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SUMÁRIO
1 HISTÓRICO ....................................................................................... 4
2 MICOLOGIA....................................................................................... 6
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 45
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Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro –
quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao
professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida
sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta
para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma
coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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1 HISTÓRICO
Fonte: pucgoias.edu.br
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O primeiro trabalho relacionado aos fungos é o de Hook: Hook’s
observations on fungi - micrografia, que foi apresentado à Real Sociedade de
Londres em 1667.
Sobressai, depois, Michelli, com “Nova Plantarum”, introduzindo a
nomenclatura binária. De 1821 a 1832, na Suécia, Elias Fries publica os 3
volumes do “System Mycologicum”, considerado ponto de partida para muitos
grupos de fungos. Um trabalho notável teve início em 1822, com Saccardo, e foi
até 1931, constituindo os 25 volumes do “Silloge Fungorum”, descrevendo mais
de 80 mil espécies.
No campo estritamente técnico e de interesse industrial, a obra pioneira é
“Technische Mycologie”, publicada entre 1904 e 1907. De Barry, considerado pai
da micologia moderna, publicou “Morphologie and Physiologie Derpilze,
Flechten, and Myxomyceten”.
A Micologia Médica Humana começa a surgir com as observações de
Schoenlein, Langenbeck, Gruby, sobre as micoses superficiais, a partir de 1839.
Estudos sobre micetoma começam com Gill, 1842. Estudos de Aspergiloses,
com Virchow, datam de 1856. No princípio do século, Sabouraud inaugura
praticamente a Micologia Dermatológica. Este autor deixou um livro até hoje
consultado com interesse: “Les teignes”, de 1910.
A imunologia micológica desenvolveu-se após 1940 com os estudos da
coccidioidomicose e da histoplasmose. Em virtude destes estudos, nasceu o
conceito de micose doença e micose infecção. Um novo campo de interesse
surgiu por volta de 1950, sob o título de Infecções Micóticas Ocasionais (Micoses
por Fungos Oportunistas), como consequência do progresso da terapêutica que
nos deu antibióticos, corticosteróides e citostáticos, valiosos no combate às
doenças a que se propõem, mas não isentos de perigo, em virtude do
desequilíbrio imunológico que por vezes provocam, abrindo portas de entrada
para numerosos microrganismos, normalmente saprófitos (sapróbios), mas
agressivos ao defrontar um organismo desaparelhado para a defesa.
Como se já não bastasse a agressão parasitária dos fungos, eis que
também, no campo da toxicologia, vemos dilatar-se o âmbito da micologia
médica e veterinária, pelo conhecimento que se teve, no fim da década de 50,
de que os fungos do gênero Aspergillus e outros, por ingestão alimentar, são
capazes de produzir variadas alterações orgânicas, culminando com a produção
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de Hepatomas (câncer hepático), provocadas por toxinas fúngicas: aflatoxina e
outras semelhantes.
2 MICOLOGIA
Fonte: laifi.com
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Os fungos tiveram seu grupo reconhecido como um reino a partir da
descrição de cinco reinos por Whittaker em 1969. Esses organismos foram
alocados em reinos com base na morfologia e no modo de nutrição dos seres
vivos, sendo criado, então, o reino Fungi.
Em 1990, Carl Woese propôs o agrupamento dos cinco reinos
estabelecidos por Whittaker em três domínios: Archaea, Eubacteria e Eukaria,
onde o reino Fungi faz parte do domínio Eukaria, que reúne todos os eucariontes.
A Micologia é, portanto, a área da Biologia destinada ao estudo dos fungos.
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Fonte: brainly.com.br
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Holomorfo: aquele que no ciclo de vida realiza ambas as
reproduções, sexuada e assexuada.
Anamorfo: aquele que no ciclo de vida realiza apenas a
reprodução assexuada.
Teleomorfo: aquele que no ciclo de vida realiza apenas a
reprodução sexuada.
Fonte: micologiananet.blogspot.com
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Saprófitas obrigatórios: Fungos que vivem exclusivamente em
matéria orgânica morta, não podendo parasitar organismos vivos.
Parasitas facultativos ou Saprófitas facultativos: Fungos
capazes de causar doenças ou de viver em restos orgânicos, de
acordo com as circunstâncias.
Parasitas obrigatórios: Fungos que vivem exclusivamente
atacando organismos vivos.
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2.3 Posição sistemática dos fungos
Fonte: gabrielmarques25128.blogspot.com
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Filo Chytridiomycota
Fonte: estudopratico.com.br
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Filo Neocallimastigomycota
Fonte: reinofungi405.blogspot.com
Filo Blastocladiomycota
Fonte: es.wikipedia.org
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Seus representantes apresentam reprodução assexuada com zoosporo
de um único flagelo, e reprodução sexuada através da fusão de planogametas.
São habitantes restritos de água e solo e parasitos de insetos.
Ex: Allomyces sp. e Coelomomyces sp.
Filo Microsporídia
Fonte: infoescola.com
Filo Glomeromycota
Fonte: pt.wikipedia.org
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O filo Glomeromycota é representado por fungos de micorrizas
arbusculares (FMA). Participam de uma associação mutualística com as raízes
de algumas plantas, na qual a planta, através da fotossíntese, fornece energia e
carbono para a sobrevivência e multiplicação do fungo, enquanto este absorve
nutrientes, minerais e água do solo transferindo-os para as raízes da planta.
Também são considerados cosmopolitas.
Foi incluído neste grupo os representantes do antigo filo Zygomycota, que
tem como principais características, hifas cenocíticas e a formação de
zigosporânangio, por reprodução sexuada; e esporângio, por reprodução
assexuada. Os esporângios são estruturas formadoras de propágulos para
dispersão.
Ex: Mucor sp. e Glomus sp.
Filo Ascomycota
Fonte: estudopratico.com.br
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A principal característica do grupo é a presença de asco contendo
ascosporos, geralmente oito, que representam a estrutura de propagação do
grupo. São produzidos por reprodução sexuada. A reprodução assexuada
também pode ser encontrada.
O asco é formado em uma estrutura denominada ascocarpo (corpo de
frutificação), que pode ser encontrado nas seguintes formas:
Apotécio (ascocarpo em forma de taça)
Cleistoécio (ascocarpo totalmente fechado, que se rompe com a
maturidade),
Peritécio (ascocarpo em forma de balão, com um poro na sua
ponta).
Filo Basidiomycota
Fonte: estudopratico.com.br
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característica a presença de basídio contendo basidiosporos, geralmente quatro,
produzidos por reprodução sexuada.
A reprodução assexuada também pode ser encontrada. O basídio é
formado a partir de um basidiocarpo, sendo este constituído, basicamente, por
píleo (o chapéu do cogumelo), lamela (estrutura pregueada abaixo do píleo, onde
se encontram os basídios) e estirpe (estrutura que sustenta o píleo).
Ex: Agaricus sp. e Rhodotorula sp.
Fungos Anamórficos
Fonte: slideplayer.com.br
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3 MICOLOGIA MÉDICA
Fonte: falabarreiras.com
Fonte: abcdamedicina.com.br
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O diagnóstico definitivo se dá somente pelo exame direto através da
observação de hifas curtas e curvas e elementos redondos. A Malassezia não
cresce nos meios de cultura habituais usados na rotina porque necessita de
suplemento lipídico para seu crescimento.
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Ectotrix, onde os artroconídios se dispõem no interior e ao redor do
fio de cabelo. Podemos citar M. canis e T. mentagrophytes como
agentes deste tipo de parasitismo pilar.
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Micetoma: é o nome coletivo de micoses produzidas por algumas
espécies de fungos ou de actinomicetos aeróbios, os quais, nos tecidos, se
organizam em um agregado de hifas ou filamentos bacterianos, denominados
grãos. Os agentes de micetoma possuem habitat na natureza associado a
vegetais, nutrindo-se de outros vegetais em decomposição ou como
fitopatógenos.
O micetoma eumicótico se distingue do actinomicótico por ser: causado
por um fungo, enquanto o actinomicótico é causado por bactérias filamentosas.
Os grãos, de tamanho e forma variados, podem ter coloração branco-amarelado,
vermelha ou negra. O que caracteriza a cor de um grão é somente o fungo ou
actinomiceto agente da doença. Por isso, a cor do grão obtido das lesões do
paciente já fornece um indicativo de qual seja o agente do micetoma.
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a doença é o isolamento do fungo em cultivo ou sua observação no exame
micológico direto dos materiais adequados para o exame, tendo as provas
imunológicas valor diagnóstico presuntivo. As provas imunológicas são úteis
para avaliações epidemiológicas, para avaliação prognostica e para a triagem de
pacientes. As reações intradérmicas apresentam valor diagnóstico baixo, uma
vez que não discriminam entre infecções passadas ou recentes. Porém são de
grande valor nos estudos epidemiológicos.
As micoses sistêmicas são a coccidioidomicose, a blastomicose, a
histoplasmose, e a paracoccidioidomicose. As duas primeiras não são comuns
no Brasil, embora sejam relatados casos de coccidioidomicose no semi- árido do
Nordeste, em especial no Piauí em caçadores de tatus, que revolveram o solo
para desentocar a caça. Há também a esporotricose sistêmica, que é resultado
da inalação de conídios de S. schenckii os quais vão causar infecção pulmonar
que pode sistematizar-se. Este tipo de apresentação clínica da esporotricose é
bastante raro. O aspecto macro e micromorfológico do fungo é o mesmo do
agente da esporotricose subcutânea
Histoplasmose: é uma infecção sistêmica, causada por Histoplasma
capsulatum var. capsulatum ou H. capsulatum var. duboisii. Enquanto o primeiro
agente tem distribuição cosmopolita, o outro tem sua distribuição geográfica
restrita ao continente africano. O cultivo de H. capsulatum à temperatura
ambiente é constituído de colônia branca que, quando muito velha, assume
coloração camurça.
O crescimento do fungo é bem lento. Microscopicamente se observam
hifas finas e delicadas e conídios de dois tipos. Os macroconídios esféricos e
tuberculados são estruturas marcantes para a identificação do fungo. Porém, a
presença de microconídios esféricos é necessária para a correta identificação do
agente, pois há alguns fungos saprófitas, pertencentes ao gênero
Chrysosporium, que também produzem estruturas de propagação semelhantes.
Deve-se, para a correta identificação do agente da histoplasmose, realizar
a conversão desse fungo para a fase leveduriforme em meios enriquecidos com
incubação a 37ºC. Todavia, a conversão de H. capsulatum não é facilmente
obtida e depende também das características fisiológicas de cada isolado.
Quando convertidos à fase leveduriforme observam-se colônias glabras, lisas,
branco-amarelada, e na microscopia notam-se leveduras ovais e unibrotantes.
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Paracoccidioidomicose: é uma micose sistêmica causada por
Paracoccidioides brasiliensis, caracterizada pela forma parasitária do seu
agente: célula leveduriforme mutibrotante com parede celular birrefringente. É a
micose sistêmica mais frequente na América Latina. Afeta usualmente
agricultores, que mantém contato direto com a natureza, em principal com o solo.
A micose é endêmica no Brasil.
As manifestações clínicas da paracoccidioidomicose resultam da inalação
de elementos infectantes do fungo ou de uma reativação de lesão primária
quiescente, ou seja, de uma lesão adquirida há algum tempo, muitas vezes mais
de trinta anos, e que não tinha ainda se desenvolvido.
O fungo, além de acometer o pulmão, dissemina-se para outras partes
do corpo, atingindo principalmente as mucosas do indivíduo, sua pele e
linfonodos.
Micoses oportunísticas
São causadas por fungos termo tolerantes (que crescem a uma
temperatura de 37ºC), de baixa virulência e que determinam doenças em
hospedeiros com graves deficiências do sistema imunodefensivo. Esses fungos
têm porta de entrada variável, usualmente provocam reação supurativa
necrótica. Podem acometer os mais variados órgãos, produzindo quadros
polimórficos que se apresentam como manifestação cutânea, subcutânea ou
sistêmica. Os fungos invadem os tecidos como uma hifa.
Criptococose: é causada por leveduras do gênero Cryptococcus, das
quais destacam-se duas espécies: C.neoformans, que acomete principalmente
indivíduos imunodeprimidos e C. gattii, que pode acometer indivíduos
imunocompetentes.
A micose é de frequência elevada nas grandes cidades, onde são
diagnosticadas suas formas clínicas mais graves. As formas subclínicas ou as
que se manifestam como infecção respiratória inespecífica devem ser bastante
frequentes. A doença é endêmica no Norte e no Nordeste do país, acometendo
crianças, jovens e adultos, de ambos os sexos e todas as faixas etárias, com ou
sem depressão do sistema imunológico. O fungo apresenta tropismo pelo
sistema nervoso central e o líquor do paciente pode simular meningite viral,
bacteriana e também tuberculose. As leveduras do gênero Cryptococcus
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possuem uma característica especial, que é a presença de uma cápsula
polissacarídica que envolve todo o fungo. Essa cápsula pode ser evidenciada
em exames laboratoriais por contraste com tinta nanquim ou com a coloração
pelo Mucicarmin de Mayer. C. neoformans e C. gattii são capazes de produzir a
enzima extracelular fenol oxidase, que é extremamente útil para a identificação
do agente da criptococose, pois esta enzima faz com que a levedura se torne
melanizada quando colocada em cultivo com compostos fenólicos. Esta enzima
e a cápsula polissacarídica estão relacionadas com a virulência desse fungo ao
organismo.
Aspergilose: é causada por membros do gênero Aspergillus que se
apresentam nos tecidos como hifas hialinas septadas e ramificadas
dicotomicamente, ou seja, num ângulo de 45º. A micose se manifesta em três
formas clínicas: a alérgica, de colonização e a forma invasiva. Poucos grupos de
Aspergillus causam infecção no homem. Espécies de Aspergillus dos grupos
fumigatus, niger e flavus são os patógenos mais comuns, porém também podem
causar infecção fungos dos grupos nidulans, terreus, ustus e restrictus. O
aspecto microscópico do conidióforo permite a distinção entre as diferentes
espécies.
Candidíase oportunista: tem incidência mundial e resulta da invasão por
espécies de Cândida dos tecidos de hospedeiros com endocrinopatias, nos que
recebem:
Terapêuticas imunodepressivas
Nutrição parenteral
Administração prolongada de antibióticos ou esteroides
Pacientes com complicações após grandes cirurgias.
Fonte: podologocambe.com.br
4.1 Candidíase
Fonte: vivernatural.com.br
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Micose que atinge a superfície cutânea e/ou membranas mucosas,
resultando em candidíase oral, candidíase vaginal, intertrigo, paroníquia e
onicomicose. A forma mais comum de candidíase oral é a pseudomembranosa,
caracterizada por placas brancas removíveis na mucosa oral (aftas). Outra
apresentação clínica é a forma atrófica, que se apresenta como placas
vermelhas, lisas, sobre o palato duro ou mole.
O intertrigo atinge mais frequentemente as dobras cutâneas, nuca, virilha
e regiões axilares. A infecção mucocutânea crônica pode estar associada com
doenças endócrinas, como diabetes melittus, tratamento com antibióticos de
amplo espectro ou imunodeficiência, sendo frequente na infecção por HIV onde
assume caráter sistêmico grave.
A Candidíase disseminada ou sistêmica, geralmente por disseminação
hematogênica, pode ocorrer em recém-nascidos de baixo peso e hospedeiros
imunocomprometidos, podendo atingir qualquer órgão e evoluir para êxito letal.
Esta forma é relativamente comum em indivíduos que fazem uso prolongado de
sondas gástricas, catéteres intravasculares, ou prótese valvular cardíaca.
Sinonímia: Monilíase, sapinho.
Agente etiológico: Candida albicans, Candida tropicalis e outras
espécies de Candida. A Candida albicans causa a maioria das infecções.
Reservatório: O homem.
Modo de transmissão: Através de contato com mucosas, secreções em
pele de portadores ou doentes. A transmissão vertical pode ocorrer durante o
parto normal. Pode ocorrer disseminação endógena.
Período de incubação: Desconhecido.
Período de transmissibilidade: Enquanto houver lesões.
Complicações: Esofagite, endocardite, ou infecção sistêmica, mais
comum em imunodeprimidos
Tratamento:
Candidíase oral: Nistatina suspensão ou tabletes, 500.000 a 1 milhão UI,
3 a 5 vezes ao dia, durante 14 dias, uso tópico.
Em crianças, recomenda-se o uso durante 5 a 7 dias.
Como tratamento de 2ª escolha ou em pacientes
imunocomprometidos, pode ser utilizado: fluconazol 200mg, via
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oral, uma vez ao dia, para adultos com duração de tratamento entre
7 a 14 dias, devendo ser evitado seu uso em crianças.
Esofagite em pacientes imunodeprimidos - Como 1ª escolha, pode
ser utilizado fluconazol, 200 a 400mg/dia, via oral ou endovenoso,
durante 14 dias, ou anfotericina B, em baixas doses (0,3mg/kg/dia),
IV, durante 5 a 7 dias;
Para crianças, a dosagem recomendada é de 0,5mg/kg/dia, IV,
durante 7 dias.
Candidíase vulvovaginal: Recomenda-se isoconazol (nitrato), uso
tópico, sob a forma de creme vaginal, durante 7 dias ou óvulo, em dose única;
como 2ª alternativa, tiocanozol pomada ou óvulo em dose única.
Outras substâncias também são eficazes: clotrimazol, miconazol,
terconazol, tioconazol ou nistatina, em aplicação tópica.
Candidíase mucocutânea crônica: Fluconazol, como 1ª escolha, e
anfotericina B para casos mais severos.
Ceratomicose: Lavagem da córnea com anfotericina B, 1 mg/ml.
4.2 Coccidioidomicose
Fonte: msdmanuals.com
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infecção, 60% dos indivíduos apresentam infecção primária inaparente. Os
demais geralmente fazem uma infecção moderada ou levemente grave.
São sinais mais frequentes:
Comprometimento respiratório baixo
Febre
Sudorese noturna
Dor pleural
Dispneia
Tosse produtiva
Artralgia
Anorexia
Eritema nodoso, polimorfo e reações exantemáticas podem ocorrer
em até um quinto dos casos.
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Período de incubação: de 1 a 4 semanas
Período de transmissibilidade: Não é doença contagiosa de indivíduo a
indivíduo.
Complicações: A disseminação da doença constitui-se sua maior
complicação, por esse motivo os pacientes soropositivos para HIV ou com aids
devem ser seguidos criteriosamente.
Tratamento: Anfotericina B, 1 a 3g, dose total, seguido por fluconazol,
400mg/dia, por 6 a 12 meses ou itraconazol, 300mg/dia, pelo mesmo período.
O critério de cura é clínico, agregado à negativação do exame micológico.
O fluconazol está especialmente indicado nas formas que comprometem o SNC,
pela sua excelente difusão cerebral.
4.3 Criptococose
Fonte: evosp.com.br
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alterações de visão. Pode haver comprometimento ocular, pulmonar, ósseo e,
às vezes, da próstata.
Sinonímia: Torulose, blastomicose européia.
Agente etiológico: Um fungo, o Cryptococcus neoformans, nas
variedades neoformans (sorotipo A e D) e gatti (sorotipo B e C).; O C.
neoformans var. neoformans sorotipo A é responsável por mais de 90% das
infecções nos pacientes com aids no Brasil, enquanto a variedade gatti acomete
principalmente indivíduos sem imunossupressão aparente, sendo mais
frequente em países tropicais e subtropicais.
Reservatório: É um fungo saprófita que vive no solo, frutas secas, cereais
e nas árvores e é isolado nos excrementos de aves, principalmente pombos.
Modo de transmissão: Inalação.
Período de incubação Desconhecido. O comprometimento pulmonar
pode anteceder, em anos, ao acometimento cerebral.
Período de transmissibilidade: Não há transmissão homem a homem,
nem de animais ao homem.
Complicações O fungo pode viver como saprófita na árvore brônquica,
podendo expressar-se clinicamente na vigência de imunodeficiência. Cerca de 5
a 10% dos pacientes com aids são acometidos por essa micose. A meningite
causada pelo Cryptococcus, se não tratada a tempo, pode levar à morte.
Tratamento:
Anfotericina B, na dose de 0,3mg/Kg, IV, durante 6 semanas, com
todos os cuidados que envolvem o uso desse medicamento.
O fluconazol é, também, recomendado como alternativa isolada, na
dose de 200 a 400mg/dia, VO, por aproximadamente 6 semanas,
ou associado à Anfotericina B.
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4.4 Histoplasmose
Fonte: evosp.com.br
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Histoplasmose no hospedeiro normal, dividida em primo-infecção
assintomática e infecção pulmonar aguda;
Histoplasmose em pacientes com doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC), correspondendo à histoplasmose pulmonar
crônica cavitária;
Histoplasmose no hospedeiro imunocomprometido,
correspondendo à histoplasmose disseminada aguda, sub-aguda;
Doença mediada imunologicamente.
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especialmente, contaminados com dejeções de aves de criação, morcegos ou
pássaros agregados. Pode causar infecções naturais em outras espécies
animais, a exemplo de cães e morcegos, ocasionando a excreção de fungos
através de lesões intestinais, e facilitando a disseminação de novos focos da
infecção, através do seu deslocamento.
Modo de transmissão A proliferação dos microorganismos no solo gera
microconídeos e macroconídeos tuberculados; a infecção é adquirida pela
inalação do fungo, suspenso em aerossóis.
A histoplasmose não é transmitida de pessoa a pessoa, como também
não existe contágio direto dos animais para o homem.
Período de incubação: É variável, geralmente de 1 a 3 semanas.
Tratamento
As primo-infecções sintomáticas só se tratam com medidas de
suporte ventilatório nos casos mais graves, já que tendem a involuir
espontaneamente.
O tratamento específico só é indicado em pacientes
imunocomprometidos para se evitar a progressão da doença.
Nesses casos, aplica-se uma série curta de anfotericina B, até
completar dose total de 500mg, ou cetoconazol, em dose de
400mg/dia, por 6 meses, ou itraconazol 100mg/dia, por igual
período.
Nas formas pulmonares crônicas ou disseminadas crônicas, pode-
se indicar derivados imidazólicos, com dose diária em prazos iguais
aos citados anteriormente. Mediante falha terapêutica com esses
derivados, ou em casos associados à tuberculose ativa, usa-se a
anfotericina B, na dose de 0,7 a 0,8mg/ kg, chegando à dose
total/dia de 35mg/kg.
Nas formas disseminadas agudas, está indicado o itraconazol, na
dose de 200 a 400mg/dia, por 12 meses, ou anfotericina B, com
dose total de 40mg/kg.
Nos casos associados à aids, é aconselhável profilaxia secundária
com 100mg/dia de itraconazol, durante um ano.
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4.5 Paracoccidioidomicose
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Itraconazol: 100 mg/dia, por 12 meses, tem sido considerada a
droga de escolha;
Cetoconazol: 400 mg/dia, VO, por 45 dias, depois 200mg/dia até
completar 12 meses;
Fluconazol: 400mg/dia, VO, por um mês, depois 200mg/dia, por 6
meses.
Anfotericina B: 1mg/kg/dia, IV, diluído em 50ml de soro glicosado a
5% mais acetato de delta hidrocortizona 50 - 100mg. A dose máxima
de anfotericina B não deve ultrapassar 3g.
5 AGENTES ANTIFÚNGICOS
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fungo. Os azóis causam menos reações adversas que a anfotericina B, mas são
menos potentes que ela. Podem ter ação fungistática ou fungicida. O uso
excessivo dos azóis levou ao aparecimento de resistência em espécies
susceptíveis.
Um outro agente antifúngico sistêmico utilizado é o pró-fármaco
flucitosina. Todos os fungos sensíveis são capazes de desaminar a flucitosina
em 5- fluorouracila, um potente antimetabólito; como resultado final, a síntese de
ácido desoxirribonucleico dos fungos fica prejudicada.
Embora as células dos mamíferos não convertam a flucitosina em
fluorouracila, o que é crucial para ação seletiva do composto, alguns
microrganismos da flora intestinal o fazem, causando certa toxicidade aos
humanos.
A atividade antimicrobiana de um composto pode ser quantificada com
base na determinação da concentração mínima capaz de inibir o crescimento de
um dado microrganismo, um valor chamado CIM (Concentração Inibitória
Mínima), ou MIC (“Minimum Inhibitory Concentration”) em inglês.
Do ponto de vista microbiológico e clínico, o conceito de sensibilidade e
resistência é aplicado para classificar o isolado como sensível ou resistente. No
aspecto microbiológico, uma cepa é considerada resistente a um antifúngico
quando a concentração inibitória mínima é mais elevada que a habitual do
antifúngico frente a essa espécie. Podemos observar três diferentes tipos de
resistência aos agentes antifúngicos:
Intrínseca: é dita quando nenhum membro de uma espécie é
sensível ao antifúngico, ou seja, todos são insensíveis
Primária: ocorre quando dentro de uma espécie, normalmente
sensível a determinado antifúngico, encontra-se uma cepa com
resistência natural a ele, sem necessidade de contato prévio com
a droga.
Secundária: ocorre quando uma cepa, previamente sensível,
desenvolve resistência à droga após ter sido exposta a ela.
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6 INTERPRETAÇÃO DAS PROVAS IMUNOLÓGICAS
6.1 Paracoccidioidomicose
6.2 Histoplasmose
6.3 Aspergilose
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Após a remoção cirúrgica do aspergiloma ou tratamento adequado, estes
anticorpos deixam de ser detectados em pouco tempo. Na aspergilose brônquica
alérgica os títulos de anticorpos específicos são baixos, e na asma aspergilar
raramente são demonstrados.
Através de provas cutâneas com aspergilina, pode-se demonstrar
reações de hipersensibilidade do tipo I e III na aspergilose brônquica alérgica, e
do tipo I na asma aspergilar. Nas formas invasivas da doença raramente se
demonstram anticorpos através das provas usuais, necessitando-se o emprego
de provas mais sensíveis tais como radioimunoensaios e imunoenzimáticas.
6.4 Criptococose
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Silva-Teixeira, David Nascimento; Nascentes, Gabriel Antonio Nogueira; Silva-
Vergara, Mario León (23 de março de 2015
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BIBLIOGRAFIA
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