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CONTENÇÃO FÍSICA

CONTENÇÃO
MECÂNICA
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DE SAÚDE HERBERT JOSÉ DE SOUZA – ETESHJS


COMPONENTE CURRICULAR: SAÚDE COLETIVA
CURSO: TÉCNICO EM ENFERMAGEM MÓDULO: II PERÍODO: MANHÃ / 7H ÀS 12h10
DOCENTE TITULAR: SAMHIRA SOUZA
DOCENTES SUBSTITUTAS: GRACIETE COSTA E JUREMA

AULA 3

1) CONCEITO

1.1) Contenção Física: caracterizada pela imobilização do paciente por várias


pessoas da equipe que o seguram firmemente. Uso de técnicas manuais para
limitar as ações do paciente, caracterizando como intervenção de segurança e
não como recurso terapêutico.

1.1) Contenção Mecânica: Uso de dispositivos mecânico, como exemplo as


faixas pra realizar o enfaixamento, em quatro ou cinco pontos que fixam o
paciente ao leito.

2) INDICAÇÕES

− Pacientes desorientados;
− Pacientes não colaborativos;
− Agitações psicomotoras;
− Reduzir risco de queda do leito;
− Retirar cateteres, drenos e curativos;
− Possibilitar a realização de exames e procedimentos;
− Complicações: traumas emocionais, redução da perfusão das
extremidades, fraturas, entre outras;
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3) CAUSAS DA AGITAÇÃO PSICOMOTORA

− Transtornos mentais;
− Hipoglicemia;
− Hipóxia;
− Traumatismo crânio encefálico;
− Acidente vascular cerebral;
− Síndrome de abstinência alcoólica.

4) DECISÃO DE CONTENÇÃO

Resolução 1.598/2000: cabe ao médico a decisão de estabelece a


restrição ao paciente;
Porém, para prevenir um dano imediato ou iminente ao paciente e aos
demais, equipe do local, já treinada, poderá iniciar o procedimento e aguardar o
retorno com a prescrição médica já prontificada.
O Conselho regional de Enfermagem de São Paulo, na Resolução do
Conselho Federal de Enfermagem 427/2012 orienta que o profissional
Enfermeiro pode prescrever a contenção, se houver protocolo compartilhado
autorizando a contenção, cabendo aos técnicos e auxiliares de enfermagem à
execução da contenção sob supervisão do Enfermeiro.
− Responsável pela prescrição: médico; e
− Responsável pela execução: enfermeiro, técnico em enfermagem,
médico, acadêmicos sob a supervisão...

5) PROIBIDO NAS CONTENÇÕES

− Prolongar a contenção;

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− Empregá-la com propósito de disciplina, punição e coerção, ou por


conveniência da instituição e da equipe de saúde;
− Deixar de monitorar atentamente o paciente após a contenção, para
prevenir a ocorrência de eventos adversos ou para identifica-los
precocemente.

6) CONTENÇÃO FÍSICA

− Técnicas manuais (segurar, conduzir e restringir os movimentos);


− Pequenas lesões podem ocorrer durante o procedimento (hiperemiais
escoriações...)
− 5 profissionais (5 partes do corpo – cabeça e tórax, 2 MMSS e 2 MMII);
Pacientes fortes, altos, obesidade... obviamente precisará de mais
profissionais na realização do procedimento;
− Equipe deverá posicionar-se em semicírculo pela frente do paciente;
− A equipe deve iniciar a contenção quando uma palavra ou frase for
proferida por quem estiver posicionado na cabeça e tronco (líder)
para a sincronização do movimento. ”O senhor está um pouco
alterado, vamos para outro ambiente conversar.” Frase longa que
facilita o preparo do profissional.
− O líder se posicionará atrás do paciente para segurar a cabeça e o
tórax de forma concomitante. Uma mão apoia o tórax do paciente, por
baixo da axila e a outra segura a região frontal, que seja controlada a
cabeça e se evite possíveis lesões por mordedura.
− Medidas a serem evitadas: chave de braço, torção de punho, pisar no
pé ou enforcamento

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Após a contenção física, transferência do paciente para uma maca ou leito

7) CONTENÇÃO MECÂNICA (LEITO)

− Último recurso a ser utilizado;


− Deve ser aplicada com muito critério e cuidados;

7.1) MATERIAIS

7.1.1) Contenção tipo luvas (mãos), punhos e tornozelos:


− 2 ataduras de crepom;
− 2 compressas algodonada 10 x 15 cm; e
− Fita adesiva.

7.1.2) Contenção para tórax, ombros, quadril e joelhos:


− Lencóis.

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7.2) PROCEDIMENTO

7.2.1) Descrição do Procedimento:

− Explicar o procedimento a ser realizado e a sua finalidade ao cliente


e/ou ao familiar;
− Higienizar as mãos;
− Reunir os materiais e encaminhá-los à enfermaria ou quarto;
− Colocar os materiais sobre a mesa de cabeceira; e
− Colocar o biombo ao redor do leito (enfermaria).

7.2.2) Contenção tipo luva:

− Dobrar a compressa algodonada e colocar na palma da mão; 6


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− Pedir para fechar a mão;


− Cobrir a mão com atadura de crepom até o punho; e
− Fixar com fita crepe.

7.2.3) Contenção punhos e tornozelos:

− Enrolar a compressa algodonada punho ou tornozelo;


− Envolver a compressa com a atadura de crepom; mantendo as
extremidades livres;
− Dar um nó na atadura próxima ao membro, deixando uma folga de 01
a 02 dedos;
− Prender as extremidades das ataduras no leito, deixando uma folga
que possibilite uma movimentação leve do membro contido;

7.2.4) Contenção no tórax e quadril:

− Dobrar dois lençóis na diagonal formando uma faixa de 30 cm;


− Centralizar a faixa nas regiões desejada;
− Unir as extremidades da faixa de cada lado do paciente, até apertar
ligeiramente o paciente;
− Prender a extremidades enroladas das faixas de cada lado do leito.

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7.1.5) Cuidados pós-contenção mecânica:

− Conter o membro sempre abaixo do acesso venoso, evitando


provocar constrição e infiltração da solução que estiver sendo
infundida;
− Prender as contenções na cama, evitando as grades móveis, pelo
risco de tracionar os membros quando for movimentar;
− Verificar cianose, de extremidades frias, edema e queixas de
adormecimento no local. Nesses casos reavaliar as restrições;
− Soltar as contenções com frequências, para que o cliente possa se
movimentar e respirar profundamente, se possível.

REFERENCIAS

https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/files/ssaude/pdf/protocolo-003.pdf
https://enfermagemilustrada.com/2019/02/11/contencao-mecanica-quando-pode-fazer/
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/hu-univasf/acesso-a-
informacao/normas/protocolos-institucionais/Contenomecnicadopacientenoleito.pdf

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