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PONTIFÍCA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Amabyle Tauany da Cruz Coimbra

Gabriela Luquini Montaldi

Juliana Stefanny de Oliveira Lugo

Luiza Bueno Xavier

TRABALHO CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA: esqueleto axial

BETIM

2023
INTRODUÇÃO

O esqueleto axial é composto pelo crânio, coluna vertebral, esterno, cartilagem costal, costelas,
sacro e cóccix, contudo, neste relatório abordaremos apenas a coluna vertebral.

A coluna vertebral consiste em 33 segmentos vertebrais divididos em cinco regiões, da


seguinte forma: 7 segmentos cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeos. As vértebras
sacrais e coccígeas são fundidas no adulto, formando o sacro e o cóccix.

A coluna vertebral humana contém uma série de curvaturas, dentro do plano sagital. Essas
curvaturas naturais contribuem para a postura “ideal” enquanto se está de pé. Na posição anatômica,
as regiões cervical e lombar são naturalmente convexas anteriormente e côncavas posteriormente,
exibindo um alinhamento chamado lordose, onde é, geralmente menor na região cervical, do que na
região lombar. As regiões torácica e sacro coccígea, em contraste, apresentam uma cifose natural. A
cifose descreve uma curva côncava anterior e convexa posterior.

A coluna vertebral é suportada por um extenso conjunto de ligamentos. Os ligamentos


espinhais limitam o movimento, ajudam a manter a curvatura natural e protegem a medula espinhal e
raízes nervosas, são eles:

● Ligamento amarelo: Se estendem por toda a coluna vertebral, situados imediatamente


posterior à medula espinal. Limita e “suaviza” o intervalo final da flexão intervertebral.
● Ligamentos supra-espinhal e interespinhal: Se aderem entre os processos espinhosos
adjacentes de C7 até o sacro. Sua função é limitar a flexão.
● Ligamento intertransverso: Se adere entre os processos transversos adjacentes. Sua função é
limitar a flexão lateral contralateral e a flexão para frente.
● Ligamento longitudinal anterior: Se fixa entre a parte basilar do osso occipital e o
comprimento inteiro das superfícies anteriores de todos os corpos vertebrais, incluindo o
sacro. Sua função é limitar a extensão ou a lordose excessiva nas regiões cervical e lombar.
● Ligamento longitudinal posterior: Se adere ao comprimento das superfícies anteriores de
todos os corpos vertebrais, entre o áxis (C2) e o sacro. Sua função é limitar a flexão.
● Ligamentos capsulares das articulações apofisárias: Se encontra na margem de cada
articulação apofisária. Sua função é fortalecer essas articulações.

A osteocinemática em todo o esqueleto axial é descrita como as rotações, dentro dos três planos
cardinais. Cada plano, ou grau de liberdade, está associado a um eixo de rotação, dirigido através ou
próximo da articulação interarticular.

A artrocinemática do movimento intervertebral descreve o movimento relativo entre as superfícies


das facetas articulares dentro das articulações apofisárias. A maioria das superfícies das facetas são
planas ou quase planas, e termos como aproximação, separação (ou abertura), e deslizamento
descrevem adequadamente a artrocinemática.

MOVIMENTOS FUNCIONAIS

(FIGURA 1)

A extensão do pescoço é um movimento que envolve a inclinação da cabeça para trás, aumentando
o ângulo entre o crânio e a coluna cervical. Durante a extensão do crânio cervical, os músculos da
coluna cervical são ativados, incluindo o trapézio, o esplênio da cabeça e o esplênio do pescoço.
Durante a extensão, as forças são aplicadas nos músculos da região posterior do pescoço, gerando
torque para permitir o movimento da inclinação para trás. A resistência contra essa extensão é
proporcionada pelos músculos flexores do pescoço. Os côndilos occipitais rolam para trás dentro das
facetas articulares superiores côncavas do atlas. Durante a extensão, as facetas articulares inferiores
das vértebras deslizam inferiormente e posteriormente.

(FIGURA 2)

Durante a flexão do pescoço, os músculos responsáveis pela flexão da coluna cervical são ativados.
Isso inclui o esternocleidomastoideo, músculos escalenos, longuíssimo do pescoço, retor anteriores da
cabeça e outros músculos flexores do pescoço. A coordenação e a contração adequada desses
músculos permitem a inclinação suave da cabeça para frente. Biomecanicamente falando a flexão do
pescoço envolve uma diminuição do ângulo entre as vértebras cervicais. As facetas articulares
inferiores das vértebras deslizam superiormente e anteriormente, relativamente às facetas articulares
superiores das vértebras inferiores.

Com base na artrocinemática tradicional convexo-côncava, é esperado que os côndilos


simultaneamente deslizem ligeiramente na direção oposta à do rolamento. Ambos os movimentos
(extensão e flexão do pescoço) ocorrem no plano sagital, com eixo médio-lateral.

(FIGURA 3)

Durante a flexão lateral do tronco, os músculos do lado em que ocorre a inclinação (ipsilateral)
se contraem para gerar o movimento. Estes músculos incluem o quadrado lombar, oblíquos externos e
internos do abdome e os músculos intercostais. Cada articulação interfacetária é composta por uma
superfície articular superior convexa e uma superfície articular inferior côncava. Durante a flexão
lateral, ocorre um movimento onde a convexidade da superfície articular superior rola e desliza sobre
a concavidade da superfície articular inferior; as articulações costovertebrais também seguem o
mesmo princípio. A cabeça da costela possui uma superfície articular convexa, que se articula com a
superfície articular côncava da vértebra correspondente. Com base na artrocinemática tradicional
convexo-côncava, é esperado que os côndilos simultaneamente deslizem ligeiramente na direção
oposta à do rolamento. O movimento de flexão lateral do tronco ocorre no plano frontal com eixo
ântero-posterior.
Referências bibliográficas:

Neumann, D. A. (2022). Cinesiologia do aparelho músculo-esquelético: fundamentos para reabilitação


(3a ed.). Editora Guanabara Koogan Ltda.

Figura 1 - pág. 344 (figura 9.45)

Figura 2 – pág. 345 (figura 9.46)

Figura 3 – pág. 355 (figura 9.55)

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