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AS BACTÉRIAS

O termo Bacterium foi introduzido em 1828;


As bactérias se reúnem em dois grupos diferentes e antigos: Archea e Bactéria;
São os seres mais abundantes do planeta; Vivem praticamente em todos os
ambientes; Na maioria de nutrição heterótrofa e vivendo do mutualismo e
parasitismo.

Elas cobrem nossa pele, revestem as passagens nasais, auditivas e bucais, vivem nas
gengivas e entre os dentes, colonizam nosso trato digestivo; São unicelulares e têm
célula procariótica; Tanto arqueas como bactérias sobrevivem numa extraordinária
abrangência de habitats hostis aos seres eucarióticos.

As bactérias de interesse médico podem apresentar diversas formas:


 cocos, bacilos e de espiral; Essas formas são uma característica genética e
geralmente as bactérias são monomórficas, isto é, mantém uma única forma.

COCOS
 São redondos, mas podem ser ovais, alongados ou achatados em uma das
extremidades;
 Quando as bactérias em forma de coco se dividem, as células pode permanecer
unidas umas às outras, surgindo assim cocos aos pares (diplococos), cadeias
(estreptococos), cachos (estafilococos).

BACILOS
 Alguns bacilos assemelham-se a lanças, outros têm extremidades arredondadas ou
retas. Outros bacilos assemelham-se tanto aos cocos que são chamados de
cocobacilos.

ESPIRAIS
 Podem ter uma ou mais espirais;
 Quando tem o corpo rígido e são como vírgulas, são chamadas vibriões;
 Quando têm forma de saca-rolhas, são chamadas de espirilos;
 Há também um grupo de organismos espiralados, mas de corpo flexível, chamado
espiroquetas.

Vibrião/Espirilo/Espiroqueta

A célula bacteriana apresenta várias estruturas, algumas das quais estão presentes
apenas em determinadas espécies, enquanto outras são essenciais e, portanto,
encontradas em todas as bactérias.
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA BACTERIANA
 Estrutura vital para a célula, pois forma uma barreira responsável pela separação
do meio interno e externo da célula.
 Responsável por: transporte de solutos; Produção de energia; Biossíntese de
enzimas e outras macromoléculas; Duplicação do DNA; e Secreção de enzimas e
outras toxinas.

PAREDE CELULAR
 Uma estrutura complexa, semi-rígida, responsável pela forma da célula, que
circunda a membrana citoplasmática, protegendo-a das alterações adversas no
ambiente externo.
 A principal função é prevenir a ruptura (proteção) das células bacterianas e serve
como ponto de ancoragem para os flagelos.

PAREDE CELULAR
 De acordo com a constituição da parede, as bactérias podem ser divididas em dois
grandes grupos:
▪ Bactérias Gram-negativas: se apresentam de cor avermelhada quando coradas pelo
método de Gram;
▪ Bactérias Gram-positivas: se apresentam de cor roxa quando coradas pelo método
de Gram.

CÁPSULA
 Muitas bactérias apresentam externamente à parede celular, uma camada viscosa
denominada cápsula.
 A cápsula constitui um dos antígenos de superfície das bactérias e está relacionada
com a virulência da bactéria, uma vez que a cápsula confere resistência à fagocitose

FLAGELO
 Confere movimento à célula e apresenta- se ancorado a membrana plasmática e a
parede celular por uma estrutura denominado corpo basal;

CITOPLASMA
 É o conteúdo celular bacteriano, onde há milhares de ribossomos, grânulos de
reserva, mesossomo, cromossomo e plasmídios (menores que o DNA cromossômico)

RIBOSSOMOS
 Estão espalhados no interior da célula e conferem uma aparência granular ao
citoplasma
GRÂNULOS
 As células procarióticas não apresentam vacúolos, porém podem acumular
substâncias de reserva sob a forma de grânulos de reserva.

MESOSSOMOS
 São invaginações da membrana celular, que tanto, podem ser simples dobras como
estruturas tubulares ou vesiculares.
 Diversas funções têm sido atribuídas aos mesossomos, tais como: papel na divisão
celular e na respiração.

CROMOSSOMOS
 As bactérias apresentam um cromossomo circular, que é constituído por uma única
molécula de DNA.
 O cromossomo bacteriano contém todas as informações necessárias à
sobrevivência da célula e é capaz de autorreplicação.

PLASMÍDEOS
 São bactérias, menores de DNA, também circulares;
 Estes elementos extracromossômicos, denominados plasmídeos são autônomos,
isto é, são capazes de autoduplicação independente da replicação do cromossomo e
podem existir em número variável no citoplasma bacteriano.

ESPORO
 Célula, formada no interior da célula vegetativa, altamente resistente ao calor,
dessecação e outros agentes físicos e químicos, capaz de permanecer em estado
latente por longos períodos e de germinar dando início à nova célula vegetativa;
 A esporulação tem início quando os nutrientes bacterianos se tornam escassos,
geralmente pela falta de fontes de carbono e nitrogênio.

NUCLEÓIDE
 Consiste em uma única grande molécula de DNA com proteínas associadas, sem
delimitação por membrana, portanto não é um verdadeiro núcleo e o seu tamanho
varia de espécie para espécie.

PÍLI OU FÍMBRIAS
 São apêndices filamentosos menores, mais curtos e mais numerosos que os
flagelos e que não formam ondas regulares;
 São encontrados tanto nas espécies móveis como nas imóveis e portanto, não
desempenham papel relativo à mobilidade;
 Podem funcionar como sítios de adsorção de vírus bacterianos, como mecanismo
de aderência à superfícies e como porta de entrada de material genético durante a
conjugação bacteriana.
A estrutura das bactérias é formada por diferentes macromoléculas, como por
exemplo: água, proteínas, lipídios e carboidratos;
Os precursores das macromoléculas podem ser retirados do meio ambiente ou ser
sintetizado pelas bactérias a partir de compostos mais simples;  As substâncias ou
elementos retirados do ambiente e usados para construir novos componentes celulares
ou para obter energia são chamados nutrientes. Os nutrientes podem se dividir em
duas classes: macronutrientes (carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio e enxofre,
que são usados com combustível celular) e micronutrientes (potássio, cálcio, ferro,
manganês, etc).
As bactérias podem ser divididas em grupos com base em suas exigências nutritivas;

A principal separação corresponde aos grupos:


 Fototróficos (organismos que utilizam a energia radiante como fonte de energia);
 Quimiotróficos (organismos incapazes de utilizar a energia radiante; dependem da
oxidação de compostos químicos para a obtenção de energia).

Fototróficos: existem bactérias que utilizam o CO2 como principal fonte de carbono;
são as fotolitotróficas. Outras exigem um composto orgânico e são ditas
fotorganotróficas.

Quimiotróficos: bactérias que utilizam o CO2 como fonte de carbono e oxidam


compostos inorgânicos (como o nitrito) ou elementos químicos (como o enxofre) para
obtenção de energia são chamadas quimiolitotróficas.
Outras: há ainda as que utilizam compostos orgânicos para obter energia, são
chamadas quimiorganotróficas.

Fotolitotróficas e quimiolitotróficas são conhecidas, comumente, como autotróficas;


E as espécies fotorganotróficas e quimiorganotróficas são designadas heterotróficas.

As bactérias heterotróficas foram estudadas mais profundamente porque, sob certo


aspecto, demonstram um interesse mais imediato;
As bactérias heterotróficas apresentam exigências nutritivas mais simples.
Neste grupo se encontram todas as bactérias patogênicas para o homem, para outros
animais e para os vegetais, assim como a maior parte da população microbiana do
ambiente humano.
Uma vez garantidos pelo ambiente os nutrientes e as condições adequadas para
assimilá-los, as bactérias irão absorvê-los e transformá-los para que cumpram suas
funções básicas, quais sejam, o suprimento de energia e de matéria-prima; Como
matéria-prima, os nutrientes vão ser transformados em estruturas celulares ou em
moléculas acessórias à sua síntese e funcionamento; A contínua tomada de nutrientes
permite que a bactéria atinja seu objetivo máximo, que é o da multiplicação.
O cultivo dos microrganismos em um meio de cultura, em condições laboratoriais, é
um pré-requisito para seu estudo adequado. Para que isto possa ser realizado, é
necessário o conhecimento de suas exigências nutritivas e das condições físicas
requeridas. Meio de cultura é uma mistura de nutrientes necessários ao crescimento
microbiano. Basicamente deve conter a fonte de energia e todos os elementos
imprescindíveis à vida das células e deve ainda atender às necessidades específicas
do grupo, família ou espécie que se deseja cultivar.

Assim como as bactérias variam com relação às exigências nutritivas, também


demonstram respostas diversas às condições físicas do ambiente;
Quanto a temperatura, o crescimento bacteriano pode ter seu ritmo e quantidade
determinados pela temperatura, uma vez que esta influencia as reações químicas do
processo de crescimento.

Cada espécie de bactéria cresce sob temperaturas situadas em faixas


características e, sendo assim, são classificadas nos seguintes grupos:

 Bactérias psicrófilas: são capazes de crescer a 0° C ou menos, embora seu ótimo


seja entre 15° C ou 20° C;
 Bactérias mesófilas: crescem melhor numa faixa de 25 a 40° C;
 Bactérias termófilas: crescem melhor a temperaturas de 45 a 60° C.

Quanto às exigências atmosféricas, os principais gases que afetam o crescimento


bacteriano são o oxigênio e o dióxido de carbônico. Como as bactérias apresentam
grande variedade de resposta ao oxigênio livre, elas são divididas em:

 Bactérias aeróbias: crescem na presença de oxigênio livre;


 Bactérias anaeróbias: crescem na ausência de oxigênio livre;
 Bactérias anaeróbias facultativas: crescem tanto na presença como na ausência
do oxigênio livre.

Quanto à acidez e alcalinidade (pH): para a maioria das bactérias, o pH ótimo de


crescimento localiza-se entre 6,5 e 7,5. Embora poucos microrganismos possam
desenvolver-se nos limites extremos de pH, as variações mínimas e máximas, para a
maior parte das espécies, estão entre pH 4 e pH 9.

Bactérias geralmente reproduzem-se assexuadamente por fissão binária transversa;


Quando ocorre a replicação do cromossomo bacteriano e a célula desenvolve uma
parede celular transversa, dividindo-se então em duas novas células; Após a
replicação do cromossomo, a parede transversa forma como uma invaginação da
membrana plasmática e da parede celular; Quando a nova parede formada não se
separa completamente em duas paredes, pode-se formar uma cadeia (ou filamento) de
bactérias.
A fissão binária não é o único método reprodutivo entre as bactérias; As espécies do
gênero Streptomyces produzem muitos esporos reprodutivos por organismo, cada
esporo dando origem a um novo indivíduo;

Bactérias do gênero Nocardia produzem extenso crescimento filamentoso, seguido


pela fragmentação dos filamentos em pequenas células bacilares ou cocóides;

Espécies do gênero Hyphomicrobium podem reproduzir-se por brotamento:


desenvolve-se um broto, a partir da célula-mãe e, depois de um período de aumento
de tamanho, o broto se separa da célula original, formando um novo indivíduo.

Embora não ocorra uma reprodução sexuada complexa nos moneras, algumas vezes
as bactérias realizam troca de material genético. Tal recombinação genética pode
ocorrer por transformação, conjugação ou transdução.

Na transformação, a célula bacteriana "pega" fragmentos de DNA perdidos por


outra bactéria que se rompeu. Este mecanismo tem sido usado experimentalmente
para mostrar que os genes podem ser transferidos de uma bactéria para outra;
Na conjugação, duas células bacterianas geneticamente diferentes trocam DNA
diretamente; Este processo tem sido extensivamente estudado na bactéria Escherichia
coli, que tem linhagens F- e F+; As células F+ são cobertas com pêlos e contêm um
plasmídeo conhecido como fator F, ou fator da fertilidade; Quando uma célula F+
entra em contato com uma célula F-, os pêlos organizam um tubo de conjugação,
chamado de pêlo sexual ou pêlo F, que conecta a célula F+ à célula F-; O pêlo F é
"oco", permitindo que o DNA passe de uma bactéria para outra.
Na transdução, genes bacterianos são carregados de uma bactéria para outra, dentro
de um bacteriófago (vírus bacteriano); Quando o bacteriófago entra numa célula
bacteriana, o DNA do vírus mistura-se com uma parte do DNA bacteriano, de modo
que o vírus agora carrega esta parte do DNA; Se o vírus infecta uma segunda
bactéria, o DNA da primeira bactéria pode misturar-se com o DNA da segunda
bactéria. Esta nova informação genética é então replicada a cada nova divisão.
Como já foi mencionado, o processo de reprodução prevalecente entre as bactérias é
a fissão binária; uma célula se divide, formando duas células; O aumento
populacional se faz em progressão geométrica.

O tempo necessário para que uma célula se divida - ou para que a população duplique
- é conhecido como tempo de geração, que não é o mesmo para todas as bactérias;

Para algumas, como a Escherichia coli, pode ser de 15 a 20 minutos; para outras pode
ser de muitas horas; O tempo de geração está na forte dependência dos nutrientes
existentes.
Primeiros organismos a aparecerem na superfície terrestre, há cerca de 4,6 bilhões de
anos;

Penicilina;
Doenças;
Bactérias decompositoras e saprófitas;
Presença de determinadas espécies no sistema digestório de animais ruminantes e de
seres humanos;
Na pele, contribuem na degradação de células mortas e eliminação de resíduos;
Cianobactérias.
Superbactérias.

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