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ANATOMIA PALPATÓRIA – FISIOTERAPIA

PROFESSORA MS.
VANESSA TUMELERO

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ANATOMIA PALPATÓRIA

UNIDADE 1 - CINTURA ESCAPULAR E OMBRO

CINTURA ESCAPULAR

Osteologia

Clavícula
Extremidades mediais, diáfise, extremidades laterais

Escápula
Ângulo inferior, borda lateral ou axilar, borda medial ou vertebral, ângulo superior, espinha da escapula,
acrômio e processo coracoide

Úmero (Extremidade Superior)


Tubérculo maior e menor e tendão da porção longa do bíceps

Clavícula:
Extremidades mediais;
Paciente: sentado ou em d.d. de frente para o terapeuta;
Terapeuta: de frente para o paciente;
Palpação: palpar as extremidades mediais das clavículas com os polegares, mãos pronadas contornando
os ombros;
Verificar mobilidade ântero-posterior;

Extremidades laterais:
Paciente: sentado ou em d.d de frente para o terapeuta
Terapeuta: de frente para o paciente
Palpação: seguindo pela diáfise das clavículas, de medial para lateral, onde se percebe a convexidade
anterior (1/3 medial) e concavidade anterior (1/3 lateral) até as extremidades laterais imediatamente
antes do limite lateral, encontra-se a tuberosidade (no ponto de inserção do trapézio superior). Logo
após há uma depressão que corresponde à extremidade lateral da clavícula aonde ela se articula com o
acrômio.

Escápula:
Ângulo inferior, borda lateral e medial
Paciente: de pé, sentado ou em d.v. com o braço rodado medialmente e antebraço apoiado nas costas, de
costas par o terapeuta.
Terapeuta: de frente para o paciente;
Palpação: com a mão sensitiva, encaixar a região da mão compreendida entre o polegar e o indicador. Se
for a mão direita palpando a escápula direita, o polegar corresponderá à borda medial e o indicador à
borda lateral.

Ângulo superior
Paciente: de costa para o terapeuta, sentado ou d.v.
Terapeuta: de frente para o paciente;
Palpação: o dedo sensitivo palpará a raiz da espinha da escápula e o ângulo superior se encontra 2 dedos
acima da raiz da espinha da escápula.
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Espinha da escápula
Paciente: de costa para o terapeuta, sentado ou d.v
Terapeuta: de frente para o paciente
Palpação: palpar a espinha da escápula de medial para lateral, medialmente no seu limite, encontra-se a
raiz da espinha da escápula. Lateralmente, encontra-se o ângulo da espinha que representa o limite
entre a espinha e o acrômio que é a sua continuidade.

Acrômio
Paciente: de costa para o terapeuta, sentado ou d.v
Terapeuta: de frente para o paciente
Palpação: palpar o acidente que é a continuação natural da espinha da escapula.

Processo Coracoide
Paciente: sentado ou em d.d., de frente para o terapeuta;
Terapeuta: de frente para o paciente;
Palpação: o terapeuta colocará seu dedo sensitivo sobre o sulco delto-peitoral, 2 dedos abaixo da
clavícula. Aí se encontra p processo coracoide.

Úmero (Extremidade superior):


Tubérculo maior e menor e tendão da porção longa do bíceps
Paciente: sentado, braço ao longo do corpo, cotovelo a 90º em rotação neutra;
Terapeuta: ao lado do paciente ou em frente a ele;
Palpação: na região anterior proximal do úmero, o terapeuta palpará transversalmente a porção longa do
bíceps. A seguir o terapeuta deposita sua mão sensitiva na face anterior da região superior do úmero e
realizará rotação medial para palpar o tubérculo maior do úmero e realizará rotação lateral para palpar
o tubérculo menor do úmero.

Artrologia:

Articulação esterno-clavicular
Paciente: sentado ou em d.d. de frente para o terapeuta;
Terapeuta: de frente para o paciente;
Palpação: palpar as extremidades mediais das clavículas com os polegares, mãos pronadas contornando
os ombros; apenas deslocando o dedo sensitivo medial e caudalmente.

Articulação acrômio-clavicular
Paciente: sentado ou em d.d. de frente para o terapeuta;
Terapeuta: de frente para o paciente;
Palpação: seguindo pela diáfise das clavículas, de medial para lateral, onde se percebe a convexidade
anterior (1/3 medial) e concavidade anterior (1/3 lateral) até as extremidades laterais imediatamente
antes do limite lateral, encontra-se a tuberosidade (no ponto de inserção do trapézio superior). Logo
após há uma depressão que corresponde à extremidade lateral da clavícula aonde ela se articula com o
acrômio.

Ligamento interclavicular
Paciente: sentado ou d.d., de frente para o terapeuta;
Terapeuta: de frente para o paciente;
Palpação: o dedo sensitivo palpará o ligamento interclavicular entre as 2 clavículas, sobre o manúbrio.

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Ligamento acrômio-clavicular
Paciente: sentado ou d.d., de frente para o terapeuta;
Terapeuta: de frente para o paciente;
Palpação: o dedo sensitivo do terapeuta encontra-se entre a extremidade lateral da clavícula e o
acrômio.

Bursa Subacromial
Paciente: sentado com o braço em extensão ou d.d., de frente para o terapeuta;
Terapeuta: de frente para o paciente;
Palpação: delimita-se a extremidade anterior do acrômio, imediatamente abaixo deste encontra-se a
bursa subacromial.

Articulação escapulo-torácica
Paciente: preferencialmente em d. lateral, de costas para o terapeuta ou de frente para o terapeuta;
Terapeuta: de frente para o paciente;
Palpação: palpa-se a borda medial da escápula e segure-a fazendo mobilizações verificando a mobilidade
da escapula no gradil costal.

Nota: Os demais ligamentos presentes na região não podem ser palpados diretamente, pois nessa região
há muita interposição de tecidos.

Miologia

Músculos que ligam o Membro Superior, Cintura Escapular à Coluna Vertebral:


Trapézio, grande dorsal. rombóide maior, rombóide menor, levantador da escápula

NOME ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO


Trapézio Linha da nuca superior 1/3 lateral da clavícula, Eleva e gira superiormente
Prot. Occipital extensão do acrômio e espinha da Retração
ligamento nucal escápula Depressão da escápula
Processos espinhosos de
todas cervicais e torácicas
Levantador da escápula Tubérculo posterior do Borda medial da escápula, Eleva a escápula
processo transverso das da espinha até o ângulo
quatro primeiras vertebras superior
cervicais
Romboide maior e menor Processo espinhosos da 7ª Borda medial da escápula, Elevam e retraem a
vertebra cervical e das da espinha até o ângulo escápula
cincos primeiras vertebras inferior
torácicas
Grande Dorsal Processos espinhosos das Crista do tubérculo menor Extensão, adução e rotação
seis últimas vertebras e assoalho do sulco medial do braço
torácicas, crista ilíaca e intertubercular
fáscia toracolombar

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Trapézio
Palpação global do trapézio - fibras superiores, médias e inferiores.
Paciente em pé ou sentado de costas para o terapeuta.
Fisio - pede ao paciente para elevar os braços simultaneamente, atingindo aproximadamente 100° de
abdução da articulação do ombro e de forma concomitante deve realizar um esforço de adução
escapular, os cotovelos deverão estar flexionados.

Latíssimo do dorso (Grande Dorsal)


Paciente em pé, braço homolateral apoiado no ombro do terapeuta.
Fisio - de frente para a região axilar do paciente. O paciente abaixará seu braço contra o ombro do
terapeuta. O grande dorsal se tornará proeminente e facilmente palpável.

Rombóide maior
Paciente em pé, sentado ou em DV, com o braço em rotação medial, cotovelo flexionado e com o
antebraço apoiado atrás do tronco.
Fisio - ao lado do paciente, uma das mãos apoiada um pouco acima do cotovelo do paciente. A mão
sensitiva irá palpar a partir da borda vertebral da escápula, ao nível de seu ângulo inferior. O terapeuta
pedirá ao paciente um esforço em adução de escápula (retroversão de ombro) e resistirá ao movimento
na região do cotovelo já que automaticamente este se desloca para trás.

Obs.: se a palpação for feita próxima ao ângulo inferior da escápula, a palpação será direta porque nesta
região o rombóide maior é superficial.
Alguns autores afirmam que o rombóide menor não é perceptível à palpação devido ao fato dele ser
recoberto pelas fibras medias do trapézio que é responsável pelo movimento de adução da escapula, o
mesmo que é realizado pelo rombóide menor.

Levantador da Escápula
Paciente sentado com o antebraço apoiado na coxa, de costas para o terapeuta ou em D.D.
O terapeuta localiza a borda vertebral da escápula, a nível do angulo da raiz da espinha da escápula, 2
dedos acima deste ponto. Esta palpação é a de seu ponto de inserção escapular.

Músculos que ligam o Membro Superior e Cintura escapular às paredes torácicas anterior e lateral:
Peitoral maior, peitoral menor, subclávio, serrátil anterior

NOME ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO


Peitoral Menor 2ª a 5ª costela, próximo à Borda medial do processo Abaixa a escápula
união da cartilagem costal coracoide
com a costela
Peitoral Maior Metade medial da clavícula, As fibras musculares Adução, flexão e rotação
esterno e as seis primeiras convergem para tendão medial do braço
cartilagens costais e único que se fixa na crista
aponeurose do oblíquo do tubérculo maior
externo
Serrátil Anterior Digitação na face externa Face costas ângulo Protação da escápula
das oito costelas superior, borda medial e
superiores ângulo inferior da escapula

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Peitoral Maior
Paciente sentado ou em DD, com o braço fletido a aproximadamente 90°.
Fisio - de pé, de frente e ao lado do paciente, com uma das mãos sustentando o braço e impõe
resistência ao movimento de flexão horizontal.

Peitoral Menor
Paciente em DD, ou sentado com o antebraço apoiado.
Fisio - em pé, de frente para o paciente. O terapeuta posiciona um de seus dedos sobre o processo
coracoide e os outros nas costelas de 2 a 5, no sentido das fibras do peitoral menor e requisita o
movimento de depressão da escápula, com isto sentirá um aumento de tensão sob seus dedos. (Palpação
indireta)
Nota: O peitoral menor também pode ser palpado com o paciente em DD e o terapeuta localizando sua
mão sensitiva abaixo da borda lateral do peitoral maior objetivando chegar próximo ao processo coracoide
que se encontra abaixo do peitoral maior. Porém, há que se tomar muito cuidado pois essa é uma região
sensível podendo tornar essa palpação extremamente desconfortável. Partindo da premissa que estamos
com pacientes acometidos de dor, é preferível a primeira palpação já que ela permite a localização
correta do músculo sem agravar a dor.

Serrátil Anterior
Paciente em DD ou em pé com o braço a 90°.
Fisio - ao lado ou de frente para o paciente. O paciente mantém o braço elevado acima de 90°, o
terapeuta posicionará as polpas dos seus dedos próximos às costelas, imediatamente lateral e
posteriormente ao bordo ínfero-Lateral do peitoral maior. Pedirá ao paciente para posicionar o cotovelo
um pouco para frente e para cima. Esse movimento mantém a escápula contra o tórax sob a ação do
serrátil anterior e o terapeuta poderá sentir sua tensão. Poderá também pedir a protração da escapula
para perceber seu aumento de tensão.

Obs.: A porção inferior é facilmente visualizada e palpável, as porções média e superior são encobertas
pelo peitoral maior.

Músculos do Ombro:
Deltoide, subescapular, supra espinhoso, infra espinhoso, redondo menor, redondo maior

NOME ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO


Deltoide Espinha da escápula, Tuberosidade deltoidea do Abdutor (3 p. juntas) P.
acrômio e terço lateral da úmero clavícula – flexão
clavícula P. acromial – abdução
P. escapular - extensão
Subescapular Face costal Tubérculo menor do úmero Mais importante rotador
medial do braço
Supraespinhal Fossa supraespinhal da Tubérculo maior do úmero Inicia abdução do braço
escápula Rotação lateral do braço
Infra espinhal Fossa infra espinhal da Tubérculo maior do úmero Rotação lateral do braço
escápula
Redondo Menor Borda lateral da escápula Tubérculo maior do úmero Rotação lateral do braço
(2/3 superior)
Redondo Maior Borda lateral da escápula Crista do tubérculo menor Rotação medial do braço
(1/3 inferior) do úmero

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Deltoide
Porção anterior
Paciente com o braço ligeiramente abduzido e flexionado.
Fisio - à frente do paciente. Quando o braço é mantido na horizontal, já se consegue diferenciar a
porção anterior do deltóide. Para evidenciá-lo pede-se ao paciente para realizar o movimento de flexão
ou adução horizontal, que será resistido pelo terapeuta.

Porção média
Paciente sentado com o braço abduzido a 90°.
Fisio - atrás do paciente. O terapeuta resiste ao movimento de abdução do braço.

Porção posterior
Paciente sentado com o braço abduzido a 90°.
Fisio - atrás do paciente. O paciente irá executar ao mesmo tempo, um movimento de abdução e
extensão horizontal do braço, resistido pelo terapeuta.
Obs.: As manobras evidenciam a contração do músculo tomando-o visível, portanto, facilitando a
palpação.

Subescapular
Paciente em pé, tronco flexionado à frente, braço pendente, em posição neutra ou em DD, com o braço
em flexão e ligeira abdução pelo terapeuta.
Fisio - ao lado e atrás do paciente ou à frente do paciente. O terapeuta colocará a polpa de seus dedos
na região axilar, à frente do músculo grande dorsal, na direção da superfície costal da escápula, e
dorsalmente ao peitoral maior. O paciente fará um movimento de rotação medial do braço, o que
evidenciará a tensão do subescapular que será percebida pelos dedos do terapeuta.
Obs.: Para se diferenciar da palpação do grande dorsal, pede-se inicialmente para aduzir o braço e
resiste-se a esse movimento, o grande dorsal ficará evidenciado na região; após a identificação os dedos
deverão ser colocados em sentido ventral.

Nota: Deve-se tomar cuidado ao palpar a axila por causa dos importantes nervos e vasos sanguíneos
braquiais que passam por essa área. Para evitá-los, mova seus dedos lentamente pela axila enquanto
mantém contato constante com o músculo propriamente dito.

Supre espinhoso
Porção ventral
Paciente sentado, braço ao longo do corpo, cabeça inclinada para o mesmo lado da palpação, para
promover um relaxamento do músculo trapézio.
Fisio - atrás do paciente, com uma das mãos na região lateral e terço distal do braço do paciente. O
terapeuta pedirá ao paciente para abduzir o braço a 20° aproximadamente, impondo resistência a esse
movimento. A mão sensitiva estará posicionada na fossa supra-espinhal em sua porção medial.

Tendão (inserção)
Paciente sentado, braço em extensão passiva mantida pelo terapeuta ou apoiado no encosto da cadeira.
Fisio - em pé ao lado ou atrás do paciente. A palpação se realiza imediatamente caudal ao acrômio, na
região mais superior do tubérculo do úmero.

Obs.: Quando o braço se encontra pendente, o tendão no seu ponto de inserção fica encoberto pelo
acrômio.

Infra-espinhoso
Paciente sentado ou em DL, braço apoiado na região lateral do tronco, cotovelo a 90°.
Fisio - em pé, atrás do paciente. O terapeuta colocará a polpa de seus dedos sensitivos na fossa infra-
espinhal, logo abaixo da porção posterior do deltóide. Com a outra mão posicionada na face lateral do

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terço distal do braço do paciente, irá resistir à rotação lateral do braço.

Redondo Menor
Paciente em pé de costas para o terapeuta com o braço ao longo do corpo e cotovelo flexionado a 90°
ou em DV, com o braço abduzido a 90°, cotovelo a 90°, braço e antebraço apoiados na maca.
Fisio - ao lado, um pouco atrás do paciente. Neste posicionamento deve-se tentar visualizar um espaço
triangular que é formado pelo redondo maior embaixo e lateralmente, pelo infra-espinhoso medialmente,
pelo deltóide superiormente; neste espaço situa-se o redondo menor. O terapeuta posicionará a polpa de
seus dedos nesse espaço. A outra mão resistirá ao movimento de rotação lateral do braço.

Redondo Maior
Posição do paciente e terapeuta semelhante à palpação anterior.
O terapeuta localizará seu dedo sensitivo na borda lateral da escapula próximo ao ângulo inferior e
pedirá ao paciente que execute rotação medial de úmero. Com sua mão sensitiva palpará o redondo
maior, logo acima do grande dorsal, aproximadamente a dois dedos transversos do ângulo inferior da
escápula.

Nervos e vasos

Linfáticos axilares
Paciente em DD com o braço abduzido passivamente pelo terapeuta.
Fisio - em pé, de frente para o paciente. O terapeuta irá palpar a região axilar do paciente, delimitada
pela cabeça do úmero superiormente, peitoral maior anteriormente e grande dorsal posteriormente.

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UNIDADE 2 – BRAÇO

Osteologia

Úmero

Miologia

Músculos do Braço:
Coraco braquial, bíceps braquial, braquial, tríceps braquial

NOME ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO


Bíceps do Braço Porção longa – tubérculo Tuberosidade do rádio, Flexor do antebraço e
supra glenoidal através da aponeurose do eficiente supinador
Porção curta – processo bíceps na fáscia no
coracoide antebraço
Braquial Face antero medial do Tuberosidade da ulna Flexão do antebraço
úmero, distal à
tuberosidade deltoide
Tríceps do braço Porção longa – tubérculo Face posterior do olecrano Extensor do antebraço
infraglenoidal da ulna
Porção lateral – face
posterior do úmero acima
do sulco para o nervo
medial – Face posterior do
úmero abaixo do sulco para
o nervo radial

Bíceps Braquial
Paciente sentado, cotovelo fletido, antebraço apoiado na mão do terapeuta, em posição neutra.
Fisio - em pé, de frente para o paciente, com uma de suas mãos sustentando o antebraço do paciente. O
terapeuta resistirá aos movimentos simultâneos de supinação e de flexão do cotovelo realizados pelo
paciente. O bíceps ficará bem proeminente e o terapeuta poderá palpar o ventre muscular de suas duas
porções.

Braquial
O músculo braquial é palpável na região inferior do braço, lateralmente e medialmente ao bíceps braquial,
aproximadamente a um dedo e meio transverso, acima da articulação do cotovelo.
Paciente - sentado com o cotovelo ligeiramente fletido e apoiado na maca sobre um travesseiro,
antebraço pronado e apoiado.
Fisio - em pé de frente para o paciente. O terapeuta posicionará uma de suas mãos na região distal do
antebraço do paciente próximo ao punho. Com a outra mão posicionará a polpa de seus dedos a
aproximadamente um dedo e meio transverso, acima da articulação do cotovelo, da seguinte maneira: a)
2° dedo lateralmente ao bíceps braquial, 3° dedo medialmente ao bíceps braquial; b) pedirá ao paciente
um pequeno esforço para realizar a flexão do cotovelo que será resistida pelo terapeuta com uma de
suas mãos; a contração do braquial será percebida pelos dedos do terapeuta.

Tríceps braquial
Paciente de pé ou sentado, com o braço ao longo do corpo.
Fisio - atrás do paciente. O paciente irá realizar ativamente a extensão do cotovelo, contra a
resistência do terapeuta. A porção lateral do tríceps, torna-se bem saliente na região póstero-Lateral
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do braço, acima do sulco do nervo radial e abaixo do sulco deltóide posterior (aproximadamente 3 dedos
transversos do sulco anterior). A porção longa ficará bem evidenciada na região póstero-medial do
braço. Podese também visualizar uma depressão vertical que separa a porção lateral da porção longa.
Esta depressão corresponde ao tendão de inserção do tríceps braquial (dirige-se ao olecrano). A porção
média pode ser palpada um pouco inferior e medialmente à borda inferior da porção longa.

Nervos e vasos

Nervo ulnar, artéria braquial e nervo mediano


Paciente sentado ou em DD com o braço abduzido passivamente pelo terapeuta.
Fisio - de frente para o paciente, palpará a região medial do braço, percorrendo o sulco existente entre
o bíceps e o tríceps. Primeiramente nesse sulco percebe-se a palpação da artéria braquial,
imediatamente acima dela, pode-se palpar o nervo mediano e imediatamente abaixo dela, pode-se palpar
o nervo ulnar.
Obs.: Esta palpação tem que ser extremamente suave, pois a mínima compressão sobre o nervo o
deforma impedindo a sensação tátil de reconhecimento desta estrutura.

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UNIDADE 3 – COTOVELO

Osteologia

Úmero (epífise distal, epicôndilo medial e lateral)


Ulna (olecrano)
Rádio (cabeça do rádio)

Epicôndilo medial, lateral e olecrano


Paciente sentado, com o braço para trás.
Fisio - atrás do paciente, apoiando com uma de suas mãos o antebraço do paciente. O terapeuta apoiará
o 4º dedo sobre o epicôndilo lateral, o 2° dedo sobre o epicôndilo medial e o 3° dedo sobre o olecrano.
Com o cotovelo estendido estes 3 pontos estarão alinhados, formando uma linha horizontal. O paciente
realizará uma flexão de cotovelo a 90°. O 3° dedo do terapeuta irá se mover, acompanhando o
movimento do olecrano, ficando um pouco mais baixo em relação aos outros.

Cabeça do rádio
Paciente sentado, com o braço a 90°, cotovelo levemente flexionado, antebraço pronado e apoiado na
mão do terapeuta.
Fisio - em pé ou sentado de frente para o paciente, com uma das mãos segurando o antebraço pronado
do paciente. Inicia-se a palpação colocando-se a polpa do 2° dedo no epicôndilo lateral do paciente. O 3°
dedo será posicionado imediatamente ao lado do 2° dedo no sentido distal, no mesmo alinhamento. O 4°
dedo cairá sobre a cabeça do rádio, imediatamente ao lado do 3° dedo, no sentido distal

Artrologia

Ligamento colateral radial


Paciente sentado com antebraço flexionado, pronado.
Fisio – palpa esse ligamento entre o epicôndilo lateral e a cabeça do rádio.

Ligamento colateral ulnar


Paciente sentado com antebraço levemente flexionado e supinado.
Fisio – palpa esse ligamento entre o epicôndilo medial e o olecrano mais distalmente.

Miologia

Bíceps braquial (inserção distal)


Paciente sentado, com o cotovelo apoiado, antebraço em posição neutra.
Fisio - em pé ou sentado de frente para o paciente, com uma das mãos na porção distal do antebraço do
paciente. O terapeuta irá resistir aos movimentos simultâneos de flexão do cotovelo e supinação do
antebraço realizados pelo paciente. O tendão ficará facilmente palpável em forma de pinça na face
anterior do cotovelo.

Tríceps braquial
Paciente em pé, de costas para o terapeuta, braço em posição anatômica, cotovelo semi-fletido.
Fisio - atrás do paciente, com uma das mãos no terço distal do antebraço do paciente. O terapeuta
posicionará a polpa de seu 2° dedo na superfície proximal do olecrano. 0 3° dedo irá se posicionar
imediatamente acima do anterior. Pedirá ao paciente uma força de extensão do cotovelo que será
resistida pelo terapeuta. O 3° dedo perceberá que a extensão do cotovelo fará com que o tendão do
tríceps braquial fique proeminente.

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Braquial
O músculo braquial é palpável na região inferior do braço, lateralmente e medialmente ao bíceps braquial,
aproximadamente a um dedo e meio transverso, acima da articulação do cotovelo.
Paciente - sentado com o cotovelo ligeiramente fletido e apoiado na maca sobre um travesseiro,
antebraço pronado e apoiado.
Fisio - em pé de frente para o paciente. O terapeuta posicionará uma de suas mãos na região distal do
antebraço do paciente próximo ao punho. Com a outra mão posicionará a polpa de seus dedos a
aproximadamente um dedo e meio transverso, acima da articulação do cotovelo, da seguinte maneira: a)
2° dedo lateralmente ao bíceps braquial, 3° dedo medialmente ao bíceps braquial; b) pedirá ao paciente
um pequeno esforço para realizar a flexão do cotovelo que será resistida pelo terapeuta com uma de
suas mãos; a contração do braquial será percebida pelos dedos do terapeuta.

Braquiorradial
Paciente sentado, cotovelo flexionado e apoiado na maca, antebraço em posição neutra.
Fisio - de frente para o paciente, com uma de suas mãos apoiada no 1/3 distal do antebraço do paciente.
O terapeuta irá resistir à flexão do cotovelo; o braquiorradial ficará bem pronunciado, o que muito
facilitará sua palpação.

Nervos e vasos
Nervo ulnar
O sulco do nervo ulnar situa-se entre a porção medial do olecrano e o epicôndilo medial.
Paciente sentado com o cotovelo flexionado a aproximadamente a 90°, antebraço supinado e
apoiado na mão do terapeuta.
Fisio - em pé ou sentado, de frente para o paciente, segurando o antebraço do paciente com uma
das mãos, da seguinte forma: 2° dedo no olecrano, 4° dedo no epicôndilo medial, 3° dedo cairá sobre o
sulco do nervo ulnar.
OBS.: pode-se perceber o nervo ulnar sob o 3° dedo, fazem-se movimentos suaves de deslizamento para
melhor evidenciar a palpação. Esta palpação deverá ser suave para não provocar dor.

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UNIDADE 4 - ANTEBRAÇO

Osteologia

Ulna e rádio

Ulna (diáfise-borda dorsal)


O paciente sentado ou em pé, cotovelo flexionado a 90°, antebraço levemente supinado.
Fisio - em pé ou sentado de frente para a região dorsal do antebraço do paciente. O paciente irá
enfatizar a supinação ou executar um movimento de flexão do punho. Um sulco ficará proeminente na
região dorsal do antebraço. A borda dorsal da ulna é subcutânea e poderá ser palpada.

Rádio (corpo do rádio)


Paciente sentado, cotovelo flexionado, antebraço em posição neutra, apoiada na mesa.
Fisio - em frente ao paciente. O corpo do rádio pode ser palpado principalmente em sua metade distal,
basta palpá-lo em forma de pinça.

Miologia

Músculos antebraquiais palmares

Dica palpatória: ao apoiarmos a região tenar de uma de nossas mãos sobre o epicôndilo medial do úmero
e deixarmos apontados os dedos em direção ao punho, teremos de radial para ulnar, correspondendo ao
polegar: o pronador redondo, ao indicador: flexor radial do carpo, ao terceiro dedo: o palmar longo, ao
quarto dedo: o flexor superficial dos dedos e o quinto dedo: o flexor ulnar do carpo.
Obs.: Todos esses músculos têm origem no epicôndilo medial do úmero, por intermédio de um tendão
comum.

Pronador redondo
Paciente sentado, cotovelo fletido a 90° e apoiado na maca, antebraço supinado.
Fisio sentado, de frente para o paciente, com uma das mãos segurando a mão do paciente. O pronador
redondo delimita a margem medial da fossa cubital. O terapeuta apóia seus dedos sensitivos nessa
região e pede ao paciente que realize um movimento de pronação levemente resistido. Perceberá sob
seus dedos um aumento de tensão.

Flexor radial do carpo


Paciente sentado, cotovelo fletido a 90° e apoiado na maca, antebraço supinado.
Fisio sentado, de frente para o paciente, com uma das mãos segurando a mão do paciente. O terapeuta
pedirá ao paciente que execute os movimentos simultâneos de flexão do punho e desvio radial, que
serão resistidos pelo terapeuta. O tendão do flexor radial do carpo ficará proeminente próximo ao
punho, lateralmente ao palmar longo.

Palmar longo
Paciente sentado, cotovelo fletido a 90° e apoiado na maca, antebraço supinado.
Fisio sentado, de frente para o paciente, com uma das mãos segurando a mão do paciente. O paciente
fará um movimento de flexão do punho sobre o antebraço, que será resistido pelo terapeuta na região
palmar, ao nível dos metacarpos. O proeminente tendão será visualizado no 1/3 distal do antebraço,
medialmente ao flexor radial do carpo.

Flexor superficial dos dedos


Paciente sentado, cotovelo fletido a 90° e apoiado na maca, antebraço supinado.
Fisio sentado, de frente para o paciente, com uma das mãos segurando a mão do paciente só que
segurando os dedos. O terapeuta irá resistir à flexão das interfalangianas proximais, mantendo as
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distais estendidas. A tensão dos flexores superficiais poderá ser sentida pela polpa dos 2° e 3° dedos
do terapeuta, que estarão localizados medialmente ao palmar longo.

Flexor ulnar do carpo


Paciente sentado, cotovelo fletido a 90° e apoiado na maca, antebraço supinado.
Fisio sentado, de frente para o paciente, com uma das mãos segurando a mão do paciente. O paciente
fará um movimento de flexão do punho com desvio ulnar, que será resistido pelo terapeuta. O tendão do
flexor ulnar do carpo poderá ser palpado medialmente ao flexor superficial dos dedos. É o mais medial
do todos os flexores.

Músculos antebraquiais dorsais

Braquiorradial
Paciente sentado, cotovelo flexionado e apoiado na maca, antebraço em posição neutra.
Fisio - de frente para o paciente, com uma de suas mãos apoiada no 1/3 distal do antebraço do paciente.
O terapeuta irá resistir à flexão do cotovelo; o braquiorradial ficará bem pronunciado, o que muito
facilitará sua palpação.

Extensor radial longo do carpo


Paciente sentado, cotovelo flexionado, antebraço levemente pronado.
Fisio - em frente ao paciente. Uma das mãos do terapeuta será posicionada no punho do paciente,
englobando ao mesmo tempo a região dorsal da mão e o 1/3 distal do antebraço. O terapeuta irá
primeiramente resistir à flexão do cotovelo para evidenciar o braquiorradial. Os dedos do terapeuta
serão então posicionados no dorso da mão do paciente e irão resistir ao movimento de dorsiflexão do
punho. Os 2° e 3° dedos sensitivos palparão o E.R.L.C, imediatamente lateral ao braquiorradial.

Extensor radial curto do carpo


Paciente sentado, cotovelo fletido a 90º e antebraço pronado apoiado na mesa. Fisio – de frente para o
paciente. O terapeuta resistirá à dorsiflexão do punho e o dedo sensitivo acompanhará o sulco situado
abaixo do extensor radial longo do carpo, para nessa região sentir a tensão do extensor radial curto do
carpo.

Extensor dos dedos


Paciente sentado, cotovelo fletido a 90º e antebraço pronado apoiado na mesa.
Fisio – de frente para o paciente. O terapeuta irá resistir à extensão das falanges proximais do segundo
ao quinto dedos. A mão sensitiva palpará o músculo extensor dos dedos, logo abaixo do extensor radial
curto do carpo.
Nota: Deve-se observar que o paciente não movimente o punho para não aumentar a tensão dos
extensores do carpo.

Extensor ulnar do carpo


Paciente sentado, cotovelo fletido e apoiado na maca, antebraço pronado.
Fisio - ao lado do paciente de frente para a borda ulnar da mão do paciente. O terapeuta resistirá
simultaneamente aos movimentos de extensão e de desvio ulnar realizados pelo paciente. Poderá se
palpar o tendão do extensor ulnar do carpo, entre a cabeça da ulna e a base do 5° metacarpo e mais
proximamente junto à diáfise da ulna.

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UNIDADE 5 – PUNHO

Osteologia

Rádio e ulna (extremidade distal) e ossos do carpo

Ulna - cabeça da ulna e processo estilóide


Paciente sentado, antebraço pronado e apoiado na mão do terapeuta.
Fisio - de frente ou ao lado do paciente. A saliência arredondada na borda medial da ulna é a cabeça da
ulna. Para a palpação do processo estilóide, o terapeuta está de frente para a borda ulnar do antebraço
do paciente. Com uma das mãos apóia seu terceiro dedo na cabeça da ulna e seu segundo dedo no
processo estilóide. Quando o antebraço é supinado, o processo estilóide fica mais pronunciado, já
quando o antebraço é pronado, a cabeça da ulna fica mais pronunciada.

Rádio - processo estilóide


Paciente sentado, cotovelo flexionado, antebraço em posição neutra.
Fisio - de frente para paciente. O terapeuta acompanha o bordo radial do antebraço até alcançar a
saliência que corresponde ao processo estilóide do rádio.

Ossos do carpo
Em número de 8, que se distribuem em duas fileiras. Na fileira proximal, de radial para ulnar: escafóide,
semilunar, piramidal e pisiforme. Na fileira distal: trapézio, trapezóide, capitato e hamato

Escafóide
Paciente sentado, cotovelo fletido, antebraço em posição neutra, borda ulnar da mão e antebraço
apoiados na mesa.
Fisio - de frente para o paciente. O terapeuta palpa distalmente ao processo estilóide, ao nível da
tabaqueira anatômica, ou pode palpar em pinça na região proximal da mão, na sua borda radial.

Pisiforme
Paciente sentado, com o antebraço apoiado, em supinação.
Fisio - de frente para o paciente. O terapeuta palpará sobre a prega de flexão do punho no seu lado
mais ulnar e deslocará o dedo sensitivo distalmente até encontrar o pisiforme.

Miologia
Obs.: os músculos flexores e extensores dos dedos já foram abordados no antebraço. A seguir:

NOME ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO


Extensor longo do polegar 1/3 distal da face Falange distal do polegar Extensão do polegar
posterior da ulna e
membrana interóssea
Extensor curto do polegar No rádio, distalmente ao Falange próximas do Extensão do polegar
músculo abdutor longo do polegar
polegar e membrana
interóssea
Abdutor longo do polegar Faces posteriores da ulna e Face lateral da sabe do Abdução do polegar
do rádio e membrana primeiro metacárpico
interóssea

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Extensor longo do polegar
Paciente sentado, cotovelo flexionado, antebraço em posição neutra e apoiado na mesa.
Fisio - de frente para o paciente. O terapeuta oferecerá resistência na falange distal do polegar do
paciente ao movimento de extensão do polegar. A polpa do 2° dedo de sua mão sensitiva palpará o
tendão do extensor longo do polegar, que estará bem proeminente ao nível da tabaqueira anatômica.

Extensor curto do polegar


Paciente sentado, cotovelo flexionado, antebraço em posição neutra e apoiado na mesa.
Fisio - de frente para o paciente, só que a resistência é imposta na falange proximal do polegar do
paciente. Ao movimento resistido, o tendão do extensor curto do polegar ficará bem proeminente ao
nível da tabaqueira anatômica, mais radial que o anterior. Também pode-se recorrer a um movimento
associado de desvio palmar do polegar ou flexão da falange distal fazendo com que o referido tendão
fique mais pronunciado.

Abdutor longo do polegar


Paciente sentado, cotovelo flexionado, antebraço em posição neutra e apoiado na mesa.
Fisio - de frente para o paciente. O paciente fará ativamente o movimento de abdução do polegar. O
tendão do abdutor longo do polegar não é tão visível quanto os dois anteriores. Pode-se visualizar a
figura de duas letras "v"; um grande com ápice distal formado pelos extensores longo e curto do
polegar. O outro "v", menor em sentido contrário, próximo ao punho formado pelo extensor curto e
abdutor longo do polegar.

Nervos e vasos:

Nervo Mediano
Paciente sentado, cotovelo fletido, antebraço apoiado em supinação.
Fisio - de frente para o paciente. O terapeuta rebate o palmar longo, ao nível da prega de flexão do
punho e encontra o nervo mediano abaixo dele.

Nervo Ulnar
Paciente sentado, cotovelo fletido antebraço apoiado em supinação.
Fisio - de frente para o paciente. A palpação do nervo ulnar ocorre próxima ao osso pisiforme
geralmente entre ele e o piramidal.

Artéria radial
Paciente sentado, cotovelo fletido antebraço apoiado em supinação.
Fisio - de frente para o paciente. O terapeuta palpará a região mais radial do punho ao nível do processo
estilóide preferencialmente com o seu indicador. Perceberá a palpação desta artéria.

Síndrome de Quervain - extensor curto do polegar e abdutor longo do polegar

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UNIDADE 6 – MÃO

Osteologia

Metacarpos e falanges

Metacarpos
Paciente sentado, cotovelo flexionado, antebraço apoiado.
Fisio - de frente para o paciente. O terapeuta fará a extensão do 2° ao 5° metacarpos do paciente. A
cabeça de cada metacarpo ficará saliente na palma da mão do paciente, próximo às pregas dígito-
palmares. Caso o paciente realize uma flexão das falanges se visualiza facilmente a cabeça dos
metacarpos na face palmar da mão.

Miologia

NOME ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO


Abdutor curto do polegar Juntamente com o flexor Base da falange proximal Abdução do polegar
curto do polegar do polegar
Abdutor do quinto dedo Osso pisiforme Falange proximal do quinto Abdução do quinto dedo
dedo

Região tênar
Abdutor curto do polegar
Paciente sentado, cotovelo fletido, antebraço apoiado na mesa supinado.
Fisio - de frente para o paciente. O terapeuta resistirá ao movimento de abdução do polegar e com seus
dedos sensitivos apoiados na borda radial da região tênar, perceberá o aumento de tônus do músculo
abdutor curto do polegar.
Obs.: os músculos oponentes do polegar (camada média) e flexor curto do polegar (profundo) também
integram a região tênar. A região tênar da mão dominante será mais desenvolvida. A compressão do
nervo mediano levará à sua hipotrofia.

Região Hipotênar
Abdutor do 5° dedo
Paciente sentado, cotovelo fletido, antebraço apoiado na mesa supinado.
Fisio - de frente para o paciente. O terapeuta resistirá ao movimento de abdução do 5° dedo e com os
seus dedos sensitivos apoiados na borda ulnar da região hipotênar, perceberá o aumento de tônus do
abdutor do dedo mínimo ou 5° dedo.
Obs.: os músculos oponente e flexor do quinto dedo também integram a região hipotênar. A compressão
do nervo ulnar levará à sua hipotrofia.

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UNIDADE 7 - CINTURA PÉLVICA E COXA

Osteologia:

Osso ilíaco
Cristas: paciente de pé ou em DD, porém se preferir também pode ser sentado
Terapeuta de pé ou sentado de frente para o paciente coloca as mãos na lateral do quadril do paciente,
próximo à linha horizontal imaginária que corresponde à cicatriz umbilical. Suas mãos sentirão
resistência óssea que corresponde às cristas ilíacas. Pode também apoiar as mãos na linha de cintura do
paciente e desliza-Ias no sentido caudal até que sinta as cristas ilíacas.

ElAS: paciente de pé ou em DD, terapeuta de pé ou sentado de frente para o paciente, o terapeuta vai
seguir as cristas ilíacas no sentido póstero-anterior até alcançar as elas (sente-se uma estrutura
angular sob os dedos).

EIPS: paciente de pé, de costas para o terapeuta ou em DV, terapeuta de pé ou sentado de frente para
o paciente, vai seguir as cristas ilíacas no sentido antero-posterior até sentir as EIPS (sente-se como
proeminências que se destacam póstero-superiormente, próximas às "covinhas" bilaterais do sacro, bem
próximas às articulações sacro-ilíacas).

EIPI: paciente de pé, de costas para o terapeuta ou em DV, terapeuta de pé ou sentado de frente para
o paciente, palpa-se as EIPI, aproximadamente 2 dedos transversos abaixo das EIPS.

Observação: A medição comparando a altura das ElAS e EIPI, com o paciente de pé, pode ser utilizada
como parâmetro clínico para determinação de ilíaco anteriorizado ou posteriorizado; nos homens aceita-se
a normalidade com a ElAS e EIPI na mesma altura ou a EIPI com 1 dedo abaixo da ElAS, o que significa
que nos homens ele pode se apresentar ligeiramente posterior. Já nas mulheres a ElAS deve estar na
mesma linha horizontal paralela ao chão com a EIPI ou 1 dedo acima desta, o que significa que nas
mulheres ele pode se apresentar ligeiramente anterior. É importante que se faça essa medida
bilateralmente.

Tubérculo Isquiático
paciente em pé, em DL ou DV
terapeuta de pé de frente para o paciente. Se o paciente estiver em DL, o terapeuta pode colocar a
coxa do paciente em flexão e seguindo uma linha média vertical que cruza a região glútea onde palpará
o tubérculo isquiático inferiormente. Se o paciente estiver em DV a palpação se dá em um ponto médio
do sinal cutâneo do sulco glúteo (este sulco é horizontal).

Tubérculo Púbico
paciente em DD, terapeuta em pé de frente para o paciente
o terapeuta seguirá uma linha imaginaria horizontal vinda dos trocanteres maiores do fêmur em direção
medial até que palpa o tubérculo púbico. Nos homens essa palpação deve ser cautelosa, pois está em
direção à região do cordão espermático. Trata-se de uma região sensível.

Sacro
Paciente em DV com colchão (almofada) sob o quadril
terapeuta em pé ao lado do paciente. A crista sacral medial situa-se no eixo da prega Inter glútea, no
prolongamento dos processos espinhosos lombares. A mão sensitiva estará disposta longitudinalmente ao
longo da convexidade do sacro.
Cóccix
Paciente em DV com colchão (almofada) sob o quadril, terapeuta em pé ao lado do paciente.
O terapeuta palpará a região sacrococcígea, que se situa no início da prega Inter glútea, e nessa região
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tentara sentir uma depressão com sentido transverso, que representa a articulação sacrococcígea.

Fêmur
Trocânter Maior
paciente em DD
terapeuta de pé de frente para o paciente, palpará os trocanteres maiores na região lateral superior da
coxa. Eles constituem os pontos de referência tátil óssea mais laterais na região proximal da coxa.

Artrologia

Articulação sacroilíaca
paciente de pé de costas para o terapeuta ou em DV
terapeuta de pé de frente para o paciente, irá seguir as cristas ilíacas no sentido antero-posterior e
seus dedos "cairão" em depressões que correspondem à região ocupada pelas articulações sacroilíaca.
Algumas pessoas apresentam 2 "covinhas" que podem ser percebidas visualmente.

Ligamento sacroíliaco dorsal


paciente de pé de costas para o terapeuta ou em DV
terapeuta de pé de frente para o paciente, irá seguir as cristas ilíacas no sentido antero-posterior e
seus dedos "cairão" em depressões que correspondem à região ocupada pelas articulações sacroilíaca.
Os dedos sensitivos realizarão movimentos transversais procurando sentir a tensão desse ligamento.

Ligamento ílio-Lombar
paciente em DV
terapeuta de pé de frente para o paciente, segue da crista ilíaca em direção às vértebras lombares L4 e
L5, numa direção oblíqua. Para palpá-lo o terapeuta realiza movimentos transversos a ele. Esse ligamento
tem envolvimento nas escolioses lombares; manualmente pode-se realizar uma pressão de medial para
lateral para diminuir a sua tensão.

Ligamento inguinal
paciente em DD
terapeuta de pé em frente ao paciente palpa em linha reta o ligamento que se estende da EIAS até o
tubérculo púbico.

Miologia

Trígono Femoral: de forma triangular, com ápice inferior, a região denominada de trígono femoral é delimitada:
Base: constituída pelo ligamento inguinal que se estende da ElAS ao tubérculo púbico
Limite Lateral: constituído pelo músculo sartório.
Limite Medial: constituído pelo músculo adutor longo
Pelo Assoalho: constituído lateralmente pelo músculo ílio-psoas distal e reto femoral e medialmente pelo
músculo pectíneo.
O paciente em DD com a coxa flexionada e abduzida, joelho flexionado,
terapeuta de pé de frente para o paciente, segurando o membro a ser palpado, exerce uma resistência
sobre a face ântero-medial da coxa (adução e flexão da coxa), para que sobressaia a estrutura do
trígono femoral! A partir daí é necessário solicitar a ação isolada de cada músculo com o objetivo de
identificá-los e palpá-los.

OBS: Lateralmente ao sartório, a massa muscular pertence ao Tensor da Fáscia Lata, essa massa
localiza-se entre a ElAS e o trocânter maior.

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ílio-psoas (proximal)
o paciente em DD, membros inferiores estendidos relaxados apoiados na maca
o terapeuta de pé, ao lado, de frente para o paciente toma-se como referência a cicatriz umbilical e a
ElAS. Entre esses dois pontos temos uma diagonal imaginária; no seu 1/3 lateral, mais próximo ao ilíaco
pode-se pai par o psoas-ilíaco proximal (massa muscular). Para nos certificarmos que a palpação está
correta, pode-se solicitar uma flexão de coxa; isso faz com que haja aumento de tônus do músculo
abordado, o que é percebido pelo dedo sensitivo.

Reto Abdominal
o paciente em DD com pernas flexionadas, pés apoiados na maca
terapeuta de pé ao lado de frente para o paciente; apóia-se a região proximal da mão (escafóide e
pisiforme) sobre os tubérculos púbicos, com os dedos dirigidos para a cicatriz umbilical. Solicitar flexão
de tronco ou a flexão da cabeça, afastando-a da maca que poderemos perceber o aumento de tônus do
músculo abordado.

Quadrado Lombar
paciente em DL
terapeuta de pé ao lado do paciente; a palpação se dá desde a crista ilíaca, posteriormente, até o
décimo segundo arco costal, cerca de dois ou três dedos à frente da musculatura extensora (para
vertebrais lombares). Ele fixa a posição do ilíaco, também tem fibras oblíquas, não só longitudinais. Faz
flexão lateral do tronco.

Transverso do abdome
paciente em DD
terapeuta em pé ao lado do paciente com a mão sensitiva na região infra umbilical do abdome, requisita
ao paciente que aumente sua pressão intra-abdominal. (semelhante à Manobra de Valsava).

Glúteo Máximo
paciente em DV, terapeuta de pé ao lado do paciente
o terapeuta solicita uma extensão de coxa, preferencialmente com o joelho fletido. Observa-se
aumento de tônus na região glútea. O músculo glúteo máximo é o mais superficial e volumoso da região,
de fácil acesso palpatório.

Piriforme
paciente em DV ou DL com a coxa fletida
terapeuta em pé ao lado do paciente, a palpação se faz entre a borda lateral do sacro superiormente e
o trocânter maior posteriormente.

Ísquios Tibiais
paciente em DV
terapeuta em pé ao lado e de frente para o paciente, requisita-se uma extensão de coxa com o joelho
estendido e a palpação sobre o tubérculo isquiático revela aumento de tônus nas estruturas que ali se
inserem.

Músculos do assoalho pélvico ou períneo


paciente em DD com pernas flexionadas e pés apoiados na maca, ligeiramente afastados
terapeuta de pé e de frente para o paciente, a palpação se faz entre os tubérculos púbicos,
superiormente, e os tubérculos isquiáticos, inferiormente. A musculatura do assoalho pélvico encontra-
se delimitada por essas estruturas.

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NOME ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Ílio- psoas Processo transverso, corpo Trocânter menor, junto Flexão da coxa
e discos intervertebrais com o ilíaco
das vertebras lombares e
fossa ilíaca
Quadrado lombar Lábio interno da crista 12ª costela (borda medial) Puxa a última costela para
ilíaca e ligamento ílio processo transversos das baixo (expiração) inclina o
lombar primeiras quatro vertebras tronco para o mesmo lado
lombares (unilateral)
Piriforme Face pélvica do sacro Trocanter maior do fêmur Rotação lateral da coxa
Reto do abdome Crista do púbis e ligamento Cartilagens da 5ª, 6ª e 7ª Flexiona ou curva a coluna e
que cobrem a sínfise púbica costela auxilia na compressão do
abdome
Transverso do Abdome Faces int. das cartilagens Processo xifoide e linha Contração e distensão da
costas das seis costelas alba e sua aponeurose parede abdominal, mantem
inferiores entre na formação da a pressão abdominal para
Fáscia toraco lombar nos bainha da musculo reto manter as vísceras em
processos transversos das Auxilia na formação da posição.
lombares face inguinal a qual prende- Aumenta a pressão intra-
Lábio int. da crista ilíaca e se a borda superior do abdominal
1/3 lateral do ligamento púbis e linha alba
inguinal
Glúteo máximo No ílio, posteriormente, Tuberosidade glútea do Extenso da coxa, rotação
linha glútea posterior, face fêmur e trato iliotibial lateral da coxa
posterior do sacro e
ligamento sacro tuberoso

Nervos e Vasos:

Nervo Isquiático
paciente em DL
terapeuta de pé ao lado do paciente, atrás deste. A palpação se dá entre o tubérculo isquiático e o
trocânter maior, posteriormente. Nessa região há um sulco para passagem do nervo isquiático que
emerge na altura do músculo piriforme.

Linfáticos Inguinais
paciente em DD
terapeuta de pé, ao lado e de frente para o paciente, os linfáticos inguinais encontram-se distais ao
ligamento inguinal, na metade do trajeto entre a ElAS e o tubérculo púbico.

Artéria Femoral
paciente em DD
terapeuta de pé, ao lado e de frente para o paciente, palpará o ligamento inguinal e essa artéria
encontra-se imediatamente distal a ele.
Obs.: A artéria femoral é continuação da artéria ilíaca externa e a partir do ligamento inguinal recebe
esse nome.

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UNIDADE 8 – JOELHO

Osteologia:

Fêmur, Tíbia, Fíbula, Patela

Fêmur
(Epi)côndilo lateral
paciente em DD com o joelho fletido e pé apoiado na maca;
terapeuta em pé, ao lado e de frente para o paciente. A estrutura é diretamente acessível à palpação; é
a saliência óssea mais proeminente na região distal e lateral do fêmur.
NOTA: Sua porção posterior apresenta uma depressão que é o local de inserção do ligamento colateral
fibular ou lateral.

(Epi)côndilo medial
paciente em DD com o joelho fletido e pé apoiado na maca;
terapeuta em pé, ao lado e de frente para o paciente. É a estrutura mais proeminente medial do fêmur.
Daí, do ápice do côndilo medial do fêmur parte o ligamento colateral tibial ou mediaI.

Tíbia.
Tuberosidade da Tíbia
paciente em DD com o joelho fletido ou estendido. É uma estrutura diretamente acessível à palpação na
região anterior proximal da perna, abaixo da patela com superfície triangular e ápice distal. A
tuberosidade da tíbia separa na frente o côndilo lateral e medial da tíbia, é a inserção do tendão
patelar.
Obs.: Alguns autores denominam o tendão patelar como ligamento patela.

Tubérculo de Gerdy
paciente em DD com o joelho fletido ou estendido. É a saliência óssea mais proeminente do côndilo
lateral da tíbia. Com o joelho flexionado, ele é investigado lateralmente à tuberosidade da tíbia e está
situado à frente e acima da cabeça da fíbula. Local de inserção do trato ílio-tibial

Fíbula.
Cabeça da Fíbula
paciente em DD com o joelho fletido a 90°, perna em posição neutra.
Terapeuta de frente para o paciente, uma das mãos segura o pé do paciente na sua região lateral.
Executa-se uma rotação medial da perna e a palpação se faz atrás e abaixo do tubérculo de Gerdv. Esta
manobra permite que a estrutura pesquisada se desloque para trás e para fora.
NOTA: O nervo fibular comum contorna essa estrutura posteriormente antes de atingir a perna
(importante para a marcha).

Patela.
Paciente em DO com o joelho estendido e quadríceps relaxado.
Terapeuta de frente para o paciente. Osso triangular em ápice distal e base proximal localizado
anteriormente no joelho. Apresenta 2 bordas ou margens (medial e lateral). Durante a palpação
aproveita-se para verificar a mobilidade da patela.

Artrologia:

Ligamentos
Colateral fibular (lateral)
paciente em DD com a coxa fletida e o joelho fletido (fazer número 4 com as pernas). Para a localização
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ideal é preferível tencioná-lo em varo com a posição indicada anteriormente (já que provoca estresse em
varo). A palpação se faz entre o epicôndilo lateral do fêmur e a cabeça da fíbula.

Colateral tibial (medial)


paciente em DD com o joelho fletido a 90°, calcanhar apoiado na maca
terapeuta com uma das mãos segura a borda medial do pé de maneira que possa levar a perna em
rotação lateral. Com a outra mão apoiada na face lateral do joelho, empurrá-lo para o interior de modo
que entreabra a interlinha articular medial, o que leva à tensão do ligamento (já que provoca estresse
em valgo). A palpação ocorre entre o côndilo medial do fêmur no seu ápice e a porção superior proximal
da tíbia.

Tendão ou Ligamento Patelar


paciente em DD com o joelho fletido ou estendido. O tendão pode ser palpado abaixo da patela. Pode-se
fazer uma pegada em pinça com o polegar e o indicador.

Retináculo da Patela
paciente em DD com o joelho estendido e quadríceps relaxado. Empurra-se gentilmente a patela no
sentido lateral. Essa manobra tende a levar a estrutura para um plano cada vez mais sagital. Ela é um
reforço capsular percebido sob os dedos como uma faixa fibrosa, muito importante nas condropatias,
faz tração de medial para lateral e de cima para baixo.

Menisco Medial
Paciente sentado com a perna pendente.
Terapeuta de frente para o paciente, com uma das mãos segurando o pé do paciente, o terapeuta acha a
interlinha articular e faz uma rotação mediaI para abordar a estrutura pesquisada com o joelho a 90°.

Menisco Lateral
Paciente sentado com o pé apoiado na perna do terapeuta que está de frente para o paciente. O joelho
deve estar levemente flexionado e ser estendido gradativamente. Quando estiver quase estendido
poderá se perceber a palpação na interlinha articular lateral, na sua margem anterior.
Obs.: Alguns autores não consideram esse menisco palpável, afirmando ser ele praticamente
imperceptível, sendo preferível os testes de avaliação.

Miologia

Vasto Lateral
paciente em DD com o joelho estendido e perna apoiada sobre a maca.
Terapeuta em pé, ao lado e de frente para o paciente com uma das mãos apoiada entre a região poplítea
e a maca. O terapeuta pede para que o paciente pressione a mão interposta entre a fossa poplítea e o
plano da maca. O músculo vasto lateral aparece na região anterolateral da coxa.

Vasto Medial
paciente em DD com o joelho estendido e perna apoiada sobre a maca, só que se percebe um aumento
de massa na região antero medial da coxa mais distal que o anterior.

Reto da Coxa ou Femoral


paciente em DD com o quadril em discreta flexão e o joelho em semiflexão.
Uma das mãos do terapeuta é posicionada sobre o calcanhar do membro inferior em questão; solicita-se
que o paciente realize a ação isométrica do quadríceps da coxa. Na maioria das pessoas, o reto da coxa,
aparece na região medial da coxa entre o vasto medial e o lateral.

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Tendões da Pata de Ganso
paciente em DD com o joelho levemente fletido. Localizar previamente a extremidade superior da
margem medial da tíbia (na inserção deles, no côndilo medial da tíbia mais posteriormente).
Obs.: alguns autores dizem que a ordem de proximal para distal é a seguinte: Semitendinoso, Grácil e
Sartório. Essa palpação se faz na inserção distal, local comum de inflamação (tendinite)

Semitendinoso
paciente em DV com o joelho fletido
terapeuta com uma das mãos segura o pé do paciente e resiste ao movimento de flexão de joelho
associado à rotação medial da perna. O tendão é facilmente visualizado e portanto, é palpável
diretamente na região medial à fossa poplítea.
NOTA: O semimembranoso é mais profundo e é recoberto pelo semitendinoso, sendo palpado abaixo dele.

Bíceps da Coxa ou Crural


paciente em DV com o joelho fletido
terapeuta com uma das mãos segura o pé do paciente e resiste ao movimento de flexão de joelho
associado à rotação lateral da perna. A outra mão palpa o tendão do bíceps da coxa que aparece
lateralmente à fossa poplítea.

NOME ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO


Vasto Lateral Face anterior do Tendão único na patela, e Extensor da perna
trocanter maior e lábio esta se fixa a
lateral da linha áspera tuberosidade da tíbia pelo
ligamento patelar
Vasto Medial Linha inter trocantérica e Tendão único na patela, e Extensor da perna
lábio medial da linha esta se fixa a
áspera tuberosidade da tíbia pelo
ligamento patelar
Reto Femoral 2 cabeças: a anterior da Tendão único na patela, e Flexor da coxa, extensor
espinha ilíaca ântero- esta se fixa a da pena
inferior, a posterior do tuberosidade da tíbia pelo
contorno póstero- ligamento patelar
superior do acetábulo

Nervos e Vasos

Nervo Fibular Comum


a palpação se faz atrás da cabeça da fíbula, uma vez que essa estrutura a contorna posteriormente
antes de atingir a perna.

Artéria Poplítea
paciente em DV com as pernas estendidas relaxadas ou DD com as pernas flexionadas e pés apoiados na
maca.
O terapeuta de frente ou ao lado do paciente palpa a região poplítea na sua área mais central, conhecida
como oco poplíteo, onde sentirá a referida artéria.

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UNIDADE 9 – PERNA

Osteologia:

Tíbia e Fíbula
Tíbia (margem anterior)
paciente em DD com o joelho fletido, pé apoiado na mesa, estrutura diretamente palpável, no plano
subcutâneo; a margem anterior é totalmente acessível.

Fíbula (face lateral da fíbula)


paciente em DD com o joelho fletido, pé apoiado na mesa, essa face é acessível diretamente na sua
porção distal

Miologia:

Grupo Anterior
Tibial Anterior
paciente em DD com o joelho estendido, após haver colocado o pé em adução, supinação e flexão dorsal
(+ ou - 90°), impor resistência à ação muscular com auxílio de uma das mãos apoiada na borda medial do
pé. A outra mão, pode perceber o músculo desde sua inserção proximal, no côndilo lateral da tíbia,
depois ele corre ao longo da margem anterior da tíbia lateralmente até a porção distal do tendão que é o
mais medial dos tendões do tarso e está situado um pouco à frente do maléolo medial. Quando passa por
um processo inflamatório pode estar relacionado com a PERIOSTITE.

Extensor Longo do Hálux


paciente em DD com o joelho estendido.
terapeuta com uma das mãos resiste ao movimento de extensão do hálux, na face dorsal de sua falange
distal. A outra mão pode palpá-lo desde a região inferior da perna anteriormente, aonde o tendão se une
ao corpo muscular posicionado entre músculo tibial anterior e o extensor longo dos dedos, até o próximo
à sua inserção distal do hálux.

Extensor Longo dos Dedos


paciente em DD com o joelho estendido
terapeuta com uma das mãos apoiadas sobre a face dorsal das falanges distais II, III, IV e V, resiste-
se ao movimento de extensão destas estruturas. A outra mão pode palpá-lo. na face ântero-lateral
distal da perna, lateralmente ao tendão do extensor longo do hálux.

Fibular Terceiro
é inconstante, o tendão comum do extensor longo dos dedos com o fibular terceira passa sobre o dorso
do tornozelo. Quando presente esse tendão é o mais lateral de todos. Alguns autores defendem que
esse músculo é uma divisão do extensor longo dos dedos.
Paciente em DD com o joelho levemente flexionado, terapeuta com uma das mãos resiste ao movimento
de eversão do pé. Com a outra mão percebe-se que ele aparece sob a forma de tendão na borda lateral
do extensor longo dos dedos destinado ao dedo mínimo. O tendão dirige-se à face dorsal do metatarso
V.

Grupo Lateral.
Fibular Longo
paciente em DD ou sentado com o joelho fletido, pé apoiado
terapeuta com uma das mãos resiste ao movimento de eversão do pé sem dorsiflexão. O fibular longo
aparece, principalmente na posição sentada (quando a eversão é acompanhada quase que
automaticamente por uma rotação lateral da perna), como uma continuação direta do bíceps femoral.

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Fibular Curto
paciente em DD ou sentado com o joelho fletido, pé apoiado, e resistência à abdução pura no nível do pé
é suficiente para salientar o tendão. Pode-se acompanhar o seu trajeto; o corpo é percebido atrás ou à
frente do fibular longo no terço distal da face lateral da perna, até a borda lateral do pé na sua
inserção sobre a tuberosidade do V metatarso.

Grupo Posterior.
Tríceps da Perna.
Gastrocnêmio
paciente em DD ou DV com o joelho fletido
terapeuta com uma das mãos no calcâneo e face plantar do paciente, solicita e resiste ao movimento
combinado de flexão do joelho e flexão plantar do tornozelo. A outra mão percebe a massa muscular na
porção póstero-medial da perna atrás do sóleo. Obs.: a cabeça medial do gastrocnêmio é mais distal do
que a lateral.

Sóleo
paciente em DV com o joelho semiflexionado
terapeuta com uma das mãos segura o calcanhar e o antebraço apoiam a face plantar do pé do paciente
para resistir à flexão plantar. Com a outra mão, a palpação se faz ao longo da fíbula, entre os
gastrocnêmios (cabeça lateral) situado posteriormente, e o fibular longo, situado anteriormente. A
cabeça tibial é palpada ao longo da margem tibial (medial da tíbia) até o terço médio desse osso, na
frente do gastrocnêmio.

Tendão Calcâneo, Aquileu ou “tendão de Aquiles”


paciente em DV com o joelho flexionado,
terapeuta poderá palpá-lo acima do calcâneo, abordando suas 3 faces: posterior, lateral e medial.

NOME ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO


Tibial anterior Côndilo lateral e 2/3 Base do 1° metatársico e Dorsiflexão, Inversão e
proximais da tíbia face medial do cuneiforme adução do pé
medial
Extensor longo do hálux 1/3 médio da fíbula e Base da falange distal do Extensão do hálux e auxilia
membrana interóssea hálux na dorsiflexão
Extensor longo dos dedos 3/4 proximais da fíbula, 4 tendões, um p/ cada um Estende os dedos
côndilo lateral da tíbia, dos 4 dedos laterais, na
membrana interóssea base das falanges média e
distal
Fibular terceiro 1/3 inferior da fíbula Base do 4° e 5° Eversão do pé.
metatársico
Fibular longo Cabeça da fíbula Cuneiforme medial Eversão do pé e auxilia na
flexão plantar
Fibular curto 2/3 distais da fíbula Base do 5° metatársico Eversão do pé e auxilia na
flexão plantar
Gastrocnêmico P. lateral - côndilo lateral Tendão Calcâneo Flexor plantar
do fêmur P. medial - logo
acima do côndilo lateral do
fêmur
Sóleo Superfície posterior da Tendão Calcâneo Flexor plantar
cabeça da fíbula, 1/3
Proximal da face post. Do
corpo da fíbula, borda
medial da tíbia
26
UNIDADE 10 - TORNOZELO E PÉ

Considerações:
A perna, o tornozelo e o pé têm por fim impulsionar o corpo. O formato das articulações, a orientação dos seus
eixos, os ligamentos de apoio e os sutis movimentos acessórios ao nível das superfícies articulares são
determinantes no comportamento biomecânico. A função biomecânica eficiente depende da sua capacidade de
agir como um adaptador, absorvedor de choque, conversor de torque e braço rígido durante o ciclo da marcha.

Osteologia:

Tíbia, fíbula, tálus, navicular, cubóide, cuneiformes, metatarsos, calcâneo, pododáctilos

Tíbia:
Maléolo medial
paciente em DD com joelho estendido, é um processo proeminente sobre a porção distal da tíbia, medial
no tornozelo. Apresenta uma borda anterior, extremidade inferior e uma borda posterior.
Borda anterior muito espessa, ela serve como ponto de fixação para a camada superficial do ligamento
colateral medial ou deltoide do tornozelo.
Extremidade inferior aí se inserem as camadas superficial e profunda do ligamento colateral
medial/deltoide.
Borda posterior ela é transpassada por um sulco oblíquo de cima para baixo e de fora para dentro. Esse
sulco é acessível à investigação, se os tendões aí localizados mantiverem-se relaxados; a do músculo
tibial posterior que é mais anterior e a do músculo flexor longo dos dedos que é mais posterior.

Fíbula:
Maléolo Lateral
paciente em DD com o joelho estendido, é encontrado distalmente na fíbula e é proeminente. É mais
distal e posterior do que o maléolo medial.
Borda anterior - na sua parte mais proximal fornece fixação ao ligamento tíbio-fibular anterior, na
parte mais distal fornece fixação ao ligamento talo-fibular anterior e ao ligamento calcâneo fibular.
Obs.: esses dois últimos ligamentos são respectivamente os fixes anterior e médio do ligamento
colateral lateral do tornozelo.
Ápice ou extremidade inferior - tem a particularidade de apresentar, logo antes de seu ponto mais
saliente, uma incisura onde vem se implantar parcialmente o feixe médio (ligamento calcâneo-fibular) do
ligamento colateral lateral do tornozelo. Por essa razão, ele é um ponto de referência importante para
localizar as inserções fibulares desse ligamento.
Borda posterior - essa borda fornece fixação ao ligamento tíbio-fibular posterior do ligamento
colateral lateral do tornozelo.

Tálus, navicular, cubóide, cuneiformes, metatarsos, calcâneo, pododáctilos

Face medial do pé
paciente em DD com o joelho flexionado e coxa abduzida a fim de permitir q a área a ser palpada esteja
acessível. Serão palpados: talus, navicular, cuneiforme, metatarso e pododáctilo.
Obs.: a seguir transcrição de texto sobre a palpação da face medial e lateral do pé, extraído do
Cinesiologia Clínica de Brunnstrom, Ed. Manole.

27
PALPAÇÃO DA FACE MEDIAL DO PÉ

Imediatamente distal ao ápice do maléolo medial, pode-se sentir a borda do sustentáculo do talo (Lat.
sustentaculum, um suporte), como uma leve protuberância (a aproximadamente um dedo de distância).
O sustentáculo do talo é similar a uma plataforma do calcâneo, que suporta a face inferior medial do
talo; neste local os dois ossos formam uma de suas três articulações. Se o dedo é movido em direção
ao artelho, novamente a uma distância de mais ou menos um dedo, podemos sentir a tuberosidade do
navicular, mais proeminente. O forte ligamento calcâneo navicular estende-se do sustentáculo do talo
até a tuberosidade do navicular. Este ligamento suporta a cabeça do talo, e, quando estirado em
demasia, permite ao talo mover-se plantar e medialmente, reduzindo assim a quantidade de arco
longitudinal e produzindo uma deformidade em pé chato. Se o dedo é colocado entre a tuberosidade do
navicular e a extremidade distal do maléolo medial, pode-se sentir o talo. Este osso torna-se mais
proeminente quando o pé é evertido passivamente, e desaparece quando o pé é invertido.
Imediatamente posterior à extremidade distal do maléolo medial, a pequena proeminência do
tubérculo medial do talo pode algumas vezes ser palpada.
Estes quatro pontos de referência (o maléolo medial, a tuberosidade do navicular, o sustentáculo do
talo e a tuberosidade medial do talo) são os pontos de fixação do ligamento deltóide ou colateral
medial do tornozelo. Dentro deste triângulo, os ligamentos deltóides podem ser palpados. A
identificação no indivíduo normal é difícil; dor ou sensibilidade nesta área podem ser indicativas de
ruptura ou trauma ligamentar (Hoppenfeld, 1976). O ligamento deltóide é composto de camadas
superficiais e profundas, e impede o movimento lateral do tornozelo ou articulação talocrural (talo-
tíbia-fíbula). Ele é tão forte que as entorses em eversão são incomuns; com um movimento lateral
severo, a avulsão (L. avulsio, de a-longe, mais vellere, puxar) das inserções ligamentares ou fratura
ocorrem antes que este ligamento se rompa.
Conforme o dedo avança da tuberosidade do navicular em direção ao artelho do lado medial do pé, o
primeiro cuneiforme é palpado, seguido por uma proeminência da primeira articulação tarso
metatarsiana, a diáfise côncava do primeiro metatarsiano e a proeminência da primeira articulação
metatarso falangeana.

28
Face Lateral do pé
paciente em DD com joelho estendido e pé apoiado na maca. Serão palpados: calcâneo, cubóide,
metatarso e pododáctilos.

PALPAÇÃO DA FACE LATERAL DO PÉ

Uma grande área da superfície lateral do calcâneo pode ser palpada. A porção posterior mostra-se
relativamente homogênea, porém abaixo e'um pouco anterior ao ápice do maléolo lateral pode-se sentir um
pequeno processo. Ele é o ponto de inserção do ligamento colateral lateral (calcâneo fibular), e separa os
tendões dos fibulares longo e curto. Mais anteriormente, a tuberosidade da base do quinto osso
metatarsiano é percebida como uma proeminência grande, facilmente identificável, na face lateral do pé,
próxima à sola. O osso cuboide pode ser palpado entre o calcâneo e a tuberosidade do quinto metatarsiano, e
pode ser seguido dorsalmente em direção a suas articulações com os ossos cuneiforme lateral e o navicular.
O cuboide estende-se dorsalmente até aproximadamente o meio do pé, mas esta área é recoberta por
ligamentos e tendões, e os vários ossos são difíceis de se reconhecer de maneira distinta.
Os três ossos cuneiformes (Lat. cuneus, cunha), situando-se através do peito do pé, formam a parte
arqueada desta região. A altura desta porção arqueada varia consideravelmente de indivíduo para indivíduo.
O osso cuneiforme medial é identificado por sua posição medial entre a tuberosidade do osso navicular e a
base do primeiro metatarsiano. Os ossos cuneiformes intermédio e lateral situam-se alinhados com o
segundo e terceiro metatarsianos respectivamente, articulando-se proximalmente com o osso navicular.
As articulações tarso metatarsianas podem ser palpadas sobre sua superfície dorsal se os ossos
metatarsianos são movidos passivamente para cima e para baixo ou rodados. A segunda articulação tarso
metatarsiana está firmemente encaixada no recesso formado pelos três cuneiformes e o terceiro
metatarsiano, e forma assim uma parte muito rígida do arco.
As cabeças dos ossos metatarsianos são sentidas tanto na face dorsal quanto na plantar do pé. Manipulando
os artelhos em extensão e flexão, elas são particularmente bem palpáveis na face plantar. Suas superfícies
plantares constituem as protuberâncias arredondadas sobre as quais o peso é sustentado quando ficamos
nas pontas dos pés. Na região da cabeça do primeiro metatarsiano podem-se algumas vezes palpar e mover
discretamente de um lado para outro os ossos sesamoides, que estão incrustrados no tendão do flexor curto
do hálux.
As falanges dos artelhos são facilmente reconhecidas. As articulações interfalangianas devem ser palpadas
e manipuladas.
O talo (astrágalo) - articulando-se com a tíbia e a fíbula superiormente, com o calcâneo inferiormente e com
o osso navicular anteriormente - tem apenas pequenas áreas palpáveis. Se o dedo é colocado sobre a face
anterior do maléolo lateral, a tróclea (cúpula) do talo torna-se proeminente com flexão plantar. Um pouco
distal a este ponto está a depressão situada sobre o sinus tarso (seio do tarso), que é um canal que corre
entre as articulações do talo e calcâneo. Se o pé é invertido, o colo do talo pode tornar-se mais proeminente.
Sobre o sinus tarso situa-se o ligamento talo fibular anterior, um dos três ligamentos colaterais do
tornozelo. O ligamento calcâneo fibular corre da extremidade distal do maléolo lateral até a face lateral do
calcâneo, e o ligamento talo fibular posterior estende-se horizontalmente da porção posterior do maléolo
lateral ao talo. Os ligamentos colaterais laterais limitam o movimento medial do talo e calcâneo. O ligamento
talo fibular anterior é comumente lesado nos traumas em inversão do tornozelo.

29
Face posterior do pé
paciente em DV com o joelho flexionado, podemos visualizar e palpar sem dificuldade a face posterior
do calcâneo, e nas suas faces lateral e medial respectivamente um dedo abaixo do maléolo lateral
encontramos a tróclea fibular do calcâneo e um dedo abaixo do maléolo medial o sustentáculo do tálus.
Face plantar do pé - cabeça dos 5 metatarsianos paciente em DV com o joelho flexionado, terapeuta
com uma das mãos, apóia a perna e realiza uma extensão passiva dos metatarsos. A palpação se faz na
planta do pé, distalmente e se observa a característica das cabeças dos metatarsos que são convexas.
Também se pode palpá-las na face dorsal; é só realizar flexão passiva dos metatarsos.

Artrologia:

Articulação talocrural ou do tornozelo propriamente dita


paciente em DD, com joelho flexionado, pé apoiado em posição neutra.

Borda lateral
terapeuta com uma das mãos e utilizando o indicador que é colocado sobre a borda anterior da
extremidade inferior do corpo da fíbula; a outra mão sob a face plantar do pé, colocá-lo em discreta
flexão plantar para que a borda lateral da tróclea, do tálus fique evidente. Somar a esta ação uma leve
adução do pé pode aguçar ainda mais essa percepção.

Borda Medial
paciente em DD, pé apoiado na mesa.
O dedo indicador de uma das mãos é posicionado sobre a borda anterior do maléolo medial, na sua
junção com a borda anterior da extremidade inferior do corpo da tíbia, estando o pé em posição neutra.
A seguir basta levar o pé para uma discreta flexão plantar e adicionar uma eversão. A articulação em
questão é percebida como uma superfície lisa sob o dedo.

Ligamentos: já vistos no momento da inspeção dos maléolos.


Colateral medial (deltóide) e colateral lateral

Miologia:

Tibial anterior, extensor longo do hálux, extensor longo dos dedos e fibular terceiro: vistos anteriormente

Tibial Posterior
paciente em DD com o pé apoiado
terapeuta com uma das mãos coloca o pé em flexão plantar e solicita que o paciente realize uma adução
do pé à qual se impõe uma resistência na borda medial. Com a outra mão palpa-se o tendão que aparece
na borda posterior do maléolo medial.

Flexor longo dos dedos


idêntico ao anterior associado a uma flexão dos dedos. Ele é palpado atrás do tibial posterior.

Flexor longo do hálux


paciente em DD com o pé apoiado.
Uma das mãos do terapeuta é posicionada na face plantar do hálux para solicitar repetidas flexões do
mesmo. Essas ações serão percebidas sob o indicador da outra mão que estará situado no sulco retro
maleolar medial distante do maléolo medial e bem próximo ao tendão do calcâneo.

30
NOME ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO
Flexor longo dos dedos 1/3 médio da face post da Por 4 tendões, cada um Flexiona a falange distal
tíbia, abaixo da linha do sóleo deles se fixando na base da dos dedos II a V
falange distal dos dedos II
aV
Flexor longo do hálux 2/3 inferiores Base da falange distal do Flexiona a falange distar
posteriormente hálux do hálux
na fíbula
Tibial posterior 2/3 proximais da face Tuberosidade navicular Flexor plantar mais
posterior da tíbia e da fíbula importante na inversão do

Nervos e Vasos:

Artéria tibial posterior


paciente em DD com o pé apoiado
terapeuta com uma das mãos apóia a face (borda) lateral do pé, a outra é posicionada entre o músculo
flexor longo dos dedos e flexor longo do hálux, no sulco retro maleolar. A tomada de pulso é facilitada
se colocarmos o pé em discreta inversão.

Nervo Tibial
procedimento idêntico, ele é palpado logo atrás da artéria.

Artéria dorsal do pé (pediosa)


paciente em DD com o pé apoiado, o ponto de referência é o tendão do músculo extensor longo do hálux.
O terapeuta para sentir o pulso da artéria, coloca o dedo sensitivo no dorso do pé, lateralmente a esse
tendão e medialmente o extensor longo dos dedos, destinado ao II pododáctilo.

31
UNIDADE 11 – TRONCO

COLUNA LOMBAR

Osteologia:

Formada por cinco vértebras, que formam a curvatura de concavidade posterior denominada lordose lombar
observada no plano sagital. O ápice da curvatura lombar normalmente se encontra na terceira vértebra lombar;
esta curvatura é mensurada em graus através de radiografia em perfil, traçando-se uma linha que une o bordo
póstero-superior de L1 ao bordo póstero-inferior de LS.
Na região lombar os processos espinhosos são grandes e de direção horizontal, de modo que sua altura
representa aproximadamente a altura do corpo vertebral.

Processos Espinhosos
palpação direta; paciente em DV, colchão sob o abdômen ou DL
terapeuta em pé ao lado do paciente. Os processos espinhosos são facilmente visualizados no sulco
mediano da região lombar. Para palpá-los basta colocar a polpa do dedo sobre um processo espinhoso,
pode-se fazer a palpação em forma de pinça, com o polegar e o indicador, para mobilizá-los um em
relação ao outro.
Obs.: O processo espinhoso de L3 normalmente é o mais proeminente e situa-se na projeção horizontal
póstero-anterior da cicatriz umbilical: alguns autores consideram que a projeção horizontal abrange os
níveis de L3 a LS, de acordo com a individualidade.

Manobra Diferencial entre os Processos Espinhosos de L5 e S1:

As cristas ilíacas situam-se na projeção horizontal dos processos espinhosos de L4 e L5. Para se certificar da
palpação do processo de L5, pode-se utilizar uma manobra de mobilidade.
Paciente em DV, colchão sob o abdome, terapeuta em pé ao lado do paciente.
O terapeuta palpará as cristas ilíacas e traçará uma linha imaginária, no mesmo alinhamento horizontal,
em direção ao sulco mediano posterior da coluna lombar, para encontrar o espaço Inter espinhoso de
L4-L5.
Fará um pequeno deslocamento, em sentido caudal, no alinhamento vertical, com a polpa do seu terceiro
dedo, para encontrar o processo espinhoso de L5.
O segundo dedo cairá sobre uma depressão muito pequena e se deslocará um pouco mais caudalmente,
mantendo o alinhamento vertical, para palpar o processo espinhoso de S1.
O terapeuta fará a extensão e a abdução da coxofemoral do paciente para perceber o deslocamento do
processo espinhoso de L5, que está sob seu terceiro dedo. Sob seu segundo dedo, o processo espinhoso
de S1 não irá se deslocar. Se isto ocorrer, a palpação estará correta.
OBS: Se os dedos estiverem sobre os processos espinhosos de L4 e L5, ao invés de L5 e S1, os dois
processos espinhosos se deslocarão.

Processos Transversos
palpação indireta; os processos transversos das vértebras lombares estão praticamente no mesmo
alinhamento horizontal, ou ligeiramente um pouco abaixo de seus processos espinhosos
correspondentes.
Paciente em DV, colchão sob o abdome, terapeuta em pé ao lado do paciente; palpa-se um processo
espinhoso lombar, como referência, medem-se aproximadamente dois ou três dedos transversos,
lateral e ligeiramente caudal a ele, para se palpar o processo transverso correspondente.

32
Artrologia:

Articulação sacro-ilíaca; articulações intervertebrais, articulações inter-facetárias, esternoclavicular.

Miologia:

Os músculos extensores da coluna são um conjunto de músculos que se estendem desde a pelve até o crânio,
subdividem-se em dois grupos: superficial e profundo.

Grupo Superficial:
Esplênio da cabeça.
Esplênio do pescoço.
Eretor da espinha ou sacro-espinhal (lliocostal que se subdivide em três partes: lombar, torácica e
cervical), dorsal longo ou longo do tórax e espinhal.

Grupo Profundo:
Semiespinhal
Multífido
Rotadores
Inter espinhais
Inter transversais

OBS: ílio costal lombar, a palpação é direta, paciente em DV e terapeuta em pé ao lado do paciente, o
terapeuta irá resistir ao movimento de extensão da coluna, posicionando uma de suas mãos na região
dorsal, os músculos extensores da coluna ficarão bem visíveis e poderão ser papados lateralmente ao
sulco mediano posterior da coluna lombar.

Músculos Posteriores do Abdome:


Psoas-ilíaco
Quadrado lombar

Músculos Ântero-laterais do Abdome:


Oblíquo externo
Obliquo interno
Transverso do abdome
Piramidal

OBS: Obliquo externo, a palpação é direta, paciente em DD, joelho contralateral flexionado, mãos
entrelaçadas atrás da cabeça, terapeuta em pé ao lado do paciente. O terapeuta posicionará uma de
suas mãos no cotovelo homolateral do paciente, este fará um movimento simultâneo de flexão e rotação
do tronco para o lado oposto, que será resistido pelo terapeuta. O oblíquo externo do abdome ficará bem
visível na região ântero-lateral do tronco, ventralmente ao grande dorsal, e poderá ser palpado.

Nervos e Vasos

Artéria aorta
paciente em DD
terapeuta ao lado e de frente para o paciente, coloca seus dedos sensitivos sobre a linha média do
abdome próximo à linha alba para perceber a pulsação da artéria aorta.

33
COLUNA TORÁCICA

Osteologia:

Processos Espinhosos
São longos e bastante inclinados para baixo.

Dicas Palpatórias:

ELEMENTO CORRESPONDÊNCIA
Angulo superior da escapula Processo espinhoso de T1 à vértebra T2
Angulo inferior da escapula Processo espinhoso de T7 à vértebra T8

Os processos espinhosos têm palpação direta, contendo três possibilidades de se realizá-la:


1ª possibilidade
paciente sentado, com o tronco relaxado, ligeiramente fletido
terapeuta em pé atrás do paciente, o terapeuta irá primeiramente visualizar os processos espinhosos
das vértebras torácicas; percebe-se que nesta posição tornam-se mais salientes, diminuindo de certa
forma a profundidade do sulco longitudinal da membrana posterior; com a polpa do segundo ao quinto
dedo palpará os processos espinhosos das vértebras torácicas de uma forma global percorrendo toda a
coluna dorsal.
2ª possibilidade
paciente em DV, com o colchão sob o abdome
terapeuta em pé ao lado do paciente, neste posicionamento os processos espinhosos não estão tão
salientes quanto no posicionamento descrito anteriormente, o terapeuta poderá mobilizar os processos
espinhosos entre si, palpando-os em forma de pinça, com o polegar e o indicador.
3ª possibilidade
paciente em DL
terapeuta em pé atrás do paciente, a palpação é feita em forma de pinça, com o polegar e o indicador,
nas bordas laterais de cada processo espinhoso.

Processos Transversos
Os processos transversos têm palpação direta, eles se situam um pouco acima e lateralmente aos processos
espinhosos correspondentes.
Paciente em DV, com colchão sob o abdome
terapeuta em pé ao lado do paciente, o terapeuta posicionará a polpa de seus dedos da seguinte forma: a
polpa do segundo dedo de sua mão contralateral ou cefálica sobre o processo espinhoso dorsal, a partir
dessa referência medirá aproximadamente 2 dedos transversos acima e lateralmente a ele, o terceiro
dedo de sua mão contralateral ou cefálica cairá sobre o transverso correspondente.

ESTERNO

É facilmente palpável por ser superficial.

Manúbrio
paciente em DD
terapeuta em pé ao lado do paciente; na porção mais cranial do esterno. Palpa-se o manúbrio, próximo à
articulação esterno-clavicular. Os dedos serão deslocados em sentido caudal, verticalmente, até
alcançarem uma superfície óssea, ligeiramente convexa, que corresponde ao manúbrio.

Angulo de Louis
palpação semelhante à anterior, um pouco mais abaixo os dedos encontrarão uma pequena depressão
34
transversa que corresponde ao angulo de Louis.

Corpo do esterno
os dedos continuarão se deslocando em sentido caudal, palparão o corpo do esterno e perceberão que
tem formato plano, diferenciando-se do manúbrio, que é ligeiramente convexo.

Processo Xifóide
os dedos acompanharão o corpo do esterno, em sentido caudal, até encontrarem uma pequena
depressão; ao aprofundar os dedos estarão sobre o processo xifóide. OBS: a palpação apesar de
profunda deverá ser suave, pois é dolorosa.

COSTELAS

Em número de 12, para cada lado do tórax.

As 7 primeiras costelas estão ligadas à coluna vertebral posteriormente e ao esterno ventralmente (através das
cartilagens dorsais), são as verdadeiras ou vertebro esternais.

As costelas falsas são em número de 5 para cada lado. As 3 primeiras são denominadas vertebras condrais,
porque se unem por meio de suas cartilagens, às cartilagens da costela acima. As duas últimas são denominadas
costelas flutuantes, ou vertebrais, porque suas extremidades ventrais não estão ligadas ao arco costal.
Dica Palpatória
a escápula se estende da segunda à sétima costela e serve de referência para a palpação da sétima
costela medialmente e no mesmo alinhamento horizontal do ângulo inferior da escápula.

1ª costela
paciente em pé, sentado ou em DD.
Terapeuta atrás ou de frente para o paciente irá palpar a 1ª costela atrás da clavícula com seu dedo
indicador, lateralmente ao ECOM. Perceberá ao afundar o dedo uma resistência óssea que corresponde
à borda cranial da 1ª costela. Pode-se requisitar ao paciente uma inspiração profunda ou mobilizar seu
membro superior em abdução.

2ª costela
paciente em pé, sentado ou em DD.
Terapeuta atrás ou de frente para o paciente. A 2ª costela relaciona-se com o angulo de Louis.

Miologia:

Músculos que ligam o membro superior e cintura escapular à coluna vertebral:


Trapézio
Grande dorsal
Rombóide maior
Rombóide menor
Levantador da escápula

Músculos que ligam o membro superior e cintura escapular às paredes torácicas anterior e lateral:
Peitoral maior
Peitoral menor
Subclávio
Serrátil anterior

35
UNIDADE 12 - COLUNA CERVICAL

Osteologia:

Coluna vertebral cervical: processos espinhosos, transversos e articulares.


Para a orientação clínica, os seguintes pontos de referência podem ser utilizados para determinar a altura das
vértebras específicas:

C3 nivelada com o osso hióide, que pode ser palpado anteriormente logo abaixo da mandíbula.
C4 nivelada com a proeminência da laringe.
C5 nivelada com a porção inferior da cartilagem tireóide.
C6 cartilagem cricóide.
Obs.: Uma característica das vértebras cervicais muito importante para palpação é a de que seus
processos transversos estão localizados ventralmente aos processos articulares.
A 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª vértebras cervicais são formadas por um corpo, pelos pedículos, lâminas,
processos transversos, processos articulares e pelo processo espinhoso.

Atlas (C1)
Processo transverso
paciente em DD
terapeuta sentado atrás do paciente, mãos posicionadas em cada lado da região lateral do pescoço,
proximalmente. 1° ponto - polpa dos indicadores nos ângulos mandibulares. 2° ponto - os quatro dedos
sobre o ápice dos processos mastóideos. 3° ponto - os três dedos cairão sobre as extremidades dos
processos transversos, ligeiramente distais em relação aos outros pontos.
A palpação se faz comprimindo os dedos sobre o ECOM.

Axis (C2)
Processo espinhoso
é o primeiro processo espinhoso que se consegue palpar a partir do Atlas, é a primeira saliência óssea
que se consegue distinguir na linha mediana após a identificação da protuberância occipital
Paciente em DD ou DL, cabeça alinhada
terapeuta sentado atrás do paciente. Segundo Testut, o processo espinhoso de C2 encontra-se a 5,5 ou
6,0 cm distais a protuberância occipital externa, ou seja, o processo espinhoso de C2 encontra-se, a
aproximadamente três dedos transversos abaixo da protuberância occipital externa. A polpa dos dedos
do terapeuta será posicionada da seguinte forma: 2° dedo sobre a protuberância occipital externa, 3°
dedo - afundará a um dedo transverso, abaixo do 2°dedo, no mesmo alinhamento, 4° dedo - manterá o
alinhamento longitudinal e cairá sobre o processo espinhoso de C2.

C3 A C7
Processo espinhoso
Paciente em DD, cabeça apoiada na maca ou nas mãos do terapeuta
terapeuta sentado atrás do paciente, mãos em berço. O terapeuta iniciará a palpação pelo processo
espinhoso de C7, procurando identificá-lo com a polpa de 2° dedo de cada mão, simultaneamente;
normalmente é o mais proeminente. Após sua identificação, o terapeuta irá mobilizá-lo no sentido
transverso para se certificar da palpação: se estiver sobre C7 haverá mobilidade; se estiver sobre T1
de uma forma geral a mobilidade será menor. Poderá palpar os outros processos espinhosos da cervical,
mantendo um de seus dedos sobre C7, e o outro dedo se deslocará no eixo longitudinal, em sentido
cefálico.

Processo Transversos
Paciente em DD, cabeça apoiada na maca ou nas mãos do terapeuta
terapeuta sentado atrás do paciente, mãos em berço. A partir do processo transverso de C1, seguindo
um sulco existente entre o trapézio superior e o ECOM. Palpando neste sulco de cranial para caudal

36
estaremos sobre os processos transversos.

Processo Articulares
Paciente em DD, cabeça apoiada na maca ou nas mãos do terapeuta, terapeuta sentado atrás do
paciente, mãos em berço. Os processos articulares se localizam numa diagonal imaginária entre os
processos espinhosos e os transversos.

Osso temporal
processo mastoide
quando os dedos são colocados atrás dos lóbulos das orelhas, a porção mastóide do osso temporal pode
ser palpada e sua parte mais inferior é o processo mastóide (ECOM).

Osso occipital
movendo-se os dedos posteriormente a partir do processo mastóide, o osso occipital com sua linha
superior é alcançado. A porção lateral desta crista serve, em parte, como ponto de inserção para o
ECOM, e sua porção medial serve em parte para a fixação do trapézio.

Mandíbula:
Côndilos
imediatamente anterior aos canais auditivos externos, podemos palpar os côndilos da mandíbula.
Quando o indivíduo abre a boca ou desvia a mandíbula, pode-se sentir os côndilos moverem-se sobre a
fossa glenóidea e o tubérculo dos ossos temporais. Os côndilos também podem ser sentidos,
colocando-se os dedos no canal auditivo e pressionando-se anteriormente.

Miologia:

ECOM
paciente em DD
terapeuta sentado atrás do paciente, posicionará uma das suas mãos na testa do paciente e resistirá à
flexão da cabeça. Com a polpa digital do 2° dedo e o polegar da outra mão poderá palpar, em forma de
pinça, o ECOM, que estará bem evidente na região antero - lateral do pescoço a cada lado ou pede-se
para o paciente executar uma flexão lateral com rotação contralateral da cabeça.

Escaleno Anterior
paciente em DD ou sentado
terapeuta em pé atrás do paciente, se o paciente estiver sentado uma das mãos apóia o cotovelo
flexionado do paciente, o terapeuta irá penetrar, com a polpa de seus 1° e 2° dedos, a fossa
supraclavicular, dorsalmente à borda posterior da porção clavicular do ECOM, o terapeuta resistirá, à
flexão lateral da cabeça e perceberá a tensão do escaleno. Se o paciente estiver em DD, a palpação será
feita de forma semelhante, fica mais fácil perceber sua contração, pois haverá mais relaxamento da
musculatura cervical.

Extensores da cabeça e do pescoço


vários músculos estão relacionados com extensão do pescoço e cabeça. Alguns são mais profundos
outros mais superficiais. Os músculos extensores como grupo apresentam um volume maior do que os
anteriores, indicando que é necessária uma força maior na extensão do que na flexão. Entre os músculos
extensores mais profundos existe um músculo maior que se divide em pequenos músculos, os
suboccipitais, que conectam as duas vértebras cervicais superiores ao osso occipital e entre si. Alguns
destes músculos estão relacionados principalmente com a extensão; outros com a rotação. O grande
reto superior da cabeça, o transverso espinhoso da cabeça e o transverso espinhoso cervical são
também músculos profundos do pescoço, agindo sobre a cabeça e pescoço. Eles são recobertos pelo
músculo esplênio, que por sua vez é recoberto, em parte, pelo trapézio e pela porção superior do ECOM.
Sua palpação se dá com o paciente em pé, DD, DL ou DV,

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terapeuta atrás, a palpação deste grupo de músculos como um todo, requisitando-se a extensão da
cabeça.
Obs.: Muitos dos extensores do pescoço são pequenos demais e situam-se muito profundamente para
serem palpados; outros podem ser palpados apenas como um grupo. Na verdade, mais superficialmente
podemos perceber com clareza a tensão aumentada do trapézio (fibras superiores) já que ele recobre
posteriormente todos os outros músculos extensores.

Nervos e Vasos
Artéria carótida externa
Sua palpação se dá com o paciente em DD ou em pé
terapeuta ao lado ou de frente para o paciente colocará seu dedo sensitivo à frente do ventre do ECOM
logo abaixo da mandíbula.

Artéria subclávia
Sua palpação se dá com paciente em DD ou em pé,
terapeuta ao lado ou de frente para o paciente apoiará seu dedo sensitivo em direção à primeira costela
entre os músculos escaleno anterior e médio.

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