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Osteopatia Craniana 4
Índice
1 - FRONTAL ................................................................................................................................................................ 6
2 - MAXILA................................................................................................................................................................. 37
2.10.4 - Técnica de elevação e separação das maxilas (lift and spread) ............................................................. 61
3 - ETMOIDE............................................................................................................................................................... 67
4 - PALATINOS .......................................................................................................................................................... 81
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................................... 92
1 - FRONTAL
1.1 – Anatomia óssea
O frontal é um osso ímpar, largo e plano em boa parte. Situado na região anterior e
superior do crânio e apresenta duas porções: uma vertical, a escama, e uma horizontal, os tetos
das cavidades orbitais e nasais.
Escama
Face Externa:
• Sutura metópica - na infância esta sutura divide o osso em dois “hemifrontais”, podendo
permanecer por toda a vida em casos raros. Se estende até o bregma pela linha mediana;
• Borda supraorbital;
Face Interna:
• Crista frontal;
Diversos estudos sobre essa sutura já foram realizados no intuito de observar aspectos
como sua fusão precoce ou ausente, o período de vida no qual o processo inicia e finaliza, sua
persistência na vida adulta, sua relação com deformidades cranianas e etc.
• Lacrimais;
• Nasais;
Sobotta, 2018.
Netter, 2015.
Sobotta, 2018.
Sobotta, 2018.
A foice do cérebro se fixa na linha mediana da face interna do frontal formando espaço
para o seio sagital superior. Esta fixação faz com que o a face interna da escama do frontal
receba alternâncias de tensões durante o IRC. Restrições da cadeia fascial neuromeníngea pode
desencadear sintomas na região frontal.
Netter, 2015.
ü Temporal
ü Occiptofrontal
Ø O osso frontal é dos que apresenta seios paranasais assim como o esfenoide, etmoide e
maxila.
Sendo um osso ímpar, o frontal sofre tensões caudais e cefálicas durante as fases de flexão
e extensão do IRC respectivamente. Porém, pela presença da sutura metópica (ou de seu
resquício na maioria dos adultos) o frontal também apresenta mobilidade de rotação externa (na
flexão) e interna (na extensão) através de dois eixos laterais.
• Os pilares externos do frontal (processo zigomáticos) se deslocam para fora e para frente;
Disfunções nessa sutura podem ser causadas por traumas frontais ou cefálicos no crânio.
Nos bebês é frequente encontrar a sobreposição óssea no local. Podem causar importantes
adaptações da sincondrose esfenobasilar, e também restrições aos movimentos do frontal e
parietal envolvido.
Traumas frontais ou laterais no crânio podem fixar essa sutura causando restrições na
região do ptério.
É uma sutura bastante vulnerável à traumas, por isso podem facilmente se encontrar
restritas após traumas anterolaterais na face. Indivíduos que fazem artes marciais ou têm
histórico de acidentes automobilísticos normalmente apresentam fixações neste nível.
A sutura metópica tem sua morfologia bastante variável como descrito acima. Sua
presença deve ser considerada em bebês e até em adultos. A sobreposição ou impactação dessa
sutura pode ser encontrada logo após o nascimento devido ao parto ou eventuais processos de
compressões intrauterinas. Traumas anteriores no crânio adulto também podem comprometer a
atividade de receptores sensoriais dispostos na eventual sutura metópica.
Paciente em decúbito dorsal. Osteopata sentado atrás da cabeça do paciente, voltado para
seus pés.
• Dedos indicadores e médios na linha média da escama do frontal, de tal forma que os
indicadores se toquem sobre a sutura metópica;
• Dedos anulares na face externa dos processos zigomáticos do frontal acompanhados dos
dedos mínimos;
Na fase de extensão:
ü Sutura frontomaxilar
ü Sutura frontozigomática
ü Sutura frontonasal
ü Sutura frontolacrimal
ü Sutra metópica
Os testes de mobilidade específicos desses ossos que se articulam com o frontal (maxilas,
zigomáticos, nasais e lacrimais) serão descritos nos próximos capítulos. Quando o avaliador
encontra restrição de mobilidade do osso frontal, seja no teste de mobilidade global ou mesmo na
ausculta específica do frontal, agregado à restrição de mobilidade de um ou mais desses ossos
que se articulam a ele, existe a probabilidade de que a(s) sutura(s) entre esses ossos estejam
restritas, em disfunção. Para confirmar essa disfunção é necessário realizar a palpação da sutura
para analisar parâmetros como sensibilidade e densidade. Quando uma sutura se encontra em
disfunção, a mesma se apresenta mais sensível e densa à palpação.
Por exemplo:
Também é importante lembrar a relação que essa eventual sutura tem com os seios
paranais do frontal e com a foice do cérebro.
Sua palpação deve ser feita desde a região do nasio até a região de bregma, e pode ser
percebida facilmente em muitos indivíduos. A percepção deve levar em consideração:
- seu formato
- presença de sobreposição
A mão caudal toma contato com o indicador no processo frontal da maxila, próximo à
sutura frontomaxilar. O restante dos dedos repousa sobre a face do paciente.
Esta técnica é uma variável da descrita acima, que também pode ser utilizada para liberar a
sutura entre e região inferomedial do osso frontal com o ramo ascendente da maxila.
Paciente em decúbito dorsal. Osteopata em pé ao lado contrário ao que será tratado. A mão
caudal toma um contato pisiforme no arco supraciliar do frontal. Esse contato deve ser cuidadoso
para não despertar pressão excessiva sobre a emergência cutânea do ramo oftálmico do nervo
trigêmeo no foram supraorbitário. A mão superior toma contato pisiforme na eminência canina
da maxila.
O osteopata deve baixar seu centro de gravidade para horizontalizar seus antebraços.
Tomados os devidos contatos, o osteopata deve impor a tensão mecânica até sua barreira
separando os contatos. Quando atinge a barreira, é necessário sustentar e acentuar a tensão
mecânica conforme os tecidos se adaptem as restrições sejam liberadas.
Essa técnica é uma variável da correção a mobilidade dessa sutura. Na apostila referente
ao osso parietal (crânio 3) foi descrita outra abordagem que levava em consideração a
mobilidade fisiológica do osso parietal relacionado.
O paciente fica em decúbito dorsal com a cabeça rodada para o lado oposto à disfunção.
O osteopata deve estar sentado atrás da cabeça do paciente.
A mão anterior toma contato global sobre o frontal, deixando seus dedos indicador e
médio anteriormente à sutura coronal. A mão posterior toma contato global sobre o osso parietal,
com os dedos indicador e médio no parietal, posteriormente à sutura coronal.
Tomados os devidos contatos, o osteopata deve impor uma tensão exc6entrica sobre a
sutura até atingir a barreira tecidual. Deve focar suas tensões nas áreas mais restritas da sutura.
Esta tensão sutural é mantida até que se perceba os sinais de liberação tecidual.
O paciente fica em decúbito dorsal e o osteopata deve estar sentado atrás da cabeça do
paciente.
ü Mais localizado - polegares cruzados sobre a sutura metópica tomando contato com o
hemifrontal do lado oposto. O resto das mãos repousa sobre o crânio do paciente.
ü Mais amplo - polpas dos dedos (indicador, médio, anular e mínimo) em cada hemifrontal
lateralmente à sutura metópica.
A técnica de lift do frontal é considerada uma técnica membranosa que afeta especialmente
a foice do cérebro.
- polegares cruzados.
1. Inicialmente os dedos indicadores devem realizar leve pressão posterior na região da sutura
metópica do osso frontal com a proposta de reduzir as tensões anteroposteriores sobre a
foice do cérebro.
2. Exercer pressão medial sobre os processos zigomáticos do osso frontal para liberar tensões
em relação ao esfenoide e parietais.
3. A fase de elevação (lift) deve ser feita levando o frontal no sentido do teto até a barreira
sutural e membranosa, utilizado os cotovelos como alavanca. Essa condição de elevação
deve ser sustentada por tempo indeterminado até que se percebam indícios de liberação
tecidual e fluidez na mobilidade inerente do frontal.
Essa técnica também é considerada uma técnica membranosa que afeta especialmente a
foice do cérebro.
Tomar contato bilateral com os pisiformes nos processos zigomáticos do frontal (pilares
externos). Os dedos devem estar cruzados e o restante da mão envolvendo o frontal.
Inicialmente o osteopata exerce uma pressão medial com os pisiformes e mantem essa
pressão até que as tensões sejam simétricas. Em seguida leva o frontal na direção anterior até
atingir as barreiras suturais e membranosas.
Essa condição de elevação deve ser sustentada por tempo indeterminado até que se
percebam indícios de liberação tecidual e fluidez na mobilidade inerente do frontal.
Após corrigir eventuais restrições a nível sutural ou até mesmo interósseas (visto em
pediatria), o osteopata pode abordar o frontal com o intuito de reorganizar sua mobilidade
fisiológica, em flexão/rotação externa e extensão/rotação interna.
Essas técnicas podem ser aplicadas de forma direta, indireta, ou até mesmo combinada
seguindo os princípios de W. G. Sutherland (1ª fase indireta e 2ª fase direta).
Para realizar a correção de uma disfunção em rotação externa de forma direta, ou seja,
levar o frontal no sentido da rotação interna:
Paciente em decúbito dorsal. Osteopata sentado atrás da cabeça do paciente, voltado para
seus pés.
• Dedos indicadores e médios na linha média da escama do frontal, de tal forma que os
indicadores se toquem sobre a sutura metópica;
• Dedos anulares na face externa dos processos zigomáticos do frontal acompanhados dos
dedos mínimos;
Essas técnicas podem ser aplicadas de forma direta, indireta, ou até mesmo combinada
seguindo os princípios de W. G. Sutherland (1ª fase indireta e 2ª fase direta).
Para realizar a correção de uma disfunção em rotação interna de forma direta, ou seja, levar
o frontal no sentido da rotação interna:
Paciente em decúbito dorsal. Osteopata sentado atrás da cabeça do paciente, voltado para
seus pés.
• Dedos indicadores e médios na linha média da escama do frontal, de tal forma que os
indicadores se toquem sobre a sutura metópica;
• Dedos anulares na face externa dos processos zigomáticos do frontal acompanhados dos
dedos mínimos;
2 - MAXILA
As maxilas ou maxilares são ossos pares que compõem as cavidades oral, orbitária e
nasal. Alojam os dentes superiores e apresentam grandes seios paranasais, que são os mais
acometidos em casos de sinusites. Apresentam relação direta com o sistema mastigador e são
vulneráveis a traumas na face.
CORPO
• Forame Infra-Orbitário
• Face Orbital
• Seio Maxilar
Processos
• Frontal
• Zigomático
• Alveolar
• Palatino
• Dentes – gonfoses
• Etmóide
• Zigomático
• Lacrimal
• Esfenoide
• Vômer
• Palatino
• Conchas nasais
• Frontal
ü Pterigóide medial
ü Masseter
ü Bucinador
Ø Dentes – ATM.
Ø Seios paranasais.
As maxilas são ossos periféricos que realizam movimentos de rotação interna e externa
durante o IRC. Estes movimentos são paralelos aos movimentos do frontal e também são
influenciados pelos movimentos do esfenoide.
Sua mobilidade ocorre através de dois eixos verticais que passam pelos ramos ascendentes
destes ossos (demonstrados na figura abaixo).
O palato alto com o alinhamento vertical dos processos frontais das maxilas,
normalmente é acompanhado com a cavidade nasal estreita e distúrbios do septo nasal.
ü Sutura frontomaxilar
ü Sutura etmoidomaxilar
ü Sutura zigomáticomaxilar
o Disfunções nessa sutura podem ser causadas por traumas na face ou espasmos do
músculo masseter. Podem estar reacionadas a distúrbios orbitais e/ou sinusites.
ü Sutura lacrimomaxilar
ü Sutura palatomaxilar
ü Sutura nasomaxilar
ü Sutura vomeromaxilar
Podem ser:
ü Primárias ou de desenvolvimento.
DISFUNÇÃO EM FLEXÃO:
DISFUNÇÃO EM EXTENSÃO
alguns passos que devem ser realizados previamente – palpação, testes, globais, avaliação da
SEB e etc. A ausculta específica de alguns ossos da face foi descrita no capítulo referente ao osso
frontal, e pode ser utilizada para que o avaliador perceba a mobilidade global de expansão e
retração do esqueleto facial.
Tendência a flexão:
Tendência a extensão:
A mão inferior toma contato (com luva) com o segundo e terceiro dedos na face oclusal
dos dentes maxilares bilateralmente.
o Lateral strain – fixa o esfenoide com sua mão cefálica e gera cisalhamentos laterais com as
maxilas;
deve ser realizado bilateralmente para que a se perceba a amplitude e fluidez dos
movimentos.
Essa é uma técnica direta pode ser utilizada para corrigir disfunções em flexão ou extensão
da maxila.
Paciente em decúbito dorsal com a cabeça levemente rodada no sentido do osteopata, que
deve estar em pé ao lado da cabeça do paciente, contrário à maxila que será tratada.
A mão superior toma contato no frontal, sendo que o polegar repousa sobre o processo
frontal da maxila em disfunção.
Inicialmente a mão superior realiza uma tensão caudal no processo frontal da maxila. A
mão inferior busca a barreira restritiva da maxila em flexão/rotação externa (processo zigomático
no sentido do teto) ou extensão/rotação interna (processo zigomático no sentido da maca). Após
encontrar a barreira, a mesma deve ser sustentada e acentuada progressivamente conforme os
tecidos permitam.
A mão inferior toma contato (com luva) com o segundo e terceiro dedos na face oclusal
dos dentes maxilares bilateralmente.
Quando as asas maiores do esfenoide são tensionadas no sentido caudal, ocorre uma
abertura entre os dedos indicador e médio da mão caudal.
Esta técnica direta busca liberar a mobilidade das maxilas de maneira global, sem levar
em consideração a flexão/extensão fisiológica durante o IRC.
A técnica é realizada com os contatos impondo uma tração caudal, lateral e anterior nas
maxilas. Esta posição deve ser sustentada até que o osteopata perceba a liberação de mobilidade
bilateral das maxilas, que pode ocorre em momentos distintos.
É uma técnica direta na qual o osteopata deve inicialmente afastar seus indicadores para
impor tensão entre as maxilas, e em seguida deve impor uma tensão medial a posterior com os
dedos médios para levar as maxilas em rotação interna.
Esta posição deve ser sustentada pelo tempo necessário para que o osteopata perceba a
liberação da mobilidade de maneira bilateral das maxilas no sentido da extensão/rotação interna.
A mão superior toma contato com a mão espalmada na face lateral do crânio do paciente
que está em contato com a maca, sendo que a asa maior do esfenoide repousa na polpa de seus
dedos.
A mão inferior toma contato com a borda ulnar da mão sobre a maxila que está voltada
para o teto. O tronco do osteopata repousa sobre sua mão inferior.
O osteopata de realizar a técnica fixando a asa maior do esfenoide com sua mão superior
e levando a maxila no sentido medial com sua mão inferior. A barreira deve ser sustentada e
acentuada conforme os tecidos permitam.
Essa técnica direta busca liberar as tensões laterais sobre a relação entre o esfenoide e as
maxilas.
Para realizar a técnica, o osteopata deve buscar a barreira motriz levando o esfenoide e as
maxilas em cisalhamento nos sentidos opostos. Encontrada a barreira, o osteopata deve sustentar
e progredir de maneira progressiva até perceber a liberação da mobilidade.
Essa técnica direta busca liberar as tensões em torção sobre a relação entre o esfenoide e as
maxilas.
Para realizar a técnica, o osteopata deve buscar a barreira motriz produzindo uma
concavidade de um lado e convexidade do lado oposto. Encontrada a barreira, o osteopata deve
sustentar e progredir de maneira progressiva até perceber a liberação da mobilidade.
3 - ETMOIDE
O etmoide é um pequeno osso ímpar situado na parte anterior do crânio. É um dos ossos
cranianos que apresenta uma cavidade oca: um seio paranasal. Pode ser considerado um
componente importante em virtude das conexões que apresenta com o esfenoide e com os ossos
do viscerocrânio (maxilas, frontal, lacrimais e palatinos). Também é necessário levar em
consideração a fixação da foice do cerebelo na crista galli do etmoide, ou seja, sua relação direta
com as fáscias meníngeas.
Durante o IRC, o etmoide é submetido a tensões membranosas de tal forma que sua
dinâmica ocorra numa direção oposta ao esfenoide. A articulação entre esses dois ossos é
comparada a uma engrenagem, assim como a SEB.
Anatomicamente apresenta quatro partes: uma lâmina horizontal (crivosa), uma lâmina
perpendicular e duas massas laterais (labirintos).
Lâmina Perpendicular
• Processo Uncinado;
Sobotta, 2018.
• Sutura esfenoetmoidal
• Sutura vomeretmoidal
• Sutura frontoetmoidal
Sobotta, 2018.
• Sutura etmoidonasal
• Sutura etmoidolacrimal
• Sutura palatoetmoidal
• Sutura etmoideomaxilar
• Sutura etmoidoconchal
Sobotta, 2018.
Sobotta, 2018.
Sobotta, 2018.
Não existem.
Ø O nervo olfatório (I) atravessa a lâmina crivosa do etmoide, e chega ao bulbo olfatório na
cavidade nasal para transmitir a sensação especial do olfato.
Ø Este osso responde indiretamente às disfunções dos ossos vizinhos e também pelas
tensões das membranas.
Ø Não existe forma de ter contato direto com este osso, mas é possível perceber sua
mobilidade e abordá-la através de contatos aplicados em outros ossos – frontal, maxilas,
vômer e esfenoide.
Netter, 2015.
Este osso ímpar que se encontra na linha central do crânio, apresenta sua mobilidade que
ocorre através de um eixo transversal que passa pela lâmina vertical do próprio osso.
A mobilidade do occipital durante a fase de flexão do IRC faz com que a fixação da foice
do cérebro seja tensionada nos sentidos posterior e inferior. Esta tensão se propaga por toda a
foice até a crista galli do etmoide, tracionando a mesma no sentido superior. A resultante de tal
tensão membranosa é um uma rotação posterior do etmoide na fase de flexão ou expansão.
• Sutura esfenoetmoidal
• Sutura etmoidonasal
• Sutura etmoidomaxilar
• Sutura palatoetmoidal
• Sutura etmoidolacrimal
• Sutura vomeroetmoidal
• Sutura frontoetmoidal
O teste pode ser feito solicitando respirações profundas e movimentos dos tornoelos para
potencializar os movimentos.
- Flexão do esfenoide (asas maiores no sentido caudal): reduz a pressão no contato da glabela
(pois a foice a tensiona posteriormente) e aumenta a pressão caudal no polegar;
- Extensão do esfenoide: reduz a pressão no polegar que está na sutura cruciforme e aumenta a
pressão no sentido anterior na região da glabela.
Quando existe uma disfunção, uma das fases do mecanismo estará com perda da
mobilidade e aumento da resistência em sua barreira.
4 - PALATINOS
São pequenos ossos pares que formam a parte posterior do palato duro. Também faz parte
do assoalho e parte lateral da cavidade nasal e o assoalho da cavidade orbitária.
Cada palatino é constituído por uma parte vertical e outra horizontal e apresenta 3
processos: piramidal, orbital e esfenoidal.
Parte Horizontal
Parte Vertical
• Borda Inferior.
Processos
• Processo Orbital - articula-se com a maxila, esfenóide, etmóide. Forma parte do assoalho
da órbita;
• Maxila
• Palatino oposto
Sobotta, 2018
• Conchas nasais
• Etmóide
Netter, 2015.
• Vômer
Sobotta, 2018.
ü O músculo pterigóide medial é o único que apresenta fixações importantes sobre este osso.
Este osso par é atravessado por eixos dinâmicos em distintos planos que permitem os
movimentos de flexão/rotação externa e extensão/rotação interna. Os movimentos são
sincrônicos com os movimentos do esfenoide, seguindo o corpo e os processos pterigoides do
mesmo.
• Os processos piramidais se deslocam para baixo e para trás, junto com os processos
pterigoides do esfenoide;
As disfunções do palatino podem afetar sua relação com distintos ossos nas suturas:
ü Sutura esfenopalatina
ü Sutura maxilopalatina
ü Sutura vomeropalatina
ü Sutura palatoetmoidal
A mão inferior toma contato intrabucal (com luva) com o dedo índice sobre um dos
palatinos (lâmina horizontal), posteriormente à sutura cruciforme.
A mão caudal toma contato com os dedos indicador e médio intraoralmente, um dedo em
cada lâmina horizontal do palatino.
Inicialmente o osteopata deve afastar os contatos da mão caudal para colocar a sutura em
tensão. Num segundo momento deve buscar os movimentos de flexão e extensão do esfenoide
com sua mão cefálica acompanhando os movimentos dos palatinos com a mão caudal. Quando é
encontrado o ponto de quietude (still point) na área de interesse, é necessário manter nessa
posição até que se perceba os sinais de liberação tecidual.
A mão inferior toma contato intrabucal (com luva) com o dedo índice sobre um dos
palatinos, posteriormente à sutura cruciforme em sua lâmina horizontal.
Essa alternância de tensões deve ser realizada por vários ciclos até que se perceba a maior
liberdade e simetria dos movimentos do palatino abordado.
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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