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FISIOTERAPIA APLICADA A ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

AULA PRATICA – PUNHO E MÃO- 2018


Responsável: Profa. Dra. Marisa Cassia Registro Fonseca

1.HISTÓRIA CLÍNICA
Anamnese
2. EXAME FÍSICO

-Posição de repouso da mão: punho extensão 20 a 30 graus, ligeira inclinação ulnar


discreta flexão dedos, polegar em abdução, em oposição às MF e IF.

-Pregas palmares: distal, proximal e média.


2.1 AVALIAÇÃO DO EDEMA (PERIMETRIA)

Figura em oito: Para que o terapeuta realize esse método o paciente permanece
sentado, com o antebraço sobre uma mesa de avaliação. O punho deve permanecer em
posição neutra de flexão/extensão e desior radial/ulnar, com os dedos aduzidos. O
ponto de partida é o processo estilóide da ulna. Assim o início da fita métrica é alinhada
a esse ponto; o examinador passa a fita métrica por toda região ventral do punho até o
processo estilóide do rádio. A fita é então levada diagonalmente pelo dorso da mão até
a 5ª MCF e percorre toda a região ventral até a 2ª MCF. Novamente a fita é levada
diagonalmente pelo dorso da mão, só que agora até o ponto de partida (Pellecchia,
2003).

Medida circunferencial: utiliza-se uma fita métrica. Utilizada para medir


edema mais localizado, e, para que seja uma medida confiável e passível de
reavaliações periódicas, devem-se utilizar pontos anatômicos como referências. (p. ex.
articulações MCF, 5 cm acima do processo estilóide da ulna, etc.).
3. TESTES DE FORÇA MUSCULAR

a) Flexores profundos dos dedos: paciente sentado, com o antebraço sobre a maca.
O teste é realizado com o terapeuta resistindo à flexão da falange distal, enquanto a IFP
é bloqueada em extensão.

b) Flexores superficiais dos dedos: paciente sentado, são testados bloqueando-se


os dedos em extensão completa de modo a eliminar a ação dos flexores profundos. Em
seguida solicita-se e permite-se a flexão apenas do dedo que está sendo testado.

c) Flexor longo do polegar: bloqueia-se a articulação MCF do polegar solicitando


a flexão da IF.

d) Extensores comum dos dedos: Solicita-se ao paciente que faça a extensão das
MTCF ao mesmo tempo que mantem as IFs em flexão, estando o punho em extensão.

f) Lumbricais: solicita-se a flexão das MCFs com extensão das IFs (intrínseco plus)
solicita-se que o paciente segure um papel, ou realiza-se resistência contra a face
palmar das falanges proximais, na direção da extensão das MCF.

e) Interósseos dorsais e palmares: paciente sentado, com a palma da mão apoiada na


maca, solicita-se abdução do dedo para os dorsais e adução para os palmares, estando
os dedos adjacentes fixados e estabilizados pelo
examinador.
3.1 – AVALIAR PINÇA E PREENSÃO (DINAMOMETRIA)
- Força de preensão
- -
4. AMPLITUDE DE MOVIMENTO
Goniometria
-
- Dedos:

-palma
5 . TESTES ESPECÍFICOS

Teste de Finkelstein: Usado para determinar a presença de Tenossinovite Estenosante


de De Quervain (constrição dos tendões extensor curto do polegar e abdutor longo do
polegar ao nível do primeiro túnel osteofibroso no retináculo dos extensores). O teste é
z “ ”
segurando-o firmemente com os outros dedos, em seguida realiza-se inclinação da mão
em desvio ulnar. Uma forte dor será sentida ao nível do processo estilóide do rádio.

Teste de Phalen: O examinador flexiona os punhos do paciente maximamente e retém


essa posição por 1 minuto, empurrando os punhos do paciente para juntá-los. O teste
positivo é indicado por sensação de parestesia (formigamento) nos dedos polegar,
indicador, médio e metade do anular, indicativo de Síndrome do Túnel do Carpo, devido
COMPRESSÃO DO NERVO MEDIANO. (durante o teste ocorre uma diminuição da
vascularização do nervo mediano, ocorrendo a parestesia no território do referido
nervo). Nos casos crônicos esse teste pode dar positivo. Associar o resultado ao Teste
de Tinel.
Sinal de Tinel: O examinador percute sobre o túnel do carpo no punho. Um teste
positivo causa formigamento ou parestesia no interior dos dedos polegar, indicador,
médio e metade lateral do anular (distribuição do NERVO MEDIANO). Sinal de tinel no
punho sem lesão traumática de nervo periférico é indicativo de STC. O formigamento
ou parestesia pode ser sentido distal ao ponto de pressão em um teste positivo. Esse
teste também dá uma indicação da velocidade de regeneração das fibras sensitivas do
nervo. O ponto mais distal no qual a sensação anormal é sentida representa o limite da
regeneração do nervo.

Sinal de Froment: o paciente tenta segurar um pedaço de papel entre os dedos polegar
e indicador. Quando o examinador tenta tirar o papel puxando esse não deixa
flexionando a falange distal do polegar, o que indica um teste positivo. Esse teste é
indicativo de LESÃO DE NERVO ULNAR (fraqueza ou paralisia do adutor do polegar).
6. TESTES DE SENSIBILIDADE

Estesiometria: São monofilamentos de nylon, com espessura progressiva, presos a um


pequeno bastão de plástico transparente. Esse teste avalia o limiar do estímulo
necessário para percepção do toque leve e pressão profunda. Essa capacidade de
localizar o estímulo, que também é proporcionada pelo teste, auxilia depois no
reconhecimento de texturas e forma dos objetos. Inicialmente demonstra-se ao
paciente, numa área de sensibilidade preservada como será o teste. A mão deve estar
bem apoiada e, durante o teste, o paciente manterá os olhos fechados, devendo
informar se sente o monofilamento. O filamento é aplicado perpendicularmente à pele
e pressionado suavemente até se curvar. Os filamentos mais finos devem ser aplicados
3 vezes para conseguir o limiar requerido, e os mais grossos apenas 1 vez. Inicia-se o
teste com o monofilamento verde (sensibilidade normal). Caso não o paciente não sinta
o filamento seguinte é aplicado, e assim por diante, até que o paciente sinta. Ao
realizar-se o teste as mãos e os dedos são divididos em grades, sendo um ponto testado
em cada quadrado. Em um contorno da palma da mão no papel pode-se marcar onde o
paciente tem sensibilidade e onde não tem, ou colorir com a respectiva cor que ele
sentiu.
7. TRATAMENTOS

 Massagem cicatricial|Ventosa

 Recursos para ganho de ADM

Mobilização Articular:

 Radio-Ulnar Distal: Terapeuta segura o rádio e a ulna, cada um com uma mão
através de uma preensão entre a ponta do 2º ao 5º dedos, flexionados na face
anterior de cada osso e polegar na face posterior. O cotovelo do paciente fica
apoiado e flexionado a 90º. A mobilização é feita dissociando o radio e a ulna em
movimentos AP e PA, e pode ser feita em combinação com os movimentos de
prono-supinação.
 Rádio-Cárpica: Deslizamento AP / PA: A mão cefálica do terapeuta estabiliza o
punho distalmente, na altura do processo estiloide da ulna. A mão caudal segura
o mais proximal possível nos ossos do carpo. Mantendo esta pegada e punho do
paciente em pronação, a mobilização é feita movendo-se a mão caudal no
sentido PA para ganho de flexão e AP para ganho de extensão.

 Rádio-Cárpica: Deslizamento Medial / Lateral: Mantém-se o mesmo


posicionamento da mobilização anterior. Agora direção da mobilização é feita
no sentido medial e lateral para ganho dos desvios.

 Metacarpofalangeana e Interfalangeanas: Deslizamento AP / PA e Abdução /


Adução. O terapeuta faz uma pinça em cada mão com a polpa de seu polegar e
segundo dedo. O osso proximal é fixo enquanto o osso distal se move no sentido
AP / PA ou contato com a falange é feito pelas suas faces lateral e medial,
realizando o movimento deslizamento em abdução e adução.
 Mobilização Rádio-Cárpica em CCF: Paciente em pé, com a mão apoiada na
maca. Terapeuta posiciona ambas as mãos na base do punho do paciente em
contato com os ossos do carpo, nesta posição realiza um deslizamento posterior
dos ossos do carpo enquanto o paciente é orientado a deslocar o antebraço
para frente. (Pode ser utilizado o cinto durante a mobilização).

 Teste Neural e Mobilização Neural

N. MEDIANO

Posicionamento:

-Depressão escapular,

-Abdução do do úmero à 90º,

-Rotação externa ,

-Supinação,

-Extensão de punho,

-Extesão de cotovelo,

-Inclinação cervical contralateral.


N. ULNAR

Posicionamento:

-Depressão escapular,

-Abdução do do úmero à 90º,

-Rotação externa ,

-Pronação,

-Extensão de punho,

-Flexão de cotovelo,

-Inclinação cervical contralateral.

N. RADIAL
Posicionamento:

-Depressão de ombro,

-Rotação interna ,

-Pronação,

-Extensão de punho e dedos,

-Abdução,

-Inclinação cervical contralateral.



Caso Clínico 1

Paciente E.R, 58 anos, sexo feminin pria altura em


24/09/17, que dio distal direito. Foi submetida a
RAFI com placa e parafusos em 25/06/18, com excelente estabilidade
e sem i 09/18 .
Queixa- movimento de
- do punho e dificuldade para preensão de objetos. Nega parestesias.

a) Quais são os principais déficits relacionados a esse tipo de fratura?

b) Descre z .

c) Elabore um plano de tratamento. Quais seriam seus objetivos e condutas?

 Caso clínico 2

Paciente J.A., 22 anos, sexo masculino, destro. Sofreu ferimento corto-contuso


por vidro (soco em porta de vidro) em 17/09/18, em zona V, acometendo: flexores
superficiais e profundos dos dedos 2º ao 5º, flexor longo do polegar, artéria radial e
nervos ulnar e mediano. Foi submetido a reconstrução tendinosa, arterial e nervosa
primárias. Permaneceu 4 semanas com tala gessada dorsal e foi submetido a
movimentação passiva precoce dos dedos. Comparece em 09/10/18 para ava
s retirada da tala. Queixa-se de parestesia palmar e li
- do punho e dedos.

a) Quais são os principais déficits esperados neste tipo de lesão?

b) z .

c) Elabore um plano de tratamento. Quais seriam seus objetivos e condutas?

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