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ASPECTOS LEGAIS E COMPROMISSOS DO SOCORRISTA
1.1. CONSTITUIÇÃO
- Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
Da Saúde
- Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública:
– Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
– Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta
lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Portanto, sempre que possível, deve-se deixar que o socorro seja prestado
por uma equipe especializada. Realize o primeiro atendimento e acione o serviço
médico de emergência para que o tratamento seja realizado de forma sistemática
por profissionais preparados e equipamentos adequados.
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Compromissos do socorrista:
• Capacidade de improvisação.
• Compromisso com a Vida.
• Bom senso.
• Reconhecer seus limites.
• Saber o que fazer, e o que não fazer.
• Paciência e calma.
• Determinação.
• Equipe de resgate.
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2. SINAIS VITAIS
2.1. RESPIRAÇÃO
Executa os movimentos de inspiração e expiração com a participação dos
músculos respiratórios. Esta função executa a troca gasosa, absorvendo o oxigênio
(O2) e eliminando o dióxido de carbono (CO2).
2.3. PULSO
É uma onda de sangue que passa ao longo de uma artéria, quando o coração
contrai.
As artérias radiais ao nível do punho são as mais usadas.
A artéria carótida, a femural e a braquial são também sensíveis à palpação.
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• Pressão Arterial Máxima: Sistólica, pressão que o sangue exerce nas
paredes das artérias quando o coração se contrai.
• Valor normal: 100 a 140 mmhg.
• Pressão Arterial Mínima: Diastólica, pressão que o sangue exerce quando o
coração esta em repouso.
• Valor normal: de 50 a 90 mmhg
2.5. TEMPERATURA
É a diferença entre o calor produzido e calor perdido pelo organismo.
É medida por termômetro e verificada em região axilar.
• Valor normal: de 36.7º a 37.2 C.
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3. AVALIAÇÃO DO LOCAL E DO ACIDENTE
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4. TRIAGEM
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5. ABORDAGEM PRIMÁRIA
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Cuidado para não inclinar a cabeça da vítima de trauma para trás. Se ela
apresentar trauma de coluna cervical, qualquer mobilização da cabeça pode
provocar lesão na medula, com danos irreversíveis (paralisia e até morte).
A manobra rolamento de 90º é indicada nas obstruções de vias aéreas por
sangue, vômito e corpos estranhos.
Caso esteja de bruços (decúbito ventral), o socorrista gira o corpo “em bloco”,
de forma a manter alinhados cabeça, pescoço, ombros e tronco (manobra de
rolamento 180º). Isso evita danos na medula, caso a vítima tenha fratura de coluna
vertebral.
5.2. B – RESPIRAÇÃO
Uma vítima só consegue falar se tiver ar nos pulmões e este passar pelas
cordas vocais. Portanto se você perguntar para à vítima “ o que aconteceu ?” e esta
responder normalmente é porque as vias aéreas estão permeáveis e a pessoa
respira.
Para determinar presença ou ausência de respiração espontânea, aproxime
seu ouvido da boca e nariz da vitima, enquanto mantém as vias aéreas
desobstruídas.
•
• Observar o tórax se faz movimento para cima e para baixo – VER
• Ouça se há saída de ar durante a expiração – OUVIR
• Sinta se há fluxo de ar – SENTIR
• Rápida ou lenta
• Regular ou irregular
• Superficial ou profunda
• Silenciosa ou ruidosa
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Se obstruída – (sangue, vômito, queda da língua e corpos estranhos),
desobstruir, garantindo imobilização da coluna cervical.
Se ausente – iniciar a respiração artificial.
Resumindo, se a vítima não responde normalmente, examine-lhe as vias
aéreas.
Se obstruídas, utilize a manobra adequada para desobstruí-la. Então examine
a respiração. Se ausente, inicie a respiração artificial, se presente, analise sua
qualidade e vá ao passo C.
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5.5. E – EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA
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6. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA DA VÍTIMA
4 - Exame segmentar:
• Cabeça: Palpe o crânio com os polegares fixos na região frontal,
imobilizando a coluna cervical. Palpe as órbitas, os ossos nasais, os
malares e o maxilar.
• Simultaneamente, inspecione par cor e integridade da pele da face,
hemorragia e liquorragia por nariz e ouvidos, hematoma retroauricular
sugestivo de fratura de coluna cervical ou de base de crânio, simetria
de face, hematoma, hemorragia, laceração dos olhos e fotorreatividade
pupilar. Examine a boca e retire corpos estranhos eventualmente
remanescentes.
• Pescoço: Inspecione o alinhamento da traquéia e a simetria do pescoço.
Palpe a coluna cervical, verificando alinhamento, crepitação, rigidez
muscular.
• Tórax: Palpe as clavículas, uma de cada vez, buscando crepitação e dor.
• Inspecione a caixa torácica buscando simetria anatômica e funcional,
respiração paradoxal, áreas de palidez, eritema ou hematoma e
ferimentos.
• Palpe em busca de rigidez, flacidez e crepitação. Examine até a linha axilar
posterior.
• Abdômen: Inspecione para sinais de contusão e mobilidade, palpe
delicadamente, analisando sensibilidade e rigidez de parede.
• Quadril: Afaste e aproxime as asas ilíacas em relação a linha média,
analisando mobilidade anormal e produção de dor.
• Membros inferiores: Inspecione e palpe da raiz das coxas até os pés.
• Observe: sangramento, alinhamento, deformidade, flacidez, rigidez,
crepitação.
• Corte ou rasgue a roupa onde suspeitar de ferimento ou fratura. Tire os
sapatos.
• Examine a mobilidade articular ativa e passiva. Execute movimentos
suaves e firmes de flexão, extensão e rotação de todas as
articulações. Palpe pulsos em tornozelos e pés. Teste sensibilidade e
motricidade. Teste o enchimento capilar.
• Membros superiores: Inspecione e palpe dos ombros às mãos.
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• Observe sangramento, alinhamento, deformidade, flacidez, crepitação.
• Palpe os pulsos radiais. Teste a mobilidade articular ativa e passiva.
Execute movimentos suaves e firmes de flexão, extensão e rotação de
todas as articulações.
• Inspecione o enchimento capilar.
• Dorso: Realize a manobra de rolamento para examinar o dorso. Inspecione
para alinhamento da coluna e simetria das duas metades do dorso.
Palpe a coluna em busca de edema, hematoma e crepitação.
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7. DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS
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Compressão torácica – vítima em pé ou sentada
• Recomendado para vítimas muito obesas ou em estágio avançado de
gravidez.
• Atrás da vítima, envolver-lhe o tórax com os braços, logo abaixo das axilas.
• Colocar o lado do polegar do punho da mão no meio do osso esterno da
vítima, com cuidado para afastar-se da porção inferior do osso esterno
e das costelas.
• Colocar a outra mão em cima da primeira e fazer cinco compressões para
trás, ate que o corpo estranho seja expelido ou vítima se torne
inconsciente. Caso isso ocorra, iniciar as manobras de RCP.
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8. PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA - RESSUSCITAÇÃO
CÁRDIO PULMONAR
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8.1. RCP EM CRIANÇAS
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Desfibrilador Externo Automático
O uso do DEA é grande nos Estados Unidos e tem demonstrado uma maior
eficiência quando empregados por socorristas leigos em locais de grande público
como aeroportos, shoppings, estádios, do que quando empregado somente pelo
sistema médico de emergência.
O DEA é um aparelho capaz de analisar o ritmo cardíaco e aplicar o choque
quando necessário. Para isso o ritmo cardíaco apresentado pela vítima deve ser
chocável, o que ocorre somente com a Fibrilação Ventricular (FV) e a Taquicardia
Ventricular sem perfusão (TV). Cerca de 70 % das PCS apresentam FV em
algum momento da parada. Vítimas com parada devido a um trauma normalmente
apresentam assistolia (sem ritmo).
Aplicação do Choque
Para a aplicação do choque o socorrista deve observar os mesmo sinais de
parada citados acima: inconsciência sem resposta a estímulos, ausência de
movimentos respiratórios e ausência de pulso. Verificado que a vítima está em
parada o socorrista deve seguir os seguintes passos:
• Ligue o DEA análise
• Exponha o peito da vítima e fixe as pás auto-adesivas no tórax
• Afaste-se da vítima e aguarde o DEA analisar o ritmo cardíaco
• Após a análise o DEA indicará o choque ou não, se não for indicado avalie
a vítima e inicie o RCP;
• Com o choque indicado afaste todos da vítima e aplique o choque.
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9. FERIMENTOS – HEMORRAGIAS/CHOQUES
9.1. FERIMENTO
Classificação:
Fechado: contusão
• Equimose
• Hematoma
Aberto: ferida
• Incisiva
• Contusa
• Perfurante
• Transfixante
• Escoriação
• Amputação
• Laceração
Feridas incisivas
Aproxime e fixe suas bordas com curativo compressivo, utilizando atadura ou
bandagem
Feridas lacerantes
Controle o sangramento, proteja com gaze estéril firmemente pressionada.
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Não retire objeto que esteja transfixado no corpo, pois pode produzir
hemorragia severa além de geralmente agravar a lesão.
• Faça o curativo de forma a fixar o objeto junto ao corpo, sem movê-lo.
• Mantenha a pressão, fixando as ataduras com esparadrapo ou atadura ou
bandagem.
Revisando
• Evitar contato com sangue ou secreções. Usar luvas de proteção ou
improvisar, envolvendo a mão em saco plástico limpo.
• Informar sobre a natureza do agente causador.
• Lembrar sempre da abordagem primaria, a prioridade é garantir vias aéreas
permeáveis.
• Cobrir o ferimento com gaze ou algum pano limpo e fixe o curativo.
9.2. HEMORRAGIA
Tipos de Hemorragia:
• Hemorragia externa - É o sangramento que pode ser observado. O
sangramento de feridas, fraturas expostas, pelo nariz e de outras áreas
traumatizadas, são exemplos de hemorragia externa.
• Hemorragia interna - É o sangramento que extravasa para o interior do
corpo, dentro dos tecidos ou cavidades. O sangramento de órgãos
internos como o fígado, rim, baço, são exemplos de hemorragia interna.
• Hemorragia arterial - A cor do sangue é de um vermelho vivo e sai sempre
da lesão em jato intermitente.
• Hemorragia venosa - A cor do sangue é de um vermelho mais escuro e sai
em fluxo contínuo.
• Hemorragia capilar - De coloração avermelhada e é facilmente controlada.
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Métodos de Controle de Hemorragia Externa
Compressão direta – Usar uma compressa ou um pano limpo sobre o
ferimento, pressionando-o com firmeza;
Use uma atadura, tira de pano ou outro recurso que tenha à mão para
amarrar a compressa no lugar; caso não possua uma compressa ou pano limpo,
comprimir a ferida com os dedos ou mão, evitando uma hemorragia abundante.
Elevação do membro atingido – Quando uma extremidade é elevada de
forma que a área ferida fica acima do nível do coração, a gravidade ajuda a diminuir
o fluxo de sangue. Esse método deve ser utilizado simultaneamente com o da
pressão direta.
Não deve ser usado em caso de fraturas e luxações ou objetos empalados na
extremidade.
Pressão digital sobre o ponto de pulso – A pressão sobre o pulso de artéria
é utilizada quando os dois métodos anteriores falharam ou quando não se tem
acesso ao local do sangramento (esmagamento, extremidades presas nem
ferragens). É a pressão aplicada com os dedos sobre os pontos de pulso de uma
artéria contra uma superfície óssea. É necessário habilidade do agente e
conhecimento dos pontos exatos de pressão das artérias.
Principais pontos:
• Artéria Braquial: Para sangramentos de membros superiores.
• Artéria Femural: Para sangramentos de membros inferiores.
• Artéria Temporal: Para sangramentos de couro cabeludo.
Hemorragia nasal:
• Manter a pessoa sentada com a cabeça reta.
• Orientar para cuspir, se o sangramento for intenso e não deglutir.
• Aplicar compressa de gelo na testa (base do nariz)
9.3. CHOQUE
Choque hipovolêmico
O tipo mais comum de choque que o socorrista vai encontrar no atendimento
pré-hospitalar. Sua característica principal é a diminuição acentuada do volume de
sangue.
Pode ser causado pelos seguintes fatores:
Perda direta de sangue: hemorragia interna e externa;
Perda de plasma: em caso de queimaduras, contusões e lesões traumáticas;
Perda de líquido pelo trato gastrointestinal: provoca desidratação, pode ser
por vômito ou episódios de diarréia.
Choque anafilático
Resulta de uma reação de sensibilidade a algo a que o paciente é
extremamente alérgico; como picada de inseto (abelhas, vespas), medicação,
alimentos, inalantes ambientais,etc.
A reação anafilática ocorre em questão de segundos ou minutos após o
contato com a substância a que o paciente é alérgico.
Alguns sinais e sintomas são característicos:
• Pele avermelhada, com coceira ou queimação;
• Edema de face e língua;
• Respiração ruidosa e difícil devido ao edema de cordas vocais; e
• Finalmente queda da pressão arterial, pulso fraco, tontura, palidez e
cianose; e até coma.
O paciente em choque anafilático necessita de medicação de urgência para
combater a reação, administrada por médico.
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10. FRATURAS
10.1. CLASSIFICAÇÃO:
• Dor;
• Deformidade;
• Impotência funcional;
• Aumento de volume ( inchaço);
• Crepitação, sensação audível causada pelo atrito dos fragmentos ósseos
fraturados.
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10.3. CUIDADOS GERAIS NO ATENDIMENTO DA FRATURAS:
• Se não existir um serviço de atendimento à emergências onde você se
encontra, imobilizar as fraturas para transportar a vítima de modo mais
confortável e com o máximo de cuidado.
• Não mover a vítima até que as fraturas estejam imobilizadas, com exceção
se a vítima estiver perto de fogo, explosões, etc... Nestes casos, a
vítima deve ser resgatada no sentido do maior eixo do corpo.
• Reduzir a dor.
• Evitar maiores lesões nos tecidos moles ao redor da fratura.
• Para Fraturas abertas, controlar o sangramento e cobrir a ferida com
curativo limpo antes de imobilizar.
• No caso de fratura exposta não tente colocar o osso no lugar;
• Se tiver fratura em joelho, tornozelo, punho e cotovelo, não tentar retificar a
fratura;
• Imobilizar todas as fraturas até a articulação anterior e posterior;
• Aplicar uma leve tração enquanto imobiliza e manter até que a tala esteja
no lugar;
• As talas devem ficar firmes, mas não tão apertadas a ponto de interferir na
circulação.
Fraturas de extremidades:
• Na fratura de ossos longos, execute suaves manobras de alinhamento e
tração, antes de imobilizá-los.
• Apóie o membro fraturado, uma das mãos acima, outra abaixo do foco de
fratura, e faça leve tração. O alinhamento deve ser natural, se persistir
a deformidade, não force.
• Mantenha a tração até que a tala de imobilização esteja no lugar.
• Imobilize a fratura, incluindo a articulação antes e depois da fratura.
Braço e antebraço
• Imobilize toda a extremidade superior junto ao corpo o tórax.
• Posicione o cotovelo a 90º e a bandagem triangular para realizar uma
tipóia.
Punho
• Imobilize desde a raiz dos dedos até o cotovelo, mantendo o punho em
extensão.
Dedos da mão
• Imobilize desde a ponta dos dedos até o punho, com os dedos e semiflexão
(mão semifechada).
• Coloque um acolchoado na palma da mão, que abranja o punho.
• Coloque e prenda atadura desde o cotovelo até a ponta dos dedos.
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Tornozelo e pé
• Imobilize desde a raiz dos dedos até o joelho.
• Mantenha o tornozelo a 90º
• Retire o sapato e não apóie o pé.
Fratura de crânio
É a quebradura de estrutura óssea que forma a cabeça.
É grave pois pode fazer lesão cerebral.
Fratura de coluna
As lesões de colunas devem ser manipuladas cuidadosamente para prevenir
lesão medular e nervosa.
Sinais e Sintomas
• Perda de controle motor (paralisia);
• Perda de sensibilidade (anestesia).
Cuidados:
O modo como as vítimas de lesão de coluna são manipuladas faz a diferença
entre recuperação total, seqüela permanente e morte.
Fratura de coluna cervical – é próprio de lesões de medula espinhal, na altura
do pescoço.
As vítimas com lesão de coluna e pescoço, em acidentes de carro, devem
ser imobilizadas dentro do carro, mantendo nariz e umbigo alinhados e depois,
retiradas com tábua de dorso;
Devem ser transportadas em decúbito dorsal (de costas), de lado, se
devidamente imobilizada, para facilitar saída de secreções;
A pessoa deve ser extremamente cuidadosa;
Cabeça, pescoço e tronco devem ser alinhados com uma leve tração aplicada
ã cabeça para evitar qualquer movimento.
Fratura de Pélvis:
• Deve ser considerada perigosa porque pode perfurar bexigas, intestinos ou
outros órgãos com fragmentos ósseos
• Não rolar a vítima, erguê-la de preferência com quatro pessoas;
• Colocar protetor entre as coxas;
• Enfaixar juntos joelhos e tornozelos;
• Enfaixar o quadril com bandagens longas e largas.
Fratura de nariz:
Geralmente há deformidade considerável, dor intensa, edema e
sangramentos.
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• Usar compressas frias;
• Usar dois rolos de bandagem, um de cada lado do nariz e fixá-los com fita.
Fratura de costela:
Resulta de trauma sobre a grande costal
• Aplicar três faixas largas para cobrir toda a caixa torácica no local da
fratura;
• Pedir que a vítima expire e atar um nó a cada expiração.
Fratura de úmero:
Uma fratura difícil de imobilizar.
• Colocar o braço afetado em uma tipóia bem junto ao corpo. Uma pequena
tala pode ser usada na lateral do braço, junto com a tipóia. Se o braço
estiver estendido e não conseguir fletir o cotovelo, pode-se usar uma
tala no braço todo.
Fratura de antebraço:
• A imobilização pode ser feita por talas acolchoadas, infláveis ou mesmo
revistas, jornal dobrado, arames, etc.
Fratura de perna:
Para tratar as vítimas de fraturas da perna, alinhar o membro o mais próximo
possível da posição normal, fazendo leve tração, imobilizar como a uma fratura de
fêmur, podendo nesses casos usar talas infláveis inteiriças que dão excelente
imobilização.
Todo material para a imobilização, sejam – talas de madeira, papelão,
revistas, arames, etc... devem ser preparados antes de se iniciar os cuidados.
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11. QUEIMADURAS
Profundidade
• Primeiro grau – queimadura superficial que se restringe à epiderme
camada superficial da pele. Apele fica avermelhada e quente, a dor é
leve e moderada ardência (queimadura solar).
• Segundo grau – atingindo a epiderme e derme, a pele avermelhada com
bolhas, superfície úmida e dor severa.
• Terceiro grau – a mais grave, atinge a espessura total da pele (epiderme,
derme até o subcutâneo), podendo atingir nervos, músculos e até
ossos. Sua característica costuma ser escuras, com aspecto de couro
ou pele esbranquiçada, parecendo cera. A superfície seca tem
aparência carbonizada. Geralmente é indolor, por causa da destruição
das terminações nervosas.
A segurança de quem presta socorro deve ser reforçada quando for atender
vítima de queimadura, precavendo-se contra as chamas, os gases tóxicos e a
fumaça.
Interrupção do processo de queimadura em caso de fogo, apague com água
ou abafe com cobertor, começando sempre da cabeça ou rolando a vítima no chão.
Conduta:
• Afastar a vítima da origem da queimadura
• Cuidado com sua segurança pessoal
• Não descuidar da abordagem primária – A B C
• Resfriar a lesão com a temperatura ambiente
• Proteger o paciente com lençóis e/ou cobertores
• Evitar o uso de gelo no local Vaso constrição
• Não transportar o paciente envolto em panos úmidos Hipotermia
• Remover jóias e vestes
• Não utilizar: manteiga, dentifrícios, pomadas, etc
• Manter bolhas intactas
• O2 em altas concentrações
• No exame secundário – Avaliar pela regra dos nove a SCQ
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Temperaturas próximas ou abaixo do ponto de congelamento podem produzir
isquemia tecidual, congelamento e, assim, lesões teciduais.
Áreas mais comumente afetadas: dedos, mãos, pés, face e orelhas.
A pele se apresenta acinzentada ou amarelada e fria; a vítima se queixa de
dor ou amortecimento local; as lesões mais profundas deixam a pele com aspecto
de cera; dor e amortecimento desaparecem, porque as terminações nervosas
estarão lesadas. Lesões superficiais podem ser tratadas por reaquecimento,
colocando a região atingida em contato com superfície corporal aquecida. Lesões
profundas só devem ser reaquecidas em ambiente hospitalar.
11.5. HIPOTERMIA
11.6. INSOLAÇÃO
A insolação ocorre quando o sistema de controle de temperatura do corpo
falha e a temperatura corporal sobe para um nível perigosamente alto.
Os pacientes com insolação podem ter pele quente, seca, avermelhada,
batimentos cardíacos acelerados e ficarem desorientados, confusos ou
inconscientes. È uma condição que oferece risco de morte.
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12. CHOQUE ELÉTRICO
A eletricidade é uma forma de energia (corrente elétrica) que pode fluir entre
dois pontos, desde que entre eles exista uma diferença de potencial elétrico
(voltagem ou tensão), ou seja, desde que um deles esteja mais carregado de
energia elétrica que o outro.
Durante o atendimento, primeiramente garanta a própria segurança e dos
demais presentes na cena, depois não tocar na vítima antes de se certificar de que o
circuito já tenha sido interrompido. Desligar a chave geral nos ambientes
domiciliares e industriais. Chamar a companhia de energia elétrica nos acidentes em
via pública. Se as vítimas estiverem dentro de veículo em contato com um cabo
energizado, orienta-Ias para que lá permaneçam até a chegada dos técnicos da
companhia de energia elétrica. Se há risco real de incêndio, desabamento ou
explosão, orienta-Ias para saltar do veículo sem estabelecer contato simultâneo com
a terra.
Realize após a cena estiver segura a abordagem primária e depois do
paciente estabilizado inicie a abordagem secundária.
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13. EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
13.4. DISPNÉIA
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O termo dispnéia significa a repicarão difícil. Não è uma doença primária, mas
surge como conseqüência de condições ambientais trauma e doenças clínicas,
como por exemplo, obstrução das vias aéreas por corpo estranho, doenças
pulmonares (bronquite crônica e enfisema), condições cardíacas, reações alérgicas,
pneumotórax, asma brônquica etc.
13.6. COMA
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predominantes nas pessoas mais idosas, freqüentemente surpreendem jovens,
comprometendo sua capacidade de laborativa.
O vaso pode ser obstruído por trombo ou êmbolo, ou sua luz comprimida por
tumor ou trauma.
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Doença de elevada incidência que, às vezes, acarreta problemas e
dificuldades sérios com relação ao diagnóstico e ao tratamento, pondo em risco a
vida do doente. Isso ocorre porque as causas são múltiplas, muitas até graves.
Entre elas, apendicite, obstrução intestinal, hérnia estrangulada, úlcera
perfurada, gravidez ectópica, inflamação da membrana da cavidade abdominal
(peritonite).
13.14. OFIDISMO
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Cascavel.
Sinais e sintomas
LOCAL - Quase ausentes, inchaço, pouca dor ou formigamento.
GERAL - Dor de cabeça, náusea, prostração, sonolência, turvação de vista,
dificuldade para deglutir, dores musculares.
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Coral.
Sinais e sintomas
LOCAL - Quase ausentes.
GERAL - Náusea, vômitos, prostração, sonolência, perda de equilíbrio,
fraqueza muscular, paralisia flácida podendo chegar a parada respiratória.
Prevenção
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14. PRIMEIROS SOCCORROS COM ÊNFASE EM ACIDENTES
OFÍDICOS
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Tratamento: Suportivo e sintomático; nos casos mais graves está indicado a
soroterapia.
Tarântula (Lycosa)
Pouco agressiva, causando acidentes leves, não faz teia e é encontrada em
jardins.
Tratamento: Analgésico.
Lagartas (Lonomia)
Também chamadas de taturanas, possuem o corpo revestidos de espinhos
com poderosa toxinas, vivem agrupadas em troncos de árvores, causando acidente
pelo contato com seus espinhos. A vítima pode apresentar dor local em queimação,
vermelhidão, edema, cefaléia, náuseas e vômitos, podendo ocorres após 72h
manchas pelo corpo, manifestações hemorrágicas, podendo evoluir para
insuficiência renal e morte.
Escorpiões (Tityus)
Existem diversa espécies, mas duas merecem atenção médica O escorpião marrom
(tityus bahiensis) e amarelo (Tityus serrulatus), a vítima apresenta dor, queimação
podendo ocorrer sudorese, arritmias cardíacas, edema agudo do pulmão e choque.
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15. START- SIMPLES TRIAGEM E RÁPIDO TRATAMENTO
15.1. TRIAGEM
15.3. RESUMO
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Triagem de todas as vitimas, tratamento médico no local para estabilização
das vitimas e transporte para o hospital mais adequado.
Fluxograma – START
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16. REFERÊNCIAS
CAMPBELL, John Emory. Basic trauma life support - Advanced prehospital care, 2
Ed. Mariland: Prentice-Hall, 1988.
CAROLINE, Nancy L. Emergency care in the streets. 5 Ed. Boston: Little, Brown,
1995.
PHTLS - Basic and Advanced, Pré-Hospitalar Trauma Life Support. Sétima Edição,
Rio de Janeiro, 2011.
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