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2) Técnica Radiológica – Membro superior II

- Breve revisão anatómica (ppt2)

- Técnica Radiológica

• Fat pads
- bolsas de gordura
- são importantes radiologicamente quando um traumatismo causa afastamento ou
alteração da forma das mesmas sendo o único sinal de lesão

• Antebraço
- Incidências:
- AP
- Lateral

- Tamanho do RI – suficientemente grande para incluir as 2 articulações adjacentes


(ideal): 24x30 ou 30x40, dividido em sentido longitudinal ou 20x40
o mínimo será incluir a articulação mais próxima do local da lesão

- Fatores de exposição: 55 a 60 kV
- Proteção gonadal

Antebraço AP
- Posição do doente:
Paciente sentado junto à extremidade da mesa
Mão e braço totalmente estendidos
Palma da mão em supinação

- Posição da parte:
Centrar a porção livre do RI com o antebraço
Assegurar que a articulação ou articulações estão incluídas
Rodar o paciente até que o antebraço esteja em verdadeira supinação
Palpar e ajustar o epicôndilo e epitróclea por forma a ficarem equidistantes do RI
Assegurar que a mão continua em supinação e colocar proteção gonadal

- Raio central:
Perpendicular e direcionado para o meio do antebraço
Colimar lateralmente
- Estruturas demonstradas:
Articulação do cotovelo
Rádio e cúbito
Porção proximal da 1ª fiada dos ossos do carpo

- Critérios de avaliação:
Parte distal do úmero e proximal do carpo incluídos.
Ligeira sobreposição da cabeça e colo do rádio sobre o cúbito
Ausência de alongamento ou encurtamento dos epicôndilos
Visualizados de perfil
Articulação do cotovelo e punho parcialmente abertas
Devido à divergência dos raios
Densidade uniforme da parte proximal e distal e dose adequada à visualização de
tecidos moles e trabéculas ósseas

Antebraço lateral
- Posição do doente:
Sentado junto à extremidade da mesa, com o cotovelo fletido a 90º
Úmero, cotovelo e antebraço no mesmo plano

- Posição da parte:
Antebraço paralelo com o eixo longo do RI
Rodar a mão e punho para uma posição lateral verdadeira
(polegar para cima)

- Raio central:
Perpendicular e direcionado para o meio do antebraço
Colimar lateralmente

- Estruturas demonstradas:
Articulação do cotovelo
Rádio e cúbito
Extremidade distal do úmero
Porção proximal da 1ª fiada dos ossos do carpo
- Critérios de avaliação:
Parte distal do úmero e proximal do carpo incluídos.
Sobreposição das porções distais do rádio e cúbito
Sobreposição da cabeça radial e apófise coronóide
Epicôndilos umerais sobrepostos
Tuberosidade radial vista anteriormente
Densidade uniforme da parte proximal e distal e dose adequada á visualização de
tecidos moles e trabéculas ósseas

RI na diagonal

Cotovelo
- Incidências:
- AP
- Lateral
- Oblíquas

- Tamanho do RI – 18x24 ou 24x30 divididos transversalmente


- Sem grelha
- Fatores de exposição: 57 a 60 kV
- Proteção gonadal

Cotovelo AP
- Posição do doente:
Sentado junto à extremidade da mesa, mão e braço totalmente estendidos e com a
palma da mão em supinação
Cotovelo, úmero e antebraço no mesmo plano

- Posição da parte:
Estender o cotovelo e inclinar o doente lateralmente por forma a que os epicôndilos
fiquem equidistantes do filme
Apoiar a mão para evitar movimentos
- Raio central:
Perpendicular e direcionado para o meio do cotovelo (2 cm
distal ao ponto médio da linha que passa entre os
epicôndilos)
Colimar aos 4 lados da área de interesse

- Estruturas demonstradas:
Extremidade distal do braço
Espaço articular do cotovelo
Extremidades proximais do rádio e cúbito

- Critérios de avaliação:
Espaço articular aberto
Epicôndilos visualizados de perfil, o medial mais proeminente
Cabeça radial, colo e tuberosidade ligeiramente sobrepostas à
extremidade proximal do cúbito
Identificação do paciente e do lado

Cotovelo lateral
- Posição do doente:
Sentado junto à extremidade da mesa, com o cotovelo fletido a 90º (determinadas
situações 30 a 35ª).
Cotovelo, úmero e antebraço no mesmo plano

- Posição da parte:
Úmero e antebraço em contacto com o RI
Rodar a mão e o punho para posição lateral verdadeira (rádio
para cima)
Colocar suporte sob a mão para elevar a parte distal do
antebraço (sobreposição verdadeira dos epicôndilos)

- Raio central:
Perpendicular ao filme e direcionado para o meio da
articulação do cotovelo (4 cm medial à superfície posterior do
olecrânio)
Colimar os 4 lados da área de interesse

- Estruturas demonstradas:
Extremidade distal do braço e extremidade proximal do rádio e
cúbito
Visualização do olecrânio de perfil e epicôndilos sobrepostos
- Critérios de avaliação:
Articulação do cotovelo aberta (RC corretamente centrado)
Cotovelo fletido a 90º
Sobreposição dos epicôndilos umerais
Olecrânio visualizado de perfil
Cabeça do rádio ligeiramente sobreposta à apófise coronóide
Perfil verdadeiro: observação de 3 arcos concêntricos (Sulco da tróclea, crista do
côndilo e tróclea e grande cavidade sigmóide)
Identificação do paciente e do lado

Cotovelo oblíqua AP (rotação medial)


- Posição do doente:
Sentado junto à extremidade da mesa, com o braço estendido

- Posição da parte:
Colocar o membro em posição AP e centrar o meio da cassete com a articulação do
cotovelo
Rodar medialmente ou colocar a mão em pronação, ajustar o cotovelo por forma a
que a face anterior faça um ângulo de 45º com o plano do filme

- Raio central:
Perpendicular ao filme e direcionado para o meio da articulação do
cotovelo (2 cm distal à linha que une os epicôndilos
Colimar os 4 lados da área de interesse

- Estruturas demonstradas:
Apófise coronóide de perfil
Epicôndilo medial e a tróclea alongados e em perfil parcial
Olecrânio dentro da fossa olecraniana
Cúbito sobreposto à cabeça do rádio
Cotovelo oblíqua AP (rotação lateral)

- Posição do doente:
Sentado junto à extremidade da mesa, com o braço estendido e em contacto com a
mesa

- Posição da parte:
Colocar o membro em posição AP e centrar o meio do RI com a articulação do
cotovelo
Rodar a mão lateralmente e ajustar o cotovelo por forma a que a face posterior faça
um ângulo de 45º com o plano do RI (o 1º e 2º dedo tocam na
mesa)

- Raio central:
Perpendicular ao RI e direcionado para o meio da articulação
do cotovelo (2 cm distal à linha que une os epicôndilos
Colimar os 4 lados da área de interesse

- Estruturas demonstradas:
Cabeça, colo e tuberosidade radiais livres de sobreposição
Articulação aberta
Epicôndilo e côndilo lateral alongados e em perfil
Visualização das trabéculas ósseas e tecidos moles
Identificação do paciente e do lado radiografado

Cotovelo
- Incidências especiais:
- Tacícula radial
- Flexão parcial (úmero distal e antebraço proximal)
- Olecrânio (PA axial)

Tacícula radial (lateral)


- Tamanho do RI –24x30 (para 4 incidências)
- Cotovelo fletido a 90º
- RC perpendicular ao RI e dirigido à parte média da articulação do cotovelo
- Projeção da cabeça do rádio com vários graus de rotação
Úmero distal (flexão parcial)
- Tamanho do RI – 18x24 ou 24x30
- Paciente sentado de forma a que todo o úmero fique no mesmo
plano
- Mão em supinação, cassete centrada ao nível do côndilo umeral
- RC perpendicular ao úmero

- Estruturas demonstradas:
Mostra a parte distal do úmero quando o cotovelo não pode ficar
estendido
A extremidade distal do úmero deve ser visualizada sem rotação
nem distorção
Rádio e cúbito sobrepostos
Articulação não é observada aberta

Antebraço proximal (flexão parcial)


- Tamanho do RI – 18x24 ou 24x30
- Paciente sentado, superfície dorsal do antebraço apoiada
sobre a mesa
- Mão em supinação
- RC perpendicular ao cotovelo e ao eixo longo do antebraço

- Estruturas demonstradas:
Extremidade proximal do rádio e cúbito sem rotação e distorção.
Cabeça, colo e tuberosidade radial ligeiramente sobrepostas ao cúbito
Espaço articular parcialmente aberto

Úmero distal (flexão aguda) Antebraço proximal (flexão aguda)


PA axial - Olecrânio
- Tamanho do RI – 18x24 ou 24x30
- Braço fletido cerca de 45º a partir da posição vertical
- Mão em supinação imobilizada com a outra mão
- RC perpendicular ao dorso do olecrânio
- Ou 20º em direção ao punho para evidenciar as margens articulares

• Úmero
- Incidências:
- AP
- Lateral

- Traumatismo – projeção transtorácica


- Tamanho do RI – 20x40 ou 30x40
- Com ou sem grelha
- Fatores de exposição: 60 a 65 kV
- Proteção gonadal

Úmero AP
- Posição do doente:
Doente em pé, sentado ou deitado
A posição de pé sempre que o doente o permita tem vantagens
Rodar o corpo em direção ao lado afetado

- Posição da parte:
Alinhar o úmero com o eixo longitudinal do RI a mão e o antebraço
Abduzir ligeiramente o braço e supinar a mão (se não se suspeitar de traumatismo
grave) por forma a que os epicôndilos estejam paralelos ao RI

- Raio central:
Perpendicular ao RI e direcionado para o meio do úmero
Colimar os 4 lados nas bordas das partes moles do úmero e
ombro
- Critérios de avaliação:
Úmero em toda a sua extensão
Incluindo articulações do ombro e cotovelo
Boa visualização dos epicôndilos (de perfil) se não existir rotação
Cabeça do úmero e grande tuberosidade de perfil
Contorno da pequena tuberosidade medialmente
Extremidades proximal e distal com densidades semelhantes

Úmero lateral
- Posição do doente:
Doente em pé, sentado ou deitado
A posição de pé sempre que o doente o permita tem vantagens
Rodar o corpo em direção ao lado afetado

- Posição da parte:
Rotação interna do braço
Cotovelo fletido a 90º
Mãos apoiadas na cintura

- Raio central:
Perpendicular ao RI e direcionado para o meio do úmero
Colimar os 4 lados nas bordas das partes moles do úmero e ombro

- Critérios de avaliação:
Úmero em toda a sua extensão e incluindo ombro e cotovelo
Sobreposição dos epicôndilos
Pequena tuberosidade de perfil
Grande tuberosidade sobreposta à cabeça do úmero
Extremidades proximal e distal com densidades semelhantes

Úmero (deitado) Úmero (extremidade distal - lateral)


Úmero transtorácico
- Posição do doente:
Apesar deste exame poder ser realizado em decúbito dorsal ou em pé, esta última
opção é preferível em virtude de:
Permitir um melhor ajuste do ombro em relação ao potter-vertical,
Ser, na maioria das vezes, mais confortável para o paciente.
Posicionamento do paciente antes de centrar a grelha

- Posição da parte:
Elevar o M.S. oposto de forma a colocar o antebraço na cabeça (elevando assim o
ombro e braço evita-se a sobreposição destas estruturas sobre o úmero a
radiografar)
Verificar o paralelismo do plano médio-sagital do paciente, em relação ao RI

– Centrar o RI com o colo cirúrgico do úmero afetado,


– A linha que une o epicôndilo à epitróclea deve ser perpendicular ao plano do RI
(excetuando situações traumáticas)
– A radiografia deve ser obtida com o paciente em inspiração
– Quando o paciente não consegue suster a respiração:
– Deve ser instruído a respirar suavemente por forma a esbater a sobreposição das
costelas sobre o úmero a radiografar

- Raio central:
Perpendicular ao RI, ao nível do colo cirúrgico
Se o doente não conseguir levantar o braço do lado oposto
o RC deverá ser angulado 15º cranial

- Critérios de avaliação:
A porção proximal do úmero deverá ser bem visualizada
A grande tuberosidade deverá ser vista de perfil no bordo
anterior da cabeça do úmero
Ausência de sobreposição do ombro e úmero do lado oposto ao
de interesse
Ausência de sobreposição das vértebras torácicas superiores e
úmero afetado

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