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PRÁTICA GONIOMETRIA

1. COLUNA CERVICAL

FLEXÃO E EXTENSÃO

ALINHAMENTO DO GONIÔMETRO
Posição: 0 com goniômetro em 90°
Eixo: Sobre o pavilhão auditivo externo
Braço fixo: Alinhado com a linha média vertical da cabeça
Braço móvel: Paralelo à fossa nasal
Movimento: Realiza-se a flexão e a extensão cervical. O braço móvel acompanhará o
movimento. Registra-se o ângulo que é formado entre a posição zero e as posições
finais de flexão e extensão

VALORES NORMAIS:
• FLEXÃO: 0-35°/45° de ângulo útil
• EXTENSÃO: 0-35°/45° de ângulo útil

INCLINAÇÃO LATERAL

Posição: Paciente sentado, bem apoiado, com pelve estabilizada e com a coluna bem
apoiada
Eixo: Sobre a apófise espinhosa de C7
Braço fixo: Alinhado com a linha média vertical da coluna formada pelas apófises das
vértebras torácicas.
Braço móvel: Alinhado com a linha média da cabeça, tomando como referência a
protuberância occipital externa e o vértice da cabeça.
Movimento: Realiza-se a inclinação cervical direita e esquerda. O braço móvel
acompanhará o movimento. Registra-se o ângulo que é formado entre a posição zero e
as posições finais de inclinação lateral direita e esquerda.

VALORES NORMAIS:
• Inclinações Direita e esquerda: 0-45°

ROTAÇÕES DIREITA/ESQUERDA

Posição: Paciente deitado (posição ideal) mas pode ser sentado, bem apoiado, com
pelve estabilizada e com a coluna bem apoiada
Eixo: Sobre o vértice da cabeça.
Braço fixo: Alinhado com a linha biacromial
Braço móvel: Alinhado com a osso nasal ou extremidade do nariz.
Movimento: Realiza-se a rotação cervical direita e esquerda. O braço móvel
acompanhará o movimento. Registra-se o ângulo que é formado entre a posição zero e
as posições finais de rotação direita e esquerda.

VALORES NORMAIS:
• Rotação direita/esquerda: 60-80°
2. COLUNA TÓRACO-LOMBAR

INCLINAÇÃO LATERAL

Posição: Paciente de pé, EIAS niveladas na mesma linha horizontal, que será
perpendicular ao piso. Posição do goniômetro em 0°.
Eixo: Colocado sobre a apófise espinhosa de S1.
Braço fixo: Alinhado com a linha média vertical formada pelas apófises sacrais.
Braço móvel: Alinhado com a linha média vertical formada pelas espinhosas lombares
tomando como referência a espinhosa de C7.
Movimento: Realiza-se a inclinação lateral direita e esquerda e o braço móvel
acompanha o movimento.

VALORES NORMAIS:
• Inclinações Direita e esquerda: 0-30/45°
3. MEMBROS SUPERIORES

3.1 OMBRO

ABDUÇÃO (0-180°)

Posição: Sentado ou de pé, de costas para o


fisioterapeuta. A palma da mão ficará voltada
anteriormente, paralela ao plano frontal.
Eixo: O eixo do movimento ficará próximo ao
acrômio, porém não se deve ajustar o goniômetro
para que coincida sobre este ponto anatômico.
Braço fixo: Sobre a linha axilar posterior do
tronco.
Braço móvel: Colocado sobre a superfície
posterior do braço do indivíduo, voltado para a
região dorsal da mão.
Movimento: O movimento deve ser realizado
elevando o braço lateralmente em relação ao
tronco. Neste movimento inclui-se o movimento
da escápula a partir dos 90°.

ADUÇÃO (0-40°)

Posição: Preferencialmente sentado, podendo o


indivíduo ficar e pé com o cotovelo, punho e
dedos estendidos, de frente para o fisioterapeuta.
Eixo: Sobre o eixo ântero-posterior da articulação
glenoumeral.
Braço fixo: Paralelo à linha média anterior.
Braço móvel: Sobre a superfície lateral do úmerpo
Movimento: Movimento realizado com a palma
da mão voltada posteriormente numa flexão de
90° do ombro
FLEXÃO (0-180°)

Posição: Indivíduo sentado ou em pé. Braços ao longo


do corpo, podendo ficar deitado em decúbito dorsal
mantendo um bom alinhamento postural.
Eixo: O eixo do goniômetro ficará próximo ao acrômio,
porém a colocação correta dos braços do goniômetro
não deve ser alterada a fim de que o eixo coincida com
esta estrutura.
Braço fixo: Colocado ao longo da linha axilar média do
tronco.
Braço móvel: Colocado sobre a superfície lateral do
corpo do úmero voltado para o epicôndilo lateral.
Movimento: O movimento deve ser realizado levando
o braço à frente, com a palma da mão voltada
medialmente paralela ao plano sagital.

EXTENSÃO (0-45°)

Posição: Indivíduo sentado ou em pé. Braços ao longo


do corpo.
Eixo: Sobre o eixo látero-lateral da articulação
glenoumeral, próximo ao acrômio.
Braço fixo: Deve ser colocado ao longo da linha axilar
média do tronco, apontando para o trocânter maior
do fêmur.
Braço móvel: Deve ser colocado sobre a superfície
lateral do corpo do úmero voltado para epicôndilo
lateral.
Movimento: O movimento deve ser realizado
ROTAÇÕES LATERAIS E MEDIAIS (0-90°)

Posição: Preferencialmente em
decúbito dorsal e o ombro em abdução
de 90°, com o cotovelo também
flexionado em 90° e o antebraço em
supinação. Palma da mão voltada
medialmente, paralela ao plano sagital
e o antebraço perpendicular à mesa. O
úmero descansará sobre o apoio e só o
cotovelo deve sobressair-se da borda
da maca.
Eixo: No olecrano.
Braço fixo: Paralelo ao solo.
Braço móvel: Quando o
movimento estiver completo,
ajustá-lo sobre a região
posterior do antebraço para o
terceiro dedo da mão
Movimento: O movimento
deve ser realizado no sentido da rotação medial ou lateral observado e minimizando
compensações como protração da escápula, adução e abdução do ombro.

3.2 COTOVELO E ANTEBRAÇO

FLEXÃO E EXTENSÃO (0-145°)

O movimento de extensão é considerado o


retorno do movimento de flexão do cotovelo.

Posição: Preferencialmente assentado, de pé ou


decúbito dorsal. Membro superior posicionado junto ao
tronco, respeitando a posição anatômica.
Eixo: Aproximadamente no epicôndilo lateral do
úmero.
Braço fixo: Ao longo da superfície lateral do
úmero, orientado para o acrômio.
Braço móvel: Deverá ficar sobre a face lateral do
rádio apontando para o processo estilóide do
mesmo.
SUPINAÇÃO E PRONAÇÃO (0-90°)

Posição: De preferência o indivíduo deverá estar


assentado, podendo também estar em pé. O cotovelo
deverá ficar fletido a 90° mantendo o braço junto ao
corpo e o antebraço em posição neutra entre
pronação e supinação. O goniômetro é colocado na
superfície dorsal dos metacarpais.
Eixo: Sobre a articulação metacarpo
falangeana do terceiro dedo.
Braço fixo: Sobre a superfície dorsal dos
metacarpais, paralelo ao eixo longitudinal do
úmero. O goniômetro permanece fixo.
Braço móvel: Alinhá-lo paralelo ao eixo do lápis ou do polegar, devendo acompanhar o
movimento de pronação.

3.3 Punho

FLEXÃO (0-90°) E EXTENSÃO (0-70°)

Posição: O indivíduo poderá estar assentado ou de


pé, com o antebraço em pronação e cotovelo fletido
a 90° apoiado sobre uma mesa. Os dedos estendidos
ao realizar o movimento.
Eixo: Colocado sobre a projeção do osso piramidal.
Braço fixo: Alinhado sobre a linha média
longitudinal do punho.
Braço móvel: Alinhado com a linha média
longitudinal do quinto metacarpo.

DESVIO RADIAL (0-20°) E ULNAR (0-30°)

Posição: O indivíduo poderá estar assentado ou


de pé, com o antebraço em pronação apoiado
sobre uma mesa.
Eixo: Colocado sobre a eminência óssea palpável
entre a base do terceiro metacarpo e o rádio.
Braço fixo: Alinhado sobre a linha média
longitudinal do antebraço tomando como
referência o epicôndilo.
Braço móvel: Alinhado com a linha média da
mão que corresponde à linha média longitudinal
do teceiro metacarpo.
4. MEMBROS INFERIORES

4.1 QUADRIL

ADUÇÃO (0-30°) E ABDUÇÃO (0-45°)

Posição: O indivíduo deverá estar em decúbito dorsal com os membros inferiores em posição 0°
e com a pelve estabilizada, com ambas as espinhas ilíacas anterossuperiores no mesmo nível.
Realiza-se o movimento pretendido. Ao testar a adução do quadril, o membro inferior oposto ao
lado a ser testado deverá estar em leve abdução para permitir o movimento.
Eixo: Colocado sobre a espinha ilíaca anterossuperior do lado que se pretende testar.
Braço fixo: Se alinha com a espinha ilíaca anterossuperior do lado oposto.
Braço móvel: Se alinha com a linha média longitudinal do fêmur tomando o centro da
patela como referência.

FLEXÃO (0-125°)

Posição: O indivíduo deverá estar em decúbito dorsal com o membro inferior em posição 0° e
com a pelve estabilizada, com ambas as espinhas ilíacas anterossuperiores no mesmo nível.
Realiza-se o movimento pretendido. Ao testar a adução do quadril, o membro inferior oposto ao
lado a ser testado deverá estar em leve abdução para permitir o movimento.
Eixo: Colocado sobre o trocânter maior.
Braço fixo: Se alinha com a linha média da pelve.
Braço móvel: Se alinha com a linha média longitudinal do fêmur em direção ao maléolo
lateral.
EXTENSÃO (0-10°)

Posição: O indivíduo deverá estar em decúbito ventral com o membro inferior em posição 0° e
com a pelve estabilizada, com ambas as espinhas ilíacas anterossuperiores no mesmo nível.
Realiza-se o movimento pretendido. Ao testar a adução do quadril, o membro inferior oposto ao
lado a ser testado deverá estar em leve abdução para permitir o movimento.
Eixo: Colocado sobre o trocânter maior.
Braço fixo: Se alinha com a linha média da pelve.
Braço móvel: Se alinha com a linha média longitudinal do fêmur em direção ao maléolo
lateral.
ROTAÇÃO MEDIAL E LATERAL (0-45°)

Posição: Paciente assentado


com as pernas pendentes,
joelhos flexionados a 90°.
Eixo: Colocado sobre o centro da
patela.
Braço fixo: Se alinha com a linha
média longitudinal da perna.
Braço móvel: sobreposto ao
braço fixo.

4.1 JOELHO

FLEXÃO (0-140°)

Posição: Paciente deitado em decúbito dorsal com


joelho e quadril flexionados.
Eixo: Sobre a linha articular do joelho.
Braço fixo: Paralelo à superfície lateral do fêmur
dirigido para o trocânter maior.
Braço móvel: Paralelo à face lateral da fíbula
dirigido para o maléolo lateral.
4.2 TORNOZELO

FLEXÃO PLANTAR (0-45°)

Posição: Paciente deitado em decúbito dorsal com membros inferiores estendidos.


Eixo: Sobre a maléolo lateral.
Braço fixo: Alinhado com a linha média longitudinal da perna, tomando como referência
a cabeça da fíbula.
Braço móvel: Alinhado com a linha média longitudinal do quinto metatarso.

DORSIFLEXÃO (0-20°)

Posição: Paciente em decúbito ventral com joelho flexionado a 90°.


Eixo: Sobre a maléolo lateral.
Braço fixo: Alinhado com a linha média longitudinal da perna, tomando como referência
a cabeça da fíbula.
Braço móvel: Alinhado com a linha média longitudinal do quinto metatarso.

INVERSÃO (0-30°/40°) E EVERSÃO (0-20°)

Posição: Paciente em decúbito dorsal. Cuidado para não


ocorrer rotação do joelho ou quadril durante o
movimento.
Eixo: Aproximadamente no nível da articulação tibiotarsal.
Braço fixo: Paralelo e alinhado sobre a margem anterior da
tíbia
Braço móvel: Sobre a superfície dorsal do segundo
metarsal.

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