Você está na página 1de 10

4) Técnica Radiológica – Membro inferior I

- Breve revisão anatómica (ppt4)

- Técnica Radiológica

• Princípios gerais
- De um modo geral, os exames radiográficos abaixo do joelho são realizados sem grelha
(espessura menor 10 cm)
- DFF -110 a 115 cm
- Uso de proteção gonadal
- Colimação rigorosa
- Eixo longitudinal do RI (ou parte dele) paralelo ao eixo maior da parte a ser
radiografada - eventualmente na diagonal

• Fatores de exposição
- kVp (50-70)
- Tempo de exposição curto
- Foco fino
- mAs adequada para uma densidade suficiente que permita observar as margens de
tecidos moles e trabéculas ósseas
- Identificação clara e legível do paciente e do lado radiografado

• Dedos – 2º ao 5º
- Incidências:
- AP e AP axial
- Oblíqua
- Lateral

- Sesamóides

- Fatores técnicos:
– Tamanho do RI – 18x24 cm transversal ou 24x30 se o pé em AP for incluído
– 45 a 50 kV

- Posição do doente: Deitado ou sentado como joelho fletido

- Posição da parte:
o Superfície plantar do pé apoiada sobre o RI, joelho fletido, apoiar o pé com
firmeza
o Alinhar o eixo longitudinal dos dedos com o eixo longitudinal do RI
Dedos (AP e AP axial)

Dedos (AP axial)

Dedos - AP axial

- Estruturas demonstradas:
o Falanges
o Extremidade distal dos metatársicos
o Articulações associadas

- Critérios de avaliação:
o Ausência de rotação
o Dedos separados sem sobreposição dos tecidos
moles
o Articulações IF e MF abertas

Dedos - AP oblíqua – rotação medial

- Posição da parte:
o Superfície plantar do pé apoiada sobre o RI, joelho
fletido, apoiar o pé com firmeza
o Rodar a perna e pé medialmente e ajustar a
superfície plantar do pé por forma a fazer um ângulo
de 30 a 45º com o plano do RI

- Raio central:
o Normal, dirigido à articulação MF do 3ºdedo
o O 4º e 5º dedo são melhor visualizados numa oblíqua lateral
- Estruturas demonstradas:
o Falanges
o Extremidade distal dos metatársicos rodados
medialmente

- Critérios de avaliação:
o Dedos oblíquos
o Articulações IF e MF do 2º ao 5º dedo abertas
o 1ª MF nem sempre aparece aberta

Dedos - AP lateral
- Posição do doente e da parte:
o Doente deitado de lado numa posição confortável, separar os dedos, com bolas
de algodão ou gaze
o Para o 1º e 2º dedo o doente fica virado para o lado não afetado
o 3º, 4º e 5º dedos o doente volta-se para o lado afetado
o Colocar o dedo numa posição mais lateral posição e centrar o meio do RI com a
falange proximal

- Estruturas demonstradas:
o Falanges do dedo radiografado e IF sem sobreposição

- Critérios de avaliação:
o Falanges de perfil
o Espaços articulares IF e MF abertos

Sesamóides - tangencial
- Posição do paciente e da parte:
o Paciente em decúbito ventral, com apoio sob a perna.
o Pé em dorsiflexão (superfície plantar a formar um ângulo de 15 a 20º com o
eixo vertical)
o Dorsiflectir o 1º dedo e apoiá-lo sobre o chassi.
o RC perpendicular ao filme, dirigido tangencialmente para a face posterior da
cabeça do 1º metatársico
Sesamóides Sesamóides (Método de Holly)


- Projeções básicas:
- AP e AP axial
- Oblíqua
- Lateral (latero-medial e médio-lateral)

- Pés em carga (AP e lateral)

• Princípios gerais
- Tamanho do RI: 24x30 dividido em sentido longitudinal
- Fatores de exposição: 55 a 65 kV
- Posição do doente: deitado em supinação, fletir o joelho, superfície plantar em
contacto com o RI

Pé (AP axial – dorso plantar)


- Posição da parte:
o Estender o pé para manter a superfície plantar apoiada fortemente contra o
RI.
o A base do 3º metatársico deve estar ao nível do centro da cassete, ajustar o
eixo longitudinal do pé com o eixo longitudinal da cassete.
o Usar imobilização, se necessário

- Raio central:
o AP -RC normal e dirigido à base do 3º metatársico
o AP axial -RC inclinado 10º em direção cranial,
dirigido à base do 3º metatársico
- Estruturas demonstradas:
Todas as falanges e metatársicos, escafóide, cuneiformes e cubóide

- Critérios de avaliação:
o Ausência de rotação evidenciada por distância semelhante
entre o 2º e 5º MT.
o Sesamóides observados através da cabeça 1º MC
o Articulações MF abertas e IF parcialmente fechadas

Pé (oblíqua medial)
- Posição da parte:
o Fletir o joelho do lado afetado e colocar a superfície plantar sobre o RI (parte
dele)
o Alinhar o eixo longitudinal do pé com o eixo longitudinal do chassi e centrar o
RI ao nível da base do 3º MT
o Rodar a perna medialmente até que a superfície plantar do pé forme um
ângulo de 30º (45º) com o plano do RI

- Raio central:
o Normal dirigido à base do 3º MT
o Uma projeção PA com rotação medial a 45º permite
observar os espaços articulares mais abertos mas o 3º
cuneiforme apresentará mais sobreposição

- Estruturas demonstradas:
o Espaços articulares entre o cubóide e calcâneo, cubóide e
4º e 5º MT, cubóide e 3º cuneiforme, astrágalo e escafóide.
o Cubóide de perfil
o Seio do tarso

-Critérios de avaliação:
o Base do 3º ao 5º MT sem sobreposição
o Parte lateral do tarso com menos sobreposição do que na
projeção AP
o Articulações tarso-metatársicas e inter-társicas
o Tuberosidade do 5º metatársico
o Densidade adequada à visualização das falanges, metatarso
e tarso anterior
Pé (oblíqua lateral)
- Posição da parte:
o Rodar a perna lateralmente até que a superfície
plantar do pé forme um ângulo de 30º com a
cassete
o Apoiar o pé com almofada radiotransparente
o Colimar aos quatro lados

- Raio central:
o Normal dirigido à base do 3º MT

-Critérios de avaliação:
o Espaços articulares entre o 1º e 2º MT e entre o 1º e 2º
cuneiforme
o Melhor visualização do escafóide do que na oblíqua
medial
o Densidade adequada para visualização de todos os ossos
do pé

Oblíquas PA

Pé lateral – (médio-lateral)
- Posição da parte:
o Doente em decúbito lateral, lado afetado para baixo
o Joelho fletido a 45º, afastar a perna do lado oposto
o Pé em dorsiflexão, encostar a parte lateral do pé ao chassi por forma a que a
superfície plantar fique perpendicular ao RI

- Raio central:
o RC perpendicular ao filme e dirigido ao 1º cuneiforme
o Colimar por forma a incluir articulação tíbio-társica
- Critérios de avaliação:
o Todo o pé em perfil
o A articulação de Mortise
o Extremidade distal da tíbia e perónio,
sobrepostos posteriormente.
o Espaço articular tibio astragaliano claramente
visualizado.
o Metatársicos sobrepostos
o Densidade adequada para visualização dos
tecidos moles e trabéculas ósseas.

Latero-medial
- Doente voltado para o lado oposto a radiografar
- RC dirigido à base do 3º metatársico
- Mais incómodo para o paciente

Medio-lateral

Pés em carga – AP
- Doente em pé em cima da cassete colocada no chão, peso distribuído por ambos os
pés
- RC angulado 10º em relação ao tornozelo centrado na linha média entre os pés ao
nível da base do 3º MT
Pés em carga – lateral
- Raio central:
o RC dirigido horizontalmente, para a base do 5º
MT, perpendicular ao filme

-Critérios de avaliação:
o Efetuada para observação do arco longitudinal
o Fazem-se os dois pés para comparação
o Superfícies plantares das cabeças do
metatársicos apresentam-se sobrepostas.
o Boa visualização da base do 5º metatársico e
dos sesamóides

AP axial – 2 disparos

- Observação de todos os ossos do pé com densidades semelhantes


- Não deve ser observada a sombra da perna

Calcâneo
- Projeções básicas:
- Axial
- Perfil

- Oblíquas (interna e externa)

• Princípios gerais
- Tamanho do RI: 18x24 dividido em sentido transversal
- Fatores de exposição: 65 a 70 kV
- Posição do doente: deitado em supinação ou sentado com as pernas estendidas
Calcâneo (axial)
- Posição da parte:
o Pé em dorsiflexão
o Doente puxa uma ligadura colocada ao nível da
face plantar do pé

- Raio central:
o RC angulado 40º cranial em relação ao eixo
longitudinal do pé e dirigido à base do 3º MT
o Emerge posteriormente ao maléolo

Calcâneo (axial) – em pé

- Critérios de avaliação:
o Visualização de todo o calcâneo, desde a tuberosidade
posteriormente (1) até articulação astrágalo-
calcaneana (2)
o Ausência de rotação -bases dos 3º MT não devem ser
visíveis
o Sustentáculo do astrágalo observado em perfil (3)
Calcâneo – lateral (médio-lateral)
- Posição da parte:
o Doente deitado (voltado para o lado afetado) e perna
numa posição lateral
o Centrar o calcâneo com o centro da cassete

- Raio central:
o Perpendicular à parte média do calcâneo (cerca de 2,5
cm abaixo do maléolo medial)

- Critérios de avaliação:
o Articulação do tornozelo e calcâneo de perfil e tarso
adjacente
o Ausência de rotação
o Seio tarso
o Tuberosidade do calcâneo

Calcâneo semi-axial

Você também pode gostar