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Frequência de Microbiologia

1) Experiência de Louis Pasteur (confirmação da biogénese)


Mostrou que muitas doenças eram provocadas por microorganismos e que estes
podiam ser transmitidos para outros indivíduos pela pele, pelo ar e pelas excreções dos
doentes. Lançou a prática de ferver os instrumentos cirúrgicos para os esterilizar.
2) Teoria endossimbiótica
Tenta provar a relação entre bactérias que invadiram células animais ou vegetais, não
lhes provocando dano, mas sim uma relação de dependência mútua (simbiose). Procura
provar-se a possibilidade de transformação de bactérias em mitocôndrias e cloroplastos.

3) Definição de fermentação e putrefacção


Fermentação – formação de álcool e ácidos orgânicos a partir de carbohidratos
Putrefacção – decomposição de proteínas, com produção de aminas com mau cheiro.
4) Os 4 postulados de Koch
-Um microrganismo específico deve estar sempre associado a uma doença;
-o microrganismo suspeito deve ser isolado e deve ser capaz de crescer em cultura
pura;
-a inoculação daquela cultura deve produzir a mesma doença num animal susceptível;
-o mesmo microrganismo deve ser isolado a partir do animal doente.

5) Os 7 principais critérios para a classificação de bactérias


-observacao ao microscopio
-presenca ou ausencia de certas estruturas
-coloracao de gran
-producao de pigmentos caracteristicos
-presenca de certas enzimas
-funcoes metabolicas caracteristicas
-sensibildade aos antibioticos
6) Como é o método de Coloração de Gram (corantes, solvente e mordente)?
Tecnica da coloracao diferencial que permite agrupar as bacterias em 2 grupos: Gram
positivas – azul escuro (cor abservada no microscopio), cristal violeta (corante usado);
parede celular com grande quantidade de peptidoglicano (da rigidez e estrutura a
bacteria) – pela accao do mordente forma-se um precipitado insolúvel; na fase de
descoloracao este precipitado nao sai da celula;as bacterias mantem-se azuis.
Gram negativas – vermelho (cor observada no microscópio), fuscina basica (corante
usado); parede celular com pequena quantidade de peptidoglicano; por acção do
mordente forma-se um precipitado insolúvel; na fase de descoloracao o precipitado e
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removido;as bacterias assumem o segundo corante;coram para dor rosa. (cor primaria –
mordente – descolorante – contra corante)
7) Qual a função do Slyme Layer ou S.Layer?
Slyme Layer (Capa gelatinosa, estrutura de superfície difusa e não organizada):
Protecção defesa das bactérias, adesão a superfícies
S-Layer (camada bem organizada de origem proteica): Estabilização da membrana e
resistência à variação de Ph e protecção.
8) O que é o “biofilm”?
Resulta da interacção entre pelo menos 2 bactérias, estas têm a capacidade de trocar
material genético entre elas, podendo ganhar resistência aos antibióticos.

9) Diz 4 B-lactâmicos e 4 não B-lactâmicos


B-Lactamicos: Penicilina, Cefamicinas, Cefalosporinas, Inibidores dos B-Lactamases;
Não B-latâmicos: Vancomicina, Bacitracina, Isoniazida, Etambutol
10) Inibidores B-lactâmicos
Inibidores selectivos da síntese da parede celular. (Acido clavulânico, tazobactam,
sulbactam- penicilina, cefalosporinas, cefotaxima)

11) Quais os 3 inibidores das B-lactamases?


Acido clavulanico, tazobactam, sulbactam (penicilina, cefalosporinas, cefotaxima)

12) Inibição da parede celular


Uma classe importante de antibióticos inibe a síntese do peptidoglicano. Uma vez
inibida a síntese de parede celular (envolvendo PLPs), autólise enzimática da parede
celular pode ocorrer. Na ausência da influência retentora da parede celular a elevada
pressão osmótica dentro da célula rompe a membrana da bactéria. Considerando-se
esses antibióticos, geralmente, bactericidas.
13) O que são as ligações PLP?
São ligações através de enzimas que interferem na síntese da parede celular
bacteriana, nos antibióticos beta-lactamicos (penicilinas e cefalosporinas)

São ligações através de enzimas que interferem na síntese da parede celular


bacteriana, nos antibióticos beta-lactamicos (penicilinas e cefalosporinas)

14) Elementos geneticos extracromossomica


Plasmideos (pequeno anel de DNA – capacidade de duplicação autónoma)
bacteriofagos (virus capaz de infectar bacterias – transmitem material genetico)
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15) Toxicidade selectiva


Propriedade fundamental de um antibiótico;

É prejudicial para a bactéria mas inócuo para o hospedeiro;

A toxicidade selectiva pode apresentar-se como relativa, se for dependente da dose.

Categorias de actuação:

 Receptor especifico (na bactéria)- os antibióticos são dirigidos a esse receptor;

 Inibe eventos bioquímicos- como a síntese da parede celular, função da parede


celular, síntese de proteínas e ácidos nucleicos.

16) Macrolídios (tudo)


Eritromicina (mais importante); Derivada do streptomyces erythreus; Constituída por
um anel lactona; Possuem amplo espectro e utilizados em pacientes alérgicos à
penicilina.

Existem outros agentes, desenvolvidos quimicamente como : azitromicina e


claritramicina.

Modo de Actuação: ligação reversível ao segmento 50S, bloqueando o alongamento


peptídico

Resistencia: Metilação do RNA ribossómico, impedindo a ligação ao antibiótico;


Destruição do anel eritromicina (esterease); Efluxo activo do antibiótico desde o interior
da célula.

17) Associar os antibióticos que actuam na inibição da síntese de proteínas com


cada fase do uso dos complexos 30S e 50S pela bactéria.
Aminoglicosideos- Ligação irreversível às proteinas 30S (sub-unidade ribossómica),
associada à produção de proteínas alteradas e Interrupção da sintese de proteinas;
Tetrailcinas- Inibem a ligação do tRNA ao complexo 30S e permite a protecção da sub-
unidade ribossómica 30S; Clorofenicol- Une-se ao componente 50S do ribossoma,
bloqueando o alongamento; Macrolideos- bloqueiam o alongamento peptídico através
da ligação reversivel ao segmento 50S.
18) O que é o Germ Free?
Animais obtidos através de acções experimentais, isentos de qualquer microorganismo
potencial causador de patogenicidade
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19) As bactérias da flora normal podem criar patologia?
Sim, se houver uma supressão da flora normal pode-se criar um espaço vazio, que
tenderá a ser preenchido, eventualmente por bactérias oportunistas/patogénicas. Por
outro lado, se o habitat natural da flora se alterar, estas poderão encontrar outras zonas,
ideais para a sua proliferação.
20) Vantagens da fora normal no organismo
21) Diga 4 bactérias da flora normal da faringe e da traqueia
-Etreprococus não hemolíticos
-Estreptococos alfa hemolíticos
-Neissérias
-Haemophilus
-Pneumococus
-Mycoplasma
22) Flora normal da pele
Staphylococus epidermidis, Staphylococus aureus, Micrococus
23) Porque é que as infecções urinárias, na mulher, são maioritariamente
provocadas por E.Coli?
Na flora normal do intestino, a E.Coli está presente em grande número. Assim,
sabendo q cada pessoa evacua em média, com as fezes, um trilhão de bactérias E.coli
todos os dias, a doença é devida à disseminação, noutros órgãos, das estirpes intestinais
normais; ou nos casos de enterite ou meningite neonatal à invasão do lúmen intestinal
por estirpes diferentes daquelas normais no indivíduo.

24) Qual o modo de contágio da E.Coli?


As doenças são devidas à disseminação noutros órgãos das estirpes intestinais da flora
normal, ou nos casos de Enterite ou Meningite Neonatal à invasão do lúmen intestinal
por estripes diferentes daquelas normais no individuo.

25) 3 ou 4 patologias associadas a E.Coli. Com 3 ou 4 Sintomas.


Pneumonia- febre, hipotensão; Septicémia- febre, dor abdominal, náuseas, vómitos;
Gastroentrite- diarreia, cólicas, desconforto abdominal, náuseas, vómitos; Minigite-
cefaleias
26) Enumerar 5 tipos de diarreia provocadas por E.coli
Enteropatogénica (EPEC), Enterotoxigenica (ETEC), Enterohemorragica (EHEC),
Enteroinvasiva (EIEC), Enteroagregante (EAEC)
27) Diferença do ph da vagina ao longo da vida e respectiva flora
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Após o Nascimento- Ph ácido (menor probabilidade de bactérias)- lactobacilos
aeróbios;
Até à Puberdade- o Ph começa a ficar neutro- flora mista;
A partir da Puberdade- Ph ácido- lactobacilos aeróbios e anaeróbios;
Após a Menopausa- o pH começa a ficar neutro- dá-se uma diminuição dos
lactobacilos e reaparece a flora mista.
28) MRSA: o que é? O q provoca? Como se trata? Resistentes a que?
Os anti-microbianos originam Staphylococus meticilino-resistentes (MRSA, )ou seja,
resistentes à meticilina (penicilina),um antibiótico B-lactâmico.
Tratamento: Vancomicina e Teicoplanina
Controlo do Surto: Isolamento dos doentes; Afasamento do pessoal, Descontaminação
do pessoal.
29) Hospitais com MRSA e Hospitais sem MRSA
Hospitais com MRSA: Vancomissina e Tricoplanina
Hospitais sem MRSA: Penicilinas resistentes às B-lactamases
30) Estado de portadores nasais
Mupirocina Tópica
31) Patologias provocadas por S.Aureos (3 ou 4). Com 3 ou 4 Sintoma
Coagulase Gram +
Patologias:
Acção directa:
 Artrite- Infecção das articulações
 Osteomielite- infecção no osso
 Pielonefrite- Infecção no trato urinário
Provocadas por toxinas:
 Síndrome do choque toxico- febre alta, vómitos, diarreia e rash cutâneo;
 Gastroentrite;
 Sindrome da pele escaldada- descamação da pele, infecção cutâneo ou
respiratória.

32) 5 Mecanismos estruturais da patogenicidade de S.aureus


 Capsula- diminui a capacidade do antibiótico entrar na célula
 Slyme-layer
 Adesinas de superfície
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 Membrana citoplasmática
 Parede celular

33) Como se origina o staphylococcus metacilino-resistentes (MRSA)


1) Os inibidores de B-lactamases associam-se aos B-lactamicos resistentes a B-
lactamases (Metacilina);
2) Os Antibióticos ligam-se a PLP (proteínas de ligação a penicilina), o S.Aureos vai
alterar as PLPs
3) Fazendo com que a bacteria fique resistente a todos os B-lactamicos, mesmo
as B-lactamases resistentes, pois já não é pela produção de B-lactamases
Tudo isto vai originar os S.Metacilino-resistentes (MRSA)
34) Doenças derivadas da invasão sistémica de Estreptococos
Infecção de feridas, meningite
35) Doenças associadas ao Streptococus pneumoniae
Celulite, ulcera cornea, sinusite
36) Patologias associadas ao Enterococus faecalis
ITU, infectaccoes de feridas, meningite
37) Enteroccocus
Enterococcus são um género de bactérias do grupo D de Lancefield.
Gram-positivas, comensal do aparelho digestivo (intestino) e urinário.
É bastante resistente à bílis e à soluções com elevadas concentrações de sal. Possui
gelatinase (hidroliza a gelatina, colagénio e a hemoglobina) que permite invadir o epitélio
e a corrente sanguínea.
A transmissão de infecções causadas por essas bactérias pode ser de origem
endógena, alimentar ou através da água
Patologias – endocartide, nfecção pélvia e intra-abdominal, infeccao urinaria,
meningite, septicemia, infeccoes hospitalares ou nosocomiais (infeccao adquirida por um
paciente apos a sua alta)
38) 3 Patologias da Neisseria Gonorrhae na mulher
-Genital, Rectal, Orofaringe
39) 2 Complicações da principal patologia provocada pela neisseria gonarrahae
-Salpingite, Doença inflamatória pélvica
40) Neisseria gonarrahae - tratamento
-Diagnostico: Mulher- Exsudado do endocolo; Homem- Exsudado do uretral
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-Terapêutica: Muito resistente aos antibióticos; Principal mecanismo de resistência
prende-se com a produção de B-lactamases; Dificuldade em arranjar uma vacina pois
tem uma capacidade de variação muito grande.

41) Patologias associadas à Acinobacter.


Envolvido em processos infecciosos de hospitais com pacientes que sofreram
queimaduras, ou que tenham algum tipo de imuno-comprometimento, idosos e
Aidéticos. Costuma infeccionar o trato respiratório, sangue, urina e, menos comumente,
a pele. Este peptógeno tem resistência a múltiplas drogas dificultando seu tratamento.
42) Mycobacterium tuberculosis: patologia associada; factores de virulência;
como se dá a formação da caverna?
A parede celular é o factor de virulência mais importante nesta bactéria, face à sua
composição:
Ácidos micólicos - protegem a bactéria de enzimas hidrolíticas do fagossoma;
Factor Cord - glicolípido tóxico para as células dos mamíferos capaz de inibir a
migração de PMN;
Cera D - responsável pela hipersensibilidade retardada.
Os danos no hospedeiro são maioritariamente causados pela acção do sistema
imunitário do hospedeiro.
Patologia - tuberculose
Caverna ou tubérculo- é preenchida com material necrótico. Os bacilos entram em
estado de dormência. Finalmente, há Calcificação das cavernas. Se as cavernas não forem
calcificadas, o doente imunocompetente desenvolve novas cavernas, enquanto o doente
imunocomprometido desenvolve tuberculose miliar.
43) Quais os principais tipos de patologias da kiebsieiia?
Klebsiella pneumoniae é uma espécie de bactéria gram-negativa e pode causar
pneumonia. Em infecções hospitalares causa complicações no aparelho urinário e em
feridas de doentes imunologicamente deprimidos.
44) Quais as principais patologias do proteus?
Esta bactéria em forma de haste tem a capacidade de produzir altos níveis de urease.
A Urease hidrolisa a uréia em amônia (NH 3) e, portanto, torna a urina mais alcalina. Se
não tratada, a alcalinidade aumentada pode levar à formação de cristais de estruvita ,
carbonato de cálcio e / ou apatita .
Proteus também pode causar infecções de feridas, septicemia e pneumonias,
principalmente em pacientes hospitalizados
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45) Salmonella
A Salmonella é uma enterobactéria que tende a aparecer 24 horas após a ingestão.
Fixam-se na parede do intestino delgado onde se multiplicam e se manifestam causando
vômito, diarréia, náuseas, febre e anorexia.. A disseminação se da por alimentos
contaminados e por contaminação fecal-oral por animais como ovinos, suínos, coelhos,
cães, aves marinhas, roedores, mamíferos marinhos, gatos e cavalos.
Disseminação e Controle:
Ingestão de alimentos contaminados como ovos, peixes, leite, maionese, e ingestão de
água contaminada.
46) Modos de transmissão relacionados com a Salmonella thypi?
É transmitida através da ingestão de alimentos ou água contaminada, o mais comum,
ou então pelo contacto directo com os portadores, através de um beijo por exemplo.
Seja qual for a origem a única porta para a sua entrada é a via digestiva.

47) Tipos de doenças associados ao streptococcus pyogens (patologias)


Tipos de Patologias:
Doenças – faringite, escarlatina, fascite necrosante, erisipelas, impetigo, síndrome do
choque toxico.
48) Explique escarlatina, os seus meios de transmissão
A escarlatina é uma doença infecciosa causada pelo estreptococo beta hemolítico do
grupo A (Streptococcus pyogenes), que atinge principalmente as crianças, em sua
maioria meninos, sendo a bactéria sensível à penicilina, entre outros antibióticos. A
escarlatina é quase sempre uma complicação da amigdalite/faringite estreptocócica,
aparecendo cerca de 2 dias após o início dos sintomas desta.
A sua transmissão acontece através da saliva, por via nasal, tosse, espirros e respiração
ou ainda através do contacto com vestuário e objectos contaminados.

49) Antibióticos
Antibiótico é nome genérico dado a uma substância que tem capacidade de interagir
com micro-organismos unicelulares ou com seres pluricelulares que causam infeções no
organismo. Os antibióticos interferem com os micro-organismos, matando-os ou inibindo
seu metabolismo e/ou sua reprodução, permitindo ao sistema imunológico combatê-los
com maior eficácia.
As primeiras substâncias descobertas eram produzidas por fungos, como a penicilina.
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Atualmente são sintetizadas ou alterados em laboratórios farmacêuticos e têm a
capacidade de impedir ou dificultar a manutenção de um certo grupo de células vivas.
A resistência antibiótica é a capacidade dos microrganismos de resistir aos efeitos de
um antibiótico ou antimicrobiano.
O uso inadequado de antibióticos (na terapia humana e na utilização como promotor
de crescimento em animais que fazem parte da alimentação humana) conduz ao
aparecimento de resistências, tornando os agentes antimicrobianos menos eficazes. A
resistência pode ser adquirida via: transformação, conjugação, transdução e mutação.

50) Importância dos antibióticos de 1ª linha


51) Mecanismos de actuação de cada antibiótico:
 Penicilina
 Macrolidios
 Cloranfenicol
 Triciclinas
 Glicopeti(…)
 outras

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