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SUS

Universalidade do SUS
 Universalidade: Todos terem direito, todos terem acesso a saúde. Pensar como
que faz a universalidade, como garantir essa universalidade, porque além dos
desafios políticos, tem o desafio do próprio contexto que temos no país de
diferentes perfis epidemiológicos, demográficos, sociais e estruturais e fazer a
universalidade em cada local realmente será diferente e aí abarca outras diretrizes
do sus que ajuda a pensar como de fato chegar nesse princípio que é colocado
como imagem objetiva do que vamos tentando conseguir;
 Reforma Sanitária foi o movimento que culminou na criação do SUS, porém o
movimento começou com a Nova República em 1985. O que inspirou foi as
Olimpíadas de Londres com a comemoração da saúde universal. A definição de
saúde da Reforma Sanitária partia de uma ideia ampla, a que é utilizada pela OMS
hoje, por isso que a RF incluía as outras políticas públicas que precisam dar base
a esse direito de saúde;
 Só a área da Saúde não dá conta e só assistência também não dá conta. Quando se
fala em Universalidade estávamos nos referindo as ações de assistência, mas
também de prevenção, promoção e recuperação. No cenário de desmonte do SUS
você que te o desmonte da universalidade e da garantia de direito a saúde. Como
por exemplo, redução do financiamento ao longo do tempo, tentativa de planos
privados populares, regulamentar dupla porta de entrada nos hospitais públicos,
isso desmonta o SUS, desmontar a universalidade;
 O Programa de Imunização é um exemplo que deixa bem claro o que
universalidade.
Integralidade do SUS
 Integralidade: justamente qual é a diretriz ética educativa que você tem que
articular as ações em diferentes níveis de atenção e ao articular essas ações
precisa-se ter uma visão inclusiva, uma prática inclusiva porque são vários os
aspectos que tem que ser considerado e essa é de fato a margem e o limite de
agregar valor para a cidadania e a saúde.
 Pensar integralmente o usuário e o sistema;
 Com a criação do SUS a ideia de saúde ela se torna mais complexa. Coloca
também a questão da qualidade de vida em jogo. Para conseguir curar (ausência
de doença) e promover a saúde como qualidade de vida, você precisa estar no
território, você precisa conhecer as pessoas, conversar com elas e saber delas o
que elas entendem por qualidade de vida, é uma relação que o SUS tem com a
comunidade e não é uma relação verticalizada, no sentido de que os profissionais
de saúde irão impor uma ideia de qualidade de vida para aquela população, é uma
relação transversal, na qual a uma dialogo entre a comunidade, entre aquela
cultura e esses profissionais de saúde;
 A síntese na saúde do seria o integral é justamente o cuidado. Tanto que
articulamos um termo cidadania do cuidado que é justamente você poder
presentificar, corporificar a ideia do cuidado não só como você o trabalhador, mas
pedagogicamente ensinar o trabalhador como você cuida de mim. Hoje a saúde já
trabalhando que o direito a saúde é o direito a comunicação, e esse direito tem a
ver não só com o modo como a gente se expressa no mundo, mas sobretudo o
modo como a gente ler esse mundo, como que ela pensa esse mundo, isso é pensar
a integralidade e praticar a integralidade;
 Para pensar a subjetividade, o que é a subjetividade, precisamos conversar com a
pessoa, conhecê-la, precisamos ser comunitário. Temos que produzir com isso
cuidado, acolhimento, mais o que significa vínculo, ou seja, você produz também
uma certa relação que é de amizade. Essa relação permite que você consigo
perceber que esse usuário, esse amigo luta para ser feliz, quais são as redes que
produzem sua singularidade. O projeto terapêutico no SUS ele é singular, é
singular justamente porque ele pensa o indivíduo em sua multiplicidade, cada
indivíduo produz a sua rede com pontos afetivos, são múltiplos e você vai
percebendo quem ele é, isso é integralidade.

Equidade do SUS
 A palavra equidade não aparece na Constituição e nem na Lei Orgânica. Aparece
que seria dever do Estado garantir o direito universal e igualitário ao acesso
serviço de saúde. Então tem uma dimensão da equidade que diz respeito essa
questão que pessoas com mesma necessidade precisam ter o mesmo acesso aos
serviços de saúde, esse é o ponto que está definido na constituição.
 Quando pesamos em equidade nos aproximamos do conceito de justiça na prática.
Isonomia é pegar uma norma abstrata definida em lei e você aplicá-la para as
mesmas situações concretas, enquanto que a equidade você está pensando a
diferença, está pensando contextos concretos e como que você deve considerar as
peculiaridades daqueles contextos para fazer justiça naquela situação concreta.
 Pensando a equidade dentro do contexto da comunicação nos faz também
reconhecer a diversidade, quando falamos que a equidade pode transformas as
praticas de comunicação na área da saúde é porque podemos reconhecer essa
diversidade de pessoas, essa diversidade da população brasileira nas nossas
práticas de comunicação. Então se eu falo para essa infinidade de brasis que temos
no nossa país, se queremos levar informação sobre saúde para essa diversidade da
nossa população ela tem que levar em consideração também esses contextos e
essas condições de vida e essas necessidades singulares de cada brasileiro e
brasileira;
 Equidade é uma maneira de você uma vez identificando a diferença entre as
pessoas trata-las de maneira diferentes para que elas possam de alguma maneira
atingir o mesmo potencial de alcance da sua plenitude de vida;
 Igual para gente é aquilo que respeita a diferença, naquilo que a diferença é
favorável e diminuir a diferença quando é uma maneira de opressão, de violência
contra o outro. A igualdade ela é pensada respeitando as diferenças, no caso da
equidade o ponto central é respeitar as necessidades diferentes e trata-las
diferentemente, mas por outro lado garantir que em qualquer ponto do SUS ou
fora do SUS os brasileiros possam ter com mesmas necessidades, ter idêntico
acesso aos serviços de saúde;
 Não tem como pensar em equidade sem pensar nas outras políticas públicas, sem
pensar em renda, educação, trabalho, vai além da saúde;
 A escuta é muito importante dessa construção da equidade;
 A participação é fundamental para construção do que é o justo, você só construí o
princípio da equidade efetivo no interior de uma política pública.

Hierarquização no SUS
 Hierarquização como conceito estava falando da organização dos níveis de
atenção a saúde. Não podemos trabalhar apenas como um conceito rígido de
hierarquia, mas sim como hierarquização dos serviços de saúde, da rede de saúde;
 Referência: encaminhamento para outros serviços;
 Contrarreferência: o caminho de volta que também deveria ser acompanhado;
 AB: tem alguns princípios longitudinalidade, abrangência do cuidado e entender
o outro como um todo, além disso, a porta de entrada e o primeiro contato;
O SUS e a Participação Social
 Participação Social: é uma forma que a população tem de participar ativamente
na construção do SUS;
Regionalização da Saúde
 Desde a década de 80 já existia algumas estratégias de reorganizar o sistema de
saúde que existia naquele momento ainda anterior ao SUS já com a
regionalização, o exemplo são as ações integradas de saúde de 1984 e o próprio
sistema unificado e descentralizado de saúde (SUDS) de 1987;
 É difícil alcançar o objetivo da regionalização na implementação do SUS porque
trata-se de um processo bastante complexo, então é importante sempre lembrar
que não é uma inovação de três anos é uma orientação para a reorganização da
nossa política pública que tem uma história longa, com muita dificuldade;
 Regionalização tem dois grandes significados, uma tem a ver com como é
organizado o sistema de saúde de forma regional, de modo a dar conta dessas
necessidades que se apresentam de forma diferenciada no território brasileiro
ampliando o acesso, garantindo atenção integral as pessoas e por outro lado a
regionalização também diz respeito ao poder, a quem conduz esse sistema de
saúde no território. A municipalização no caso do brasil, principalmente aquela
pós 1988, ela enfatizou o repasse significativo de responsabilidades, funções,
recursos financeiros, que antes eram concentrados no governo federal, com isso
os municípios assumiram responsabilidades muito importantes no âmbito da
saúde. Portanto, a municipalização tem a ver com o ganho da autonomia, maior
responsabilidade, maiores funções, recursos para o ente municipal;
 Os consórcios eles geralmente tinham o proposito de resolver uma questão
especifica, por exemplo o hospital;
Descentralização do SUS
 Descentralização: diz respeito a um processo de transferência de poder;
 O diálogo entre regionalização e descentralização é necessário, forma um
binômio é uma característica brasileira que temos entre aspas da separação
entre regionalização e descentralização ao longo do processo de
implementação do sus nos anos 90. Regionalização e Descentralização
precisam estar relacionadas e precisa pensar a gestão do SUS, a
implementação do SUS e a efetivação dos princípios a luz dessas duas
diretrizes relacionadas;
 Descentralizar significa também dar poder a população e aos profissionais de
saúde para poderem participar desse planejamento participativo.

 Princípios: éticos, ideológicos e políticos (universalidade, integralidade,


equidade); irão nortear o Sistema Único de Saúde
 Diretrizes organizativas: quatro grandes diretrizes; descentralização,
participação social, regionalização e hierarquização.
 Se complementam os princípios e diretrizes;
 Também está previsto o direito a comunicação;
 Universalidade: traz com ela a questão da cidadania plena, não confundir com
cobertura universal. Combater as desigualdades dentro da sociedade e vem para
mudar um panorama, que era realmente o da exclusão dos vários brasileiros;
 Somos iguais dentro do SUS até um determinado momento;
 Integralidade: polissêmico porque tem vários sentidos, a compreensão do
indivíduo dentro de determinado contexto. O indivíduo tem que ter todas as suas
necessidades atendidas dentro do SUS, pensar integralidade entre a integração
entre os diferentes níveis de atenção;
 Para que esses princípios ocorram fundamental que as diretrizes estejam em
pleno funcionamento;
 Equidade: cria discriminação positiva;

Diretrizes organizativas

 Descentralizar: o que está mais próximo do indivíduo, partilha as


responsabilidades;
 Hierarquização: organizar os serviços de acordo com a complexidade do sistema.
Dentro da lógica do SUS a AB é a porta de entrada preferencialmente, a atenção
secundária nunca é a porta de entrada. Por isso que é importante a clínica
ampliada;
 Participação social: democratização dos serviços estatais, para pensar nessa
democratização temos que pensar na democratização da comunicação.
Participação social no nível individual, quando olhamos a própria organização as
vezes, por exemplo utilização o espaço da igreja.

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