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AVALIAÇÃO DO RITMO

LOMBOPÉLVICO

PROF. DRA. MARIA EDUARDA DE LIMA


Ritmo lombopélvico
• RLP: relações cinemáticas entre a coluna
vertebral, a pelve e o quadril, durante
movimentos no plano sagital;
• Flexão máxima e retorno a posição ereta;
• Avaliação qualitativa - amplamente na
prática clínica;
• Identifica alterações temporais e excessos
ou déficits de movimentos entre os
segmentos avaliados durante a flexão e
extensão do tronco;
RLP
• Cabeça e tronco começam a inclinar para frente;
• Pelve desloca-se para trás para manter o
equilíbrio – prossegue até 45 -55 graus –
paravertebrais;
• Pelve começa a rotar para frente (anteversão) e
finaliza o ritmo – isquitibiais e glúteo;
• Ritmo lombo pélvico normal;

• Envolve harmonicamente a flexão da


coluna lombar, inclinação anterior da
pelve e flexão do quadril;
• Patologias com diminuição da flexão do
quadril, a anteversão pélvica diminui e
aumenta a flexão da coluna lombar;

• Impacto femuroacetabular;
• Restrição de movimento na coluna
lombar ocasiona diminuição da flexão da
coluna, compensada pelo aumento da
anteversão da pelve e da flexão do
quadril ;
RLP
AVALIAÇÃO

Facilita a observação
Avaliação da posição das relações posturais
de máxima flexão do entre os segmentos
tronco; resultantes dos
movimentos ocorridos;
AVALIAÇÃO - MÉTODOS
• Distância entre os dedos da mão até o chão;

• Teste de Schober modificado;

• Medir posturas da pelve e coluna lombar no plano sagital - exames radiológicos;

• Goniometria;

• Inclinômetro – validação científica;

• Avaliação da postura da pelve estática;


Teste de Schober
modificado
Goniometria

• Método para medir os ângulos articulares;


• Ângulos articulares;
• Plano terapêutico;
• Evolução do tratamento;
Goniometria de flexão de lombar
• Plano sagital;
• Amplitude articular: 0°-95° (Marques, 2003);
• Posição ideal: paciente deve estar na posição ortostática com os pés juntos e alinhados;
• A medida é feita na superfície lateral;
• Braço fixo do goniômetro: Deve ser colocado perpendicularmente ao solo no nível da crista
ilíaca;
• Braço móvel do goniômetro: Ao completar o movimento, deve ser colocado ao longo da
linha axilar média do tronco;
• Eixo: Sobre a espinha ilíaca ântero-superior.
• Precauções: Evitar a flexão dos joelhos
Inclinômetro

• Tipo de goniômetro que consiste num transferidor de 360º que se


orienta através da ação gravitacional;
• É um instrumento de medida que, ao ser posicionado fora do
plano horizontal, identifica o ângulo de inclinação em que foi
posicionado;
• Inclinômetro analógico pode ser usado para a quantificação da
inclinação pélvica e de segmentos da coluna em diferentes
posturas;
Inclinômetro

• Angulação sacral na posição ortostática relaxada;

• Angulação sacral na amplitude máxima de flexão de tronco


(posição final do ritmo lombo-pélvico);

• Angulação da região torácica alta na amplitude máxima de flexão


de tronco (posição final do ritmo lombo-pélvico)
Angulação sacral na posição ortostática relaxada

• Pontos marcados nas EIAPs;


• Inclinômetro posicionado sobre a região
intermediária entre os pontos,
repousado verticalmente sobre o sacro;
• Inclinação de 90 graus= posição vertical
do sacro;
• Menores que 90 graus = posições
antevertidas
• Maiores que 90 graus indicam posições
retrovertidas;
Inclinação tórax-pelve na flexão máxima de
coluna
• Palpação da vértebra T1 para
posicionamento do inclinômetro;
• O ponto médio entre as EIPS,
utilizado na medida da inclinação
pélvica na posição ortostática, deve
ser novamente utilizado como
referência para a medição da
inclinação pélvica em flexão máxima
de coluna, posicionando-se o ápice
da base do inclinômetro no ponto
entre as EIPS;
Inclinação tórax-pelve na flexão máxima de
coluna
• PCP = FT – IS;
• PCP é a postura da coluna em relação à pelve;
• FT é a flexão torácica obtida com o inclinômetro;
• IS é a inclinação sacral obtida também com o inclinômetro;
• Para essa medida, valores positivos indicam uma flexão da
coluna torácica em relação à pelve;
Avaliação da posição estática da pelve
GONIOMETRIA
Coluna Lombar
• Extensão:plano sagital;
• Amplitude articular: 0°-35° (Marques, 2003);
• Posição ideal: paciente na posição ortostática com os pés juntos e alinhados;
• Braço fixo do goniômetro: colocado em direção ao côndilo lateral do fêmur;
• Braço móvel do goniômetro: ao completar o movimento,colocar ao longo da
linha axilar média do tronco;
• Eixo: Sobre a espinha ilíaca antero-superior;
• Precauções: Evitar a hiperextensão dos joelhos;
Coluna Lombar

• Extensão:plano sagital;
Coluna Lombar
• Flexão lateral da Coluna lombar: plano frontal;
• Amplitude articular: 0°-40° (Marques, 2003);
• Posição ideal: paciente deve estar na posição ortostática com os pés juntos e
alinhados;
• Braço fixo do goniômetro: colocado na linha das espinhas ilíacas pósterosuperiores;
• Braço móvel do goniômetro: após o movimento, deve ser dirigido para o processo
espinhoso da sétima vértebra cervical;
• Eixo: Entre as espinhas ilíacas póstero-superiores sobre a crista sacral mediana.
• Precauções: Evitar a flexão, extensão e rotação de tronco. Evitar a inclinação lateral
da pelve.
Coluna Lombar

• Flexão lateral da Coluna lombar: plano frontal;


Coluna Lombar
• Rotação Coluna lombar: plano transversal;
• Amplitude articular: 0°-35° (Marques, 2003);
• Posição ideal: paciente deve estar sentada da forma mais ereta
possível, rodando a coluna para o lado que vai ser avaliado;
• Braço fixo do goniômetro: no centro da cabeça, na sutura sagital;
• Braço móvel do goniômetro: acompanha o movimento, permanecendo
paralelo ao solo e sobre a sutura sagital;
• Precauções: Evitar a rotação da coluna cervical;Evitar a rotação pélvica.
Evitar a flexão, a extensão e a flexão lateral do tronco.
Coluna Lombar
• Rotação Coluna lombar: plano transversal;
Flexibilidade da
região sacro
lombar e posterior
da coxa
(isquiotibiais)
Teste de Sentar e Alcançar com Banco de Wells

Procedimento:

Ø Indivíduo sentado
Ø Pés apoiados
Ø Terapeuta segura os joelhos para evitar flexão
Ø Flexionar o troco empurrando o instrumento de
medida com a ponta dos dedos o máximo que puder
Ø Repetir 3 vezes e fazer a média
Teste de Sentar e Alcançar
Banco de Wells
3o Dedo ao solo

Ø Os pés devem estar juntos


Ø Evitar flexão de joelho
Ø Medir a distância para acompanhamento
GONIOMETRIA DE QUADRIL
• Flexão do Quadril: plano sagital entre a cabeça do fêmur e o acetábulo
do ilíaco;
• Amplitude articular com o joelho fletido: 0°-120°. Amplitude articular com
o joelho estendido: 0 - 90°. (Marques 2003);
• Posição ideal: paciente em DD ou DL, utilizando-se o membro do
hemicorpo superior para efetuar a medição;
• Braço fixo do goniômetro: na linha média axilar do tronco;
• Braço móvel do goniômetro: paralelo e sobre a superfície lateral da coxa,
em direção ao côndilo lateral do fêmur.;
• Eixo: aproximadamente no nível do trocanter maior;
• Precauções: Manter o membro oposto plano sobre a mesa para controlar
a inclinação pélvica posterior. Evitar a movimentação lombossaccra;
GONIOMETRIA DE QUADRIL
• Flexão do Quadril: plano sagital entre a cabeça do fêmur e o
acetábulo do ilíaco;
GONIOMETRIA DE QUADRIL
• Extensão do Quadril: plano sagital;
• Amplitude Articular: 0°-10° (Marques, 2003);
• Posição ideal: paciente deve preferencialmente DV, podendo ficar em DL;
• Braço fixo do goniômetro: colocado na linha axilar média do tronco;
• Braço móvel do goniômetro: colocado ao longo da superfície lateral da
coxa em direção ao côndilo lateral do fêmur;
• Eixo: aproximadamente no nível do trocanter maior;
• Precauções: manter as espinhas ilíacas antero superiores planas sobre a
mesa para se ter certeza de que o movimento irá ocorrer nas articulações
do quadril e não nas vértebras lombares. Evitar a inclinação pélvica
anterior;
GONIOMETRIA DE QUADRIL
• Extensão do Quadril: plano sagital;
GONIOMETRIA DE QUADRIL
• Abdução do Quadril: posição anatômica, plano frontal;
• Amplitude Articular: 0°-45° (Marques, 2003);
• Posição ideal: paciente deve ser colocada em decúbito dorsal, observando o
alinhamento corporal. A medida é feita na região anterior da coxa, sobre a
articulação da coxa;
• Braço fixo do goniômetro: colocado sobre a linha traçada entre as espinhas
ilíacas ântero-superiores ou nivelado com as espinhas ilíacas ânterosuperiores;
• Braço móvel do goniômetro: colocado sobre a região anterior da coxa, ao longo
da diáfise do fêmur;
• Eixo: sobre o eixo ântero-posterior da articulação do quadril, aproximadamente
no nível do trocanter maior;
• Precauções: Evitar a rotação medial ou lateral na articulação do quadril. Evitar a
inclinação lateral da coluna.;
GONIOMETRIA DE QUADRIL
• Abdução do Quadril: posição anatômica, plano frontal;

GONIOMETRIA DE QUADRIL
• Adução do Quadril: posição anatômica, plano frontal;
• Amplitude Articular: 0°-15° (Marques, 2003);
• Posição ideal: paciente deve estar em decúbito dorsal;
• A medida é feita na região anterior da coxa sobre a articulação do quadril;
• Braço fixo do goniômetro: deve ser colocado sobre a linha traçada entre as
espinhas ilíacas ântero-superiores, ou nivelado com as espinhas ilíacas
ânterosuperiores;
• Braço móvel do goniômetro: deve ser colocado sobre a região anterior da coxa,
ao longo da diáfise do fêmur;
• Eixo: Sobre o eixo ântero-posterior da articulação do quadril, aproximadamente
no nível do trocanter maior;
• Precauções: Evitar a rotação medial do quadril. Evitar a inclinação lateral da
coluna;
GONIOMETRIA DE QUADRIL
• Adução do Quadril: posição anatômica, plano frontal;
GONIOMETRIA DE QUADRIL
• Rotação interna/medial do Quadril: movimento de rotação medial ocorre
no plano transversal;
• Amplitude Articular: 0°-45° (Marques, 2003);
• Posição ideal: sedestação com o joelho e quadril fletidos a 90º e em
posição neutra;
• A posição alternativa é a deitada em decúbito dorsal e com o joelho e
quadril também fletido a 90º;
• Braço fixo do goniômetro: paralelo e sobre a linha média anterior da tíbia,
com o eixo axial próximo ao centro do joelho;
• O braço fixo não se move quando ocorre o movimento e deve
permanecer perpendicular ao chão;

GONIOMETRIA DE QUADRIL
Braço móvel do goniômetro: Deve ser
colocado ao longo da tuberosidade da
tíbia, em um ponto equidistante entre os
maléolos na superfície anterior;
Eixo: Sobre a face anterior da patela.
Precauções: Evitar a rotação e a
inclinação lateral da pelve para o
mesmo lado. Evitar que a pelve se afaste
da mesa. Na posição sentada evitar a
flexão contralateral do tronco. Evitar a
adução na articulação do quadril.
GONIOMETRIA DE QUADRIL
• Rotação externa/lateral do Quadril: ocorre no plano transversal;
• Amplitude Articular: 0°-45° (Marques, 2003);
• Posição ideal: sentada com o joelho e quadril fletidos a 90º e em
posição neutra;
• A posição alternativa é a deitada em decúbito dorsal e com o joelho
e quadril também fletido a 90º;
• Braço fixo do goniômetro: Paralelo e sobre a margem anterior da
tíbia, com o eixo axial próximo ao centro do joelho;
GONIOMETRIA DE QUADRIL
• O braço fixo não se move quando ocorre o movimento e deve
permanecer perpendicular ao chão;
• Braço móvel do goniômetro: colocado sobre a margem anterior da
tíbia;
• Eixo: Sobre a face anterior da patela;
• Precauções: Evitar a rotação da pelve para o lado oposto. Evitar a
adução do quadril. Evitar a inclinação contralateral da pelve. Evitar a
flexão ou rotação ipsilateral do tronco;
GONIOMETRIA DE QUADRIL
• Rotação lateral do quadril;
REFERÊNCIAS
• Marques, Amélia Pasqual – Manual de goniômetria – 2. Ed. Barueri, SP:
Manole, 2003. ISBN 85-204-1627-6
• João, S. M. A.; Amado – Avaliação Fisioterapêutica por segmento.
Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional-
FMUSP, 2010.
• Miguel Ángel Valencia Romero LFT: Martha Edith Martínez – Exámenes
& Mediciones;
• American Academy of Orthopaedic Surgeons – Disponível em:
http://www.aaos.org

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