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1) Técnica Radiológica – Membro superior I

- Breve revisão anatómica (ppt1)

- Técnica Radiológica

• Regras de posicionamento
- Tampo de mesa movel ou flutuante
1- Posicionamento do paciente e da parte a ser radiografada
2- Alinhamento do RC com o RI
3- Alinhamento paciente – RC
- Tampo de mesa fixo
1- Posicionamento do paciente
2- Posicionamento da parte a ser radiografada
3- Centragem do RI (IP no potter bucky desliza ao longo do comprimento da mesa)
4- Centragem do RC

• Princípios gerais
- Remover anéis, relógios e outros materiais radiopacos
- Sentar o doente numa extremidade da mesa, numa posição confortável
- Colocar RI (IP/chassis) num local que permita um posicionamento confortável para o
doente
- Maior eixo paralelo ao maior eixo do filme
- RC deverá ser perpendicular ao RI
- Quando se pretende radiografar as duas mãos ou punhos
- cada lado deve ser radiografado em separado
- Usar proteção gonadal
- Colimação rigorosa – 4 lados
- Em geral, realizam-se várias exposições no mesmo RI
- Usar letras ou marcadores que identifiquem o lado radiografado

• Fatores de exposição
- kV baixos ou médios (40-70)
- Tempos de exposição curtos
- Foco fino
- mA adequada para uma densidade suficiente
- Chassis com ecrãs intensificadores, em geral, universalmente detalhe
- Utilização de grelha ou potter bucky acima do cotovelo

• Aumento da exposição com imobilização (gesso)


- Gesso seco pequeno a médio – aumentar 5 a 7 kV
- Gesso grande e húmido – duplicar mAs ou aumentar 8-10 kV
- Fibra de vidro – aumentar 3-4 kV

• Rotinas
- Que número de projeções são necessárias?
- Projeções básicas (rotina) e opcionais (complementares)

• Dedos – 2º ao 5º
- Incidências:
- PA
- Oblíqua
- Lateral ou perfil

Incidência PA (2º ao 5º dedo)


- Estruturas demonstradas: falanges distal, média e proximal,
extremidade distal metacárpicos e articulações associadas

- Fatores técnicos:
RI – 18x24 cm
Dividir transversalmente
Sem grelha
kV baixos (45 kV)

- Posição do doente:
Paciente sentado junto à extremidade da mesa
Cotovelo fletido a 90º
Mão e antebraço repousam sobre a mesa

- Posição da parte:
Mão em pronação com os dedos bem estendidos e afastados
Centrar e alinhar o eixo longitudinal da parte do RI a utilizar

- Raio central:
RC é perpendicular e direcionado à articulação interfalângica
proximal (IFP) do dedo afetado
Colimar e colocar identificadores de lado
- Critérios de avaliação:
Incluir todo o dedo em estudo e 1/3 distal do
metacárpico
Ausência de rotação do dedo
- aparência simétrica de ambos os
lados ou concavidades das diáfises das
falanges e metacárpicos distais
- quantidade igual de tecidos moles de
ambos os lados da falange
Centro de colimação deve ser na articulação IFP
Espaços articulares abertos
Dedos separados para que não haja sobreposição de tecidos moles
Fatores de exposição ótimos
- Visualização de tecidos moles e das trabéculas ósseas

Projeção PA Oblíqua (2º ao 5º dedo)


- Estruturas demonstradas: falanges, articulações interfalângica e MCF em
posição oblíqua

- Fatores técnicos:
RI – 18x24 cm
Dividir transversalmente
Sem grelha
kV baixos

- Posição do doente:
Paciente sentado junto à extremidade da mesa
Cotovelo fletido a 90º
Mão e antebraço repousam sobre o RI

- Posição da parte:
Mão com os dedos totalmente estendidos contra bloco de espuma
em cunha a 45º, posicionando a mão em posição oblíqua lateral
Eixo longitudinal do dedo alinhado com o eixo longitudinal do RI
Separar os dedos e colocar o dedo a ser examinado contra o bloco
de forma a inclinar o dedo a 45º e esteja paralelo ao RI

- Raio central:
RC é perpendicular e direcionado à articulação interfalângica
proximal (IFP) do dedo afetado
Colimar e colocar identificadores de lado
- Critérios de avaliação:
Incluir todo o dedo, rodado a 45º, incluindo a porção distal do metacárpico
adjacente
Centro de colimação deve ser na articulação IFP
Espaços articulares interfalângicos e metacarpo falângico abertos, indicando correta
localização do RC
Ausência de sobreposição dos dedos adjacentes sobre a falange proximal e
articulação MCF
Fatores de exposição ótimos (tecidos moles e das trabéculas ósseas)
Identificação do doente clara e visível

Projeção Lateral (2º ao 5º dedo)


- Estruturas demonstradas: falanges, articulações interfalângica e MCF
em posição lateral

- Fatores técnicos:
RI – 18x24 cm
Dividir transversalmente
Sem grelha
kV baixos

- Posição do doente:
Paciente sentado junto à extremidade da mesa
Cotovelo fletido a 90º
Mão e antebraço repousam sobre o RI

- Posição da parte:
Mão em posição lateral, com o dedo a ser examinado
totalmente estendido, e com os outros dedos fletidos
Usar blocos radiotransparentes para sustentar o dedo
Eixo longitudinal paralelo ao plano do RI

- Raio central:
RC é perpendicular e direcionado à articulação interfalângica
proximal (IFP) do dedo afetado
Colimar e colocar identificadores de lado
- Critérios de avaliação:
Incluir todo o dedo e MCF numa posição lateral verdadeira (sup. Anterior da diáfises
das falanges apresenta-se côncava, sem rotação das falanges
Centro de colimação deve ser na articulação IFP
Espaços articulares interfalângicos abertos, MCF do 2º e 3ºdedo abertas, do 4º ao 5º
dedos apresentam sobreposição
Ausência de sobreposição dos dedos adjacentes sobre a falange proximal e
articulação MCF
Fatores de exposição ótimos (tecidos moles e das trabéculas ósseas)
Identificação do doente clara e legível, bem como os marcadores do lado D ou E

Dedos
• 1º dedo
- Incidências:
- AP
- PA
- Lateral
- PA oblíqua

1º Dedo (AP/PA)
- Estruturas demonstradas: falanges distal e proximal, 1º metacárpico e articulações
associadas

- Fatores técnicos:
RI – 18x24 cm
Dividir transversalmente
Sem grelha
kV baixos (45 kV)

AP do 1º Dedo
- Posição do doente:
De pé com o braço atrás do dorso, mão em supinação
Paciente sentado de frente para a mesa, braço estendido
(ou fletido a 90º) com a mão em rotação interna para
supinar o polegar

- Posição da parte:
Rodar internamente a mão com os dedos estendidos até
que a superfície posterior do polegar esteja apoiada no RI
Alinhar o polegar com o eixo longitudinal do RI e afastar o
5º MC para evitar sobreposição
Colocar o 1º MF no centro do RI a utilizar
- Raio central:
RC é perpendicular e direcionado à articulação MF do 1º dedo
RC 10-15º inclinado em direção ao punho (Lewis)
Colimar e colocar identificadores de lado

PA do 1º Dedo
- Posição da parte:
Só se não for possível em AP
Mão em posição lateral
Colocar o 1º dedo sobre suporte
Colocar a mão por forma que a face dorsal do 1º dedo fique
paralela ao RI
RC perpendicular à MCF

Lateral do 1º Dedo (polegar)


- Posição da parte:
Mão em pronação e polegar abduzido
Dedos e mão afastados e curvos
Rodar a mão medialmente até que o polegar esteja numa
posição lateral verdadeira

PA oblíqua do 1º Dedo (polegar)


- Posição da parte e RC:
Abduzir o polegar ligeiramente com a superfície palmar da
mão em contacto com o RI
Alinhar o eixo longitudinal do polegar com o eixo longitudinal
do RI
RC perpendicular à 1ª MF

-Critérios de avaliação (AP/PA):


Todo o 1º dedo (desde a extremidade dista, 1ª CM e incluindo o trapézio)
Ausência de rotação
Articulações IF e MF abertas e sem sobreposições
Visualização de tecidos moles e das trabéculas ósseas
Mão
- Projeções básicas:
- PA
- Oblíqua
- Lateral

- Fatores técnicos:
RI – (18x24 cm ou 24x30) - dividir transversalmente
Sem grelha
kV baixos (45-50 kV)
Mão (PA)
- Estruturas demonstradas: falanges, metacárpicos, ossos do carpo e
todas as articulações da mão

- Posição da parte:
Mão em pronação com a superfície palmar voltada para o RI
Centrar a parte do RI a utilizar com as articulações MCF
Separar ligeiramente os dedos

- Raio central:
RC é perpendicular e direcionado à 3ª articulação metacarpo-
falângica (MCF)
Colimar e colocar identificadores de lado

-Critérios de avaliação mão (PA):


Ausência de rotação
Articulações MCF e interfalângicas abertas
Não existir sobreposição dos tecidos moles
Dose correta (tecidos moles e das trabéculas ósseas)
Toda a anatomia distal ao rádio e ao cúbito

PA oblíqua mão
- Posição da parte:
Mão em pronação
Rodar a mão por forma que as MCF façam 45º em
relação com o plano do RI
Utilizar bloco radiotransparente

- Raio central:
RC é perpendicular e direcionado à 3ª articulação
metacarpo-falângica (MCF)
Colimar e colocar identificadores de lado
-Critérios de avaliação PA oblíqua da mão:
Toda a mão, punho e extremidade distal do rádio e cúbito
Sobreposição mínima das porções médias dos 3º, 4º e 5º
metacárpicos
Alguma sobreposição das cabeças dos 3º, 4º e 5º MC, mas sem
sobreposição do 2º e 3º MC
Espaços articulares abertos

Mão (Latero-medial e medio-lateral em extensão)

Mão lateral em leque

-Critérios de avaliação lateral da mão:


Mão numa posição lateral verdadeira (sobreposição das
falanges, metacárpicos e extremidade distal do rádio e do
cúbito), indicada para a localização de corpos estranhos
Na posição de leque as falanges não se sobrepõem
1º dedo livre de sobreposições

AP oblíqua mão (ball-catcher’s position)


- Raio central:
RC é perpendicular e centrado na linha média entre as 2
mãos ao nível das articulações MCF
Colimar e colocar identificadores de lado

- Indicações:
Detetar precocemente alterações que permitam o
diagnóstico de artrite reumatoide (norgaard)
Demonstração de fraturas da base do 5º MC (stapczynski)
Pisiforme
Punho
- Projeções básicas:
- PA/AP
- Oblíquas PA e AP
- Lateral (latero-medial)

- Fatores técnicos:
RI – (18x24 cm ou 24x30) – divididos em 2 ou 3 partes transversalmente
Sem grelha
kV baixos (50-55 kV)

- Posição do doente:
Paciente sentado junto à extremidade da mesa
Cotovelo fletido a 90º
Mão e punho repousam sobre o RI
Baixar o ombro de forma a que ombro, cotovelo e punho estejam no mesmo plano

- Estruturas demonstradas:
Terço médio e proximal dos metacárpicos, carpo, extremidade distal
do rádio e cúbito e articulações associadas
Para estudar o cúbito é preferível uma posição AP, uma vez que PA
apresenta alguma rotação
Em AP, os espaços articulares intercárpicos aparecem mais abertos

PA punho
- Posição da parte:
Alinhar o eixo longitudinal da mão e antebraço com o eixo
longitudinal da metade livre do RI
Colocar o carpo no centro da parte do RI a utilizar
Mão em pronação, ligeiramente curvada e com os dedos fletidos
Proteção gonadal

- Raio central:
RC é perpendicular e direcionado para o meio do carpo
(linha média ao nível das apófises stilóides do rádio e cúbito)
Colimação rigorosa
AP punho
- Posição da parte:
Antebraço e mão em supinação
Alinhar o eixo longitudinal da mão e antebraço com o eixo longitudinal da metade
livre do RI
Colocar o carpo no centro da parte do RI a utilizar
Elevar os dedos de modo a colocar o punho em contacto com o
RI
Proteção gonadal

- Raio central:
RC é perpendicular ao RI e direcionado para o meio do carpo
Linha média ao nível das apófises stilóides do rádio e cúbito
Colimação rigorosa
-Critérios de avaliação PA e AP do punho:
Observação das partes distais do rádio e cúbito e metade proximal dos metacárpicos
Ausência de rotação do carpo, metacarpo e rádio
Exposição adequada para visualização de tecidos moles e trabéculas ósseas
A flexão dos dedos deverá permitir observar os metacárpicos sem sobreposição dos
dedos
Identificação do paciente e do lado, clara e visível

Lateral do punho
- Posição da parte:
Punho numa posição lateral
Doente com o cotovelo fletido a 90º, por forma a rodar o cúbito para uma posição
lateral
Colocar o carpo no centro da parte do RI a utilizar
Proteção gonadal

- Raio central:
RC é perpendicular ao RI e direcionado para o meio da
articulação do punho (apófises stilóides do rádio)
Colimação rigorosa
- Estruturas observadas:
Porção proximal dos metacárpicos sobrepostas
Carpo
Porção distal do rádio e cúbito

-Critérios de avaliação lateral do punho:


Posição lateral verdadeira evidenciada por:
- Parte distal da cabeça do cúbito centrada e sobreposta ao rádio
- Porções proximais dos metacárpicos devem estar alinhadas e
sobrepostas
- Identificação do paciente e do lado, clara e visível

Oblíquas do punho (PA e AP)

- Oblíqua PA punho:
Doente sentado ao lado da mesa com a axila ao nível da mesa,
cotovelo fletido a 90º
A partir da posição de pronação, rodar o punho lateralmente até
que forme um ângulo de 45º com o plano da cassete
Se pretendermos boa visualização do escafoide fazer desvio
cubital

- Raio central:
RC é perpendicular ao RI e direcionado para o meio do carpo (distalmente ao rádio)
Colimação rigorosa

- Estruturas observadas e critérios de avaliação:


Ossos do carpo – especialmente o escafoide e o trapézio
Extremidade distal do rádio e cúbito
Carpo e metade proximal dos metacárpicos
Porção proximal do 3º, 4º e 5º metacárpicos e parte distal do rádio e
cúbito aparecem sobrepostos
Colimação rigorosa e identificação do paciente e do lado

- Oblíqua AP punho:
Antebraço numa posição de supinação
Colocar o IP/RI debaixo do punho e centrado com a superfície
dorsal do punho
Rodar o punho medialmente até uma posição de semi-supinação
de aproximadamente 45º
- Raio central:
RC é perpendicular ao RI e direcionado para o meio do carpo
RC entra pela superfície anterior do punho a meio caminho entre
os seus bordos medial e distal
Colimação rigorosa
- Estruturas observadas e critérios de avaliação:
Ossos do carpo – especialmente ossos da parte média ou interna
Piramidal, unciforme e pisiforme sem sobreposição
Extremidade distal do rádio e cúbito
Carpo e metade proximal dos metacárpicos
Colimação rigorosa e identificação do paciente e do lado

Punho e escafóide
- Projeções especiais:
- Desvio cubital
- Desvio radial
- Escafóide PA axial (Stecher method)
- Canal e ponte do carpo

Desvio cubital
- Posição da parte:
Doente sentado na extremidade da mesa, com o cotovelo fletido a
90º
Punho como para a projeção PA, palma para baixo
Sem mover o antebraço everter (em direção do cúbito) sem levantar
ou inclinar a parte distal do antebraço

- Raio central:
RC é perpendicular ao escafoide (proximal à articulação CM do 1º dedo)
RC angulado a 10 a 15º (cranial ou caudal) para melhor delineação do escafoide
Colimação rigorosa

- Estruturas observadas e critérios de avaliação:


Escafoide com as articulações adjacentes abertas
Ausência de rotação do punho
Flexão cubital adequada
Observação de tecidos moles e trabéculas ósseas
Colimação rigorosa

Desvio radial
- Posição da parte:
Doente sentado na extremidade da mesa, com o cotovelo fletido a 90º
Punho como para a projeção PA, palma para baixo
Sem mover o antebraço inverter (em direção do rádio) sem levantar ou inclinar a
parte distal do antebraço
- Raio central:
RC é perpendicular e dirigido ao meio do carpo
Colimação rigorosa
Proteção gonadal

- Estruturas observadas e critérios de avaliação:


Espaços articulares cárpicos mais abertos no bordo medial
Ausência de rotação do punho
Flexão radial adequada, observada pela angulação entre o
eixo longitudinal do antebraço e o eixo longitudinal dos
metacárpicos
Observação de tecidos moles e trabéculas ósseas
Colimação rigorosa

Escafóide (PA axial)

Canal do carpo
- O canal do carpo é formado pelos tendões dos flexores dos dedos e nervo médio
- A compressão deste nervo resulta em dor
- A finalidade da radiografia é avaliar anomalias ósseas ou dos tecidos moles
- Permite identificar fraturas do unciforme, pisiforme e trapézio

Canal do carpo (tangencial – método de Gaynor- Hart)


- Posição da parte:
Punho em hiper-extensão, centro do RI ao nível da apófise estiloide do rádio
Eixo longo da mão tão vertical quanto possível, e rodada ligeiramente para o lado do
rádio
Doente puxa os dedos com a outra mão ou com uma ligadura
- Raio central:
RC dirigido para apalma da mão para um ponto 2,5 com
distal à base do 3º MC
Angulação de 25 a 30º em relação ao eixo longo da mão
Colimação rigorosa
Proteção gonadal

- Estruturas observadas:
Face palmar do trapézio (T)
Tuberosidade trapézio
Escafoide (E)
Grande osso (C)
Apófise unciforme (U)
Pisiforme (P)

Canal do carpo (tangencial supero-inferior)


- Posição da parte:
Punho em dorsi-flexão (o máximo que o paciente permitir)
Tentar colocar a área do canal cárpico tangente à cassete
(concavidade da face palmar do punho entre o trapézio
lateralmente e o pisiforme medialmente)

- Raio central:
RC tangencial ao canal cárpico ao nível médio do carpo
Angulação de 25 a 30º em direção à mão a partir do eixo
longitudinal do antebraço
Colimação rigorosa

- Estruturas observadas:
Ossos do carpo num arranjo em arco
Pisiforme de perfil e livre de sobreposições
Apófise unciforme
Restantes ossos do carpo

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