QUALIDADE DE VIDA NO

TRABALHO E CUIDADOS
NA ENFERMAGEM
 SUMÁRIO

04 Mensagem do Fundador

Um Resgate Histórico das Condições

06 de Trabalho e do Trabalhador

12 Risco Ocupacional

Biossegurança e Precauções Padrão

19 para os Profissionais de Saúde

Os Procedimentos que Devem

25 ser Realizados na Ocorrência de
Acidente de Trabalho

As Precauções para a Prevenção

31 de Doenças Ocupacionais nos
Trabalhadores da Saúde

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

 SUMÁRIO

Ergonomia: Determinante para a

37 Prevenção de Doenças Ocupacionais

Qualidade de Vida
42 do Trabalhador

As Normas Regulamentadoras do
48 Ministério do Trabalho e
Previdência Social

Doenças Relacionadas
57 ao Trabalho

CIPA (Comissão Interna de Prevenção

62 de Acidentes): Funções

O Processo de Enfermagem e
66 a Saúde do Trabalhador

Os Direitos e os Deveres
70 dos Trabalhadores

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

 MENSAGEM DO
FUNDADOR

O CESCAGE recebe há vários anos o

Selo Social Ouro, um reconhecimento da
Prefeitura Municipal de Ponta Grossa pelo
trabalho em responsabilidade social. É um
tesouro imenso que recebe a cidade, os
funcionários, os alunos e toda a região dos
Campos Gerais.
Você tem nas mãos agora um
poderoso instrumento: este material de
apoio produzido pelo Núcleo de Ensino a
O CESCAGE é uma instituição que
Distância do CESCAGE. Desejamos que você
acredita no poder transformador da
possa aproveita-lo da melhor maneira,
educação. É muito mais do que ensinar; é
pois trouxemos o que há de melhor nas
abrir caminho para melhorar a qualidade
inovações gráficas e visuais para que você
de vida das pessoas.
seja o principal privilegiado.
Chegamos até aqui graças ao
Nós acreditamos em você.E temos
trabalho e dedicação de centenas de
a certeza de que você tem todas as
pessoas que oferecem o seu melhor para
condições para ser um grande profissional.
que o acadêmico receba uma formação
Bons estudos!
completa e comprometida com o futuro.
Prof. Tit. Pós Ph.D. Dr José Sebastião
Temos orgulho de possuir mais de 3 mil
Fagundes Cunha Desembargador do TJPR
alunos formados ao longo de 20 anos de
Fundador do GRUPO CESCAGE.
existência.
Temos um compromisso sério com a
sociedade. Nossa razão de ser é contribuir
para que todos sejam atingidos direta
e indiretamente com nosso trabalho.
É maravilhoso visualizar o acadêmico
interagindo com a sociedade através das
clinicas de odontologia ou fisioterapia; sem
falar da preciosa ajuda que a sociedade
tem à disposição através do Núcleo de
Prática Jurídica, totalmente de graça para
todos que precisarem de apoio jurídico.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

4
 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS

Coordenador Geral Pedagógico: Prof. Titular Pós-Ph.D. Desembargador J.S. Fagundes Cunha

Coordenadora Geral: Drª Érika Zanoni Fagundes Cunha

Ponta Grossa, 2020

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

5
 MÓDULO 1

Noções de Floricultura: Aspectos Econômicos

Um Resgate
e Sociais OPlanejamento
Introdução
Meio
Histórico
O que
Ambiente
da Floricultura, é das
aoeCondições
Sistemas de Produção
de Trabalho
de Plantas Empreendedorismo?
Geoprocessamento
Exploração
Urbano
Ornamentaise dode
e Trabalhador
AvesEspécies de
Principais
Plantas Ornamentais

Objetivo Específico

O objetivo específico deste módulo é demonstrar as condições de trabalho através

de um resgate histórico sobre o trabalho e condições de vida dos trabalhadores.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

6
1.1
Aspectos Históricos Relacionados
à Saúde do Trabalhador
Fonte: http://www.chezllorens.com.br/2011/04/122-anos-de-charlie-chaplin.html
O trabalho passa a ser necessário no
sentido de suprimento das necessidades
básicas do homem, sejam elas fisiológicas
ou de realização pessoal, portanto, deverá
ser realizado prazerosamente, sob este
desafio neste momento, raciocina-se sob a
história relacionada a ele.
A prática laboral surge no mundo
juntamente com o homem, em face a busca
de sua sobrevivência ou atendimento de
suas próprias necessidades, tendo em
vista que, consequentemente dentro
do contexto as doenças relacionadas ao
trabalho surgiram e foram praticamente
ignoradas.
Ao abordar a história da saúde em
relação ao trabalho, Carvalho (2001)
descreve que, por volta de 1700, na Itália,
Ramazzini, considerado o pai da medicina
do trabalho, identifica cerca de cinquenta
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
7
profissões diferenciadas com uma série
de doenças que possivelmente estavam
relacionadas ao trabalho.
A doença foi abordada desde os
primórdios da civilização grega quando
Hipócrates, considerado o “pai da medicina”,
por volta de (460 – 375) AC., relatou o
surgimento das doenças profissionais as
quais afetavam os trabalhadores nas minas
de estanho. Platão, filósofo e matemático
da Grécia Antiga, por volta de (428 -
322) aC, detectou e apresentou doenças
de nível ósseo que atingiam grupos de
trabalhadores durante o processo de
trabalho, já Aristóteles (384 – 322) AC.,
filósofo grego e aluno de Platão, refletiu
sobre o cuidado das enfermidades e
atitudes preventivas dos trabalhadores nos
ambientes das minas (CARVALHO, 2001).
 Além desses filósofos, Caio Plínio
(2379) dC., naturalista, publicou a História
Natural, momento da história onde discutiu-
se temas relacionados à segurança do
trabalho anteriormente nunca tratados,
preocupando-se com os trabalhadores das
minas de chumbo, mercúrio e com as poeiras
comuns a esses ambientes, aconselhando
o uso de máscaras protetoras faciais aos
trabalhadores deste setor (CARVALHO,
2001).
Carvalho (2001) menciona que Júlio
Pólux (124 - 192) dC., fez uso de sacos ou
capas de bexigas utilizadas como máscaras.
Paracelso (1493 – 1541) médico, astrólogo
suíço, divulga estudos relativos às infecções
causada pelo Tirol. Georg Agrícola,
escreveu em 1556 sobre o sofrimento
dos mineiros. Na Europa no século XVI,
foram criadas corporações de ofícios que
FIGURA 2:
Fonte: http://imagenshistoricas.blogspot.com.br/2012/04/revolucao-industrial.html
A população passou a buscar a
industrialização e as cidades com melhores
estruturas para efetivar um trabalho e sair
do campo, mudando completamente a
maneira de viver da população e dos países
industrializados. Decca (1999) enfatiza
que, o trabalho no campo acontecia em
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
8
organizaram e protegeram os interesses
dos trabalhadores.
Com o advento da Revolução Industrial,
o trabalhador se tornou presa das máquinas,
dos ritmos da produção, que buscava
atender as necessidades de acumulação
de capital, antes que estes se tornassem
obsoletos (GOMES, COSTA, 1997)
A introdução das máquinas no trabalho
transformou profundamente a sociedade,
aumentando assim o processo de produção,
porém, a improvisação das fábricas nas
grandes cidades e mão de obra constituída
principalmente de mulheres e crianças,
sem qualquer restrição quanto ao estado
de saúde, vindos de famílias numerosas
de baixo nível socioeconômico, resultaram
em sérios problemas ocupacionais
(CANÊDO,1994).
baixa escala, a população produzia somente
para consumo próprio e na grande maioria,
viviam em grupos pequenos em lugarejos,
produziam somente o que necessitavam
para sua sobrevivência, isto em épocas que
antecede a Revolução Industrial.
 Já nas grandes cidades, a população As refeições eram realizadas em locais
agrupava-se, em condições precárias de impróprios sem higiene, muitas vezes no
higiene e moradia, dando ênfase somente no próprio local de trabalho e sem horário
crescimento das fábricas (CANÊDO,1994). estabelecido, assim como banheiros eram
Momento da história onde não se tinha precários (CARVALHO, 2001).
cobrança por parte dos empregadores, Gomes e Costa (1997) ao informar
o pensamento era voltado basicamente sobre as doenças originadas no trabalho,
para a produção. As máquinas também não cita que:
tinham proteção, eram movidas por correias Como frequentemente as
doenças originadas no trabalho
expostas, não tinha o controle da toxicidade
são percebidas em estágios
de substâncias manipuladas nas máquinas avançados, até porque muitas
por ser algo novo e ainda, ausência de delas, em suas fases iniciais,
medidas de segurança, consequentemente apresentam sintomas comuns
a outras patologias, torna-se
estas medidas empíricas, causavam
difícil, sob essa ótica, identificar
frequentes mortes principalmente de os processos que as geraram,
crianças (CARVALHO, 2001). bem mais amplos que a mera
Não existia um limite de jornada de exposição a um agente exclusivo
(GOMES E COSTA – 1997, p. 07)
trabalho, os trabalhadores iniciavam suas
atividades na madrugada e terminavam
somente ao anoitecer, em alguns casos, Ainda, aconteciam muitos acidentes
continuavam até a noite com ambientes de trabalho, considerando que, os
poucos iluminados, apenas por lamparinas. trabalhadores operavam máquinas
Os locais de trabalho eram poucos possivelmente sem treinamentos
ventilados, os ruídos das máquinas adequados ou sem conhecer o equipamento
altíssimos, dificultando a comunicação previamente e ainda sem qualquer tipo de
entre operários e aumentando o risco de proteção contra os acidentes. (CARVALHO,
acidentes (CARVALHO, 2001). 2001).
Ocorreu neste momento, um aumento Situações como estas enfatizam
também de doenças ocupacionais e não o descaso ao trabalhador nesta época,
profissionais onde Carvalho (2001) descreve fato este que ocorreu uma mobilização
o aparecimento do Tifo europeu, conhecido na opinião pública Britânica. Em 1802,
como febre das fábricas, disseminado pelas foi aprovada a primeira lei voltada para a
más condições de higiene do ambiente proteção dos trabalhadores estabelecendo
de trabalho, havendo um grande número jornada de trabalho de doze horas,
de trabalhadores concentrado em um proibindo o trabalho noturno e cuidando de
mesmo lugar, onde gerava aglomeração e questões voltadas ao ambiente de trabalho,
desorganização do posto de trabalho. obrigando ventilação nos locais de trabalho,

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

9
e higienização de paredes pelo menos duas
vezes ao ano (CARVALHO, 2001)..
Por volta de 1833, as condições
de trabalho nas fábricas começaram a
melhorar, mesmo assim os empregadores
eram resistentes as melhorias. No Brasil
somente em 1940 enfatiza Ferreira (2000)
que começaram as preocupações com
os problemas ocupacionais, nesta época
foi fundado a Associação de Prevenção
de Acidentes de Trabalho e em 1943
entrava em vigor a Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT).
Na década de 50 iniciaram
as contribuições nos institutos de
aposentadoria e pensões. Em 1960 criados
o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e
o Instituto da Previdência Social. Em 1987,
pela Portaria 34 do Ministério do Trabalho e
Emprego, torna-se obrigatório para todas as
empresas no Brasil ter funcionários regidos
pela CLT e ter um Serviço Especializado de
Medicina Interna e Segurança no Trabalho
(SESMT), Carvalho (2001), coloca que
neste momento da história do trabalho,
deu-se mais ênfase ao trabalhados e
começa-se a ter uma fiscalização referente
ao trabalho aplicações de multas através de
fiscalizações.

1.2
Saúde Ocupacional
Com a industrialização
desenvolvimento econômico e social traz
muitos benefícios ao homem, incluindo a
melhoria das condições de vida e saúde
consequentemente a elevação da qualidade
de vida destes trabalhadores. Assim, as
atividades envolvidas nesse processo,
dependendo da atividade desenvolvida
no ambiente de trabalho, é possível o
desenvolvimento de agravos à saúde não
só dos trabalhadores, mas também para a
população em geral assim como danos ao
meio ambiente.
Para um desenvolvimento econômico
e social sustentável seja possível, a
exposição a estes agentes e fatores de
risco deve ser evitada ou controlada, sendo
esta uma das principais contribuições
da saúde ocupacional. O nome “Saúde
o Ocupacional” também é conhecida como
“Higiene do Trabalho” de acordo com a
American Conference of Governamental
Industrial Hygienists –AAGIH é a ciência
e a arte devotadas à antecipação, ao
reconhecimento, à avaliação e ao controle
dos fatores ambientais e agentes tensores
originados no ou do trabalho os quais
podem causar enfermidades (CARVALHO,
2001).
Os objetivos da saúde ocupacional, de
acordo com Carvalho (2001), são:
• Proporcionar ambientes de trabalho
salubres; Proteger a saúde dos
trabalhadores;
• Proteger o ambiente;
• Contribuir para um desenvolvimento
sustentável.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

10
 Para que este processo aconteça as
seguintes fases deverão ser respeitadas:
• Como primeira, a antecipação dos
riscos, avaliando principais riscos e
estabelecer medidas para prevenção
destes riscos.
• Reconhecimento dos riscos, que
seria o levantamento detalhado de
informações e de dados do ambiente de
trabalho com finalidade de identificar os
agentes existentes.
• A próxima fase é a avaliação
de riscos que compreende a uma
avaliação quantitativa dos agentes de
reconhecidos no ambiente de trabalho.
• Após, o controle do risco que consiste
na eliminação ou redução dos potenciais
de exposição antecipados, reconhecidos
e avaliados no ambiente de trabalho
considerado.

SUGESTÕES
O Legado De Florence Nightingale: Uma Viagem No Tempo.
Aspectos Históricos, Culturais E Sociais Do Trabalho
Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/reben/v59n4/a15v59n4.pdf

Principais aspectos históricos relacionados ao desenvolvimento do trabalho

Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=HdJ4Ni9UHug

1.3
Considerações Finais
A partir da análise dos textos é
possível perceber que as primeiras
referências encontradas foram citadas por
filósofos gregos, em épocas 500 a C., sendo
enfatizada com a Revolução Industrial
com a introdução das máquinas no
trabalho transformando profundamente a
sociedade, aumentando assim a produção.
Porém, de forma improvisada nas fábricas
nas grandes cidades, ressaltando que a
mão de obra constituída era por mulheres
e crianças na maioria em troca de baixos
salários e as condições de trabalho eram
precárias, jornadas de trabalho longas e
sem regras. A Revolução Industrial mudou
completamente a maneira de viver da
população dos países industrializados.
No Brasil somente com a CLT
(Consolidação das Leis Trabalhistas),
que se passou a se exigir das empresas
cumprimento de normas de segurança e
higiene no trabalho.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

11
 MÓDULO 2

Noções
Empreendedor,Empresário,
de Floricultura: Ambiente
ImportânciaProdução de o
Sustentabilidade
Softwere
do Geoprocessamento
para
Protegido,Administrador,
Formas
Risco de Propagação e
Ocupacional
Bezerras
na Arquitetura
Geoprocessamento
Urbana
e Urbanismo
Adubação
Empreendimento
das PlantaseOrnamenitais
Empresa

Objetivo Específico

Identificar os principais riscos ocupacionais pelos quais os profissionais em geral

estão expostos e especificar os principais riscos na área de enfermagem e ainda
observar o ambiente de trabalho e seus acidentes.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

12
2.1
Os Principais Riscos Ocupacionais
Diariamente, os trabalhadores
brasileiros se expõem aos mais variados
riscos à saúde. Os riscos, bem como os
agravos que esses riscos determinam, já
são conhecidos. Mesmo assim, milhares de
mutilações, mortes, agravos relacionados a
atividade laboral acontecem e poderiam ser
evitados (RENAST-SP, 2007). A OMS estima
que somente entre 1 a 4% das Doenças
Ocupacionais são notificadas (OMS, 1999).
Nesse sentido, é importante conhecer
os riscos ocupacionais, principalmente, a
relação que eles podem ter com atividade. A
figura abaixo descreve alguns desses riscos
relacionando com a atividade trabalhista:

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

13
 TRANSPORTE/
DESMATAMENTO IND. MADEIRA AGRICULTURA PECUÁRIA AGROINDÚSTRIA
ARMAZEM
Pastagens
Serraria/Taboa/ Carga e Descarga
Preparo do Solo Manejo de Fab. óleo e farelos
Derrubada de Vigas de Cereais,
Sementes bovinos, Frigoríficos,
Árvores Laminadora Gado...
Agronegócio, Suínos e aves. Usinas Açúcar/
Seleção de Fabric. Agrotóxico,
Calcário, Agrotóxico, Álcool, Benef,
Lenhas Compensado Calcário,
Fertilizantes Calcário, Algodão,
Queimadas Esquadrias e Fertilziantes
químicos Fertilizantes Curtumes.
Forros Químicos
Químicos
Silos, Caminhões,
Tratores, Tratores, Silos, Caminhões,
Moto-serras Serras, Lâminas Tratores,
Aviões Aviões Tratores,
Combustível Polias Secadores
Maquinas Maquinas Máquinas
Tratores Tratores Maquinas
Agrícolas Agrícolas Industriais
Agrícolas

TRABALHADORES

ACIDENTES DE TRABALHO

AGRAVOS NA AGRAVOS NA AGRAVOS NA AGRAVOS NA AGRAVOS NA AGRAVOS NA

POPULAÇÃO POPULAÇÃO POPULAÇÃO POPULAÇÃO POPULAÇÃO POPULAÇÃO
Mutilados,
Intoxicação por Intoxicação por
Sequelados, Acidentes Consumo
Mutilados, Agrotóxicos e Agrotóxicos e
Doenças, Inf. transporte de produtos
Sequelados, Fertilizantes Fertilizantes
Parasit. Acid. e trãnsito, com resíduos,
Hipertensos, químicos, químicos,
Anim. Peçonhe. mutilados e mutilados e
Desemprego Neoplasias, Neoplasias,
Doenças sequelados. sequelados.
Malform. Malform.
pulmonares.
DANOS DANOS DANOS DANOS DANOS DANOS
AMBIENTAIS AMBIENTAIS AMBIENTAIS AMBIENTAIS AMBIENTAIS AMBIENTAIS
Fumaças, Erosão do Solo, Erosão do solo,
Poluição via
Erosão do solo, Pós de serra, Resíduos de Resíduos de Poluição do
enfluentes:
Fumaças, Fertilizantes fertilizantes Ar, Solo, Água.
Biopirataria. esgoto ind.
Resíduos de e Agrotóxicos. e agrotóxicos. Acidentes de
Extinção das chaminés e
agrotóxicos Extinção das Extinção das cargas perigosas
Espécies outros resíduos
Espécies Espécies

Fonte: original do autor, Pignati WA, 2007.

Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mapa_risco_ocupacional_ro.pdf

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

14
 Os riscos ocupacionais podem ser
divididos em:

RISCOS FÍSICOS RISCOS QUÍMICOS RISCOS BIOLÓGICOS

• Calor • Névoas • Vírus
• Umidade • Poeiras • Fungos
• Frio • Gases • Parasitas
• Ruidos • Neblinas • Bacilos
• Vibrações • Vapores • Bactérias
• Presões anormais • Fumos • Protozoários
• Radiações Ionizantes • Substâncias,
• Radiações não compostos ou produtos
Ionizantes químicos

RISCOS RISCOS DE
ERGONÔMICOS ACIDENTES
• Postura Inadequada • Máquinas e
• Levantamento e equipamentos sem
Transporte de peso proteção
• Jornadas de trabalho • Iluminação inadequada
prolongados • Animais peçonhentos
• Esforço físico Intenso • Eletricidade
• Monotonia e • Arranjo físico
repetitividade. inadequado
• Probabilidade de
incêndio ou explosão

Fonte: http://www2.eerp.usp.br/cipa/mural/Classifica_Grupos.pdf

Segundo o Ministério da Saúde (2001), BIOLÓGICOS: vírus, bactérias,

os fatores de risco para a saúde e segurança
dos trabalhadores, podem ser classificados
em:
FÍSICOS: ruído, vibração, radiação
ionizante e não-ionizante, temperaturas
extremas (frio e calor), pressão atmosférica
anormal, entre outros;
QUÍMICOS: agentes e substâncias
químicas, sob a forma líquida, gasosa ou
de partículas e poeiras minerais e vegetais,
comuns nos processos de trabalho (ver a
coluna de agentes etiológicos ou fatores de
risco na Lista de Doenças Relacionadas ao
Trabalho);
parasitas, geralmente associados ao
trabalho em hospitais, laboratórios e na
agricultura e pecuária (ver a coluna de
agentes etiológicos ou fatores de risco na
Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho);
ERGONÔMICOS e PSICOSSOCIAIS:
decorrem da organização e gestão do
trabalho, como, por exemplo: da utilização
de equipamentos, máquinas e mobiliário
inadequados, levando a posturas e
posições incorretas; locais adaptados com
más condições de iluminação, ventilação
e de conforto para os trabalhadores;
trabalho em turnos e noturno; monotonia

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

15
ou ritmo de trabalho excessivo, exigências
de produtividade, relações de trabalho
autoritárias, falhas no treinamento e
supervisão dos trabalhadores, entre outros;
MECÂNICOS E DE ACIDENTES: ligados
à proteção das máquinas, arranjo físico,
ordem e limpeza do ambiente de trabalho,
sinalização, rotulagem de produtos e outros
que podem levar a acidentes do trabalho.

2.2
Riscos Físicos
Ruído: Temperatura extremas:
Ação – efeitos no organismo: Refere ao aumento ou diminuição de
Poderá ocasionar lesão dos órgãos temperaturas.
sensoriais da orelha interna ou redução da • Aumento da temperatura –
capacidade auditiva, podendo aumentar A ação no organismo trata-se de uma
com o tempo e duração da exposição. vasodilatação periférica – ocasionando
As medidas de controle são: fadiga, erupções cutâneas, desidratação,
• Substituir máquinas por mais cãibras, sudorese (perda de líquido).
silenciosas. • Diminuição da temperatura –
• Implantar programas de manutenção A ação no organismo trata-se de uma
preventiva. Vasoconstrição periférica – ocasionando
• Diminuir tempo de exposição. tremores e consumo de gordura (lipídeos e
• Utilizar isolantes na máquina. glicídios).
• Protetores auriculares. Medida de controle:
• Função da aclimação.
Vibrações: • Quando exposto ao vento, chuva,
Ação – movimentos oscilatórios no roupas adequadas (calçados).
corpo do tipo trepidação provocada por • Treinamento.
vários tipos de máquinas. Poderá ocasionar
em todo corpo, parte do corpo dor muscular Radiações ionizantes:
e ou articular. Poderá trazer ao organismo efeitos:
Medida de controle: • Somático: no organismo, efeito não
• Tratamento da máquina. hereditário.
• Fixação da ferramenta sobre um • Genético: hereditariedade – acontece
suporte estável. a mutação
• Amortecimento ou impacto. • Agudos: grande dose de radiação por
• Suporte antivibratórios. curto tempo (radioterapia).
• Manutenção adequada das máquinas. • Crônicos: baixa dose de exposição a
longo tempo.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

16
 Medidas de controle: • Manter distância da fonte geradora
• Blindagem utilizar o avental de • Cuidar do tempo de exposição à fonte
proteção (chumbo). geradora.

2.3
Riscos Químicos
São: Gases, vapores, poeira, partículas Riscos de entrada:
sólidas, névoas, fumos, partículas Respiratória.
metabólicas no ar, neblinas, gotas Cutânea ou dérmica.
suspensas no ar, poderão ser: Digestiva ou oral.
Parenteral (via endovenosa).
- Irritante – para trato respiratório. Entrada direto por solução de
- Asfixiante – impede a chegada do continuidade.
oxigênio nos tecidos.
- Pneumoconióticos – substâncias Medidas de controle:
sólidas chegam aos pulmões • Isolamento do trabalhador, painéis
acumulando. de controle.
- Alergizantes – promovem reação • Armazenamento e rotulagem
alérgica. adequados.
- Cancerígenos – produz crescimento • Máscaras de respiradores.
desordenado de células. • Treinamento.
- Produz dermatose.

2.4
Riscos Biológicos
As fontes são água, ar, solo, animais, Medidas de controle:
(vírus, fungos, bactérias, parasitas). • Programa de saúde (avaliação médica
Poderá gerar doenças como a Hepatite A, e preventiva).
dermatose, diarreias, cólera. As vias de • Limpeza e desinfecção.
penetração são: (cutânea, ingestão ou • Controle de pragas e roedores.
aspiração de material contaminado). • Equipamentos de Proteção individual.
• Educação e treinamento.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

17
2.5
Riscos Ergonômetros
Quando pode comprometer inadequada, trabalhos em turnos noturnos
integridade física e metal por esforço ou situações que causem estresse físico e
excessivo ligados ao levantamento de mental.
materiais, mobiliário, equipamentos, Medidas de controle:
esforço físico intenso, jornada de trabalho • Análise e adaptação do ambiente.
prolongada, exigência de postura

SUGESTÕES

O legado de florence nightingale: uma viagem no tempo.

Norma regulamentadora 9 (nr 9)
Disponível em:
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr9.htm

Nr 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=GGgOSyqoXmo

2.6
Considerações Finais
A obrigatoriedade da elaboração
e implementação, por parte de todos
os empregadores, e instituições que
admitam trabalhadores como empregados
visando a preservação da saúde e da
integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação
e consequentemente controle das
ocorrências de riscos ambientais existentes
ou que venham existir no ambiente de
trabalho tendo em consideração a proteção
do meio ambiente e dos recursos naturais.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

18
 MÓDULO 3

Noções de Floricultura: Substrato

A Infraestrutura
Biossegurança
Conhecer
Sistema e
dePrecauções
Dados Padrão
Informação
Perfil
RecriaEmpreendedor
e Conservação dePós
Novilhas
Colheita de
Urbana
paraGeográficos
osGeográfica
Profissionais
Espaciais
de Saúde
- SIG
Plantas Ornamentais

Objetivo Específico

Conceituar biossegurança e dentro dos riscos biológicos, definindo as Precauções

Padrão recomendadas aos profissionais de saúde.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

19
3.1
Biossegurança: Definição
Na década de 1970, discussões a
respeito da segurança dos trabalhadores
iniciaram. Nessa época, o foco era
aqueles trabalhadores envolvidos em
pesquisas laboratoriais com organismos
geneticamente modificados. Com esse
primeiro passo, o conceito de biossegurança
e exposição ocupacional passaram a ser
explorados pela comunidade cientifica,
em especial, com os trabalhadores de
laboratórios, visto a importante incidência
de patologias como a tuberculose e
hepatite B nesses profissionais (ANVISA,
2005; BRASIL, 2005).
Conceitualmente, Biossegurança
(Vida + segurança) remeta a uma vida
livre de perigos, ou seja, quando se fala
respeito de medidas de Biossegurança,
seria a adoção de normas que evitam riscos
físicos, ergonômicos, químicos e biológicos.
3.2
A Aplicação de Biossegurança
com Adoção das Precauções
Padrões
Na área de Enfermagem e saúde em
geral, fazemos biossegurança quando
aplicamos as Precauções Padrão para
prevenção dos riscos biológicos. Mas o que
são as Precauções Padrões?
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
20
Quando se aborda o profissional da área
da saúde, pode-se deduzir que todos
esses riscos estão atrelados a essa prática
profissional (CAVALCANTE et al., 2003).
As Instituições que prestam serviços
de saúde, possuem áreas de diferentes
graduações de insalubridade, e isso
depende também dos procedimentos
que são realizados nessa instituição, a
complexidade, bem como o local de trabalho
em que o profissional exerce a sua prática.
Os riscos (físicos, ergonômicos, químicos e
biológicos) podem ser cumulativos, e ainda
agravados por problemas administrativos,
de adaptação do funcionário, inclusão
de novas tecnologias ou ainda o uso de
tecnologias ultrapassadas (CAVALCANTE et
al., 2003).
Precauções Padrões são aplicadas
sempre que houver a possibilidade/risco de
contato com sangue, secreções, excreções
e fluidos corporais, mucosas e pele não
íntegra.
 Nesse sentido e para proteção,
são utilizados materiais de barreira, os
Equipamentos de Proteção Individual
(EPI), afim de que não haja o contato direto
com essas substâncias potencialmente
contaminadas (CAVALCANTE et al., 2003).
Não obstante, antes do uso de EPIs,
é necessário realizar um outro cuidado, a
lavagem simples das mãos. Mas quando
realizar a lavagem das mãos?

2
1 4
ANTES DE PÓS
CONTATO COM CONTATO COM
O PACIENTE O PACIENTE

5
APÓS CONTATO
COM AS ÁREAS
PRÓXIMAS AO
PACIENTE

Fonte: http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=2491:dia-mundial-lavar-as-maos&Itemid=777

De acordo com a Anvisa, a lavagem das 4. Após contato com o paciente.

mãos deve ocorrer sempre: 5. Após contato com áreas próximas ao
1. Antes do contato com o paciente. paciente.
2. Antes da realização de procedimento Após conhecer quando deve-se lavar
asséptico. as mãos, é importante saber como realizar
3. Após risco de exposição a fluidos esse procedimento, de acordo com a Anvisa
corporais. (2007):

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

21
 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
6 Esfregar o dorso dos dedos de uma mão 9 Esfregar o punho esquerdo, com o
7.2.1 Higienização Simples das Mãos 3 Ensaboar as palmas das mãos, com a palma da mão oposta, segurando auxílio da palma da mão direita, utilizando
friccionando-as entre si. os dedos, com movimento de vai-e-vem movimento circular e vice-versa.
7.2.1.1 Finalidade e vice-versa.

Remover os microrganismos que

colonizam as camadas superficiais da
pele, assim como o suor, a oleosidade e
as células mortas, retirando a sujidade
propícia à permanência e a proliferação
de microrganismos.

7.2.1.2 Duração do procedimento: 40 a 60

segundos

7.2.1.3 Técnica
1 Abrir a torneira e molhar as mãos,
evitado encostar-se a pia.
4 Esfregar a palma da mão direta contra o
dorso da mão esquerda entrelaçando os
dedos e vice-versa.
7 Esfregar o polegar direito, com o auxílio
da palma da mão esquerda, utilizando-se
movimento circular e vice-versa.
10 Enxaguar as mãos, retirando os
resíduos de sabonete. Evitar contato
direto das mãos ensaboadas com a
torneira.

2 Aplicar na palma da mão a quantidade 11 Secar as mãos com papel toalha

suficiente de sabonete líquido para 5 Entrelaçar os dedos e friccionar os 8 Friccionar as polpas digitaise unhas descartável, iniciando pelas mãos e
cobrir todas as superfícies das mãos espaços interdigitais. da mão esquerda contra a palma da mão seguindo pelos punhos. No caso de
(seguir a quantidade recomendada pelo direita, fechada em concha, fazendo torneiras com contato manual para
fabricante) movimento circular e vice-versa. fechamento, sempre utilize papel toalha.

Fonte: http://www.blogdasaude.com.br/saude-fisica/2013/05/15/10-doencas-que-podem-ser-evitadas-pelo-simples-habito-de-lavar-as-maos/

• Retirar joias e relógio; - Unhas e extremidades dos dedos;

• Abrir a torneira com a mão não - Articulações;
dominante e molhar as mãos, sem - Punhos;
encostar na pia; - Enxaguar as mãos, retirando totalmente
• Ensaboar as mãos, mantendo – as o resíduo de sabão (evitar espirrar água
abaixo do nível do cotovelo, para evitar em si ou no chão, tendo em vista que
que a água escorra e suba pelos seus os microrganismos se espalham mais
braços, contaminando as áreas limpas. facilmente nas superfícies úmidas e
Friccionando-as por aproximadamente porque pisos derrapantes são perigosos)
15 a 30 segundos, na seguinte sequência: - Evitar tocar na pia ou torneira (são
considerados contaminados)
- Palma; - Enxugar com papel toalha evitando
- Dorso das mãos; esfregá-lo porque isso pode causar
- Espaços interdigitais; abrasão e rachadura.
- Polegar;

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

22
 - Fechar a torneira utilizando o papel
toalha;
- Desprezar o papel toalha na lixeira
utilizando os pés para abri-la;
- Quando não fazer uso de água e sabão
para realizar a higienização das mãos,
pode-se utilizar alguma substância
antisséptica, como o álcool a 70% (com
ou sem glicerina).
Vale lembrar, que o que gerem grande exposição a sangue
procedimento, ao utilizar
o anti séptico, deve ser o
mesmo da lavagem das
mãos com água e sabão,
respeitando todos os passos.
Em seguida a lavagem das mãos, faz
importante implementar o uso das barreiras,
ou seja, dos EPIs. De maneira resumida, os
EPIs, tais como luvas, aventais, máscaras,
protetores oculares e botas, para proteger
áreas do corpo expostas ao contato com
materiais infectantes (CAVALCANTE et al.,
2003).
LUVAS
A utilização de luvas de procedimento
não anula a lavagem das mãos, e vale
ressaltar que devem ser trocadas após
o contato com cada paciente. Ale disso,
deve-se empregar o uso de luvas sempre
que houver contato com sangue, fluídos
corpóreos, mucosas ou peles não integras,
para manipulação de itens ou superfícies
que possam conter sangue ou secreções.
Faz-se importante ressaltar que as luvas
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
23
não devem ser utilizadas para manusear
telefones, maçanetas entre outras
estruturas comuns (CAVALCANTE et al.,
2003).
AVENTAL
O uso de avental está atrelado a
maioria das situações de serviço de saúde e
a procedimentos de isolamento de contato
com material infectante, e procedimentos
(convém utilizar aventais impermeáveis)
(CAVALCANTE et al., 2003).
MÁSCARA
As máscaras descartáveis devem ser
aplicadas sempre que houver a necessidade
de proteção da região oral e nasal. Mas
em situações em que houver contato
com pacientes que possuem patologias
transmissíveis por gotículas de salivar
ou via respiratória, é importante que se
faça uso da máscara N95, visto que esse
tipo de máscara filtra um maior número
de partículas, se comparado as máscaras
simples (CAVALCANTE et al., 2003).
ÓCULOS PROTETORES
São fabricados de materiais rígidos
como o acrílico, e protegem a região ocular
contra a entrada de respingos pelas porções
superiores e laterais dos olhos. Devem
ser utilizados sempre que na realização
de procedimentos invasivos que possam
produzir respingos (CAVALCANTE et al.,
2003).
BOTAS
Deve-se fazer o uso de botas sempre
que realizar procedimentos de limpeza
das unidades hospitalares ou de saúde
(CAVALCANTE et al., 2003).
Outra Precaução Padrão que deve
ser empregada, segundo Cavalcante e
outros pesquisadores (2003), é aquela
relacionada a patologia e a forma de
3.3
Considerações Finais
No ambiente de saúde temos como
principais riscos ocupacionais riscos físicos
(por radiação ionizante), riscos químicos
(preparo de alguns medicamentos), riscos
biológicos (contato em material biológico)
e riscos ergonômicos (pela forma de
movimentação.
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
24
transmissão do microrganismo que gerou
determinada doença no paciente, assim,
deve-se empregar os isolamentos, são eles:
• Precauções com aerossóis, e assim
utilizar de máscara (N95).
• Precauções com gotículas, fazendo o
uso de máscara.
• Precações de contato, fazendo uso
de todos os EPIs.
Assim, as Precauções Padrões são
medidas preventivas adotadas a todo
paciente, todo local e todo profissional
sempre que tiver contato com sangue,
secreção excreção de pacientes a fim de
prevenir o contato e aquisição de doenças
transmitidas por material biológico.
 MÓDULO 4

Os Procedimentos que Devem

Noções
SucessoAbastecimento
de
e Floricultura:
UtilizaçãonoDoenças
Insucesso de
processoe
Reprodução
ser Realizados
Arquiteturanade
Ocorrência
um SIG de
Pragas de
Dados
Água
Plantas
Empreendedor Vetoriais
Urbano
Ornamentais
de Negócios
Acidente de Trabalho

Objetivo Específico

Conhecer os procedimentos sempre que ocorrer acidente de trabalho, acidente com

material biológico e ainda, como se realiza o preenchimento da CAT (Comunicação
de Acidente de Trabalho).

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

25
4.1
Acidentes de Trabalho
Fonte: http://sintesirj.org.br/portal/v1/direitos-do-trabalhador-nos-acidentes-de-trabalho/
Utiliza-se o termo “acidente de
trabalho” a todas situações que ocorrem
durante a atividade laboral, no exercício
da atividade, no percurso da casa para
o trabalho e vice-versa, sendo que o
trabalhador pode estar ou não inserido no
mercado formal de atividade econômica.
Ainda são considerados acidentes de
trabalho, aqueles que não tenham sido a
única causa, mas que tenham contribuído
diretamente para a ocorrência do agravo
(BRASIL, 2001).
Persiste em todo o mundo doenças
e agravos que estão relacionadas a
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
26
prática laboral. Ocorrem no ano cerca de
270 milhões de acidentes de trabalho no
mundo, 2 milhões são fatais e o Brasil é o
4º nesse ranking, segundo a Organização
Internacional do Trabalho (OIT) (ZINET,
2012).
De acordo com a Previdência Social,
no ano de 2010 houve um total de 720
mil acidentes notificados, destes, 2500
resultaram em mortes e 15 mil afastamentos
do trabalho devido ao desenvolvimento de
incapacidade em decorrência do acidente
(ZINET, 2012).
4.3
Procedimento a ser Adotado em
Decorrência de Acidentes de
Trabalho
Quando ocorre um acidente de
trabalho com sem exposição com material
biológico, por exemplo: “Funcionária tem
queda de nível e fratura o punho, este é um
fato de acidente de trabalho sem acidente
com material biológico, então, deverá
tomar medidas cm relação a fratura do
punho”, encaminhamento ao ambulatório
ou hospital para tratamento e realizar o
preenchido somente o CAT (Comunicação
de Acidente de Trabalho).
Você deve estar perguntando:
Quem deve emitir a CAT?
Por que é importante emitir a
CAT?
Respostas dos questionamentos:
1ª pergunta
O empregador preenche a CAT,
lembrando que o formulário está dividido
em duas partes, a 1º parte com perguntas
administrativas e a 2ª parte deverá ser
preenchida pelo médico que atendeu o
acidente.
2ª pergunta
Para preservação do trabalhador junto
aos seus direitos previstos na junção à
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
27
Previdência. Garantia de estabilidade por 1
ano.
Outro exemplo: “Funcionária estava
realizando medicação e perfura o dedo
indicador da mão direita com a agulha”,
neste caso além do CAT deverá preencher
a ficha de acidente com material biológico.
Como proceder:
Nos acidentes de trabalho com
material biológico devemos proceder da
seguinte forma:
1º passo= Quando ocorrer EXPOSIÇÃO
CUTÂNEA: lavar imediatamente o local com
água e sabão no caso de EXPOSIÇÃO DE
MUCOSA: lavar imediatamente e de maneira
exaustiva o local com soro.
2º passo= NÃO espremer/ ampliar/ ou
utilizar substância abrasiva no local.
3º passo = Realizar CURATIVO SE
NECESSÁRIO (Avaliação médica).
4º passo= Com vínculo empregatício:
preencher a CAT.
Sem vínculo empregatício: assinar
declaração do supervisor do local de
trabalho.
5º passo= Preencher ficha de Acidente paciente realizar o registro e tratar como
com Material Biológico desde que haja desconhecido.
exposição.
9º passo= Solicitar os seguintes
6º passo= Investigar a gravidade do EXAMES tanto do paciente fonte como do
acidente e sobre o fluído corpóreo – funcionário:
preencher ficha. AntiHIV
(Elisa) (HIV)
7º passo= Investigar o paciente fonte. Anti HBS (saber a Imunidade)
Anti HCV (Hepatite C)
8º passo= Coleta de exames do acidentado HBS Ag (indicar Hepatite crônica ou
e paciente fonte, no caso de negação do aguda ou portadores)

A solicitação do exame é feita pela instituição de referência de

acordo com a origem do profissional. Os exames são de interesse
do funcionário, se houver recusa por parte do funcionário, este
deverá preencher uma declaração de próprio punho.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

28
4.4
A CAT (Comunicação de Acidente
de Trabalho)

Fonte: http://pt.slideshare.net/caiocesar2016/formulario-cat-atual

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

29
 SUGESTÕES:

Assista ao vídeo que mostra o passo a passo para preenchimento da CAT:

Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=jKeUvS-I_O8

Análise dos acidentes com material biológico em trabalhadores da saúde

Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v19n2/pt_15.pdf

4.5
Considerações Finais
Os acidentes de trabalho ocorrem
com bastante frequência nas práticas
laborais. No entanto, por serem acidentes
que poderiam ser prevenidas, os números
referentes a incidência dessas situações
poderiam ser menores.
Quando ocorre um acidente
de trabalho, há a necessidade de
preenchimento da CAT, visto que só através
do envio dessas informações os direitos
previdenciários e jurídicos do trabalhador
estarão assegurados.
ZINET, C. Condições pioram, acidentes
aumentam: número de acidentes de
trabalho aumenta na última década,
preocupa sindicatos e organismos
internacionais, que culpam a forma de
produção. Caros Amigos, São Paulo, v. 187,
p. 16-19, out. 2012.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

30
 MÓDULO 5

As Precauções
Identificando
paraIdeias
a Prevenção
e
Sistema
Paisagismo: Utilização
Público de
Importância, Histórico,
Oportunidades
de Doenças
Modelagem Ocupacionais
Vacas emdeLactação
Negócios:
de um SIGnos
Visão
Esgotamento
Dados Matriciais
Conceitos Sanitário
e Definições
Empreendedora
Trabalhadoreseda Criatividade
Saúde

Objetivo Específico

Descrever as precauções que devem ser adotadas no ambiente de trabalho em

saúde para o não desenvolvimento de doenças/acidentes ocupacionais.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

31
5.1
Medidas de Prevenção de
Acidentes Ocupacionais
Fonte: http://www.carvresgate.com/2010/12/importancia-do-uso-de-epi-para-evitar.html
Existem inúmeras medidas que devem
ser adotadas pelo trabalhador e empregador,
afim de que se evite a ocorrência de
acidentes no trabalho, bem como o
desenvolvimento de doenças relacionadas
a prática laboral. Os trabalhadores da
saúde, por sua vez, se tornam expostos com
mais frequência a riscos biológicos, como a
contaminação por vírus e bactérias. Nesse
sentido, faz-se importante que medidas de
prevenção sejam adotadas para que seja
salvaguardado a integridade física e de
saúde dos profissionais.
Com isso, de acordo com a Anvisa
(2004) algumas mediadas da instituição
de saúde empregadora deve adotar, como:
realizar treinamentos e orientações que
especifiquem os riscos ocupacionais e as
medidas de prevenção; disponibilizar os
Equipamentos de Proteção Individual e
Coletiva para os funcionários; dispor de
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
32
recipiente adequado para que ocorra o
descarte de material perfuro cortante
de maneira segura; supervisionar a
situação vacinal dos profissionais, bem
como realizar campanhas de vacinação
com periodicidade; fornecer instruções
específicas por escrito e por fixação de
cartazes a respeito da conduta quando na
ocorrência de acidentes; dispor de Serviço
de Atendimento ao Funcionário Exposto ao
material biológico.
O Serviço de Atendimento ao
Funcionário Exposto ao material
biológico deve funcionar 24 horas. Se por
ventura a instituição não possuir esse
serviço, após a ocorrência de acidente, o
funcionário deve ser encaminhado a uma
unidade de referência para atendimento
necessário. Algumas medidas precisam
ser adotadas ao realizar o atendimento
ao funcionário exposto, como manter
em sigilo sua identidade, visto que pode
causar constrangimentos a este. Sempre
que possível, informar ao paciente-fonte
a ocorrência do acidente, solicitando a
permissão para a coleta das sorologias de
HIV, Hepatite B e C. È necessário assegurar
ao paciente que sua identidade bem como
resultados dos exames serão mantidos
em sigilo, e que o resultado será enviado
somente a ele, se assim desejar. Outra
medida importante é o preenchimento da
CAT pelo empregador (ANVISA, 2004).
Não só a instituição empregadora,
mas os profissionais devem implementar
medidas individuais com o intuito de
minimizar riscos, de acordo com a Anvisa
(2004) são elas:

• Realizar o esquema vacinal contra a

Hepatite B (3 doses)

Fonte: http://www.gastroflorianopolis.com.br/arquivos-novidades/hepatite-b/

• Adotar as Precauções Padrão (luvas, manipulação de sangue, secreções e

óculos, avental) sempre que houver a pele não integra.

Fonte: http://consultadeenfermagem.com/biosseguranca/precaucoes-padrao-anvisa/

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

33
 • Estar atento durante a realização de
procedimentos.

Fonte:http://setorsaude.com.br/teresinhavalduga/category/gestao-e-enfermagem/

• Manipular agulhas e materiais

cortantes com bastante cuidado.

Fonte: http://enfermageandotc21.blogspot.com.br/search/label/Farmacologia

• Não utilizar os dedos como anteparo

ao realizar procedimentos com materiais
perfuro-cortantes.

Fonte: https://www.google.com.br/
search?hl=ptBR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1024&bih=455&q=vacina+hepatite+b&oq=vacina+hepat&gs_
l=img.3.0.0i30l3j0i8i30l3.5410.9048.0.11044.12.12.0.0.0.0.163.1439.0j12.12.0....0...1ac.1.64.img..0.12.1434.
XRIm6WUClYc#hl=ptBR&tbm=isch&q=manipula%C3%A7%C3%A3o+seringa+m%C3%A3o&imgrc=GF7zhiTiezK1CM%3A

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

34
 • Não reencapar, entortar ou quebrar
as agulhas, bem como não as retirar da
seringa com as mãos.
• Seguir as instruções para
preenchimento e montagem das caixas
de perfuro-cortantes.
Fonte: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/iras/M%F3dulo%205%20-%20Risco%20Ocupacional%20e%20Medidas%20de%20
Precau%E7%F5es%20e%20Isolamento.pdf
5.2
Preocupações Aplicáveis no
Serviço de Saúde
As medidas de precauções em serviços
de saúde são aplicáveis com o objetivo de
prevenir a transmissão de microrganismos
entre o profissional e o paciente, ou entre
pacientes, nesse sentido, é possível
diferenciar (ANVISA, 2004):
PRECAUÇÕES PADRÃO
Devem ser aplicadas sempre que
houver a possibilidade do contato com pele
não íntegra, sangue, secreções e excreções
humanas. São elas: higienização das mãos,
luvas, avental, óculos, máscara.
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
35
• Desprezar todo material perfuro-
cortante em recipiente adequado,
mesmo que estéril.
PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS
Devem ser aplicadas sempre que
houver o conhecimento ou a suspeita da
forma de transmissão da patologia que
acomete o paciente baseado em três vias
principais: via aérea por gotículas, por
aerossóis, e por contato. São elas todas as
precauções padrões, aliadas a isolamento
ambiental, materiais de uso individual, tais
como estetoscópio, esfigonomamometro,
ale de cuidado com transporte, remoção
entre outros.
PRECAUÇÕES EMPÍRICAS
Devem ser aplicadas sempre
com suspeita clínica de importância
epidemiológica, sem etiologia confirmada
 SUGESTÕES

O vídeo a seguir descreve algumas patologias ocupacionais:

Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=4074i2PK1mU

Acidentes de trabalho envolvendo os olhos: avaliação de riscos ocupacionais com

trabalhadores de enfermagem
Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n5/v13n5a15.pdf

5.3
Considerações Finais
A prevenção de acidentes e doenças Somente com a conscientização dos
relacionadas a atividade laboral deve profissionais e das instituições de saúde
ser constante nas práticas de saúde. é possível vislumbrar uma diminuição na
Tanto o profissional quanto a instituição incidência de acidentes de trabalho na área
empregadora devem estar comprometidos da saúde e em especial na enfermagem.
em aplicar as medidas de prevenção e
precaução.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

36
 MÓDULO 6

Ergonomia:
Sistema
Criação
Boas
Sistema Determinante
de
VantagensPráticas
de
Público
e Tabelas
de
dedepara a
Posicionamento
Riscos
Prevenção
Manejo Parques
Drenagem
deRelacionais
Doenças
na-Ordenha
Urbana
Ocupacionais
Global GPS
Empreender

Objetivo Específico

Conceituar a ergonomia como fator de risco ocupacional e propor medidas

preventivas as doenças ocupacionais através da mecânica corporal.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

37
6.1
Ergonomia
O cientista polonês Wojciceh Os riscos e problemas decorrentes de
Jastrzebowski, em 1857, elaborou a primeira atividades laborais mais comuns de acordo
definição de ergonomia, caracterizando com Carvalho (2001) são:
como ciência do trabalho e que requeria • Mão de obra sem treinamento
o entendimento a respeito da atividade (operação de equipamentos
humana, seu esforço, pensamento, inadequada).
relacionamento e dedicação (VIDAL, s.d). • Excesso de horas trabalhadas.
Nessa mesma perspectiva, Cattelan (2007), • Armazenamento de produtos ou
a define como um trabalho interpessoal, equipamentos locais impróprios.
que requer ciências e tecnologias, com • Atos inseguros e incorretos.
intuito de ajuste mútuo entre o ser humano Ainda, de acordo com o mesmo autor, se
e o seu trabalho. as medidas ergonômicas forem eficazes,
O fator humano é o principal aspecto os resultados serão:
da ergonomia, portanto o estudo das suas • esforços inúteis e cansativos
características anatômicas, fisiológicas e reduzidos;
psicológicas permite o desenvolvimento • desconforto nas tarefas diminui;
e melhora na qualidade de vida (MARIÑO, • acidentes de trabalho serão
1993 apud PASCALE, 2002). Com isso, prevenidos;
a ergonomia tem importante função na • doenças profissionais não aparecerão
redução ou prevenção da insalubridade e com facilidade;
periculosidade da atividade laboral (ROCHA, E como consequência para
2006). empregador, melhora da rentabilidade por
Compreender como os ambientes de maior eficácia produtiva e diminuição das
trabalho afetam a atuação do funcionário, despesas públicas com a saúde e seguro
o cansaço, os desgastes, os problemas e social. Assim é possível definir alguns
limitações físicas, fazem parte e integram fatores que interferem no ambiente de
a abordagem ergonômica no trabalho trabalho (CARVALHO, 2001):
(SLACK, et al., 2002).

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

38
 Característica
física do
trabalhador

Características do Característica
ambiente: conforto psicosocial
visual, térmico, acústico

Organização do Componentes do
trabalho Posto de Trabalho

6.2
Mecânica Corporal

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABrVwAI/folder2-ergonomia-no-dia-a-dia

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

39
 Muitas atividades envolvidas na
assistência prestada aos pacientes exigem
que os profissionais de saúde puxem,
empurrem, levantem e carreguem. Usando
a mecânica corporal adequada, é possível
evitar lesões musculoesqueléticas e fadiga.
De acordo com Carvalho (2001),
a mecânica corporal correta pode ser
resumida em três princípios básicos:
• Manter um centro de gravidade baixo,
flexionando os quadris e os joelhos, em
vez de curvar-se no nível da cintura. Essa
posição distribui uniformemente o peso
entre os segmentos superior e inferior
do corpo e ajuda a manter o equilíbrio;
• Usar uma base de sustentação ampla,
afastando os pés. Essa postura confere
estabilidade lateral e abaixa o centro de
gravidade;
• Manter o alinhamento apropriado do
corpo e conservar o centro de gravidade
diretamente sobre a base de apoio,
movimentando os pés em vez de girar e
inclinar-se na cintura.
Outros pontos importantes, sempre
que possível, empurrar em vez de puxar um
objeto (os músculos flexores do cotovelo
são mais fortes do que os músculos
extensores); para promover o alinhamento
corporal correto e ajudar a evitar
acidentes, certificar-se de estar usando
sapatos de saltos baixos, solas flexíveis e
antiderrapantes e dorso fechado; conhecer
os limites e ter bom senso.
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
40
Para empurrar e puxar, de acordo com
Carvalho (2001), faz-se importante ficar
de pé perto do objeto e colocar um dos pés
ligeiramente à frente do outro, como se
estivesse andando. Contrair os músculos
da perna, e ao mesmo tempo, posicionar a
pelve, contraindo os músculos abdominais
e os glúteos.
Para empurrar, colocar as mãos no
objeto e flexionar os cotovelos. Inclinar-se
sobre o objeto transferindo o peso da parte
de trás das pernas, para a parte da frente e
aplicar pressão suave e contínua.
Para puxar, segurar o objeto e
flexionar os cotovelos. Afastar-se do objeto
transferindo o peso da parte anterior
para a parte posterior das pernas. Puxar
suavemente, evitando movimentos rápidos
e precipitados. È importante destacar que
após começar a mover o objeto, mantê-lo
em movimento consome menos energia
que parar e recomeçar.
Para abaixar-se deve-se ficar na
posição ereta com os pés afastados 25,5
a 30,5 cm, com um dos pés ligeiramente
à frente do outro, para ampliar a base
de sustentação. Em seguida abaixar-se,
flexionando os joelhos, e coloque mais
peso no pé da frente do que no pé de trás.
Manter a parte superior do corpo ereta,
sem se curvar no nível da cintura. Para se
levantar novamente, estender os joelhos e
manter as costas eretas.
 SUGESTÕES

O vídeo a seguir relembra conceitos de ergonomia, ginástica laboral, e mecânica

corporal:
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=q5msJPOBwu0&list=PL0oSHAG6mKzXNFAHoE
nUd9DxZuQBjKoC-&index=3

O próximo vídeo destaca algumas posições que a enfermagem deve adotar para que
realize os cuidados de maneira ergonômica:
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=xMrkHmonV3w

Avaliação da postura corporal dos trabalhadores de enfermagem na movimentação

de pacientes acamados
Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v34n1/v34n1a04

6.3
Considerações Finais
A ergonomia consiste em uma Na enfermagem, medidas
importante ciência que deve estar ergonômicas devem ser aplicadas, afim de
presente em toda pratica profissional. Os que os profissionais consigam executar
cuidados relativos as dinâmicas corporais determinados cuidados com os pacientes
ao executar as atividades laborais devem que necessitam ser posicionados,
ser consideradas afim de que se previnam removidos entre outros.
distúrbios e doenças ocupacionais.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

41
 MÓDULO 7

Georreferenciamento
Suínos - Cuidados
Sistema
Qualidade decom
Classificação
Como de
Leitões
de Gerenciamento
Iniciar Vida
um
de Dados
Jardins
Recém-nascidos
Geoespaciais
de
Empreendimento?
Receptores
do
Resíduos
Trabalhador
Sólidos
GPS

Objetivo Específico

Conceituar qualidade de vida no trabalho e medidas para preservar a qualidade de

vida do trabalhador.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

42
7.1
O Trabalho no Brasil
No Brasil, são considerados
trabalhadores homens e mulheres que
exercem atividade remunerada com o
objetivo de sustento próprio ou de seus
dependentes, sendo considerados os que
estão inseridos no setor informal ou formal
da economia, aqueles que atuam como
empregados assalariados, trabalhadores
domésticos, avulsos, agrícolas, autônomos,
servidores públicos, trabalhadores de
cooperativas e empregadores, aprendizes,
estagiários e aqueles temporariamente
ou definitivamente afastados do mercado
7.2
Qualidade de Vida e Qualidade de
Vida no Trabalho
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
descreve que a qualidade de vida relaciona-
se a percepção dos indivíduos de que as
suas necessidades estão sendo satisfeitas,
no sentido de alcance de felicidade ou auto
realização, independente do seu estado de
saúde, financeiro ou social (OMS, 1998). A
qualidade de vida não está ligada a apenas
a fatores de saúde, como bem estar físico,
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
43
de trabalho, seja por aposentadoria, por
doença, desemprego (BRASIL, 2001).
O termo qualidade de vida do
trabalhador, pode ser considerado uma
ramificação do termo qualidade de vida,
e estudos desenvolvidos nessa área tem
ganhado bastante destaque pela ciência
que abrange a área da saúde, bem como,
uma atenção maior dos empregadores,
que buscam propostas para melhorar
as condições de trabalho e de vida dos
seus funcionários (VASCONCELOS, 2001;
TEIXEIRA, et al, 2009).
emocional ou mental, mas também aos
aspectos relacionados ao trabalho, família,
amigos ou qualquer circunstância cotidiana
dos indivíduos (GILL e FEISNTEIN, 1994).
Nesse sentido, para compreender
melhor o conceito qualidade de vida, Silva
(1999) descreve seis domínios relacionados
ao tema, são eles:
 Social
Emocional
Qualidade
Físico
O âmbito Físico não está atrelado
somente ao quadro clínico das pessoas,
mas também a adoção de hábitos de vida
saudáveis, como alimentação saudável,
não desenvolver hábitos nocivos a saúde
e ainda o uso adequado do sistema de
saúde. O aspecto emocional envolve
o desenvolvimento de capacidade de
enfrentamento e gerenciamento das
tensões cotidianas aliadas a um nível de alto
de entusiasmo com a vida (SILVA, 1999).
O aspecto social relaciona-se com a
qualidade nos relacionamentos, equilíbrio
no meio de convivência. O profissional está
ligado a satisfação com a prática laboral,
bem como a adoção de práticas que buscam
o desenvolvimento profissional e ainda o
reconhecimento da importância da prática.
O domínio intelectual corresponde a
utilização de práticas criativas e a expansão
dos conhecimentos e o espiritual com
o desenvolvimento de um propósito de
vida baseado em pensamentos positivos,
otimistas e baseados em valores da ética
(SILVA, 1999).
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
Profissional
Intelectual
de
VIda Espiritual
Nesse aspecto, a dimensão profissional
se destaca, visto que grande parte do
tempo dos indivíduos é dedicado as práticas
de trabalho e ainda, esta atividade possui
importante valor na sociedade (TEIXEIRA,
et al, 2009).
Quanto ao termo qualidade de vida
no trabalho, as primeiras discussões a
respeito dessa temática surgiram no
período pós guerra, pelo Plano Marshall
de reconstrução da Europa, em que os
Estados Unidos, através de investimentos
buscou reerguer a economia da Europa,
ainda, com contribuições de estudos de Eric
Trist, na década de 50 na Inglaterra, buscou
organizar o trinômio Indivíduo/trabalho/
organização. No entanto, somente nos
séculos XVIII e XIX, com a sistematização
do trabalho, que estudos relacionados as
preocupações com as condições de trabalho
foram melhor desenvolvidos (LACAZ, 2000;
RODRIGUES, 1995).
Nos anos 60 o assunto ganhou maior
destaque com a conscientização dos
trabalhadores bem como das empresas
44
em relação a alta produtividade, mas
atentando também para a motivação e
satisfação dos indivíduos, mesmo assim, as
preocupações relacionadas a qualidade de
vida no trabalho eram por vezes deixadas
de lado, diante das mudanças econômicas e
de mercado quanto a exigência de produção
(RODRIGUES, 1995).
Na década de 1980, ideias
relacionadas a perspectiva de humanização
nas atividades laborais, bem como de
tornar o trabalhador mais ativo e atuante
nas empresas foram desenvolvidas. Até
então, os conceitos de prevenção de
acidentes e doenças de trabalho eram
vistos com ligação direta as atividades
laborais, após, iniciou-se a discussão de
que outros eventos relacionados a saúde
do trabalhador poderiam ocorrer e não
mostravam-se diretamente ligados ao
trabalho (LACAZ, 2000).
Com isso, é possível perceber que a
qualidade de vida no trabalho relaciona-
se com questões do próprio trabalho, a
organização e as pessoas e dessa forma,
atrelado ao bem estar dos trabalhadores,
eficácia organizacional, participação dos
trabalhadores nas decisões relacionadas ao
trabalho (TEIXEIRA, et al, 2009).
Além disso, Rodrigues (1995)
descreve algumas variáveis no sentido de
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
45
compreender o contexto de qualidade de
vida no trabalho:
• Características da tarefa: desenvolvida
com autonomia, menor supervisão,
retorno de informações, conhecimento
a respeito das atividades, perfil do
trabalho.
• Relações sociais: o ambiente de
trabalho promove o convívio social fora
do ambiente familiar, e dessa forma,
a satisfação social pode interferir na
eficiência organizacional.
• Estresse relacionado ao emprego:
principalmente no que se refere a função
de papeis e as expectativas individuais e
em relação ao a outro na execução das
tarefas.
• Relações no trabalho e fora do
trabalho: pode gerar interferência no
ambiente de trabalho.
• Status, poder e igualdade: um
equilíbrio entre a importância, papel
dos trabalhadores pode direcionar para
um melhor convívio no ambiente de
trabalho.
• Outras funções latentes do
trabalho: o trabalho é executado
conforme parâmetros pré estabelecidos,
como o fator tempo, por exemplo e ainda
com ligação as características individuais
dos trabalhadores.
7.3
Medidas de Promoção a Qualidade
de Vida no Trabalho
As medidas de promoção a qualidade
de vida no trabalho não deve ser descrita
ou confundida com atividades festivas de
interação social, e sim com características
da organização da empresa, com valores,
filosofia, participação de todos e ações
concretas (MATOS, 1997; ALVES, 2011).
Nesse sentido, Alves (2011) descreve
algumas práticas/ações/programas com os
resultados esperados, a saber:
Exercícios físicos (ex: ginástica
laboral): melhora a disposição, a tolerância
ao estresse, reduz as faltas, interfere no
relacionamento interpessoal, diminui os
acidentes de trabalho com dessa forma,
redução dos gastos médicos.
Treinamento e desenvolvimento
dos profissionais: aperfeiçoamento das
atividades e crescimento do conhecimento
intelectual, aliado a satisfação profissional
com aumento da produtividade.
Ergonomia: melhora o desempenho
nas atividades, e promove a redução de
acidentes e desenvolvimento de doenças
relacionadas ao trabalho.
Avaliação do desempenho: promove
o aumento da produtividade satisfação
profissional.
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
46
Higiene e segurança no trabalho:
promove um ambiente mais saudável o
que interfere diretamente na prevenção de
doenças relacionadas ao trabalho e ainda
aumenta a produtividade.
Estudo de cargo e salários: mantém
os recursos humanos, promove a motivação
dos trabalhadores o que favorece ao
aumento da produtividade.
Controle de álcool e drogas: reduz
os riscos de acidentes de trabalho, o
absenteísmo, melhora a autoestima e a
produtividade.
Preparação para a aposentadoria:
motivação em relação ao trabalho,
satisfação profissional, melhora auto
estima, descobrimento de novas
habilidades e competências.
Orientações nutricionais: melhora na
condição física e de saúde, diminuição na
obesidade, melhora nos comportamentos
de risco, melhora na produtividade.
Musicoterapia e terapias
alternativas: melhora na auto estima,
relacionamento interpessoal, estresse,
prevenção de doenças, aumento da
produtividade.
Anti tabagismo: melhora a auto
estima, previne doenças, aumenta a
produtividade.
 SUGESTÕES
Qualidade de Vida no Trabalho (QTV): a visão dos trabalhadores
Disponível em:
http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/35/qualidade_vida.pdf

7.4
Considerações Finais
A qualidade de vida no trabalho
relaciona-se a diferentes aspectos que
em suma vinculam-se a qualidade de vida
de maneira geral. O trabalhador se insere
nesse cenário e desenvolve as suas práticas
laborais com o objetivo de atender as suas
necessidades econômicas, fisiológicas,
profissionais.
Sob essa ótica, é possível perceber
que se atividade profissional for prazerosa
aos trabalhadores, bem como lhe
proporcione crescimento intelectual, auto
estima, auto realização, a atividade laboral
tende a ser mais produtiva e menos onerosa
aos envolvidos.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

47
 MÓDULO 8

As Normas Regulamentadoras do
Sistema
Franquias
Processamento
de
Leitoas
(franchising)
Gerenciamento
e no
Elaboração Jardins
Ministério de
doCartogramas
Trabalho e
de Resíduos
Empreendedorismo
Reprodução
dedaImagem
Construção Civil
Previdência Social

Objetivo Específico

Conhecer as Normas Regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho e Previdência

Social e especificar a NR 32.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

48
8.1
As Normas Regulamentadoras do
Ministério do Trabalho
As Normas Regulamentadoras – NR,
relacionadas as atividades trabalhistas,
segurança e medicina do trabalho, são
de observância obrigatória a todas as
empresas, seja pública ou privada, órgãos
públicos, Poderes Legislativo e Judiciário,
que tenham em seu quadro de funcionários
regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT (BRASIL, 2015).
Ao não cumprir as disposições legais
e regulamentares norteadas pelas NRs,
acarreta ao empregador penalidades
previstas na legislação, bem como, quando
o empregado nega-se a cumprir suas
obrigações e de maneira injustificável,
também é considerado um ato faltoso
(BRASIL,2015).
NR1 Disposições
Estabelece o campo de aplicação
de todas as Normas Regulamentadoras
de Segurança e Medicina do Trabalho do
Trabalho Urbano, bem como os direitos e
obrigações do Governo, dos empregadores
e dos trabalhadores no tocante a este
tema específico. A fundamentação legal,
ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, são os
artigos 154 a 159 da Consolidação das Leis
do Trabalho CLT.
NR2 Inspeção Prévia
Estabelece as situações em que as
empresas deverão solicitar ao Ministério do
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
49
Trabalho a realização de inspeção prévia em
seus estabelecimentos, bem como a forma
de sua realização. A fundamentação legal,
ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, é o artigo
160 da CLT.
NR3 Embargo ou Interdição
Estabelece as situações em que as
empresas se sujeitam a sofrer paralisação de
seus serviços, máquinas ou equipamentos,
bem como os procedimentos a serem
observados, pela fiscalização trabalhista,
na adoção de tais medidas punitivas no
tocante à Segurança e a Medicina do
Trabalho. A fundamentação legal, ordinária
e específica, que dá embasamento jurídico
à existência desta NR, é o artigo 161 da CLT.
NR4 Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho SESMET
Estabelece a obrigatoriedade
das empresas públicas e privadas, que
possuam empregados regidos pela
CLT, de organizarem e manterem em
funcionamento, Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho SESMT, com a
finalidade de promover a saúde e proteger
a integridade do trabalhador no local de
trabalho. A fundamentação legal, ordinária
e específica, que dá embasamento jurídico
à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT.
 NR5 Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA
Estabelece a obrigatoriedade das
empresas públicas e privadas organizarem
e manterem em funcionamento, por
estabelecimento, uma comissão constituída
exclusivamente por empregados com o
objetivo de prevenir infortúnios laborais,
através da apresentação de sugestões
e recomendações ao empregador para
que melhore as condições de trabalho,
eliminando as possíveis causas de acidentes
do trabalho e doenças ocupacionais.
A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à
existência desta NR, são os artigos 163 a
165 da CLT. Para ver a explicação detalhada
desta norma
NR6 Equipamentos de Proteção
Individual – EPI
Estabelece e define os tipos de EPI's
a que as empresas estão obrigadas a
fornecer a seus empregados, sempre que
as condições de trabalho o exigirem, a fim
de resguardar a saúde e a integridade física
dos trabalhadores. A fundamentação legal,
ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, são os artigos
166 e 167 da CLT.
NR7 Programas de Controle Médico
de Saúde Ocupacional PCMSO
Estabelece a obrigatoriedade de
elaboração e implementação, por parte
de todos os empregadores e instituições
que admitam trabalhadores como
empregados, do Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional PCMSO, com
o objetivo de promoção e preservação da
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
50
saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à
existência desta NR, são os artigos 168 e
169 da CLT.
NR8 – Edificações
Dispõe sobre os requisitos técnicos
mínimos que devem ser observados
nas edificações para garantir segurança
e conforto aos que nelas trabalham.
A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à
existência desta NR, são os artigos 170 a
174 da CLT.
NR9 Programas de Prevenção de
Riscos Ambientais PPRA
Estabelece a obrigatoriedade de
elaboração e implementação, por parte de
todos os empregadores e instituições que
admitam trabalhadores como empregados,
do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais PPRA, visando à preservação
da saúde e da integridade física dos
trabalhadores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e consequente
controle da ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir
no ambiente de trabalho, tendo em
consideração a proteção do meio ambiente
e dos recursos naturais. A fundamentação
legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta
NR, são os artigos 175 a 178 da CLT.
NR10 Instalações e Serviços em
Eletricidade
Estabelece as condições mínimas
exigíveis para garantir a segurança
dos empregados que trabalham em
instalações elétricas, em suas diversas
etapas, incluindo elaboração de projetos,
execução, operação, manutenção, reforma
e ampliação, assim como a segurança de
usuários e de terceiros, em quaisquer das
fases de geração, transmissão, distribuição
e consumo de energia elétrica, observando-
se, para tanto, as normas técnicas oficiais
vigentes e, na falta destas, as normas
técnicas internacionais. A fundamentação
legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta
NR, são os artigos 179 a 181 da CLT.
NR11 Transporte, Movimentação,
Armazenagem e Manuseio de Materiais
Estabelece os requisitos de segurança
a serem observados nos locais de
trabalho, no que se refere ao transporte,
à movimentação, à armazenagem e ao
manuseio de materiais, tanto de forma
mecânica quanto manual, objetivando
a prevenção de infortúnios laborais.
A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à
existência desta NR, são os artigos 182 e
183 da CLT.
NR12 Máquinas e Equipamentos
Estabelece as medidas prevencionistas
de segurança e higiene do trabalho a serem
adotadas pelas empresas em relação
à instalação, operação e manutenção
de máquinas e equipamentos, visando
à prevenção de acidentes do trabalho.
A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à
existência desta NR, são os artigos 184 e
186 da CLT.
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
51
NR13 Caldeiras e Vasos de Pressão
Estabelece todos os requisitos técnicos
legais relativos à instalação, operação
e manutenção de caldeiras e vasos de
pressão, de modo a se prevenir a ocorrência
de acidentes do trabalho. A fundamentação
legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta
NR, são os artigos 187 e 188 da CLT.
NR14 – Fornos
Estabelece as recomendações técnicos
legais pertinentes à construção, operação
e manutenção de fornos industriais nos
ambientes de trabalho. A fundamentação
legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta
NR, é o artigo 187 da CLT.
NR15 Atividades e Operações
Insalubres
Descreve as atividades, operações e
agentes insalubres, inclusive seus limites
de tolerância, definindo, assim, as situações
que, quando vivenciadas nos ambientes
de trabalho pelos trabalhadores, ensejam
a caracterização do exercício insalubre,
e também os meios de proteger os
trabalhadores de tais exposições nocivas à
sua saúde. A fundamentação legal, ordinária
e específica, que dá embasamento jurídico
à existência desta NR, são os artigos 189 e
192 da CLT.
NR16 Atividades e Operações
Perigosas
Regulamenta as atividades e as
operações legalmente consideradas
perigosas, estipulando as recomendações
prevencionistas correspondentes.
Especificamente no que diz respeito ao
Anexo n° 01: Atividades e Operações
Perigosas com Explosivos, e ao anexo n°
02: Atividades e Operações Perigosas com
Inflamáveis, tem a sua existência jurídica
assegurada através dos artigos 193 a 197
da CLT.A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico
à caracterização da energia elétrica como
sendo o 3° agente periculoso é a Lei n°
7.369 de 22 de setembro de 1985, que
institui o adicional de periculosidade para
os profissionais da área de eletricidade.
A portaria Ministério do Trabalho n°
3.393 de 17 de dezembro de 1987, numa
atitude casuística e decorrente do famoso
acidente com o Césio 137 em Goiânia, veio
a enquadrar as radiações ionozantes, que
já eram insalubres de grau máximo, como o
4° agente periculoso, sendo controvertido
legalmente tal enquadramento, na medida
em que não existe lei autorizadora para tal.
NR17 – Ergonomia
Visa estabelecer parâmetros que
permitam a adaptação das condições de
trabalho às condições psicofisiológicas dos
trabalhadores, de modo a proporcionar
um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficiente. A fundamentação
legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta
NR, são os artigos 198 e 199 da CLT.
NR18 Condições e Meio Ambiente
de Trabalho na Indústria da Construção
Estabelece diretrizes de ordem
administrativa, de planejamento
de organização, que objetivem a
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
52
implementação de medidas de controle
e sistemas preventivos de segurança
nos processos, nas condições e no meio
ambiente de trabalho na indústria da
construção civil. A fundamentação legal,
ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, é o artigo
200 inciso I da CLT.
NR19 Explosivos
Estabelece as disposições
regulamentadoras acerca do depósito,
manuseio e transporte de explosivos,
objetivando a proteção da saúde e
integridade física dos trabalhadores em seus
ambientes de trabalho. A fundamentação
legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta
NR, é o artigo 200 inciso II da CLT.
NR20 Líquidos Combustíveis e
Inflamáveis
Estabelece as disposições
regulamentares acerca do armazenamento,
manuseio e transporte de líquidos
combustíveis e inflamáveis, objetivando
a proteção da saúde e a integridade física
dos trabalhadores m seus ambientes de
trabalho. A fundamentação legal, ordinária
e específica, que dá embasamento jurídico
à existência desta NR, é o artigo 200 inciso
II da CLT.
NR21 Trabalho a Céu Aberto
Tipifica as medidas prevencionistas
relacionadas com a prevenção de acidentes
nas atividades desenvolvidas a céu aberto,
tais como, em minas ao ar livre e em
pedreiras. A fundamentação legal, ordinária
e específica, que dá embasamento jurídico
à existência desta NR, é o artigo 200 inciso
IV da CLT.
NR22 Segurança e Saúde
Ocupacional na Mineração
Estabelece métodos de segurança
a serem observados pelas empresas que
desenvolvam trabalhos subterrâneos de
modo a proporcionar a seus empregados
satisfatórias condições de Segurança e
Medicina do Trabalho. A fundamentação
legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta
NR, são os artigos 293 a 301 e o artigo 200
inciso III, todos da CLT.
NR23 Proteção Contra Incêndios
Estabelece as medidas de proteção
contra Incêndios, estabelece as medidas
de proteção contra incêndio que devem
dispor os locais de trabalho, visando à
prevenção da saúde e da integridade física
dos trabalhadores. A fundamentação legal,
ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, é o artigo
200 inciso IV da CLT.
NR24 Condições Sanitárias e de
Conforto nos Locais de Trabalho
Disciplina os preceitos de higiene e de
conforto a serem observados nos locais de
trabalho, especialmente no que se refere a:
banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas,
alojamentos e água potável, visando a
higiene dos locais de trabalho e a proteção à
saúde dos trabalhadores. A fundamentação
legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta
NR, é o artigo 200 inciso VII da CLT.
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
53
NR25 Resíduos Industriais
Estabelece as medidas preventivas
a serem observadas, pelas empresas,
no destino final a ser dado aos resíduos
industriais resultantes dos ambientes
de trabalho de modo a proteger a saúde
e a integridade física dos trabalhadores.
A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à
existência desta NR, é o artigo 200 inciso
VII da CLT.
NR26 Sinalização de Segurança
Estabelece a padronização das cores
a serem utilizadas como sinalização de
segurança nos ambientes de trabalho, de
modo a proteger a saúde e a integridade
física dos trabalhadores. A fundamentação
legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta
NR, é o artigo 200 inciso VIII da CLT.
NR27 Registro Profissional do
Técnico de Segurança do Trabalho no
Ministério do Trabalho
Estabelece os requisitos a serem
satisfeitos pelo profissional que desejar
exercer as funções de técnico de segurança
do trabalho, em especial no que diz respeito
ao seu registro profissional como tal, junto
ao Ministério do Trabalho. A fundamentação
legal, ordinária e específica, tem seu
embasamento jurídico assegurado través
do artigo 3° da lei n° 7.410 de 27 de
novembro de 1985, regulamentado pelo
artigo 7° do Decreto n° 92.530 de 9 de abril
de 1986.
 NR28 Fiscalização e Penalidades
Estabelece os procedimentos a serem
adotados pela fiscalização trabalhista de
Segurança e Medicina do Trabalho, tanto
no que diz respeito à concessão de prazos
às empresas para no que diz respeito à
concessão de prazos às empresas para
a correção das irregularidades técnicas,
como também, no que concerne ao
procedimento de autuação por infração às
Normas Regulamentadoras de Segurança
e Medicina do Trabalho. A fundamentação
legal, ordinária e específica, tem a sua
existência jurídica assegurada, a nível de
legislação ordinária, através do artigo 201
da CLT, com as alterações que lhe foram
dadas pelo artigo 2° da Lei n° 7.855 de 24
de outubro de 1989, que institui o Bônus
do Tesouro Nacional BTN, como valor
monetário a ser utilizado na cobrança de
multas, e posteriormente, pelo artigo 1° da
Lei n° 8.383 de 30 de dezembro de 1991,
especificamente no tocante à instituição
da Unidade Fiscal de Referência UFIR, como
valor monetário a ser utilizado na cobrança
de multas em substituição ao BTN.
NR29 Norma Regulamentadora
de Segurança e Saúde no Trabalho
Portuário
Tem por objetivo Regular a proteção
obrigatória contra acidentes e doenças
profissionais, facilitar os primeiro socorros
a acidentados e alcançar as melhores
condições possíveis de segurança e
saúde aos trabalhadores portuários. As
disposições contidas nesta NR aplicam-
se aos trabalhadores portuários em
operações tanto a bordo como em terra,
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
54
assim como aos demais trabalhadores que
exerçam atividades nos portos organizados
e instalações portuárias de uso privativo
e retro portuárias, situadas dentro ou
fora da área do porto organizado. A sua
existência jurídica está assegurada em
nível de legislação ordinária, através da
Medida Provisória n° 1.5756, de 27/11/97,
do artigo 200 da CLT, o Decreto n° 99.534,
de 19/09/90 que promulga a Convenção n°
152 da OIT.
NR30 Norma Regulamentadora
de Segurança e Saúde no Trabalho
Aquaviário (consulta pública)
Aplica-se aos trabalhadores de
toda embarcação comercial utilizada
no transporte de mercadorias ou de
passageiros, na navegação marítima de
longo curso, na cabotagem, na navegação
interior, no serviço de reboque em alto-
mar, bem como em plataformas marítimas
e fluviais, quando em deslocamento,
e embarcações de apoio marítimo e
portuário. A observância desta Norma
Regulamentadora não desobriga as
empresas do cumprimento de outras
disposições legais com relação à matéria e
outras oriundas de convenções, acordos e
contratos coletivos de trabalho.
NR31 Norma Regulamentadora de
Segurança e Saúde nos Trabalhos em
Espaços Confinados
(Consulta pública) Tem como objetivo
estabelecer os requisitos mínimos para
identificação de espaços confinados, seu
reconhecimento, monitoramento e controle
dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde
dos trabalhadores. Espaço confinado é
qualquer área não projetada para ocupação
humana que possua ventilação deficiente
para remover contaminantes, bem como
a falta de controle da concentração de
oxigênio presente no ambiente.
NR32 Norma Regulamentadora
de Segurança e Saúde no Trabalho em
Estabelecimentos de Assistência à
Saúde. (Consulta pública)
Tem por finalidade estabelecer as
diretrizes básicas para a implementação de
medidas de proteção à segurança e à saúde
dos trabalhadores em estabelecimentos de
assistência à saúde, bem como daqueles
que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral.
NR33 Norma Regulamentadora
Segurança e Saúde nos Espaços
Confinados
Tem como objetivo estabelecer os
requisitos mínimos para identificação de
espaços confinados e o reconhecimento,
avaliação, monitoramento e controle dos
riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde
8.2
Norma Regulamentadora 32 -
NR32
Norma Regulamentadora de Segurança
e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos
de Assistência à Saúde
A NR32 é uma importante legislação
federal específica que descreve situações
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
55
dos trabalhadores que interagem direta ou
indiretamente nestes espaços.
NR34 Condições e Meio Ambiente
de Trabalho na Indústria na Construção
e Reparação Naval
Estabelece os requisitos mínimos e
as medidas de proteção à segurança, à
saúde e ao meio ambiente de trabalho nas
atividades da indústria de construção e
reparação naval.
NR35 Trabalho em Altura
Norma geral de gestão para trabalho
em altura.
NR36 Segurança e Saúde no
Ambiente de Trabalho em Empresa de
Abate e Processamento de Carnes e
Derivados
Estabelece os requisitos mínimos para
a avaliação, controle e monitoramento
dos riscos existentes nas atividades
desenvolvidas na indústria de abate e
processamento de carnes e derivados
destinados ao consumo humano, de forma
a garantir permanentemente a segurança,
a saúde e a qualidade de vida no trabalho.
de segurança e saúde no trabalho, em
especifico do setor saúde. Nesse sentido,
é possível vislumbrar importantes
mudanças por meio desta norma, visto que
regulamenta ações que devem promover a
proteção dos trabalhadores na prevenção
de acidentes de trabalho bem como doenças
ocupacionais (ROBAZZI, MARZIALE, 2004).
Em sua organização a NR32 divide-se
em três eixos, sendo que o primeiro trata da
capacitação continuada dos trabalhadores,
o segundo descreve os programas que
tratam dos riscos e o terceiro direciona
para as medidas de prevenção dos riscos
(BRASIL, 2012).

SUGESTÕES

NR32
Disponível em:
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr32.htm

NR. 32 - RECOMEMDAÇÕES BÁSICAS

Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=XmcVYf6DnDg

8.3
Considerações Finais
As Normas Regulamentadoras
do Ministério do Trabalho, Emprego
e Previdência Social definem alguns
parâmetros relacionados a segurança do
trabalhador, prevenção de acidentes e
agravos ligados ao trabalho em diversas
áreas de atuação. Cabe ao empregador e
ao empregado conhecer essa legislação
e implementá-la em sua atividade de
trabalho.
Na saúde, a NR32 tem sua importância
pois orienta o trabalho nesse setor em
específico, direcionando a prevenção de
riscos para agravos e acidentes de trabalho,
além de outras normas referentes aos
serviços de atendimento a saúde.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

56
 MÓDULO 9

Compreensão do Uso do
Plano
Suínos Interpretação
- de
Disposição
Doenças Negócio
Final (PN): e
Relacionadas
dosLeitões
Planejamento
Recria de Resíduos
Geoprocessamento na Elaboração do
Características
Sólidos emdeAterros
ao
Planejamento Imagem
e Tipologias
Trabalho
Paisagístico
da Sanitários
Atividade
EIV

Objetivo Específico

Reconhecer as doenças relacionadas ao trabalho e as suas consequências para o

trabalhador.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

57
9.1
O Desenvolvimento de Doenças
nos Trabalhadores e a sua Relação
com o Trabalho

Fonte: http://fsindical-rs.org.br/noticias/acidentes-de-trabalho-7-trabalhadores-
morrem-por-dia-no-brasil.html

De maneira geral, os trabalhadores dermatite de contato, perda auditiva

estão expostos, em função de idade, relacionada a atividade e exposição
sexo, grupo social a diversas formas de laboral.
adoecimento. Também, os trabalhadores • Agravos a saúde específicos e
podem desenvolver patologias e até tipificados pela ocorrência de acidentes
morrer em decorrência do exercício atual de trabalho e ainda por doenças
ou anterior de determinadas práticas profissionais como a silicose e a
relacionadas ao trabalho (BRASIL, 2001). asbestose.
Dessa forma, de acordo com Mendes O Ministério da Saúde (2001) classifica
e Dias (1999), é possível sintetizar quatro e tipifica as doenças relacionadas ao
grandes causas para que o adoecimento trabalho dividindo-as em grupos:
dos trabalhadores aconteça: GRUPO 1: a doença é a causa, típica
• Doenças comuns, sem que ocorra pelas doenças profissionais e ainda
relação com a atividade laboral. pelas intoxicações agudas relacionadas a
• Doenças comuns (crônico- atividade profissional.
degenerativas, infecciosas, neoplásicas GRUPO 2: doenças em que o trabalho
etc) que eventualmente podem pode ser um fator risco, que pode ser mais
desenvolver alterações quanto a frequente ou mais precoce em alguns
freqüência e gravidade em determinadas grupos ocupacionais. A hipertensão arterial
condições de trabalho. sistêmica ou determinadas neoplasias
• Doenças comuns que tem sua podem ser exemplificadas nesse grupo.
etiologia e evolução ampliadas pelo GRUPO 3: doenças em que o trabalho
trabalho, como asma brônquica, pode ser o provocador do distúrbio

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

58
em latência ou o agravador da doença Ainda, Schilling (1984) classifica
já estabelecida. Doenças alérgicas algumas patologias relacionadas ao
respiratórias e ou alérgicas podem ser trabalho conforme o quadro abaixo:
exemplificadas nesse grupo, em grupos
ocupacionais específicos.

Categoria Exemplo
I – Trabalho como causa necessária Intoxicação por chumbo; Silicose;
Doenças profissionais legalmente
reconhecidas
II - Trabalho como fator contributivo, Doença coronariana; Doenças do
mas não necessário aparelho locomotor; Câncer; Varizes dos
membros inferiores
III - Trabalho como provocador de um Bronquite crônica; Dermatite de contato
distúrbio latente, ou agravador de alérgica; Asma; Doenças mentais
doença já estabelecida

Sob esse aspecto é importante presentes ou ligados ao trabalho, os riscos

ressaltar que as doenças, ou distúrbios físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e
relacionados ao trabalho, classicamente, mecânicos (discutidos em módulo anterior).
estão ligadas aos riscos que podem estar

9.2
A Vigilância à Saúde do
Trabalhador
Após a ocorrência da doença ou
distúrbio ocupacional, e de acordo
com o Ministério da Saúde (2001), faz
importante salvaguardar algumas ações
que são decorrentes e importantes para
a manutenção da qualidade de vida
do trabalhador. Dentre as quais pode-
se destacar a assistência adequada ao
trabalhador vítima de acidente ou doença
relacionada a pratica de trabalho.
Ainda, faz-se importante, o destaque
e a organização de informações que
possibilitem a pesquisa e o levantamento
de dados que possam contribuir para
o reconhecimento de riscos e agravos
existentes no processo de trabalho e que

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

59
induzam o desenvolvimento de riscos a
saúde dos trabalhadores (BRASIL, 2001).
Outro ponto importante está
relacionado a participação na normatização,
fiscalização e controle das condições de
produção, bem como todas as etapas
logísticas relacionadas a atividade
laboral, como manuseio, distribuição de
substâncias, máquinas, produtos, enfim,
todo e qualquer material que possa
significar riscos ao trabalhador de maneira
individual e/ou coletiva (BRASIL, 2001).
As informações relativas a saúde do
trabalhador, como resultados de exames
admissionais, periódicos e de demissão,
riscos de acidente de trabalho, doença
profissional, avaliações ambientais, devem
ser amplamente divulgados, sempre
9.3
Doenças e Eventos Relacionados
a Atividade de Trabalho da
Enfermagem
A enfermagem se caracteriza como
uma profissão da saúde e que dessa
maneira, devido as suas práticas laborais se
expõem a inúmeros riscos ambientais e com
importante potenciabilidade em causar
danos reversíveis e irreversíveis.
Sob esse aspecto, é possível elencar
os riscos biológicos, inerentes as práticas
de saúde e que podem causar as doenças
tuberculose pulmonar, cytomegalovirus,
hepatites virais, infecção pelo vírus
da imunodeficiência humana (HIV) e
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
60
respeitando os preceitos éticos profissional
(BRASIL, 2001).
Faz-se importante ressaltar
também, quanto a participação de
todos na normatização, fiscalização e
controle de serviços de saúde vinculados
ou implementados nas instituições ou
empresas, sejam públicas ou privadas
(BRASIL, 2001).
Realizar revisões periódicas quanto as
doenças que tem vínculo e estão associadas
a prática de trabalho também é importante,
bem como a garantia de não uso ou
interdição de maquinários ou estruturas do
setor, do serviço ou ainda do ambiente de
trabalho, sempre que houver exposição a
riscos para a saúde ou vida do trabalhador
(BRASIL, 2001).
síndrome da imunodeficiência adquirida
(AIDS), rubéola, dfteria, herpes simples,
varicella zoster, febre tifóde, gastrenterite
infecciosa, parotidite, queratoconjutivite,
infecções respiratórias virais (RAMOS,
TITTONI, NARDI, 2008).
Quanto a exposição a agentes químicos,
problemas como anencefalia, asma, rinite,
espinha bífida, defeitos do sistema urinário
e genital. E relação aos riscos físicos, é
possível mencionar as doenças oculares
devida a má iluminação dos ambientes,
distúrbios de audição, relacionados ao
excesso de ruídos e quanto a exposição a
radiação, má formações congênitas (SELL,
2002).
Em relação a exposição aos riscos
ergonômicos, é possível citar as lombalgias,
sinovites e tendosinovites. As patologias
relacionadas a exposição a fatores
psicossociais, como o estresse, ansiedade,
depressão e ainda a Síndrome de Bournout
(GOMES; PASSOS, 2010).

Lista de doenças relacionadas ao trabalho

Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_trabalho_2ed_
p1.pdf

9.4
Considerações Finais
As doenças e agravos relacionados
a atividade laboral podem ser descritas
e classificadas de diferentes formas, no
entanto, é importante destacar que todas
possuem potência de prevenção, tornando-
as controláveis.
Cabe ao profissional, ao ingressar
na carreira, e as empresas e instituição
empregadoras, responsabilizarem-se em
adotar medidas preventivas e de promoção
a saúde dos trabalhadores, bem como
reconhecer potenciais riscos a saúde.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

61
 MÓDULO 10

Plano Introdução
de Negócios
Geoprocessamento
CIPA Princípios
(Comissão
Reprodução e Gerais
Interna
Paisagismo ao
deem (PN):
Informações
de da
Prevenção
Produção de
Construção
Obtidas Georreferenciamento
pelo e Utilização
Incineração
de Sensoriamento
Bezerros
Áreas de
Acidentes): dos Remoto
deResíduos
Funções
Urbanas
Corte Planos

Objetivo Específico

Descrever a composição e o funcionamento da CIPA (Comissão Interna de Prevenção

de Acidente de Trabalho).

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

62
10.1
A Composição e as Funções da
CIPA
Fonte: http://www.saudeevida.com.br/cipa-e-suas-caracteristicas/
Na década de 1970, o Ministério do
Trabalho e Emprego aprovam a Norma
Regulamentadora 5 (NR5, 1978) que
cria a Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes do Trabalho, esta foi mais
uma tentativa do governo em reduzir os
índices de acidentes de trabalho. Segundo
a NR5, toda empresa, seja de ordem
pública ou privada, sociedade de economia
mista, órgão de administração direta
ou indireta, instituições beneficentes,
associações recreativas, cooperativas,
enfim, toda e qualquer instituição que
admita trabalhadores, deve manter ativa e
funcionando um serviço de CIPA (BRASIL,
1978).
A CIPA tem por finalidade “a prevenção
de acidentes e doenças decorrentes do
trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da
saúde do trabalhador” (BRASIL, 1978, p 1).
Nesse sentido, as atividades inerentes a
essa comissão devem estar voltadas para
a identificação dos riscos do ambiente de
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
63
trabalho, bem como a minimização destes;
identificar as doenças que podem ter relação
com determinada atividade de trabalho e
preveni-las no ambiente de trabalho e no
ambiente social dos trabalhadores (BRASIL,
1978).
Quanto a composição da CIPA, a
quantidade de membros é variável e
dependente do número de trabalhadores
bem como o grau de risco da atividade. Para
fazer parte da comissão, é necessário se
promover uma eleição, sendo que metade
do número dos integrantes são elegidos e
a outra metade é indicada pela direção da
empresa, faz- se importante ressaltar que
qualquer trabalhador da empresa pode
fazer parte da Comissão (BRASIL, 1978).
Os membros da CIPA deve passar por
um processo de capacitação, que permita
que os trabalhadores conheçam as funções
da Comissão, bem como identifiquem a sua
atuação no sentido De realizar atividades
de prevenção de acidentes e agravos a
saúde dos trabalhadores (BRASIL, 1978).
 Ainda, os membros devem reunir-se
mensalmente em uma reunião formalizada
com a elaboração de ata forma, afim de
que se por ventura houver a necessidade,
essa documentação seja vistoriada. Essa
reunião deve ocorrer nas dependências da
empresa, no horário de trabalho (BRASIL,
1978).
Ainda constitui atribuição da CIPA
desenvolver juntamente com o SESMT
(Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho)
as seguintes ações, de acordo com a NR5
(1978):
a) Identificar os riscos do processo de
trabalho, e elaborar o mapa de riscos,
com a participação do maior número
de trabalhadores, com assessoria do
SESMT, onde houver;
10.2
A Enfermagem do Trabalho e sua
Atuação na CIPA
O enfermeiro que atua em empresas,
o enfermeiro com especialização em
enfermagem do trabalho, é um dos
profissionais que compõe o SESMT, sendo
assim, promove ações de capacitação do
funcionários da CIPA, identifica os riscos
inerentes a prática de trabalho, analisa
os impactos relacionadas a execução das
atividade, analisa as principais doenças
que acometem os trabalhadores, além
de promover eventos e treinamentos aos
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
64
g) Participar, com o SESMT, onde
houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos
de alterações no ambiente e processo
de trabalho relacionados à segurança e
saúde dos trabalhadores;
h) Requerer ao SESMT, quando houver,
ou ao empregador, a paralisação de
máquina ou setor onde considere haver
risco grave e iminente à segurança e
saúde dos trabalhadores;
i) Participar, em conjunto com o SESMT,
onde houver, ou com o empregador,
da análise das causas das doenças e
acidentes de trabalho e propor medidas
de solução dos problemas identificados;
o) Promover, anualmente, em conjunto
com o SESMT, onde houver a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho – SIPAT (NR 5, 1978, item 5.16).
funcionários no que concerne a prevenção
de acidentes e agravos a saúde dos
trabalhadores (SASSI, et al., 2011).
De maneira geral, a enfermagem do
trabalho compromete-se em desenvolver
ações que promovam, conservem e
restaurem a saúde do trabalhador, da
mesma maneira a CIPA também atua desta
forma, mas precisa da orientação técnica
para fazê-lo, orientação técnica e científica
que o enfermeiro do trabalho está apto a
fazer. Assim, é possível descrever que os concomitantemente com objetivos em
trabalhadores que compõem a CIPA, bem comum (SASSI, et al., 2011).
como o enfermeiro do trabalho atuam

SUGESTÕES

Norma Regulamentadora 5
Disponível em:
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr5.htm

CIPA
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=0SWaB02DHC0

10.3
Considerações Finais
A NR5 regulamenta a CIPA em todas
as empresas do território nacional e tem
por finalidade principal a prevenção de
acidentes e doenças relacionadas ao
trabalho. Compõe a CIPA trabalhadores
da própria empresa que passam por um
treinamento que deve ser organizado
pelo SESMT da empresa. O enfermeiro
do trabalho, dentre as inúmeras funções
relacionadas a atuação na empresa,
conecta-se diretamente com os membros
da CIPA, fornecendo conhecimento técnico
e científico afim de que as ações promovidas
por essa comissão se concretizem.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

65
 MÓDULO 11

Sensoriamento Remoto, Sistemas

OOProcesso
Georreferenciamento
Intraempreendedorismo
Considerações
Paisagismo
Nutriçãodede sobre de
Enfermagem
em Rodovias
Bezerros a e
de Informação Geográfica e
aImóveis
Coletaenas
Saúde Organizações
Rurais
Seletiva de-Rural
doCorte Norma
Trabalhador
Paisagismo
de Resíduos
Geoprocessamento

Objetivo Específico

Conhecer as atribuições do enfermeiro na saúde ocupacional com ênfase na

aplicabilidade do Processo de Enfermagem.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

66
11.1
A Atuação do Enfermeiro na
Saúde do Trabalhador
Fonte: http://universidade.uol.com.br/pos-graduacao/ucdb/
enfermagem-do-trabalho.html#rmcl
O enfermeiro atuante em saúde
ocupacional, presta assistência aos
trabalhadores no sentido de promover
a saúde, prevenir a ocorrência de
acidentes ou agravos relacionadas as
atividades ocupacionais, bem como realiza
acompanhamento dos trabalhadores
afastados por doença ocupacional, com o
objetivo de promover o seu bem estar físico,
mental (LUCAS, 2004; MORAES, 2007).
A NR – (32), descreve a os riscos
relacionados a exposição ocupacional
(biológicos, químicos, físicos, radiação), e
a diminuição ou até mesmo a eliminação
desses riscos, depende diretamente da
capacidade do profissional reconhecer
que as ações de cuidado de enfermagem
no que tange a proteção da saúde dos
trabalhadores depende de medidas
implementadas no ambiente de trabalho
(COREN-SP, 2007).
Nesse aspecto, faz-se importante a
reflexão de que muitas vezes a insatisfação
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
67
profissional pode levar a situações que
gerem a predisposição para a ocorrência
de acidentes ou doenças relacionadas
ao trabalho, essa é uma informação
que também deve ser dividia com os
trabalhadores, afim de que se adotem
medidas de prevenção a esses eventos
(CASTRO, SOUZA, SANTOS, 2010).
Ainda, é importante destacar que o
enfermeiro atuante em saúde ocupacional
pode de maneira geral, interferir nas
características do trabalho principalmente
relativo a situações de ruído, temperatura,
riscos físicos, período de descanso, o
que pode diferenciar na diminuição das
dificuldades dos trabalhadores acerca
da atividade, assiduidade e produção
(ANTUNES, 2009).
Outra importante atribuição
do enfermeiro atuante em saúde do
trabalhador, é elaborar e executar projetos
que visem a proteção dos trabalhadores,
alem de realizar levantamentos das
doenças profissionais e lesões traumáticas,
coletando dados de saúde, epidemiológicos,
e que contribuam para uma investigação
da relação dos achados com as atividades
funcionais, visando assim o aumento da
produtividade. Ainda, vale ressaltar que
11.2
O Processo de Enfermagem e a
Sistematização da Assistência
de Enfermagem em Saúde do
Trabalhaador
Para que a assistência de enfermagem
em saúde ocupacional se desenvolva
de maneira integral, é importante que
ações de cuidados sejam planejadas e
padronizadas. Nesse sentido, é essencial a
disponibilização de um registro bem como
de termos utilizados e empregados para o
desenvolvimento do cuidado. Para tanto,
utilizar de um meio computadorizado e que
permite o resgate das informações, facilita
e subsidia os cuidados (SILVEIRA, MARIN,
2006).
Nessa perspectiva é possível
identificar algumas informações que devem
ser levantadas pelo enfermeiro em saúde
ocupacional, de acordo com Silveira e Marin
(2006):
• Dados demográficos – dados de
identificação, nascimento, sexo, idade,
raça, procedência, ocupação, endereço
entre outros.
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
68
se houver a ocorrência de acidentes, o
enfermeiro assume os primeiros socorros
implementando as primeiras ações de
cuidado afim de salvaguardar a vida dos
trabalhadores (PAULA, SANTOS, 2003).
• Dados relativos ao histórico
profissional - local de trabalho, setor,
funções e atribuições, jornada de
trabalho, situação do trabalho, uso de
equipamentos de proteção individual,
observações ergonômicas, exposição a
agentes de risco entre outros.
• Dados da história de saúde –
situação de saúde, doenças e/ou
danos crônicos degenerativos, danos
ocupacionais, imunizações, hábitos e
estilo de vida entre outros.
• Dados da anamnese – abrangendo
as dimensões biológicas, fisiológicas,
sociológicas, psicológicas, informações
do exame físico.
• Dados do diagnóstico de
enfermagem – o julgamento do
enfermeiro diante dos problemas e
respostas dadas para um possível ou
potencial problema de saúde.
 • Dados das intervenções de do cuidado de enfermagem em saúde
enfermagem – as ações ou respostas ocupacional, fortalecendo as ações bem
direcionadas para o atendimento da com subsidiando práticas atuais e futuras
necessidade levantada ou identificada no sentido de prevenção de acidentes e
nas etapas anteriores. doenças ocupacionais (SILVEIRA, MARIN,
Essas informações, se organizadas, 2006).
poderão remeter o desenvolvimento

SUGESTÃO
Atribuições e funções dos enfermeiros do trabalho no Brasil e nos Estados Unidos
Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n2/pt_07.pdf

11.3
Considerações Finais
O enfermeiro que atua em saúde
ocupacional possui inúmeras atribuições
e funções, mas de forma geral, as suas
ações de cuidado devem estar pautadas
na prevenção de acidentes e doenças
ocupacionais nos trabalhadores que
estão sob sua responsabilidade. Para uma
atuação efetiva, o enfermeiro precisa
conhecer as características pessoais, de
saúde e profissionais dos trabalhadores,
bem como padronizar as suas ações, uma
forma de se realizar esse propósito é
implementado o Processo de Enfermagem
através da Sistematização da Assistência
de Enfermagem.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

69
 MÓDULO 12

Educação Empreendedora,
Considerações sobre a
OsElaboração
Direitos
Processos
Planejamento e os
de
Terminação Deveres
do
e Projeto
Mapas
de de
Ensino
ColetadeSeletiva
Empreendedorismo
de Resíduos e
Georreferenciamento
dos Trabalhadores
Arborização
Temáticos
Bovinos de Corte
Empreendedorismo
de Serviços de SaúdeSocial

Objetivo Específico

Discutir os principais direitos e deveres dos trabalhadores brasileiros.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

70
12.1
Os Principais Direitos dos
Trabalhadores Brasileiros
Fonte: http://advogadalucimara.blogspot.com.br/2011/05/direitos-e-deveres-do-trabalhador.html
Nas relações de trabalho, todos os
trabalhadores tem direito a serem tratados
com igualdade e possuir as mesmas
oportunidades de formação e promoção
profissional. Quanto a carga horária,
trabalhar um limite de 40 horas semanais,
no máximo 8 horas/dia, exceto em situações
especiais, descansar ao menos uma vez
na semana e receber retribuição especial
quando exerce a sua prática no período
noturno (ACT, 2008).
Ainda quanto as relações de trabalho,
é de direito do trabalhador receber
retribuições especiais sempre que executar
a sua atividade fora do horário de rotina ou
em horário de descanso, gozar de 22 dias
úteis de férias anuais, receber subsídios
de férias que devem ser pagas antes do
início das férias. O trabalhador também tem
direitos a licença maternidade e paternidade
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
71
(para a mulher pode variar ente 120 a 150
dias); recorrer a greve sempre que seus
direitos não forem atendidos; segurança
no emprego, sendo vetada a dispensa do
trabalho sem justa causa (ACT,2008).
No que se refere os trabalhadores
estudantes, eles possuem direito a
regime especial de jornada de trabalho;
outro direito relaciona-se em constituir
associações e sindicatos que atuem de
maneira a promover os direitos profissionais
e sociais dos trabalhadores, e ainda, receber
por escrito do empregador as informações
relacionadas a sua condição de trabalho
(ACT, 2008).
Quanto a saúde, segurança e higiene
no trabalho, é de direito dos trabalhadores
trabalhar em um ambiente seguro, que
não cause danos a sua saúde, bem como,
receber informações a respeito de possíveis
riscos relacionados a sua prática laboral, e
ainda receber orientações de como prevenir
esses riscos (ACT, 2008).
Receber orientações a respeito das
medidas a se tomar em caso de acidente,
incêndio, ou qualquer situação foram do
padrão e que produzam riscos a integridade
dos trabalhadores. Participar de todas as
questões relacionadas a segurança no
trabalho, ter acesso livre e gratuito aos
equipamentos de proteção individual.
Realizar exames médicos antes da admissão
e periódicos (ACT, 2008).
12.2
Os Principais Deveres dos
Trabalhadores Brasileiros
O trabalhador deve tratar com
educação e respeito os seus colegas de
trabalho e chefia, ou qualquer pessoa que
se estabeleça uma relação profissional.
Comparecer ao trabalho com assiduidade
e pontualidade e utilizar de cuidado ao
executar as tarefas (ACT, 2008).
Ao realizar as suas práticas laborais,
o trabalhador deve seguir as orientações
do empregador, exceto em situações que
vão contra a seus direitos trabalhistas
já adquiridos. Guardar lealdade ao
empregador, não revelando a terceiros
metodologias ou práticas da organização.
Zelar dos materiais ou instrumentos
relacionados ao seu trabalho e ainda
executar atos que promovam o aumento da
produtividade (ACT, 2008).
Ainda, os trabalhadores precisam
seguir as orientações do empregador
no que concerne saúde e segurança no
• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem
72
Em caso de acidente ou doença
relacionada ao trabalho, receber auxilio
econômico, e ainda afastar-se do seu posto
de trabalho sempre que houver riscos
em relação a sua prática. Ter os direitos
assegurados mesmo se o contrato for em
caráter temporário e ainda recorrer as
autoridades competentes como Tribunais
do Trabalho, quando necessário (ACT,
2008).
trabalho, zelar pela sua segurança e pela
segurança de todos que pode ser afetados
por suas práticas. Utilizar de maneira correta
materiais, instrumentais, substâncias,
maquinas ou qualquer meio que seja
utilizado para a execução do trabalho (ACT,
2008).
Respeitar as sinalizações de segurança,
bem como cumprir as regras segurança,
contribuir para melhorias de segurança
no ambiente de trabalho. Comunicar de
maneira imediata a superiores sempre que
houver erros ou acidentes na execução da
atividade, e ainda contribuir para a higiene
e limpeza do local de trabalho (ACT, 2008).
Conhecer a respeito das informações
relativas a segurança no trabalho,
comparecer a exames médicos e ainda
fornecer todas as informações de saúde e
aptidão física para análise relacionadas as
funções do trabalho (ACT, 2008).
 SUGESTÃO

Ministério Público do Trabalho e o Direito dos Trabalhadores

Disponível em:
h t t p : / / w w w. m o v i m e n t o d o w n . o r g . b r / w p c o n t e n t / u p l o a d s / 2 0 14 / 0 6 /
Publica%C3%A7%C3%A3o-MPT-interativo.pdf

12.3
Considerações Finais
Os trabalhadores brasileiros possuem
direitos e deveres que norteiam as
práticas econômicas de maneira geral.
Não obstante, as normas relacionadas à
segurança, prevenção e diminuição de
riscos relacionados as práticas laborais
estão atreladas a esses direitos e deveres.
Todos os trabalhadores, ao exercerem a sua
prática em território nacional, devem estar
assegurados de todos esses direitos bem
como deveres.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

73
 REFERÊNCIAS

ANTUNES, R.J.C.C.P. CONTRIBUTO DO ENFERMEIRO PARA A SAÚDE NO TRABALHO. Disser-

tação. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Coimbra, 2009

ALVES, E.F. Programas e ações em qualidade de vida no trabalho. Revista INTERFACEHS –

v.6, n.1, Artigo, Abril. 2011.

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Biossegurança. Rev. Saúde Pública n

39 v6 p: 989-91, 2005.

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de

saúde/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa, 2007.

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Doenças relacionadas ao trabalho. Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde
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Básica. Área Técnica de Saúde do Trabalhador Saúde do trabalhador / Ministério da Saú-
de, Departamento de Atenção Básica, Departamento de Ações Programáticas e Estraté-
gicas, Área Técnica de Saúde do Trabalhador. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001.

BRASIL, Ministério da Saúde do Brasil, Organização Pan-Americana da Saúde/Brasil.

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Série A. Normas e Manuais Técnicos, n. 114. Brasília/DF, 2001.

• Qualidade de Vida no Trabalho e Cuidados na Enfermagem

74
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Área de saúde ganha mais segurança contra
contaminações [internet]. 2012.

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