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O Assistente Social no Sistema Único de Saúde - SUS

Socialização – EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: O mercado profissional


do Assistente Social. (165970)

Nome do Tutor (a): Anne Karolyne Santos da Silva

Nome dos acadêmicos (as):

Nayara Kelly Rodrigues;

Sabrina Alessandra Souza Da Silva;

Michelle felix da silva;

Samara Fernanda Tavares da Silva;

Marcelina Mylenne dos Anjos bezerra.


Assistente Social no SUS – Sistema Único de Saúde

1- Mapa Conceitual

2- História do Serviço Social

Com a crise de 1929, o aumento dos conflitos entre a classe empregadora e os


empregados, a crescente desigualdade social, iniciamos a década de 1930 com um
aumento das demandas sociais no mundo, e a partir daí tivemos a gênese das primeiras
escolas de serviço social no Brasil, e mesmo que houvesse uma demanda na saúde já nesta
época não foi nela que vimos o Assistente Social ser inserido nas Políticas de Saúde.
Com a Constituição de 1988 e a implantação do SUS, a saúde passa a ser
considerada direito de todos e dever do Estado e os princípios da descentralização, da
universalização, da integralidade, da participação da comunidade passam a ser diretrizes
do novo sistema. A regulamentação do SUS, em 1990, pelas Leis Orgânicas 8.080/90 e
8.142/90 trouxe ainda mais inovações para a área da saúde, como a ampliação do conceito
de saúde, que passou a considerar fatores como “a alimentação, a moradia, o saneamento
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso
aos bens e serviços essenciais” como condicionantes e determinantes da saúde. E ainda
provocou mudanças na atuação do Serviço Social junto a esta área.
Após a criação do SUS e dos avanços trazidos pelo mesmo, os campos de atuação
do assistente social têm ampliado gradativamente e cada vez mais esse profissional é
chamado para atuar nas políticas públicas realizando intervenções que sejam permeadas e
orientadas pela noção de direito social.

3- A inserção do Assistente Social na Política de Saúde

A inserção do Assistente Social na Política de Saúde acontece a partir de dois


acontecimentos históricos, em 1945 a consolidação da Política Nacional de Saúde, em
1947 quando a Organização Mundial da Saúde definiu Saúde como “um estado de
completo bem-estar físico, mental e social”.
O novo conceito de saúde proposto pela OMS abordou os aspectos
biopsicossociais, que determinou a requisição de diversos profissionais para atuar na
saúde de maneira multidisciplinar. Esta forma de trabalho foi uma solução
nacionalizadora encontrada para suprir a falta de profissionais e para ampliar a abordagem
em Saúde (prevenção, educação, criação de programas).
4- Possibilidade de Atuação do Assistente Social na Saúde

Atuando na defesa dos direitos humanos e sociais, o assistente social na saúde


trabalha seguindo a Constituição Federal de 1988 e na Lei n° 8.080/1990, art. 196, que diz
que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. É
baseado nisso que o profissional assiste todos os pacientes e seus familiares.
E as atividades desenvolvidas por assistentes sociais na saúde são diversas, em
diferentes locais. Podemos destacar o atendimento direto aos usuários desde a atenção
básica até os serviços de média e alta complexidade, nos quais assistentes sociais atuam,
sejam unidades de Saúde da Família, dos postos e centros de saúde, policlínicas, institutos,
maternidades, Centros de Apoio Psicossocial (CAPs), hospitais gerais, de emergência e
especializados, independente da instância a qual é vinculada seja federal, estadual ou
municipal.
Seja entregando informações, agindo como interlocutor entre sociedade e
profissionais da saúde, conhecendo a realidade socioeconômica das pessoas e
incentivando a população na procura de seus direitos na área da saúde, o assistente social
cumpre o papel de ser o promotor de bem-estar das pessoas.

5- Assistente Social no CAPS

A atuação do assistente social na saúde se dá nas mais diversas expressões da


questão social, que podem envolver o preconceito, estigma e vulnerabilidade em que as
pessoas com transtorno mental, usuárias do serviço vivenciam. Frente a essa demanda, o
assistente social foi inserido na equipe multiprofissional dos CAPS, após a Reforma
Psiquiátrica e do reconhecimento da saúde como direito pela Constituição Federal de
1988.
Dessa forma, dentro dos CAPS, a atuação do assistente social varia de acordo com
a demanda, que pode ser uma simples assistência psiquiátrica, e também as relações que
envolvem os usuários, suas famílias, as relações sociais, bem como econômica e culturais.
O objetivo do trabalho do assistente social com os usuários do CAPS é promover
uma melhor qualidade de vida aos usuários, de forma que facilite a vida dos mesmos e que
os prejuízos causados pelos transtornos sejam amenizados, tanto no âmbito biológico
quanto psicológico e social.
É possível concluir por meio dos referenciais apresentados, que o assistente social
foi inserido na atuação da política de saúde mental, por ser um profissional qualificado a
lidar com as questões sociais, políticas e econômicas que são trazidas pelos pacientes, e
que influenciam no tratamento e na vida deles.
6- Habilidades e Competências do Assistente Social na Saúde

Aqui estão algumas habilidades e competências importantes que um assistente


social deve ter ao trabalhar em um CAPS:
1. Avaliação e diagnóstico: O assistente social precisa ter habilidades de
avaliação e diagnóstico para identificar as necessidades dos pacientes, avaliar sua
condição psicossocial e determinar o tipo de suporte e intervenção adequados.
2. Planejamento e intervenção: Com base na avaliação, o assistente social
desenvolve planos de intervenção personalizados para os pacientes, estabelecendo metas
realistas e estratégias para alcançá-las. Eles fornecem aconselhamento individual e em
grupo, apoio emocional e ajudam os pacientes a desenvolver habilidades para lidar com
seus desafios.
3. Advocacia e defesa dos direitos: O assistente social atua como um defensor dos
direitos dos pacientes, garantindo que eles recebam tratamento adequado, acesso a
serviços e recursos, e que seus direitos sejam respeitados. Isso pode envolver a interação
com outras agências governamentais e comunitárias para garantir que os pacientes
recebam os cuidados de que necessitam.
4. Trabalho em equipe interdisciplinar: O assistente social colabora com outros
profissionais de saúde mental, como psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e
enfermeiros, em uma abordagem interdisciplinar. Eles participam de reuniões de equipe,
compartilham informações relevantes e contribuem para o planejamento e implementação
do tratamento.
5. Conhecimento da legislação e políticas sociais: O assistente social precisa estar
atualizado sobre as leis e políticas sociais relacionadas à saúde mental e aos direitos dos
pacientes. Isso inclui conhecimento sobre leis de saúde mental, benefícios sociais, direitos
dos usuários do sistema de saúde e regulamentações específicas do CAPS.
6. Habilidades de comunicação: A comunicação efetiva é essencial para um
assistente social, pois eles trabalham diretamente com os pacientes e suas famílias. Eles
devem ser capazes de ouvir ativamente, expressar empatia, transmitir informações de
forma clara e acessível, e adaptar sua comunicação às necessidades individuais de cada
paciente.
7. Resolução de problemas e tomada de decisão: O assistente social enfrenta
desafios complexos no ambiente do CAPS e, portanto, deve ter habilidades sólidas de
resolução de problemas e tomada de decisão. Isso envolve a capacidade de analisar
situações, identificar soluções viáveis e implementar as melhores opções disponíveis.
Essas são apenas algumas das habilidades e competências necessárias para um
assistente social trabalhar efetivamente em um CAPS. É importante ressaltar que a prática
do assistente social é contínua e requer aprendizado e aprimoramento constantes, à medida
que novas pesquisas, abordagens e políticas são desenvolvidas na área da saúde mental.

7- Perspectivas Dessa Área de Atuação

Por meio das pesquisas realizadas, foi possível compreender que o assistente social
foi inserido na área da saúde mental, devido uma necessidade de profissionais que
atuassem com questões sociais e políticas trazidas pelos pacientes. Nessa ótica, observou-
se que a saúde mental no Brasil é muito mais que uma questão de saúde, ela traz
problemas complexos que se desenvolvem devido as características das sociedades
capitalistas, como por exemplo: preconceitos, exclusão social, etc.
Foi possível ainda entender os objetivos de trabalho do assistente social na saúde
mental, são basicamente três: a necessidade do profissional da área no atendimento a esses
pacientes; integração dos pacientes à sociedade e dentro da própria família, pois em
muitos casos são excluídos até do ambiente familiar devido a preconceitos e outras
questões, geralmente financeiras; e uma crescente demanda trazida por parte dos
estabelecimentos psiquiátricos, demanda essas que apresentam questões muito além do
que o problema de saúde mental.
A perspectiva do grupo é que através do trabalho do Assistente Social se possa
combater situações de preconceito e violação de direitos com efetividade, que a partir
desse pensamento os profissionais do serviço social sejam cada vez mais inseridos nos
espaços públicos e privados.

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