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Introdução........................................................................................................................................3
Bacteriologia....................................................................................................................................4
Estrutura das bactérias.....................................................................................................................4
Principais categorias e grupos de bactérias.....................................................................................6
Patogenia da infecção bacteriana.....................................................................................................7
Patógenos com parede celular, gram negativos...............................................................................8
Patógenos com parede celular, gram-positivos e álcool-ácido-resistentes....................................10
Patógenos sem parede celular........................................................................................................11
Citologia bacteriologia...................................................................................................................11
Constituintes e suas funções..........................................................................................................11
Funções de estruturas bacterianas..................................................................................................12
Classificação das bactérias............................................................................................................13
Principais categorias e grupos de bactérias...................................................................................15
Patogenia da infecção bacteriana...................................................................................................16
Conclusão......................................................................................................................................17
Referencias Bibliográfica..............................................................................................................18
1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa titulada, tem como temas citologia bacteriana e bacteriologia.
O trabalho tem como objectivo trazer a mais fácil perceção de forma resumida a cerca de
conceito de citologia bacteriana e bacteriologia, estrutura, funções, classificações e elementos
essenciais do citologia bacteriana e bacteriologia. Dando algumas definições retiradas em
manuais de autores e a base elaboração do trabalho foi no uso de manuais todos citados.
O trabalho esta estruturado da seguinte maneira: introdução, desenvolvimento, conclusão e por
fim as referências bibliográficas.
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2. BACTERIOLOGIA
Uma célula bacteriana típica possui parede celular, membrana citoplasmática, citoplasma com
ribossomas (polissomos), mesossomas invaginações da membrana citoplasmática), núcleo sem
membrana nuclear e organelos (flagelo e pili). Algumas bactérias além destas estruturas,
possuem cápsula
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Distinguir as bactérias não desejáveis.
Isolar e identificar o agente etiológico de uma determinada doença.
Seleccionar um tratamento farmacológico (medicamento) orientado para sua destruição
no organismo.
Os esquemas de classificação das bactérias utilizam critérios muito variados, tais como:
propriedades bioquímicas, fisiológicas, genéticas e morfológicas que as permitem diferenciar.
Em quanto a sua morfologia celular, podem-se considerar três formas básicas das bactérias:
Cocos, são bactérias arredondadas ou esféricas. Os cocos podem ser vistos em grupos de
dois (diplococos), como a Neisseria gonorreae, responsável pela gonorreia, cadeias
(estreptococos), por exemplo o Streptococcus pyogenes, responsável por muitas
faringites, ou em cacho de uva (estafilococos), como o Staphylococcus aureus,
responsável por pneumonias e outras infecções.
Bacilos, são bactérias de forma rectangular ou de bastão. Podem ser vistos como pares
(diplobacilos), e em cadeias (estreptobacilos).
Espirilos, com forma curvada ou espiral. Normalmente aparecem isolados.
Enquanto às suas necessidades de oxigénio, as bactérias podem ser classificadas nos seguintes
grupos:
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Entretanto, existem bactérias que podem sobreviver na presença ou na ausência de oxigénio, que
são chamadas anaeróbios facultativos.
Normalmente, a maior parte das bactérias isoladas de amostras clínicas são anaeróbios
facultativos. Como exemplo, muitas enterobactérias (bactérias que colonizam os intestinos),
estreptococos e estafilococos pertencem a esta categoria.
As bactérias podem ser também classificadas segundo a sua capacidade de absorverem o corante
nos preparados químicos e laboratoriais. As colorações mais utilizadas são:
Com fins práticos, e atendendo as características da parede celular, as bactérias podem se dividir
em quatro categorias principais:
Eubactérias Gram-negativas, com parede celular. São um grupo muito heterogéneo de bactérias.
Tem formas diversas, assim como diferentes requerimentos de oxigénio. Entre elas estão as
bactérias patógenas seguintes:
Enterococos
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Estreptococos
Estafilococos
Micobactérias
As portas de entrada mais frequente para as bactérias patógenas são as zonas do corpo onde as
mucosas entram em contacto com a pele. Estes são as vias respiratórias (superiores e inferiores),
tracto gastrointestinal (sobre todo a boca), tracto genital e vias urinárias.
As áreas anormais da pele e mucosas (feridas, queimaduras, e outras lesões) são também pontos
de entrada frequente. A pele e as mucosas são o mecanismo primário de defesa contra a infecção.
Os patógenos precisam ultrapassar esta barreira para causar infecção.
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De maneira extrínseca, alguns sinais ambientais regulam ou activam a expressão de
determinados genes relacionados com a virulência bacteriana. Os sinais mais comuns são
temperatura, disponibilidade de ferro, osmolaridade, fase de crescimento, pH, e iões específicos
(por exemplo, cálcio).
Factores de aderência: após a penetração das bactérias no corpo, elas precisam se aderir a células
da superfície de algum tecido. Se não aderem, serão eliminadas por muco ou outros fluidos
corporais. Normalmente, existem moléculas na superfície da bactéria que interagem com
receptores nas células do hospedeiro, facilitando assim a aderência (exemplos: os pili ou
fímbrias, certos receptores, moléculas chamadas adesinas e ligantes)
Produção de substâncias com efeitos sobre as células, como endotoxinas e exotoxinas, que
produzem toxicidade e morte celular através de diferentes mecanismos, e também enzimas que
degradam os tecidos do hospedeiro ou que inactivam as moléculas de imunoglobulina G (IgG).
Factores antifagocíticos, que impedem aos leucócitos ingerir as bactérias para destrui-las
(exemplo: cápsulas bacterianas, flagelos que permite mobilidade e escape a acção fagocitária).
Capacidade de algumas bactérias para sobreviver no interior das células do hospedeiro, por
exemplo, devido a parede celular que é resistente à digestão.
Mudança dos antígenos de superfície. Muitas bactérias mudam frequentemente a forma dos seus
antígenos, escapando assim do sistema imunológico do hospedeiro, fenómeno chamado variação
antigênica. Além da variação antigênica, existe o mimetismo molecular, que consiste em os
antígenos de superfície dos patógenos serem parecidos com os antígenos do hospedeiro e, em
consequência, não são reconhecidos como estranhos.
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Espiroquetas - São bactérias Gram-negativas com forma espiralada. Há várias espécies de
espiroquetas que são patógenas para o ser humano. Em Moçambique têm importância o
Treponema pallidum e algumas espécies de Borrelia.
Borrelia spp - as bactérias do género Borrelia, especialmente a Borrelia duttoni que é responsável
pela febre recorrente por mordedura de carraça. O cultivo in vitro de borrelias é muito
complicado, portanto os testes diagnósticos são fundamentalmente serológicos.
Proteobactérias - são um grupo de bactérias Gram-negativas com formas muito diversas. Muitas
proteobactérias são patógenos humanos.
Salmonella spp - as bactérias deste género são bacilos, anaeróbios facultativos. São causa
frequente de intoxicação alimentar. O grupo Salmonella typhi é o agente etiológico da febre
tifóide. O diagnóstico laboratorial faz-se por hemocultura.
Shigella spp - são bacilos responsáveis pela disenteria, anaeróbios facultativos. As shigellas são
capazes de resistir as proteases (enzimas que metabolizam proteínas) e ácidos do tracto
gastrointestinal, e pouco de bactérias podem provocar infecção. São uma das principais causas de
mortalidade infantil, e são também frequentes em indivíduos infectados pelo HIV.
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Vibrio cholerae - é um bacilo aeróbio, com forma curvada característica (forma de vírgula). O
vibrião colérico é o agente etiológico da cólera, doença que se caracteriza por diarreia profusa
aquosa e acompanhada de vómitos.
Rickettsia spp - bacilos incapazes de crescer em isolamento. Por tanto, são parasitas
intracelulares obrigatórios. São os agentes etiológicos do tifo e da febre botonosa. Transmitidos
pela picada de artrópodos como carraças, piolhos e pulgas.
Yersinia pestis - É um bacilo aeróbico, não esporulado (não forma esporos) e causa a Peste.
Chlamydia spp - são Bacilos também parasitas intercelulares obrigatórios. Provocam uma
variedade de doenças. As doenças de maior importância no nosso meio são as doenças de
transmissão sexual como uretrite no homem e doença inflamatória pélvica nas mulheres.
Também são os agentes etiológicos do tracoma, doença ocular que pode ter como consequência a
cegueira.
Enterococcus SPP - cocos anaeróbios facultativos. São agentes comuns da flora gastrointestinal,
e patógenos oportunistas. São agentes etiológicos em muitas infecções hospitalares.
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Mycobacterium tuberculosis - bacilo aeróbio de crescimento lento, agente etiológico da
tuberculose. É uma doença com maior prevalência em Moçambique e especialmente frequente
em indivíduos infectados pelo HIV. Muitas cepas são resistentes a alguns dos fármacos
utilizados no tratamento.
Mycoplasma pneumoniae, bactéria de forma variável, pelo facto de não possuir parede celular. É
o agente etiológico de muitas pneumonias atípicas.
3. CITOLOGIA BACTERIOLOGIA
Distribuição de Microrganismos
Solo
Água
Ar
No ser vivo (cavidades abertas e todas as partes que estão em contacto com o exterior)
Ex: vagina, boca etc.
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3.1. Constituintes e suas funções
Legenda:
A-Pili;
B-Ribossomas;
C-Cápsula;
D-Parede celular;
E-Flagelo;
F-Citoplasma;
G-Vacúolo;
H-Plasmídeo;
I-Nucleoide;
J-Membrana citoplasmática
Parede celular:
Membrana Citoplasmatica:
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Duplicação do DNA;
pili comuns: São mais curtos e auxiliam na aderência às células dos hospedeiro.
Componentes citoplasmaticos:
As báctrias podem ser classificadas de acordo com tipo da parede celular que apresenta, a forma
e o seu arranjo.
Gram-Negativa
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Gram-Posetivas
Os cocos podem formar diferentes arranjos, de acordo com a sua divisão celular (em plano
único, ou em mais planos):
O uso prático da classificação das bactérias permite identificar as bactérias para distinguir as
bactérias não desejáveis:
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Seleccionar um tratamento farmacológico (medicamento) orientado para sua destruição
no organismo.
As bactérias podem ser também classificadas segundo a sua capacidade de absorverem o corante
nos preparados químicos e laboratoriais. As colorações mais utilizadas são:
Na prática, a classificação mais utilizada das bactérias toma em conta a sua capacidade para se
corar pela técnica de Gram.
Enterococos
Estreptococos
Estafilococos
Micobactérias
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Eubactérias sem parede celular - Neste grupo se encontram os micoplasmas.
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4. Conclusão
Fim do trabalho, e de realçarmos que as bactérias, por serem procariotos, apresentam uma
organização celular simplificada, sem organelas. A principal característica é ter o material
genético sem carioteca e sem histonas, enquanto os eucariotos apresentam tais elementos. É
simplesmente constituída por uma parede celular, membrana citoplasmática, citoplasma, material
nuclear, ribossomos e as estruturas não essenciais tais como cápsula/glicocálice, flagelo,
fímbrias, plasmídeos, endósporo e inclusões. As estruturas essenciais são consideradas como
sendo aquelas indispensáveis à multiplicação microbiana, enquanto as estruturas não essenciais
são encontradas apenas em algumas bactérias e não interferem na multiplicação das mesmas.
Uma exceção são os micoplasmas, que são desprovidos de parede celular, fugindo a regra da
essencialidade.
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5. Referencias. Bibliográfica
HERRERA, T., ULLOA, M. El reino de los hongos: micología básica y aplicada, 2.ed. México:
Universadade Nacional Autónoma de México, 552p. 1998.
MADIGAN, M.T.; MARTINKO, J.M.; PARKER, J. Microbiologia de Brock, 10.ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2004, 608p.
MIMS, C.A., PLAYFAIR, J.H., ROITT, I.M., WAKELIN, D., WILLIAMS, R. Microbiologia
médica. São Paulo: Manole, 1995, p.18-38.
MURRAY, P.R., DREW, W.L., KOBAYASHI, G.S., THOMPSON, J.K. Microbiologia médica.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 5.ed, 2005.
TORTORA, G.J., FUNKE, B.R., CASE, C.L. Microbiologia, 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
827p.
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