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Aula Prática - Ombro

Aluna: Larissa de Almeida Dias Turma: 10 A


Prof: Dr. Nelson Francisco Serrão Júnior

COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO: é do tipo sinovial esferóidea (triaxial) , portanto tem 3 graus de
liberdade. A cabeça do úmero se articula com a cavidade glenoidal da escápula, é uma das art. mais
móveis do corpo.
OSSOS DO COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO: OSSOS QUE COMPÕE A CINTURA ESCAPULAR
Esterno, clavícula, escápula e úmero. Clavícula, escápula e úmero

Articulações ósseas verdadeiras- glenoumeral, acromioclavicular e esternoclavicular


Articulações funcionais falsas- escápulotorácica, supraumeral e subacromial

Articulação Glenoumeral
Movimentos, planos, eixos e ADM da art. glenoumeral:
Flexão (180°)
Rotação interna: 90° a 100°
plano sagital e eixo látero-lateral
plano transverso e eixo
90° lig. glenoumerais inf. tensos
longitudinal
Extensão (45° a 50°)
Rotação externa: 80°
Plano sagital e eixo látero-
plano transverso e eixo
lateral
longitudinal

Abdução 180° e (90° no meio)


plano frontal e eixo ântero-posterior
Adução
0° parto dela p/ realizar a abdução
plano frontal e eixo ântero-posterior
Ritmo Escápulo Umeral
O ritmo escápulo umeral é o movimento realizado durante a abdução e flexão do ombro a onde a
cada 2° de abdução ou de flexão de ombro se tem o movimento de 1° da escápula ou latero lateral
ou p/ fora ou protração. A art. escápulo-torácica (ET) contribui tanto p/ a flexão quanto p/ abdução
do úmero (maior arco de movimento), então durante a flexão e a abdução teremos a rotação p/
cima da cavidade glenóide cerca de 60° da posição de repouso.
A art. gleno umeral (GU) contribui em 120° de flexão e cerca de 90° a 120° de abdução. A
combinação de movimento escapular e umeral resulta numa elevação máxima de 180°, com cerca
de 2° de elevação na GU p/ cada 1° na ET.
Quando fazemos o movimento de 0° a 30° a escápula não se mexe, a partir dos 30° a cada 2° que o
úmero levanta a escápula acompanha a 1° ( a cada 2° de abdução ou flexão da art. gleno umeral a
escápula roda ou se protrai 1° )

Fases da Abdução
Primeira fase da abdução de 0° a 90°: predomina a movimentação da articulação glenoumeral;
associa-se a rotação externa. Ações/deltóide (fibras médias) e supraespinhoso
Segunda fase da abdução de 90° a 150°: movimento de glenoumeral + escapulotorácica. Ações/
deltóide (fibras médias) supraespinhoso, trapézio e serrátil anterior.
Terceira fase da abdução de 150° a 180°: movimento da glenoumeral + escapulotorácica. Ações/
(deltóide fibras médias), supraespinhoso, trapézio, serrátil anterior e coluna vertebral (auxilia na
finalização do arco de movimento)

90°
1. Deltóide
2. Supraespinhoso
3. Serrátil anterior
180° 4. Trapézio

150°
Paradoxo de Codman
Dois grandes movimentos:
Rotação involuntária (automática)= rotação conjunta
Individuo de pé em posição anatômica- abdução 180°- extensão: rotação da palma da mão de 180° porque
ocorre rotação interna automática de 180° (a palma da mão para dentro/encostada na perna sai em
sentido de abdução e a palma vai rodando para fora e depois desce em extensão com a palma virada para
dentro de novo até chegar em, 0° de extensão.

Rotação voluntária= rotação adjunta


Individuo parte de uma posição anatômica com rotação interna (palma para fora e polegar para trás)-
bloqueio do braço aos 90° - necessário rotação externa (palma da mão para cima) voluntária para
continuar o movimento. EX: natação (nado peito)

Músculos e suas origens, inserções ações e inervações!

DELTÓIDE
Origem- Clavícula, acrômio e espinha da escápula
inserção -Tuberosidade deltóidea situada na face lateral da diáfisc do
úmero.
Ação- Fibras anteriores: realizam flexão e rotação medial do úmero.
Fibras médias: realizam abdução do úmero na articulação do ombro
(somente após esse movimento ter sido iniciado pelo músculo
(supraespinhoso). Fibras posteriores: realizam extensão e rotação lateral
do úmero.
Inervação- Nervo axilar, C5,6, proveniente do fascículo posterior do
plexo braquial.
SUPRAESPINHOSO Origem- Fossa supra-espinal da escápula (cavidade acima da espinha
da escápula).
Inserção- Tubérculo maior do úmero em sua parte superior. Cápsula
da articulação do ombro.
Ação-Inicia o processo de abdução da articulação do ombro,
permitindo ao músculo deltoide conduzir os estágios finais desse
movimento.
Inervaçào- Nervo supra-escapular, C4, 5, 6, proveniente do tronco
superior do plexo braquial.

INFRAESPINHOSO Origem -Dois terços médios da face dorsal da escápula, abaixo da


espinha da escápula.
Inserção- Tubérculo maior do úmero em sua parte superior. Cápsula da
articulação do ombro.
Ação- Como parte do manguito rotador, auxilia na prevenção de luxação
posterior da articulação do ombro, além de realizar rotação lateral do
úmero.
Inervação- Nervo supra-escapular, C4, 5, 6, proveniente do tronco
superior do plexo braquial.

PEITORAL MAIOR Origem- parte clavicular: metade medial ou dois terços da região anterior
da clavícula. Parte esternocostal: esterno e seis cartilagens costais
superiores adjacentes.
Inserção- tubérculo maior do úmero na epífise proximal
Ação- adução e rotação medial do úmero. Parte clavicular: flexão e
rotação medial da art. do ombro, horizontalmente promove a adução do
úmero em direção ao ombro oposto. Parte esternocostal: adução olíqua
do úmero em direção à art. do quadril oposto
Inervação- fibras superiores: nervo peitoral lateral C5, 6, 7.
Fibras inferiores: nervos peitoral lateral e medial, C6, 7, 8, T1.

SUBESCAPULAR Origem-Fossa subescapular (face anterior da escápula).


Inserção- Tubérculo menor do úmero em sua parte superior. Cápsula da
articulação do ombro.
Ação- Como parte do manguito rotador, auxilia na estabilização da
articulação do ombro, evitando principalmente que a cabeça do úmero
seja deslocada para cima pelos músculos deltóide, bíceps braquial e
cabeça longa do triceps. Realiza também rotação medial do úmero.
Inervaçào- Nervos subescapulares superior e inferior, C5, 6, 7,
provenientes do fascículo posterior do plexo braquial.
LATÍSSIMO DO DORSO Origem- Uma ampla aponeurose fixada aos processos espinhosos das seis
vértebras torácicas inferiores e todas as vértebras lombares e sacrais (T7-
S5). Parte posterior da crista ilíaca. Três ou quatro costelas inferiores.
Ângulo inferior da escápula.
Inserção- lnsere-se no sulco intertubercular do úmero (sulco bicipital),
logo abaixo da articulação do ombro.
Ação- Estende o braço flexionado. Realiza adução e rotação medial do
úmero (ou seja, leva o braço para trás na direção do corpo). É um dos
principais músculos relacionados ao movimento de levantar o corpo, uma
vez que traciona os ombros para baixo e para trás (sendo um músculo
muito ativo, portanto, no impulso do nado livre ou crawl) e traciona
também o tronco para cima em direção aos braços estabilizados. Auxilia
na inspiração forçada por meio da elevação das costelas inferiores.
Inervação- Nervo toracodorsal, C6, 7, 8,do fascículo posterior do plexo
braquial.

ROMBÓIDES
Origem- Processos espinhosos da sétima vértebra cervical e as
cinco vértebras torácicas superiores (C7-T1).
Inserção- Margem medial da escápula.
Ação- Realizam a retração da escápula. Estabilizam a escápula.
Auxiliam na adução e elevação do braço acima da cabeça.
Inervação- Nervo dorsal da escápula, C4, 5.

SERRÁTIL ANTERIOR
Origem - superfícies externas e margem superior das oito ou
nove costelas superiores e a fáscia que reveste os espaços
intercostais.
Inserção - Superfícies anterior da margem medial da escápula
e ângulo inferior da escápula
Ação- Protrai a escápula. Promove a rotação da escápula para
flexão e abdução do braço.
inervação - Nervo torácico longo, C5, 6, 7, 8.
TRAPÉZIO Origem- Base do crânio (osso occipital). Processo espinhoso da
vértebra cervical (C7) e de todas as vértebras torácicas (Tl-TI2).
Inserção -Terço lateral da clavícula. Acròmio. Espinha da escápula.
Ação -Parte descendente: eleva a articulação do ombro. Auxilia na
prevenção da depressão da articulação do ombro quando um peso é
carregado sobre o ombro ou nas mãos. Parte transversa: promove a
retraçào (adução) da escápula. Parte ascendente: promove a depressão
da escápula, especialmente contra resistência, por exemplo, ao
levantar-se de uma cadeira utilizando as mãos. Partes ascendente e
descendente ao mesmo tempo: realizam rotação da escápula, como ao
elevar o braço acima da cabeça.
Inervação- Nervo acessório / par XI. Ramo ventral dos nervos cervicais,
C2,3, 4.

LEVANTADOR DA ESCÁPULA
Origem- Processos transversos das primeiras três ou quatro vértebras
cervicais (Cl-C4).
Inserção- Parte superior da margem medial da escápula (ou seja, a
parte acima da espinha da escápula).
Açào- Eleva a escápula. Auxilia na retraçào da escápula. Auxilia na
inclinação lateral do pescoço.
Inervação- Nervo dorsal da escápula, C4,5 e nervos cervicais, (.3,4.

PEITORAL MENOR

Origem- se origina da terceira à quinta costelas


Inserção- no processo (apófise) coracóide da escápula
(omoplata)
Ação- Fixo no Tórax: Depressão do Ombro e Rotação Inferior da
Escápula. Fixo na Escápula: Eleva as Costelas (ação inspiratória)
Inervação- Nervo do Peitoral Medial (C8 – T1)

CORACOBRAQUIAL
Origem- apófise coracóide da omoplata
Inserção- superfície medial do eixo umeral
Ação- flexão e adução do braço, rotação interna do úmero e
estabilização da cabeça umeral na art. do ombro
Inervação- nervo musculocutâneo C5-C7
REDONDO MAIOR
Origem- terço inferior da face posterior da margem lateral da
escápula
Inserção- lábio medial do sulco intertubercular (sulco bicipital) do
úmero ou seja, parte posterior da epífise proximal do úmero .
Ação- realiza adução e rotação medial do úmero, além de estende-
lo a partir de uma posição flexionada.
Inervação- nervo subescapular inferior, C5, 6, 7, fascículo posterior
do plexo braquial.

REDONDO MENOR

Origem- dois terços superiores da margem lateral da superfície


dorsal da escápula
Inserção- parte posterior do tubérculo maior do úmero. Cápsula
da art. do cotovelo
Ação- realiza rotação lateral e leve adução do úmero.
Inervação- nervo axilar, C5, 6, proveniente do fascículo posterior
do plexo braquial.

MANGUITO ROTADOR!

Músculos estabilizadores e motores primários (agonistas)


Coaptação muscular (estabiliza o ombro evitando a luxação)
1. Supraespinhoso
2. Subescapular
3. Infraespinhoso
4. Redondo menor

Síndrome do Impacto do Manguito Rotador

Compressão das estruturas entre o arco acromial e a cabeça do úmero (ex: tendões do manguito,
bursa, ligamento coracoacromial)
Mais comum- supraespinhoso
Risco movimentos vigorosos acima da cabeça (abdução e rotação medial)
Arremessos, saques tênis, nadadores (nado livre, borboleta e costas- movimento repetitivo desses
nados levam ao comprometimento de rotação externa e interna)
50% de nadadores (ombro nadador)

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