

Deficiência visual --é a perda ou redução das funções básicas do olho e do sistema


visual. Existem dois grupos de deficiência:

Cegueira – há perda total da visão ou pouca capacidade de enxergar. Seu processo


de aprendizagem será através dos sentidos remanescentes (tato, audição, olfato,
paladar) utilizando o sistema BRAILE como principal meio de comunicação escrita.

Baixa visão – define-se pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos,


mesmo depois de tratamento ou correção. O processo educativo do aluno com baixa
visão se desenvolverá, por meios visuais, com emprego de recursos específicos
como escrita ampliada, lupa, entre outros.

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Deficiência auditiva é a perda parcial ou total da audição em um ou ambos os


ouvidos. Pode ser de nascença ou causada por doenças.

Surdo é definido toda pessoa cuja audição não é funcional no dia-a-dia, e


considerado parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que
deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva.

Tipos de deficiência auditiva:

Deficiência Auditiva Condutiva


São geralmente de grau leve ou moderado, variando de 25 a 65 decibel. Os casos
de deficiência auditiva condutiva podem ser tratados com o uso do aparelho auditivo
ou com implante de ouvido médio.

Deficiência Auditiva Sensorioneural


A perda de audição neurossensorial decorre de danos ocasionados pelas células
sensoriais auditivas ou no nervo auditivo. Ela pode ser de grau leve, moderada,
severa ou profunda.

Deficiência Auditiva Mista


A deficiência auditiva mista é uma associação de uma perda auditiva Sensorioneural
e condutiva. Decorrente de problemas em ambos os ouvidos: interno e externo ou
médio.

Deficiência Auditiva Neural


A deficiência auditiva neural é comumente profunda e permanente. Aparelhos
auditivos e implantes cocleares não amenizam a deficiência auditiva, visto que o
nervo não é capaz de transmitir informações sonoras para o cérebro.

Deficiência mental

é a designação que caracteriza os problemas que acontecem no cérebro e levam a


um baixo rendimento, mas que não afetam outras regiões ou áreas cerebrais.

Retardo Mental Leve


O retardo mental leve pode não ser diagnosticado até que as crianças afetadas
ingressem na escola, já que suas aptidões sociais e comunicativas podem ser
adequadas nos anos pré-escolares Este é equivalente ao que foi certa vez chamado
“educável”. Este grupo constitui o maior segmento de pessoas com retardo mental –
aproximadamente 85%. À medida que ganham idade, entretanto, os déficits
cognitivos como fraca capacidade para fazer abstrações e pensamento egocêntrico
podem diferenciá-las de outras crianças de sua idade.

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Embora os indivíduos levemente retardados sejam capazes de funções acadêmicas


no nível elementar superior e suas aptidões vocacionais sejam suficientes para que
se sustentem, em alguns casos, a assimilação social pode ser difícil. Déficits de
comunicação, fraca autoestima e dependência podem contribuir para sua relativa
falta de espontaneidade social. Alguns indivíduos leves retardos podem ter
relacionamentos com companheiros que exploram seus déficits. Na maioria dos
casos, as pessoas com retardo mental leve podem atingir grau de sucesso social e
ocupacional em um ambiente de suporte.

Retardo Mental Moderado


O retardo mental moderado tende a ser diagnosticado mais precocemente que o
retardo mental leve, porque as aptidões comunicativas desenvolvem-se mais
lentamente nas pessoas com retardo mental moderado e seu isolamento social pode
iniciar nos primeiros anos de educação de primeiro grau. Embora as conquistas
acadêmicas, geralmente, sejam limitação ao nível elementar mediano, as crianças
moderadamente retardadas beneficiam-se de um atendimento individual focalizado
sobre o desenvolvimento de habilidade de autoajuda. As crianças com retardo
mental moderado têm consciência de seus déficits e, frequentemente, sentem-se
afastadas de seus pares e frustradas por suas limitações. Elas continuam
necessitando de um nível relativamente alto de supervisão, mas podem tornar-se
competentes em tarefas ocupacionais em ambientes de suporte. Elas podem
aprender a viajar sozinhas a locais familiares. Constitui aproximadamente 10% da
população com retardo.

Retardo Mental Severo


O retardo mental severo geralmente se evidencia nos anos da pré-escola, já que a
linguagem da criança afetada é mínima, e seu desenvolvimento motor é fraco.
Algum desenvolvimento da linguagem pode ocorrer nos anos escolares; na
adolescência, se a linguagem for fraca, ocorre a evolução de formas não verbais de
comunicação. Eles se beneficiam de apenas uma extensão limitada de treinamento
em coisas como o alfabeto e contas simples. Eles podem ser ensinados a identificar
palavras como homens, mulheres, ônibus e parada, por exemplo. A incapacidade de
articularem plenamente suas necessidades pode reforçar os meios corporais de
comunicação. Os enfoques comportamentais podem ajudar a promover algum grau
de cuidados pessoais, embora os indivíduos com retardo mental severo geralmente
necessitem de supervisão extensa. Este grupo constitui 3 a 4% da população com
retardo.

Retardo Mental Profundo


Constitui 1 a 2% da população com retardamento. As crianças com retardo mental
profundo exigem supervisão constante e têm aptidões comunicativas e motoras
severamente limitadas. Na idade adulta, algum desenvolvimento da linguagem pode
estar presente, e habilidades simples de autoajuda podem ser adquiridas. Mesmo na
idade adulta, necessitam de cuidados de enfermagem.

Deficiência Física- podemos definir a deficiência física como “diferentes condições


motoras que acometem as pessoas comprometendo a mobilidade, a coordenação

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motora geral e da fala, em consequência de lesões neurológicas, neuromusculares,


ortopédicas, ou más formações congênitas ou adquiridas” (MEC,2004).
A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que
compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As
doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em
conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de grau e gravidades variáveis,
segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida. (BRASIL,
2006, p. 28).

Deficiência múltipla

é a associação de duas ou mais deficiências, sejam intelectuais, físicas, distúrbios


neurológicos, emocionais linguagem e desenvolvimento educacional, vocacional,
social e emocional.
De acordo com alguns pesquisadores, a deficiência múltipla pode ser separada
pelas seguintes dimensões:

Física e psíquica:
Associa a deficiência física à deficiência intelectual;
Associa a deficiência física a transtornos mentais.

Sensorial e psíquica:
Engloba a deficiência auditiva associada à deficiência intelectual;
A deficiência visual à deficiência intelectual;
A deficiência auditiva a transtornos mentais;
Perda visual a transtorno mental.

Sensorial e física:
Associa a deficiência auditiva à deficiência física;
A deficiência visual à deficiência física.

Física, psíquica e sensorial:


Traz a deficiência física associada à deficiência visual e à deficiência intelectual;
A deficiência física associada à deficiência auditiva e à deficiência intelectual;
A deficiência física associada à deficiência auditiva e à deficiência visual.

(PEDAGOGIA AO PÉ DA LETRA, 2018).

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Até a próxima aula!

Bibliografia:

BERSCH, R.; TONOLLI, J. C. Introdução ao conceito de Tecnologia Assistiva e


modelos de abordagem da deficiência. Porto Alegre: CEDI - Centro Especializado
em Desenvolvimento Infantil, 2006.

CONCEITOS. definição de palavras. Disponível em:


<https://conceitos.com/deficiencia/>. Acesso em: 21 jun. 2018.

COOK, A.M. & HUSSEY, S. M. Assistive Technologies: Principles and Practices. St.
Louis, Missouri. Mosby - Year Book, Inc. 1995.

PEDAGOGIA AO PÉ DA LETRA. Os tipos de deficiência. Disponível em:


<https://pedagogiaaopedaletra.com/artigo-os-tipos-de-deficiencia/>. Acesso em: 21
jun. 2018.

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Aula 05_Tecnologia assistiva – aspectos legais

Olá, alunos e alunas!

Para descrever a tecnologia assistiva é preciso considerarmos os aspectos


históricos, contextuais e legislativos, pois, a tecnologia assistiva utiliza recursos e
serviços como instrumento de inclusão social da pessoa com deficiência com o
objetivo de promover a vida independente a todos.

Entende-se que existiram:

   

paradigmas diferentes da tecnologia assistiva ao


longo da história, com características específicas a
partir do referencial de cada país. Contudo, em
todas essas variáveis podemos identificar como
objetivo essencial a qualidade de vida, com
referência a processos que favorecem,
compensam, potencializam ou auxiliam
habilidades ou funções pessoais comprometidas
por algum tipo de deficiência ou pelo
envelhecimento. (ALVES e RODRIGUES, 2013, p.
174)

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Fonte imagem -1https://goo.gl/bUWZwU.

A tecnologia assistiva utiliza de instrumentos e recursos tecnológicos apropriado ao


desenvolvimento humano para a promoção de autonomia, do bem-estar e da
qualidade de vida. Na concepção médica, a deficiência é marcada pela limitação de
seu movimento e a ampliação desses recursos possibilita a expansão por meio de
uma tecnologia social que significa atingir a diversas camadas da sociedade:  

          

O adjetivo “social” não tem a pretensão de


afirmar somente a necessidade de tecnologia
para os pobres ou países subdesenvolvidos.
Também faz a crítica ao modelo convencional
de desenvolvimento tecnológico e propõe uma
lógica mais sustentável e solidária de
tecnologia para todas as camadas da
sociedade. Tecnologia social implica
participação, empoderamento e auto gestão
de seus usuários. (JESUS, 2013, p. 17)

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No Brasil, 45 milhões de brasileiros tem algum tipo de deficiência ou limitação


segundo os dados estatísticos do Instituto Brasileiro Geográfico realizado em 2010.

Esse percentual soma-se a 23,9% da população nacional, um percentual que vem


crescendo junto com o mundo globalizado.

As leis brasileiras normatizam a Tecnologia Assistiva a partir de 16 de novembro de


2006, com a criação do Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) definindo por meio da
Portaria n° 142 como: 

   

[...] uma área do conhecimento, de característica


interdisciplinar, que engloba produtos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que
objetivam promover a funcionalidade, relacionada
à atividade e participação de pessoas com
deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida,
visando sua autonomia, independência, qualidade
de vida e inclusão social. (BRASIL, 2007).

      

No contexto educacional,a tecnologia assistiva configura-se nos princípios da


inclusão desde 1990, e a sua trajetória em oferta ao ensino especializado constitui
uma marca de expansão no ensino educacional do deficiente acompanhado de
mudanças legislativas que acabam por definir a sua modalidade sob o aspecto
curricular da educação.

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Fonte imagem -5: https://goo.gl/4nHntu

Desta forma, a LDB nº 9394/96 é considerada um instrumento que propõe ao


professor possíveis formas de uma nova abordagem educacional para a participação
do aluno com deficiência no processo escolar, o que determina ser necessário
fornecer ao aluno ambientes acessíveis que comportem a sua limitação e
possibilitem seu pleno desenvolvimento: 

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Os recursos tecnológicos tem por objetivo facilitar a aprendizagem do aluno com


deficiência proporcionando a independência, qualidade de vida e inclusão na
sociedade. 

EDUCAÇÃO ESPECIAL 39
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Bibliografia

BRASIL. Comitê de Ajudas Técnicas, Secretaria Especial dos Direitos Humanos


da Presidência da República (CORDE/SEDH/PR). Ata da Reunião VII, de
dezembro de 2007. Brasília, 2007a. Disponível em: Acesso em: 21 junho. 2018.

CORRÊA, N. M.; RODRIGUES, A. P. N.. Tecnologia assistiva no Atendimento


Educacional Especializado (AEE) de estudantes com deficiência. Revista
Linhas. Florianópolis, v. 17, n. 35, p. 87-101, set./dez. 2016.

JESUS, V. - Tecnologia social: breve referencial teórico e experiências ilustrativas.


In: COSTA, Adriano (Org.). Tecnologia social e políticas públicas. São Paulo:
Instituto Polis, Brasília, Fundação Banco do Brasil, 2013. Disponível em: Acesso em:
21 junho. 2018.

RODRIGUES, P.; ALVES, L. R. Tecnologia Assistiva – uma revisão do tema.


Holos, Ano 29, v. 6, 2013. Disponível em: Acesso em: 21 junho. 2018.

Aula 06_Tecnologia assistiva e Comunicação Alternativa I

Olá alunos!

Recordando:

   

Tecnologia Assistiva - TA é um termo ainda novo,


utilizado para identificar todo o arsenal de recursos
e serviços que contribuem para proporcionar ou
ampliar habilidades funcionais de pessoas com
deficiência e consequentemente promover vida
independente e inclusão”. (BERSCH & TONOLLI,
2006).

     

A tecnologia assistiva abrange diversas áreas importantes que facilitam o dia a dia
das pessoas com deficiência, essas áreas são dividas na tecnologia assistiva e
conhecidas, segundo Deliberato (2009), como: comunicação suplementar e/ou
alternativa, adaptações e acesso ao computador, equipamentos de auxílio para

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déficits sensoriais, adaptações de postura, adaptações de jogos e atividades de


brincadeiras nas diferentes situações como na escola, casa e outros ambientes,
permitindo a possibilidade de inclusão social e escolar.

A tecnologia assistiva e comunicação alternativa caminham juntas e tem o mesmo


objetivo que é promover a independência, inclusão e autonomia das pessoas com
deficiência. A comunicação alternativa é considerada uma área da tecnologia
assistiva que tem como objetivo desenvolver habilidades de comunicação remetida a
pessoas que não têm o desenvolvimento da fala, escrita, ou seja, atraso na
comunicação ao falar e escrever.

Segundo Von Tetzchner e Jensen (1996):

     

Comunicação suplementar e/ou alternativa refere-


se a todas as formas de comunicação que possam
complementar, suplementar e/ou substituir a fala.
Dirige-se a cobrir as necessidades de recepção,
compreensão e expressão da linguagem e, assim,
aumentar a interação comunicativa dos indivíduos
não-falantes, a comunicação alternativa tem como
objetivo promover a fala e garantir uma forma
alternativa de comunicação. (VON TETZCHNER;
JENSEN, 1996).

       

Quando falamos numa comunicação alternativa que vai desenvolver a autonomia e


é importante entender o que é esta autonomia.

Autonomia é um conceito agregado ao valor de uma vida independente de liberdade


e de qualidade para qualquer pessoa que necessite utilizar a comunicação
alternativa.

De acordo com Manzini (2006):

   

[...] a expressão comunicação alternativa e/ou


suplementar vem sendo utilizada para designar um
conjunto de procedimentos técnicos e metodológicos
direcionado a pessoas acometidas por alguma doença,
deficiência, ou alguma outra situação momentânea que
impede a comunicação com as demais pessoas por
meio dos recursos usualmente utilizados, mais
especificamente a fala. (MANZINI; DELIBERATO,
2006, p. 4)

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Materiais utilizados na comunicação alternativa:

Fonte da imagem 1

Cartões de comunicação - A imagem apresenta vários cartões de comunicação


com símbolos gráficos representativos de mensagens. Os cartões estão organizados
por categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar uma cor de
moldura diferente: cor de rosa são os cumprimentos e demais expressões sociais,
(visualiza-se o símbolo "tchau"); amarelo são os sujeitos, (visualiza-se o símbolo
"mãe"); verde são os verbos (visualiza-se o símbolo "desenhar"); laranja são os
substantivos (visualiza-se o símbolo "perna"), azuis são os adjetivos (visualiza-se o
símbolo "gostoso") e branco são símbolos diversos que não se enquadram nas
categorias anteriormente citadas (visualiza-se o símbolo "fora").
https://goo.gl/73Tyg8.

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Fonte da imagem 2

Prancha de comunicação com símbolos, fotos ou figuras - Uma pasta do tipo


arquivo, contendo várias páginas de sacos plásticos transparentes está sobre o colo
de um usuário de CA. Cada página representa uma prancha de comunicação
temática e na imagem visualiza-se a prancha com o tema "animais".
https://goo.gl/73Tyg8.

Fonte da imagem 3

Prancha de comunicação alfabética - Sobre uma mesa está uma pasta de


comunicação e, nela, há uma prancha que contém as letras do alfabeto e os
números. O usuário está apontando o dedo indicador na letra "X".
https://goo.gl/73Tyg8.

Existem vários sistemas de símbolos gráficos específicos para confeccionar os


materiais de comunicação alternativa.

De acordo com Bersch (2017):

    

O sistema de símbolos PCS está disponível no Brasil


por meio dos softwares Boardmaker e Boardmaker
com Speaking Dynamically Pro. Um dos sistemas
simbólicos mais difundidos e utilizados em todo o
mundo é o PCS - Picture Communication Symbols,
criado em 1980 pela fonoaudióloga estadunidense
Roxanna Mayer Johnson e possui mais de 11.500
símbolos que foram originalmente desenhados para
criar rápida e economicamente, recursos de
comunicação consistentes e com acabamento
profissional. No Brasil o PCS foi traduzido como

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Símbolos de Comunicação Pictórica. O sistema PCS


possui como características: desenhos simples e
claros, fácil reconhecimento, adequados para usuários
de qualquer idade, facilmente combináveis com outras
figuras e fotos para a criação de recursos de
comunicação individualizados. (BERSCH, 2017).

Fonte da imagem 4 –

Visualiza-se aqui uma prancha de comunicação com dezoito símbolos gráficos PCS
cujas mensagens servirão para escolher alimentos e bebidas. Os símbolos PCS
estão organizados por cores nas categorias social (oi, podes ajudar? obrigada);
pessoas (eu, você, nós); verbos (quero, comer, beber); substantivos (bolo, sorvete,
fruta, leite, suco de maçã e suco de laranja) e adjetivos (quente, frio e gostoso).
https://goo.gl/73Tyg8.

 O boardmaker para a comunicação alternativa é um dos recursos mais utilizados


significa "produtor de pranchas". Segundo Bersch (2017):

   

O boardmaker é um programa de computador que


foi desenvolvido especificamente para criação de
pranchas de comunicação alternativa, utilizando
os Símbolos PCS e várias ferramentas que permitem
a construção de recursos de comunicação
personalizados. Uma característica marcante do
programa é sua facilidade de uso, propiciada pelas
ferramentas intuitivas que dispõe em sua interface de

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trabalho. Com elas pode-se criar e imprimir uma


prancha de comunicação complexa em poucos
minutos. (BERSCH, 2017).

      

A comunicação alternativa é um facilitador e mediador para o desenvolvimento da


autonomia da pessoa com deficiência.

Bem, alunos, a nossa aula chegou ao fim.

Vamos refletir!

Inseridos na sociedade informacional globalizada e preocupados com acessibilidade


comunicacional, nos interrogamos sobre as formas alternativas de comunicação.

O que é preciso construir para ajudar uma pessoa a comunicar suas vontades,
conversar com os demais?

Até a próxima aula.

Bibliografia:

DELIBERATO, D. Comunicação alternativa: recursos e procedimentos utilizados no


processo de inclusão do aluno com severo distúrbio na comunicação. 1 ed. São
Paulo: Unesp, 2009.

MANZINI, E.; DELIBERATO, D. Recursos para comunicação alternativa:


equipamento e material pedagógico especial para educação, capacitação e

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recreação da pessoa com deficiência física. 2. ed. Brasília: MEC, SEESP, 2006.
Disponível em: Acesso em: 21 junho. 2018.

BERSCH, R.; TONOLLI, J. C. Introdução ao conceito de Tecnologia Assistiva e


modelos de abordagem da deficiência. Porto Alegre: CEDI - Centro Especializado
em Desenvolvimento Infantil, 2006.

BERSCH, M. L. SARTORETTO E. R. Tecnologia assistiva: Comunicação


alternativa.  ed. São Paulo: Tecnologia e educação, 2017.

Aula 07_Tecnologia assistiva e Comunicação Alternativa II

Olá, alunos e alunas!

A tecnologia assistiva é um sistema de comunicação e informação representado por


marcadores de gestos, alfabeto digital, signos, fotos, figuras e desenho.  No que se
destaca um sistema alternativo de comunicação, a tecnologia assistiva se divide em
dois grupos de sistema alternativos de comunicação: o sistema aumentativo e o
sistema alternativo. Segundo Souza:

  

[...] os sistemas de comunicação aumentativa e alternativa


se referem aos componentes (símbolos, gestos, recursos,
estratégias e técnicas) utilizados pelos indivíduos para
comunicação. Podem ser manuais ou gráficos, sendo que
os primeiros são aqueles que não requerem ajuda externa,
como: gestos, alfabeto digital e Libras (sem as flexões),
além de outros marcadores gramaticais complexos que
venham a ser utilizados por ouvintes (SOUZA. 2013, p.
255).

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Veja abaixo um exemplo da tecnologia alternativa e sua funcionalidade:

Fonte imagem 4: https://goo.gl/Cucvsw 

Na comunicação alternativa nos utilizamos de recursos que possibilitem a


substituição da fala e outros problemas de comunicação daqueles que possuem
comprometimento real na sua comunicação, já na comunicação aumentativa nos
utilizamos de recursos próprios com gestos, expressões de rosto, ritmo do corpo, e
movimentos corporais.

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   Então, quando vamos então fazer a escolha para o uso da comunicação alternativa
é importante resgatarmos a forma como as pessoas, em geral, adquirem essa
comunicação, e essa linguagem simbólica, pois nenhum de nós nasce falando, por
certo aprendemos a expressar nossa linguagem de acordo com nossas vontades e
interesse.

Em meio aos recursos de comunicação alternativa, os mais populares são o Bliss, o


PCS, e os PIC.

O sistema Bliss é um elemento simbólico simples, criado  pelo Charles Bliss, que,
em sua criação, tem como referência o sistema comunicativo da língua escrita
chinesa, utilizando-se de  ideogramas para a criação de seu sistema simbólico
gráfico e  visual.

   

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 [...] os símbolos são compostos por um número


pequeno de formas, os elementos simbólicos. Esses
são combinados para representar milhares de
significados. Os símbolos podem ser: pictográficos
(desenhos que parecem com aquilo que desejam
simbolizar); arbitrários (desenhos que não possuem
relação pictográfica entre forma e aquilo que desejam
simbolizar); ideográficos (desenhos que simbolizam a
ideia de algo, criam uma associação gráfica entre
símbolo e o conceito que ele representa) e compostos
(grupos de símbolos agrupados para representar
objetos e ideias). (SONZA, 2013, p. 256)

Fonte imagem 3: https://goo.gl/8HRCER- Símbolos Bliss

O sistema Bliss é altamente dinâmico e dá ao usuário a possibilidade de representar


os conceitos adquiridos pela linguagem de forma simbólica e organizada. O sistema
Bliss parte de um modelo básico de um quadrado, que pode ter o formato de um
quadrado no tamanho de 2 a 5 centímetros no inteiro, em que se vão fazer escritas
de símbolo, pictográficos ou ideográficos utilizados na comunicação.

Já o sistema PCS: “[...] é basicamente pictográfico. Criado para indivíduos com


comprometimento na comunicação oral e que não compreendem o sistema
ideográfico. Segue a mesma divisão sintática e cores dos Símbolos Bliss.”
(FERNANDES, 2000 apud SONZA, 2013, p. 256)

    

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Fonte de imagem -4: https://goo.gl/u5Unzk - Símbolos PCS

O PCS é um sistema muito utilizado na comunicação alternativa e é basicamente um


sistema pictográfico de comunicação, este sistema foi desenvolvido inicialmente com
o número limitado de símbolos (em torno de 300 símbolos). Hoje já possui cerca de
mais de 3.200 símbolos de representação para o  aprimoramento e o
desenvolvimento vocabular do indivíduo, e também uma sistema alternativo para
pessoas com baixa visão.

O sistema de comunicação PCI tem a seguinte definição:

   

[...] sistema basicamente pictográfico. Os


símbolos são desenhos estilizados em branco
com fundo preto. Visualmente são fáceis de
serem reconhecidos, porém, de acordo com
Fernandes (2000), o sistema é menos versátil
e mais limitado, pelo fato de os símbolos não
serem combináveis. (SONZA, 2013, p. 257).

Fonte imagem 5: https://goo.gl/jtegDG - Símbolo PCI

     Sendo assim, a tecnologia assistiva nos possibilita duas vertentes de


comunicação, uma alternativa e uma aumentativa e a partir dessa comunicação é
possível a contextualização da linguagem como um meio expressivo de se
comunicar com todos. 

     

Quando pensamos em discutir a respeito de


comunicação suplementar e/ou alternativa não
podemos nos esquecer que é uma das áreas que
faz parte da Tecnologia Assistiva, ou seja, nas

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mais diferentes culturas através da história as


pessoas criaram adaptações e utilizaram
ferramentas e equipamentos especiais para
auxiliar as pessoas com necessidades especiais
em suas sociedades. A tecnologia assistiva
engloba áreas como: comunicação suplementar
e/ou alternativa, adaptações e acesso ao
computador, equipamentos de auxílio para déficits
sensoriais, adaptações de postura, adaptações de
jogos e atividades de brincadeiras nas diferentes
situações como na escola, casa e outros
ambientes, permitindo a possibilidade de inclusão
social e escolar. (DELIBERATO, 2005, p.13)

Bibliografia:

SONZA, Andréa P. (Org.) Acessibilidade e Tecnologia Assistiva: pensando a


inclusão sociodigital de pessoas com necessidades especiais. Bento Gonçalves:
Ministério da Educação, 2013.

DELIBERATO, Débora. Seleção, adequação e implementação de recursos


alternativos e/ou suplementares de comunicação. In: Núcleo de ensino, vol 1. Org.
Sheila Zambello de Pinho; José Roberto Correa Saglietti, Universidade Estadual
Paulista – Publicações, 2005. p. 505-519.

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Aula 08_Tecnologia assistiva e Comunicação Alternativa III

Olá, Alunos!

A comunicação é um importante marco na evolução da espécie humana.

   

A comunicação é um marco histórico que


revolucionou o mundo, desde os primatas
até os dias atuais. A tecnologia avançou a
passos largos e a comunicação teve seu
contributo na medida em que o tempo
passava, e ela estava sempre presente. A
comunicação foi e continua a ser o elo
mais importante da evolução humana, fez
o grande diferencial entre o hoje e o
ontem. Será a mola propulsora entre o
hoje e o amanhã e será uma grande força
contributiva de um futuro bem próximo.
(BRAGANÇA, 2009, p. 1, grifo nosso).

Fonte imagem 1 – evolução da comunicação humana https://goo.gl/t8Q1TS

A possibilidade de comunicar uma informação, uma ideia, marcou historicamente o


desenvolvimento da humanidade. Quando falamos de comunicação, imediatamente
nos vem uma ideia de que comunicamos pela via da palavra e pela via da fala, desta
forma, com o recurso da fala, é possível comunicar uma informação, sensações e
sentimentos. A comunicação abre possibilidades de conhecer o outro e ser
conhecido pelo outro.

A comunicação é sem dúvida um marco na história na evolução da humanidade. Ao


compreender hoje o que é comunicação, conseguimos perceber que a comunicação
não se restringe apenas à comunicação que utiliza os recursos verbais das palavras
e da fala, a comunicação também pode se dar a partir dos recursos não verbais.

 Os recursos não verbais são todas as possibilidades de expressão que possam vir
do corpo, dos gestos, movimentos de braços de mãos, das expressões faciais.

Hoje é possível entender a comunicação com um processo complexo e abrangente


que envolve não apenas a comunicação via fala ou via palavra, mais envolve

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também a comunicação com base na expressão corporal, nos movimentos nos


gestos que podem ser feitos “a comunicação entre pessoas é marcada e
complementada por vários elementos comunicativos que permitem compreender o
outro e, também, ser compreendido.” (MANZINI; DELIBERATO, 2006, p. 3).

Quando falamos na comunicação é importante identificar como ocorre esse


processo, sabendo que podemos utilizar tanto recursos verbais como não verbais.

Na comunicação alternativa (CA) ou comunicação aumentativa alternativa (CAA), o


processo de comunicação é o mesmo, sendo utilizados os três elementos da
comunicação, que são:

O emissor é aquele que quer transmitir uma informação, é aquele que tem uma
mensagem a dirigir ao outro.

A informação é propriamente o conteúdo, ou seja, aquilo que será transmitido pelo


emissor.

O receptor é aquele que vai acolher a informação, que vai receber a informação que
vai decodificá-la, traduzindo-a em um significado e sentido.

Na relação do processo de comunicação é possível utilizar os recursos verbais e


não verbais, portanto, ao falar de tecnologia assistivas e comunicação alternativa os
recursos não verbais são considerados os mais importantes, pois possibilitam usar a
linguagem do corpo dos gestos das expressões faciais e diferentes forma de
comunicação tecnológica.

A tecnologia assistiva (TA) e a comunicação alternativa (CA) utilizam a comunicação


não verbal as pessoas com deficiência aquelas impedidas de comunicar-se.

Portanto, não é difícil reconhecer a importância da tecnologia de informação e


comunicação nos dias de hoje, não só as pessoas com deficiência, mas a todas as

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pessoas, seja nos espaços limitados e amplos da sociedade, na escola, no trabalho,


a tecnologia proporciona a todas a oportunidade de incluir-se na sociedade.

Fonte da imagem 2 – comunicação aumentativa : https://goo.gl/YC3DqX

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      Fonte da imagem 3 – tecnologia assistiva e a comunicação alternativa:


https://goo.gl/SM5beJ

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Até a próxima aula!

Bibliografia:

BRAGANÇA, I. Evolução da comunicação humana. Podemos explicar a história da


existência humana através das etapas do desenvolvimento da comunicação.
Conhecendo a comunicação alternativa 3 Comunicação alternativa 45 Disponível
em:  Acesso em: 22 junh. 2018.

MANZINI, E.; DELIBERATO, D. Recursos para comunicação alternativa:


equipamento e material pedagógico especial para educação, capacitação e
recreação da pessoa com deficiência física. 2. ed. Brasília: MEC, SEESP, 2006.

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Aula 09_Tecnologia assistiva e Comunicação Alternativa IV

Olá, alunos!

Você sabia que a comunicação alternativa ou/ suplementar também é uma


tecnologia assistiva?

Antes de aprofundarmos nosso conhecimento na importância da comunicação


alternativa para o desenvolvimento da autonomia é importante saber que a
tecnologia assistiva é dividida 11 categorias, que são:

1. Auxílios para a vida diária;


2. CAA (CSA) - Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa;
3. Recursos de acessibilidade ao computador;
4. Sistemas de controle de ambiente;
5. Projetos arquitetônicos para acessibilidade;
6. Órteses e próteses;
7. Adequação postural;
8. Auxílios de mobilidade;
9. Auxílios para pessoas cegas ou com visão subnormal;
10. Auxílios para pessoas surdas ou com déficit auditivo;
11. Adaptações em veículos.  

   

Nesta aula iremos discutir um pouco mais sobre a comunicação alternativa.

A comunicação alternativa/suplementar ou ampliada (CA) e a comunicação


aumentativa e alternativa (CAA) desenvolve a autonomia das pessoas com
deficiência a partir de recursos alternativos, que tem por objetivo ampliar as
habilidades de comunicação.

Segundo o Centro de Estudos e Formação (2017), a “comunicação CA e a CAA nos


faz lembrar que o ato de se comunicar não depende somente da fala, existe outros
meios de comunicar-se como os olhares, gestos, expressões faciais, sinais,
símbolos e outros elementos”.

A comunicação alternativa/suplementar ou ampliada utiliza a sigla (CA) que tem


como objetivo, segundo Manzini (2006), “enfatizar formas alternativas de
comunicação visando dois objetivos: promover e suplementar a fala, e garantir uma
forma alternativa de comunicação para um indivíduo que não começou a falar”, além
disso essa comunicação é dividida em duas partes que são:

  

a)      Comunicação Apoiada, segundo Manzini (2006):

   

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A comunicação apoiada englobaria todas as


formas de comunicação que possuem
expressão linguística na forma física e fora do
corpo do usuário, como objetos reais,
miniaturas de objetos, pranchas de
comunicação com fotografias, fotos e outros
símbolos gráficos e, ainda, os sistemas
computadorizados. Esses são os recursos
adaptados. (MANZINI, 2006, p.5)

Fonte imagem 1 - A leitura por meio da comunicação alternativa:


https://goo.gl/BQPdHH.

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Fonte da imagem 2 – Tecnologia assistiva e comunicação alternativa:


https://goo.gl/vq7TyP

 a)      Comunicação não Apoiada, segundo Manzini (2006):

    

A comunicação não apoiada englobaria as


expressões próprias daquela pessoa, tais
como os sinais manuais, expressões
faciais, língua recursos para comunicação
alternativa 6 de sinais, movimentos
corporais, gestos, piscar de olhos para
indicar “sim” ou “não”. Esses são os
recursos da própria pessoa. As
expressões são totalmente produzidas
pelos seus usuários, ou seja, ela é
realizada por meio das ações que o
próprio aluno pode produzir, sem o auxílio
de outra pessoa ou de equipamentos.
(MANZINI, 2006, p.5).

    

   

A comunicação aumentativa e alternativa utiliza a sigla (CAA). Considera-se


comunicação aumentativa aquela que se complementa sem precisar substituir
outros jeitos de comunicar, tais como fala, gestos, vocalizações, expressões faciais,
já a comunicação alternativa utiliza diversos métodos, modos e estratégias
alternativas para estabelecer a comunicação com o outro.

De acordo com Leite (2014) a Comunicação aumentativa e alternativa:

   

   

é um conjunto de ferramentas e
estratégias que o indivíduo utiliza para
resolver os desafios de comunicação
do cotidiano. A CAA é um termo que é
usado para descrever vários métodos
de comunicação que podem ajudar as
pessoas que são incapazes de usar o

EDUCAÇÃO ESPECIAL 59
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discurso verbal para se comunicar.


(LEITE, 2014, p.2).

    

    

Observe as imagens de comunicação aumentativa e alternativa:

Fonte da imagem 3 – momentos de comunicação aumentativa e alternativa:


https://goo.gl/7pEKBA.

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   Fonte da imagem 4 - momentos https://goo.gl/7pEKBA

Para desenvolver uma boa comunicação aumentativa e alternativa é necessário que


o professor seja criativo e que disponibilize o dispositivo de CAA em todos os
momentos de interação com o aluno, proporcionando sempre o incentivo a
comunicação.

    

Bem alun@s, a nossa aula chegou ao fim.

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Até a próxima aula.

Bibliografia:

LEITE, Ana. CAA - comunicação alternativa: o que você precisa saber! 1 ed. São
Paulo: Reab, 2014.

MANZINI, Eduardo Jose. Portal de ajudas técnicas: Equipamento e material


pedagógico especial para educação, capacitação e recreação da pessoa com
deficiência física. 1 ed. Brasília/DF: BRASIL, 2006. 5 p.

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Aula 10_Tecnologia assistiva aplicada a vida diária

A tecnologia assistiva aplicada à vida diária facilita a rotina da pessoa com


deficiência nas tarefas fáceis e nas difíceis.

Ao falar da aplicação de tecnologias assistiva na vida diária é importante lembrar


que a tecnologia assistiva é sustentada por normatizações, legislações, planos
internacionais e nacionais que visam a diversidade humana, no atendimento da
inclusão escolar e social com o foco na acessibilidade.

Para pensar na aplicação da tecnologia assistiva de um modo geral é preciso


considerar três componentes que são importantes, sendo eles:

1. Técnicos;
2. Humanos;
3. Socioeconômicos.

Segundo Brasil (2009) esses grupos de componentes:

      

[...]inclui tópicos relacionados com


o impacto causado pela
deficiência no ser humano. As
noções adotadas pelas ciências
biológicas, pela psicologia e pelas
ciências sociais, podem ajudar na
compreensão das transformações
da pessoa, e como esta se
relaciona com o espaço em que
vive, como resultado de uma
deficiência, e como é que a TA
pode facilitar a autonomia dessa
pessoa. (BRASIL, 2009, p. 21,
grifo nosso).

       

É importante saber que o componente humano está atrelado a um modelo de


classificação internacional que é o modelo Horizontal European Activities in
Rehabilitation Technology (HEART), esse modelo organiza as possibilidades de
aplicação das diversas tecnologias assistivas, o Heart serve como uma referência
para a área de conhecimento da tecnologia assistiva assegurando o bom
desenvolvimento no planejamento, execução e na avaliação das tecnologias
utilizadas.

 O modelo Heart desenvolve a tecnologia assistiva de acordo com a necessidade de


cada pessoa, por isso destaca o componente humano como o mais importante de

EDUCAÇÃO ESPECIAL 63
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todos os componentes. O componente humano está voltado ao ser humano, as


tecnologias assistivas devem atender a esse ser humano naquilo que possa
beneficiá-lo, com o objetivo de potencializar a sua autoestima, desenvolver o seu
autoconhecimento e a sua autoconfiança.

Utilizar tecnologias assistivas que consigam atender especificamente a necessidade


desta pessoa, significa estar de acordo com a diversidade e as diferenças
individuais.

Observe as imagens da aplicação da tecnologia assistiva a vida diária:

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Fonte imagem 1 - Descrição da figura 1: três fotos de utensílios de auxílio à


alimentação e ao preparo de alimentos: 1. Um garfo com faixa em velcro no cabo
para fixação da mão. 2. Um prato de comida com anteparo plástico na borda para
evitar que a comida caia do prato. 3. um fatiador de pão que o fixa para que a ação
de cortar aconteça com uma única mão. A faca do fatiador possui uma alça plástica
que facilita a preensão. http://elaineaee.blogspot.com/2011/10/tecnologia-assistiva-
ta.html

Fonte imagem 2 – Descrição da figura 2: três fotos de utensílios que facilitam o


vestuário: 1. Um abotoador confeccionado com uma bola de borracha e um arame
que passa pela casa de botões para prender e passar o botão. 2. Uma jaqueta com
zíper com uma argola grande na ponta, para facilitar a preensão e o fechamento
/abertura. 3. Cadarços em forma de mola elástica que evitam dar o laço.
http://elaineaee.blogspot.com/2011/10/tecnologia-assistiva-ta.html.

Descrição da figura 3: seis fotos de materiais escolares que sofreram modificações


para facilitar o manejo por alunos com dificuldades físicas:

1. Figura de uma mão com uma órtese em arame revestido em tubo plástico que
envolve os dedos indicador e polegar e, ao mesmo tempo, fixa o lápis durante a
escrita.

2. Figura de uma mão escrevendo com um lápis que perpassa o furo de uma
borracha em EVA, engrossando o lápis para facilitar a preensão e escrita. Nesta

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mesma figura, existe uma pulseira imantada no pulso de quem está escrevendo que,
aderindo a uma base metálica, limita seus movimentos involuntários.

3. Uma órtese feita de arame e espuma, revestida de tecido que tem uma caneta
acoplada. A figura apresenta outros materiais como um pincel, um giz de cera e um
talher que podem ser acoplado a está órtese.

4. Uma tesoura ajustada com um arame, revestido de um cano de borracha, ligado


às duas extremidades onde normalmente ela é segurada. O arame mantém a
tesoura sempre aberta e, para utilizá-la, o aluno deve segurar a alça de arame e
executar o movimento de fechar a mão.

5. Figura com lápis, pincel, tubo de cola e trena para pintura que estão revestidos e
engrossados com rolos de espuma para que a preensão seja facilitada.

6. Um lápis introduzido em uma bola de borracha, originalmente, utilizada para


sucção de leite materno. Esta adequação facilita o aluno a segurar o lápis para
escrita e desenho http://elaineaee.blogspot.com/2011/10/tecnologia-assistiva-ta.html.

      

Fonte imagem 4 - Descrição da figura 4: três fotos de materiais pedagógicos:

1. Um painel com figuras variadas impressas em pequenas peças de madeira e


cartões com palavras correspondentes às figuras. Tanto as peças de madeira
quanto os cartões estão fixados no painel, feito de tecido, por meio de velcro.

2. Uma atividade matemática feita em tabuleiro de cartolina, tendo números e figuras


colados dentro de tampinhas de leite, com o objetivo de correlacionar quantidade e
número.

3. Um alfabeto móvel, em peças de madeira, forma a palavra BOLA. As peças são


fixadas em uma tira de velcro que está colada em uma base feita de papel cartão.
http://elaineaee.blogspot.com/2011/10/tecnologia-assistiva-ta.html.

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Até a próxima aula.

Bibliografia:

BRASIL. Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com


Deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas Tecnologia Assistiva. Tecnologia Assistiva.
– Brasília: CORDE, 2009.

PRESTES, Irene Carmem Picone. Tecnologia assistiva. Curitiba: IESDE, 2017.

     

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Aula 11_Tecnologia assistiva como auxílio às pessoas com TEA

Olá, alunos!

   

A tecnologia assistiva auxilia alunos com Transtorno do Espectro Autista conhecido


como TEA.

Antes de fazer a escolha do tipo de recurso tecnológico é necessário saber qual o


grau de autismo que o aluno possui, pois é preciso investigar qual a necessidade do
aluno, tendo em vista de os quadros de autismo são muito diversificados.

  

 A característica do Transtorno do Espectro Autista é manifestada no período de


desenvolvimento da primeira infância em que a criança apresentará déficits, entre
eles:

    

 Inabilidade de comunicação social verbal e não verbal;


 Ausência da fala;
 Ausência de falas inteligíveis ou a utilização de poucas palavras;
 Limitação em iniciar interações sociais e quando o fazem é de maneira pouco
adequada, com o objetivo de satisfazer suas necessidades, como exemplo,
utilizar o adulto como ferramenta para ter acesso ao que quer;
  Inflexibilidade de comportamentos;
 Grande dificuldade em lidar com mudanças;
 Comportamento restrito e repetitivos a certas atividades ou ações de
interesse.

     

Ao classificar o nível de autismo é possível avaliar o nível de apoio que a criança


precisará, considerando também o comprometimento de suas habilidades de acordo
com o desenvolvimento infantil, ou seja, o que é esperado para cada idade no
aspecto cognitivo e do atraso da fala.

O autismo é classificado como: leve; moderado e severo.

    

Autismo leve: pessoas com esse diagnóstico apresentam uma linguagem


descontextualizada, fala com estereotipia, dificuldades em utilizar objetos com sua
real função e na interação social não conseguem manter a interação com o outro.
Existe um interesse por temas restritos, déficit no repertório de brincadeiras
principalmente, em relação à comunicação simbólica, dificuldades em seguir

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instruções em grupo, déficit no repertório socioemocional que seria a falta de


empatia e discriminação dos próprios sentimentos. Notam-se comportamentos
desafiadores, padrões de comportamentos rígidos e opositores, tem dificuldade de
aceitar mudanças e novas propostas, com isso aumentam a dificuldade em
compreender a vida cotidiana e conseguir a aprendizagem.

    

Autismo moderado: pessoas com esse diagnóstico tem uma interação social mais
comprometida, ausência parcial ou total da comunicação verbal e o rebaixamento
intelectual. As crianças com grau moderado demandam de mais atenção profissional
para que suas habilidades sejam melhor exploradas e desenvolvidas.

    

Autismo severo:  para pessoas com esse diagnóstico é necessário o apoio


substancial, ou seja, haverá necessidade de um auxilio integral para desenvolver
repertórios básicos do dia a dia como: a comunicação funcional, imagem receptiva, o
comportamento do ouvinte, interação social e autonomia para desenvolver
atividades da vida diária e outras habilidades.

A educação inclusiva a cada dia traz novos desafios para o ensino regular, quando
direcionamos o desenvolvimento e aprendizagem aos alunos com TEA – Transtorno
do Espectro Autista. Com os recursos proporcionados pela Tecnologia Assistiva é
possível enfrentar os obstáculos junto desses alunos para lidar com suas rotinas.

A tecnologia assistiva auxilia as crianças com autismo a partir de aplicativos que


levam em consideração a aprendizagem que está sendo desenvolvida em sala de
aula e em casa. Tudo é realizado de acordo com a necessidade do aluno.

A seguir, serão apresentados alguns aplicativos específicos para os autistas:

    

Minha Rotina Especial: este é software que auxilia alunos com TEA, Síndromes e
déficits diversos.

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Um dos recursos utilizados para desenvolver o foco e a aprendizagem do aluno com


autismo é o uso do tablet e o aplicativo ABC-autismo, que leva em consideração as
propostas de ensino que estão sendo feitas durante as aulas.

    

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O ABC Autismo foi criado no Brasil por um grupo de pesquisadores do Instituto


Federal de Alagoas e permite a “estimulação de habilidades como transposição e
discriminação e também avalia o letramento, incluindo repartição de sílabas,
conhecimento de vogais e formação de palavras. O jogo vai aumentando
progressivamente o nível de dificuldade de raciocínio.”

Segundo Leite (2014), as atividades apresentam 4 níveis de dificuldades com todas


as tarefas utilizando fundamentos da metodologia TEACCH.

   

Nos dois primeiros níveis a criança aprendem


habilidades como transposição e
discriminação. A partir do terceiro nível, as
atividades ficam mais complexas, exigindo um
maior raciocínio por parte do usuário. O quarto
e último nível do aplicativo, aborda a questão
do letramento, no qual é ensinado a repartição
de sílabas, conhecimento de vogais e
formação de palavras”. (MASSALI, 2015).

     

O aplicativo é gratuito. Foi desenvolvido para Android e pode ser baixado e testado.

TOBII - crianças com TEA que não se expressam verbalmente podem comunicar
suas necessidades com rapidez.

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TIPPY TALK – esse aplicativo auxilia as crianças com TEA a comunicar-se com
seus pais ou outros adultos.

STORY CREATOR – este é um aplicativo que permite que a criança crie histórias, a
partir de suas vivências.

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O Social Story Creator & Library permite criar histórias personalizadas para crianças
autistas.

Segundo Vygotsky (1987) “o acesso aos recursos oferecidos pela sociedade, escola,
tecnologia, influenciam determinantemente nos processos de aprendizagem do
aluno com autismo”. (VYGOTSKY, 1987, p.13).

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Os alunos com TEA são atraídos por recursos tecnológicos, como smartphone,
celular, tablet e computadores. Esses recursos funcionam como facilitadores de
aprendizagem, de acordo com Caminha et al (2016) o importante é “que sejam
utilizadas ferramentas capazes de atrair a atenção do aluno com TEA”.

 A tecnologia assistiva pode melhorar a vida das crianças autistas em 9 aspectos:

1-    Compreensão geral do ambiente em seu redor;

2-    Habilidades de interação social;

3-    Habilidades de comunicação;

4-    Habilidades de atenção;

5-    Habilidades de motivação;

6-    Habilidades de organização;

7-    Habilidades acadêmicas;

8-    Habilidades de autoajuda;

9-    Habilidades de hábitos diários.

Bem alunos, a nossa aula chegou ao fim. Que tal refletirmos sobre o uso da
tecnologia assistiva na aprendizagem do aluno com autismo?

Quais os recursos mais utilizados para desenvolver a socialização e aprendizagem


deste aluno?

Até a próxima aula.

Dicas de Estudo:

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Bibliografia:

CAMINHA, V. L. et al. Autismo: Vivências e caminhos. 1 ed. São Paulo: Edgard


Blucher, 2016.

LEITE, A. Aplicativo ABC Autismo: tarefas baseadas na metodologia TEACCH.2014.


Disponível em: https://www.reab.me/aplicativo-abc-autismo-tarefas-baseadas-na-
metodologia-teacch/

MASSALLI, Fábio. Aplicativo educacional abc autismo. Agência. São Paulo: Edições
14, 2015.

VIGOTISKI, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

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Aula 12_Tecnologia assistiva: Como auxílio às pessoas com deficiência física

Olá alun@s!

A tecnologia assistiva vem sendo uma grande aliada na inclusão das pessoas com
deficiência física na sociedade, seus equipamentos levam a reduzir as dificuldades
dessas pessoas e auxiliam seu percurso na escola, em casa e no trabalho.

Será que alguma vez você já se imaginou sendo atendido num sistema telefônico de
call center por um cego? Então, hoje a tecnologia assistiva permite que as pessoas
com os mais diferentes tipos de deficiências exerçam as mais diversas funções no
trabalho pois: as limitações de atividade são as dificuldades que o indivíduo pode ter
para executar uma determinada atividade. As restrições à participação social são os
problemas que um indivíduo pode enfrentar ao se envolver em situações de vida.
(FARIAS, 2005, p. 190).

A esse e outros tipos de adaptações as tecnologias assistivas se dedicam,


considerando o seu dia a dia, sua limitação em executar tarefas, e restrições que
acabam por prejudicar a sua inclusão na sociedade. Por meio de uma adaptação
tecnológica, há a possibilidade de auxiliar e possibilitar a execução dessas tarefas,
que nos levará a diversidade social:

   

[...] na esperança de um mundo melhor à medida


que sabe respeitar os direitos humanos, colocar
em prática a compreensão mútua e transformar o
avanço do conhecimento em um instrumento, não
de distinção, mas de promoção do gênero
humano. (DELORS, 2010, p. 6). 

     

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Em se tratando de pessoas com deficiência física, a tecnologia assistiva possui uma


gama de ferramentas para auxiliar ou resolver dificuldades diversas, pois, como
sabemos, essa é uma condição diferente em cada pessoa, podendo dificultar ou
impedir uma série de ações no dia a dia em casa, na escola e no ambiente de
trabalho.

O indivíduo deverá ser acompanhado por uma equipe de TA que irá conhecer sua
rotina e suas dificuldades, de modo a observar seu desenvolvimento no uso da
tecnologia. Modificações podem ser necessárias, assim como novos desafios
funcionais aparecerão trazendo novos objetivos para intervenção que possam
sempre aperfeiçoar o uso que se faz dos recursos.

A organização por modalidades contribui para o desenvolvimento de pesquisas,


recursos, especializações profissionais e organização de serviços.

Podemos citar como modalidades que são utilizadas para pessoas com deficiência
física:

    

• Auxílios para a vida diária e vida prática.

• Comunicação Aumentativa e Alternativa.

 • Recursos de acessibilidade ao computador.

 • Adequação Postural (posicionamento para função).

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• Auxílios de mobilidade.

 • Sistemas de controle de ambiente.

• Projetos arquitetônicos para acessibilidade.

• Recursos para cegos ou para pessoas com visão subnormal.

• Recursos para surdos ou pessoas com déficits auditivos.

• Adaptações em veículos.

    

Podemos considerar de fundamental importância o auxílio da TA para as atividades


básicas de vida diária que envolvem o autocuidado: alimentar-se, vestir-se,
arrumar-se, mobilizar-se, manter o controle sobre suas eliminações.

Temos ainda as atividades instrumentais de vida diária que envolvem a


capacidade de levar uma vida independente dentro da comunidade onde vive e
inclui a possibilidade de preparar refeições, realizar compras, utilizar transporte,
cuidar da casa, utilizar o telefone, administrar suas próprias finanças, tomar seus
medicamentos.

Um aluno com deficiência física, por exemplo:  pode ter dificuldade em realizar
tarefas rotineiras na escola e por isso depende de ajuda e cuidados de outra pessoa.
Não participando ativamente das atividades escolares, ele ficará em desvantagem,
pois não terá oportunidades de se desafiar e criar como seus colegas oportunidades
de interação nas atividades em grupo.

Para isso podemos introduzir recursos que favoreçam o desempenho da atividade


pretendida ou podemos modificar a atividade, para que possa ser concluída de outra
forma.

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Há alguns anos atrás, uma pessoa com deficiência, para entrar no mercado de
trabalho, enfrentava diversas dificuldades e, na maioria das vezes, não tinha acesso.

Hoje, no Brasil, considerando cerca de 45,6 milhões de pessoas que possuem


algum tipo de deficiência, 25,6% delas estão empregadas. O quadro é resultado de
uma realidade imposta pela lei de Cotas que resultou num argumento positivo nas
maiorias das empresas por isso:

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A adaptação para a inclusão continua sendo um desafio. O impacto causado nas


pessoas com deficiência ao chegar em um ambiente inadequado as suas
necessidades é constrangedor, pois, cada deficiência requer, uma atenção especial,
a qual deve se direcionar a uma ação tecnológica para a sua comodidade:

Na deficiência física:

    

[..] podemos dizer que existe uma variedade de


fatores que interferem na mobilidade corporal e na
coordenação motora global e fina, comprometendo
o sistema dos movimentos físicos que compreende
o sistema ósteoarticular, o sistema muscular e o
sistema nervoso. As causas podem ser adquiridas
e ou genéticas, com índices de alta incidência de
malformações genéticas que ocasionam
alterações funcionais e estruturais no cérebro e
como consequência, levam a um parto com
complicações, às paralisias cerebrais de grau leve,
moderado ou grave. (PRESTES, 2017, p. 33)

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As ferramentas de tecnologia assistiva abrem espaço de oportunidade para pessoas


que necessitam desenvolver habilidades e realizar tarefas. A utilização de próteses
físicas e mentais, favorecem a sua aprendizagem.

Até a próxima aula.

Bibliografia:

DELORS, Jacques. Educação um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da


Comissão Internacional para a educação do século XXI. Brasília: julho, 2010.
Disponível em: . Acesso em: 22 mar. 2017.

FARIAS, Norma; BUCHALLA, Cassia Maria. A classificação internacional de


funcionalidade, incapacidade e saúde da organização mundial da saúde: conceitos,
usos e perspectivas. 2005. Disponível em: . Acesso em: 22 mar. 2017.

PRESTES, Irene Carmem Picone. Tecnologia assistiva. IESDE BRASIL S/A,


Curutiba, v. 1, n. 114, p. 9-109, jan./2017.

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Aula 13_Tecnologia assistiva como auxílio às pessoas com deficiência auditiva

Olá, alunos!

A tecnologia assistiva auxilia os alunos com surdez e deficiência auditiva. Vale


ressaltar que, antes de utilizar qualquer auxilio de recurso tecnológico assistivo é
importante saber qual a necessidade do aluno, qual o grau de perda auditiva e saber
da existência de outros comprometimentos associados para decidir sobre os
melhores recursos a serem utilizados.

Deficiência auditiva segundo Brasil (2007):

      

Denomina-se deficiência auditiva a diminuição


da capacidade de percepção normal dos sons,
sendo considerado surdo o indivíduo cuja
audição não é funcional na vida comum, e
parcialmente surdo, aquele cuja audição,
ainda que deficiente, é funcional com ou sem
prótese auditiva. (BRASIL, 1997, p. 31).

     

  

A surdez é classificada com base no grau de comprometimento da perda auditiva,


segundo a Secretaria de Educação Especial (2006):

    

Audição normal - de 0 15 dB; Surdez leve – de


16 a 40 dB. Nesse caso a pessoa pode
apresentar dificuldade para ouvir o som do tic-
tac do relógio, ou mesmo uma conversação
silenciosa (cochicho); Surdez moderada – de
41 a 55 dB. Com esse grau de perda auditiva
a pessoa pode apresentar alguma dificuldade
para ouvir uma voz fraca ou o canto de um
pássaro; Surdez acentuada – de 56 a 70 dB.
Com esse grau de perda auditiva a pessoa
poderá ter alguma dificuldade para ouvir uma
conversação normal; Surdez severa – de 71 a
90 dB. Nesse caso a pessoa poderá ter
dificuldades para ouvir o telefone tocando ou
ruídos das máquinas de escrever num
escritório; Surdez profunda – acima de 91 dB.
Nesse caso, a pessoa poderá ter dificuldade

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para ouvir o ruído de caminhão, de discoteca,


de uma máquina de serrar madeira ou, ainda,
o ruído de um avião decolando. (SEESP/MEC,
2006, p.16,17).

      

    

A tecnologia assistiva vem beneficiando muitas pessoas com deficiência, tornando-


as cada vez mais independentes na sociedade.

As pessoas com deficiência auditiva não conseguem ouvir perfeitamente, por isso
algumas utilizam o aparelho de amplificação sonora, que é um dos recursos
tecnológicos que beneficiam a comunicação.

Há diferentes modelos de aparelhos auditivos que devem ser adaptados de acordo


com o grau de perda auditiva, idade e necessidades de cada indivíduo.

Fonte da imagem 1 - https://goo.gl/nNY55q.

Na imagem 1 temos um modelo antigo. São dois aparelhos (um para cada ouvido) e
era preciso que ficassem em lugar seguro do corpo da criança. Por esse motivo, ela
deveria utilizar uma espécie de colete, sobre a roupa para acomodar cada aparelho,
que era ligado por fios condutores e moldes aos ouvidos. Esse tipo não é mais
utilizado.

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Este é um aparelho instalado diretamente nos ambientes, seja auditório, teatro,


cinema, igreja.

     

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Até a próxima aula.

Bibliografia:

SEESP/MEC, Saberes e práticas da inclusão. Brasília: MEC, 2006.

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Aula 14_Tecnologia assistiva como auxílio às pessoas com deficiência visual

Olá, alunos!

Realizar pagamentos, fazer compras, ler livros, escolher produtos no supermercado


ou na farmácia, são atividades simples do dia a dia, que se traduzem num enorme
desafio para quem sofre de deficiência visual, mas essa é uma realidade que pode
ser modificada!

A tecnologia assistiva é uma área do conhecimento que se caracteriza de forma


interdisciplinar para a promoção da autonomia em pessoas com deficiência, com o
objetivo de: [...] proporcionar à pessoa com deficiência, maior independência,
qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação,
mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado e trabalho
(BERSCH, 2008, p. 1).

São inúmeros os recursos tecnológicos utilizados por pessoas com deficiência


visual. A seguir, apresentaremos alguns deles, entre muitos que existem e que
suprem diversas necessidades:

1)    A utilização de recursos ópticos e não-ópticos envolve o trabalho de pedagogia,


de psicologia, de orientação e mobilidade e outros que se fizerem necessários. As
escolhas e os níveis de adaptação desses recursos em cada caso devem conciliar
alguns fatores, entre eles:

 Necessidades específicas,
 Diferenças individuais,
 Faixa etária,
 Preferências,
 Interesses e habilidades que vão determinar as modalidades de adaptações e
as atividades mais adequadas.

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A inserção da tecnologia assistiva para a inclusão digital trouxe, além do braile,


aplicativos como BlindTool, Be my eyes, GPS e outros mecanismos que possibilitam
a inserção do cego no meio social de forma autônoma e independente.  A maior
parte desses instrumentos são gratuitos e estão disponíveis nos sites para
download.

    

Os cegos contam com variadas TA que os


auxiliem em seu processo de aprendizagem.
Entre elas sobressaem os materiais
adaptados, como o Livro Falado, o Sistema de
Leitura Ampliada e sistemas operacionais em
microcomputadores como o DOSVOX,
detentor de elevada aceitação por parte dos
usuários, tanto no ambiente domiciliário como
no escolar, e um dos mais utilizados em todo
país.   (G. O. L. B, 2013, p. 1164).

    

   

Observe a imagem abaixo, onde um aluno com deficiência visual se utiliza da


tecnologia assistiva para sua aprendizagem.

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Fonte imagem 1 - tecnologia assistiva para cego celular: https://goo.gl/8AHK8u

Fonte imagem 2 - tecnologia assistiva para cego teclado de computador:


https://goo.gl/DSo6pX

Fonte imagem 3 - tecnologia assistiva para cego óculos de leitura:


https://goo.gl/1mCgp3

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São apenas alguns exemplos de como a tecnologia pode ajudar e já está ajudando
as pessoas com deficiência visual a ganhar mais autonomia em sua vida.

O DOSVOX é um software instalado no microcomputador que amplia a capacidade


do aluno com deficiência visual durante a sua utilização do computador, por meio de
um sintetizador de voz.

     

Neste caso específico, o computador


(PC / Notebook) tem como finalidade
a ampliação da capacidade de
comunicação da aluna que apresenta
deficiência visual, permitindo que
através de um teclado e de
sintetizador de voz ela possa
manipular dados digitais, sejam em
forma de texto ou em áudio
sintetizado/gravado (TAVEIRA, 2010,
p. 5).

        

    

Algumas coisas em nossa rotina diária como, atender telefone ou caminhar parecem
simples,  Todos os dias temos que enfrentar e superar obstáculos com determinação
e inteligência, porém, muitas vezes somos imobilizados por eles e, com isso,
encontramos dificuldades em ultrapassar essas barreiras.  Para a pessoa com
deficiência visual, tarefas aparentemente simples tornam-se grandes obstáculos, o
que requer algumas soluções.

Com relação à aprendizagem escolar, sabemos que inúmeras medidas deverão ser
tomadas para que o aluno tenha condições de acessar integralmente os conteúdos
que são oferecidos aos demais alunos. A matrícula no ensino regular é mera porta
de entrada e, a partir dela, muitas atitudes devem ser tomadas pela escola, equipe e
todos os envolvidos para que a inclusão escolar aconteça e seja real e benéfica.
Assim, torna-se indispensável a formação do educador e sua atualização em
tecnologia assistiva.

Além disso, devemos levar em contato as suas necessidades dentro e fora da


escola.  As atividades diárias realizadas em casa, no lazer e, futuramente, a
formação profissional e a inserção no mundo do trabalho.

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Até a próxima aula.

Bibliografia:

BERSCHI, R. Introdução à tecnologia assistiva. Centro Especializado em


Desenvolvimento Infantil (CEDI), Porto Alegre, 2008. Disponível em: . Acesso em: 14
jun. 2009.

BRASIL, Decreto nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm Acesso
em: 0/07/2016.

G. O. L. B. et al. Desenvolvimento de tecnologia assistiva para o deficiente visual:


utilização do preservativo masculino. Online artigo original, São paulo, v. 1, n. 7, p.
1163-1169, jun. 2013.

MAIA, Wagner Alves Ribeiro. A Inclusão de alunos cegos com o uso do Dosvox na
sala de aula do Esino Regular de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. RJ, Brasil.
2010.

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MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. A inclusão de pessoas com deficiência


no mercado de trabalho: Brasília, 2007. Disponível em:
http://www2.mte.gov.br/fisca_trab/inclusao_pessoas_defi12_07.pdf Acesso em:
14/06/2018.

TAVEIRA, Cristiane Correia; ROSADO, Luiz Alexandre Da Silva; , . TECNOLOGIA


ASSISTIVA (TA) E ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM RECORTE SOBRE
REPRESENTAÇÕES NA DISPUTA ENTRE BRAILLE E DOSVOX. Novas
Tecnologias na Educação, Rio de janeiro, v. 8, n. 13, p. 1-13, jun. 2010.

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Aula 15_ Tecnologia assistiva como auxílio às pessoas com deficiência


intelectual

Olá, alunos!

A tecnologia assistiva tem como objetivo principal garantir a participação de todas as


pessoas com todos os tipos de deficiência, seja visual intelectual, auditiva e física na
sociedade.

A TA traz a oportunidade de independência e autonomia das pessoas com


deficiência, porém é importante lembrar que “independência e autonomia” são
palavras que podem gerar certa confusão. Quando se  fala em independência nos
referimos à ação de fazer algo como: escovar os dentes, amarrar o sapato,
atravessar a rua. No caso de autonomia, nos referimos à tomada de decisão, ou
seja, poder decidir o que se quer. O melhor exemplo disso é uma pessoa
tetraplégica que tem uma deficiência física e não pode fazer nada por ela, mas, ela
pode decidir o que ela quer, isso é importante.

A tecnologia assistiva vem para ajudar esse “fazer” a conquista da independência e


torna esse indivíduo uma pessoa que pode fazer as coisas no seu ritmo e tempo
como as outras pessoas. A pessoa com deficiência intelectual precisa dos recursos
da tecnologia assistiva que garantam a sua comunicação, independência e
autonomia.

 Segundo Tédde (2012), deficiência intelectual:

     

 é uma deficiência que apresenta déficits


cognitivos concomitantes ao
funcionamento adaptativo, em pelo menos
duas das seguintes áreas: comunicação,
cuidados pessoais, vida doméstica,
habilidades sociais/interpessoais, uso de
recursos comunitários, independência,
habilidades acadêmicas, trabalho, lazer,
saúde e segurança. Sendo que, a mesma,
deve ocorrer antes dos 18 anos de idade”.
(TÉDDE, SAMANTHA, 2012, p.1).

     

   

Uma pessoa com deficiência intelectual pode precisar, em alguma fase da vida,
utilizar-se de alguma tecnologia assistiva, lembrando-se que cada pessoa é uma
pessoa, cada um precisa de recursos e serviços diferentes, pois, as necessidades

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são diferentes, os recursos e serviços são adaptados de acordo com a necessidade


da pessoa com deficiência.

Observe a imagem de recursos de tecnologia assistiva para pessoas com deficiência


intelectual:

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A tecnologia assistiva auxilia os alunos com deficiência intelectual. Vale ressaltar


que, antes de utilizar qualquer auxilio de recurso tecnológico assistivo, é importante
saber qual é a necessidade do aluno.

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Até a próxima aula.

Bibliografia:

TÉDDE, SAMANTHA. CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: A


APRENDIZAGEM E A INCLUSÃO, 2012. Disponível em: <http://unisal.br/wp-
content/uploads/2013/03/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Samantha-T
%C3%A9dde.pdf>. Acesso em: 25 jun. 2018.

FOCO EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. Eficiência intelectual: o que é, quais os tipos e


como identificar. Disponível em: <https://goo.gl/nxcmqf>. Acesso em: 25 jun. 2018.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 105


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Aula 16 – Tecnologia assistiva: O computador no contexto educacional

Olá, alunos!

No contexto educacional, a tecnologia assistiva promove o acesso ao ensino e


aprendizagem da pessoa com deficiência no ambiente escolar. Sua inserção no
contexto educacional favoreceu a compreensão entre as diferenças individuais e a
questão da diversidade no âmbito escolar.

   

Nesse contexto, a educação é uma das


atividades sociais na qual se observa uma das
maiores necessidades de desenvolvimento de
tecnologia assistiva. No Brasil, a Lei Federal n.
7.853/1989 garante que nenhuma instituição
de ensino tem o direito de recusar alunos com
deficiência. Portanto, cabe à escola adaptar
sua estrutura física e pedagógica para receber
todos os alunos sem distinção. E se o
desenvolvimento e a aplicação da tecnologia
assistiva forem corretamente administrados,
haverá contribuições para a inclusão escolar,
um problema de base no caso da inclusão
social (NICKEL, 2012, p.27).

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É necessário que a escola acompanhe as mudanças tecnológicas, estando


atualizada em relação às novidades cientificas e aos recursos pedagógicos, no
sentido de potencializar a autonomia do aluno, sempre atenta à tecnologia para
acesso e permanência, por meio do computador e demais equipamentos.

 Aos alunos com cegueira ou baixa-visão, o computador pode ser utilizado


como leitor com sintetizador de voz, facilitando a leitura de textos
digitalizados;
 Os jogos ajudam no desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático e
linguístico de alunos com deficiência intelectual; assim como os simuladores
trazem uma visualização mais concreta de conceitos científicos, tanto para
estes alunos quanto para alunos com TGD;
 A pesquisa de informações pelo computador auxilia na obtenção de maior
autonomia intelectual por parte de todos;
 Aos alunos com mobilidade reduzida, a utilização de preditores e
processadores de textos os auxilia a escrever com maior rapidez, substituindo
em parte o lápis e o caderno;
 Aos alunos com superdotação, são introduzidos desafios novos por meio da
pesquisa, da síntese de conhecimentos e da utilização da lógica de
programação (OMNES, 2011).

Fonte imagem 2- O uso do computador para alunos de baixa visão:  


https://goo.gl/QgkgUw.

Fonte de imagem 3- O uso do computador para alunos com mobilidade reduzida:


https://goo.gl/nTRJyB.

Fonte de imagem 4- O uso do computador para alunos com mobilidade reduzida


https://goo.gl/CDiKmG.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 107


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No contexto educacional o computador é utilizado como recurso pedagógico


servindo de acessibilidade a alunos com: deficiência física, sensorial (auditiva ou
visual), intelectual ou múltipla (associação de duas ou mais deficiências), TGD
(autismo, Síndrome de Asperger), ou superdotação, objetivando um
desenvolvimento intelectual, cultural e social.

Segundo Omnes (2011):

 O computador substituindo o lápis e o caderno, para alunos com mobilidade


reduzida, deficiência física ou múltipla, que têm limitada a sua capacidade de
escrever no papel;
 A utilização de softwares para comunicação alternativa e ampliada, que
auxiliam na promoção da comunicação presencial e em tempo real de alunos
com ausência ou prejuízo da fala. (OMNES,2011).

No contexto educacional, a utilização do computador por meio da tecnologia


assistiva se dá mediante a instalação de softwares, hardwares ou próteses, na
ampliação de sua habilidade funcional específica, para isso sua:

 Adaptações físicas ou órteses: São todos os aparelhos ou adaptações fixadas


e utilizadas no corpo do aluno e que facilitam a interação do mesmo com o
computador.
 Adaptações de hardware: São todos os aparelhos ou adaptações presentes
nos componentes físicos do computador, nos periféricos, ou mesmo, quando
os próprios periféricos, em suas concepções e construção, são especiais e
adaptados.
 Softwares especiais de acessibilidade: São os componentes lógicos das Ticos
quando construídos como Tecnologia Assistiva. Ou seja, são os programas
especiais de computador que possibilitam ou facilitam a interação do aluno
com deficiência com a máquina. (OMNES, 2011)

    

EDUCAÇÃO ESPECIAL 108


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A tecnologia assistiva com fins educacionais permite ao aluno com necessidades


especificas a inclusão escolar e a interação com colegas, amigos e professores.
Para que essa interação ocorra é necessário que o professor e a equipe escolar se
capacitem para a escolha e utilização de tecnologia como instrumento de ensino e
aprendizagem para com a pessoa com deficiência:

    

Os professores do educando com deficiência,


quer de sala, quer auxiliar, são os profissionais
que dedicam o maior tempo e esforço na
formação escolar do indivíduo. Por este
motivo, suas observações são de grande
proveito para a melhoria contínua do processo
atual de disponibilização de tecnologia
assistiva na rede regular de ensino. Muitas
vezes são as pessoas que mais utilizam os
recursos solicitados para a educação do
público-alvo deste trabalho e compreendem de
maneira mais plena que ações devem ser

EDUCAÇÃO ESPECIAL 109


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realizadas para a completa inclusão de um


aluno em sala de aula. (NICKEL, 2012, p. 106)

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Aula 17_Tecnologia assistiva: simuladores, leitores, mouses

Olá, Alunos!

A tecnologia assistiva é muito ampla e composta por diversos recursos e serviços


para beneficiar as pessoas com deficiência. Nesta aula vamos conhecer os
simuladores leitores e mouses utilizados para esse público que vem buscando cada
vez mais independência e autonomia, seja em casa, no trabalho ou escola.

Os simuladores leitores e mouses são recursos importantes para o desenvolvimento


e aprendizagem de qualquer aluno com deficiência, pois facilita o recebimento de
informações no dia a dia.

Os mouses adaptados são recursos tecnológicos assistivos utilizados por pessoas


que apresentam mobilidade reduzida e deficiência física, os recursos proporcionam
uma maneira diferente e alternativa de usar os botões. O acionador tem o objetivo
de acionar alguma coisa, por exemplo como um carro que é acionado com o uso da
chave, Quando falamos em tecnologia assistiva, o conceito de acionador serve para
as pessoas que tem limitações físicas ou motoras, ou seja, uma pessoa com
limitação nos movimentos precisa acionar o computador para ligá-lo, porém a sua
limitação o impede de realizar a ação. 

O acionador adaptado pode ser usado de acordo com a necessidade de cada


pessoa com deficiência podendo ser por  sopro, toque, som e outros. Servirá para
quebrar as barreiras de limitação tornando mais fácil o acesso aos principais
dispositivos como computador, notebook e etc.

Observe a imagem dos mouses e acionadores:

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Figura 7 - NAPNE do IFRS  - uso do Roller mouse: https://goo.gl/VV9TQe.

O leitor de tela é um software que realiza a leitura que está na tela do computador,
a informação é repassada a partir de um sintetizador de voz, ou seja, o leitor de tela
fala o texto para a pessoa que está utilizando aquele software.

Os principais leitores de telas são:

 JAWS (link para um novo site): Leitor de tela pago para Windows.
 NVDA (link para um novo site): Leitor de tela gratuito para Windows.
 Virtual Vision (link para um novo site): Leitor de tela pago para Windows.
 ORCA (link para um novo site): Leitor de tela gratuito para Linux.
 VOICE Over (link para um novo site): Leitor de tela para IOS que acompanha
os dispositivos da Apple.

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Figura 8 – mouse adaptado:  imagem  https://goo.gl/KwYAu8

Figura 9 - Acionamento através de pressão, utilizando mãos, pés, cotovelo, cabeça


ou outra parte do corpo com movimento voluntário: https://goo.gl/F2nd7x

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Figura 10 - Acionamento através de sopro: https://goo.gl/F2nd7x.

Todos esses recursos tecnológicos ajudam desenvolver as pessoas com deficiência


para serem incluídas na sociedade, tornando-as cada vez mais independentes e
autônomas a partir do uso de vários equipamentos e ferramentas que as auxiliam na
realização das tarefas.

Segundo Lauand (2005):

No sentido amplo, o objeto da tecnologia assistiva é uma ampla variedade de


recursos destinados a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado,
etc.) à pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses
suportes podem ser, por exemplo, uma cadeira de rodas [...], uma prótese, uma
órtese, e uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais
diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, transporte,
educação, lazer, esporte, trabalho, elementos arquitetônicos e outras). (LAUAND,
2005, p. 30).

Até a próxima aula.

Dicas de Estudo!

Assista ao vídeo sobre leitores de tela e aprenda a utiliza-los para auxiliar seu aluno
na sala de informática! Disponível em:

EDUCAÇÃO ESPECIAL 116


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https://www.youtube.com/watch?v=0kqowip139A

Bibliografia:

LAUAND, G. B. A. Fontes de informação sobre tecnologia assistiva para favorecer à


inclusão escolar de alunos com deficiências físicas e múltiplas. Tese (Doutorado em
Educação Especial) Programa de Pós-graduação em Educação Especial,
Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, 2005.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 117


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Aula 18_ Estudo de caso envolvendo tecnologia assistiva

Olá. alunos!

Vamos aprofundar nossos conhecimentos adquiridos até então para que possamos
identificar, nesse estudo de caso, a importância do uso da tecnologia assistiva como
ferramenta principal de comunicação para os alunos com TEA, a partir do Sistema
de Comunicação Alternativa para o Letramento (SCALA).

Observaremos, também, as dificuldades enfrentadas do aluno com autismo, e as


soluções proporcionadas pelos educadores que utilizam a tecnologia assistiva com
objetivo de desenvolver uma aprendizagem significativa.

O Sistema de Comunicação Alternativa para o Letramento de pessoas com Autismo


(SCALA) foi idealizado em estudos de caso, envolvendo crianças com TEA-
transtorno do espectro autista, nos quais foi possível identificar necessidades
comuns da síndrome, com relação ao estabelecimento da comunicação, o protótipo
do modulo prancha deste sistema visa a construção de pranchas de comunicação,
onde a ideia central é que o usuário, com ou sem auxílio de terceiros, possa dispor
imagens 1 na tela principal para se comunicar em seu ambiente, onde a CA deve
fazer parte de sua rotina, contar com recursos como: importar imagens; imprimir
prancha; ouvir, gravar e editar legendas; modificar layout .(GORZIZA, 2013, p.115).

Observe a imagem do sistema (SCALA - O Sistema de Comunicação Alternativa


para o Letramento de pessoas com Autismo):

EDUCAÇÃO ESPECIAL 118


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Figura 1- amostra da interface de implementação do programa: file:///C:/Users/Me.


%20Cherowlly/Downloads/DialnetUsabilidadeEmTecnologiaAssistiva-4527011.pdf

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Figura 2 - tela principal do protótipo do SCALA em Windows: file:///C:/Users/Me.


%20Cherowlly/Downloads/Dialnet-UsabilidadeEmTecnologiaAssistiva-4527011.pdf

EDUCAÇÃO ESPECIAL 120


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Figura 3 - busca por imagem na categoria de alimentos: file:///C:/Users/Me.


%20Cherowlly/Downloads/DialnetUsabilidadeEmTecnologiaAssistiva-4527011.pdf.

Este sistema, que beneficia alunos com TEA, ajuda o professor a conseguir
desenvolver atividades e avaliações de acordo com a necessidade do aluno.

O estudo a seguir relata o caso de alunos com TEA – Transtorno do Espectro do


Autismo e a ação mediadora realizada com o uso de tecnologias assistiva com o
objetivo de inclusão e de acordo com Passeri (2015).

Estudo de Caso – Aluno A

Para o caso do Aluno (A) estabeleceu-se o seguinte perfil inicial: menino de 4 anos,
com comunicação gestual, sem linguagem expressiva, utiliza o gesto de apontar ou
segurar mão da pessoa para obter o que deseja. Sua oralidade limita-se a balbucios,
raramente alguma palavra pequena é repetida diversas vezes.

Aprecia objetos circulares (bolas, rodas), jogos de montagem e música. Interage


somente para satisfazer seus desejos. Apresenta comportamento afetivo, porém
reage de forma agressiva quando quer chamar a atenção e em alguns momentos é
retirado da sala para se acalmar. O contexto da sala de aula do Aluno (A) é de uma
turma com 12 alunos, uma professora e uma auxiliar (atores).

O contexto físico é uma sala com banheiro integrado, três estantes com brinquedos
e materiais para as atividades. Como espaço simbólico, a sala organiza-se no
espaço central composto pelas mesas e cadeiras que é o espaço de trabalho e um
espaço “cantinho da rodinha” numa lateral da sala. A turma possui regras e
combinações que incentivam responsabilidade e organização na sala de aula e
todos os alunos participam.

A organização espacial da sala ocorre conforme combinações realizadas na rodinha,


ora trabalham colaborativamente com toda turma, ora em pequenos grupos. Já a
organização semiótica, está representada num gradil para mochilas com chamada
em forma de foto, um gradil para atividades, alfabeto com figuras correspondentes
as letras dispostas na parte superior da parede e, de maneira oposta, o numeral com
figuras quantificando-as. Didática e Prática de Ensino na relação com a Escola.

A proposta da prática inclusiva teve como foco a construção de uma história


colaborativa utilizando o SCALA. Cabe salientar que a turma já havia construído
uma história colaborativa anteriormente em papel e, portanto, a ação mediadora foi
facilitada pelo conhecimento prévio da estratégia de ensino. Para a efetivação da
prática, um notebook foi acoplado à televisão da sala, a turma foi organizada num
semicírculo, todos sentados e orientados para a televisão.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 121


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 Inicialmente as professoras explicaram a atividade relembrando a história que


haviam contado oralmente antes. O aluno com TEA participou inserindo a primeira
imagem para a reconstrução da história, agora em forma de pictograma. Todos os
alunos, um a um complementaram a história com os pictogramas. Quando um aluno
estava no computador os demais observavam a tela e auxiliavam oralmente.

Concluída a elaboração da história a turma assistiu e analisou o resultado. Durante o


desenrolar da atividade os alunos demonstraram satisfação e entusiasmo. Todos
participaram de forma efetiva. O aluno com TEA mostrou- se, por momentos,
agitado, buscou as professoras e procurou o computador em diversas etapas,
mesmo não sendo a sua vez. Apontou e balbuciou algumas letras durante a
atividade coletiva. Na apresentação da produção final todos estavam interessados,
inclusive ele, apresentando expressões de surpresa e encanto com sua produção
(figura 2). Para complementar a história os alunos elaboraram uma narração que foi
digitada pela professora (quadro 1).

“A INCRÍVEL HISTÓRIA DA TURMA QUE VIROU PIRATA.

ERA UMA VEZ UMA MELECA QUE SE ENLOUQUECEU E COMIA AS PESSOAS...


E ATÉ AS CANETAS.

UM DIA, ELA ENCONTROU UMA ARANHA GIGANTE E UM RATO MAIS GIGANTE


AINDA; E, NESSE MOMENTO ELA SE EXPLODIU DE SUSTO E MELECOU TODO
MUNDO. E TODOS ENGOLIRAM UM POUCO DE GOSMA. SÓ O CARTEIRO, QUE
SE CHAMAVA JORGE AMADO, É QUE NÃO ENGOLIU A GOSMA.

ELE ERA MUITO SABIDO. COMO ELE NÃO TINHA ENGULIDO A GOSMA DO
MAL, ELE TROUXE UMA ÁGUA MILAGROSA PRA TODOS OS
ENGOSMENTADOS TOMAREM. AI ELES CONSEGUIRAM CUSPIR AQUELA
GOSMA NOJENTA E FICARAM CURADOS.

O CARTEIRO RESOLVEU DAR UM PRESENTINHO PRA TODOS: UM BAÚ DE


PIRATA CHEIO DE COISAS GOSTOSAS E DE BRINQUEDOS... MAS, DE
REPENTE, DE DENTRO DO BAÚ APARECEU UMA ÁGUA VIVA BEM MALUCA.
QUANDO ELA TOCAVA NA GENTE, A GENTE SE QUEIMAVA... MAS SÓ UM
POUQUINHO... E DE DENTRO DELA APARECEU UM MAPA.... QUE ERA DE UM
TESOURO... DO PIRATA ENCANTADO!!!

TODOS DA TURMA FORAM PRO FUNDO DO MAR ATRÁS DO TESOURO... ATÉ


AS PROFES. QUANDO O TESOURO FOI ENCONTRADO, FOI LEVADO PRO
BARCO E A TURMA TODA VIROU UMA TURMA DE PIRATAS QUE VIVEU FELIZ
PRA SEMPRE VIAJANDO PELOS MARES... FIM

Observe como a história foi criada com a utilização da comunicação alternativa para
o Letramento (SCALA).

EDUCAÇÃO ESPECIAL 122


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Fonte da imagem – passo a passo como foi desenvolvida a história

Essa pesquisa evidenciou o dia a dia do aluno com TEA- transtorno do espectro
autista e a mediação realizada pelos professores no ambiente escolar, as
dificuldades enfrentadas e as principais maneiras de desenvolver uma boa
aprendizagem utilizando a tecnologia assistiva.

Dicas de Estudo!

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Projeto SCALA - Sistema de Comunicação Alternativa para Letramento de Pessoas


com Autismo. Acesse agora e utilize com seus alunos essa tecnologia assistiva.
Disponível em: http://scala.ufrgs.br/

Até a próxima aula!

Bibliografia:

BARBARA GORZIZA AVILA. Usabilidade em tecnologia assistiva: estudo de caso


num sistema de comunicação alternativa para crianças com autismo. Revista latino
americana de tecnologia educativa, Rio grande do Sul, 2013.

PASSERI, Liliana Maria; BEZ, Maria Rosangela. Ação mediadora com comunicação
alternativa na promoção de inclusão de alunos com transtorno do espectro autista.
Eduece, São Paulo, 2015.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 124


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Aula 19_Tecnologia assistiva - Softwares

Olá, alunos!

A sociedade hoje é considerada uma sociedade informacional, pois muitas pessoas


estão relacionadas e vinculadas à tecnologia, seja tecnologia assistiva, tecnologia de
informação ou tecnologia de comunicação.

É importante salientar que, ao longo desta evolução tecnológica, o desenvolvimento


da tecnologia assistiva foi uma evolução de grande impacto para as pessoas,
trazendo, assim, uma nova possibilidade de participar do mundo.

Quando pensamos nas tecnologias associadas às deficiências e aplicadas a um


contexto de educação, é importante entendermos que, hoje, o espaço educacional
vive grandes desafios na medida em que tem que atender a todos os alunos
indiscriminadamente. Mas, de que forma a escola vai atender a todos esses alunos?

As tecnologias auxiliam o trabalho realizado nas escolas, mas também colocam


desafios, na medida em que as escolas devem criar espaços que sejam acessíveis e
que possam auxiliar a todos, entendendo que cada um tem sua necessidade de
apoio, afinal a proposição das tecnologias é atender a qualquer usuário para que
todos possam usufruir dos benefícios. Assim, dizemos que a tecnologia assistiva
propõe para a escola um desafio que é a de utilizá-la de modo eficiente, propiciando
a aprendizagem de seus alunos.

Segundo Passerino ( 2010):

Toda tecnologia deve ser utilizada com objetivo de promover a inclusão e não para
gerar preconceito e diferenciação e fundamentalmente; toda tecnologia é provisória
seja por motivos técnicos (novas gerações de tecnologias surgem a cada momento),
por pessoais ou sociais, uma vez que o processo de desenvolvimento é dinâmico e
dialético com o contexto sócio-histórico dos indivíduos em interação.
(PASSERINO,2010, p.10).

Observe a imagem:

EDUCAÇÃO ESPECIAL 125


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Fonte da imagem 1 – tecnologia assistiva que auxilia a escola e beneficia a


aprendizagem do aluno: https://goo.gl/aN5bhP .

As tecnologias de informação e comunicação têm apoiado e ressignificado os


processos de ensino e aprendizagem, colocando-se como um auxílio
importantíssimo na escola. Com isso, a tecnologia vem criando produtos que são
utilizados nos laboratórios de informática, computadores, abertos e flexíveis como a
internet. São serviços que mostram à escola a flexibilidade de atender a todo e
qualquer aluno, garantindo, no mesmo espaço, a oportunidade de incluir a todos.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 126


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Fonte da imagem 2 – garantindo a aprendizagem para todos os alunos:


https://goo.gl/NU7cbH.

Uma escola flexível pode garantir um bom desenvolvimento e aprendizagem do


aluno, os processos educativos beneficiam e auxiliam a todos possibilitando o
acesso ao conhecimento e desenvolvimento das habilidades.

Observe as imagens:

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Fonte da imagem 3 – tecnologia assistiva: https://goo.gl/hR8sft.

Fonte da imagem 4 – tecnologia assistiva materiais adaptados de acordo com a


necessidade de cada pessoa: https://goo.gl/hR8sft.

A tecnologia assistiva trouxe novas maneiras de pensar, organizar e desenvolver as


capacidades cognitivas das pessoas. A internet causou impacto nas possibilidades
de novos modos de relações sociais, de novos modos de aprendizagem. Cabe a
escola trazer seus processos de ensino e aprendizagem e esses novos modos de
relacionar-se, seja na própria escola ou no entorno dela, permitindo comunicação e
interação sem fronteiras.

A tecnologia desafia a escola a rever todas as práticas educativas, pois trouxe a ela
um novo modelo comunicacional e tecnológico. Esse novo modelo está presente na
relação de coautoria nos processos de aprendizagem, nos usos de habilidades dos
recursos, nos quais é preciso que a escola reveja os seus processos de
aprendizagem, entendendo, também, que o aluno é um coparticipante desses
processos. As necessidades e expectativas do aluno são, portanto, fundamentais
para o sucesso escolar.

Recursos tecnológicos que auxiliam as deficiências com a utilização de


softwares:

EDUCAÇÃO ESPECIAL 128


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 Deficiência visual - é importante destacar de forma ampla como os


ampliadores de imagem são considerados um importante recurso;
 Na impressora em braille, as pessoas com deficiência visual conseguem
desenvolver a sua autonomia a partir do uso desses recursos e de outros.
 Podemos ainda citar alguns sistemas operacionais como o DOSVOX, que vai
trabalhar desde atividades voltadas aos processos de desenvolvimento de
habilidades cognitivas, sejam elas necessárias aos processos de
aprendizagem, sejam também atividades lúdicas como jogos, musicas,
atividades de desenvolvimento de habilidades, sensações, atenção e
concentração.
 Ainda existe o recurso da leitora de tela o VIRTUAL VISION, OPEN BOOK
são recursos e ferramentas importantes que podem ser utilizadas para a
pessoa com deficiência visual.

A seguir, alguns exemplos de softwares para atender às necessidades especiais de


alguns indivíduos:

http://

www.dsc.ufcg.edu.br/~pet/jornal/abril2010/materias/cidadania.html

EDUCAÇÃO ESPECIAL 129


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Monet – Pintor em Braille - é um programa de desenho, similar ao Paint, que


permite a criação de imagens que podem ser reconhecidas por impressoras que
imprimem em relevo. Requisito: Java 1.6.

http://www.dsc.ufcg.edu.br/~pet/jornal/abril2010/materias/cidadania.html

Matraca - Facilita a acessibilidade de deficientes visuais. Trata-se de uma


ferramenta open source para auxílio a deficientes visuais no uso do computador.
Possui as funções de edição de textos, correio eletrônico e calculadora.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 130


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http://www.dsc.ufcg.edu.br/~pet/jornal/abril2010/materias/cidadania.html

Conteúdo para surdos que desejam tirar a Carteira de Habilitação. Disponível em:
http://www.rubensguimaraes.com.br/detran/aceas/index.php

Bem, alunos, a nossa aula chegou ao fim.

Que tal pesquisar alguns softwares  utilizadas por pessoas com TEA ?

Até a próxima aula.

Bibliografia:

PASSERINO, Liliana Maria. A tecnologia assistiva na política pública brasileira e a


formação de professores: que relação é essa? In: Seminário de Políticas Públicas de
Inclusão Escolar no Rio Grande do Sul Anais Porto Alegre: UFRGS/FACED, 2010.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 131


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Aula 20_Tecnologia assistiva: HOLOS – Sistema educacional

Olá, alunos!

O Holos é um sistema cujas principais finalidades estão voltadas ao


desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas, linguísticas, sócio
afetivas, motoras e educação em direito e cidadania, a ocorrerem por meio das
atividades de: filmes, sobreposição, ligação, quebra-cabeça, jogo de conjunto, jogo
da memória, trabalho e direito e cidadania (BRUGGNER, 2008, p. 45)

O Holos é um conteúdo dinâmico que permite ao professor uma adaptação


socioeducacional, suas atividades permitem ao aluno alcançar competências
cognitivas, socioafetivas, motoras e linguísticas argumentando a sua totalidade.
Essa dimensão do uso desse sistema caracteriza-se pelas fases de
desenvolvimento dessas pessoas por intermédio de dispositivos legais como:

Os softwares educativos são recursos tecnológicos indicados como Ajudas


Técnicas, assim, são planejados adequadamente para atender as características
individuais de cada aluno e da fase do desenvolvimento em que se encontra e ainda,
respeitam os dispositivos legais como: Desenho Universal, CIF e a acessibilidade,
para que pessoas com limitações visuais, auditivas, motoras possam conquistar o
mundo digital. Para escolher um software educativo para um aluno com
necessidades educacionais especiais, algumas perguntas básicas são importantes:

• Para que o sistema serve?

• Qual a vantagem de utilizá-lo?

• Como o sistema funciona?

•Quais os princípios gerais de interação com o sistema? (PRESTES, 2017, p.94).

Fonte imagem 1 – Tecnologia assistiva HOLOS - Sistema educacional:


https://goo.gl/kTjVdB.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 132


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O Holos é uma ferramenta que vai ajudar o educador a montar as suas aulas, porém
a sua finalidade não se restringe apenas ao âmbito educacional, pois, também serve
de instrumento de orientação para as famílias.  Assim como uma possibilidade
tecnológica para a inclusão educacional, o Holos é um software que se dirige ao
desenvolvimento de habilidades como:

• Aprendizagem de conceitos

• Atenção concentrada

• Capacidade de análise

• Memória

• Memória visual

• Memória espacial (localização)

• Memória imediata

• Percepção auditiva

• Percepção de relações

• Percepção visual

• Raciocínio espacial

• Raciocínio por analogia

EDUCAÇÃO ESPECIAL 133


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• Raciocínio verbal conjugado à memória (RODRIGUES, 2006, p.3)

O Holos é um material gratuito disponível no site (www.bauru.apaebrasil.org.br) da


APAE de Bauru, de total acesso disponível ao professor, e sua finalidade é atender
as diferentes características de deficiência do estudante voltado ao desenvolvimento
de habilidades e competências. Para Rodrigues (2006, p. 2) no sistema Holos, o
educador tem a opção de salvar suas atividades, bem como montar aulas, podendo
assim atuar como mediador durante a realização das mesmas.

A autora ressalta que, antes de propor as atividades, o educador deverá informar o


nome de cada aluno, previamente cadastrado, a fim de que o sistema faça a
gravação dos resultados para que possa acompanhar os avanços consultando a
ferramenta “Relatório”. Os dados armazenados durante a execução das atividades
garantem a avaliação e este acompanhamento do desempenho para que possam
ser replanejadas novas ações (RODRIGUES, 2006, p.2).

Imagem –Holos - Sistema educacional:

https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?
q=tbn:ANd9GcSiaUzYbuM_Ja1I3INuqhXoLfIFhwhxPDOdjqLW6MO6sfM3lRBz

EDUCAÇÃO ESPECIAL 134


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As atividades disponíveis no Holos tem como objetivo associar imagem, a


identificação de pessoas ou objetos. As atividades como filme, jogo da memoria,
quebra cabeça e outros permitem que os alunos aprendam seguido do seu
desenvolvimento de progressiva, para isso o:

Objetivos das atividades:

• Associar.

• Associar imagens de mesma categoria ou categorias similares

• Criar categorias por atributos, propriedades e/ou funções. É possível que haja
formação de categorias por cor, forma, plano, volume, dimensões, posição, direção,
sentido, quantidade, capacidade, relação de pertinência, etc.

• Comparar.

• Compreender relações simples de identidade.

• Desenvolver compreensão de narrativas com estímulos multimídia.

• Desenvolver tempo de atenção.

• Estabelecer relação todo-parte.

• Estabelecer relações entre dois objetos, segundo os critérios indicados, e


compreender relações simples de identidade.

• Exercitar processos de análise e síntese.

• Identificar imagens, palavras, letras e números.

• Identificar situações de trabalho e aspectos relacionados às habilidades básicas,


específicas e de gestão.

• Leitura de imagens.

• Perceber semelhanças e diferenças.

• Perceber erros na organização/execução da situação de trabalho.

• Reconhecer imagens.

• Relacionar objetos (RODRIGUES, 2006, p.3).

Fonte de imagem 3:

EDUCAÇÃO ESPECIAL 135


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https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?
q=tbn:ANd9GcRqzVn0uw7XEvAjl_JPFAwrEUYjeRQjlnJuHYm3n-nVGBs7S3K2tQ

Fonte de imagem 4:

https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?
q=tbn:ANd9GcR4uhLfWH482oypK6V9UXZnpapTOKnoIGGs7XwzU_z8tM6vYoPlAQ

Fonte de imagem 5:

https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?
q=tbn:ANd9GcTmI4aeJpUvWVSLxNpbYt8wxaWpmPo5kQhNplQbb7AI57QgkBvK

Fonte de imagem 6:

https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?
q=tbn:ANd9GcQtqPh_9Z0pv0zo8QxjXbJdgV99jWcGx3hjCsR2lIQgddi5vldS

O Sistema Holos foi pensado para oferecer uma nova


possibilidade de ação para o aluno, um novo desafio de análise
do processo educacional para o educador, uma forma de
conceber a aprendizagem a partir do compartilhamento de
responsabilidades num espaço anteriormente ocupado pela
fórmula informarassimilar.(RODRIGUES, 2006, p. 16)

EDUCAÇÃO ESPECIAL 136


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Núcleo de Educação a Distância

                                                                                                                                        
                                               Até a próxima aula!

Dicas de Estudo!

Sugerimos a leitura do artigo “Holos: Sistema educacional”. Autora: Leda Maria


Borges Da Cunha Rodrigues, 2006.

Disponível em: file:///C:/Users/frans/Downloads/Curso%20Holos.pdf

Bibliografia:

PRESTES, Irene Carmem Picone. Tecnologia assistiva. IESDE, Curitiba – PR, v. 1,


n. 118, p. 9-109, jun. 2017.

BRUGGNER, Irma R. Passoni Jesus. Carlos Delgado Garcia. Leda Maria Borges Da
Cunha Rodrigues. Luci Regina Alves De Paula. Luciana Marçal Da Silva. Rose Maria
Carrara Orlato. Vânia Melo. Recursos básicos de acessibilidade sócio-digital para
pessoas com deficiência. TECNOLOGIA ASSISTIVA NAS ESCOLAS, São Paulo, v.
1, n. 62, p. 5-60, 2008.

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL. Informática na educação especial.


Disponível em: http://silas-informatica.blogspot.com/2011/07/holos-sistema-
educacional.html. Acesso em: 26 jun. 2008.

RODRIGUES, Leda Maria Borges Da Cunha Rodrigues. Holos – Sistema


Educacional., São Paulo - Bauru, v. 1, n. 17, p. 1-17, 2006. Disponível em:
file:///C:/Users/Dionilsol/Downloads/Curso%20Holos.pdf . Acesso em: 26 jun. 2018.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 137


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Aula 21_Tecnologia assistiva: estimulação sensorial, lazer, recreação e


Comunicação Alternativa

Caros alunos

A tecnologia assistiva já mudou muito a forma de como nos vemos e fazemos as


coisas na vida, o modo como produzimos, interagimos, e até mesmo na maneira de
como exercemos a nossa cidadania. Faz parte das mudanças tecnológica.

Se antes educávamos nossos alunos para usar as tecnologias, hoje usamos a


tecnologia para educar nossos alunos, porque:

A inclusão educacional das pessoas com deficiência é um fato inquestionável. O


acesso à escola de alunos com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento
já é uma realidade em nosso país, e a sua participação e aprendizagem exigem que
se desloque o foco da “deficiência” para eliminação das barreiras que se interpõem
às pessoas nos processos educacionais (BRUGGNER, 2008, p.46)

Fonte imagem 1 – Inclusão educacional de pessoa com deficiência no ambiente


escolar: https://goo.gl/tHUok6.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 138


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A acessibilidade da pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida é um direito


fundamental, que se estende sobre uma dimensão biológica e social do indivíduo.
Isso esclarece que, diante de todas as dificuldades encontradas na pessoa com
deficiência, é requisito fundamental a utilização de recursos que permitam a
locomoção e mobilidade do indivíduo a partir de:

 Estimulação sensorial;
 Lazer e recreação;
 Comunicação alternativa;
 Facilitadores de preensão;
 Recursos pedagógicos;
 Atividade de vida diária (AVD);
 Informática;
 Mobiliário;
 Transporte escolar (BRUGGNER, 2008, p.46)

                        Fonte de imagem 2 – Estimulação sensorial chocalho adaptado:


https://goo.gl/wPdhQ4 .

EDUCAÇÃO ESPECIAL 139


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A estimulação sensorial incentiva o desenvolvimento de órgãos como a audição,


visão e tato, por intermédio de instrumentos terapêuticos naturais e não naturais,
nas pessoas com deficiência. Promovem o autocontrole, a autonomia, a descoberta
e exploração de novos movimentos desenvolvidos durante o percurso da
aprendizagem.   

Fonte de imagem 3 – Jardim sensorial: https://goo.gl/B5AcVW .

No lazer e na recreação, a adaptação para a realização de atividade escolares e do


dia a dia, também é algo a ser discutido, pois para isso é necessário a utilização de
recurso adaptados que favoreçam os movimentos da pessoa com deficiência e o
auxílio de um profissional formado e apto para o acompanhamento durante o seu
trajeto.

Fonte de imagem 4 – Adaptação tecnológica de lazer e recreação:


https://goo.gl/U5qwrB

EDUCAÇÃO ESPECIAL 140


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 A comunicação alternativa é uma área da TA já tratada em aulas anteriores, atende


a diversos tipos de deficiência. A construção dos recursos para essa aplicação
metodológica, se dá por meio de recursos comunicativos que complementam ou
substituem a habilidade comunicativa existente ou inexistente. (BRUGGNER, 2008,
p.46) “Comunicação alternativa: Recursos utilizados para facilitar a comunicação e
aprendizagem de alunos com alterações cognitivas e/ou sensoriais”.

Fonte de imagem 5- Comunicação alternativa /pessoas com deficiência:


https://goo.gl/a6EmhN

EDUCAÇÃO ESPECIAL 141


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Fonte imagem 6 - Comunicação alternativa /pessoas com deficiência:

Em nosso próximo encontro discutiremos sobre a sala de informática, o mobiliário e


o transporte adaptado para pessoas com deficiência. Até lá!

Dicas de Estudo!

Sugerimos a leitura do artigo “TECNOLOGIA ASSISTIVA NAS ESCOLAS: Recursos


básicos de acessibilidade sociodigital para pessoas com deficiência” (2008)

Autores: Irma R. Passoni, Jesus Carlos Delgado Garcia, Leda Maria Borges da
Cunha Rodrigues, Luci Regina Alves de Paula, Luciana Marçal da Silva, Rose Maria
Carrara Orlato, Vânia Melo Bruggner Grassi, 2008, da APAE de Bauru. Disponível
em:

http://www.ufjf.br/acessibilidade/files/2009/07/
Cartilha_Tecnologia_Assistiva_nas_escolas_-
_Recursos_basicos_de_acessibilidade_socio-
digital_para_pessoal_com_deficiencia.pdf

Capítulo: 3.

Bibliografia:

BRUGGNER, Irma R. Passoni Jesus. Carlos Delgado Garcia. Leda Maria Borges Da
Cunha Rodrigues. Luci Regina Alves De Paula. Luciana Marçal Da Silva. Rose Maria
Carrara Orlato. Vânia Melo. Recursos básicos de acessibilidade sócio-digital para
pessoas com deficiência. TECNOLOGIA ASSISTIVA NAS ESCOLAS, São Paulo, v.
1, n. 62, p. 5-60, 2008.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 142


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Aula 22_Tecnologia assistiva: transporte escolar, mobiliário e sala de


informática

Olá, alunos!

Quando falamos em transporte escolar, informática em sala de aula e mobiliário


também é preciso pensar na inserção dos recursos de tecnologia assistiva
adequados a cada situação.

Transporte escolar

Durante muito tempo, os ônibus permaneceram sem acessibilidade, ou seja, os


ônibus antigos não tinham espaços adequados para levar um passageiro cadeirante
e os transportes escolares não previam nenhum espaço adequado para acomodar
os alunos com necessidades especiais.

Veja como era os ônibus de antigamente: Não havia rampas, espaços para cadeiras
de rodas e nem mesmo existia uma legislação que determinasse a obrigatoriedade
de se fazer adaptações para pessoas com dificuldades de locomoção.

https://goo.gl/9cj5Ln

O transporte escolar sem acessibilidade por falta de verbas, de legislação específica


e outros fatores faziam as  crianças ter dificuldades de locomoção. Então,
simplesmente, não frequentavam a escola, principalmente nas áreas rurais, nas
quais a escola é distante e os caminhos difíceis (sem asfalto, sem iluminação, sem
sistema de transporte).

EDUCAÇÃO ESPECIAL 143


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A acessibilidade é importante para que as pessoas com deficiência possam ir e vir,


sentir-se livres, independentes, autônomos, sendo esse um direito fundamental de
todos.

Segundo Moraes (2002), os direitos fundamentais são definidos como:

Um conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser


humano, que tem por finalidade básica o respeito à sua
dignidade, por meio de sua proteção contra o arbítrio do poder
estatal e o estabelecimento de condições mínimas de vida e
desenvolvimento da personalidade humana. (MORAES,
Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e legislação
constitucional. 7ª ed. Atlas: São Paulo, 2002).

Hoje em muitas regiões existe transporte adequado garantindo o direito de ir e vir e


de acesso à escola.

https://goo.gl/VYp9vD

EDUCAÇÃO ESPECIAL 144


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https://goo.gl/VYp9vD

Com o avanço da tecnologia assistiva, muitos recursos e ferramentas começaram a


ser desenvolvidos como auxilio importante para a inclusão de todos. Muitas escolas,
hoje, possuem acessibilidade para os alunos e recursos adaptados para desenvolver
a aprendizagem e inclusão no ambiente escolar.

Curiosidade: Apesar dos avanços, muitas cidades brasileiras ainda não podem ser
chamadas de inclusivas. Além da falta de adaptação em ruas e calçadas,
transportes e serviços, as pessoas com dificuldades de locomoção reivindicam que
as paradas de ônibus sejam acessíveis. Pesquisa feita no Distrito Federal revelou
que 93,5% das 5 mil paradas de ônibus não têm condições de acessibilidade para
pessoas com dificuldades de locomoção.
A alta porcentagem de paradas fora do padrão atrapalha a mobilidade de mais de
570 mil pessoas que residem no Distrito Federal e necessitam ir e vir
Disponível em:
http://www.acitdf.com.br/noticia/deficientes-fisicos-encontram-dificuldade-para-se-
locomover-de-onibus-no-df/

Mobiliário

O mobiliário adaptado para as pessoas com deficiência na escola torna o ambiente


mais acessível, pois tem como objetivo a eliminação das barreiras físicas de
locomoção, ou seja, o aluno consegue a partir do uso desses mobiliários ter mais
facilidade de acesso e uma boa aprendizagem com mais comodidade.

Conforme Cebrace (1978) os principais conjuntos mobiliários são:

Conjuntos para trabalhar e sentar – são as carteiras escolares,


assentos e mesas, bancadas 2. Conjuntos para guardar – são
objetos para estocagem e armazenamento dos materiais, como
armários e estantes. No mobiliário pré-escolar este conjunto é
também considerado como elemento de apoio à realização de
tarefas didáticas, acrescentando funções como expor os

EDUCAÇÃO ESPECIAL 145


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materiais. 3. Conjuntos para expor – são os elementos que


ficam dispostos na vertical, quadro de giz, mural, quadro de
projeção, cavaletes, etc. (CEBRACE, 1978, p.3).

Qualquer pessoa com deficiência pode ter um mobiliário adaptado de acordo com a
sua necessidade. Segundo Eyer (2009) muitos arquitetos e designer apontam que:

 [...] é recomenda a elaboração prévia de estudo da


acessibilidade na realização de todo e qualquer projeto, seja de
edificações, seja de mobiliário, na direção de um desenho
capaz de incluir a todos. A questão do mobiliário, assim como a
dos materiais pedagógicos, é apontadas como fundamentais
para viabilizar a presença do aluno na escola. Quando se trata
de aluno com deficiência, este fator é de significativa
importância já que, por fugirem do padrão, independentemente
do local, estas crianças tem sua autonomia relativizada pelos
equipamentos e objetos auxiliares disponíveis a seu uso.
(EYER, 2009, p.8).

Observe as imagens dos mobiliários adaptados:

EDUCAÇÃO ESPECIAL 146


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Fonte da imagem 5 – mobiliário adaptado:  https://goo.gl/sQ4e93.

Fonte da imagem 6 – mobiliário adaptado: https://goo.gl/PvjAfQ.

Quando falamos em sala de aula acessível, direcionamos a atenção a toda parte


arquitetônica da escola, que precisa ser adaptada para receber as pessoas com
deficiências; não basta, apenas, ter o mobiliário adaptado na classe. São
necessários materiais e recursos tecnológicos e acessibilidade em todos os espaços
em que a criança circula, como o refeitório, a sala de leitura, o anfiteatro, a quadra,
os banheiros e a sala de informática.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 147


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http://www.dgabc.com.br/Noticia/2628561/acessibilidade-das-escolas-e-falha

http://www.rul.com.br/noticias-detalhes.php?cod=14271

EDUCAÇÃO ESPECIAL 148


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http://www.fernandazago.com.br/2011/10/livro-ensina-adaptar-edificios-para.html

Antes de chegar até a sala de aula o aluno precisa passar por toda escola até
chegar ao seu destino e a escola precisa ter essa acessibilidade; seja com recursos
tecnológicos ou materiais adaptados, é preciso garantir o acesso do aluno em tudo.

Na sala de informática muitos alunos tem a oportunidade de utilizar recursos


tecnológicos assistivos; esses recursos ajudam o desenvolvimento do aluno criando
o caminho da inclusão para todos.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 149


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https://site.medicina.ufmg.br/inicial/laboratorio-de-informatica-instala-ampliador-de-
caracteres/

A utilização da informática para pessoas com deficiência é possível por meio de


recursos tecnológicos adaptados, como já vimos em aulas anteriores. O quadro
abaixo mostra alguns desses recursos:

Deficiência Deficiência Deficiência Deficiência


Motora Motora e fala Visual Auditiva
Periféricos tela sensível Teclados Teclado Braille Microfone /
(toque/sopro) alternativos fone de ouvido
Impressora
-Substitutos de Braille
mouse

-pulsadores e

apontadores
Softwares simulador de Anagrama- Sonix Sing Talk
teclado comp -SELOS
-ERA: Emulador DOSVOX -Sing Writing
de  Imago Vox
Rato El toque

EDUCAÇÃO ESPECIAL 150


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PCS-Comp mágico

Fonte: http://www.profala.com/arteducesp25.htm

É evidente que as adaptações em sala de informática para pessoas com deficiência


possibilitam a aprendizagem, tornam a inclusão do aluno uma prática real e
asseguram a igualdade de direito dentro do espaço escolar.

Entretanto, infelizmente, poucas são as escolas que adaptam a sala de informática


às necessidades dos alunos matriculados.

Até a próxima aula.

Dicas de Estudo!

Acesse: https://pt.slideshare.net/Ministerio_Publico_Santa_Catarina/manual-
de-acessibilidade-espacial-para-escolas

Leia o Manual de Acessibilidade espacial para escolas. O direito à escola


acessível!

Bibliografia:

EYER, Renata. Mobiliário e tecnologia assistiva: Mobiliário Escolar Acessível e


Tecnologia Apropriada. 1 ed. São Paulo: WB, 2009. 7 p.

MORAES, Alexandre De. Direito constitucional: DIREITO CONSTITUCIONAL . 1 ed.


São Paulo: Editora Atlas S.A, 2007.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 151


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Aula 23_Tecnologia assistiva: Aprendizagem tradicional e aprendizagem com


TA

Olá, Pessoal!

Ao refletirmos sobre tecnologia, podemos pensar que ela é algo modificador, que
veio produzir e transformar o meio em que vivemos. No contexto educacional a
tecnologia renovou a prática educativa e facilitou a inclusão social da pessoa com
deficiência no mundo moderno.

No Brasil, a educação é um sistema apoiado no direito constitucional, regido pela


LDB nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que assegura no artigo 2º:

No Brasil, a educação é um sistema apoiado no direito constitucional, regido pela


LDB nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que assegura no artigo 2º:

A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos


princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.

Em seu artigo 3º, prevê que:

O ensino será ministrado com base nos seguintes


princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na


escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a


cultura, o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - coexistência de instituições públicas e privadas de


ensino;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos


oficiais;

VII - valorização do profissional da educação escolar;

EDUCAÇÃO ESPECIAL 152


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VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta


Lei e da legislação dos sistemas de ensino;

IX - garantia de padrão de qualidade;

X - Valorização da experiência extra-escolar;

XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as


práticas sociais.

XII - consideração com a diversidade étnico-racial.

XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao


longo da vida

Desta forma, entende-se que o ato educacional é uma ação que compreende o todo
como ação inclusiva, independente da dificuldade ou da deficiência.

Com relação ao processo de inclusão escolar, preconizado na legislação vigente e


previsto na Declaração de Salamanca e demais tratados internacionais, temos ainda
muitas escolas que não podem ser consideradas inclusivas, necessitando, para isso,
de mudanças a partir do projeto político pedagógico. Segundo a Declaração de
Salamanca (1994): “o desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz respeito
ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de
bemsucedidamente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam
desvantagens severas.

A garantia de uma educação de qualidade é um ato que convém a todos, mas a


inclusão da educação inclusiva no âmbito educacional tornou-se um grande desafio
para a educação, porque a aprendizagem tradicional não garante o ensino de forma
diversificada. No contexto histórico a aprendizagem tradicional é lembrada como,
uma aprendizagem rigorosa, disciplinar e inflexível.

Segundo Mourão:

Esta pedagogia trazia ao indivíduo uma capacidade


decorativa imensa, já que era à base da aprendizagem,
outro fator é que o indivíduo precisava ter bastante
disciplina já que a aprendizagem dependia muito dele, sem
contar que com a força da imposição que o professor
passava, o aluno se via praticamente obrigado a ter
disciplina, já que essa pedagogia surgiu antes da
psicologia então não se tinha uma preocupação com
possíveis traumas que o aluno pudesse ter, logo a
imposição era tão forte que ser disciplinado era necessário
para que o indivíduo não chegasse a um nível considerado
ínfimo ou talvez até humilhado, sendo assim vê-se que a

EDUCAÇÃO ESPECIAL 153


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capacidade dos indivíduos que passaram por esse


processo era muito grande. (MOURÃO, 2008, p.2)

Dessa forma, entende-se que aprendizagem tradicional não favorecia um ensino


diversificado com o uso de recursos de tecnologia, como presenciamos atualmente.
O ato inclusivo funciona como um ato de inserção. A tecnologia, em si, como um
conjunto de técnicas e recursos instrumentais capazes de proporcionar a
aprendizagem de alunos com ou sem dificuldades de aprendizagem.

A Tecnologia Assistiva, relacionada ao uso de recursos tecnológicos para o


atendimento e a aprendizagem de alunos com necessidades especiais, de acordo
com o Comitê de Ajudas Técnicas:

[...] é uma área do conhecimento, de característica


interdisciplinar, que engloba produtos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que
objetivam promover a funcionalidade, relacionada à
atividade e participação, de pessoas com deficiência,
incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua
autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão
social (Corde/SEDH/PR, 2007).

 Portanto, trata-se do uso adequado de instrumentos que permitam a vivência social


de pessoas com deficiência no meio escolar e na sociedade, por meio de um
sistema de acessibilidade cujo objetivo é promover a diversidade de aprendizagem.

Nas escolas da atualidade, o aluno com necessidades especiais de aprendizagem


deverá ser atendido no AEE que, como já visto em aulas anteriores é realizada em
Salas de Recursos Multifuncionais.

 Objetivo do projeto multifuncional do MEC:

[...] tem o objetivo de estruturar o atendimento do ensino aos alunos com


necessidades educacionais especiais, disponibilizar os recursos adequados e
necessários e promover a participação e a aprendizagem desses alunos. Portanto, a
implantação desse projeto, promove a compreensão multidisciplinar, além de
proporcionar a parceria entre os educadores das classes comuns com os
educadores das salas de recursos. A sala de recursos multifuncionais é um espaço
na escola onde acontece o atendimento especializado para alunos com
necessidades educacionais especiais, a fim de desenvolver a aprendizagem,
baseada em novas práticas pedagógicas, com o intuito de auxiliar esses alunos a
acompanharem o currículo proposto pela escola, como também, progredirem na vida
escolar. Nessa perspectiva, o Atendimento Educacional Especializado se destina
aos alunos com deficiência física, mental, visual e pessoas com surdez parcial e

EDUCAÇÃO ESPECIAL 154


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total, alunos com transtornos gerais de desenvolvimento e com altas habilidades,


sendo assim um forte instrumento para a inclusão dos alunos com deficiência no
contexto escolar, é de grande relevância o aprofundamento de estudos e pesquisas
sobre esse assunto, para verificar se de fato existe todo esse aparato pedagógico
nas escolas. Para alcançar os objetivos propostos, este artigo utilizou-se da
pesquisa de campo nas escolas estaduais, mais precisamente nas salas de
recursos, com a aplicação de questionário com os professores, com o intuito de
coletar os dados para perceber o funcionamento das salas de recursos.

(MIRANDA, 2009, p. 2109)

As imagens a seguir referem-se materiais e equipamentos utilizados pelos alunos


em sua aprendizagem:

Fonte imagem 1- TA recurso para cego: https://goo.gl/3Qt9fH

Fonte imagem 2 –: AEE nas escolas:  https://goo.gl/8TW7V

Nas Salas de Recursos Multifuncionais os alunos podem ser atendidos em


pequenos grupos ou individualmente:

EDUCAÇÃO ESPECIAL 155


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São atendidos, nas salas de recursos multifuncionais, alunos público- -alvo da


educação especial, conforme estabelecido na Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e no Decreto n. 7.611/2011,
sendo:

• Alunos com deficiência: aqueles “que têm impedimentos de longo prazo de


natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas
barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas” (ONU, 2006).

• Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: “aqueles que apresentam


alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um
repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se
nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose
infantil” (MEC/ SEESP, 2008).

• Alunos com altas habilidades/superdotação: “aqueles que demonstram potencial


elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande
criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu
interesse” (MEC/SEESP, 2008).

Bibliografia:

EDUCAÇÃO ESPECIAL 156


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BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e


bases da educação nacional. – 11. ed. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições
Câmara, 2015. – (Série legislação; n. 159)

MOURÃO, Helder Mourão. A PEDAGOGIA TRADICIONAL ONTEM E HOJE: Um


olhar sobre a pedagogia tradicional, no seu início e nos dias atuais. Brasil escola,
São paulo, v. 1, n. 5, p. 1-5, jun./2006.

COSTA, Margarete Terezinha De Andrade. Metodologia de ensino da educação


especial. IESDE BRASIL, Curitiba, PR, v. 1, n. 142, p. 9-116, 2017.

MIRANDA, Theresinha Guimarães; ROCHA, Náira Santos; SANTOS, Priscila


Andrade Dos. O PAPEL DA SALA DE RECURSOS PARA A INCLUSÃO DO ALUNO
COM DEFICIÊNCIA. Congresso brasileiro multidisciplinar de educação especial,
Londrina, v. 1, n. 10, p. 1-10, nov. 2009.

Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de


Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Inclusão: Revista da
Educação Especial, v. 4, n 1, janeiro/junho 2008. Brasília: MEC/SEESP, 2008.

UNESCO. Declaração de Salamanca. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área


das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>

EDUCAÇÃO ESPECIAL 157


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Aula 24_Tecnologia assistiva: adaptações físicas e órteses

Olá, alunos!

A tecnologia assistiva que se ocupa das adaptações físicas e órteses é uma área
que apresentou avanços importantes devido à criação de novos recursos para as
pessoas com deficiência.

Falar em adaptação física é falar da postura adequada que o aluno com deficiência
necessita ter para utilizar determinado equipamento que servirá como auxilio, ou
seja, essa ferramenta vai ajudá-lo a ser cada vez mais independente.

Segundo Galvão (2002):

Quando buscamos a postura correta para um aluno com


deficiência física, em sua cadeira adaptada ou de rodas,
utilizando almofadas, ou faixas para estabilização do
tronco, ou velcro, etc., antes do trabalho no computador, já
estamos utilizando recursos ou adaptações físicas muitas
vezes bem eficazes para auxiliar no processo de
aprendizagem dos alunos. Uma postura correta é vital para
um trabalho eficiente no computador. (GALVÃO, 2002, p.4)

Para que o aluno possa utilizar alguns recursos de aprendizagens é preciso,


primeiramente, que ele esteja numa postura correta, que permita o manuseio
adequado.

Galvão (2002) ressalta que:

Um recurso que utilizamos é a pulseira de pesos que ajuda


a reduzir a amplitude do movimento causado pela flutuação
no tônus, tornando mais rápida e eficiente a digitação. Os
pesos na pulseira podem ser acrescentados ou diminuídos,
em função do tamanho, idade e força do aluno.
Determinado aluno nosso, por exemplo, utiliza a
capacidade total de pesos na pulseira devido à intensidade
da flutuação de seu tônus e também porque sua
complexão física assim o permite. (GALVÃO, 2002).

EDUCAÇÃO ESPECIAL 158


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Foto da imagem 1 – Desenho representativo da adaptação física e postural, poltrona


postural na escola e no carrinho para transporte.

Observe as imagens dos alunos utilizando a pulseira de pesos a seguir:

Fonte da imagem 2- Pulseira de pesos: https://goo.gl/HF25Tv.

Fonte da imagem 3 - Aluno com pulseira e teclado fixado: https://goo.gl/HF25Tv.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 159


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Fonte da imagem 4 - Pulseira de pesos: https://goo.gl/HF25Tv.

As três imagens apresentam alunos utilizando o mesmo recurso, notem que para a
utilização do recurso é preciso ter uma adaptação física na estabilização do punho.
Com isso é possível que cada um, com suas particularidades, possam realizar os
movimentos de digitação no teclado.

[...] peças artificiais que substituem partes ausentes do


corpo. Órteses são colocadas junto a um segmento
corpo, garantindo-lhe um melhor posicionamento,
estabilização e/ou função. São normalmente
confeccionadas sob medida e servem no auxílio de
mobilidade, de funções manuais (escrita, digitação,
utilização de talheres, manejo de objetos para higiene
pessoal), correção postural, entre outros. (BERCH,
2017).

Órteses e próteses

São recursos de tecnologia assistiva que auxiliam a movimentação e locomoção das


pessoas com deficiência. Esse recurso permite a reabilitação da pessoa com
deficiência na sociedade.

Segundo Berch (2017), órteses e próteses são:

EDUCAÇÃO ESPECIAL 160


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Fonte da imagem 5 – prótese de membro inferior e órteses da mão: 


https://goo.gl/LDcxQa.

Fonte da imagem 6 - Próteses em impressora 3D são aposta de startup mineira


https://goo.gl/gb1QZu

EDUCAÇÃO ESPECIAL 161


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Dicas de Estudo!

        A seguir, alguns vídeos a respeito do tema dessa aula:

Órteses e Próteses Conceito e Definição

https://www.youtube.com/watch?v=nHhXbC8A1yk

Órteses e Próteses Tecnologia e Materiais

https://www.youtube.com/watch?v=r2GxK8vvxPo

Órteses e Próteses Qualidade de Vida

https://www.youtube.com/watch?v=MnFWTOMk878

Tecnologia assistiva, órtese tuboform, Atividade da vida diária

https://www.youtube.com/watch?v=AzXnKzKIAmY

Bibliografia:

BRESCH, Rita. Introdução à tecnologia assistiva: tecnologia assistiva. 1 ed. Porto


Alegre: ASSISTIVA • TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO, 2017.

GALVÃO FILHO, Teófilo A. e DAMASCENO, Luciana L. As novas tecnologias e a


Tecnologia Assistiva: utilizando os recursos de acessibilidade na educação especial.
Fortaleza, Anais do III Congresso Ibero-americano de Informática na Educação
Especial, MEC, 2002.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 162


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Aula 25_Tecnologia assistiva: DOSVOX

Com o uso desse recurso o deficiente visual torna-se mais produtivo e ajustado à
sociedade.

Um dos principais benefícios do DOSVOX é a simplicidade, o custo e a sua


adequação com a realidade educacional.

Os deficientes visuais talvez tenham sido os mais beneficiados pela tecnologia, em


especial de computação. Hoje, com a ajuda de computadores, scanners,
impressoras e outros equipamentos, um cego é capaz de escrever e ser lido e ler o
que os outros escreveram. A vertente brasileira desta tecnologia é o projeto
DOSVOX. (BORGES, 1997).

EDUCAÇÃO ESPECIAL 163


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O objetivo do sistema DOSVOX é possibilitar a uma pessoa com deficiência visual


escrever e ler o que os outros escrevem. A partir de ferramentas interativas como o
sistema de voz e outros instrumentos tecnológicos adaptados a tecnologia de
informação e comunicação que, antes eram impossibilitadas pelo o sistema de
Braille, porque “Isso isolava as pessoas cegas num gueto cultural: um cego só
escrevia para outro cego ler.” (BORGES, 2002)

De acordo com Campbell (2001, p.107), “desde a invenção do Código Braille em


1829, nada teve tanto impacto nos programas de educação, reabilitação e emprego
quanto o recente desenvolvimento da Informática para os cegos”.

O sistema DOSVOX foi criado em 1993, na (UFRJ) Universidade Federal do Rio de


Janeiro em um Núcleo de Computação Eletrônica pelo estudantes e engenheiro
Diogo Fujio Takano, os analistas de sistema Orlando José Rodrigues Alves, Luiz
Cândido Pereira Castro e alguns programadores deficientes visuais. Inicialmente a
ideia era a de ajudar a um único aluno com deficiência visual da UFRJ,

EDUCAÇÃO ESPECIAL 164


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A primeira versão do DOSVOX era composta pelos seguintes programas: · O


gerenciador do sistema;

 Um programa que ajudava a aprender as posições das teclas;


 O editor de textos edivox;
 Um gerenciador de arquivos e discos;
 Um programa impressor de textos;
 Uma opção para digitar diretamente comandos para o MS-DOS. O sistema
completo cabia em 3 (três) disquetes de 5 ¼ polegadas. Esse sistema foi
sofrendo alterações e tornando-se cada vez mais abrangente quanto à
realização de tarefas que até hoje continuam se aperfeiçoando. (FONSECA,
2012, p.36).

O sistema DOSVOX é apresentado como um recurso capaz de romper barreiras.


Sua comunicação é estabelecida a partir de um sistema de voz em português,
porém grande parte de sua comunicação e feita baseado em voz humana já
gravada. Assim, ele apresenta baixo índice de estresse para o usuário, mesmo com
uso contínuo.

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O DOSVOX é um sistema que atualmente possui 70 programas, classificados como


programas principais, utilitários, multimídia, impressão brailler, jogos didáticos, jogos
diversos, redes e obsoletos.

Observe na imagem abaixo: aos nossos olhos o desenho parece uma figura sem
sentido. Mas para a pessoa com deficiência visual os sentidos da audição e do tato,
possuem uma sensibilidade capaz de transformar voz em animação .

EDUCAÇÃO ESPECIAL 166


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O DOSVOX se destaca em relação às outras tecnologias existentes por ser


compatível com os maiores sintetizadores de voz que estão disponíveis no mercado.
Utiliza tecnologia padronizada SAPI do Windows e de adapta a outros programas
utilizados para deficientes visuais como, por exemplo: Windows Bridge, Virtual
Vision, Windows – Eyes, Jaws, entre outros.

O DOSVOX consolidou-se como uma tecnologia assistiva de fundamental


importância para cegos brasileiros. Atualmente, a relação social dos usuários do
DOSVOX está completamente modificada, e a frase “um cego agora pode escrever
e ser lido e ler o que outros escrevam” justifica essa importância, pois a linguagem é

EDUCAÇÃO ESPECIAL 167


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a principal forma de seres humanos conectarem-se. (CONDORCET apud


FONSECA, 2012, p. 28)

Segundo Fonseca (2012, p. 28), antes do uso do computador, os cegos


(excetuando-se o uso do método de leitura Braille) dependiam totalmente de outras
pessoas para lerem qualquer informação textual. O sistema DOSVOX supriu as
pessoas cegas com ferramentas que permitem solucionar problemas importantes,
principalmente no que se refere à educação, oferecendo alternativas que dão
acesso à leitura convencional. Entretanto, disciplinas como matemática, física,
química e música não são suportados diretamente pelo DOSVOX. Na visão do
autor, essas disciplinas envolvem fatores cognitivos e pedagógicos extremamente
complexos que necessitam de outras estratégias e recursos.

Até a próxima aula.

Bibliografia:

FONSECA, Waldecy De Nazaré Tavares Da. O USO DO SOFTWARE DOSVOX NA


EDUCAÇÃO DOS DEFICIENTES VISUAIS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO
AMAPÁ, MACAPÁ-AP, v. 1, n. 49, p. 10-48, 2012.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 168


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Aula 26_Tecnologia assistiva: Estudo de caso: adaptação física.

Olá, alunos!

Vamos aprofundar nossos conhecimentos adquiridos até então, para que possamos
identificar nesse estudo de caso, as dificuldades enfrentadas pelo aluno com
adaptação física, e as soluções proporcionadas com o auxílio da tecnologia assistiva
e os educadores.

Para que alguns alunos com deficiência física se beneficiem do ensino regular, é
necessário que o meio se adéque para atender às suas necessidades individuais
objetivando potencializar a aprendizagem, o que implica muitas vezes modificações
da estrutura física escolar e provisão de recursos pedagógicos adaptados que
favoreçam a realização de atividades escolares. (PAULA, 2011, p.55).

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Essa pesquisa evidenciou o dia a dia do aluno com deficiência física e as


dificuldades enfrentadas na escola.

Vamos refletir!

Então se você fosse a professora deste aluno como iria lidar com tudo isso?

Identifique qual foi a maior dificuldade da professora em lidar com o aluno com
deficiência física?

Caros alunos, a nossa aula chegou ao fim.

Até a próxima aula.

Bibliografia.

PAULA, A. F. M. DE; BALEOTT, L, R., Inclusão escolar do aluno com deficiência


física: contribuições da terapia ocupacional. São Paulo: Cadernos de tempos
educacionais, 2011. 55 p.

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Aula 27_Tecnologia assistiva: objetos de aprendizagem.

Caros alunos!

Os objetos de aprendizagem são quaisquer recursos pedagógicos lúdicos ou


dinâmicos, que podem ser utilizados e reutilizados contribuindo para o
enriquecimento dos ambientes de aprendizagem, ou seja, “qualquer recurso digital
que possa ser reutilizado para o suporte ao ensino” (WILEY, 2000, p. 3).

Os OA podem ser criados em qualquer mídia ou formato, podendo ser simples como
uma animação ou uma apresentação de slides ou complexos como uma simulação.
Os Objetos de Aprendizagem utilizam-se de imagens, animações e applets,
documentos VRML (realidade virtual), arquivos de texto ou hipertexto, dentre outros.
Não há um limite de tamanho para um Objeto de Aprendizagem, porém existe o
consenso de que ele deve ter um propósito educacional definido, um elemento que
estimule a reflexão do estudante e que sua aplicação não se restrinja a um único
contexto (PRATA, 2007, p. 19 apud BETTIO; MARTINS, 2004).

Na tecnologia assistiva aprendizagem de uma pessoa com deficiência ocorre a partir


de objetos de recursos tecnológicos e adaptativos. O convívio com a tecnologia
assistiva na escola trouxe mudanças para a educação.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 175


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Segundo Meserlian (2013, p.809 apud Moraes 1997) “a escola mudou seu foco com
as novas tecnologias, a missão da escola é atender o aluno de forma que o mesmo
tenha um aprendizado significativo”.

Para Bardy (2010):

Ao fazer uso dessa tecnologia, a escola busca tornar o processo de aprendizagem o


mais dinâmico possível, garantindo uma postura mais ativa por parte dos alunos, já
que foi apontado anteriormente que a sociedade como um todo passou por
modificações de modo que as pessoas têm necessidades cada vez mais, e o âmbito
escolar por consequência também sofreu essas grandes alterações. (BARDY, 2010,
p.76).

O uso do objeto de aprendizagem se dá por meio de uma prática pedagógica no


âmbito escolar entre professor e aluno, visando melhorar o processo educacional e
aprimorar o trabalho do professor.

Entretanto, nota-se que a formação inicial do professor não permite que ele venha a
fazer uso desse instrumento adequadamente, porque:

[...] na maioria das vezes, a formação do professor não prepara o professor para que
ele faça com que o processo de ensino e aprendizagem seja mais dinâmico, mais

EDUCAÇÃO ESPECIAL 176


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ativo, que ofereça a seus educandos esta formação plena e nem mesmo que adote
as tecnologias em seu plano de ensino. Por isso, quando ele se depara como
responsável por uma sala enfrenta inúmero desafios. Desafios esse não somente de
ordem de domínio de conteúdo, mas também de como trabalhar estes mesmos
conteúdos, entre aspecto de manter a atenção e interesse dos alunos pela
educação. (BARDY, 2010, p.51)

Segundo Brzerzinsk (2008), é a partir dessa formação que o professor como


profissional da educação:

[...] vai habilitar o ingresso na profissão e deverá garantir um processo específico


com o corpo de conhecimento que permite ao profissional a condução do trabalho
pedagógico e que, portanto, esse profissional seja preparado para o domínio desse
trabalho e para estabelecer relações que satisfaçam às necessidades para a qual
ele foi formado. (BRZERZINSK, 2008, p.4)

Sendo essa uma das razões pela qual o professor deve se atualiza, e com isso
entende-se a formação do professor como um dos principais aspectos responsáveis
pela exclusão do aluno com deficiência na escola e na sociedade, com isso: “a
formação continuada é aquela específica para os professores que já passaram pela
formação inicial, e que visam o auxílio, a contribuição, fazendo-os incorporar, por
exemplo, alguns aspectos do mundo moderno à sua atuação profissional.” (BARDY,
2010, p.52 apud MARIN, 1995, p.9)

Um objeto de aprendizagem é organizado por meio de atividades contextualizadas


que estimulam o raciocínio com resolução de problemas e com a finalidade de tornar
a aprendizagem interessante e significativa para os alunos, tendo o potencial de
reutilização em contexto diferente e de forma interativa.

Os objetos de aprendizagem incluem diversas atividades pedagógicas como:


animações, simulações, vídeos, áudios e textos. Em uma classificação para a área
de conhecimento e normalmente focada em conceito de uma área específica,
matemática, história, geografia, português, inglês, espanhol, química, física, artes,
educação física, sociologia, e filosofia, porém, sua essência, possui conceitos
transversais que lhes permitem ser utilizados em outras disciplinas.

Assim, um único objeto de aprendizagem pode ser utilizado interdisciplinarmente por


professores de diferentes áreas curriculares.

Algumas características são importantes nos objetos de aprendizagem com os quais


os professores trabalham na adaptação que se estabelece entre o objeto de
conhecimento e o aprendente, por meio da: necessidade, habilidade, formação,
interesse e estilo cognitivo de cada um. Permite integrar conteúdo, ritmo e

EDUCAÇÃO ESPECIAL 177


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dificuldade de aprendizagem, pois são acessíveis por meio da rede internet em


qualquer lugar e em qualquer tempo.

Por meio do objeto de aprendizagem os professores podem ensinar com recursos


digitais e os alunos podem aprender brincando ou brincam aprendendo. Partem de
exemplos práticos, contextualizam para despertar a curiosidade dos estudantes.

Portanto, os objetos de aprendizagem têm se tornado uma importante ferramenta


para aprimorar o ensino interativo de conteúdos didáticos das mais diversas
disciplinas.

Até a próxima aula.

Bibliografia:

BARDY, Lívia Raposo. Objeto de aprendizagem em contexto inclusivo: subsídios


para a formação do professor. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, v. 1,
n. 227, p. 2-205, 2010.

MESERLIAN, K. T. et al. OBJETOS DE APRENDIZAGEM: MEDIADOR ENTRE A


APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA PARASURDOS E SEU PROCESSO DE
INCLUSÃO. IIIv congresso brasileiro multidisciplinar de educação especial, Londrina,
v. 1, n. 17, p. 799-812, nov. 2013.

PRATA, Organização: Carmem Lúcia; NASCIMENTO., Anna Christina Aun De


Azevedo. Objetos de aprendizagem: uma proposta de recurso pedagógico. Brasil.
Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância, Brasília: MEC, SEED,
2007., v. 1, n. 154, p. 5-147, 2007.

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Aula 28_Tecnologia assistiva: utilização de recursos tecnológicos na prática


docente.

Olá alun@s!

Com o acesso a internet as informações estão disponíveis para qualquer pessoa em


qualquer lugar, novas formas de aprender e ensinar levam o professor a refletir
sobre a integração dos novos recursos tecnológicos no ensino.

Vivemos num mundo onde a tecnologia caminha mais rápido que a própria
sociedade. A cada dia, a tecnologia cria informações novas, recursos diferenciados
e soluções que beneficiam a todas as pessoas do mundo.

Para a educação alguns recursos tecnológicos são disponibilizados para os


professores com o objetivo de garantir uma boa qualidade de ensino, mas vale
ressaltar que, somente as tecnologias não são o suficiente para que se cumpra o
objetivo de ampliar a conexão com os alunos e potencializar o seu aprendizado, é
preciso capacitar os professores para que eles aprendam como utilizá-la.

A tecnologia assistiva traz um grande desafio para a educação. Quando falamos da


pratica docente, muitos professores desconhecem a utilização desses recursos
tecnológicos, outros sabem que existem os recursos, porém, não sabem como
utiliza-los.

Os professores precisam acompanhar a tecnologia para utilizá-las como aliadas na


sala de aula.

Segundo Belloni (2001, p. 23), em relação a formação inicial de professores, as


mudanças deverão ocorrer no sentido de aumentar a oferta de oportunidades de
acesso a estas tecnologias e, ao mesmo tempo diversificar esta oferta de modo a
adapta-la as novas demandas.

Utilizar recursos tecnológicos na pratica docente é muito importante, mas vale


ressaltar que antes de utilizar qualquer recursos tecnológico o professor precisa ter o
conhecimento de como usar determinada tecnologia. A tecnologia é dividida em três
partes sendo elas:

 A tecnologia assistiva;
 A tecnologia de informação;
 A tecnologia de comunicação;

EDUCAÇÃO ESPECIAL 179


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Segundo Bresch (2013) a tecnologia assistiva é um termo ainda novo, utilizado para
identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar
ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente
promover Vida Independente e Inclusão. Segundo Silva (2018):

A Tecnologia da Informação ou TI, é o conjunto de atividades e soluções envolvendo


hardware, software, banco de dados, e redes que atuam para facilitar o acesso,
análise e gerenciamento de informações. Simplificando, a TI foi criada para auxiliar o
ser humano a lidar com informações. (SILVA,2018).

Segundo Pereira (2010) tecnologia da comunicação está interligada à tecnologia de


informação que significa:

Tecnologia da informação e comunicação ou TIC, é a área que utiliza ferramentas


tecnológicas com o objetivo de facilitar a comunicação e o alcance de um alvo
comum. Além de beneficiar a produção industrial de um determinado bem, as TICs
também servem para potenciar os processos de comunicação. (PEREIRA, 2010,
p.15).

A tecnologia veio como facilitador e potencializador do ensino, abrindo as portas


para uma nova possibilidade de aprendizagem e nova possibilidade de ensino, ou
seja, a tecnologia auxilia o professor a elaborar diferentes estratégias de
aprendizagem de acordo com a necessidade do aluno a partir do uso de recursos
tecnológicos, e o professor que utiliza a tecnologia é considerado um mediador do
conhecimento.

Schlunzen (2000) ressalta que:

O uso do computador não pode prescindir da presença de um professor, que exerce


um papel fundamental como mediador ou facilitador da aprendizagem. A
participação do professor neste processo é de extrema importância, pois ele será o
orientador, o desequilibrado, o dinamizador do processo de ensino-aprendizagem.
(SCHLUZEN, 2000, p.81).

Observe a imagem dos recursos tecnológicos utilizados na escola:

EDUCAÇÃO ESPECIAL 180


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Fonte imagem 1 – utilização do telão branco, retroprojetor e um sistema de


educacional para aplicar as aulas: https://goo.gl/ktFsvq.

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Fonte imagem 2 – utilização da lousa digital: https://goo.gl/C9ttxc.

Fonte da imagem 3 – utilização de tablet: https://goo.gl/qie4iv.

Fonte da imagem 4 – utilização do notebook: https://goo.gl/fmiYRH.

Para utilizar, não basta apenas ter o recurso, o educador precisa saber como usar,
para que faixa etária e perfil, com que objetivo, e verificar se algum aluno necessita

EDUCAÇÃO ESPECIAL 182


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de adaptação, recursos ou sistemas diferenciados para atender às necessidades


individuais.

Observe a imagem dos recursos de tecnologia assistiva utilizados na escola:

Fonte da imagem 5 – recursos de tecnologia assistiva, materiais adaptados:


https://goo.gl/2S68Mr.

Vamos refletir!

Conseguiu observar o quanto a educação mudou? Será que a educação e os


professores estão caminhando junto com a tecnologia?

Até a próxima aula.

Bibliografia:

SILVA, Adam. O QUE É TI (TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO)?. Tecnologia da


informação, São Paulo, v. 1, n. 3, 1./jun. 2018. Disponível em:
http://www.adamsilva.com.br/tecnologia/o-que-e-ti/>. Acesso em: 28 jun. 2018.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 183


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BELLONI, Maria Luiza. Educação à distância. 2ª edição. Campinas, SP: Autores


Associados, 2001.

BERSCH, Rita. Introdução à Tecnologia Assistiva. 2013. Disponível em: . Acesso em


28 de junho de 2018.

SCHLUNZEN, E.T.M.; SCHLUNZEN JUNIOR, K; TERÇARIOL, A.A.L. Fundamentos


pedagógicos para aformação em serviço nos cursos de graduação do programa pro-
licenciatura. In: Minitério da Educação – Secretaria de Educação a Distância (Org)
Desafios da Educação a Distancia na Formação de Professores. Brasilia: SEED-
MEC, 2006.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 184


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Aula 29_Tecnologia assistiva – Análise no ambiente de atuação.

Olá, alunos!

Além da escola, a atuação da tecnologia assistiva também atende a outros


ambientes como em hospitais, empresas, meio de transporte, residência, lazer e
outros.

Nesta aula iremos abordar um pouco a sobre a atuação da TA nesses locais.

Muitos sabem que o período escolar é uma das fases mais importantes para o
desenvolvimento e ingresso da criança na sociedade. Para a escolarização da
pessoa com deficiência é necessário que se estabeleçam algumas metas, entre
elas: a busca de autonomia e independência por parte do aluno, a aquisição de
comportamentos sociais e de interação junto ao grupo, a integração entre a escola e
a família de modo a beneficiar o aluno e sua aprendizagem, entre outras.

Com o acompanhamento dos pais e dos professores, durante seu processo de


aprendizagem, as chances da criança com deficiência aumentam em relação à
aquisição de conhecimentos.

Leia a pesquisa realizada por Ana Cristina J. Alves e Thelma S. Matsukura no


artigo “A tecnologia assistiva no contexto da escola regular: relatos dos
cuidadores de alunos com deficiência física”.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 185


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EDUCAÇÃO ESPECIAL 186


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Percebe-se na sua pesquisa o aspecto de atuação da tecnologia assistiva no


ambiente escolar, que ocorre sob um ângulo de adaptação, aceitação, formação e
conhecimento dos envolvidos no projeto, ou seja, o aluno com deficiência, a família
e o professor.

Agora, vamos ver o procedimento que se dá entre o período de adaptação do aluno


para o seu desenvolvimento, a aceitação e motivação dos pais com relação ao seu
desenvolvimento, por parte da família, junto a atuação do professor.

Leia a pesquisa realizada por JACOB, Luana Ramalho Jacob, Fernanda Do


Nascimento Maia, Rosa Maria De Araújo Mitre, no artigo “Tecnologia assistiva
no ambiente hospitalar: estudo de caso do processo de implementação”.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 187


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EDUCAÇÃO ESPECIAL 189


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Vamos refletir!

Lendo o texto de Jacob (2018) sobre a atuação da tecnologia assistiva no ambiente


hospitalar, pense na atuação do terapeuta ocupacional junto à tecnologia assistiva
no âmbito hospitalar.

Qual a sua importância?

Até a próxima aula.

Bibliografia:

MATSUKURA, Ana Cristina J. Alves* Thelma S. A tecnologia assistiva no contexto


da escola regular: relatos dos cuidadores de alunos com deficiência física. Distúrb
Comum, São Paulo, v. 1, n. 9, p. 25-33, abr. 2011.JACOB, Luana Ramalho; MAIA,
Fernanda Do Nascimento; MITRE, Rosa Maria De Araujo. TECNOLOGIA
ASSISTIVA NO AMBIENTE HOSPITALAR: UMA ANÁLISE DA PRÁTICA*.
Revisbrato, Rio de janeiro, v. 2, n. 13, p. 468-480, 2018.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 190


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Aula 30_Tecnologia assistiva: construção de um projeto.

Olá,alunos e alunas!

Vamos aprender como construir um projeto de tecnologia assistiva?

Antes de tudo é importante saber o significado de “projeto”.

Segundo Michaelis (2000) projeto significa:

1 Propósito de executar algo; 2 Plano detalhado de um empreendimento a ser


realizado; 3 Conjunto de ideias iniciais de um texto, geralmente provisórias; 4
Esboço de trabalho que se pretende realizar. (MICHAELIS, 2000).

Quando pensamos em elaborar um projeto é porque já existe algo que queremos


executar e torná-lo realidade. Muitos projetos hoje são desenvolvidos com o objetivo
de ajudar as pessoas, esse é o caso da tecnologia assistiva.

A tecnologia assistiva a partir do desenvolvimento de projetos consegue melhorar a


qualidade de vida e dar independência para as pessoas com deficiência. Por
exemplo, uma pessoa que perdeu as duas mãos, antigamente já era considerada
uma pessoa incapaz para a sociedade. Com o passar do tempo, essa ideia foi
modificada. Vivendo neste mundo tecnológico, diferentes formas de tratamento,
entre eles, a adaptação de próteses, trouxe a oportunidade de que essa pessoa
pudesse adaptar-se e ser incluída e reintegrada à sociedade.

A tecnologia assistiva permite que se devolva às pessoas que se tornaram


deficientes e àquelas que nasceram com uma deficiência, o direito de terem uma
vida independente e produtiva, garantindo assim os direitos estabelecidos a todos os
cidadãos.

Observe as imagens de recursos produzidos pela tecnologia assistiva:

EDUCAÇÃO ESPECIAL 191


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Fonte da imagem 1 – Próteses https://goo.gl/rctWCp.

Fonte da imagem 2 - https://goo.gl/u4kexo.

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Fonte da imagem 3 - Recursos de tecnologia assistiva, alguns pode ser


confeccionado pelo educadores: https://goo.gl/98qWmJ.

Cada um desses recursos foi desenvolvido de acordo com a necessidade de cada


pessoa com deficiência. As imagens acima mostram uma variedade de materiais
criados a partir de um projeto inicial.

Observe o passo a passo de como montar um projeto de acordo com Marques


(2013).

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EDUCAÇÃO ESPECIAL 197


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Bibliografia

MARQUES, Soraya Mendonça. Roteiro para elaboração de projetos. Pedagogia ao


pé da letra, São Paulo, Educa, 2013.

MICHAELIS: moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Companhia


Melhoramentos, 2000.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 198


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Aula 31_Tecnologia assistiva: estudo de caso autismo.

Olá, alunos!

A presente pesquisa foi realizada em uma escola privada, localizada na cidade de


Garanhuns-PE, na qual as crianças com necessidades especiais são incluídas em
classes regulares.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 199


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EDUCAÇÃO ESPECIAL 201


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Vamos refletir!

Após o estudo deste caso, qual foi o material utilizado para desenvolver a
comunicação e escrita dos alunos com TEA? Qual foi o tipo de tecnologia assistiva
utilizada neste caso?

EDUCAÇÃO ESPECIAL 202


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Até a próxima aula.

Bibliografia:

TENÓRIO, Mylena Carla Almeida; ABREU, Norma; VASCONCELOS, Lima Maciel.


Autismo: A tecnologia como ferramenta assistiva ao processo de ensino e
aprendizagem de uma criança dentro do espectro autismo. São Paulo, 2014.

EDUCAÇÃO ESPECIAL 203


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Aula 32_Glossário de terminologias da tecnologia assistiva e inclusão.

A tecnologia assistiva é composta por várias siglas que significam :

TA: Tecnologia Assistiva – TA é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo
o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar
habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover
vida independente e inclusão.

CA: Comunicação alternativa – Comunicação alternativa é uma área da pesquisa e


prática clínica e educacional que se propõe a compensar (temporária ou
permanentemente) uma incapacidade ou deficiência do indivíduo com desordem
severa de comunicação expressiva.

CAA: Comunicação Aumentativa e Alternativa - Destinada a atender pessoas sem


fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e
sua habilidade em falar e/ou escrever. Recursos como as pranchas de comunicação,
construídas com simbologia gráfica (BLISS, PCS e outros), letras ou palavras
escritas, são utilizados pelo usuário da CAA para expressar suas questões, desejos,
sentimentos, entendimentos. A alta tecnologia dos vocalizadores (pranchas com
produção de voz) ou o computador com softwares específicos, garantem grande
eficiência à função comunicativa.

CAT: Comitê de Ajudas Técnica - tem como objetivos principais: apresentar


propostas de políticas governamentais e parcerias entre a sociedade civil e órgãos
públicos referentes à área de tecnologia assistiva; estruturar as diretrizes da área de
conhecimento; realizar levantamento dos recursos humanos que atualmente
trabalham com o tema; detectar os centros regionais de referência, objetivando a
formação de rede nacional integrada; estimular nas esferas federal, estadual,
municipal, a criação de centros de referência; propor a criação de cursos na área de
tecnologia assistiva, bem como o desenvolvimento de outras ações com o objetivo
de formar recursos humanos qualificados e propor a elaboração de estudos e
pesquisas, relacionados com o tema da tecnologia assistiva.

ACESSIBILIDADE: Costuma ser associada apenas a questões físicas e arquitetônicas, mas


expressa um conjunto de dimensões diversas, complementares e indispensáveis para que haja
efetiva inclusão. Existem seis tipos de acessibilidade: atitudinal, arquitetônica,
comunicacional, instrumental, metodológica e programática.

ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA: sem barreiras ambientais físicas, nas residências,


nos edifícios, nos espaços urbanos, nos equipamentos urbanos, nos meios de transporte
individual ou coletivo.

ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL: sem barreiras na comunicação interpessoal


(face a face, língua de sinais), escrita (jornal, revista, livro, carta, apostila, etc., incluindo
textos em braile, uso do computador portátil), e virtual (acessibilidade digital).

EDUCAÇÃO ESPECIAL 204


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AJUDAS TÉCNICAS: também chamadas tecnologias assistivas. São equipamentos,


produtos ou sistemas capazes de contribuir para o pleno desenvolvimento das
pessoas com deficiência. Proporcionam equiparação de oportunidades, autonomia e
qualidade de vida por meio de acesso a processos e bens já utilizados pela
comunidade. Ex.: cadeira de rodas, próteses, etc.

BRAILE OU BRAILLE: Sistema de leitura por meio do tato que reproduz o alfabeto
em caracteres impressos em relevo no papel. Utilizado por pessoas cegas,
principalmente por aquelas que nasceram cegas ou ficaram cegas na infância, o
braile foi inventado pelo francês Louis Braille em 1829.

CADEIRA DE RODA MOTORIZADA: É equipada com um motor. Não usar "cadeira


de rodas elétrica", só se for executar eletrificado o cadeirante.

CEGO(A): Pessoa cuja acuidade visual é igual ou menor que 0.05 no seu melhor
olho, mesmo com a melhor correção óptica

DEFICIÊNCIA: A deficiência é uma situação resultante da interação entre um ser


humano que tem uma determinada limitação e o ambiente em que vive ou está
naquele instante. Deficiência é a terminologia genérica para englobar toda e
qualquer deficiência, definida por seis categorias: sensorial (relacionada aos
sentidos - audição e visão); física (relacionada aos movimentos, não importa a
origem e a gravidade da lesão); intelectual (relacionada ao funcionamento das
atividades cerebrais que se expressam na chamada inteligência), múltipla (mais de
um tipo de deficiência na mesma pessoa) e psicossocial (transtorno psiquiátrico).

DEFICIÊNCIA AUDITIVA: Em um contexto formal, a expressão "pessoas com


deficiência auditiva" fará referência ao grupo de pessoas que não ouvem, parcial ou
totalmente, sem especificar os graus da perda auditiva. Em situações informais e
coloquiais, principalmente no caso do português falado, é possível utilizar
expressões como "pessoas surdas", "com surdez", "com perda parcial de audição
(baixa audição)", "comunidade surda", entre outras. Geralmente, pessoas com perda
parcial da audição referem-se a si mesmas com tendo uma deficiência auditiva. Já
as que têm perda total da audição preferem ser chamadas de surdas.

DEFICIÊNCIA FISÍCA: Não é uma expressão genérica para deficiência e, portanto,


tem sido utilizada indevidamente pela mídia como aquela que engloba todos os tipos
de deficiência. Refere-se apenas a limitações relacionadas aos aspectos físico e
motor, como ausência de membros, paralisias, entre outras causas.

DEFICIENCIA INTELECTUAL: Antigamente chamada de deficiência mental, a


deficiência intelectual não é uma doença, é um sintoma. Por exemplo, no caso da
síndrome de Down, o funcionamento do cérebro, especialmente no aspecto
cognitivo, é modificado pela presença de um material genético extra. Hoje é
inadequado classificar a deficiência intelectual em leve, moderada, severa e
profunda, níveis criados pela OMS em 1968 e alterados em 1992. Isso porque a
deficiência intelectual de uma pessoa não pode ser qualificada isoladamente, mas,

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sim, em função dos apoios que recebe para seu total funcionamento social,
profissional ou estudantil.

DEFICIÊNCIA MULTIPLAS: É o caso de pessoas que têm uma ou mais


deficiências: física + intelectual + auditiva + visual. Deficiência Psicossocial: Também
chamada deficiência psiquiátrica ou deficiência por saúde mental. Na deficiência
psicossocial, há sofrimento psíquico associado a quadros de depressão, síndrome
do pânico, esquizofrenia, transtornos de personalidade, autismo, etc.

DEFICIÊNCIA SENSORIAL: Deficiência visual e auditiva. O aconselhável é retratá-


las dessa forma: "pessoas cegas" (deficiência visual total) ou "surdas" (deficiência
auditiva total); "pessoas com deficiência visual" (ou "com baixa visão") ou "auditiva"
(há resíduo auditivo) ou "pessoas que têm deficiência visual" ou "auditiva". Os
substantivos "cegueira" e "surdez" podem ser usados.

DEFICIÊNCIA VISUAL: Cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que


0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; baixa visão, que significa
acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os
casos nos quais a soma da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou
menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.

DEFICIENTE: A palavra deficiente não deve ser usada como substantivo ("os(as)
deficientes jogam bola"), mas pode ser usada como adjetivo. Essa preocupação é
compreendida mais claramente se substituirmos "deficiente" por outros substantivos,
como gordo, magro, louro, careca etc. A palavra "deficiente" não deve ser usada
para designar o que não é deficiência, como um altíssimo grau de miopia. Não é
correto dizer que "todos nós somos temos deficiência".

DESENHO UNIVERSAL: concepção de espaços, artefatos e produtos que visam


atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características
antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável,
constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade.

ÓRTESES: Órteses são colocadas junto a um segmento corpo, garantindo-lhe um


melhor posicionamento, estabilização e/ou função. São normalmente
confeccionadas sob medida e servem no auxílio de mobilidade, de funções manuais
(escrita, digitação, utilização de talheres, manejo de objetos para higiene pessoal),
correção postural, entre outros.

PESSOA COM DEFICIÊNCIA: O mais adequado é utilizar sempre um substantivo


seguido da preposição com mais o adjetivo referente àquela situação específica.
Exemplos: aluno com síndrome de Down; professora com surdez; cidadã com
deficiência. Outras opções são as expressões "que tem" ou "que nasceu com".
Exemplos: pessoas com deficiência; ator que nasceu com síndrome de Down;
menina que tem uma deficiência auditiva.

PORTADOR DE DEFICIÊNCIA: A palavra portador não deve ser usada porque: 1)


Pessoas não carregam suas deficiências nas costas, necessariamente, como um

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fardo e, de vez em quando, descansam delas para obter a garantia de algum direito
ou de um simples desejo, como conseguir um trabalho mais bem remunerado, por
exemplo; 2) Não se utilizam expressões como 'portador de olhos azuis', porque se
alguém nasce com olhos azuis é impossível dissociarmos a cor de seus olhos de
sua constituição de pessoa.

PRÓTESES: Próteses são peças artificiais que substituem partes ausentes do


corpo.

Bibliografia:

Cartilha Acessibilidade na web. W3C Brasil. Fascículo 1. 2013.  Acesso em: 28 de


junho de 2018.

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