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Observação
Paciente:
O
paciente
fica
em
pé,
na
sua
postura
relaxada,
natural
e
com
os
pés
na
mesma
linha
de
forma
que
o
peso
do
corpo
esteja
distribuído
de
maneira
uniforme
nos
dois
membros
inferiores.
Para
avaliar
o
alinhamento
das
EIAS,
o
fisioterapeuta
posiciona
os
polegares
na
borda
inferior
das
duas
espinhas.
Para
avaliar
o
alinhamento
das
EIPS,
o
fisioterapeuta
palpa
primeiro
as
cristas
ilíacas
e
desliza
os
polegares
inferiormente
até
encontras
as
EIPS.
Fisioterapeuta: ao lado do paciente e observar a postura da pelve, coluna e joelhos.
Antepulsão Hiperestendidos Estendidos Aumento da lordose lombar baixa e retificação lombar alta
víduos recrutados assinaram o Termo de Consentimento 90° indicam posições retrovertidas.
Livre e Esclarecido previamente aprovado pela COEP. Para a medida da inclinação da pelve na posição de
Vinte indivíduos saudáveis, recrutados por conve- flexão máxima do tronco (por meio da colocação do in-
niência, participaram deste estudo, sendo dez homens clinômetro sobre o sacro) e da inclinação da coluna tam-
e dez mulheres, com média de idade de 28,2 (± 9,87) bém na flexão máxima do tronco, o individuo mante-
anos, massa corporal média de 66,3 (±8,25) Kg e esta- ve os joelhos estendidos. A vértebra T1 foi palpada e a
tura média de 1,70 (±0,06) m. Para participar do estudo, borda superior da base do inclinômetro foi posicionada
os indivíduos deveriam ter idade entre 18 e 60 anos, não nesse local, de forma que o inclinômetro ficou repousa-
ter apresentado sintomas musculoesqueléticos nos últi- do sobre a coluna torácica alta (figura 2). Em seguida, o
mos seis meses ou história de cirurgias musculoesque- ponto médio entre as EIPS, determinado na medida da
sacro e na coluna torácica por um período de uma se-
mana, em voluntários que não seriam incluídos no es-
tudo principal. A prática garantiu a máxima padroniza-
ção intra- e inter-examinadores dos procedimentos, vi-
sando a redução de erros de medidas. Após o período
de treinamento, os examinadores realizaram as medidas
nos participantes, independentemente, em um mesmo
dia. Os mesmos participantes foram reavaliados por
ambos os examinadores após um período de uma se-
mana. Dessa forma, cada participante foi submetido aos
procedimentos em dois dias diferentes, por duas vezes
em cada dia.
O indivíduo selecionou, por meio de um sorteio,
qual examinador iria iniciar a coleta. O mesmo examina-
dor realizou três medidas diferentes em sequência: (1)
angulação pélvica (sacral) na posição ortostática relaxa-
da; (2) angulação pélvica (sacral) na amplitude máxima
de flexão de tronco (posição final do RLP); (3) angula-
Figura 1. Medida da inclinação pélvica na posição ortostática.
ção da região torácica alta na amplitude máxima de fle-
xão de tronco (posição final do RLP).
Os participantes estavam descalços e com uma
vestimenta que possibilitou a palpação das EIPS, a vi-
Torção
pélvica:
Com
o
paciente
em
pé,
palpam-‐se
a
EIAS
e
a
EIPS
do
mesmo
inominado
sualização dos dois terços superiores do sacro e a reali-
zação do RLP em sua completa amplitude de movimen-
e
observa
a
diferença
de
altura
entre
essas
proeminências
como
uma
forma
de
estimar
to. O indivíduo foi solicitado a manter-se em posição or-
tostática relaxada sobre uma folha de papel. O primeiro
ção dos a
pésp ostura
sagital
desse
segmento
(figura
abaixo).
Logo
após,
realiza-‐se
a
mesma
medida
examinador sorteado contornou com uma caneta a posi-
do indivíduo para certificar que os pés per-
maneceram na mesma posição durante todas as cole-
no
iasnominado
tas, incluindo contra-‐lateral.
coletas que foram realizadas no segun- Se
houver
diferença
entre
as
medidas
feitas
nos
dois
lados,
do dia de avaliação. As EIPS foram palpadas e marcadas
com lápisdesconfia-‐se
da
pfoiresença
de fácil remoção. Uma projeção feita de um de
uma
diferença
entre
as
inclinações
sagitais
dos
inominados,
ponto marcado ao outro. A borda superior da base do in-
ou
seja,
de
torção
pélvica
sagital
nas
articulações
sacro-‐ilíacas
e
sínfise
púbica.
clinômetro foi posicionada sobre a região intermediária
entre esses pontos, de forma que o inclinômetro perma-
neceu repousado verticalmente sobre o sacro (figura 1).
Para essa medida, uma inclinação de 90° indica uma po-
Entretanto,
pode
existir
uma
ilusão
de
torção
pélvica
quando
existe
uma
diferença
sição vertical do sacro, inclinações menores que 90° in-
Figura 2. Medida da inclinação da coluna torácica alta na flexão
máxima de tronco.
funcional
ou
estrutural
de
comprimento
de
membros,
com
a
pelve
desalinhada
no
plano
Ter Man. 2012; 10(50):
• No
Plano
transverso:
rotações
• Influência do alinhamento do pé e da função muscular no alinhamento da pelve
Influência
do
pé:
a
presença
de
uma
pronação
excessiva
assimétrica
pode
causar
um
abaixamento
do
ilíaco
do
lado
mais
pronado.
Colocar
a
subtalar
em
neutro
e
observar
se
houve
mudança
no
alinhamento
das
EIAS:
Influência
da
rigidez
do
tensor
da
fáscia
lata:
Uma
rigidez
assimétrica
do
músculo
tensor
da
fáscia
lata
pode
favorecer
uma
rotação
anterior
do
ilíaco
do
lado
mais
rígido,
gerando
um
desalinhamento
das
EIAS.
Para
testar
a
influência
deste
músculo
no
alinhamento
pélvico,
o
fisioterapeuta
deve
solicitar
ao
paciente
abduzir
levemente
as
pernas
para
que
haja
uma
diminuição
da
tensão
passiva
nos
abdutores
e
verificar
se
houve
uma
mudança
do
alinhamento
pélvico.
Influência
da
rigidez
de
glúteo
máximo:
A
presença
de
um
glúteo
máximo
com
menor
rigidez
comparado
ao
lado
contralateral
pode
provocar
um
abaixamento
da
EIAS
do
lado
menos
rígido.
Para
testar
se
uma
diminuição
da
rigidez
do
glúteo
máximo
está
interferindo
na
posição
da
pelve,
posicionar
o
paciente
de
pé,
solicitar
uma
contração
desse
músculo
e
observar
se
essa
contração
vai
reduzir
ou
corrigir
a
alteração
no
alinhamento.
Ritmo Lombopélvico
Marcha
Alinhamento ósseo
Paciente:
Deitado
em
decúbito
ventral,
com
as
pernas
alinhadas,
quadril
em
neutro
e
joelho
da
perna
a
ser
avaliada
fletido
a
90°.
Fisioterapeuta:
deve
se
posicionar
ao
lado
oposto
ao
que
vai
ser
testado.
Palpar
o
trocânter
maior
do
fêmur
do
lado
a
ser
testado,
realizar
passivamente
os
movimentos
de
rotação
medial
e
lateral
de
quadril
como
objetivo
de
alinhar
o
trocânter
paralelamente
a
maca.
Posicionar
o
fulcro
do
goniômetro
no
centro
da
articulação
do
joelho,
o
braço
fixo
paralelo
à
maca
e
o
móvel
alinhado
com
a
diáfise
da
tíbia.
Resultado:
Valores
inferiores
a
8°
indicam
retroversão
do
colo
do
fêmur
e
valores
superiores
a
15°
indicam
aumento
da
anteversão
do
colo
do
fêmur.
Movimentos ativos
Atenção:
Além
da
ADM
e
dor,
observar
a
qualidade
dos
movimentos,
ficando
atento
a
compensações
na
pelve
e
coluna.
Movimentos Passivos
Função Muscular
• Estabilidade
o Ponte
com
extensão
unilateral
de
joelho
• Força
Isolada
o Glúteo
máximo
o Rotadores
externos
o Glúteo
médio
o Abdominais
(ver
testes
específicos
no
roteiro
da
aula
de
coluna)
• Equilíbrio
o Extensores
de
Quadril
x
Paravertebrais
o Glúteo
máximo
x
Isquiossurais
o TFL
X
outros
abdutores
(que
fazem
RE)
o Abdutores
x
Quadrado
lombar
o Flexores
de
quadril
x
Abdominais
o Rotadores
externos
O
paciente
é
posicionado
em
decúbito
ventral
com
o
quadril
em
neutro
e
joelho
do
membro
inferior
a
ser
testado
em
90°
de
flexão.
O
fisioterapeuta
deve
realizar
uma
rotação
medial
do
quadril
e
observar
a
resistência
dos
rotadores
externos
ao
movimento.
Em
um
segundo
momento,
o
paciente
será
posicionado
de
joelhos
com
as
pernas
paralelas
e
levemente
separadas
e
então
será
solicitado
que
se
sente
sobre
os
calcanhares
e
incline
o
tronco
a
frente.
O
fisioterapeuta
deve
observar
se
ocorreu
uma
inclinação
de
uma
das
EIPS,
indicando
uma
assimetria
na
rigidez
dos
rotadores
externos.
Para
confirmar
se
o
desnivelamento
é
devido
a
uma
assimetria
de
rigidez
dos
RE,
deve-‐se
posicionar
a
perna
do
paciente
do
lado
em
que
houve
a
queda
da
EIPS
em
rotação
externa
e
realizar
novamente
o
teste.
Uma
correção
do
desnivelamento
das
EIPS
seria
indicativo
de
um
desequilíbrio
entre
lados
na
rigidez
dos
RE.
• Equilíbrio
de
Rigidez
Passiva
o Reto
Femoral
x
abdominais
Com
o
paciente
em
decúbito
ventral
o
fisioterapeuta
palpa
a
EIPS
e
realiza
flexão
passiva
do
joelho
ipsilateral.
Um
movimento
da
EIPS
no
sentido
superior
indica
que
a
tensão
passiva
gerada
no
reto
femoral
pela
flexão
passiva
de
joelho
promoveu
uma
rotação
anterior
do
ilíaco,
o
que
não
foi
impedido
pela
rigidez
passiva
dos
abdominais.
Este
resultado
indica
um
desequilíbrio
de
rigidez
entre
essas
musculaturas.
Se
a
EIPS
permanecer
estável
é
indicativo
de
equilíbrio
de
rigidez
desses
músculos.
o Paravertebrais
x
Isquiossurais
• Flexibilidade
o Flexores
de
quadril
(disciplina
cinesioterapia)
o Ober
(disciplina
cinesioterapia)
Testes especiais
Paciente
em
supino.
O
fisioterapeuta
leva
o
quadril
do
paciente
à
flexão
de
90
graus,
com
joelhos
fletidos,
e,
a
partir,
dessa
posição,
realiza
rotação
interna
e
adução
do
quadril.
(Fazer
o
raciocínio
lembrando
que
é
o
colo
do
fêmur,
e
não
a
cabeça,
que
impacta
o
labrum
e/ou
a
cartilagem
articular,
na
região
ântero-‐
medial-‐superior
do
acetábulo).
Testes
de
Estresse
da
SI
Paciente
em
supino.
Examinador
aplica
força
sobre
as
espinhas
ilíacas
ântero-‐superiores
direcionadas
posteriormente.
O
efeito
presumido
é
uma
distração
do
aspecto
anterior
da
SI.
Paciente
em
supino,
com
o
quadril
fletido
a
90°
(coxa
perpendicular
a
maca)
e
levemente
aduzido.
Uma
das
mãos
do
examinador
suporta
o
sacro
e
o
outro
braço
abraça
femur
e
tibia
em
torno
do
joelho.
Uma
pressão
é
então
aplicada
posteriormente
na
direção
do
femur.
O
procedimento
é
realizado
bilateralmente.
O
efeito
presumido
é
um
cisalhamento
posterior
da
SI
do
lado
testado.
III.
Teste
de
compressão
Paciente
em
decubido
lateral
com
joelhos
fletido
a
aproximadamente
90°.
O
examinador
ajoelha
na
maca
e
aplica
uma
força
vertical
na
direção
inferior
sobre
a
crista.
IV.
Sacral
“thrust”
–
Cisalhamento
do
aspecto
anterior
da
SI
Paciente
em
decúbito
ventral.
O
examinador
aplica
uma
força
vertical
na
direção
postero-‐anterior
no
centro
do
sacro.
O
efeito
presumido
é
o
cisalhamente
anterior
do
sacro
em
ambos
os
íleos.
Padronização de aplicação dos testes, de acordo com Laslett et al., 2005:
Iniciar
com
testes
I
e
II
devido
a
maior
especificidade
e
sensibilidade
apresentada
por
estes
testes.
Se
ambos
forem
positivos
(i.e.
reproduzirem
os
sintomas
do
paciente),
pode-‐se
inferir
que
a
articulação
SI
é
um
fator
que
contribui
no
processo
de
dor.
Se
apenas
um
for
positivo,
realizar
o
teste
III.
Se
positivo,
infere-‐se
disfunção
da
SI.
Se
negativo,
aplicar
teste
IV.
Se
positivo,
mais
uma
vez
infere-‐se
disfunção
de
SI.
Se
negativo,
pouca
probabilidade
de
acometimento
da
sacro-‐ilíaca.
Se
os
testes
I
e
II
forem
negativos,
infere-‐se
acometimento
da
SI
apenas
de
testes
III
e
IV
forem
positivos.
Colaboradores
Christiano
D’Assunção
Costa,
George
Schayer
Sabino,
Letícia
Ladeira
Wanner,
Natalia
F.
N.
Bittencourt,
Pollyanna
Figueiredo
Gomes,
Juscélio
Pereira
da
Silva
Apostila
editada
por
Profs.
Juliana
Ocarino,
Paula
Lanna
Silva,
Thales
R.
Souza
e
Sérgio
Fonseca