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PROCEDIMENTO Código: POP ENF 17.

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OPERACIONAL PADRÃO Data da Emissão:19/01/2018
Versão: 01

ORTOPEDIA Data de Revisão: 19/01/2018


Próxima Revisão:19/01/2020

PÓS-OPERATÓRIO DE ARTROPLASTIA DE QUADRIL

Responsável pela elaboração do POP: Aprovado por:


Enf. Francislene de Jesus Lopes Enf. Sandra de Souza
Enf. Raphael Sampaio dos Santos Lima Rocha (DIEN)
Enf. Residente R2 Magna Maria Alves Ribeiro Enf. Maria Helena de
Souza Praça Amaral
Responsável pela REVISÃO do POP: (Educação Continuada de
Enf. Cláudia Cruz da Silva Enfermagem)
Enf. Katerine Gonçalves Moraes
Enf. Maria Helena de Souza Praça Amaral
Enf. Stella Maris Gomes Renault

1. DEFINIÇÃO
A artroplastia de quadril é uma cirurgia realizada em pacientes com desgaste e dor progressiva da
articulação coxo-femural, ósteo-artrite de quadril e pacientes vítimas de fratura de colo do fêmur.
Ocorre então, a substituição da articulação do quadril por uma articulação artificial, que é a prótese,
podendo ser parcial ou total.

2. OBJETIVOS
● Promover a padronização da assistência aos pacientes em pós-operatório de prótese total
ou parcial de quadril;
● Evitar surgimento de lesão por pressão;
● Encorajar à reabilitação de maneira mais rápida.

3. INDICAÇÃO
● Pacientes submetidos à cirurgia de artroplastia que requerem cuidados no leito por um
determinado período de tempo.

4. PESSOAS E PROFISSIONAIS QUE IRÃO REALIZAR O PROCEDIMENTO


● Equipe de enfermagem.
● Equipe médica.

5. MATERIAL A SER UTILIZADO


● Triângulo abdutor.

6. DESCREVER DETALHADAMENTE AS ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS


1. Manter o posicionamento correto da articulação do quadril (abdução, rotação neutra, flexão
limitada);
2. Realizar banho no leito no pós-operatório imediato, dirigindo-se posteriormente ao banho de
aspersão após avaliação médica;
3. Realizar curativo cirúrgico e descrever aspecto da incisão, quanto à secreção, rubor ou
hiperemia.
4. Orientar e ajudar nas mudanças de posição e transferências;
5. Manter paciente em repouso no leito em decúbito dorsal para prevenir luxação;
6. Fazer uso de triângulo abdutor em tempo integral, colocando-o entre as pernas enquanto
decúbito dorsal e lateral para manter à abdução do quadril;
7. Manter cabeceira da cama em posição semi-fowler, não ultrapassar o ângulo de 60o;
8. Evitar flexão de quadril mais de 90o;
9. Manter os pés em linha reta, evitando que faça rotações. Utilizar, se possível, bota de
imobilização para evitar a rotação da perna;
10. Aliviar pressão sobre os calcâneos;
11. Lateralizar o paciente para o lado contrário ao local da incisão cirúrgica;
12. Limitar a flexão de quadril durante a transferência da cama para cadeira e/ou quando
sentado, mantendo sempre o triângulo abdutor entre as pernas;
13. Evitar cruzar as pernas, fechar e flexionar o quadril, para prevenir luxações no caso de um
posicionamento que ultrapasse os limites da prótese;
14. Utilizar meias compressivas conforme prescrição, para evitar a estase venosa e promover a
circulação sanguínea;
15. Avaliar a integridade da pele para prevenir lesões por pressão devido a imobilização do
paciente no leito;
16. Utilizar cadeiras com assento elevados, para diminuir a flexão da articulação do quadril; e
17. Levantar da cama colocando primeiro o membro operado para fora, em seguida sentar e
colocar o corpo inclinado levemente para trás.

Figura 1: Artroplastia de Quadril

Fonte:http://www.thehindu.com/news/cities/mumbai/with-stent-prices-capped-ortho-implants-are-
next/article19410888.ece > acesso em 19/01/2018.

7. ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCOS


 Manter o posicionamento correto da articulação do quadril (abdução, rotação neutra, flexão
limitada);
 Orientar e supervisionar o uso seguro dos dispositivos auxiliares e de deambulação;
 Monitorar os sinais vitais, observando quanto a sinais de choque;
 Em caso de sangramento excessivo ou alterações dos sinais vitais avisar ao médico;
 Notificar o médico caso o estado neurológico estiver alterado;
 Avaliar os artelhos quanto à resposta de enchimento capilar;
 Verificar pulso pedioso em ambos os pés;
 Avaliar membros inferiores quanto ao edema;
 Avaliar a luxação da prótese (um membro se encurta, em rotação interna ou externa, fortes
dores no quadril;
 Paciente incapaz de mover o membro;
 Notificar médico sobre a possível luxação;
 Atentar para sinais de trombose;
 Avaliar sinais de infecção no sítio cirúrgico no momento do curativo;
 Avaliar sinais de lesão por pressão no momento do banho;
 Infecção da prótese;
 Educar o paciente para o cuidado domiciliar.
OBS: A luxação de quadril é uma complicação grave que pode ocorrer se os cuidados não forem
feitos de modo correto.
8. RESULTADOS ESPERADOS
 Garantir os cuidados ao paciente que realiza cirurgia de artroplastia de quadril livre de
negligência, imperícia e imprudência;
 Manter integridade cutânea;
 Reduzir tempo de internação.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUNNER & SUDDARTH. Manual de enfermagem médico-cirúrgico. 13. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.

Silva, FR. Complicações no pós-operatório de artroplastia total de quadril: assistência e


conhecimento da enfermagem. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em
Saúde, 2012. Acesso em: 19/01/2017. Disponível em:
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6496/1/TCC%20Fabiana%5B1%5D.pdf

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). Cartilha para


pacientes submetidos a artroplastia total de quadril. Brasília: Ministério da Saúde; 2017. p.08-13.

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