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Microbiologia (2)

Bactérias Patogénicas

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CLASSIFICAÇÃO DAS
BACTÉRIAS

• As bactérias são organismos unicelulares


procariontes geralmente de tamanho
microscópico.
• Elas têm um único cromossoma.

• As bactérias podem viver amplamente no


ambiente, devido à sua grande capacidade de
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adaptação.
Estrutura das bactérias

Uma célula bacteriana típica possui parede

celular, membrana citoplasmática, citoplasma


com ribossomas, mesossomas invaginações da
membrana citoplasmática), núcleo sem
membrana nuclear e organelos (flagelo e pili).
Algumas bactérias além destas estruturas,
3 possuem cápsula.
Estrutura de uma bactéria

4
Cont.

• As bactérias dividem-se em arqueobactérias e

eubactérias.
• Dentro das eubactérias se incluem as bactérias

mais comuns, incluindo as chamadas bactérias


patogénicas, que são aquelas que podem provocar
doença no ser humano.
5
Cont.
O uso prático da classificação das bactérias

permite identificar as bactérias para:


Distinguir as bactérias não desejáveis.

Isolar e identificar o agente etiológico de uma

determinada doença.
Seleccionar um tratamento farmacológico
(medicamento) orientado para sua destruição
6 no organismo.
Cont.
Os esquemas de classificação das bactérias utilizam critérios

muito variados, tais como: propriedades bioquímicas,


fisiológicas, genéticas e morfológicas que as permitem
diferenciar.
Critérios bioquímicos, por exemplo: a produção de

pigmentos característicos por algumas bactérias, ou a


actividade enzimática específica;
Critérios fisiológicos, por exemplo, a sensibilidade a

7 antibióticos dos diferentes microrganismos.


Cont.
Os critérios genéticos consistem na sequência

genómica de cada bactéria.


Critérios morfológicos são a forma e a presença ou

ausência de estruturas especializadas, como esporos


e flagelos.
Em quanto a sua morfologia celular, podem-se

considerar três formas básicas das bactérias:


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Morfologias bacterianas

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Cont.
Cocos, são bactérias arredondadas ou esféricas.

Os cocos podem ser vistos em grupos de dois


(diplococos), como a Neisseria gonorreae,
responsável pela gonorreia, cadeias
(estreptococos), por exemplo o Streptococcus
pyogenes, responsável por muitas faringites, ou
em cacho de uva (estafilococos), como o
10
Staphylococcus aureus, responsável por
Cont
Bacilos, são bactérias de forma
rectangular ou de bastão. Podem ser vistos
como pares (diplobacilos), e em cadeias
(estreptobacilos).
Espirilos, com forma curvada ou espiral.

Normalmente aparecem isolados.


11
Cont.
Enquanto às suas necessidades de oxigénio, as

bactérias podem ser classificadas nos seguintes


grupos:
Bactérias aeróbias, que precisam de oxigénio

em concentrações similares as encontradas na


atmosfera para sua sobrevivência.

12
Bactérias anaeróbias, que crescem apenas em
Cont.
Entretanto, existem bactérias que podem

sobreviver na presença ou na ausência de


oxigénio, que são chamadas anaeróbios
facultativos.
Normalmente, a maior parte das bactérias

isoladas de amostras clínicas são anaeróbios

13
facultativos..
Cont.
As bactérias podem ser também
classificadas segundo a sua capacidade de
absorverem o corante nos preparados
químicos e laboratoriais. As colorações mais
utilizadas são:

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Coloração de Gram
Coloração de Gram. Diferencia as bactérias

pela composição em peptideoglicanos


(glicoproteina) da sua parede celular. Desta
maneira, as bactérias podem ser Gram-
positivas (espessa camada de peptideoglicano
na parede celular) ou Gram-negativas
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(camada muito mais fina de peptideoglicano).
Bactérias Gram-positivas e Gram-negativas
Gram-positivas Gram-negativas

16
Cont.
Coloração em álcool-ácido-resistente. Este

é um método de coloração utilizado para


identificar micobactérias, entre elas a
micobactéria que causa a tuberculose.

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PRINCIPAIS CATEGORIAS E GRUPOS
DE BACTÉRIAS

• Com fins práticos, e atendendo as


características da parede celular, as bactérias
podem se dividir em quatro categorias
principais:

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Eubactérias Gram-negativas
 Eubactérias Gram-negativas, com parede celular. São um

grupo muito heterogéneo de bactérias. Tem formas diversas,


assim como diferentes requerimentos de oxigénio. Entre elas
estão as bactérias patógenicas seguintes:
Espiroquetas, como Treponema e Borrelia.

Proteobactérias, como Neisseria, Pseudomonas, Salmonella,

Shigella, Yersinia, Vibrio, Haemophilus, Rickettsia, e Clamidia.

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Eubactérias Gram-positivas

Eubactérias Gram-positivas, com parede


celular. Neste grupo se encontram os
patógenos seguintes.
Enterococos
Estreptococos
Estafilococos
Micobactérias

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Cont.
Eubactérias sem parede celular. Neste grupo

se encontram os micoplasmas.
Arqueobactérias: este grupo não inclui
microrganismos patógenos. Porém, algumas
arqueobactérias têm importância pelas suas
aplicações no laboratório de pesquisa biológica
21 e médica.
PATOGENIA DA INFECÇÃO BACTERIANA

• A patogenia da infecção bacteriana abrange o

início do processo infeccioso e os mecanismos


que levam ao aparecimento dos sinais e sintomas
de doença.
• Muitas das infecções causadas por bactérias são

inoparentes ou assintomáticas.
• Só ocorre doença se as bactérias ou as reacções
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imunológicas à sua presença prejudicam
Cont.
As portas de entrada mais frequente para as

bactérias patógenas são as zonas do corpo onde


as mucosas entram em contacto com a pele.
Estes são as vias respiratórias, tracto
gastrointestinal, tracto genital e vias urinárias.
As áreas anormais da pele e mucosas (feridas,

queimaduras, e outras lesões) são também


23
Infecção bacteriana

24
Cont.
A patogenicidade e virulência bacteriana é determinada por

diversos sistemas de regulação, que combinam factores


extrínsecos ou intrínsecos às próprias bactérias.
De maneira extrínseca, alguns sinais ambientais regulam ou

activam a expressão de determinados genes relacionados com a


virulência bacteriana. Os sinais mais comuns são temperatura,
disponibilidade de ferro, osmolaridade, fase de crescimento, pH,
e iões específicos (por exemplo, cálcio).

25
Cont.
 Entretanto, existem muitos factores intrínsecos que

determinam a patogenicidade e virulência bacteriana.


Entre eles podem se destacar os seguintes:
 Factores de aderência: após a penetração das

bactérias no corpo, elas precisam se aderir a células


da superfície de algum tecido. Se não aderem, serão
eliminadas por muco ou outros fluidos corporais.
26
Cont.
Produção de substâncias com efeitos sobre

as células, como endotoxinas e exotoxinas, que


produzem toxicidade e morte celular através de
diferentes mecanismos, e também enzimas que
degradam os tecidos do hospedeiro ou que
inactivam as moléculas de imunoglobulina G
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(IgG).
Cont.

Factores antifagocíticos, que impedem aos

leucócitos ingerir as bactérias para destrui-las


(exemplo: cápsulas bacterianas, flagelos que
permite mobilidade e escape a acção
fagocitária).
Capacidade de algumas bactérias para
28 sobreviver no interior das células do hospedeiro,
Cont.
 Mudança dos antígenos de superfície. Muitas bactérias

mudam frequentemente a forma dos seus antígenos,


escapando assim do sistema imunológico do hospedeiro,
fenómeno chamado variação antigênica. Além da
variação antigênica, existe o mimetismo molecular, que
consiste em os antígenos de superfície dos patógenos
serem parecidos com os antígenos do hospedeiro e, em
29 consequência, não são reconhecidos como estranhos.
PONTOS-CHAVE
 As bactérias são microrganismos unicelulares procariontes.

 As bactérias podem ter 3 formas básicas: cocos, bacilos e espirilos

 As colorações mais utilizadas para identificar bactérias são: Gram e álcool-ácido-resistente

 Na prática, as bactérias podem se dividir em 4 grupos: eubactérias com parede celular, Gram

positivas e Gram negativas, eubactérias sem parede celular, e arqueobactérias

 A patogenia da infecção bacteriana comprende: penetração, adesão, replicação e disseminação

 No entanto, esta patogenia, envolve factores extrínsecos e intrísicos, que determinam a

patogenicidade e virulência, a destacar entre os factores intrínsicos: factores de aderência,

factores ligados a invasão, produção de substâncias tóxicas, factores antifagocitários, factores

ligados a sobrevivência no interior da célula, variação antigênica e mimetismo molecular.

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