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REDE DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA - RUE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Reitor – Natalino Salgado Filho
Vice-Reitor – Antonio José Silva Oliveira
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – Fernando de
Carvalho Silva
COORDENAÇÃO GERAL
Ana Emília Figueiredo de Oliveira
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Deborah de Castro e Lima Baesse
São Luís
2015
Copyright © UFMA/UNA-SUS, 2015
Todos os diretos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte e que não seja para venda ou para qualquer fim comercial. A
responsabilidade pelos direitos autorais dos textos e imagens desta obra é da UNA-SUS/
UFMA.
Normalização
Bibliotecária Eudes Garcez de Souza Silva
(CRB 13ª Região, nº de Registro – 453)
Revisão ortográfica
Fábio Alex Matos Santos
Revisão técnica
Claudio Vanucci Silva de Freitas
Judith Rafaelle Oliveira Pinho
42f. : il.
CDU 614.2
INTRODUÇÃO
\
UNIDADE 4....................................................................... 7
1 CENÁRIO ATUAL.............................................................. 7
1.1 Urgência/emergência e a regulação do fluxo assistencial.. 9
1.2 Fundamentos do acolhimento com classificação de risco na
RUE.................................................................................. 13
1.3 Condições críticas prevalentes e complicações agudas das
condições crônicas........................................................... 18
2 URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NA ATENÇÃO BÁSICA E SEU
IMPACTO NA RUE - ESTABILIZAÇÃO E RACIONALIDADE DE
FLUXO ASSISTENCIAL...................................................... 30
2.1 Componentes da RUE: UPA, Samu, Portas Hospitalares SOS,
Leitos de Retaguarda e Atenção Domiciliar - programa Me-
lhor em Casa..................................................................... 34
REFERÊNCIAS................................................................. 40
UNIDADE 4
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE: REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA - RUE
1 CENÁRIO ATUAL
A Atenção
Básica: UBS, ESF
e EACS;
Pronto Atendi-
mento (UPA) e
Atenção outras portas
Domiciliar. abertas 24 horas;
RUE
Portas
Hospitalares de Serviço Móvel
atenção às de Urgência
urgências - SOS (Samu - 192);
urgências;
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Boletim
Chegada de
emergência
Não
Sim Urgência
Não
Sim Urgência
maior
Não
Sala azul
Sala amarela Sala verde
Serviço social
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1. Politraumati-
1. Queixas crôni-
1. Parada cardiorres- zado com ECG- 1. Idade superior a
cas sem altera-
piratória. Glasgow entre 13 60 anos.
ções agudas.
e 15.
continua
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REFLITA COMIGO!
Esses direcionamentos das classificações de risco
poderão ser incluídos em sua rotina de trabalho.
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»» Situações médicas
Cefaleia
Qualificadores Classificação Conduta/Observações
Sinais vitais alterados; Fazer diagnóstico diferencial
Dor intensa (8-10/10); entre
Rigidez de nuca; PRIMÁRIAS X SECUNDÁRIAS
Alteração do nível de Verificar sinais de alarme: início
consciência; súbito, progressiva e após 50
Sinais neurológicos anos; história de queda ou TCE
VERMELHO
focais: paresia, recente, cursando com quadro de
parestesias, disfasia, hipertensão intracraniana;
afasia, ataxia, distúrbio Início recente em paciente
do equilíbrio; HIV+ ou portador potencial de
PAS ≥ 190 ou PAD ≥ 120 neoplasia ou lesões expansivas;
mmHg. Achados sistêmicos;
Sinais vitais normais; Sinais neurológicos focais;
Dor moderada (4-7/10) Exames de rotina mais: TC de
com náuseas e/ou AMARELO crânio / punção liquórica / VHS /
vômitos; quadro de crise ECG etc.
hipertensiva. SECUNDÁRIAS - Tratamento
Sinais vitais normais; abortivo:
Dor leve (1-3/10); Enxaqueca: analgésicos + AINES +
Dor facial com rinorreia antiemético;
VERDE Tensional: analgésicos + AINES +
purulenta;
Relato de febre; antiemético.
Sem fatores de risco.
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Dor torácica
Qualificadores Classificação Conduta/Observações
Sinais vitais alterados;
Dor intensa (8-10/10);
Dor ou desconforto Avaliar ECG e probabilidade de
ou queimação ou dor isquêmica;
sensação opressiva na ECG + dosagem de marcadores
região precordial ou de necrose miocárdica seriados +
retroesternal, podendo exames gerais + Rx tórax;
irradiar para o ombro ECG isquêmico ou IAM:
ou braço esquerdo, unidade coronariana-terapia de
pescoço e mandíbula, VERMELHO reperfusão. Registrar tempo de
acompanhada início dos sintomas. AAS 300
frequentemente de mg VO + Clopidogel 300 mg
sudorese, náuseas, VO; medidas gerais: repouso,
vômitos ou dispneia monitorização contínua, oxigênio
(DOR ISQUÊMICA); (2-4 l/min), acesso venoso;
História pregressa Morfina 2-5 mg IV em caso de dor;
de IAM ou angina; isordil 5 mg SL em caso de dor;
diabético, hipertenso betabloqueador (checar
etc. contraindicações);
Sinais vitais normais; Dissecção de aorta: elevação da
Dor moderada (4-7/10); PA; pulsos assimétricos; isquemia
Dor ventilatório- em órgão; sopro de insuficiêcia
dependente ou que aórtica. Tratamento inicial:
piora com tosse, AMARELO betabloqueador + nitroprussiato;
acompanhada de febre, Embolia pulmonar: dispneia;
tosse ou expectoração; taquipneia; hemoptise;
História de pirose ou tratamento inicial:
dispepsia. anticoagulação;
Sinais vitais normais; Pericardite: dispneia; diaforeses;
Dor de característica atrito pericárdico. Tratamento
muscular; inicial: AINE ou corticoide;
Dor leve (1-3/10) sem Pneumotórax: hipotensão e
outros sintomas dispneia; ↓ MV + turgência
VERDE jugular. Tratamento inicial:
associados e em
pacientes sem história observação ou drenagem.
prévia de coronariopatia
ou embolia pulmonar;
Sem fatores de risco.
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Dor abdominal
Qualificadores Classificação Conduta/Observações
Dor intensa (8-10/10) e
progressiva;
Sinais vitais nitidamente
alterados;
Dor sugestiva de VERMELHO
peritonite química ou
infecciosa;
Dor sugestiva de
isquemia etc.
Sinais vitais normais ou
levemente alterados; Sinais vitais alterados + confusão
dor moderada (4-7/10); recente ou “aparência” de grave:
Distensão abdominal; ABCD primário;
vômitos e/ou diarreia Monitorização e coleta de exames;
com sinais de Hipovolemia → reposição
desidratação; volêmica, tipagem sanguínea,
Diarreia intensa; USG, Avaliação para necessidade
AMARELO
Febre ou relato de febre; de laparotomia imediatamente.
Retenção urinária com
bexigoma; Paciente estável - tratamento
Disúria intensa sintomático:
com polaciúria e/ou Analgésicos + antiespasmódicos +
hematúria; prostração, investigação.
palidez cutânea ou Mulher: USG transvaginal + beta-
sudorese. HCG.
Sinais vitais normais;
Dor leve (1-3/10);
Enjoo ou relato
de vômitos e/ou
diarreia sem sinais de
desidratação; VERDE
Disúria isolada ou
discreta sem outros
sintomas;
Não se apresenta
prostrado ou toxemiado.
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Hipertensão arterial
Qualificadores Classificação Conduta/Observações
PAS ≥ 220 ou PAD ≥ 130 Emergência hipertensiva: crise +
mmHg com qualquer lesão de órgão-alvo.
sintoma; Anti-hipertensivos parenterais:
Alteração do nível de Nitroprussiato IV: dose inicial:
consciência; 0,5 mcg/kg/min. Dose máxima: 8
Dor torácica sugestiva mcg/kg/min;
VERMELHO
de isquemia; Nitroglicerina IV: dose inicial: 5-10
Sinais neurológicos mcg/min;
focais: paresia, Hidralazina 10-20 mg IV de 6/6h.
parestesias, disfasia,
afasia, ataxia; Urgência hipertensiva: crise sem
Epistaxe franca. lesão de órgão-alvo.
PAS ≥ 220 ou PAD ≥ 130 Anti-hipertensivos orais:
mmHg sem sintomas; Captopril 25-50 mg VO (repetir em
PAS entre 190-220 ou AMARELO 1 hora, se necessário);
PAD entre 120-130 Nifedipina 10-20 mg VO;
mmHg com sintomas. Pseudocrise hipertensiva:
Situações em que o aumento
pressórico é secundário a má
PAS entre 190-220 ou aderência terapêutica, queixas
PAD entre 120-130 VERDE álgicas, ansiedade e fatores
mmHg sem sintomas. emocionais;
Analgesia + ansiolítico.
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Dispneia
Qualificadores Classificação Conduta/Observações
FR ≥ 36 irpm; Sat O2 ≤ Avaliação inicial. Asma
92%; brônquica? Oxigênio suplementar
Grande esforço S/N + beta-2 agonista;
respiratório; VERMELHO TRAUMA: avaliar se pneumotórax
Estridor laríngeo; ou fraturas → descompressão
Cianose e possível torácica com agulha ou tubo;
confusão mental. ANAFILAXIA: assegurar via aérea;
FR entre 28-35 irpm; adrenalina; anti-histamínicos;
Sat O2 entre 93%-94%; corticoide; beta-2 inalatório;
Dispneia aos esforços; PNEUMONIA: radiografia de tórax
Dor torácica → antibioticoterapia + culturas
AMARELO
ventilatório-dependente conforme necessário;
com ou sem febre; dor CARDÍACA: obter ECG.
de garganta com febre, Insuficiência cardíaca →
placas e toxemia. diuréticos; vasodilatador;
FR entre 17-27 irpm; Sat morfina;
O2 ≥ 95% arritmia → antiarrítimico;
Dor torácica ao cardioversão;
tossir; secreção nasal Isquemia → nitrato; AAS;
amarelada; dor de beta-bloqueador; terapia anti-
garganta com febre VERDE isquêmica.
e sem placas; tosse, EMBOLIA PULMONAR:
coriza, obstrução nasal, angio CT ou cintilografia →
dor de garganta ou anticoagulação; trombólise se
ouvido, sem febre e sem necessário.
toxemia.
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Dengue
Qualificadores Classificação Conduta/Observações
Sinais de choque Acompanhamento em leito de
ou instabilidade terapia intensiva;
hemodinâmica grave; Exames inespecíficos:
Desconforto hemograma; albumina,
respiratório; hemorragia transaminases; ureia, creatinina,
grave; VERMELHO radiografia de tórax; sorologia/
Disfunção grave de isolamento viral;
órgãos; Hidratação volêmica vigorosa: 20
Manifestação ml/kg/hora em 20 minutos com
hemorrágica presente SF 0,9% ou ringer lactato;
ou ausente. Reavaliar hematócrito a cada 2
Presença de algum horas;
sinal de alarme (queda Hemorragia: transfusão de
de PA, redução de concentrado de hemácias.
volume urinário, queda Investigar coagulopatias;
da temperatura, dor sintomáticos;
AMARELO Hidratação venosa: 20 ml/kg/hora
abdominal persistente e
dispneia); em duas horas com SF 0,9% ou
Manifestações ringer lactato;
hemorrágicas presente Reavaliação e repetir fase de
ou ausente. expansão até três vezes se não
houver melhora do hematócrito;
Sangramento de pele Hidratação oral supervisionada:
espontâneo ou induzido 80 ml/kh/hora sendo 1/3 do
(prova do laço +); volume nas primeiras quatro a
condição clínica VERDE seis horas.
especial ou risco social Sintomáticos em
ou comorbidade e sem repouso;
sinais de alarme. Tratamento ambulatorial, se
hematócrito normal.
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»» Situações odontológicas
Dores dentinopulpares
Figura 3 - Fluxograma que aborda o atendimento com classificação de risco/
vulnerabiliadade do paciente com queixa de dor dentinopulpar.
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Dores periapicais
Figura 4 - Fluxograma que aborda o atendimento com classificação de risco/
vulnerabiliadade do paciente com queixa de dor periapical.
SAIBA MAIS!
Mais informações sobre o protocolo clínico para urgências
odontológicas, acesse: http://goo.gl/Xmtiwu.
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Nessa concepção a
perspectiva que se pretende
Hospitais
adotar é a de redes poliárquicas
como pensada por Eugênio
UPA UPA Vilaça Mendes, conforme segue
o esquema a seguir. O objetivo é
evitar a “escalada” do sofrimento
do paciente na hierarquia
SAMU
assistencial, mas, sim, dotar o
fluxo de uma agilidade de tal
UBS UBS modo que o sofrimento dos
pacientes seja aliviado já nos
primeiros atendimentos e nos níveis primários da rede assistencial.
Com o acolhimento e a classificação de risco realizado na “porta
de entrada” e a inserção dos pacientes em um fluxo inteligente,
rápido e efetivo, podemos atingir um padrão de atendimento
muito mais humanizado e resolutivo (MENDES, 2009).
Organização Organização
piramidal em rede
Atenção
hospitalar
especializada
APS
Atenção
ambulatorial
Atenção primária
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Atenção
Familiar
Unidade
Unidade de saúde com Básica de
sala de estabilização Saúde
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CONSIDERAÇÕES
FINAIS
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REFERÊNCIAS
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