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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Microrganismo: classificação e importância

Laudino Tomás Macarringue: 31220112

Magude, Fevereiro de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Microrganismo: classificação e importância.

Trabalho de Campo a ser


submetido na Coordenação do
Curso de Licenciatura em Ensino
de Biologia da UnISCED.
Tutor: Msc. Arminda Uachisso

Laudino Tomás Macarringue: 31220112

Magude, Fevereiro de 2023


Índice
1. Introdução...........................................................................................................................1

2. Microbiologia: antecedentes históricos..............................................................................2

3. Microrganismo: classificação e importância......................................................................3

3.1. Classificação dos microrganismos..............................................................................3


3.2. Importância dos microrganismos................................................................................5
4. Conclusão............................................................................................................................8

5. Referencia Bibliográfica.....................................................................................................9

6. Apêndice...........................................................................................................................10
1

1. Introdução.

O tema desta pesquisa é: Microrganismos. Neste tema proposto pela unidade temática da
disciplina de Microbiologia, falaremos particularmente da classificação e importância dos
microrganismos. Nesta temática, expomos a problemática, que norteará a pesquisa: sob quais
pressupostos, os microrganismos afectam a vida positiva e negativamente?

Ora, os microrganismos, observados pela primeira vez em 1683, pelo legítimo pai, Antonie
Leuwenhock, vivendo em todos os ambientes, buscaremos nesta pesquisa subsídios teóricos
que ajudem a compreender a iminência do estudo destes seres, sobretudo o seu impacto no
nosso quotidiano, na natureza.

Este tema, pela sua complexidade e de natureza relevante à comunidade académica e aos
leitores em geral, influenciou a escolha desse tema, na pretensão de analisar e buscar mais
questões sobre a problemática; pois esta pesquisa, não trás consigo assuntos acabados sobre
este tema, mas amostra certamente, caminhos e bases de estudo mais aprofundado e – aqui,
forneceremos os subsídios relevantes que deveremos ter em conta para a produção de
conhecimento, cada vez mais variado e aprofundado, em prol do tema proposto.

A problemática da pesquisa acima indicada, funciona como limite teórico da pesquisa; aqui,
não estamos a limitar o conhecimento, mas surge como eminente problema, na medida que
buscamos resolver questões pontuais que assolam a comunidade, sobretudo as doenças
causadas por estes seres, mas também, o benéfico deste, na natureza em geral. E a
comunidade académica, terá conhecimentos sobre a função morfológica, tipos e classificação
dos mikróbios.

De modo geral, a pesquisa tem como objectivo: verificar os microrganismos quanto a sua
classificação e importância. E como objectivo especifico: i. Contextualizar historicamente a
microbiologia; ii. Apontar a classificação dos microrganismos; iii. Explicar a importância dos
microrganismos. A metodologia a usar é bibliográfica, “quando elaborada a partir de um
material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos (…)
internet” (SILVA e MENEZES, 2008, P. 21).
2

2. Microbiologia: antecedentes históricos.

Maior parte, ou quase toda, da biologia foi aceleradamente desenvolvido nos finais da
segunda metade do seculo XVI; quando os fabricadores de lentes Hans e Zacharias Janssen,
em 1595. A revista ResearchGate, “o microscópio ajudou a libertar a Biologia das amarras
do fascismo mecânico e contribuiria para torna – la uma ciência imprescindível (…) entre os
seculos 17 e 18” (VALÉLIO e TORRESAN, 2017: 125).

Apesar disso, demorou – se muito tempo para se avançar com as pesquisas biológicas,
particularmente da microbiologia; até que, Antonie Leuwenhock1 (fabricante de lentes), em
1683 descobre o microscópio (microrganismo). E assim, foi batizado como pai da
microbiologia.

Mas, vamos perceber. Em 1665, o inglês Robert Hooke2 descobre a célula, de certa forma,
possibilitou – se aos estudos da microbiologia. Parece haver controvérsia, mas permitam –
nos esclarecer: depois da descoberta da célula, anos mais tarde, Leuwenhock descobre a
existência da vida microscópica a qual, designou microrganismo, assim, ele foi o primeiro a
estudar, descrever, conduzir grande variedade de microrganismos.

No entendimento de (NOGUEIRA e FILHO, 2015: 14), o primeiro áureo da microbiologia


teve início no final do seculo XIX, dando o fim à teoria da abiogénese 3. A descoberta dos
microrganismos, esta teoria ressurgiu, pois preparado aparentemente isento de
microrganismo. A microbiologia, abala desse modo, a abiogénese.

A microbiologia como ciência se da na segunda metade do seculo XIX, quando os cientistas


descobriram que os microrganismos originavam de pais iguais. Pois isso, microbiologia,

1
O artigo publicado pelo SciELO denuncia que o este naturalista holandês microscópio para observação dos
seres vivos. Dotado de uma lente de vidro, este microscópio primitivo ampliava 300 vezes com nitidez razoável,
tendo conseguido observar bactérias de 1 a 2 (medidas equivalentes a um milésimo de milénio,
2
Na verdade Hooke somente descobre a célula muito depois da invenção dos microscópios. Enquanto o
Leuwenhock inventa o microscópio e observa pela primeira vez a vida microscópica, a partir da observação de
saliva, sangue, etc.
3
Esta teoria foi fortemente criticada por Louis Pasteur depois de vários experimentos, portanto, segundo esta
teoria, os microrganismos surgiam a partir da matéria bruta (CARVALHO, 2010:19).
3

deriva do grego mikros = pequeno, bios = vida e logos = estudo. Logo, na concepção de
(CARVALHO, 2010: 21), microbiologia “preocupa – se com o estudo dos microrganismos e
de suas atividades”. A actividades referia – se: reprodução, anatomia, estrutura, fisiologia e a
identificação desses seres.

Microbiologia, trata como diz o autor, de organismos unicelulares 4. A sua tarefa é


sensacional, especialmente, quando se lembra como regulador de equilíbrio entre os seres
vivos e morto. Geralmente, quando a fala da microbiologia, fala – se dos microrganismos.

3. Microrganismo: classificação e importância.

Os microrganismos, são também designados de micróbios (mikros = pequeno e bios = vida),


pequenos seres vivos. Os microrganismos são seres microscópicos, ou seja, seres invisíveis a
olho nu, que habitam em todo tipo de ambiente, por isso, são denominados de ubiquidade.

3.1. Classificação dos microrganismos.

Entretanto, os seres microrganismos, são classificados em seguintes:

Bactérias – no entendimento de (FERREIRA, 2010: 4), “são microrganismos unicelulares,


de estrutura relativamente simples. Podendo ser autotrófico ou heterotrófico. Estes
organismos, não possuem o material genético envolto por uma membrana”. As bactérias são
invisíveis a olho nu, seu tamanho é equivalente a 1/100 mm, ate aproximando de 0.5 a 1 μm.
(vide apêndice A).

Para (CARVALHO, 2010), as estruturas bacterianas internas compreende a parede celular,


membrana citoplasmática comuns à células bacterianas. As bactérias, possuem variedade
morfológica, tais como: cocos, bacilos, virgula, espirilo, espiroqueta, estrela, quadrada e
cocobacilo. As bactérias, são divididos, também, em dois grandes grupos: eubactérias5 e as
arqueobactérias. As eubactérias apresentam composições na camada da parede celular
4
Os seres unicelulares, possuem uma célula e são, autotróficos, locomovem – se e reproduzem – se de forma
sexuada e assexuada.
5
Etimologicamente a palavra deriva do grego, eu = verdadeiro e bakteria = bastão, assim, as primeiras bactérias
descobertas tinham forma de bastão.
4

diferente, frequentemente aparecem aos pares, em cadeias tétrades. Algumas apresentam


flagelos. As arqueobactérias divergem das outrora pela composição química, a actividade e
ao meio ambiente em que se desenvolvem, tais como; em elevada concentração de salina ou
acidez, elevada e altas temperaturas, (CARVALHO, 2010: 38).

Fungos – no entendimento deste autor, fungos, “são organismos eucariotas, heterotróficas e,


geralmente multicelulares. São encontrados na superfície de alimentos, formando colonias
algodonosas e coloridas” (ibdem: 41). São também, constituído geralmente por filamento
microscópicos e ramificados, as hifas.

Os fungos possuem tipo de vida de acordo com a sua alimentação e é decompositor,


parasitas, mutualísticas, predadores e – possuem reprodução assexuada (brotamento,
cissiparidade e mitose) e sexuada. (vide apêndice B)

Algas – são organismos protistas que vivem em ambiente aquático e utilizam- se de energia
luminosa para fazer o seu alimento, ou seja, são autotrófico (TORTORA, et al, apud
FERREIRA, 2010: 6). As algas podem ser divididos em dois grupos: as procariontes e
eucariontes. As procariontes fazem parte do reino moneira, como: cianófitas, rhodophyta
(algas vermelhas), clorophyta (algas verdes), phaeophyta (algas marons), euglenophyta
(euglena). (vide apêndice C)

A poluição do sistema aquático por algas verdes, por exemplo, como são ricos em nitrogénio
e melhor fixam na atmosfera; resíduos e fertilizantes pode propiciar a sua floração e
libertando toxinas na agua, que causam sérios prejuízos, de acordo com (RAVEN, et al,
2007).

Protozoários – na concepção de (FERREIRA, 2010:5), são organismos eucariontes,


heterotróficos e a maioria possui sistema locomotora. Como flagelos, cílios, pseudópodes 6;
6
Os protozoários (do latim, proto = primitivo e zoo = animal) são divididos em classe de acordo com os órgãos
de locomoção: ciliados (usam cílios para locomoverem – se); flagelata (usam flagelo); rizópodes (usam
pseudópodes, pseudo = falso e podos = pé).
5

possuem vida livre como paramécias. Os protozoários estão presentes no ambiente, não
obstante, algumas podem ser parasitas, como: Trypanosoma sp e Leishmania sp.,
Plasmodium, etc, causadores de doenças, de chagas e leishmaniose e a malaria. (vide
apêndice D e E)

No entendimento de (NOGUEIRA e FILHO, 2015: 59) “como heterotróficos podem atuar


como saprógenos, decompondo a matéria orgânica, parasitas e predadores”. Possuindo a
reprodução sexuada e assexuada (por divisão e gemulação). O reino protista é o mais
estudado porque aqui, encontramos muitas espécies que mais causam doenças aos homens,
caso da malaria, já citada, doença de sono, etc.

Vírus – um dos agentes mais infecioso, por isso, seu estudo é também priorizado. Os vírus
são acelulares, parasitas intracelulares obrigatórios e necessitam de células do hospedeiro
para a sua reprodução. Possuem um envoltório proteico (capsideo). Possuem igualmente
material genético, ADN ou ARN de cadeia simples e dupla (MADIGAN, et al, 2010).

Para Nogueira, a “forma básica do vírus é chamada de virion, que é a partícula viral
completa. Os vírus são divididos em várias famílias, como: adenoviridae, andenovirus,
herperviridae e picornaviridae. A doença causada por um vírus é chamada de viriose” (op.
cit: 93). Os vírus mais estudados também são viroides, constituídos moléculas pequenas de
ARN, fita simples, circular e sem nenhuma forma de capsidio. Por outro temos os Príon, que,
não possuem nenhum ácido nucleico.

3.2. Importância dos microrganismos.

Segundo (NASCIMETO, 2010: 263), os microrganismos são organismos microscópicos, com


tamanho consideravelmente reduzido, aliás, até são invisíveis a olho nu, como vírus a 1nn,
bactéria 1 μn e fungos a 100 μn. O caso de fungos, podem atingir a fase macroscópico, como
cogumelo.

Os microrganismos entre eles possuem uma relação para a manutenção da natureza, alguns,
causam doenças ao homem; por isso, é eminente que para serem usados em várias formas
6

devem ser controlados, usando meios como: esterilização, desinfeção, antissepsia, assepsia.
Podemos também citar, as relações positivas que os microrganismos tem entre si, é o caso de:
simbiose, antagonismo, sinergismo, metabiose.

Estes mikrós, participam no nosso cotidiano e estão presentes em absolutamente todos os


ambientes. Outros são utilizados em casa, sem sabermos. Por exemplo, a fermentação de
“maheu”, participam bactérias anaeróbicas7. Como são capazes de utilizar diretamente os
(mono)dissacarídeos por um processo fermentativo, na fermentação de: hemolatica
(streptococcus, Lactobacillus), alcoólica (Zymomonas), e fermentação propiónica,
(CARVALHO, 2010: 72).

Outras substancias voláteis decorrentes da decomposição microbiana de aminoácidos são de


grande importância, tal como: gás sulfídrico, dimetil sulfeto e metil merceptano.

O material orgânico constituído por resíduos e organismos presentes no solo, apresenta – se


em diferentes estágios de decomposição de folhas, raízes, células, tecidos e corpos de
organismos mortos, (NOGUEIRA e FILHO, 2015:116), fertilizando assim o solo, deixando o
mais propício a prática de agricultura.

Estes seres, ajudam na defesa de organismos contra varias doenças, como carie, infeções da
vagina8, etc. estão presente no interior do organismo como no tubo digestivo, ajudando na
digestão dos alimentos.

Segundo a pesquisa realizada na (ESCOLA ESTADUAL DE EDUCACÃO


PROFISSIONAL, 2012: 10), os microrganismos participam na conservação dos alimentos,
dependendo do tipo, de humidade, etc. não obstante, estes seres presentes nos alimentos,
podem alterar as características originais para torna – lo noutro.

7
As bactérias anaeróbicas, não precisam de oxigénio para respirarm, usam o processo de metabolismo celular
em ambientes que não tem oxigénio.
8
Caso da vaginite causado por Trichomonas vagilalis.
7

Noutro campo de estudo, (MORERA e SIQUEIRA, 2006: 18), os microrganismos são


responsáveis pela fixação de nitrogénio na atmosfera, sendo esta bactéria (Paenibacillus
polymyxa).

4. Conclusão.

Certamente, não há, uma outra conclusão desta pesquisa, se não, afirmar exclusivamente dois
aspectos sobre a importância e o efeito negativo dos microrganismos; os microrganismos são
8

relativamente importante, pois, ajudam na fertilização do solo através da decomposição do


material inorgânico em orgânico, fixa o nitrogénio na atmosfera, participam na fermentação
de produtos industriais assim como caseiros, protege – nos, sobretudo, contra doenças,
infeções, etc.

Por outro lado, os microrganismos são prejudiciais, principalmente na saúde do homem, pois
maior parte deles, caso dos protozoários que são parasitas, os vírus também que são parasitas.
Entretanto, o uso industrial dessas mikrós, deve basear – se em níveis de controlo, como
esterilização, desinfeção.

Os microrganismos, decerto que possuem característica básica, pelo facto de serem seres
vivos, uma ou mais células. Ora, os vírus, são acelulares, como podemos afirmar que são
seres vivos, sem se quer abalar a teoria celular por Theodor Schwann e Mathias Jakob em
1838? E mais, como restruturam o seu ADN ou ARN, sabendo que para a sua multiplicação
necessitam de células do hospedeiro?

5. Referencia Bibliográfica.

CARVALHO, I. (2010), Microbiologia Básica, Brasil: UFRPE.


9

ESCOLA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. (2012), Microbiologia Do


Alimento, s/l: Fortaleza – ceara

MADIGAN, M. MARTINS, M, et al, (2010), Microbiologia De Brock, 12ª ed., Porto Alegre:
Artmed

MOREIRA, F e SEQUEIRA, J. (2006), Microbiologia e Bioquímica Do Solo, 2ª ed., s/l:


UFLA

NASCIMENTO, J. (2010), Biologia De Microrganismos, s/l: s/e

NOGUEIRA, A e FILHO, G. (2015), Microbiologia, Santa Catarina: Florianópolis

SILVA, E e MENEZES. E, (2008), Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação,


4ª. ed., Florianópolis.

Revista.

VALÉRIO, M e TORRESAN, C. (2017), A Invenção do Microscópio e o Despertar do


Pensamento Biológico: Um Ensaio Sobre as Marcas da Tecnologia no Desenvolvimento da
Ciência da Vida, Revista de Ensaio de Biologia da SBEnBio.

6. Apêndice.
10

Apêndice A Apêndice D

Figura 4 Tripanossoma

Figura 1 Bacteria Apêndice E

Apêndice B

Figura 2 Partes do Fungo (cogumelo)

Apêndice c.

Figura 5 Plasmodium

Figura 3 Algas Vermelhas

Apêndice E

Figura 6 Virus (coronavirus)

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