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Osteopatia Craniana 4

Osteopatia Craniana 4

Índice

1 - FRONTAL ................................................................................................................................................................ 6

1.1 – Anatomia óssea ........................................................................................................................ 6

1.2 – Frontal ao nascimento ................................................................................................................ 8

1.3 – Relações articulares................................................................................................................. 12

1.4 – Relações com as meninges........................................................................................................ 15

1.5 – Fixações musculares ................................................................................................................ 15

1.6 – Outras relações ....................................................................................................................... 16

1.7 – Fisiologia dos movimentos do frontal ......................................................................................... 16

1.7.1 – Eixos de movimento ................................................................................................................................ 16

1.7.2 – Movimentos do frontal ............................................................................................................................ 17

1.8 - Disfunções do frontal ............................................................................................................... 19

1.8.1 - Sutura coronal .......................................................................................................................................... 19

1.8.2 - Sutura esfenofrontal ................................................................................................................................. 19

1.8.3 - Sutura frontoetmoidal............................................................................................................................... 19

1.8.4 - Sutura frontomaxilar ................................................................................................................................ 19

1.8.5 - Sutura frontozigomática ........................................................................................................................... 19

1.8.6 - Sutura frontonasal .................................................................................................................................... 20

1.8.7 - Sutura frontolacrimal ............................................................................................................................... 20

1.8.8 – Sutura metópica ....................................................................................................................................... 20

1.9 - Avaliação do frontal ................................................................................................................ 20

1.9.1 – Ausculta global da face ........................................................................................................................... 21

1.9.2 – Inspeção visual e palpação ...................................................................................................................... 21

1.9.3 – Ausculta do frontal .................................................................................................................................. 22

1.9.4 – Testes das suturas do frontal.................................................................................................................... 24

1.10 – Técnicas de tratamento para o frontal ........................................................................................ 27

1.10.1 - Técnica de liberação da sutura frontomaxilar ........................................................................................ 27

1.10.2 - Técnica de liberação da sutura frontomaxilar 2 ..................................................................................... 28

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1.10.3 - Técnica de liberação da sutura coronal .................................................................................................. 29

1.10.4 - Técnica de liberação da sutura metópica ............................................................................................... 31

1.10.5 – Técnica de lift do frontal ....................................................................................................................... 31

1.10.6 - Técnica de desencaixe do frontal ........................................................................................................... 33

1.10.7 - Técnica de correção da disfunção em flexão/rotação externa do frontal ............................................... 34

1.10.8 - Técnica de correção da disfunção em extensão/rotação interna do frontal ............................................ 36

2 - MAXILA................................................................................................................................................................. 37

2.1 – Anatomia óssea ...................................................................................................................... 37

2.2 – Maxilas ao nascimento............................................................................................................. 39

2.3 – Relações articulares................................................................................................................. 39

2.4 – Relações com as meninges........................................................................................................ 42

2.5 – Fixações musculares ................................................................................................................ 42

2.6 – Outras relações ....................................................................................................................... 43

2.7 – Fisiologia dos movimentos das maxilas ....................................................................................... 43

2.7.1 – Eixos de movimento ................................................................................................................................ 43

2.7.2 – Movimentos das maxilas ......................................................................................................................... 43

2.8 – Disfunções das maxillas ........................................................................................................... 44

2.8.1 – Disfunções em flexão/extensão .............................................................................................................. 45

2.8.2 – Lateral Strain e torção esfenomaxilar ...................................................................................................... 47

2.9 – Avaliação das maxilas ............................................................................................................. 48

2.9.1 – Inspeção visual ........................................................................................................................................ 49

2.9.2 – Palpação e ausculta das maxilas .............................................................................................................. 49

2.9.3 – Teste de mobilidade global em flexão/extensão ...................................................................................... 51

2.9.4 – Teste de mobilidade analítico em flexão/extensão .................................................................................. 53

2.9.5 – Teste de mobilidade para torções e lateral strains esfenomaxilares ........................................................ 55

2.10 – Técnicas de tratamento das maxilas .......................................................................................... 57

2.10.1 – Técnica de liberação unilateral da maxila ............................................................................................. 57

2.10.2 - Técnica de liberação bilateral das maxilas ............................................................................................. 58

2.10.3 – Técnica de liberação da extensão/rotação interna das maxilas ............................................................. 60

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2.10.4 - Técnica de elevação e separação das maxilas (lift and spread) ............................................................. 61

2.10.5 - Técnica de correção da flexão/rotação externa das maxilas .................................................................. 63

2.10.6 – Técnica direta de liberação lateral strain esfenomaxilar ....................................................................... 64

2.10.7 – Técnica para correção de lateral strain esfenomaxilar .......................................................................... 65

2.10.8 – Técnica de correção para torção esfenomaxilar .................................................................................... 66

3 - ETMOIDE............................................................................................................................................................... 67

3.1 – Anatomia óssea ...................................................................................................................... 67

3.2 – Etmoide ao nascimento ............................................................................................................ 69

3.3 – Relações articulares................................................................................................................. 69

3.4 – Relações com as meninges........................................................................................................ 72

3.5 – Fixações musculares ................................................................................................................ 73

3.6 – Outras relações ....................................................................................................................... 73

3.7 – Fisiologia dos movimentos do etmóide ....................................................................................... 74

3.7.1 – Eixos de movimento ................................................................................................................................ 74

3.7.2 – Movimentos do etmoide .......................................................................................................................... 74

3.8 - Disfunções do etmoide ............................................................................................................. 75

3.9 – Diagnóstico do etmoide ........................................................................................................... 75

3.9.1 – Teste de mobilidade do etmoide .............................................................................................................. 75

3.9.2 - Contato alternativo para testar a mobilidade do etmoide ......................................................................... 77

3.10 – Técnicas de tratamento para o etmoide ...................................................................................... 78

3.10.1 – Técnica de liberação do etmoide ........................................................................................................... 78

3.10.2 - Técnica de drenagem do seio etmoidal .................................................................................................. 80

4 - PALATINOS .......................................................................................................................................................... 81

4.1 – Anatomia óssea ...................................................................................................................... 81

4.2 – Relações articulares................................................................................................................. 83

4.3 – Relações com as meninges........................................................................................................ 85

4.4 – Fixações musculares ................................................................................................................ 85

4.5– Fisiologia dos movimentos dos palatinos ...................................................................................... 86

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4.5.1 – Eixos de movimento ................................................................................................................................ 86

4.5.2 – Movimentos dos palatinos ....................................................................................................................... 86

4.6 - Disfunções do palatino ............................................................................................................. 87

4.7 - Diagnóstico dos palatinos ......................................................................................................... 88

4.7.1 - Acesso visual e palpatório ........................................................................................................................ 88

4.7.2 – Teste de mobilidade dos palatinos ........................................................................................................... 88

4.8 - Técnicas de tratamento para os palatinos ..................................................................................... 89

4.8.1 - Técnica de liberação da sutura interpalatina ............................................................................................ 89

4.8.2 – Técnica de liberação dos palatinos .......................................................................................................... 90

5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................................... 92

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1 - FRONTAL
1.1 – Anatomia óssea

O frontal é um osso ímpar, largo e plano em boa parte. Situado na região anterior e
superior do crânio e apresenta duas porções: uma vertical, a escama, e uma horizontal, os tetos
das cavidades orbitais e nasais.

Escama

Face Externa:

• Sutura metópica - na infância esta sutura divide o osso em dois “hemifrontais”, podendo
permanecer por toda a vida em casos raros. Se estende até o bregma pela linha mediana;

• Borda supraorbital;

• Túber Frontal - acima da borda supraorbital;

• Arcos Superciliares – proeminências que se estendem lateralmente à glabela;

• Glabela - ponto antropométrico localizado entre os dois arcos superciliares;

• Forame Supraorbital - passagem de vasos e nervos supraorbitais

Face anterior do osso frontal - Sobotta, 2018.

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Face Interna:

• Crista frontal;

• Forame cego – dura-máter (foice do cérebro) se insere nele.

Tectos das Cavidades Orbitais e Nasais

Face inferior do osso frontal - Sobotta, 2018.

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1.2 – Frontal ao nascimento

Normalmente o osso frontal é dividido ao meio pela sutura metópica ao nascimento. É


uma sutura relacionada a importantes estruturas anatômicas como o seio paranasal frontal e a
foice do cérebro, podendo ser considerada uma expansão da sutura sagital.

Crânio ao nascimento – Sobotta, 2018.

Sua fusão precoce (craniosinostose) pode estar relacionada a síndromes genéticas ou


pode ser apenas um fator isolado (FARO et al, 2005). O acompanhamento ideal da morfologia
das suturas no período gestacional deve ser realizado por meio da ultrassonografia (US) em 3D
(FARO et al, 2005).

Entretanto, também pode ocorrer a persistência da sutura metópica na vida adulta, de


forma completa ou incompleta.

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Sutura metópica completa em crânio adulto (Skrzat et al, 2004).

Diversos estudos sobre essa sutura já foram realizados no intuito de observar aspectos
como sua fusão precoce ou ausente, o período de vida no qual o processo inicia e finaliza, sua
persistência na vida adulta, sua relação com deformidades cranianas e etc.

O início do processo de conexão entre os dois frontais ocorre já na 16ª semana


gestacional na região nasal, e se estende superiormente até a região de bregma até a 28ª semana
(FARO et al, 2005).

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16ª semana. FARO et al, 2005

32ª semana. FARO et al, 2005

A sutura normalmente inicia o processo de fusão entre o 1º e 2º ano de vida, e geralmente


a fusão total ocorre até o 3º ano (podendo persistir até o 7º ano). Entretanto em alguns casos a
sutura pode permanecer presente de forma completa ou incompleta durante toda a vida (Skrzat et
al, 2004; Wadekar et al, 2014).

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Um estudo realizado em 159 indivíduos analisando o tempo de fechamento da sutura


metópica através de US 3 D mostrou que a fusão completa ocorre com muita frequência no 9º
mês de vida, e essa condição não deve ser considerada como uma fusão precoce
(craniosinostose) com indicação cirúrgica (Vu et al, 2001).

Fusão completa da sutura metópica com 15 meses de vida. Vu e colaboradores, 2001.

Já o estudo de Wadekar et al (2014) analisando a sutura metópica em cadáveres adultos


de índios revelou que ela pode ser persistente na vida, de maneira completa (entre bregma e
nasio) ou incompleta. Dos 80 cadáveres estudados, apenas 1 apresentou a sutura de maneira
completa, porém 22 deles apresentaram a sutura persistente de maneira incompleta
correspondendo a 22.5% da amostra. As suturas incompletas apresentaram formas lineares, em
“V” ou em “U”.

Também é importante considerar a possibilidade da persistência da sutura com a


morfologia dos seios paranasais. O estudo de Guerram et al, em 2014, mostrou relação entre a
presença da sutura metópica em crânios adultos e tamanho do seio paranasal frontal: a
persistência da sutura está relacionada a seios pequenos ou ausentes comparados aos crânios com
fusão completa da sutura.

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Sendo assim, a análise palpatória e funcional do crânio, especificamente do osso frontal,


deve levar em consideração a presença da sutura metópica não somente em bebês e crianças, mas
também em adultos que podem ter a persistência dessa articulação. Sua presença também deve
ser levada em consideração em relação ao desenvolvimento dos seios paranaisais e eventuais
distúrbios desse sistema.

1.3 – Relações articulares

• Parietais – sutura coronal;

• Maxilas – sutura fronto-maxilar;

• Lacrimais;

• Nasais;

• Esfenoide – asas maiores e menores;

• Zigomáticos – sutura fronto-zigomática;

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Sobotta, 2018.

Netter, 2015.

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• Etmóide – incisura etmoidal;

Sobotta, 2018.

Sobotta, 2018.

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1.4 – Relações com as meninges

A foice do cérebro se fixa na linha mediana da face interna do frontal formando espaço
para o seio sagital superior. Esta fixação faz com que o a face interna da escama do frontal
receba alternâncias de tensões durante o IRC. Restrições da cadeia fascial neuromeníngea pode
desencadear sintomas na região frontal.

Netter, 2015.

1.5 – Fixações musculares

ü Temporal

ü Occiptofrontal

ü Alguns músculos da expressão facial – corrugador dos supercílios, orbicular do olho,


prócero.

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1.6 – Outras relações

Ø O osso frontal é dos que apresenta seios paranasais assim como o esfenoide, etmoide e
maxila.

1.7 – Fisiologia dos movimentos do frontal

1.7.1 – Eixos de movimento

Sendo um osso ímpar, o frontal sofre tensões caudais e cefálicas durante as fases de flexão
e extensão do IRC respectivamente. Porém, pela presença da sutura metópica (ou de seu
resquício na maioria dos adultos) o frontal também apresenta mobilidade de rotação externa (na
flexão) e interna (na extensão) através de dois eixos laterais.

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Eixos de movimentos do osso frontal. Modificado de Netter, 2015.

1.7.2 – Movimentos do frontal

Durante a flexão do IRC, o frontal realiza a flexão/rotação externa:

• Os pilares externos do frontal (processo zigomáticos) se deslocam para fora e para frente;

• A sutura metópica retrocede;

• A fenda etmoidal se alarga;

• O frontal é levado na direção caudal.

ü As asas maiores do esfenoide se deslocam para frente influenciando nos movimentos de


rotação externa e deslocamento caudal do frontal;

ü O occipital traciona a foice do cérebro posteriormente, provocando tensão no sentido do


retrocesso da sutura metópica.

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Flexão do osso frontal no IRC - Gehin, 2007.

Durante a extensão craniana, o frontal realiza o movimento de extensão/rotação interna:

• Os pilares externos voltam para trás e para dentro;

• A sutura metópica é deslocada anteriormente;

• A fenda esfenoidal se estreita;

• O frontal volta no sentido cefálico.

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1.8 - Disfunções do frontal

1.8.1 - Sutura coronal

Disfunções nessa sutura podem ser causadas por traumas frontais ou cefálicos no crânio.
Nos bebês é frequente encontrar a sobreposição óssea no local. Podem causar importantes
adaptações da sincondrose esfenobasilar, e também restrições aos movimentos do frontal e
parietal envolvido.

1.8.2 - Sutura esfenofrontal

Traumas frontais ou laterais no crânio podem fixar essa sutura causando restrições na
região do ptério.

1.8.3 - Sutura frontoetmoidal

As disfunções nessa sutura entre o frontal e o etmoide exercem tensões importantes na


foice de cérebro devido a suas inserções anteriores.

1.8.4 - Sutura frontomaxilar

Problemas na oclusão ou traumas na maxila podem causar restrições importantes nessa


sutura.

1.8.5 - Sutura frontozigomática

É uma sutura bastante vulnerável à traumas, por isso podem facilmente se encontrar
restritas após traumas anterolaterais na face. Indivíduos que fazem artes marciais ou têm
histórico de acidentes automobilísticos normalmente apresentam fixações neste nível.

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1.8.6 - Sutura frontonasal

Traumas anteriores pode ser a fonte da restrição nessa sutura.

1.8.7 - Sutura frontolacrimal

Traumas anteriores podem ser a fonte da restrição nessa sutura.

1.8.8 – Sutura metópica

A sutura metópica tem sua morfologia bastante variável como descrito acima. Sua
presença deve ser considerada em bebês e até em adultos. A sobreposição ou impactação dessa
sutura pode ser encontrada logo após o nascimento devido ao parto ou eventuais processos de
compressões intrauterinas. Traumas anteriores no crânio adulto também podem comprometer a
atividade de receptores sensoriais dispostos na eventual sutura metópica.

1.9 - Avaliação do frontal

A rotina da avaliação craniana foi devidamente descrita no material referente ao primeiro


módulo de crânio. Para que o avaliador realize a ausculta de um determinado osso, deve respeitar
alguns passos que devem ser realizados previamente – palpação, testes globais e etc.

Também deve realizar avaliação detalhada da SEB para entender o comportamento


global do crânio do paciente.

Além dos testes globais descritos anteriormente (temperatura, tensão fascial,


resistência/resiliência), é possível aplicar uma ausculta da mobilidade do osso frontal e a região
dos ossos da face.

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1.9.1 – Ausculta global da face

É um teste voltado para a percepção dos movimentos fisiológicos do frontal e região


facial durante as fases de expansão e retração. Tem a proposta de direcionar o osteopata a uma
avaliação mais localizada, de global a local.

O paciente permanece em decúbito dorsal. O osteopata permanece sentado atrás da


cabeça do paciente. Posiciona suas mãos espalmadas sobre a face do paciente, tocando o frontal,
os zigomáticos e as maxilas. O avaliador deve buscar perceber as fases de expansão e retração
dos ossos que toma contato, comparando a simetria entre as duas fases e entre os lados que
palpa. Essa percepção pode ser feita sincronizado ao IRC do paciente, ou também é possível
solicitar respirações profundas e movimentos dos tornozelos.

1.9.2 – Inspeção visual e palpação

• Sutura metópica profunda: tendência a flexão/rotação externa;

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• Sutura metópica proeminente: tendência a extensão/rotação interna;

• Pilares externos (processos zigomáticos) deslocados anteriormente: tendência a


flexão/rotação externa;

• Pilares externos (processos zigomáticos) deslocados posteriormente: tendência a


extensão/rotação interna;

A palpação estática é um dos parâmetros no processo de diagnóstico funcional tecidual.


Não pode ser considerado isoladamente e também não é definitivo no diagnóstico. Deve ser
agregado a outras condições, como a percepção de densidade, sensibilidade, mobilidade e etc.

1.9.3 – Ausculta do frontal

Paciente em decúbito dorsal. Osteopata sentado atrás da cabeça do paciente, voltado para
seus pés.

Posicionar cada um de suas mãos sobre o osso frontal:

• Palmas das mãos sobre as eminências frontais.

• Dedos indicadores e médios na linha média da escama do frontal, de tal forma que os
indicadores se toquem sobre a sutura metópica;

• Dedos anulares na face externa dos processos zigomáticos do frontal acompanhados dos
dedos mínimos;

• Polegares se tocando ou se cruzando.

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A ausculta do frontal pode ser feita:

- sincronizado ao IRC do paciente;

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- induzindo os movimentos independente do IRC do paciente;

- solicitando respirações profundas + movimentos dos tornozelos:

- inspiração + flexão dorsal: flexão/rotação externa;

- inspiração + flexão plantar: extensão/rotação interna.

Na fase de flexão/rotação externa:

• O frontal é deslocado no sentido caudal;

• A glabela e sutura metópica se deslocam posteriormente;

• Os processos zigomáticos se deslocam nos sentidos anterior, lateral e caudal;

• Bregma é deslocado caudalmente.

Na fase de extensão:

• O frontal é deslocado no sentido cefálico;

• A glabela e sutura metópica se deslocam anteriormente;

• Os processos zigomáticos se deslocam nos sentidos posterior, medial e cefálico;

• Bregma é deslocado cefalicamente.

1.9.4 – Testes das suturas do frontal

Quando o avaliador realiza a ausculta do temporal e encontra restrição de seus


movimentos fisiológicos, o próximo passo seria analisar as suturas relacionadas a esse osso:

ü Sutura coronal (visto na apostila de parietais – crânio 3)

ü Sutura esfenofrontal (visto na apostila de esfenoide – crânio 3)

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ü Sutura frontoetmoidal (será visto no capítulo do etmoide)

ü Sutura frontomaxilar

ü Sutura frontozigomática

ü Sutura frontonasal

ü Sutura frontolacrimal

ü Sutra metópica

1.9.4.1 – Testes das suturas frontomaxilar, frontozigomática, frontonasal e frontolacrimal

Os testes de mobilidade específicos desses ossos que se articulam com o frontal (maxilas,
zigomáticos, nasais e lacrimais) serão descritos nos próximos capítulos. Quando o avaliador
encontra restrição de mobilidade do osso frontal, seja no teste de mobilidade global ou mesmo na
ausculta específica do frontal, agregado à restrição de mobilidade de um ou mais desses ossos
que se articulam a ele, existe a probabilidade de que a(s) sutura(s) entre esses ossos estejam
restritas, em disfunção. Para confirmar essa disfunção é necessário realizar a palpação da sutura
para analisar parâmetros como sensibilidade e densidade. Quando uma sutura se encontra em
disfunção, a mesma se apresenta mais sensível e densa à palpação.

Por exemplo:

Nos testes de mobilidade geral e na ausculta, o avaliador percebeu a restrição do frontal


especialmente ao lado direito. Além disso, também encontrou a perda da mobilidade da maxila
direita nos testes globais e específicos da própria maxila. Nesse caso o próximo passo deveria ser
a palpação da sutura frontomaxilar direita, comparando a sensibilidade e densidade da mesma
com a mesma sutura do lado oposto e também com outras suturas vizinhas, para que se possa
confirmar a restrição sutural verdadeira.

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1.9.4.2 – Teste da sutura metópica

Inicialmente é necessário reconhecer que essa sutura pode se fundir completamente no


primeiro ano de vida, mas também pode estar presente de maneira completa ou incompleta
durante toda a vida. Ou seja, quando o frontal é avaliado deve-se levar em consideração essa
possibilidade.

Também é importante lembrar a relação que essa eventual sutura tem com os seios
paranais do frontal e com a foice do cérebro.

Sua palpação deve ser feita desde a região do nasio até a região de bregma, e pode ser
percebida facilmente em muitos indivíduos. A percepção deve levar em consideração:

- seu formato

- presença de sobreposição

- sensibilidade tátil (alodinia ou hiperalgesia)

- densidade, elasticidade e resiliência

Quando o avaliador percebe indícios de uma região disfuncional, pode agregar um


simples teste que impõe tensões mecânicas em afastamento dos “hemi-frontais” como mostra as
imagens abaixo, onde o avaliador usa um contato mais específico com seus polegares cruzados
ou um contato mais amplo com as polpas dos dedos.

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1.10 – Técnicas de tratamento para o frontal

1.10.1 - Técnica de liberação da sutura frontomaxilar

Paciente em decúbito dorsal e osteopata sentado no lado oposto da disfunção. A mão


cefálica toma contato no frontal:

• Polegar no processo zigomático contrário à disfunção;

• Dedo indicador ou médio no processo zigomático do mesmo lado da disfunção


(contralateral ao Fisioterapeuta).

A mão caudal toma contato com o indicador no processo frontal da maxila, próximo à
sutura frontomaxilar. O restante dos dedos repousa sobre a face do paciente.

Tomados os devidos contatos, o osteopata deve deslocar o indicador da mão caudal


(maxilar) na direção caudal, enquanto a mão cefálica mantém o polegar como ponto fixo para
que o indicador ou médio desloque o processo zigomático no sentido anterior até atingir a
barreira sutural.

Esta posição é sustentada e agravada progressivamente conforme o osteopata perceba a


adaptação e liberação tecidual.

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1.10.2 - Técnica de liberação da sutura frontomaxilar 2

Esta técnica é uma variável da descrita acima, que também pode ser utilizada para liberar a
sutura entre e região inferomedial do osso frontal com o ramo ascendente da maxila.

Paciente em decúbito dorsal. Osteopata em pé ao lado contrário ao que será tratado. A mão
caudal toma um contato pisiforme no arco supraciliar do frontal. Esse contato deve ser cuidadoso
para não despertar pressão excessiva sobre a emergência cutânea do ramo oftálmico do nervo
trigêmeo no foram supraorbitário. A mão superior toma contato pisiforme na eminência canina
da maxila.

O osteopata deve baixar seu centro de gravidade para horizontalizar seus antebraços.
Tomados os devidos contatos, o osteopata deve impor a tensão mecânica até sua barreira
separando os contatos. Quando atinge a barreira, é necessário sustentar e acentuar a tensão
mecânica conforme os tecidos se adaptem as restrições sejam liberadas.

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1.10.3 - Técnica de liberação da sutura coronal

Essa técnica é uma variável da correção a mobilidade dessa sutura. Na apostila referente
ao osso parietal (crânio 3) foi descrita outra abordagem que levava em consideração a
mobilidade fisiológica do osso parietal relacionado.

O paciente fica em decúbito dorsal com a cabeça rodada para o lado oposto à disfunção.
O osteopata deve estar sentado atrás da cabeça do paciente.

A mão anterior toma contato global sobre o frontal, deixando seus dedos indicador e
médio anteriormente à sutura coronal. A mão posterior toma contato global sobre o osso parietal,
com os dedos indicador e médio no parietal, posteriormente à sutura coronal.

Tomados os devidos contatos, o osteopata deve impor uma tensão exc6entrica sobre a
sutura até atingir a barreira tecidual. Deve focar suas tensões nas áreas mais restritas da sutura.
Esta tensão sutural é mantida até que se perceba os sinais de liberação tecidual.

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Osteopatia Craniana 4

1.10.4 - Técnica de liberação da sutura metópica

O paciente fica em decúbito dorsal e o osteopata deve estar sentado atrás da cabeça do
paciente.

É possível utilizar dois tipos de contatos:

ü Mais localizado - polegares cruzados sobre a sutura metópica tomando contato com o
hemifrontal do lado oposto. O resto das mãos repousa sobre o crânio do paciente.

ü Mais amplo - polpas dos dedos (indicador, médio, anular e mínimo) em cada hemifrontal
lateralmente à sutura metópica.

A técnica consiste em impor tensão mecânica no sentido do afastamento da sutura


metópica. Esta tensão sutural deve ser mantida até que se perceba os sinais de liberação tecidual,
e a redução de eventuais zonas de alodinia.

1.10.5 – Técnica de lift do frontal

A técnica de lift do frontal é considerada uma técnica membranosa que afeta especialmente
a foice do cérebro.

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Paciente em decúbito dorsal. Osteopata sentado na altura da cabeça do paciente voltado


para seus pés, com seus antebraços apoiados e relaxados sobre a maca. As mãos tomam os
contatos:

- palmas nas eminências do frontal,

- dedos indicador e médio no pilar interno,

- dedos anular e mínimo no pilar externo (processo zigomátco),

- polegares cruzados.

A técnica deve respeitar os seguintes passos:

1. Inicialmente os dedos indicadores devem realizar leve pressão posterior na região da sutura
metópica do osso frontal com a proposta de reduzir as tensões anteroposteriores sobre a
foice do cérebro.

2. Exercer pressão medial sobre os processos zigomáticos do osso frontal para liberar tensões
em relação ao esfenoide e parietais.

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Osteopatia Craniana 4

3. A fase de elevação (lift) deve ser feita levando o frontal no sentido do teto até a barreira
sutural e membranosa, utilizado os cotovelos como alavanca. Essa condição de elevação
deve ser sustentada por tempo indeterminado até que se percebam indícios de liberação
tecidual e fluidez na mobilidade inerente do frontal.

*As técnicas membranosas podem ser potencializadas no contexto da cadeia fascial


neuromeníngea – mantendo a tensão enquanto o paciente respira amplamente e realiza flexão
dorsal dos tornozelos na inspiração e flexão plantar na expiração.

1.10.6 - Técnica de desencaixe do frontal

Essa técnica também é considerada uma técnica membranosa que afeta especialmente a
foice do cérebro.

Paciente em decúbito dorsal. Osteopata sentado na altura da cabeça do paciente voltado


para seus pés.

Tomar contato bilateral com os pisiformes nos processos zigomáticos do frontal (pilares
externos). Os dedos devem estar cruzados e o restante da mão envolvendo o frontal.

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Osteopatia Craniana 4

Inicialmente o osteopata exerce uma pressão medial com os pisiformes e mantem essa
pressão até que as tensões sejam simétricas. Em seguida leva o frontal na direção anterior até
atingir as barreiras suturais e membranosas.

Essa condição de elevação deve ser sustentada por tempo indeterminado até que se
percebam indícios de liberação tecidual e fluidez na mobilidade inerente do frontal.

*As técnicas membranosas podem ser potencializadas no contexto da cadeia fascial


neuromeníngea – mantendo a tensão enquanto o paciente respira amplamente e realiza flexão
dorsal dos tornozelos na inspiração e flexão plantar na expiração.

1.10.7 - Técnica de correção da disfunção em flexão/rotação externa do frontal

Após corrigir eventuais restrições a nível sutural ou até mesmo interósseas (visto em
pediatria), o osteopata pode abordar o frontal com o intuito de reorganizar sua mobilidade
fisiológica, em flexão/rotação externa e extensão/rotação interna.

Essas técnicas podem ser aplicadas de forma direta, indireta, ou até mesmo combinada
seguindo os princípios de W. G. Sutherland (1ª fase indireta e 2ª fase direta).

Para realizar a correção de uma disfunção em rotação externa de forma direta, ou seja,
levar o frontal no sentido da rotação interna:

Paciente em decúbito dorsal. Osteopata sentado atrás da cabeça do paciente, voltado para
seus pés.

Posicionar cada um de suas mãos sobre cada hemifrontal:

• Palmas das mãos sobre as eminências frontais.

• Dedos indicadores e médios na linha média da escama do frontal, de tal forma que os
indicadores se toquem sobre a sutura metópica;

• Dedos anulares na face externa dos processos zigomáticos do frontal acompanhados dos
dedos mínimos;

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• Polegares se tocando ou se cruzando.

Tomados os devidos contatos, o osteopata deve induzir o frontal a condição de


extensão/rotação interna:

• Os indicadores relaxam a tensão sobre a sutura metópica;

• Os dedos anulares levam os processos zigomátcos nos sentidos posterior e medial.

• As mãos levam o frontal como um todo no sentido cefálico.

Esta posição é sustentada e agravada progressivamente conforme os tecidos se adaptem e


permitam a imposição de novas barreiras. A técnica é finalizada quando o osteopata percebe o
relaxamento tecidual e na reavaliação o frontal apresenta a restauração da simetria das duas fases
de movimentos fisiológicos.

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1.10.8 - Técnica de correção da disfunção em extensão/rotação interna do frontal

Essas técnicas podem ser aplicadas de forma direta, indireta, ou até mesmo combinada
seguindo os princípios de W. G. Sutherland (1ª fase indireta e 2ª fase direta).

Para realizar a correção de uma disfunção em rotação interna de forma direta, ou seja, levar
o frontal no sentido da rotação interna:

Paciente em decúbito dorsal. Osteopata sentado atrás da cabeça do paciente, voltado para
seus pés.

Posicionar cada um de suas mãos sobre cada hemifrontal:

• Palmas das mãos sobre as eminências frontais.

• Dedos indicadores e médios na linha média da escama do frontal, de tal forma que os
indicadores se toquem sobre a sutura metópica;

• Dedos anulares na face externa dos processos zigomáticos do frontal acompanhados dos
dedos mínimos;

• Polegares se tocando ou se cruzando.

Tomados os devidos contatos, o osteopata deve induzir o frontal a condição de


flexão/rotação externa:

• Os indicadores impõem tensão posterior sobre a sutura metópica;

• Os dedos anulares levam os processos zigomátcos nos sentidos anterior e lateral.

• As mãos levam o frontal como um todo no sentido caudal.

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Osteopatia Craniana 4

Esta posição é sustentada e agravada progressivamente conforme os tecidos se adaptem e


permitam a imposição de novas barreiras. A técnica é finalizada quando o osteopata percebe o
relaxamento tecidual e na reavaliação o frontal apresenta a restauração da simetria das duas fases
de movimentos fisiológicos.

2 - MAXILA

2.1 – Anatomia óssea

As maxilas ou maxilares são ossos pares que compõem as cavidades oral, orbitária e
nasal. Alojam os dentes superiores e apresentam grandes seios paranasais, que são os mais
acometidos em casos de sinusites. Apresentam relação direta com o sistema mastigador e são
vulneráveis a traumas na face.

CORPO

• Forame Infra-Orbitário

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• Face Orbital

• Seio Maxilar

Processos

• Frontal

• Zigomático

• Alveolar

• Palatino

Vista lateral da maxila direita. Sobotta, 2018.

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2.2 – Maxilas ao nascimento

O tamanho do crânio é desproporcional ao resto do corpo ao nascimento, e o neurocrânio


tem dimensões muito maiores que o viscerocrânio. O pequeno volume do esqueleto facial do
recém-nascido deve-se às maxilas e mandíbula não-evoluídas, à ausência dos dentes e à
imaturidade dos seios paranasais e cavidade nasal (Sergueef, 2007). O neurocrânio cresce
rapidamente desde o nascimento até os 7 anos de vida. Com 5 anos de vida o tamanho do
esqueleto facial tem cerca de metade do tamanho do adulto. A segunda fase do crescimento do
esqueleto facial ocorre da puberdade até a vida adulta (3ª década de vida). Os seios paranasais do
osso frontal somente alcançam o crescimento completo aos 15 anos. Além dos fatores genéticos,
o desenvolvimento morfológico (morfogênese) da face é influenciado por fatores epigenéticos –
sucção, deglutição, mastigação, fala, tipo de respiração (Sergueef, 2007). As forças mecânicas
são transmitidas e agem diretamente na síntese e absorção celular, influenciando o crescimento e
desenvolvimento do esqueleto durante toda a vida.

2.3 – Relações articulares

Cada maxila se articula com:

• Maxila do lado oposto – sutura intermaxilar

• Dentes – gonfoses

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Vista inferior do palato duro. Sobotta, 2018.

• Etmóide

• Zigomático

• Lacrimal

• Esfenoide

Vista superior da cavidade orbitária esquerda. Sobotta, 2018.

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• Vômer

• Palatino

• Conchas nasais

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• Frontal

• Mandíbula – contato dos dentes

2.4 – Relações com as meninges

Não existe relação direta das membranas com este osso.

2.5 – Fixações musculares

ü Pterigóide medial

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ü Masseter

ü Bucinador

ü Outros músculos da expressão facial – orbicular da boca, depressor do ângulo da boca,


elevador do lábio superior, elevador do ângulo da boca, risório, nasal.

2.6 – Outras relações

Ø Dentes – ATM.

Ø Seios paranasais.

Ø A emergência cutânea do segundo ramo do trigêmeo (maxilar) atravessa o forame


infraorbital localizado neste osso.

Ø Múltiplas articulações com outros ossos e vulnerabilidade ao trauma.

2.7 – Fisiologia dos movimentos das maxilas

2.7.1 – Eixos de movimento

As maxilas são ossos periféricos que realizam movimentos de rotação interna e externa
durante o IRC. Estes movimentos são paralelos aos movimentos do frontal e também são
influenciados pelos movimentos do esfenoide.

Sua mobilidade ocorre através de dois eixos verticais que passam pelos ramos ascendentes
destes ossos (demonstrados na figura abaixo).

2.7.2 – Movimentos das maxilas

Durante a fase de flexão do IRC, as maxilas realizam os movimentos:

• O ramo ascendente se horizontaliza, e sua parte superior retrocede acompanhando o


frontal;

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• A arcada dental se abre em sua parte posterior;

• A linha média dos incisivos se junta e retrocede;

• O arco dental se inclina para baixo e para fora, se alargando;

• A influência do esfenoide sobre o vômer durante a flexão determina a descida do palato


duro, principalmente em sua parte posterior.

Durante a extensão, as maxilas realizam o retorno destes movimentos.

Mobilidade das maxilas. Liem, 2004.

2.8 – Disfunções das maxillas

O palato alto com o alinhamento vertical dos processos frontais das maxilas,
normalmente é acompanhado com a cavidade nasal estreita e distúrbios do septo nasal.

As seguintes sutras podem ser afetadas pelas disfunções maxilares:

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ü Sutura frontomaxilar

ü Sutura etmoidomaxilar

o Disfunções da maxila geralmente influenciam diretamente a mobilidade do


etmoide e consequentemente da SEB.

ü Sutura zigomáticomaxilar

o Disfunções nessa sutura podem ser causadas por traumas na face ou espasmos do
músculo masseter. Podem estar reacionadas a distúrbios orbitais e/ou sinusites.

ü Sutura lacrimomaxilar

ü Sutura palatina transversa

ü Sutura palatomaxilar

ü Sutura nasomaxilar

ü Sutura vomeromaxilar

2.8.1 – Disfunções em flexão/extensão

Podem ocorre de forma uni ou bilateral.

Podem ser:

ü Primárias ou de desenvolvimento.

ü Traumáticas: hábitos de mastigação, extrações dentais, traumas diretos, etc.

ü Secundárias – disfunções de outros ossos.

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DISFUNÇÃO EM FLEXÃO:

- fossa nasal e órbitas maiores.

- palato duro largo e baixo.

Dentes separados e problemas de oclusão.

Flexão das maxilas

DISFUNÇÃO EM EXTENSÃO

- fossa nasal e órbitas estreitas.

- palato duro alto e estreito.

- dentes aproximados e problemas de oclusão.

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Extensão das maxilas

2.8.2 – Lateral Strain e torção esfenomaxilar

Estas disfunções podem ocorre isoladamente ou acompanhadas das disfunções de flexão-


extensão das maxilas.

A disfunção de lateral strain ocorre de forma traumática, com mecanismo lateral


envolvido na mecânica do trauma.

Lateral strain direito esfenomaxilar

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Já a torção esfenomaxilar ocorre de maneira adaptativa, assim como na SEB. É sempre


importante analisar essa possibilidade quando o esqueleto facial é avaliado funcionalmente pelo
osteopata.

Torção direita esfenomaxilar - Modificado de Gehin, 2007.

2.9 – Avaliação das maxilas

A rotina da avaliação craniana foi devidamente descrita no material referente ao primeiro


módulo de crânio. Para que o avaliador realize a ausculta de um determinado osso, deve respeitar

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alguns passos que devem ser realizados previamente – palpação, testes, globais, avaliação da
SEB e etc. A ausculta específica de alguns ossos da face foi descrita no capítulo referente ao osso
frontal, e pode ser utilizada para que o avaliador perceba a mobilidade global de expansão e
retração do esqueleto facial.

2.9.1 – Inspeção visual

Tendência a flexão:

• Incisivos posicionados posteriormente e espaçados;

• Palato largo e raso.

Tendência a extensão:

• Incisivos posicionados anteriormente e juntos;

• Palato estreito e fundo.

2.9.2 – Palpação e ausculta das maxilas

Paciente em decúbito dorsal e osteopata sentado atrás da cabeça do paciente com os


contatos:

• Indicadores sobre os processos alveolares dos caninos bilateralmente;

• Dedos médios sobre a margem lateral das maxilas.

Tomados os contatos, a ausculta das maxilas pode ser feita:

- sincronizado ao IRC do paciente;

- solicitando respirações profundas + movimentos dos tornozelos:

- inspiração + flexão dorsal: flexão

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- inspiração + flexão plantar: extensão.

É necessário comparar os movimentos entre as maxilas e também as fases de flexão e


extensão. A disfunção ocorre na direção mais livre do movimento.

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2.9.3 – Teste de mobilidade global em flexão/extensão

Paciente em decúbito dorsal. Osteopata em pé ao lado da cabeça do paciente.

A mão superior toma contato no esfenoide:

• Polegar na asa maior homolateral do esfenoide;

• Indicador ou medo na asa maior contralateral do esfenoide.

A mão inferior toma contato (com luva) com o segundo e terceiro dedos na face oclusal
dos dentes maxilares bilateralmente.

A mão cefálica realiza os movimentos de flexão (direção caudal) e extensão (direção


cefálica) do esfenoide, e a mão que está em contato com as maxilas percebe aos movimentos de
flexão/extensão das maxilas, separando e juntando seus contatos respectivamente. O avaliador
também pode:

- perceber os movimentos acompanhando o IRC do paciente de maneira passiva,

- solicitar respirações profundas + movimentos dos tornozelos.

É necessário comparar os movimentos entre as maxilas e também as fases de flexão e


extensão. A disfunção ocorre na direção mais livre do movimento.

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2.9.4 – Teste de mobilidade analítico em flexão/extensão

Paciente em decúbito dorsal e osteopata em pé ao lado da cabeça do paciente, contrário à


maxila que será testada.

A mão superior toma contato no esfenoide:

• Polegar na asa maior homolateral do esfenoide;

• Indicador ou medo na asa maior contralateral do esfenoide.

A mão inferior toma os contatos na maxila intraoralmente:

• Polegar sobre a face externa da maxila (processo alveolar do canino).

• Indicador com contato na face interna da maxila (processo alveolar do canino).

A mão cefálica realiza os movimentos de flexão (direção caudal) e extensão (direção


cefálica) do esfenoide, e a mão que está em contato com as maxilas percebe aos movimentos de
flexão/extensão da maxila:

• Flexão: realizando uma pressão no sentido lateral e anterior.

• Extensão: realizando uma pressão no sentido medial e posterior.

A disfunção ocorre na direção mais livre do movimento.

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2.9.5 – Teste de mobilidade para torções e lateral strains esfenomaxilares

Paciente em decúbito dorsal. Osteopata em pé ao lado do paciente.

A mão superior toma contato no esfenoide:

• Polegar na asa maior homolateral do esfenoide;

• Indicador ou medo na asa maior contralateral do esfenoide.

A mão inferior toma contato em pinça nas maxilas:

• Polegar sobre a maxila homolateral;

• Indicador e médio sobre a maxila contralateral.

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Osteopatia Craniana 4

O avaliador deve testar os movimentos:

o Lateral strain – fixa o esfenoide com sua mão cefálica e gera cisalhamentos laterais com as
maxilas;

o Torção esfenomaxilar – gera uma concavidade (aproxima seus polegares) de um lado e


convexidade (afasta a asa maior do esfenoide da maxila) do lado oposto. O movimento

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deve ser realizado bilateralmente para que a se perceba a amplitude e fluidez dos
movimentos.

2.10 – Técnicas de tratamento das maxilas

2.10.1 – Técnica de liberação unilateral da maxila

Essa é uma técnica direta pode ser utilizada para corrigir disfunções em flexão ou extensão
da maxila.

Paciente em decúbito dorsal com a cabeça levemente rodada no sentido do osteopata, que
deve estar em pé ao lado da cabeça do paciente, contrário à maxila que será tratada.

A mão superior toma contato no frontal, sendo que o polegar repousa sobre o processo
frontal da maxila em disfunção.

A mão inferior toma os contatos:

• Polegar sobre a face externa da maxila (processo alveolar do canino),

• Dedo índice com contato na face interna da maxila,

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Inicialmente a mão superior realiza uma tensão caudal no processo frontal da maxila. A
mão inferior busca a barreira restritiva da maxila em flexão/rotação externa (processo zigomático
no sentido do teto) ou extensão/rotação interna (processo zigomático no sentido da maca). Após
encontrar a barreira, a mesma deve ser sustentada e acentuada progressivamente conforme os
tecidos permitam.

2.10.2 - Técnica de liberação bilateral das maxilas

Paciente em decúbito dorsal. Osteopata em pé ao lado da cabeça do paciente.

A mão superior toma contato no esfenoide:

• Polegar na asa maior homolateral do esfenoide;

• Indicador ou medo na asa maior contralateral do esfenoide.

A mão inferior toma contato (com luva) com o segundo e terceiro dedos na face oclusal
dos dentes maxilares bilateralmente.

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Quando as asas maiores do esfenoide são tensionadas no sentido caudal, ocorre uma
abertura entre os dedos indicador e médio da mão caudal.

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Tomados os contatos, o osteopata pode realizar a técnica de correção de maneira direta


ou indireta, respeitando os seguintes estilos:

- induzindo os movimentos aos tecidos;

- sincronizado ao IRC do paciente;

- solicitando respirações profundas + movimentos dos tornozelos.

2.10.3 – Técnica de liberação da extensão/rotação interna das maxilas

O objetivo dessa técnica direta é liberar as maxilas, acentuando sua mobilidade em


flexão/rotação externa de maneira bilateral. O paciente fica em decúbito dorsal e o osteopata
sentado atrás da cabeça do paciente.

Os polegares tomam contato nos ossos zigomáticos. Os indicadores tomam contato


intrabucal (com luva) na face interna das maxilas.

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Osteopatia Craniana 4

A técnica é feita inicialmente fixando os zigomáticos com os dedos indicadores, e em


seguida o osteopata deve levar seus dedos indicadores nos sentidos anterior e lateral, induzindo a
flexão/rotação externa das maxilas. A barreira deve ser sustentada e acentuada conforme os
tecidos se adaptem, até que osteopata perceba a liberdade da restrição.

2.10.4 - Técnica de elevação e separação das maxilas (lift and spread)

Esta técnica direta busca liberar a mobilidade das maxilas de maneira global, sem levar
em consideração a flexão/extensão fisiológica durante o IRC.

O paciente fica em decúbito dorsal e o osteopata sentado na altura da cabeça do paciente


com os contatos:

• Polegares extraoralmente sobre os processos alveolares das maxilas voltados no


sentido medial de tal forma que se toquem;

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Osteopatia Craniana 4

• Dedos indicadores intraoralemente na face palatina dos processos alveolares das


maxilas.

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A técnica é realizada com os contatos impondo uma tração caudal, lateral e anterior nas
maxilas. Esta posição deve ser sustentada até que o osteopata perceba a liberação de mobilidade
bilateral das maxilas, que pode ocorre em momentos distintos.

2.10.5 - Técnica de correção da flexão/rotação externa das maxilas

Paciente em decúbito dorsal e osteopata sentado atrás da cabeça do paciente com os


contatos:

• Indicadores sobre os processos alveolares das maxilas;

• Dedos médios nas regiões póstero-lateral das maxilas.

É uma técnica direta na qual o osteopata deve inicialmente afastar seus indicadores para
impor tensão entre as maxilas, e em seguida deve impor uma tensão medial a posterior com os
dedos médios para levar as maxilas em rotação interna.

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Osteopatia Craniana 4

Esta posição deve ser sustentada pelo tempo necessário para que o osteopata perceba a
liberação da mobilidade de maneira bilateral das maxilas no sentido da extensão/rotação interna.

2.10.6 – Técnica direta de liberação lateral strain esfenomaxilar

Paciente em decúbito lateral, deitado sobre o lado do lateral strain esfenomaxilar.


Osteopata em pé, atrás da cabeça do paciente, no lado oposto à disfunção.

A mão superior toma contato com a mão espalmada na face lateral do crânio do paciente
que está em contato com a maca, sendo que a asa maior do esfenoide repousa na polpa de seus
dedos.

A mão inferior toma contato com a borda ulnar da mão sobre a maxila que está voltada
para o teto. O tronco do osteopata repousa sobre sua mão inferior.

O osteopata de realizar a técnica fixando a asa maior do esfenoide com sua mão superior
e levando a maxila no sentido medial com sua mão inferior. A barreira deve ser sustentada e
acentuada conforme os tecidos permitam.

Técnica de correção de lateral strain direito esfenomaxilar

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2.10.7 – Técnica para correção de lateral strain esfenomaxilar

Essa técnica direta busca liberar as tensões laterais sobre a relação entre o esfenoide e as
maxilas.

Paciente em decúbito dorsal. Osteopata em pé ao lado do paciente.

A mão superior toma contato no esfenoide:

• Polegar na asa maior homolateral do esfenoide;

• Indicador ou medo na asa maior contralateral do esfenoide.

A mão inferior toma contato em pinça nas maxilas:

• Polegar sobre a maxila homolateral;

• Indicador e médio sobre a maxila contralateral.

Para realizar a técnica, o osteopata deve buscar a barreira motriz levando o esfenoide e as
maxilas em cisalhamento nos sentidos opostos. Encontrada a barreira, o osteopata deve sustentar
e progredir de maneira progressiva até perceber a liberação da mobilidade.

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2.10.8 – Técnica de correção para torção esfenomaxilar

Essa técnica direta busca liberar as tensões em torção sobre a relação entre o esfenoide e as
maxilas.

Paciente em decúbito dorsal. Osteopata em pé ao lado do paciente.

A mão superior toma contato no esfenoide:

• Polegar na asa maior homolateral do esfenoide;

• Indicador ou medo na asa maior contralateral do esfenoide.

A mão inferior toma contato em pinça nas maxilas:

• Polegar sobre a maxila homolateral;

• Indicador e médio sobre a maxila contralateral.

Para realizar a técnica, o osteopata deve buscar a barreira motriz produzindo uma
concavidade de um lado e convexidade do lado oposto. Encontrada a barreira, o osteopata deve
sustentar e progredir de maneira progressiva até perceber a liberação da mobilidade.

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3 - ETMOIDE

3.1 – Anatomia óssea

O etmoide é um pequeno osso ímpar situado na parte anterior do crânio. É um dos ossos
cranianos que apresenta uma cavidade oca: um seio paranasal. Pode ser considerado um
componente importante em virtude das conexões que apresenta com o esfenoide e com os ossos
do viscerocrânio (maxilas, frontal, lacrimais e palatinos). Também é necessário levar em
consideração a fixação da foice do cerebelo na crista galli do etmoide, ou seja, sua relação direta
com as fáscias meníngeas.

Durante o IRC, o etmoide é submetido a tensões membranosas de tal forma que sua
dinâmica ocorra numa direção oposta ao esfenoide. A articulação entre esses dois ossos é
comparada a uma engrenagem, assim como a SEB.

Anatomicamente apresenta quatro partes: uma lâmina horizontal (crivosa), uma lâmina
perpendicular e duas massas laterais (labirintos).

Lâmina Horizontal (Crivosa)

• Crista Galli - proeminência triangular na linha média;

• Forames Olfatórios – lateralmente à crista Galli, dá passagem aos nervos olfatórios;

Lâmina Perpendicular

• Forma a parede mediana do septo nasal;

Massas Laterais (Labirinto)

• Processo Uncinado;

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• Concha nasal superior;

• Concha nasal média.

Sobotta, 2018.

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3.2 – Etmoide ao nascimento

O osso etmoide é derivado da cápsula cartilaginosa nasal. Ao nascimento, os labirintos


(massas laterais) são ossificados de maneira incompleta. O centro de ossificação da lâmina
perpendicular e da crista galli aparecem durante o primeiro ano de vida na porção superior do
septo cartilaginoso nasal. A união entre a lâmina perpendicular e as massas laterais ocorre
somente no sexto ano de vida (Sergueef, 2007).

3.3 – Relações articulares

• Sutura esfenoetmoidal

• Sutura vomeretmoidal

• Sutura frontoetmoidal

Sobotta, 2018.

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• Sutura etmoidonasal

• Sutura etmoidolacrimal

• Sutura palatoetmoidal

• Sutura etmoideomaxilar

• Sutura etmoidoconchal

Sobotta, 2018.

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Osteopatia Craniana 4

Sobotta, 2018.

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Sobotta, 2018.

3.4 – Relações com as meninges

A foice do cérebro se fixa diretamente na crista galli do etmóide.

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3.5 – Fixações musculares

Não existem.

3.6 – Outras relações

Ø O nervo olfatório (I) atravessa a lâmina crivosa do etmoide, e chega ao bulbo olfatório na
cavidade nasal para transmitir a sensação especial do olfato.

Ø Este osso responde indiretamente às disfunções dos ossos vizinhos e também pelas
tensões das membranas.

Ø Não existe forma de ter contato direto com este osso, mas é possível perceber sua
mobilidade e abordá-la através de contatos aplicados em outros ossos – frontal, maxilas,
vômer e esfenoide.

Netter, 2015.

COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 73


Osteopatia Craniana 4

3.7 – Fisiologia dos movimentos do etmóide

3.7.1 – Eixos de movimento

Este osso ímpar que se encontra na linha central do crânio, apresenta sua mobilidade que
ocorre através de um eixo transversal que passa pela lâmina vertical do próprio osso.

3.7.2 – Movimentos do etmoide

A mobilidade do etmoide é muito influenciada pelas tensões membranosas que ocorrem


durante o IRC, especificamente da foice do cérebro que se fixa nele.

A mobilidade do occipital durante a fase de flexão do IRC faz com que a fixação da foice
do cérebro seja tensionada nos sentidos posterior e inferior. Esta tensão se propaga por toda a
foice até a crista galli do etmoide, tracionando a mesma no sentido superior. A resultante de tal
tensão membranosa é um uma rotação posterior do etmoide na fase de flexão ou expansão.

Na fase de extensão do IRC acontece uma diminuição da tensão membranosa, e o etmoide


faz um movimento de rotação anterior.

Flexão do etmoide - Liem, 2004 (esquerda) e Gehin, 2007 (direita)

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Osteopatia Craniana 4

3.8 - Disfunções do etmoide

• Sutura esfenoetmoidal

• Sutura etmoidonasal

• Sutura etmoidomaxilar

• Sutura palatoetmoidal

• Sutura etmoidolacrimal

• Sutura vomeroetmoidal

• Sutura frontoetmoidal

3.9 – Diagnóstico do etmoide

Para que julgue necessário avaliar a mobilidade do etmoide, o osteopata pode:

ü Estar direcionado por algum sintoma específico (sinusite, alteração olfatória);

ü Propor a avaliação tendo a cadeia neuromeníngea ;

ü Considerar avaliação de mobilidade realizada de macro a micro - e teste globais que


direcionam para a região do etmoide. A ausculta global dos ossos da face (descrito no
frontal) também pode direcionar uma restrição profunda na linha média do crânio, na
região do nasio.

3.9.1 – Teste de mobilidade do etmoide

O objetivo deste teste é detectar restrições de mobilidade do etmoide nos movimentos de


flexão/extensão. Paciente em decúbito dorsal e osteopata sentado na altura da cabeça do paciente
voltado para seus pés. A mão superior toma contato nas asas maiores do esfenoide.

A mão inferior toma contato (com luva):

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Osteopatia Craniana 4

• Polegar intrabucal no palato duro, na sutura cruciforme.

• Indicador sobre a glabela do frontal.

Contato intraoral para o teste de mobilidade do etmoide. Liem, 2004.

O avaliador deve induzir os movimentos de flexão (asas maiores no sentido caudal) e


extensão (asas maiores no sentido cefálico) do esfenoide, enquanto percebe as reações do
etmoide.

• Na flexão: o indicador percebe a redução da pressão pois a foice é tensionada


posteriormente, enquanto o polegar na sutura cruciforme é tensionado na direção caudal;

• Na extensão: o indicador posicionado sobre a glabela é tensionado anteriormente, enquanto


o polegar na sutura cruciforme é tensionado na direção cefálica.

O teste pode ser feito solicitando respirações profundas e movimentos dos tornoelos para
potencializar os movimentos.

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Osteopatia Craniana 4

3.9.2 - Contato alternativo para testar a mobilidade do etmoide

Paciente em decúbito dorsal e osteopata sentado na altura da cabeça do paciente voltado


para seus pés. A mão superior toma contato nas asas maiores do esfenoide.

A mão inferior toma contato:

• Dedo médio na sutura frontonasal.

• Indicador sobre a glabela do frontal.

O osteopata deve induzir os movimentos de flexão e extensão do esfenoide enquanto:

• Na flexão o indicador é deslocado posteriormente e o dedo médio anteriormente;

• Na extensão o indicador é deslocado anteriormente e o dedo médio posteriormente.

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Osteopatia Craniana 4

3.10 – Técnicas de tratamento para o etmoide

3.10.1 – Técnica de liberação do etmoide

Paciente em decúbito dorsal, e osteopata sentado na altura da cabeça do paciente voltado


para seus pés.

A mão superior toma contato nas asas maiores do esfenoide.

A mão inferior toma contato (com luva):

- polegar intrabucal no palato duro, na sutura cruciforme.

- segundo dedo sobre a glabela do frontal.

O osteopata inicialmente deve reconhecer a restrição de mobilidade induzindo a flexão e


extensão do esfenoide e sentindo o padrão de movimento do etmoide:

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Osteopatia Craniana 4

- Flexão do esfenoide (asas maiores no sentido caudal): reduz a pressão no contato da glabela
(pois a foice a tensiona posteriormente) e aumenta a pressão caudal no polegar;

- Extensão do esfenoide: reduz a pressão no polegar que está na sutura cruciforme e aumenta a
pressão no sentido anterior na região da glabela.

Quando existe uma disfunção, uma das fases do mecanismo estará com perda da
mobilidade e aumento da resistência em sua barreira.

O osteopata pode então aplicar técnica:

• Direta: levando o esfenoide e etmoide no sentido da barreira e solicitar respiração profunda


e movimentos dos tornozelos para potencializar a técnica;

• Indireta: levar o esfenoide e etmoide no sentido da facilidade buscando o still point e


aguardando a s respostas intrínsecas de liberação das tensões;

• Combinada (Sutherland): primeiro fazer a fase indireta e depois a direta da técnica.

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Osteopatia Craniana 4

3.10.2 - Técnica de drenagem do seio etmoidal

Paciente em decúbito dorsal, e osteopata sentado na altura da cabeça do paciente voltado


para seus pés.

A mão superior toma contato nas asas maiores do esfenoide.

A mão inferior toma contato (com luva):

• Indicador na sutura intermaxilar;

• Médio na sutura interpalatina.

A técnica é realizada com a mão cefálica induzindo o movimento de flexão do esfenoide,


de maneira lenta e progressiva. Nesse mesmo momento o osteopata deve realizar uma tensão
cefálica com seus dedos da mão caudal. Com essa tensão imposta pelos dedos da mão caudal, o
etmoide recebe uma imposição de realizar uma extensão via osso vômer. Dessa forma o etmoide
recebe tensões em direções opostas: flexão pelo esfenoide e extensão pelos maxilares e palatinos.
A técnica é feita de forma rítmica de tal forma que o osteopata chega à um estado de tensão e em
seguida relaxa, para realizar um efeito pneumático de bombeamento sobre o etmoide.

Contato intraoral para a técnica de drenagem do seio etmoidal. Liem, 2004.

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Osteopatia Craniana 4

4 - PALATINOS

4.1 – Anatomia óssea

São pequenos ossos pares que formam a parte posterior do palato duro. Também faz parte
do assoalho e parte lateral da cavidade nasal e o assoalho da cavidade orbitária.

Cada palatino é constituído por uma parte vertical e outra horizontal e apresenta 3
processos: piramidal, orbital e esfenoidal.

Parte Horizontal

Apresenta duas faces e três bordas:

• Face Nasal - assoalho da cavidade nasal;

• Face Inferior (Palatina) - parte do palato duro;

• Borda Anterior - articula-se com a maxila;

• Borda Posterior - inserção do palato mole e úvula

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Osteopatia Craniana 4

• Borda Medial - articula-se com o palatino do lado oposto

Parte Vertical

Apresenta duas faces e quatro bordas:

• Face Nasal - articula-se com a concha nasal inferior e média;

• Face Maxilar - articula-se com a maxila;

• Borda Anterior - fina e irregular;

• Borda Posterior - articula-se com o esfenoide;

• Borda Superior - articula-se com o corpo do esfenóide;

• Borda Inferior.

Processos

• Processo Piramidal - articula-se com a maxila;

• Processo Orbital - articula-se com a maxila, esfenóide, etmóide. Forma parte do assoalho
da órbita;

• Processo Esfenoidal - articula-se com o osso esfenoide.

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Osteopatia Craniana 4

Vista posterior do palatino direito. Netter, 2015.

4.2 – Relações articulares

Os palatinos se articulam com:

• Maxila

• Palatino oposto

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Osteopatia Craniana 4

Sobotta, 2018

• Conchas nasais

• Esfenoide - processo pterigóide

• Etmóide

Netter, 2015.

COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 84


Osteopatia Craniana 4

• Vômer

Sobotta, 2018.

4.3 – Relações com as meninges

Não existe relação direta com as meninges cranianas.

4.4 – Fixações musculares

ü O músculo pterigóide medial é o único que apresenta fixações importantes sobre este osso.

COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 85


Osteopatia Craniana 4

4.5– Fisiologia dos movimentos dos palatinos

4.5.1 – Eixos de movimento

Este osso par é atravessado por eixos dinâmicos em distintos planos que permitem os
movimentos de flexão/rotação externa e extensão/rotação interna. Os movimentos são
sincrônicos com os movimentos do esfenoide, seguindo o corpo e os processos pterigoides do
mesmo.

4.5.2 – Movimentos dos palatinos

Durante a flexão craniana, o palatino realiza os seguintes movimentos:

• Os processos piramidais se deslocam para baixo e para trás, junto com os processos
pterigoides do esfenoide;

• Os processos orbitários e esfenoidais do palatino se dirigem para baixo seguindo o corpo


do esfenoide.

A parte posterior do palato duro e a sutura interpalatina descem, seguindo o movimento do


vômer.

Durante o movimento de extensão/rotação interna ocorre o retorno destes movimentos.

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Osteopatia Craniana 4

Vista posterior do palatino direito na fase de FLEXÃO do IRC, Liem, 2005.

4.6 - Disfunções do palatino

As disfunções do palatino podem afetar sua relação com distintos ossos nas suturas:

ü Sutura esfenopalatina

ü Sutura transversa palatina

ü Sutura mediana palatina

ü Sutura maxilopalatina

ü Sutura vomeropalatina

ü Sutura palatoetmoidal

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Osteopatia Craniana 4

4.7 - Diagnóstico dos palatinos

A rotina da avaliação craniana foi devidamente descrita no material referente ao primeiro


módulo de crânio. Para que o avaliador realize a ausculta de um determinado osso, deve respeitar
alguns passos que devem ser realizados previamente – palpação, testes, globais e etc.

4.7.1 - Acesso visual e palpatório

• Palato rebaixado/plano: maxila e palatino em flexão/rotação externa;

• Palato elevado/afundado: maxila e palatino em extensão/rotação interna;

• Palato elevado ou rebaixado unilateralmente: torção ou SBR da sincondrose esfenobasilar


ou esfenomaxilar (será vista no próximo referente à maxila).

A palpação estática é apenas o primeiro passo no processo de diagnóstico funcional


tecidual, e somente esse passo não é considerado definitivo no diagnóstico. Deve ser agregada a
outras condições, como a percepção de densidade, sensibilidade, mobilidade e etc.

4.7.2 – Teste de mobilidade dos palatinos

Paciente em decúbito dorsal, osteopata sentado ao seu lado.

A mão superior toma o contato nas asas maiores do esfenoide:

• Polegar sobre a asa maior do esfenoide do mesmo lado;

• Dedo indicador ou médio na asa maior do lado contrário.

A mão inferior toma contato intrabucal (com luva) com o dedo índice sobre um dos
palatinos (lâmina horizontal), posteriormente à sutura cruciforme.

A ausculta dos palatinos pode ser feita:

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Osteopatia Craniana 4

- sincronizado ao IRC do paciente;

- induzindo ativamente os movimentos de flexão/extensão;

- solicitando respirações profundas + movimentos dos tornozelos:

- inspiração + flexão dorsal: flexão

- inspiração + flexão plantar: extensão.

A mão superior percebe as fases de flexão/extensão do esfenoide, com o descenso e


elevação das asas maiores respectivamente, enquanto a mão inferior percebe os movimentos de
descida (flexão) e subida (extensão) da lâmina horizontal do palatino.

4.8 - Técnicas de tratamento para os palatinos

4.8.1 - Técnica de liberação da sutura interpalatina

O paciente fica em decúbito dorsal e o osteopata se encontra em pé ao lado da cabeça do


paciente. A mão cefálica toma contato no esfenoide:

• Polegar na asa maior homolateral do esfenoide;

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Osteopatia Craniana 4

• Indicador ou médio na asa maior contralateral.

A mão caudal toma contato com os dedos indicador e médio intraoralmente, um dedo em
cada lâmina horizontal do palatino.

Inicialmente o osteopata deve afastar os contatos da mão caudal para colocar a sutura em
tensão. Num segundo momento deve buscar os movimentos de flexão e extensão do esfenoide
com sua mão cefálica acompanhando os movimentos dos palatinos com a mão caudal. Quando é
encontrado o ponto de quietude (still point) na área de interesse, é necessário manter nessa
posição até que se perceba os sinais de liberação tecidual.

4.8.2 – Técnica de liberação dos palatinos

Paciente em decúbito dorsal e osteopata sentado ao seu lado.

A mão superior toma o contato no esfenoide:

• Polegar sobre a asa maior do esfenoide do mesmo lado;

• Dedo indicador ou médio na asa maior do lado contrário.

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Osteopatia Craniana 4

A mão inferior toma contato intrabucal (com luva) com o dedo índice sobre um dos
palatinos, posteriormente à sutura cruciforme em sua lâmina horizontal.

A técnica consiste em articular o palatino realizando movimentos de extensão, fazendo


tração cefálica com a mão superior e empurrando superiormente o palatino com o contato
intrabucal; e movimentos de flexão levando os contatos da mão superior na direção caudal.

Essa alternância de tensões deve ser realizada por vários ciclos até que se perceba a maior
liberdade e simetria dos movimentos do palatino abordado.

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Osteopatia Craniana 4

5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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