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EXAME FÍSICO – PUNHO

E MÃO

DIOGO ZORTÉA
OBJETIVO
 Tornar o acadêmico capaz de avaliar
pacientes com disfunções do complexo do
punho e da mão.
REVISÃO ANATÔMICA
REVISÃO BIOMECÂNICA
INSPEÇÃO
 Inspeção inicial – observar a entrada do
paciente na sala de exames e a liberdade
dos movimentos com as mãos.
 Observe a mão em posição de repouso.
 Observe as pregas e suas extensões.
PALPAÇÃO -Óssea
 Processo estilóide do rádio – ponto de partida
 Processo estilóide da ulna – medialmente.
 Tabaqueira anatômica – Abdutor longo/Extensor
curto e Extensor Longo
 Escafóide – o mais fraturado osso do carpo.
Forma o assoalho da tabaqueira anatômica.
Palpa--se realizando desvio ulnar, com o dedo
Palpa
indicador ou polegar na tabaqueira. É
hipovascularizado.
 Trapézio – Articula-
Articula-se superiormente com o 1º
metacarpo e inferiormente com o escafóide.
 Que tipo de articulação é a articulação
trapézio--1º metacarpo? Quais os
trapézio
movimentos possíveis?
 Tubérculo do rádio ou tubérculo de Lister –
palpado no terço médio do dorso do rádio
(latero--lateralmente). Traçando
(latero Traçando--se uma linha
imaginária dando-
dando-se continuidade ao terceiro
metacarpo, Têm-
Têm-se as seguintes estruturas: 3º
metacarpo, capitato, semilunar e o tubérculo do
rádio (extensor radial curto do carpo).
 Capitato – é o maior osso do carpo. Palpado na
base do 3º metacarpo. Depressão.
 Semilunar – imediatamente proximal ao captato
(após a depressão) ou distalmente ao tubérculo
do rádio. Luxável facilmente.
 Processo Estilóide da Ulna
 Piramidal – palpa-
palpa-se imediata e distalmente ao
proc estilóide da ulna, facilmente palpado com
desvio radial.
 Pisiforme – osso sesamóide (flexor ulnar do
carpo) anterolateralmente ao piramidal.
 Uncinado – palpado distamente e lateralmente
ao piramidal. Coloque a articulação
interfalangeana do seu polegar sobre o
pisiforme do paciente, em seguida, direcione a
ponta do polegar para a base do 2º dedo e
então leve de encontro a o polegar com a
superfície palmar do paciente.
 Metacarpos
 Falanges
Palpação – Tecidos Moles
 PUNHO
 Tabaqueira anatômica. Fazer extensão do
polegar. Abd longo e extensor Curto (em
cima do estilóide) Extensor longo (mais
dorsal) e o escafóide formando o
assoalho.
TÚNEIS DO CARPO
 Extensores:
 Túnel I – Abdutor longo e extensor curto ( De Quervain)
 Túnel II – lateralmente ao tubérculo do rádio – extensor
radial longo e curto do carpo.
 Túnel III – Medialmente ao tubérculo de lister. Extensor
longo do polegar.(45º após o tubérculo de Lister em
direção ao polegar)
 Túnel IV – Medialmente ao túnel III. Extensor comum
dos dedos e do indicador.
 Túnel V – Imediatamente lateral ao proc estilóide da
ulna, sobre a articulação radio-
radio-ulnar distal. Extensor do
dedo mínimo.
 Túnel VI – medialmente ao proc estilóide da ulna entre o
proc e a cabeça da ulna. Extensor ulnar do carpo.
TÚNEIS DO CARPO - PALPAÇÃO
 FLEXORES:
 Flexor ulnar do carpo – o piriforme encontra
encontra--s dentro do tendão.
Flexionando--se o punho este músculo torna-
Flexionando torna-se mais saliente.
 Túnel de Guyon – é um canal feito por um sulco existente entre o
uncinado e o pisiforme, recoberto por ligameneto e tecido
conjuntivo denso. No interior do canal ou túnel de Guyon passa a
artéria e o nervo ulnar.
 Artéria ulnar – palpar o pulso.
 Palmar longo – para palpá
palpá--lo, peça flexão do punho e peça para que
o paciente encontre os dedos indicador e mínimo. Está ausente em
7% da população.
 Túnel do Carpo – formado radialmente pelo tubérculo do escafóide
e do trapézio, medialmente pelo pisiforme e o uncinado,
inferiormente pelos ossos do carpo e superiormente pelo ligamento
transverso do carpo. No interior deste túnel contém os flexores dos
dedos e o nervo mediano.
 Flexor radial do carpo – lateralmente ao palmar longo, cruza o
escafóide e vai para a base do 2º metacarpo. Torna-
Torna-se proeminente
realizando flexão do punho.
Mão
Eminência Tenar – formada por três músculos na base do polegar,
abdutor curto, oponente e flexor curto do polegar. (túnel do carpo)
Eminência Hipotenar – longitudinalmnte ao dedo mínimo e próximo ao
mesmo, formado pelo abdutor do dedo mínimo, oponente e o flexor
do dedo mínimo.(canal de Gyon)

Palma
Aponeurose (buscar assimetrias)
Tendões flexores (dedo em gatilho)

Dorso
Tendões extensores
Falanges (deformidades?)
Polpas digitais
PATOLOGIAS MAIS FREQÜÊNTES
 TENDINITE DE DE QUERVAIN
 CONTRATURA DE DUPUYTREN
 DEDO EM GATILHO
 ARTRITE REUMATÓIDE
 SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO
 DEFORMIDADES DOS DEDOS
 Botoeira: hiperextensão da interfalangeana distal e
flaxão da interfalangeana média.
 Em martelo: flexão da interfalangeana distal.
 Pescoço de Cisne: flexão da interfalangeana distal,
hiperextensão da interfalangeana média.
 Baqueta
AMPLITUDE DE MOVIMENTO
 PUNHO
 Flexão – 80º-
80º-90º
 Extensão – 70-
70-80º
 Desvio radial – 20º
 Desvio ulnar – 30º
 Metacarpo falangeana
 Flexão – 90-
90-100º
 Extensão – 30º-
30º-45º
 Abdução--adução – 20º
Abdução
 Flexão do polegar – 50º
 Flexão/Extensão do polegar (metacarpofalangeana) – 50º/0º
 Abdução/adução do polegar – 70º/0º
 Oponência
 Interfalangeana proximal
 Flexão – 100º
 Extensão – 0º-
0º-10º
 Flexão/Extensão do polegar (interfalangeana) – 90º/20º
 Interfalangeana distal
 Flexão – 90º
 Extensão –20º
 Avaliar a ADM Ativo e passivamente.
 Verificar a qualidade e a quantidade do
movimento, observando a contração
muscular.
EXAME NEUROLÓGICO
 MOTOR
 SENSITIVO
 REFLEXO
EXAME NEUROLÓGICO
 MOTOR
 Punho
 Extensão - C6
 Flexão - C7

 Dedos
 Extensão – C7
 Flexão – C8
 Abdução/adução – T1

 Polegar
 Extensão – C7
 Flexão – C6 C7 C8
 Abdução – C6 C7
 Adução – C8
 Oponente do Polegar – C6 C7

 Oponente do Dedo Mínimo – C8


Prova de função muscular.
 Flexor superficial dos dedos: falanges
médias.
 Flexores Profundos dos dedos: Falanges
distais.
EXAME NEUROLÓGICO
 SENSIBILIDADE
 Dermátomos C6, C7 e C8
 Nervo radial – dorso da mão e dos 3 primeiros dedos e
a metade do anular até a articulação interfalangeana
distal.
 Nervo Mediano – porção radial da palma da mão e as
superfícies palmares dos 3 primeiros dedos a metade
anterior do 4 e ainda a porção dorsal das falanges distai
dos mesmos.
 Nervo Ulnar – supre a região ulnar tanto palmar
quanto dorsal e a metade do 4 e todo 5 dedo.
TESTES ESPECIAIS
 Teste para Flexor superficial dos dedos: falanges médias.
 Teste Para os Flexores Profundos dos dedos: Falanges distais.
 Teste de Filkenstein (tendinite de De Quervain
Quervain)) – peça ao paciente
para fletir o polegar e em seguida fletir os demais dedos
aprisionando o polegar e logo após realizar um desvio ulnar.
ulnar.
Fundamento: nesta posição o abdutor longo e extensor curto do
polegar encontran
encontran--se em estado de tensão, quando se realiza o
desvio ulnar
ulnar,, alonga-
alonga-se ao máximo estes dois músculos. Presença
de dor é sugestivo de inflamação destes musculos.
musculos.
 Sinal de Tinel
 Teste de Phalen – pedir ao paciente para encontrar os dorsos das
mãos e realizar pequena pressão, mantendo esta posição de um a
dois minutos. Fundamento: este teste visa verificar a presença de
edema no túnel do carpo. Parestesia na região dos dedos é
indicativo de síndrome do túnel do carpo.
 Teste de Perfusão.
PERGUNTAS E CASOS CLÍNICOS
 Paciente 38 anos, sexo masculino, trabalha como
digitador em uma empresa de grande produtividade.
Refere dor a palpação na região lateral do antebraço e
dificuldade para realizar a AVDs e inclusive seu trabalho.
Quais estruturas que encontram-
encontram-se nessa região? Qual
nível neurológico correspondente para essas estruturas?
Qual possível patologia apresenta este paciente?
Durante a inspeção o que provavelmente poderia ser
observado? Quais as demais áreas poderíamos estar
correlacionando com a sintomatologia apresentada? O
que poderia estar provocando tal patologia (causa)?
 Paciente, “do Lar”, 31 anos, sexo feminino,
nuligesta, apresentou-
apresentou-se em seu consultório
queixando--se de dor na região do proc estilóide
queixando
do rádio. Possui como Hobbi a confecção de
artesanato. Verifica-
Verifica-se dor exatamente no
primeiro Túnel carpal. A paciente tem
dificuldade em realizar a extensão do polegar.
Quais estruturas encontram-
encontram-se no na região do
proc estilóide? Quais estruturas passam dentro
do primeiro túnel? Qual provável patologia esta
acometendo esta paciente? Quais as possíveis
causa deste quadro clínico? Qual teste seria
positivo neste caso? Porque?
 Paciente 42 anos, sexo feminino,
gestante, apresenta-
apresenta-se em seu consultório
queixando--se de dormência na palmar do
queixando
1º a metade do quarto dedo até as
articulações interfalangeanas distais e
ainda impotência funcional com perda de
força (grau III)e dor. Qual possível
patologia desta paciente? Quais estruturas
podem estar acometidas nesta lesão?

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