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Princípios de

Microbiologia
e Imunologia
Curva de Crescimento e Mecanismos de
Produção de Doenças dos Microrganismos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. Everton Carlos Gomes

Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Curva de Crescimento e
Mecanismos de Produção de
Doenças dos Microrganismos

• Estudo das Relações Filogenéticas;


• Proteobactérias;
• Bactérias Gram-Negativas não Proteobactérias;
• Bactérias Gram-Positivas;
• Eucariotos: Fungos, Algas, Protozoários e Helmintos;
• Vírus, Viroides e Prions.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Estudar as diferenças morfológicas e funcionais dos micro-organismos, suas característi-
cas individuais e demonstrar a diversidade microbiana;
• Analisar bactérias, fungos e vírus considerados de importância prática, aqueles impor-
tantes para a área da saúde, ou aqueles que ilustram princípios biologicamente inco-
muns ou interessantes.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:

Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Curva de Crescimento e Mecanismos de
Produção de Doenças dos Microrganismos

Estudo das Relações Filogenéticas


Como visto anteriormente, a Biologia classificou todos os animais em diferentes
reinos, mas nem sempre foi assim.
Quando os biólogos se depararam com as bactérias microscópicas pela primeira
vez, eles tiveram dificuldade em como classificá-las. As bactérias pertenciam a uma
categoria para a qual não havia classificação, diferente de animais e plantas.
As tentativas de se criar um Sistema Taxonômico para as bactérias, com base no
Sistema Filogenético desenvolvido para plantas e animais, falharam.
O Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology (em português: Manual Bergey de
Sistemática Bacteriológica) é a principal fonte de identificação de espécies bacterianas.
O Manual é o sucessor do Manual of Determinative Bacteriology, publicado
por Chester, em 1899 e 1901, sendo publicado pela primeira vez em 1923, por
David Hendricks Bergey, que classificou as bactérias conhecidas em tribos, famílias
e ordens, baseado em diversos parâmetros, incluindo atributos estruturais e fun-
cionais. Entretanto, esse processo se tornou muito empírico e foi substituído por
análise de sequências genéticas.
Nas primeiras edições do Manual de Bergey, as bactérias eram agrupadas de
acordo com a morfologia (bastonete, cocos), as reações de coloração, a presença
de endósporos e outras características óbvias.
Embora esse sistema tenha usos práticos, os microbiologistas tinham consciên-
cia de que havia muitas limitações e muitos detalhes a serem considerados, pois não
se poderia generalizar, tal como se morcegos e pássaros fossem agrupados juntos
pelo fato de terem asas.
Atualmente, os procariotos são agrupados em dois domínios, Archaea e Bacté-
ria, de acordo com a segunda edição do Manual de Bergey.
Nossa discussão irá enfatizar as bactérias consideradas de importância prática, aque-
las importantes para a Medicina, ou aquelas que ilustram princípios biologicamente
incomuns ou interessantes. Os dois domínios são constituídos por células procarióticas.
Escritos em letras minúsculas, ou seja, arquibactérias e bactérias, esses termos
denotam organismos que pertencem aos dois domínios. Cada domínio é dividido
em filos, cada filo é dividido em classes, e assim por diante.
Para compreender a taxonomia das bactérias é necessário estudar a classifica-
ção básica dos seres vivos que, em ordem decrescente é: reino, filo, classe, ordem,
família, gênero e espécie.
Em muitos casos, há tantas especializações que essa classificação não é suficien-
te. Por isso, foram criadas algumas subdivisões dentro de ordem, classe e espécie.
Explor

Taxonomia: Como funciona o sistema de classificação dos seres vivos: http://bit.ly/2KZGRvG

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Os membros de uma espécie bacteriana são essencialmente similares entre si, e
distintos dos membros de outras espécies, em geral com base em várias características.

Como se sabe, as bactérias que crescem em um tempo determinado em um


meio são chamadas de cultura.

Uma cultura pura, frequentemente, é um clone, ou seja, uma população de cé-


lulas derivada de uma única célula parental.

Todas as células no clone devem ser idênticas. Contudo, em alguns casos, as


culturas puras da mesma espécie não são idênticas em todas as características.

Cada um desses grupos é denominado linhagem. As linhagens são identificadas


por números, letras ou nomes que seguem o epiteto específico.

Proteobactérias
A primeira descrição do termo Proteobacteria, por Stackebrandt, Murray e
Truper, em 1988, referia o grupo como uma classe. Entretanto, na segunda edição
do Bergey’s Manual of Systematic Bacteriology, o termo foi classificado como um
filo. O filo Proteobacteria é um dos maiores filos do domínio Bactéria, incluindo
mais de duzentos gêneros.

O Filo das Proteobactérias, que inclui a maioria das bactérias gram-negativas qui-
mio-heterotróficas, presumidamente surgiu de um ancestral comum fotossintético.

Elas são agora o maior grupo taxonômico bacteriano. Contudo, poucas ainda
são fotossintéticas; outras capacidades metabólicas e nutricionais surgiram para
substituir essa característica. A relação filogenética nesses grupos é baseada em
estudos de rRNA.

O nome Proteobacteria vem do deus mitológico grego Proteus, que podia assu-
mir diversas formas. As proteobactérias são separadas em cinco classes designadas
por letras gregas: alfa-proteobactérias, beta-proteobactérias, gama-proteobactérias,
delta-proteobactérias e epsilon-proteobactérias.

Primeiramente, o grupo das alfa-proteobactérias constitui a maioria das prote-


obactérias que crescem com poucos nutrientes. As alfa-proteobactérias incluem
também bactérias importantes na Agricultura, capazes de induzir a fixação de nitro-
gênio em simbiose com plantas e vários patógenos de plantas e humanos. Seguem
alguns exemplos importantes:

Pelagibacter
Um dos mais abundantes micro-organismos na Terra, em particular em ocea-
nos, o Pelagibacter ubique é um dos microrganismos marinhos descobertos nos
oceanos, onde seu elevado número deve ser responsável por seu papel importante
no ciclo terrestre do carbono.

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Azospirillum
Os microbiologistas agrícolas têm se interessado por membros do gênero
Azospirillum, uma bactéria do solo que cresce em estreita associação com as raízes
de muitas plantas, especialmente gramíneas tropicais.

Ela utiliza os nutrientes excretados pelas plantas e, em retorno, fixa o nitrogênio


da atmosfera. Essa forma de fixação do nitrogênio é mais significativa em certas
gramíneas tropicais e na cana-de-açúcar, embora o organismo possa ser isolado do
sistema de raízes de muitas plantas de clima temperado, como o milho. O prefixo
azo frequentemente é encontrado em gêneros de bactérias fixadoras de nitrogênio.

Rickettsia
As riquétsias são bactérias gram-negativas em forma de bastonetes ou cocoba-
cilos. Uma característica distintiva da maioria das riquetsias é que elas são trans-
mitidas aos humanos por picadas de insetos e carrapatos, como acontece com as
Coxiella (discutidas mais tarde com as gama-proteobactérias).

As riquétsias entram na célula do hospedeiro por indução da fagocitose. Elas


entram rapidamente no citoplasma celular e começam a se reproduzir por fissão
binária, sendo responsáveis por diversas doenças conhecidas, como o grupo da
febre maculosa.

Essas doenças incluem o tifo epidêmico, causado por Rickettsia prowazekii e


transmitido por piolho, o tifo endêmico murino, causado por R. typhi e transmiti-
do por pulgas de ratos, e a febre maculosa das Montanhas Rochosas, causada por
R. rickettsi e transmitida por carrapatos.

Nos homens, as infecções por riquetsias danificam os capilares sanguíneos, o


que resulta em uma erupção cutânea manchada característica.

Ehrlichia
As Ehrlichiae são bactérias gram-negativas parecidas com riquetsias e vivem
obrigatoriamente dentro das células brancas do sangue.

As espécies de Ehrlichia são transmitidas por carrapatos aos seres humanos e


causam a erliquiose, uma doença algumas vezes fatal.

Bartonella
O gênero Bartonella contém vários membros que são patogênicos para hu-
manos. O mais conhecido e o Bartonella henselae, um bacilo gram-negativo que
causa a doença da arranhadura de gato.

Brucella
As bactérias Brucella são pequenos cocobacilos imóveis. Todas as espécies de
Brucella são parasitas obrigatórios de mamíferos e causam a doença brucelose.

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A capacidade de sobreviver à fagocitose é de interesse médico, pois esse é um
importante elemento de defesa do corpo contra as bactérias.

Nitrobacter e Nitrosomonas
São gêneros de bactérias nitrificantes de grande importância para o meio ambien-
te e a agricultura. Eles são quimioautotróficos capazes de utilizar substâncias químicas
inorgânicas como fonte de energia e dióxido de carbono como fonte única de carbo-
no, a partir dos quais eles sintetizam toda a sua complexa maquinaria química.

As fontes de energia dos gêneros Nitrobacter e Nitrosomonas (o último é um


membro das beta-proteobactérias) são compostos nitrogenados reduzidos.

As espécies de Nitrobacter oxidam amônio (NH4+) em nitrito (NO2–) que, por


sua vez, é oxidado pelas espécies de Nitrosomonas em nitrato (NO3–) no processo
de nitrificação.

Os nitratos são importantes para a agricultura, sendo uma forma de nitrogênio


altamente móvel no solo e, portanto, facilmente encontrada e utilizável pelas plantas.

As beta-proteobactérias com frequência utilizam substâncias nutrientes que se


difundem a partir de áreas de decomposição anaeróbica de matéria orgânica, como
gás hidrogênio, amônia e metano. Várias bactérias patogênicas importantes são
encontradas nesse grupo.

Spirillum
O habitat do gênero Spirillum é essencialmente a água fresca. Uma diferença
morfológica importante em relação às espiroquetas helicoidais é que as bactérias
Spirillum são movidas por um flagelo polar convencional, em vez de filamentos axiais.

Os espirilos são bactérias gram-negativas aeróbicas, e relativamente grandes.

O Spirillum volutans é frequentemente utilizado em lâminas de demonstração


quando estudantes de Microbiologia operam pela primeira vez um microscópio.

Burkholderia
O gênero Burkholderia foi inicialmente agrupado com o gênero Pseudomonas,
que agora é classificado como gama-proteobactéria. Como as Pseudomonas, quase
todas as espécies de Burkholderia são movidas por um único flagelo polar ou um
tufo de flagelos.

As gama-proteobactérias constituem o maior subgrupo das proteobactérias e


incluem uma grande variedade de tipos fisiológicos. A seguir, estão alguns de im-
portância médica:

Pseudomonas
Consistem em bastonetes gram-negativos aeróbicos que se locomovem por um
único flagelo polar ou por meio de tufos.

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As pseudomonas são muito comuns no solo e em outros ambientes naturais.

Em hospitais e em outros lugares nos quais agentes farmacêuticos são prepara-


dos, a capacidade das pseudomonas de crescer a partir de quantidades mínimas de
fontes incomuns de carbono, como resíduos de sabão ou adesivos de revestimento
de tampas encontrados em uma solução, tem sido um problema inesperado.

Shigella
As espécies de Shigella são responsáveis por uma doença chamada de disenteria
bacilar ou shigelose. Diferente das salmonelas, elas são encontradas em humanos.

Klebsiella
Os membros do gênero Klebsiella são comumente encontrados no solo e na
água. Muito isolados, são capazes de fixar o nitrogênio da atmosfera, o que foi
proposto como uma vantagem nutricional quando encontrados em populações hu-
manas com pouco nitrogênio proteico na dieta.

A espécie Klebsiella pneumoniae, eventualmente, causa uma forma grave de


pneumonia em humanos.

Serratia
Serratia marcescens é uma espécie bacteriana diferenciada por sua produção de
um pigmento vermelho.

Em hospitais, o organismo pode ser encontrado em cateteres, soluções salinas


de irrigação e outras soluções supostamente estéreis. Tal contaminação é, provavel-
mente, a causa de muitas infecções urinárias e respiratórias em hospitais.

Salmonella
Quase todos os membros do gênero Salmonella são potencialmente patogêni-
cos. Como consequência, existe uma grande quantidade de testes bioquímicos e
sorológicos para isolar e identificar as salmonelas.

Elas são habitantes comuns do trato intestinal de muitos animais, especialmente


das aves domésticas e do gado. Em condições sanitárias inadequadas, podem con-
taminar alimentos.

As epsilon-proteobactérias são bastonetes gram-negativos delgados com forma


helicoidal ou curva. Discutiremos dois importantes gêneros, que se locomovem por
flagelos e são microaerofílicos.

Campylobacter
Uma espécie de Campylobacter, o C. fetus, causa aborto espontâneo em ani-
mais domésticos. Outra espécie, o C. jejuni, e a principal causa de surtos de doen-
ça intestinal de origem alimentar.

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Helicobacter
Membros do gênero Helicobacter são bastonetes curvos microaerofílicos com
flagelos múltiplos. A espécie Helicobacter pylori foi identificada como a causa
mais comum de úlceras pépticas nos seres humanos e uma das causas de câncer
do estômago.

Bactérias Gram-Negativas
não Proteobactérias
Além das proteobactérias, há um grupo de bactérias gram-negativas importantes
que não são relacionadas às proteobactérias gram-negativas.

Elas incluem diversas bactérias fotossintéticas fisiológica e morfologicamente dis-


tintas, como aquelas incluídas nos filos Cyanobacteria (cianobacterias), Chlorobi
(bactérias verdes sulfurosas) e Chloroflexi (bactérias verdes não sulfurosas).

As cianobactérias produzem oxigênio durante a fotossíntese (são oxigênicas) e as


bactérias verdes sulfurosas e não sulfurosas não produzem oxigênio (são anoxigênicas).

Bactérias Gram-Positivas
As bactérias gram-positivas podem ser divididas em dois grupos: aquelas que
têm um alto índice das bases nitrogenadas guanina (G) + citosina (C) e aquelas que
têm um baixo índice de bases nitrogenadas guanina (G) + citosina (C).

Esses grupos bacterianos estão classificados em filos separados: Firmicutes


(baixos índices de G + C) e Actinobacteria (altos índices de G + C).

Firmicutes inclui bactérias formadoras de endósporos importantes, como os gê-


neros Clostridium e Bacillus. Também de extrema importância em Microbiologia
Médica são os gêneros Staphylococcus, Enterococcus e Streptococcus.

Na Microbiologia Industrial, o gênero Lactobacillus, que produz o ácido lático,


também é bem conhecido. Os micoplasmas, que não possuem parede celular, tam-
bém são encontrados nesse filo.

Estudaremos brevemente os gêneros do filo Firmicutes.

Clostridium
As espécies do gênero Clostridium não necessitam de oxigênio, ou seja, são
anaeróbicos obrigatórios.

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A morfologia de suas células são bastonetes e contém endósporos que geralmente


deformam a célula.

A formação de endósporos pelas bactérias é importante tanto para a Medicina


quanto para a Indústria Alimentar, devido à resistência dos endósporos ao calor e
a muitos compostos químicos.

As doenças associadas aos clostrídios incluem o tétano, causado por C. tetani,


o botulismo, causado por C. botulinum, e a gangrena gasosa, causada por
C. perfringens e outros clostrídios.

O C. perfringens também é a causa de uma forma comum de diarreia de ori-


gem alimentar.

O C. difficile é um habitante do trato intestinal que pode causar uma diarreia séria.
Isso ocorre somente quando uma terapia com antibiótico altera a microbiota intestinal
normal, permitindo o supercrescimento pela bactéria produtora de toxina C. difficile.

Bacillales
A ordem Bacillales inclui vários gêneros importantes de bastonetes e cocos
gram-positivos.

Bacillus
As bactérias do gênero Bacillus são tipicamente bastonetes que produzem en-
dósporos. Elas são comuns no solo, e somente algumas são patogênicas para hu-
manos. Várias espécies produzem antibióticos.

O Bacillus anthracis causa o antraz, uma doença que ataca gado, ovelhas e
cavalos e que pode ser transmitida a humanos, sendo frequentemente mencionado
como um possível agente em guerras biológicas.

O bacilo do antraz é anaeróbico, facultativo e imóvel, muitas vezes formando


cadeias em cultura. O endósporo de localização central não deforma a parede.

O Bacillus cereus é uma bactéria comum no meio ambiente e, ocasionalmente,


é identificada como a causa de intoxicação alimentar, especialmente, em alimentos
contendo amido, como o arroz.

Staphylococcus
Os estafilococos ocorrem, tipicamente, em agregados em forma de cacho de
uva. A espécie mais importante de estafilococos é Staphylococcus aureus, assim
denominada pela pigmentação amarelada das suas colônias. Os membros dessa
espécie são anaeróbicos facultativos.

Algumas características dos estafilococos são responsáveis por sua patogenici-


dade, que apresenta várias formas. Eles crescem comparativamente bem sob con-
dições de pressão osmótica elevada e baixa umidade, o que explica, parcialmente,

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porque podem crescer e sobreviver nas secreções nasais (muitos de nós carregam
as bactérias no nariz) e na pele.
Isso também explica como o S. aureus pode crescer em alguns alimentos com
alta pressão osmótica (como presunto e outras carnes curtidas) ou em alimentos
com baixa umidade, que tendem a inibir o crescimento de outros organismos.
O pigmento amarelo provavelmente confere alguma proteção para os efeitos
antimicrobianos do Sol.
O S. aureus produz muitas toxinas que contribuem para a patogenicidade da
bactéria, aumentando sua capacidade de invadir o corpo e danificar os tecidos.
A infecção de feridas cirúrgicas por S. aureus é um problema comum em hospi-
tais, e sua capacidade de desenvolver rapidamente resistência a antibióticos, como
a penicilina, contribui para seu perigo para pacientes em ambientes hospitalares.
O S. aureus produz a toxina responsável pela Síndrome do Choque Tóxico, uma
infecção grave caracterizada por febre alta, vômitos e, algumas vezes, morte. Tam-
bém produz uma enterotoxina que causa vômitos e náusea quando ingerida, uma
das causas mais comuns de intoxicação alimentar.

Lactobacillales
Diversos gêneros importantes são encontrados na ordem Lactobacillales. O gê-
nero Lactobacillus é representativo da importância das bactérias produtoras de
ácido lático para a Indústria.
A maioria não tem um Sistema de Citocromo e não é capaz de utilizar o oxigê-
nio como aceptor de elétrons. Contudo, diferentemente da maioria dos anaeróbicos
obrigatórios, elas são aerotolerantes e capazes de crescer na presença de oxigênio.
Entretanto, em comparação aos micro-organismos que utilizam o oxigênio, elas
crescem pouco. Porém, a produção de ácido lático a partir de carboidratos simples
inibe o crescimento de organismos competidores e permite que eles cresçam de
maneira competitiva, apesar de sua ineficiência metabólica.
O gênero Streptococcus possui as mesmas características metabólicas do gê-
nero Lactobacillus. Existem diversas espécies importantes industrialmente, mas os
estreptococos são os mais conhecidos, por sua patogenicidade.
Os gêneros Enterococcus e Listeria são mais convencionais metabolicamente.
Ambos são anaeróbicos, facultativos, e várias espécies são patógenos importantes.
Nos humanos, as bactérias do gênero Lactobacillus são localizadas na vagina,
no trato intestinal e na cavidade oral.

Streptococcus
Os membros do gênero Streptococcus são bactérias gram-positivas esféricas,
que aparecem, tipicamente, em cadeias.
Eles são um grupo complexo do ponto de vista taxonômico, provavelmente
responsáveis por mais infecções e causando uma variedade maior de doenças que
qualquer outro grupo de bactérias.

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UNIDADE Curva de Crescimento e Mecanismos de
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Os estreptococos patogênicos produzem várias substâncias extracelulares que


contribuem para sua patogenicidade. Entre elas, estão os produtos que destroem as
células fagocíticas que os ingerem.
As enzimas produzidas por alguns estreptococos disseminam infecções ao dige-
rirem o tecido conjuntivo do hospedeiro, levando a uma destruição extensa dos te-
cidos, podendo se disseminar a partir do local de lesão por enzimas que provocam
a lise da fibrina (uma proteína fibrosa) de coágulos sanguíneos.
Entre as doenças causadas pelo S. pyogenes estão a febre escarlatina, a faringite
(dor de garganta), a erisipela, o impetigo e a febre reumática.
O fator de virulência mais importante é a proteína M da superfície bacteriana,
com a qual as bactérias evitam a fagocitose.
Outro membro é o Streptococcus agalactiae, que causa uma importante doença
que ocorre em recém-nascidos, a septicemia neonatal.
Certos estreptococos não são beta-hemolíticos, mas quando crescem em ágar-
-sangue, suas colônias são circundadas por uma cor esverdeada característica. São
os estreptococos alfa-hemolíticos.
A cor esverdeada representa uma destruição parcial das hemácias, causada,
essencialmente, pela ação do peróxido de hidrogênio produzido pelas bactérias, e
aparece somente quando as bactérias são cultivadas na presença de oxigênio.
O patógeno mais importante nesse grupo é o Streptococcus pneumoniae, a
causa da pneumonia por pneumococos.
Também são incluídas nos estreptococos alfa-hemolíticos as espécies chamadas
de Streptococcus viridans. Contudo, nem todas as espécies formam a cor esverde-
ada alfa-hemolítica (virescent = verde), de modo que não é um nome de grupo satis-
fatório. Provavelmente, o patógeno mais significante seja o Streptococcus mutans,
a principal causa das cáries dentárias.

Enterococcus
Os enterococos são adaptados a áreas do corpo ricas em nutrientes, mas pobres
em oxigênio, como o trato gastrintestinal, a vagina e a cavidade oral.
Eles também são encontrados em grandes quantidades nas fezes humanas.
Como são micro-organismos relativamente resistentes, persistem como contami-
nantes em ambientes hospitalares, mãos, jogos de cama e até nos gases fecais.
Nos anos recentes, eles se tornaram a principal causa de infecções nosocomiais,
especialmente por sua alta resistência à maioria dos antibióticos.
Duas espécies, Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium, são responsáveis
pela maioria das infecções de feridas cirúrgicas e do trato urinário.
Em cenários médicos, eles frequentemente entram na corrente sanguínea por
meio de procedimentos invasivos, como os cateteres.

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Listeria
A espécie patogênica do gênero Listeria monocytogenes pode contaminar ali-
mentos, especialmente os laticínios.

Uma característica importante da L. monocytogenes é que ela sobrevive em cé-


lulas fagocíticas, além de ser capaz de crescer em temperaturas de refrigeração. Se
infecta uma mulher grávida, o organismo causa risco de parto natimorto ou danos
graves para o feto.

Mycoplasmatales
Os micoplasmas são altamente pleomórficos, pois não têm parede celular e
podem produzir filamentos que parecem fungos, daí seu nome (mykes = fungos e
plasma = formado).

As células do gênero Mycoplasma são bem pequenas, variando de 0,1 a 0,25μm,


com um volume celular que representa em torno de 5% do volume de um bacilo típico.

Como seu tamanho e plasticidade permitem que passem através dos filtros que re-
têm bactérias comuns, assim, esses organismos foram, inicialmente, considerados vírus.

Os micoplasmas podem representar os menores organismos autorreplicáveis ca-


pazes de viver como células livres.
Explor

Para ter acesso a mais imagens de bactérias, explore o site a seguir: http://bit.ly/2KX5n0g

Eucariotos: Fungos, Algas,


Protozoários e Helmintos
Os micro-organismos eucarióticos que afetam humanos: os fungos, as algas, os
protozoários, os helmintos parasitas e os artrópodos, transmitem doenças. Mais da
metade da população mundial está infectada por patógenos eucariotos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica seis doenças parasitárias en-


tre as 20 principais causas de morte de origem microbiana no mundo. Iremos agora
estudar as principais características desses animais.

Fungos
Micologia é o estudo dos fungos, que são seres eucariotos que compõem o reino
Fungi e tem valor econômico considerável.

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Produção de Doenças dos Microrganismos

Tanto a incidência de infecções importantes causadas por fungos tem aumentado


quanto os fungos também são benéficos, sendo importantes na cadeia alimentar,
por decomporem matéria vegetal morta, reciclando elementos vitais.
Em relação às doenças, o número de infecções fúngicas graves está aumentando.
Elas estão ocorrendo como infecções hospitalares e em indivíduos com Sistema
Imune comprometido.
Além disso, milhares de doenças causadas por fungos afetam plantas economi-
camente importantes, custando mais de um bilhão de dólares ao ano.
Os fungos são utilizados pelos homens como alimentos (cogumelos) e também
para a produção de alimentos (pão e ácido cítrico) e drogas (álcool e penicilina).
Das mais de 100 mil espécies conhecidas de fungos, apenas cerca de 200 são
patogênicas para os humanos e para os animais. Os fungos podem ser unicelula-
res, como é o caso das leveduras, e sua identificação envolve testes bioquímicos.
Entretanto, fungos multicelulares são identificados considerando seu aspecto, in-
cluindo características da colônia e dos esporos reprodutivos.
As leveduras são fungos unicelulares, não filamentosos, tipicamente esféricos ou
ovais. Da mesma forma que os fungos filamentosos, as leveduras são amplamente
distribuídas na Natureza: com frequência são encontradas como um pó branco
cobrindo frutas e folhas. As leveduras de brotamento, como as Saccharomyces,
dividem-se formando células desiguais.
Existem também os fungos dimórficos – duas formas de crescimento. Tais fungos
podem crescer tanto na forma de fungos filamentosos quanto na forma de levedura.
A forma de fungo filamentoso produz hifas aéreas e vegetativas; a forma de le-
vedura se reproduz por brotamento.
O dimorfismo nos fungos patogênicos é dependente de temperatura: a 37°C, o
fungo apresenta forma de levedura; a 25°C, de fungo filamentoso.

Figura 1 – Exemplos de fungos unicelulares e pluricelulares


Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons

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Todavia, os fungos diferem das bactérias em determinadas necessidades ambien-
tais e nas características nutricionais apresentadas a seguir:
• Os fungos, normalmente, crescem melhor em ambientes em que o pH é próxi-
mo a 5, que é muito ácido para o crescimento da maioria das bactérias comuns;
• Quase todos os fungos são aeróbicos e a maioria das leveduras é anaeróbi-
ca facultativa;
• A maioria dos fungos é mais resistente à pressão osmótica que as bactérias;
muitos, consequentemente, podem crescer em concentrações relativamente
altas de açúcar ou sal;
• Os fungos podem crescer em substâncias com baixo grau de umidade, em
geral tão baixo, que impede o crescimento de bactérias;
• Os fungos necessitam de menos nitrogênio para um crescimento equivalente
ao das bactérias;
• Os fungos, com frequência, são capazes de metabolizar carboidratos com-
plexos, como a lignina (um dos componentes da madeira), que a maioria das
bactérias não pode utilizar como nutriente.

Essas características permitem que os fungos se desenvolvam em substratos di-


versos, como paredes de banheiro, couro de sapatos e jornais velhos.

Algas
As algas são organismos eucariotos fotoautotróficos relativamente simples que
não possuem os tecidos (raízes, caules e folhas) típicos de plantas.

A identificação de algas filamentosas e unicelulares requer exame microscópico.


A maioria das algas é encontrada nos oceanos, sendo que a localização desses or-
ganismos depende da disponibilidade de nutrientes apropriados, do comprimento
de onda da luz e das superfícies sobre as quais eles crescem.

As algas são conhecidas como as grandes placas marrons nas águas costeiras, a
espuma verde em uma poça e as manchas verdes no solo ou sobre rochas.

Algumas algas são responsáveis por intoxicações alimentares.

Protozoários
O termo protozoan significa “primeiro animal” que, geralmente, descreve sua
nutrição semelhante à nutrição dos animais.

Os protozoários são organismos unicelulares, eucarióticos quimio-heterotróficos.


Entre os protozoários, variam de estrutura celular e habitam a água e o solo.

No estágio de alimentação e crescimento, ou trofozoíto, alimentam-se de bacté-


rias e pequenas partículas nutrientes.

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UNIDADE Curva de Crescimento e Mecanismos de
Produção de Doenças dos Microrganismos

Alguns protozoários fazem parte da microbiota normal dos animais.

O Nosema locustae, um patógeno de inseto, é vendido comercialmente como


um inseticida não tóxico utilizado para matar gafanhotos. Devido ao fato de os pro-
tozoários serem específicos para os gafanhotos, eles não afetam os humanos ou os
animais que se alimentam desses insetos.

Formigas-de-fogo (fire ants) causam prejuízo de milhões de dólares à Agricultura


a cada ano nos Estados Unidos e podem causar picadas dolorosas.

Os pesquisadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estão


estudando um protozoário que reduz a produção de ovos por essas formigas.

Em relação ao ciclo de vida, os protozoários se reproduzem assexuadamente por


fissão, brotamento ou esquizogonia.

Esquizogonia é uma fissão múltipla: o núcleo se divide múltiplas vezes antes


da divisão celular. Após muitos núcleos serem formados, uma pequena porção do
citoplasma se concentra ao redor de cada núcleo e, então, a célula se separa em
células-filhas.

A reprodução sexuada já foi observada em alguns protozoários. Os ciliados,


como o Paramecium, reproduzem-se sexualmente por conjugação, que é muito
diferente do processo bacteriano de mesmo nome.

Durante a conjugação dos protozoários, duas células se fundem, e um núcleo


haploide (o micronúcleo) de cada célula migra para a outra célula. Esse micronúcleo
haploide se funde com o micronúcleo que está dentro da célula. As células parentais
se separam e cada uma se torna uma célula fertilizada. Depois, quando as células
se dividem, elas produzem células-filhas com o DNA recombinado.

Alguns protozoários produzem gametas (gametócitos), células sexuais haploides.


Durante a reprodução, os dois gametas se fundem para formar um zigoto diploide.

Sobre condições adversas, alguns protozoários produzem uma cápsula protetora


chamada de cisto, o que permite que o organismo sobreviva na ausência de alimen-
to, umidade ou oxigênio, quando as temperaturas não são adequadas, ou quando
compostos tóxicos estão presentes.

Um cisto também permite que uma espécie parasita seja capaz de sobreviver
fora de um hospedeiro. Isso é importante, pois os protozoários parasitas podem
precisar ser excretados de um hospedeiro para precisar chegar a um novo.

O cisto formado nos membros do filo Apicomplexa é chamado de oocisto e é uma


estrutura reprodutiva a partir da qual novas células são produzidas assexuadamente.

Doenças causadas por protozoários parasitas envolvem, basicamente, dois locais


de parasitismo: o sangue e o tubo digestório. No entanto, a pele, o coração, os
órgãos do Sistema Genital e o Sistema Linfático também constituem locais em que
os parasitas podem se instalar.

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Essas doenças envolvem, em seu ciclo, hospedeiros, isto é, organismos vivos em
que os parasitas se desenvolvem.

Caso o agente parasitário utilize dois hospedeiros para completar o seu ciclo
de vida, considera-se hospedeiro definitivo aquele local no qual o parasita se re-
produz sexuadamente. Hospedeiro intermediário é aquele no qual o parasita se
reproduz assexuadamente.

Quase sempre, o homem atua como hospedeiro definitivo. Na malária, no en-


tanto, a reprodução sexuada dos parasitas ocorre nos pernilongos, que são então
considerados hospedeiros definitivos, sendo o homem o hospedeiro intermediário.

As parasitoses mais frequentes no Brasil, causadas por protozoários, são a Ma-


lária, a Amebíase, a Giardíase e a Tricomoníase.

Helmintos
Muitos animais parasitas passam a vida inteira, ou parte dela, em humanos. A maior
parte desses animais pertence a dois filos: Platelmintos (vermes achatados) e Nematoda
(vermes redondos).

Esses vermes são comumente chamados de helmintos. Existem, também, as es-


pécies de vida livre neste filo, mas limitaremos nossa discussão às espécies parasitas.

As doenças causadas pelos vermes parasitas são discutidas em outra unidade –


Características dos helmintos.

Os helmintos são animais eucarióticos multicelulares que, geralmente, possuem


os Sistemas Digestório, Circulatório, Nervoso, Excretor e Reprodutor.

Os helmintos parasitas precisam ser altamente especializados para viver no inte-


rior de seus hospedeiros.

Artrópodes
Os artrópodes são animais caracterizados por possuir corpos segmentados, es-
queletos externos rígidos e patas articuladas. Com aproximadamente um milhão de
espécies, esse é o maior filo do reino animal.

Embora não sejam micróbios, descreveremos os artrópodes brevemente, pois


alguns sugam sangue de seres humanos e de outros animais e podem transmitir
doenças microbianas durante esse processo.

Os artrópodes que transportam micro-organismos patogênicos são chamados


de vetores.

A sarna e a pediculose são doenças causadas por artrópodes. São eles: Aracní-
dea (oito patas): aranhas, ácaros, carrapatos; Crustácea (quatro antenas): carangue-
jos, lagostim; Insecta (seis patas): abelhas, moscas, piolhos.

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UNIDADE Curva de Crescimento e Mecanismos de
Produção de Doenças dos Microrganismos

Vírus, Viroides e Prions


Os vírus são muito pequenos para serem vistos no microscópio óptico e não se
multiplicam fora de suas células hospedeiras. Por isso, embora as doenças causadas
por vírus não sejam uma novidade, as partículas virais não puderam ser estudadas
até o século XX.

Em 1886, o químico holandês Adolf Mayer demonstrou que a Doença do Mosai-


co do Tabaco (DMT) era transmissível de uma planta doente para uma planta sadia.

Em 1892, em uma tentativa de isolar a causa da DMT, o bacteriologista russo


Dimitri Iwanowiski filtrou a seiva de plantas doentes em filtros de porcelana cons-
truídos para reter bactérias.

Ele esperava encontrar o micróbio preso ao filtro. Ao contrário, constatou que o


agente infeccioso havia passado através dos diminutos poros do filtro.

Quando ele injetou o fluido filtrado em plantas sadias, elas contraíram a doença.
A primeira doença humana associada com um agente filtrável foi a febre amarela.

Os avanços nas Técnicas de Biologia Molecular, nos anos de 1980 e 1990,


permitiram a identificação de vários novos vírus, incluindo o Vírus da Imunodefi-
ciência Humana (HIV) e o Coronavírus associado à Síndrome Respiratória Aguda
Severa (SARS).

O vírus israelense da paralisia aguda tornou-se uma preocupação em 2006,


quando dizimou cerca de 90% das abelhas polinizadoras em algumas colmeias
norte-americanas.

Esse novo vírus foi identificado pela primeira vez em Israel, em 2002, e parece
circular nos Estados Unidos desde então.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Biologia - Reino Protista: Protozoários
https://youtu.be/810GJyW6PMI

Leitura
Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de Infecção em Serviços de Saúde
http://bit.ly/2L8PWCi
Vírus
http://bit.ly/2L8Q30G
Reino Protista
http://bit.ly/2KZHHIQ

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UNIDADE Curva de Crescimento e Mecanismos de
Produção de Doenças dos Microrganismos

Referências
BROOKS, G. F. et. al. Microbiologia Médica. 25.ed. Porto Alegre: AMGH,
2012. (e-book)

CHAMBO FILHO, A. et. al. Estudo do perfil de resistência antimicrobiana das


infecções urinárias em mulheres atendidas em hospital terciário. Rev. Bras. Clin.
Médica, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 102-7, abr.-jun., 2013. Disponível em: <http://
files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2013/v11n2/a3559.pdf>.

MC PHERSON, R. A.; PINCUS, M. R. Diagnósticos Clínicos e Tratamentos por


Métodos Laboratoriais. 21.ed. Barueri: Manole, 2012. (e-book)

MORSE, S. A.; BUTEL, J. S.; BROOKS, G. F. Microbiologia Médica de Jawetz,


Melnick e Adelberg. 26.ed. Porto Alegre: Mcgraw Hill, 2014.

TORTORA, G. J.; CASE, C. L.; FUNKE, B. R. Microbiologia. 10.ed. Porto Alegre:


Artmed, 2012.

TRABULSI, L. R.; ALTELTHUN, F. Microbiologia. 5.ed. São Paulo: Rio de


Janeiro: Atheneu, 2008.

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