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RITMO ESCAPULO UMERAL

Articulações envolvidas

O termo complexo do ombro se refere a 4 articulações envolvidas:

glenoumeral, escapulotorácica, acromioclavicular e esternoclavicular;

Escapulotorácica apesar de muito importante, é chamada de articulação falsa, pois não possue
as mesmas estruturas d uma articulação verdadeira.
Segundo alguns autores podemos encontrar ainda a articulação subdeltoidea (composta por
duas superfícies que deslizam uma sobre a outra: a extremidade superior do úmero e a bainha
dos músculos periarticulares (supraespinal, infraespinal, redondo menor).

E ainda a articulação coracoclavicular (formada pelo processo coracóide da escápula e pela


superfície inferior da clavícula. Tais estruturas são unidas pelo ligamento coracoclavicular, que
une o processo coracóide da escápula à clavícula, ancorando a clavícula ao processo coracóide)

ESTERNO CLAVICULAR
- Permite consideravel amplitude de movimento

- Alguns músculos geram mais estabilidade para esta articulação: ECOM, esternoiodeo e
subclavio ( anteriormente, posteriomente e inferiormente)

- Osteocinematica da clavicula – movimento nos tres eixos – eleva, deprime, protrai, retrai e
roda em torno do eixo longitudinal do osso. Todos esses movimentos acontecem para
posicionar a escapula em uma posição ideal para uma boa coaptação da cabeça do umero

Elevação no máx 45 graus

Depressão no max 10 graus

Retração e Protração 15 a 30 graus para ambas as direções (estão fortemente associados a os


movimentos da escápula de retração e protração

ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR
- Não permite movimento de rolar e deslizar

- Permite movimentos sutis entre a escápula e a extremidade lateral da clavicula

- Tres graus deliberdade para movimentos: rotação interna e externa da escapula, rotação
para cima e para baixo e inclinação anterior.

- Rotação para cima e para baixo – ocorre com a flexão e abdução do ombro e com a extensão
e adução do ombro – Segundo relatos de varios autores a AC varia muito os graus de
amplitude, mas pode chegar a 30 graus de rotação para cima conforme o ombro é totalmente
elevado sobre a cabeça. O movimento de rotação para cima na AC contribue significamente
com o total de rotação da escapulo torácica

ARTICULAÇÃO ESCAPULO TORÁCICA

Considerada uma articulação falsa por não fazer contato direto com o tórax (separados pelo
subescapular, serrátil e eretores da espinha)

- Em posição anatomica ideal a escapula se encontra posicionada entre a segunda ea sétima


costela, 6 cm de distancia entre a borda medial e a coluna, 10 graus de inclinação anterior, 5 a
10 graus de rotação superior e aproximadamente 35 graus de rotação interna (plano da
escapula definido por Neumann).

- Os movimentosescapultoracicos são elementos essenciais na cinesiologia do ombro, a GU se


movimenta grande parte devido a movimentos na ET.
- Os movimentos que ocorrem entre a escapula e torax é resultado da cooperação entre as
articulações EC e AC, restrições de movimento em uma delas influencia diretamente os
movimentos do ombro

- Movimentação da ET – Elevação e depressão \ Protação e Retração \ Rotação superior e


Inferior \ Rotação interna e externa

A rotação completa ara cima de escapula só e possivel por meio da soma da elevação clavicular
na EC com rotação escapular para cima na AC, essas rotações são essenciais para que a
escapula atinja seus 60 graus de rotação superior completos.
MOVIMENTO FUNCIONAL DE FLEXÃO E ABDUÇÃO DE OMBRO

- A ROTAÇÃO PARA CIMA É COMPONENTE ESSENCIAL CONTRIBUINDO PARA OS 180 GRAUS DE


ABDUÇÃO E FLEXÃO DO OMBRO, ESTA ROTAÇÃO ESTÁ MECANICAMENTE LIGADA AOS
MOVIMENTOS DAS ARTICULAÇÕES EC E AC. A ROTAÇÃO SUPERIOR COMPLETA DA ET REALIZA
TRÊS FUNÇÕES IMPORTANTES:

1 - PROJETAR A CAVIDADE GLENÓIDE PARA CIMA E ANTEROLATERALMENTE, FORNECENDO


UMA BASE ESTRUTURAL PARA MELHORAR O ALCANCE LATERAL E SUPERIOR DO OMBRO

2 - A ESCAPULA QUANDO RODADA SUPERIORMENTE PRESERVA A RELAÇÃO COMPRIMENTO-


TENSÃO IDEAL DOS MÚSCULOS ABDUTORES DA GU, COMO DELTÓIDE MÉDIO E OU SUPRA
ESPINHOSO.

3 – RODADA PARA CIMA AJUDA A MANTER O VOLUME DENTRO DO ESPAÇO SUB-ACROMIAL

ARTICULAÇÃO GLENO UMERAL

- A cabeça longa do biceps também ajuda na estabilização da Gu


- A estabilidade da GU é dependente de mecanismos passivos e ativos

- Mecanismos ativos: forças produzidas por músculos, principalmente por forças


dinâmicas dos músculos do manguito rotador

- Mecanismos passivos: restrição da capsula, ligamentos, labio glenoidal e tendoes \


suporte mecanico indicado na postura ET \ Pressão intracapsular negativa

Uma combinação desses mecanismos é tipicamente necessária para garantir a estabilidade


articular.

MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR

Protegem e estabilizam ativamente a GU, especialmente durante atividades dinâmicas

- Intervalo Rotador= os tendões dos músculos não conseguem cobrir toda as regiões da
capsula (região inferior e entre o supraespinhal e o subescapular), a essa região se da o nome
de intervalo rotador. Uma região que se torna mais fraca, onde é comum o deslocamento
anterior da articulação GU. Nesta região o tendão da cabeça longa do biceps e o ligamento
coracoumeral reforçam o local para ajudar na estabilização.

- Comumente o tendão da cabeça longa do biceps é chamado de segundo manguito, pois


quando ativo restringe a translação anterior da cabeça umeral e também resiste a migração
superior da cabeça umeral no movimento de abdução, sendo uma importante força para
controlar a artrocinematica naturalmente.
A postura da escápula surte efeito direto na articulação GU de maneira estática.

Há ainda uma força secundaria vinda do supraespinhoso e deltóide posterior que ajudam na
estabilização estática da GU (por conta do sentido das suas fibras, quase paralelas ao vetor de
força capsular.

Músculos que correm verticalmente como biceps, deltóide médio e o triceps não estão
envolvidos no mecanismo de estabilização estatica, mesmo quando tracionada para baixo a
articulação

É dado principalmente ao trapézio ascendente o papel de manter essa leve rotação superior
da escapula que mantem a fossa glenoide em ponto otimo de coaptação com a cabeça do
umero. Sem essa rotação a cabeça do umero pode-se deslocar inferiormente e até ocorrer
subluxações.

*o espaço subacromial em uma pessoa saudavel contem aproximadamente 1 cm de altura

CINEMATICA GU

Articulação com ampla mobilidade. Produz movimento nos 3 eixos (3 graus de liberdade) =
flexão e extensão, abdução e adução, rot inter e externa, e ainda flexão e extensão horizontal
que também pode ser chamada de abdução e adução horizontal.

QUALQUER MOVIMENTO NA GU ENVOLVE MOVIMENTO DA ET (o mesmo não é reciproco),


INCLUINDO AINDA MOVIMENTOS ASSOCIADOS NA EC E AC

ABDUÇÃO E ADUÇÃO

- Em uma pessoa saudavel a GU produz 120 graus de abdução. A abdução completa do


complexo do ombro (180 graus) exige uma rotação simultanea de 60 graus da escapula para
cima.

- Durante a abdução, a cabeça convexa do umero rola superiormente enquanto desliza


inferiormente sobre a cavidade concava da cavidade glenoide
FLEXÃO E EXTENSÃO

- Durante a flexão e extensão o umero rotaciona sobre a cavidade glenoide no plano sagital
através de um eixo medio-lateral

- 120 graus de flexão pode ser produzida pla GU e 180 é alacançado somando os movimentos
da ET, EC e AC

- Durante uma extensão ativa a GU pode atingir 65 graus, e pode chegar até 80 graus
envolvendo as estruturas passivas. A extensão passiva estede os ligamentos capsulares
causando uma leve inclinação anterior da escápula (maléfico¿ depende de quem)

ROTAÇÃO INTERNA E EXTERNA

- Na rotação externa a cabeça do umero rola posteriormente enquanto desliza anteriormente,


e igualmente ao contrario quando na rotação interna

- Os angulos de rotação interna e externa variam de acordo com a posição do ombro. Podendo
chegar até 90 graus de rot externa com o ombro abduzido a 90 graus. Em posição anatomica
as rotações incli=uem movimentos na ET (protração e retração)
CINEMÁTICA GERAL DA ABDUÇÃO DO OMBRO

- Em uma abdução completa de 180 graus temos =

- 180 graus de abdução de ombro

- 120 graus de abdução da GU

- 60 graus de rotação para cima da ET

Ainda ocorrem movimentos acessórios em outras articulações que pemitem que aconteçam o
movimento nas articulações principais, são eles

- 25 graus de elevação da EC

- 35 graus de rotação para cima na AC

Estes movimento acontecem no plano frontal, porém o movimento de abdução é triplanar, e


movimentos em outros planos necessitam acontecer para que o movimento saia sem
interrupções, são eles:

- 45 graus de rotação externa da GU (paradoxo de codman)

- 25 graus de rotação posterior da EC

- 15 graus de retração da EC

- 20 graus de inclinação posterior da ET


- 10 graus de rotação externa da ET

RITMAO ESCAPULO UMERAL

Termo cunhado por Inman em 1944

- O ritmo escapulo umeral se refere a um timing ou ritmo natural entre a abdução da GU e


rotação na ET

- Ritmo registrado por Inman = após 30 graus de abdução o ritmo permanece constantante
(em individuos sem alterações). Ocorre uma razão de 2:1 para cada 3 graus de abdução do
ombro, 2 graus de abdução na GU e 1 graus na rotação da ET, ou seja 120 graus na GU e 60
graus na ET.
INERVAÇÃO DOS MUSCULOS DO COMPLEXO DO OMBRO

AÇÕES DOS MÚSCULOS DO COMPLEXO DO OMBRO

- Duas categorias funcionais : estabilizadores proximais ou mobilizadores distais

- Estabilizadores: serrátil anterior e trapézio (se originam na coluna, nas costelas e no


crânio e se inserem na escápula e na clavicula

Mobilizadores: deltóides e biceps braquial (se originam na escápula e na clavicula e se


inserem no umero ou no antebraço

A função ideal do complexo do ombro exige uma interação entre os estabilizadores proximais
e os mobilizadores distais. Por exemplo para que o deltóide gere um torque de abdução a
escapula deve estar firmemente estabilizada sobre o torax pelos músculos trapézio e serratil
MÚSCULOS QUE ELEVAM O BRAÇO (FLEXÃO E ABDUÇÃO)

- Abdução na GU: deltóide anterior e médio e supra espinhoso

- Flexão na GU: deltódei anterior, coracobraquial e cabeça longa do biceps braquial

Durante a abdução de ombro o supra espinhoso e o deltóide são ativados desde o inicio
(porém a ação do supra é fundamental, sem ele o deltóide gera um torque de elevação do
umero), alcançando um nível máximo proximo dos 90 graus. Durante a abdução ambos
estabilizam a cabeça umeral na articulação. Ambos produzem torques semelhantes durante a
abdução. Sem a função de um desses músculos não possivel ou é muito dificil a realização da
abdução, sendo a artrocinematica alterada da GU.
Os músculos infra espinhoso e subescapualar também tem papel fundamental na abdução,
atuando na estabilização dinamica e na direção da artrocinematica ideal articular, já que seus
braços de momento para abdução são reduzidos, por suas fibras superiores passarem
levemente acima do eixo de rotação antero posterior

- Abdução na ET : Serratil anterior e as fibras superiores e inferiores do trapézio

A rotação para cima é componente essencial durante a elevação do braço. O músculos rodam
a escápula superiormente fornecendo conexões primárias para os mobilizadores distais
(deltóide e músculos do manguito).

Além disso o serrátil pode inclinar posteriormente (fibras inferiores puxando para frente o
angulo inferior) e ainda em menor grau rodar externamente a escápula (o que propicia um
melhor encaixe da cabeça do umero, visto que ela é retrovertida) (quarto principio cinematico
da abdução de ombro). Este torque de rotação externa do serratil ajuda a segurar a borda
medial da escapula firmemente contra o tórax

INTERAÇÃO DO SERRÁTIL ANTERIOR E O TRAPÉZIO DURANTE A ABDUÇÃO

As partes superiores e inferiores do trapázio e as fibras inferiores do serrátil formam o que se


chama de força dupla (force couple). Esta força dupla age na rotação para cima da escapula de
maneira simultanea, fazendo com que a escapula rode na mesma direção de abdução do
ombro.

As fibras inferiores do serratil são mais eficazes em rodar a escapula para cima por conta de
seu maior braço de momento para essa ação. Esse puxão das fibras inferiores rodam a
cavidade glenoide para cima e lateralmente

As fibras superiores do trapézio rodam a escapula para cima e medialmente indiretamente


através da clavicula, puxando-a para cima (e para trás) .
As fibras inferiores do trapezio rodam a escapula para cima, puxando inferior e medialmente
através da espinha da escapula. O trapézio inferior se mostra mais ativo na fase final da
abdução do ombro. Em comparção o trapézio superior mostra uma grande ativação no inicio
do movimento e um aumento gradual durante todo o restante do caminho percorrido

O trapézio superior eleva a clavicula durante todo movimento, mas também controla o puxão
por parte do trapézio inferior na fase final da abdução.

O Serratil mostra um aumento gradual de ativação por toda a amplitude de abdução.

O trapézio médio está muito ativo durante toda a abdução, porém sua maior contribuição não
é para a abdução, mas sim na retração da escapula que junto com o rombóide neutralizam a
ação de protração do serratil. Eles dominam sobre a força de protação do serratil, fato esse
que é comprovado pela leve retração das escapulas (e claviculas) no inicio do movimento, este
movimento ajuda a determinar o posicionamento de retração-protração da escapula durante
a abdução

Resumindo, durante a elevação do braço o serratil e o trapézio controlam a mecanica de


rotação para cima da escapula. O serratil tem maior potencia de alavanca para o movimento.
Ambos os musculos são sinergistas na rotação para cima, porem são antagonistas, pois opõem
e, portanto limitam parcialmente a protração forte um do outro e seu efeito de retração.

A ação do serratil é fundamental para a rotação para cima da escapula, quando se refere ao
trabalho do supra espinhoso e do deltóide médio. Sem uma ação forte do serratil, as curvas de
comprimento – tensão e força e veocidade do deltóide e do supra são prejudicadas, fazendo
com que tenham um encurtamento mais rápido, reduzindo seu potencial de geração de força
ao longo do movimento. O serratil deve produzir um forte torque de rotação para cima, afim
de vencer o torque de rotação para baixo provocados pelo supra e deltóide.

Outro fato evidenciado pela fraqueza do serratil pode ser a escapula alada. Esta posição pode
colocar o peitoral menor em encutamento adaptativo, que é antagonista do serratil. A tensão
aumentada no peitoral menor (passiva) pode promover uma inclinação anterior e uma posição
de escapula rodada internamente
Diante de todo o visto acima, o serratil é principal músculo da cintura escapular, tendo as
funções do rodar a escapula para cima, protrai-la, e ainda inclinar posteriormente e rotacionar
lateralmente, tudo isso para posicionar a cavidade glenoide, em uma posição onde possa
acontecer a melhor artrocinematica possivel da GU.

MUSCULOS DO MANGUITO

Segundo Neuman a principal função do grupo é de regular a estabilidade dinamica articular e


controlar a artrocinematica. Estes músculos mostram significativa atividade EMG quando o
braço é elevado acima da cabeça

Rodam ativamente a cabeça umeral, estabilizando e centralizando- a contra a cavidade


glenóide

Uma boa estabilidade da GU exige uma interação dos sistemas neuromuscular e esqueletico,
Estes dois sistemas possivelmente estão integrados funcionalmente através de receptores
sensoriais proprioceptivos localizados dentro dos tecidos conectivos periarticulares. Como
parte de circuito reflexo, estes tecidos conectivos inervados podem fornecer informações
rápidas e importantes aos músculos participantes. É possivel que os músculos do manguito
hajam tambem através de reflexos para gerar a estabilização e controle da artrocinematica
mesmo de forma involuntária.

A contração do supra espinhoso que é orientado horizontalmente produz uma força de


compressão diretamente dentro da cavidade, estabilizando fortemente a cabeça umeral
contra a cavidade durante o seu rolamento superior na abdução. Estas forças de compressão
agem na superficie articular aumentando linearmente de 0 a 90

Até forças passivas de músculos sendo alogados durante a abdução, como latissimo do dorso
e o redondo maior, podem exercer uma força direcionada inferiormente na cabeça umeral,
ajudando a evitar a translação e o impacto subacromial
MÚSCULOS QUE ADUZEM E ESTENDEM O OMBRO

- Os músculos que aduzem e extendem o ombro são: Latissimo do dorso, Redondo maior,
Cabeça esternocostal do peitoral maior, cabeça longa do triceps, Deltóide posterior.

O Latissimo do dorso e o redondo maior tem os maiores braços de momento para os


movimentos de adução e extensão.

Os músculos infraespinhal e resondo menor (rotadores externos) auxiliam nesses movimentos.

Os músculos extensores e adutores são os que tem maior capacidade de gerar torque na
articulação do ombro.
Quando o úmero está estável, a contração do grande dorsal pode elevar a pelve.

Durante a extensão e adução da GU, a estabilização das escapulas é responsabilidade


principalmente dos rombóides, que fica evidenciada no movimento de rotação inferior e
retração que ocorre naturalmente combinadas a extensão e adução.

MÚSCULOS ROTADORES INTERNOS

Os principais musculos que rodam internamente a GU são: Subescapular, deltóide anterior, o


peitoral maior, latissimo do dorso e o redondo maior

A massa muscular dos rotadores internos excede muito a dos rotadores externos.

Lei do concavo x convexo

- Quando o ponto movel for uma superficie convexa sobre uma superficie concava, o
movimento osteocinematico acontecera ao contrario do artrocinematico. Ex- úmero
realizando movimento de abdução (convexo) sobre a cavidade glenoide (concavo). Nesse
movimento o umero rola para cima enquanto desliza para baixo

- Já quando o ponto movel for uma superficie concava sobre uma convexa, o movimento
osteocinematico acontecerá no mesmo sentido do artrocinematico. Ex – escapula se
movimentando sobre o umero fixo

MUSCULOS ROTADORES EXTERNOS

Os principais musculos que rodam externamente a GU são: infraespinhal, redondo menor e o


deltóide posterior.

- o supraespinhal em algum grau pode auxiliar na rotação externa

- Estes musculos devem ser capazes de desacelerar o movimento de rotação interna

MUSCULOS QUE ATUAM NA ABDUÇÃO DE OMBRO

- SUPRAESPINHOSO

- SERRATIL ANTERIOR
- TRAPÉZIO 3 FEIXES

- DELTÓIDE FEIXE MÉDIO

ESTES MÚSCULOS PODEM SER: FIXADORES \ EFETORES \ SINERGISTAS – SUAS AÇÕES PODEM
SE INVERTER DURANTE O MOVIMENTO.

SETOR 0 A 45 GRAUS:

SINERGIA ENTRE O FEIXE MÉDIO DO DELTOIDE E O SUPRA ESPINHOSO

A PARTIR DOS 30 GRAUS OS FEIXES INFERIORES DO SERRATIL SÃO ACIONADOS

O TRAPÉZIO MÉDIO É ACIONADO EM MENOR GRAU PROXIMOS AOS 45 GRAUS, POREM


PASSANDO DISSO ELE ENTRA MAIS FORTE

SE APROXIMANDO DOS 90 GRAUS AS FIBRAS MÉDIAS DO SERRATIL TAMBÉM SÃO ATIVADAS

PASSANDO DO 90 GRAUS O TRAPÉZIO SUPERIOR ENTRA COMO AGONISTA, O DELTÓIDE PERDE


SUA FORÇA, AS FIBRAS MÉDIAS DO SERRATIL E O TRAPEZIO MÉDIO PASSAM A SER
ESTABILIZADORES, E AS FIBRAS SUPERIORES DO SERRATIL ENTRAM FORTE NO MOVIMENTO

- O MOVIMENTO SE INICIA ATRAVÉ DE UMA LEVE RETRAÇÃO 15 GRAUS NA EC. ESTÁ


RETRAÇÃO COLOCA GLENO UMERAL UM UMA POSIÇÃO MAIS IDEAL PARA O MOVIMENTO,
MELHORANDO A AÇÃO DOS ABDUTORES

- O MÚSCULO QUE INIICIA O MOVIMENTO É O SUPRA ESPINHOSO, APÓS O INICIO O DELTÓIDE


MÉDIO TOMA O PAPEL DE AGONISTA, DESDE O INICIO DO MOVIMENTO O TRAPÉZIO INFERIOR
E O SERRATIL TODAS AS SUAS PORÇÕES ESTÃO ESTABILIZANDO A ESCAPULA

- QUANDO CHEGA PRÓXIMO AO 45 GRAUS O TRAPÉZIO MÉDIO COMEÇA A ASSUMIR O PAPEL


DE ESTABILIZADOR

- O SUPRA ESPINHAL DURANTE TODO O MOVIMENTO ESTÁ AGIINDO PARA A ABDUÇÃO,


PORÉM SEU PAPEL FUNDAMENTAL E DE COAPTAR A CABEÇA UMERAL NO CAVIDADE E
‘’EMPURA-LA’’ PARA BAIXO PARA EVITAR O DESLIZAMENTO PARA CIMA

- ACIMA DOS 90 GRAUS O DELTÓIDE MÉDIO SE TORNA UMA FIXADOR DO UMERO NA


GLENOIDE, O TRAPÉZIO SUPERIOR E SERRATIL FIBRAS MÉDIAS SE TORNAM AGONISTAS

RESUMO

4 ARTICULAÇÕES ENVOLVIDAS – EC AC ET GU

EC – pode se movimentar nos 3 eixos, esses movimentos permitem uma boa movimentação
das articulaçãos adjacentes (principalmente a ET)

AC – também permite movimentação nos 3 eixos – os seus movimentos são mais sutis
ET – Principal articulação do complexo do ombro – porém seus movimentos são dependentes
da EC e da AC – Possue ampla movimetação: retração\ protração; elevação\depressão; rotação
interna\externa; rotação superior\inferior; inclinação anterior\posterior

- Para que haja um bom funcionamento da articulação, a escápula necessita estar bem
posicionamento, seu posicionamento ideal se diverge entre varios autores, mas segue uma
média: deve estar entre a T2 e T7 (segunda e sétima costelas), 6 cm de entre a borda medial e
a coluna (alguns autores citam 7, 7,5 até 10 cm), 10° de inclinação anterior, 5 a 10° de rotação
superior (essa rotação é mantida principalmente pelo trapézio superior, que mantém a fossa
glenóide em um ponto ótimo de coaptação com a cabeça do úmero, caso seja perdida essa
rotação, o úmero pode deslocar-se inferiormente e até correr subluxações), e
aproximadamente 35 ° de rotação interna (esse posicionamento é descrito como o plano
escapular.

- 3 papeis fundamentais a ET precisa cumprir durante movimentos de elevação do braço acima


da cabeça: projetar a glenóide para cima e anterolateralmente, fornecendo uma base para
melhorar o alcance lateral e superior do ombro \ quando rodada ela preserva a relção de
comprimento – tensão ideal dos músculos abdutores \ rodada para cima ajuda a manter o
espaço subacromial

GU – articulação instavel (abre mão da estabilidade para a mobilidade). A sua estabilização é


dependente de mecanismos passivos e ativos (ativos: músculos \ passivos: partes moles) –
Cabeça longa do biceps ajuda na estabilização da GU (proteje o intervalo rotador junto com o
ligamento coracoumeral)

CINEMATICA DE ABDUÇÃO DO OMBRO

- Em uma abdução completa de 180 graus temos =

- 180 graus de abdução de ombro

- 120 graus de abdução da GU

- 60 graus de rotação para cima da ET


Ainda ocorrem movimentos acessórios em outras articulações que pemitem que aconteçam o
movimento nas articulações principais, são eles

- 25 graus de elevação da EC

- 35 graus de rotação para cima na AC

Estes movimento acontecem no plano frontal, porém o movimento de abdução é triplanar, e


movimentos em outros planos necessitam acontecer para que o movimento saia sem
interrupções, são eles:

- 45 graus de rotação externa da GU (paradoxo de codman)

- 25 graus de rotação posterior da EC

- 15 graus de retração da EC

- 20 graus de inclinação posterior da ET

- 10 graus de rotação externa da ET

RITMO ESCAPULOUMERAL – se refere a um timing ou ritmo natural e sinergico entre todas as


articulações e musculos que participam do movimento de elevar o braço acima da cabeça

Após 30° de abdução a escapula necessita realizar uma rotação superior e constante até o final
do movimento. Este movimento acontece em uma proporção de 2:1, ou seja 120° na GU e 60°
na ET totalizando o 180° de abdução total

O ritmo escapuloumeral segue 6 principios –

1 – para que os 180° graus de abdução sejam atingidos, deverá ocorrer uma proporção de 2:1
durante todo o movimento, 120° na GU e 60° na ET

2 – Os 60° na ET é resultado de uma elevação simultanea na EC combinada com a rotação para


cima na articulação AC

3 – A clavicula se retrai na EC (15°) durante a abdução

4 – A escapula se inclina posteriormente (20°) e roda externamente (10°) durante a abdução

5 – A clavicula roda posteriormente em torno do seu proprio eixo (25°) durante a abdução

6 – A articulação GU roda externamente durante a abdução

A função ideal do complexo do ombro exige uma interação entre os estabilizadores proximais
(trapézio e serratil) e os mobilizadores distais (biceps e deltóides). Para que o deltóide gere um
torque de abdução a escapula deve estar firmemente estabilizada sobre o tórax pelos
músculos trapézio e serratil

- Abdução na GU: deltóide anterior e médio e supra espinhoso


- Flexão na GU: deltódei anterior, coracobraquial e cabeça longa do biceps braquial

- Supra espinhoso é um dos músculos principais na abdução, ele está ativo desde o inicio. O
supra da o start no movimeto, e sem ele a artrocinematica da GU ficará prejudicada, pois ele
impede o movimento de translação superior que o deltóide faz principalmente no inicio. Após
o inicio do movimento o deltóide passa a ser um forte coaptador do umero tb.

- Os músculos infra espinhoso e também são partes fundamentais da abdução, apesar de não
terem torque direto na abdução, direcionam o movimento ideal da artrocinematica durane o
movimento.

- As fibras inferiores do trapézio exercem um papel fundamental durante a abdução que é


puxar o angulo inferior para frente, estabilizando a escapula contra o toráx e ainda nesse
puxão roda externamente a escapula. Essa rotação é fundamental pois posiciona a cavidade
glenoide de maneira ideal para cabeça do umero rodar superiormente, já que ela é
retrovertida

OUTRA AÇÃO FUNDAMENTAL DURANTE A ABDUÇÃO, É A INTERAÇÃO ENTRE O TRAPEZIO E O


SERRATIL – AS PARTES SUPERIORES E INFERIORES DO TRAPÉZIO JUNTO COM AS FIBRAS
INFERIORES DO SERRATIL FORMAM O ‘’PAR DE FORÇA’’ OU ‘’FORCE COUPLE’’ (se fala sobre as
fibras inferiores do trapézio, mas pode-se dizer que é todo o serratil durante a abdução). ESSA
DUPLA DE FORÇA AGE DE MANEIRA SIMULTANEA RODANDO SUPERIORMENTE A ESCAPULA
PARA CIMA, PERMITINDO UM BOM MOVIMENTO NA GU

- As fibras inferiores do serratil são mais ativas durante o inicio da abdução, conforme a
escapula vai rodando, elas passam a ser estabilizadoras e as fibras médias se tornam mais
rotadoras, eassim acontece com as fibras superiores. Álem disto o trapézio através da borda
medial da escapula puxa e fixa ela firmemente contra o tórax, e ainda as fibras inferiores
inclinam posteriormente e rodam externamente.

- as fibras do trapezio superior rodam a escapula indiretamente através da clavicula, puxando


para trás e para cima

- As fibras inferiores rodam a escapula para cima puxando-a para baixo e medial através da
espinha da escapula. O trapézio inferior estabiliza a escapula durante todo o movimento,
porém se mostra mais ativo no fim da abdução

- O trapézio superior assim como o serratil mostram um aumento gradual na sua ativação, do
inicio ao fim do movimento

- COMO DITO ANTES O RITMO ESCAPULO UMERAL É UM TIMING DE CONTRAÇÕES E


ESTABILIZAÇÕES QUE DEVEM AGIR DE MANEIRA SIMULTANEA E SINERGICA – NOTA – SE ISSO
QUANDO SE OBSERVA ALEM DO TRABALHO AGONISTAS DOS MUSCULOS ROTADORES, O
TRABALHO SINERGISTA, ESTABILIZADOR, ANTAGONISTA E NEUTRALIZADORES ENTRE TODOS
OS MÚSCULOS QUE COMPÕEM O COMPLEXO DO OMBRO. DURANTE A ABDUÇÃO O TRAPÉZIO
SUPERIOR PRECISA CONTROLAR O PUXÃO PARA BAIXO DO TRAPÉZIO INFERIOR. O TRAPÉZIO
MÉDIO SE MOSTRA MUITO ATIVO NA ABDUÇÃO, PORÉM SEU PAPEL MAIOR É JUNTO COM OS
ROMBÓIDES NEUTRALIZAR A AÇÃO PROTRADORA DO SERRÁTIL ANTERIOR.

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