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SIGNIFICADO
Fig.3-1
110 FISIOLOGIA ARTICULAR
DEFINIÇÃO
Fig.3-3
Fig.3-2
Fig.3-4
UTILIDADE DA PRONAÇÃO-SUPINAÇÃO
Dos sete graus de liberdade que comporta a toda a palma da mão em contato com o cabo
cadeia articular do membro superior, começan- (fig. 3-10), a pronação-supinação modifica a
do pelo ombro e terminando na mão, a prona- orientação da ferramenta através do mecanismo
ção-supinação é um dos mais importantes, da rotação cônica: como conseqüência da assi-
porque é indispensável para o controle da atitu- metria da mão, o cabo pode-se situar no espaço
de da mão. De fato, este controle permite que a sobre um segmento de cone centralizado pelo
mão esteja perfeitamente colocada para alcançar eixo de pronação-supinação, de modo que o
um objeto num setor esférico de espaço centra- martelo bate no prego sob uma incidência regu-
lizado no ombro e levá-Io à boca (função de ali- lável.
mentação). Também permite que a mão chegue Neste caso, podemos comprovar um dos
a qualquer ponto do corpo com a finalidade de aspectos do encaixe funcional entre a pronação-
proteção ou higiene (função de limpeza). Além supinação e a articulação rádio-carpeana, onde
disso, a pronação-supinação desempenha um podemos observar outro exemplo na variação da
papel essencial em todas as ações da mão, prin- abdução-adução do punho em função da prona-
cipalmente durante o trabalho. ção-supinação: a atitude normal da mão em pro-
Graças à pronação-supinação, a mão pode nação ou em posição intermédia é o desvio ulnar
(fig 3-8) segurar uma bandeja ou um objeto, em que "centraliza" a pinça tridigital sobre o eixo
supinação, ou comprimir um objeto para baixo e da pronação-supinação, enquanto na supinação
inclusive se apoiar em pronação. a mão se coloca mais em desvio radial, favore-
Também permite que se realize um movi- cendo a preensão de sustentação, como quando
mento de rotação nas preensões centradas e ro- carregamos uma bandeja.
tativas, como no caso em que utilizamos uma Este encaixe funcional obriga a integração
chave de fenda (fig. 3-9) na qual o eixo do uten- fisiológica da articulação rádio-ulnar inferior
sílio coincide com o eixo de pronação-supina- com a do punho, embora mecanicamente esteja
ção. Por causa da obliqiiidade da preensão com unida à articulação rádio-ulnar superior.
r--
1. MEMBRO SUPERIOR 113
Fig.3-8
Fig.3-9
Fig. 3-10
114 FISIOLOGIA ARTICULAR
DISPOSIÇÃO GERAL
Fig.3-15
Fig.3-13
4
3
Fig.3-12
a
I
b c d
Fig.3-17
5-6
Fig.3-20
Fig.3-19
Fig.3-21
2
1
Fig.3-22
2 Fig.3-23
1
5
Fig.3-25
118 FISIOLOGIA ARTICULAR
Como a articulação rádio-ulnar superior, a rolada" num cilindro, com uma haste pela fren-
articulação rádio-ulnar inferior também é uma te e outra por trás, que "limitam" o processo es-
trocóide: as suas superfícies são cilíndricas e so- tilóide da ulna (8), deslocado-a em direção pós-
mente possui um grau de liberdade, ou seja, a tero-interna da epítise. Na verdade, esta superfí-
rotação em tomo ao eixo dos dois cilindros en- cie não é totalmente cilíndrica (tig. 3-27) já que
caixados. o seu gerador está levemente convexo para fora,
A primeira destas superfícies cilíndricas o que lhe dá uma forma de barrilÚnho inclinado
(tig.3-26) está presa pela cabeça da ulna. Pode- para baixo e para dentro, embora esteja inscrita
mos considerar que a porção inferior da ulna es- num cone de vértice inferior cujo eixo é parale-
tá formada (a) pela penetração de um cilindro lo ao eixo diatisário da ulna d. A superfície peri-
diatisário (1) num cone epitisário (2). Mas, é ne- férica da cabeça da ulna (A, vista de perfil, B,
cessário ressaltar que o eixo do cone está deslo- vista anterior) apresenta uma altura máxima (h)
cado para fora com relação ao do cone do cilin- para frente e levemente para fora.
dro. Por cima desta sólida composição (b), o A superfície inferior da cabeça da ulna (D)
plano horizontal (3) desprende um tronco de co- apresenta uma superfície semilunar cuja largu-
ne (c) e forma a superfície inferior (4) da cabe- ra máxima corresponde com o ponto de máxi-
ça da ulna. A seguir (d), um segundo cilindro se- ma altura (h) da superfície periférica. Desta
cante (5) desprende uma meia-lua sólida (6) e maneira, sobre o plano de simetria (seta) estão
determina (e) a formação da superfície cilíndri- alinhados: a inserção do LU da rádio-ulnar
ca (7) da cabeça da ulna. É necessário destacar (quadrado) sobre o processo estilóide, a inser-
que o cilindro secante (5) não é concêntrico ao ção principal do vértice do ligamento triangu-
cilindro diatisário (1), nem ao cone epitisário lar (estrela), o centro da curva da superfície pe-
(2), estando deslocado para fora. Isto explica a riférica (cruz) e o ponto de máxima altura do
forma da superfície articular: uma meia-lua "en- contorno.
1. MEMBRO SUPERIOR 119
8~
\
c
Fig.3-26
B A
Fig.3-27
120 FISIOLOGIA ARTICULAR
5
Fig.3-29
Fig.3-28
Fig.3-31
Fig.3-30
122 FISIOLOGIA ARTICULAR
2
a a
~ b
b
Fig.3-33 Fig.3-34 Fig.3-35
X'
Fig.3-32
Fig.3-37
124 FISIOLOGIA ARTICULAR
SUPINAÇÃO PRONAÇÃO
Fig.3-39
Fig.3-38
I --
I
Fig.3-40 Fig.3-41
126 FISIOLOGIA ARTICULAR
Portanto, existem posições incongruen- das superfícies associada com tensão ligamentar
tes (fig. 3-42), em supinação (B), a cabeça ulnar máxima. Neste caso não é uma posição de blo-
só entra em contato com a cavidade sigmóide queio intermédio, embora possamos observar a
através de uma pequena parte da sua superfície distribuição de funções entre o ligamento trian-
e os raios de curva são pouco concordantes, daí gular e a membrana interóssea:
vem esta escassa congmência; e em máxima
- em máximas pronação e supinação, o li-
pronação (C), está agravada por uma verdadeira
gamento triangular está estendido, po-
subluxação posterior da cabeça ulnar, e uma po- rém a membrana interóssea está tensa.
sição de máxima congruência que, em geral se
Observamos que os ligamentos anterior
corresponde com a posição intermédia ou posi-
e posterior da articulação rádio-ulnar in-
ção zero (nula): a máxima altura da superfície
ferior, pequenos espessamentos capsu-
periférica coincide com a altura máxima da ca-
lares, não desempenham nenhuma fun-
vidade sigmóide de maneira que, simultanea-
ção nem na coaptação, nem na limitação
mente, o contato entre as superfícies é máximo
dos movimentos;
enquanto coincidam os raios da curva.
Durante os movimentos de pronação-su- - em posição de estabilidade máxima,
pinação, o ligamento triangular "varre" literal- perto da posição intermédia, o ligamen-
mente a superfície inferior da cabeça ulnar (fig. to triangular está tenso e a membrana
3-43) como se fosse um limpador de pára-brisas, interóssea está distendida, a menos que
mas o que provoca a descentralização do seu os músculos que se inserem nela provo-
ponto de inserção ulnar é o que proporciona a quem a sua tensão novamente.
notável variação do seu estado de tensão: Em resumo, podemos afirmar que a coapta-
- a tensão é mínima em máximas supina- ção da articulação rádio-ulnar inferior está fixa
ção e pronação (B e C); por duas formações anatômicas desconhecidas
freqüentemente no tratamento das lesões trau-
- pelo contrário, a tensão é máxima na máticas desta zona: a membrana interóssea, cu-
posição de máxima congruência, que se
ja função é primordial, e o ligamento triangular.
corresponde com a maior altura da su-
perfície periférica da cabeça ulnar, A pronação está limitada pelo impacto de
porque o ligamento "percorre" o cami- rádio contra a ulna, daí vem a importância da le-
nho mais longo entre a sua inserção e o ve concavidade da diáfise radial para frente, de
contorno da cabeça (D). maneira que atrasa o contato.
De maneira que podemos nos referir a uma A supinação está limitada pelo impacto do
posição de estabilidade máxima da articulação extremo posterior da cavidade sigmóide contra o
rádio-ulnar inferior, que se corresponde, em ge- processo estilóide ulnar através do tendão do ex-
ral, co~ a posição intermédia de pronação-supi- tensor ulnar do carpo. Nenhum ligamento pode
nação. E o que denominamos "c1ose-packed po- deter este movimento que, apesar disso, consegue
sition" de Mac Conai11: congmência máxima amortecer o tônus dos músculos pronadores.
1. MEMBRO SUPERIOR 127
B
c
Fig.3-42
B
D
Fig.3-43
128 FISIOLOGIA ARTICULAR
o EIXO DE PRONAÇÃO-SUPINAÇÃO
Até agora tratamos a fisiologia da articula- Quando estas duas articulações deixam de
ção rádio-ulnar inferior (RUI) isoladamente, ser co-axiais, devido a uma fratura mal reduzi-
mas é fácil compreender que existe um par fun- da de um ou de ambos os ossos, a pronação-su-
cional entre a articulação rádio-ulnar inferior e a pinação se encontra comprometida dado que
superior, porque estas duas articulações estão não existem duas charneiras para o mesmo
mecanicamente unidas de maneira que uma não segmento móvel: é o caso de uma porta cujas
pode funcionar sem a outra. dobradiças deixam de estar alinhadas e que ne-
Este par funcional se encontra em dois ní- cessitaria se partir em duas para poder abrir to-
talmente.
veis: o dos eixos e o da congruência.
As duas articulações rádio-ulnares são co- Se a pronação-supinação se realiza ao re-
axiais: o seu funcionamento normal necessita de dor de um eixo que passa pela coluna do pole-
que o eixo de uma seja o prolongamento do eixo gar, o rádio gira ao redor do processo estilóide
da outra (fig. 3-44) sobre uma mesma reta XX' radial (fig. 3-46), ao redor de um eixo que não
que constitui a charneira de pronação-supinação é a charneira da pronação-supinação, e a extre-
e passa pelo centro das cabeças ulnar e radial. midade inferior da ulna sofre urna translação
seguindo um semicírculo que a desloca para
Durante o seu movimento com relação à ul-
baixo e para fora, sem deixar de permanecer
na, ao redor deste eixo, o rádio se desloca sobre
paralela a si mesma. O componente vertical
um segmento de superfície cônica, aberto por
deste movimento pode-se explicar por um mo-
trás, de base inferior e cujo vértice se situa no ní-
vimento de extensão seguido por um movi-
vel da articulação côndilo-radial.
mento de flexão na articulação úmero-ulnar.
Estando a cabeça ulnar fixa, a pronação-su- Com relação ao deslocamento para fora, pare-
pinação se realiza por rotação da epífise radial ce difícil, em vista da sua amplitude (quase
inferior ao redor do eixo da articulação rádio-ul- duas vezes a amplitude do punho) explicar, co-
nar inferior que também é o da rádio-ulnar supe- mo fazemos até agora, por um movimento de
rior. Esta situação é a única em que o eixo de lateralidade numa articulação troclear tão fe-
pronação-supinação se confunde com a chernei- chada quanto a da úmero-ulnar. M.C. Dbjay
ra de pronação-supinação. propôs recentemente uma explicação mais me-
As duas articulações rádio-ulnares são co- cânica e satisfatória: a rotação externa asso-
axiais igual às duas dobradiças de uma porta ciada com o úmero sobre o seu eixo longitudi-
(fig. 3-45): os seus eixos estão sobre uma mes- nal (fig. 3-47) que provoca o deslocamento ex-
ma reta. Neste caso a porta pode-se abrir sem di- terno da cabeça ulnar (A) enquanto o rádio gi-
ficuldade (a). ra sobre si mesmo (B).
1. MEMBRO SUPERIOR 129
Fig.3-46
A B
Fig.3-45
Fig.3-44
130 FISIOLOGIA ARTICULAR
o EIXO DE PRONAÇÃO-SUPINAÇÃO
(continuação)
Para confirmar esta hipótese seriam neces- perto da cavidade sigmóide (fig. 3-49): o rádio
sárias radiografias precisas ou registros eletro- gira sobre si mesmo aproximadamente 180° e a
miográficos dos rotadores, para ser objetivos, ulna desloca, sem nenhuma rotação, por uma
demonstrando que a sua amplitude é de 5° a 20°. trajetória em arco de círculo de igual centro, in-
Se a experiência a confirmasse, esta hipótese so- tegrando um componente de extensão E e um
mente seria válida no caso da pronação-supina- componente de lateralidade externa L.
ção com o cotovelo flexionado em um ângulo
O eixo de pronação-supinação ZZ', sem
reto, quando alcança a sua amplitude máxima materializar, é na verdade totalmente diferente
(supinação de 90° e pronação de 80-85°). Com o da charneira de pronação-supinação (fig. 3-50)
cotovelo em extensão total, a ulna está imobili-
que, deslocado de XX' para YY' pela cabeça ul-
zada devido ao encaixe do olécrano na sua fossa nar descreve um segmento de superfície cônica
e se o cotovelo for imobilizado com firmeza po- cuja cavidade está "orientada" para frente.
demos comprovar que a pronação é quase nula,
Definitivamente, não existe uma pronação-
enquanto a supinação se mantém intata em toda
supinação, mas várias pronações-supinações,
a sua amplitude. A pronação perdida é compen-
das quais a mais comum se realiza sobre um ei-
sada por uma rotação interna do úmero. No cur-
xo que passa pelo rádio e ao redor do qual "gi-
so da extensão do cotovelo existiria um "ponto
ram" os dois ossos. O eixo de pronação-supina-
de transição" no qual a rotação associada com o
úmero seria nula. ção, geralmente diferente da charneira de pro-
nação-supinação, é um eixo sem materializar,
Que podemos dizer sobre a limitação da variável e evolutivo.
pronação em 45° com o cotovelo completamen-
O fato de que este eixo de pronação-supina-
te tlexionado? Parece que o úmero não pode gi-
ção esteja sem materializar e não esteja fixo não
rar sobre o seu eixo longitudinal, de maneira que
significa de jeito nenhum que não exista; neste
é necessário um deslocamento para fora da ca- caso também não existiria o eixo de rotação da
beça ulnar mediante um movimento de laterali- Terra. O fato de que a pronação-supinação seja
dade externa na tróc1ea do cotovelo.
uma rotação permite deduzir exatamente que o
Entre os dois casos extremos, em que o ei- eixo de pronação-supinação existe, real embora
xo de pronação-supinação passa pelo lado ulnar imaterial, e que se confunde com a chameira de
ou pelo lado radial do punho, a pronação-supi- pronação-supinação excepcionalmente, mas a
nação normal baseada na preensão tridigital sua posição com relação ao esqueleto depende
(fig. 3-48) se realiza ao redor de um eixo inter- tanto do tipo de pronação~supinação quanto do
mediário que passa pela epífise inferior do rádio, seu estado em cada instante.
1. MEMBRO SUPERIOR 131
Fig.3-48
iI
~111111111111111111111111111111l~
1
I
I ,
I
I
I
I
I
s
Fig.3-49
Y' Z''f p
Fig.3-50
132 FISIOLOGIA ARTICULAR
t)
Fig.3-51
SnF Fn +150
B A c
Fig.3-52
134 FISIOLOGIA ARTICULAR
Fig.3-57
Fig.3-58
Fig.3-54 Fig.3-56
136 FISIOLOGIA ARTICULAR
Fraturas dos dois ossos do antebraço (figs. da ulna, pela parte de cima (fig. 3-61)
3-59 e 3-60, segundo Merle D'Aubigne). (operação de M. Kapandji e Sauvé);
O deslocamento dos fragmentos é diferente 2) luxação da cabeça radial
dependendo da localização das linhas de fratura; Associa-se com freqüência (fig. 3-62) a
está condicionado pelas ações musculares. uma fratura por impacto direto (seta bran-
1) se a linha de fratura radial se localiza ca) da ulna (fratura de Monteggia). A lu-
no terço superior (fig. 3-59), separa xação da cabeça radial para cima (seta
fragmentos sobre os que atuam múscu- preta) se produz quando o bíceps se con-
los com a mesma função: supinadores no trai (seta tracejada): para realizar a opo-
fragmento superior, pronadores no frag- nência desta ação luxante do bíceps, é ne-
mento inferior. Neste caso, o desloca- cessário reconstruir cirurgicamente um li-
mento (rotação dos fragmentos um com gamento anular.
relação ao outro) será máximo: o frag- Fraturas da porção inferior do rádio
mento superior estará em pronação má- Durante as fraturas da porção inferior do rá-
xima e o inferior em supinação máxima;
dio (fig. 3-63), a basculação externa da epífise ra-
2) se a linha de fratura radial se localiza na dial (A) provoca uma incongruência da articula-
porção média (fig. 3-60), o deslocamento ção rádio-ulnar inferior e uma tensão exagerada
será normal. De fato:
do ligamento triangular. Se não reduzimos o des-
- a pronação do fragmento inferior é locamento com precisão e se a consolidação se
realizada exclusivamente pelo prona- realiza com um calo vicioso, a pronação-supina-
dor quadrado; ção pode estar gravemente alterada.
- a supinação do fragmento superior é Quando o traumatismo é suficientemente in-
moderada pelo pronador redondo. tenso para arrancar o ligamento triangular, fato
O deslocamento fica reduzido pela me- que observamos em radiografias, o resultado é o
tade. mesmo.
A redução deve corrigir o desvio angular e Em alguns casos (B), o ligamento triangular
também restabelecer as curvas de ambos os ossos, arranca a sua inserção interna, isto é, a estilóide ra-
principalmente do rádio: dial (fratura de Gerard-Marchant). Isto provoca
- curva no plano sagital, de concavidade duas conseqüências:
anterior. Se desaparece ou fica invertida, a - uma luxação da articulação rádio-ulnar
pronação é menos ampla; inferior com diástase, limitada unicamen-
~ curvas no plano frontal, na prática a CUI- te pela membrana interóssea;
va pronadora, sem a qual a pronação fi- - uma entorse grave do ligamento lateral
ca limitada pela ineficácia do pronador interno da articulação rádio-carpeana.
redondo.
A basculação posterior das fraturas da porção
Luxações das articulações rádio-ulnares inferior do rádio (fig. 3-64) também prejudica a
1) luxação da articulação rádio-ulnar inferior pronação-supinação:
Pode ocorrer de forma isolada ou associa- a) em estado normal os eixos das superfícies
da com uma fratura da diáfise radial. O radial e ulnar se confundem;
seu tratamento é complicado e pode pro- b) quando o fragmento epifisário inferior do
vocar a ressecção da cabeça ulnar (opera- rádio realiza a basculação para trás, o eixo
ção de Darrach) ou a sua reposição. da superfície radial forma com o da super-
Somente podemos repor e fixar com para- fície ulnar um ângulo aberto para baixo e
fuso se provocamos uma pseudo-artrose para trás: a congruência das superfícies ar-
intencionada por ressecção segmentária ticulares desaparece.
s
.•..••..•
"1
I
,
f
III
II
I
I
p
Fig.3-59
Fig.3-61
Fig.3-63
Fig.3-62
138 FISIOLOGIA ARTICULAR
Fig.3-66
Fig.3-68
Fig.3-67
~.
Fig.3-69